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Os agricultores franceses obstruíram nesta terça-feira (30), pelo segundo dia consecutivo, rodovias cruciais na região de Paris e ameaçam bloquear o importante mercado atacadista de Rungis, à espera do anúncio das "novas medidas" prometidas pelo governo.

O primeiro-ministro Gabriel Attal deve fazer um discurso sobre política geral no período da tarde, no qual são aguardados novos anúncios para tentar reduzir a ira dos trabalhadores rurais da terceira maior potência agrícola europeia e sexta do planeta.

"Vamos assistir o discurso (...) mas há poucas possibilidades de saia alguma coisa", declarou à AFP Yohan François, do sindicato FDSEA, que elogiou a determinação dos agricultores para uma resistência de longo prazo.

A bordo de tratores, os agricultores iniciaram na segunda-feira um "cerco da capital com duração ilimitada", convocado pela maior central agropecuária do país, a FNSEA, e seus aliados do grupo Jovens Agricultores (JA), após 11 dias de protestos.

"Foi uma noite curta, precisamos nos recuperar, mas estamos preparados", afirmou Samuel Vandaele, um trabalhador rural que estava debaixo de uma ponte na rodovia A4, 30 quilômetros ao leste de Paris.

Os agricultores que passaram a noite no local aguardam a chegada de mais de 100 colegas procedentes do noroeste da França. Eles contam com barracas, braseiros, geradores, cerveja e garrafas térmicas de café.

No início da manhã foram registrados mais de 100 quilômetros de engarrafamentos na região de Paris, segundo o site Sytadin.

Do sul do país também avança um comboio de 200 tratores, que saiu na segunda-feira de Agen com destino ao mercado atacadista de Rungis, um dos maiores do mundo, com o objetivo de bloquear o local após a convocação do sindicato Coordenação Rural.

As autoridades mobilizaram um grande dispositivo das forças de segurança para impedir a ação, que não tem unanimidade dentro do movimento agrário. "Nosso objetivo não é matar os franceses de fome", alertou o líder da FNSEA, Arnaud Rousseau.

O setor exige medidas para solucionar a queda das receitas, as aposentadorias baixas, a burocracia administrativa, a inflação das normas ambientais e a concorrência estrangeira, em particular o acordo negociado entre UE e Mercosul.

Ronaldinho Gaúcho surpreendeu ao protagonizar mais um de seus "rolês aleatórios". Nesta semana, o craque brasileiro fez um "bico" como modelo no desfile da marca KidSuper, do estilista Colm Dillane, na Semana de Moda de Paris, na França. Ele usou uma camisa com seu rosto estampado e um sobretudo ao som de funk na passarela.

O "Bruxo" compartilhou algumas fotos e vídeos do evento no Instagram, onde recebeu muitos elogios dos fãs. Ele também escreveu: "Um grande prazer estar aqui na Paris Fashion Week 2024 e apresentar este lindo projeto a todos vocês".

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Longe dos gramados desde 2018, Ronaldinho é conhecido por sua personalidade carismática e divertida, se aventurando algumas vezes na música. Em 2020, ele passou por um momento difícil, quando ficou detido por seis meses no Paraguai, ao lado de seu irmão e empresário Assis, acusados de usar passaporte falso para entrar no país. Chegaram a viralizar nas redes sociais fotos e vídeos do brasileiro praticando esportes com outros detentos na cadeia.

No momento em que os dois foram presos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não havia decretado a pandemia de covid-19. Depois, com as fronteiras fechadas, ficaram isolados, sem receber visitas de familiares e sofreram várias derrotas na Justiça até que conseguissem o direito de retornar ao Brasil. Ambos ganharam liberdade após pagar fiança e, dois anos depois, em 2020, foram inocentados após um acordo com as autoridades paraguaias.

CRAQUE NOS GRAMADOS

Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 2004 e 2005, Ronaldinho Gaúcho faz parte do hall de maiores do futebol. Ele atuou em diversos clubes brasileiros, incluindo Grêmio, Flamengo, Fluminense e Atlético Mineiro, enquanto sua carreira internacional foi marcada por passagens vitoriosas em Paris Saint-Germain, Barcelona, Milan e Querétaro. Além disso, fez parte da seleção brasileira que conquistou o pentacampeonato na Copa do Mundo de 2002, realizada no Japão e na Coreia do Sul.

De coleções com e para estrelas do esporte a bolsas para todos os gostos, confira a seguir algumas tendências da Semana de Moda masculina de Paris para a temporada outono-inverno 2024/2025.

- "Menos é mais"

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"Quanto menos houver, mais apreciado é, sem que pareça enfadonho", explicou à AFP o estilista Matthieu Bobard Delière, da revista Elle.

Este minimalismo surge naturalmente da macrotendência de 2023, o "quiet luxury" (luxo discreto), que propõe uma moda sóbria, sem alardes e logotipos.

A simplificação dá lugar a linhas claras, simples, com cores fortes, ao estilo de Tom Ford na década de 1990.

A Dior apresentou o terno clássico em versão mais curta, chegando ao comprimento de shorts, preferencialmente acompanhado de meias altas.

Os tons voltaram a ser muito terrenos: chocolate, bege, cinza, preto e azul-marinho.

- Caubói moderno -

O desfile de Pharrell Williams para a Louis Vuitton, uma homenagem ao velho oeste e aos indígenas, confirmou a reintrodução do estilo caubói ao vestuário.

As peças já estão aparecendo nas coleções de outros estilistas, como Dries van Noten e Kenzo, confirmando que a onda pode chegar às lojas em breve.

Brim, camurça, couro e bordados apareceram em profusão.

Para evitar a apropriação cultural, o brim aparece bordado, a jaqueta de franjas se mistura com tons mais chamativos, a bota de caubói das Montanhas Rochosas é arrematada com uma elegante espora de ouro; a gravata-borboleta, ao estilo da usada pelos xerifes, aparece em combinações sem relação aparente.

- Mensagem de texto -

"Stop Forever", "Bohême", "I will not stay silent" "Who killed Bambi?"... Mensagens às vezes bem-humoradas, às vezes incompreensíveis, apareceram escritas na parte de trás das peças, especialmente nas jaquetas.

Kidill as usou em homenagem às estéticas punk e grunge, enquanto Walter Van Beirendonck o fez para se conectar com as gerações mais jovens, e outros simplesmente para reivindicar a marca da casa, como no caso da Kidsuper.

- Desfiles para e por astros do esporte -

Trata-se de uma tendência que vai se afirmando nas semanas de moda prêt-à-porter: criar coleções mais juvenis e com a colaboração de esportistas de todos as modalidades.

O ídolo da seleção brasileira de futebol Ronaldinho desfilou para a marca americana Kidsuper.

O japonês Mihara Yasuhiro trouxe para seu desfile animadoras de torcida com pompons e o logo "Paris", em clara alusão aos Jogos Olímpicos de verão de 2024 na capital francesa.

A Louis Vuitton contratou recentemente o astro do basquete LeBroy James, e seu amigo, Pharrell Williams combinou seu estilo western com algumas peças claramente dirigidas a uma plateia que ama os esportes.

Em desfiles como o de Kidsuper ficou perceptível a presença na plateia de amigos e familiares de astros do basquete e do futebol americano.

- Bolsa masculina -

Nas passarelas parisienses, nenhum homem sai sem bolsa. Seja com pochetes cruzadas na altura do peito, tipo baquetes ou para usar debaixo do braço, eles assumem seu lado feminino.

Os mestres da peleteria Loewe e Hermès apresentaram enormes bolsas de couro e lã trançada. Kenzo trouxe a taleiga de pescador. A Dior apostou na pochete. E Mihara Yasuhiro brincou com as formas, apresentando bolsas no formato de pequenos dinossauros que podem, inclusive, ser penduradas na cintura.

A Torre Eiffel, uma das maiores atrações turísticas do mundo, ficou fechada nesta quarta-feira (27), devido a uma greve de funcionários, informou um de seus operadores.

A mobilização, convocada no centenário da morte do engenheiro Gustave Eiffel, que construiu o monumento, é um protesto contra "a gestão atual", de acordo com um comunicado do sindicato CGT.

A empresa que opera este símbolo parisiense, SETE, está "caminhando para o desastre", acrescentou, alertando para "um modelo (econômico) muito ambicioso e insustentável".

O sindicato denuncia a desvalorização "dos orçamentos para as obras do monumento" e a "sobrevalorização das receitas" com base em uma meta "de 7,4 milhões de visitantes", um número nunca alcançado até então.

Em 2022, o monumento mais famoso de Paris recebeu 5,9 milhões de visitantes, a marca mais elevada desde 2019.

Construída em 1889, para a Exposição Universal de Paris, a Torre Eiffel se tornou rapidamente o símbolo da capital francesa.

Seu construtor, Gustave Eiffel, nasceu em 15 de dezembro de 1832 em Dijon e faleceu em 27 de dezembro de 1923, em Paris, aos 91 anos.

A polícia francesa anunciou a detenção nesta terça-feira (26) de um homem suspeito de matar a esposa e os quatro filhos, encontrados mortos no dia de Natal em um apartamento em uma região próxima de Paris.

As autoridades encontraram na segunda-feira os corpos da mulher e seus quatro filhos, de nove meses, quatro, sete e 10 anos, na casa da família na cidade de Meaux, que fica 40 km ao leste de Paris, depois que parentes não receberam notícias dos cinco e alertaram a polícia, informou o procurador Jean-Baptiste Bladier em um comunicado.

"O apartamento não apresentava nenhum sinal de entrada forçada e o pai da família estava ausente", disse.

Uma fonte próxima ao caso afirmou que a mãe, de 35 anos, e os filhos foram assassinados a facadas. O pai tem 33 anos.

O homem, que tem antecedentes de atos de violência dentro da família e transtornos psiquiátricos, foi detido em Sevran, outro subúrbio no leste de Paris, segundo uma fonte policial.

A investigação aberta por "homicídio doloso com premeditação" é liderada pela direção regional da polícia judicial de Versalhes.

Recentemente, dois infanticídios triplos foram registrados em áreas próximas da capital francesa.

No final de novembro, um homem de 41 anos, já condenado por violência doméstica, compareceu a uma delegacia para confessar os assassinatos das três filhas, com idades entre 4 e 11 anos, em Alfortville. Um mês antes, um gendarme matou as três filhas e depois cometeu suicídio, em sua residência em Vémars.

A França tem a média de um feminicídio a cada três dias.

No ano passado, 118 mulheres foram assassinadas pelo cônjuge ou ex-companheiro.

No total, 244.300 vítimas de violência de gênero, a maioria mulheres, foram registadas pelas forças de segurança, um número que representa um aumento de 15% na comparação com 2021.

As associações de defesa dos direitos das mulheres interpretam o aumento como um sinal de que suas reivindicações estão sendo mais ouvidas.

Funcionários do luxuoso hotel Ritz de Paris, na França, encontraram um anel de cerca de 750 mil euros (cerca de R$ 4 milhões) dentro de um saco de um aspirador de pó. O jornal Le Parisien informou que uma hóspede da Malásia apresentou uma queixa policial na sexta-feira (8) afirmando que seu anel havia desaparecido do quarto em que estava.

Segundo o The Guardian, a cliente disse à polícia que havia deixado o anel sobre uma mesa e foi olhar as vitrines da cidade por algumas horas. Quando ela voltou para o quarto, o anel havia sumido.

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O Ritz Paris não divulgou detalhes sobre o anel ou a cliente, mas disse que o anel foi encontrado no domingo (10). "Graças às buscas meticulosas dos agentes de segurança do Ritz Paris, o anel foi encontrado nesta manhã em um saco de aspirador de pó", afirmou o hotel em comunicado. "Nossa cliente está feliz com a notícia." Fonte: Associated Press

Um homem identificado pelas autoridades francesas como um extremista islâmico com problemas mentais esfaqueou até a morte um turista alemão e feriu duas pessoas neste sábado (2) em Paris antes de ser detido, segundo as autoridades.

O ataque ocorreu perto da Torre Eiffel, à noite, em um momento em que a França mantém um nível elevado de alerta devido ao aumento das tensões relacionadas à guerra entre Israel e o Hamas.

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"Não cederemos ao terrorismo", declarou neste domingo (noite de sábado no Brasil) a primeira-ministra francesa, Elizabeth Borne.

"Meus pensamentos estão com as vítimas, os feridos e seus entes queridos. Eu saúdo a coragem e profissionalismo de nossos serviços de emergência", acrescentou Borne.

O procurador antiterrorismo informou que se encarregaria da investigação do ataque.

Uma fonte policial disse que o agressor era conhecido pelas autoridades por seu extremismo islâmico e era tratado por problemas psiquiátricos.

Ele gritou "Allahu Akbar" (Alá é grande) antes de ser preso, de acordo com a fonte.

Segundo a promotoria de Paris, o agressor é um francês nascido em 1997 que havia sido detido em uma investigação sobre casos de assassinato e tentativa de assassinato.

O ministro francês do Interior, Gerald Darmanin, que foi ao local do ataque, afirmou que o homem havia sido condenado em 2016 a "quatro anos de prisão" por planejar outro ataque que não conseguiu executar.

O presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu em mensagem no X, o antigo Twitter: "Envio minhas condolências à família e aos entes queridos do cidadão alemão falecido esta tarde no atentado terrorista de Paris, e meus pensamentos estão com as pessoas que estão feridas e sendo atendidas neste momento".

- Série de ataques -

"Um homem atacou um casal de turistas estrangeiros. Um turista alemão nascido nas Filipinas morreu esfaqueado", disse Darmanin.

De acordo com o ministro, um taxista que presenciou o incidente interveio. O agressor atravessou o rio Sena e atacou outras pessoas, ferindo uma com um martelo enquanto a polícia o perseguia.

A polícia usou uma pistola de choque para neutralizar o homem.

"Ele os ameaçou de forma muito violenta [...]. Agora terá que responder por suas ações perante a Justiça", garantiu Darmanin.

A França tem enfrentado uma série de ataques de extremistas islâmicos desde 2015, incluindo os ataques suicidas e armados de novembro de 2015, que deixaram 130 mortos em Paris e foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

As tensões aumentaram na França, um país com grandes populações judaica e muçulmana, após o ataque do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro e os subsequentes bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.

O tiro com arco brasileiro encerrou o último dia de competições com mais duas medalhas de prata, com direito a vaga olímpica para o país em Paris 2024. A paulista Ana Machado, estreante no Pan, faturou medalha inédita no arco recurvo feminino, e de quebra, carimbou a vaga na disputa feminina da modalidade em Paris. Antes, a paulista também subiu ao pódio das duplas mistas, ao lado do carioca Marcus D’Almeida, que no sábado (4) conquistou o bronze por equipes masculinas. 

Para chegar à final do arco recurvo feminino, Ana Machado eliminou na semifinal a norte-americana Casey Kaufhold, atual número dois do mundo, por 6 a 4. Na sequência, a brasileira deixou escapar o ouro ao ser superada na final pela mexicana Alejandra Valencia por 7 a 1. 

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“Meu primeiro Pan e foi muito incrível. Foi uma semana incrível e consegui fazer tudo o que me propus. Conseguimos a vaga para Paris, que era nosso principal objetivo, e ainda mais duas medalhas”, comemorou a arqueira, em depoimento ao site do Comitê Olímpico do Brasil.

O domingo também foi bom para Marcus D’Ameida que, pela primeira vez, somou duas medalhas em uma mesma edição dos Jogos Pan-Americanos. 

“Foi duro. Todo mundo veio com o time A para o campeonato de tiro com arco daqui porque vale vaga olímpica, é um campeonato muito importante. Todo mundo que não tinha vaga olímpica priorizou isso no calendário, o que não era o meu caso. Então, eu sabia que poderia acontecer algumas coisas e não sair daqui com o ouro, mas fico feliz em sair com duas medalhas. Todo o Pan eu saio com uma medalha, hoje estou saindo com duas”, festejou o carioca, que foi bronze no sábado (4) ao lado de Matheus Gomes e Matheus Ely no tiro com arco por equipes masculinas.  

O desempenho brasileiro, com três pódios, é o melhor da história da competição. Além disso, o país tem presença garantida nas provas individuais e mistas da Olimpíada de Paris 2024. As vagas no tiro com arco não são nominais: os representantes do país serão definidos por critérios estabelecidos pela Confederação Brasileira do Tiro com Arco. (CBTArco) .

O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, elogiou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e disse que ele poderia estar pronto para "uma outra presidência".

Para Sarkozy, o discurso feito por Barroso no Fórum Esfera Internacional, nesta sexta-feira, 13, em Paris, foi um discurso de orientação política mais do que de orientação jurídica. O evento é organizado pelo grupo Esfera Brasil, fundado pelo empresário João Camargo e também conta com a presença do ministro do STF Gilmar Mendes, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de ministros do governo Lula e de empresários.

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"Eu entendi tudo. Trata-se de um discurso de orientação política forte muito mais que um discurso de orientação jurídica. Muito interessante", afirmou.

Após a fala do ex-presidente francês, Barroso minimizou a possibilidade de assumir a presidência da República. "Não passa pela minha cabeça", disse.

No pronunciamento feito a empresários e políticos brasileiros e franceses no Esfera Brasil, Barroso falou que é preciso de uma "agenda para o Brasil", e que essa agenda está ditada pela Constituição.

Ele ainda falou do protagonismo do STF na política brasileira. Para o presidente da Corte, a resposta para isso também está na Carta Magna. "O Brasil tem uma Constituição abrangente, que não só organiza o Estado, os Poderes e os direitos fundamentais", afirmou.

Barroso porém, apontou caminhos para o qual a legislação brasileira pode avançar. Uma das principais críticas foi direcionada ao campo do direito trabalhista. "Nós precisamos superar o preconceito que ainda existe no Brasil contra a livre iniciativa e contra o empreendedorismo", afirmou.

"Nós temos uma imensa litigiosidade trabalhista que precisamos equacionar", continuou Barroso, apontando para o grande número processos na área, que, na visão dele ocorrem dos dois lados. "Às vezes porque empresários se comportam mal; às vezes porque existe uma indústria de reclamações trabalhistas."

Já o ex-presidente francês fez um discurso em que reforçou o "enorme" papel político do Brasil nas discussões de segurança internacional e meio ambiente, elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que a França é o parceiro político ideal para o Brasil.

"Não conheço a opinião política dos que estão aqui, mas eu gostei de trabalhar com o Lula. E eu nunca fui de esquerda", disse. Sarkozy apontou que a França é o parceiro ideal porque "o amigo ideal não deve ser potente demais e nem fraco demais".

O ex-ministro das Comunicações do governo Jair Bolsonaro, Fábio Faria, fez elogios ao atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante evento do grupo Esfera realizado em Paris nesta sexta-feira, 13. Faria afirmou que o atual integrante do governo Lula tem boa interlocução com o mercado, embora tenha ressaltado um legado positivo da gestão da qual fez parte.

"Eu acredito que nós temos que continuar fazendo as reformas. Temos que deixar o legado que nós conseguimos no passado, como o Banco Central independente, a privatização da Eletrobras, que esses assuntos sejam mantidos. Eu acho que o governo tem tido uma boa interlocução... O ministro Haddad tem uma boa interlocução com o mercado financeiro, com os bancos", afirmou Fábio Faria.

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O Fórum Esfera Internacional, organizado pelo grupo Esfera Brasil, fundado pelo empresário João Camargo, também conta com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, do ministro Gilmar Mendes, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de ministros do governo Lula e de empresários.

No mesmo evento, empresários ressaltaram o potencial brasileiro para crescer mais. O presidente do Conselho de Administração da Península Participações, Abílio Diniz, enfatizou, porém, que falta um pouco de ambição para que o País consiga se desenvolver de forma mais intensa.

"Está tudo bem para crescermos 3% (em 2023). Será que é isso que precisamos? Está faltando ambição. Somos extremamente atraentes", afirmou o empresário.

No mesmo evento, Wesley Batista, sócio da J&F, afirmou que o mercado tem acreditado no Brasil, que seria, segundo ele, "a bola da vez". Ao tratar do tema, chegou a anunciar que o grupo investirá R$ 38,5 bilhões em diversos ramos de atividade nos próximos anos, criando 30 mil postos de trabalho, por acreditar que o país está no rumo correto.

"Vamos destinar ao Brasil 85% dos investimentos previstos para o grupo", afirmou.

Entre os investimentos que serão feitos pela J&F está a operação de uma segunda linha de produção da Eldorado Celulose, em Três Lagoas (MS). O projeto tem custo de R$ 20 bilhões, com a geração de 10 mil empregos. Também haverá um ramal ferroviário com 85 quilômetros de extensão para conectar a fábrica à malha ferroviária brasileira.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira, 13, que os brasileiros precisam superar o "preconceito" contra o empreendedorismo. Ele também afirmou que existe hoje no País uma indústria de reclamação trabalhista.

"Nós precisamos superar o preconceito que ainda existe no Brasil contra a livre iniciativa e contra o empreendedorismo. Esse é um problema que não conseguimos superar ainda. E a história demonstrou que a iniciativa é a melhor geradora de riquezas e, portanto, ser progressista significa querer gerar o máximo de riqueza e distribui-las de uma maneira justa e adequada", afirmou o ministro.

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"Na verdade, o imaginário social brasileiro ainda associa o sucesso empresarial a concessões com favorecimento, obra pública com licitações duvidosas, golpes no mercado financeiro e grandes latifúndios", acrescentou Barroso.

O comentário foi feito durante o Fórum Esfera Internacional, em Paris, na França. O evento é organizado pelo grupo Esfera Brasil, fundado pelo empresário João Camargo, que também é presidente da CNN Brasil. O evento conta com a presença de ministros do STF, como Barroso e Gilmar Mendes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de ministros do governo Lula e empresários.

Durante sua fala, Barroso defendeu a limitação da atuação do Estado e afirmou que existe uma indústria de reclamação trabalhista no Brasil.

"O custo de uma ação do trabalho a gente só fica sabendo depois que ela termina. Nós temos uma imensa litigiosidade trabalhista que precisamos equacionar. Mais de 5 milhões de processos em curso. Às vezes porque empresários se comportam mal, às vezes porque existem uma indústria trabalhista, às vezes porque a legislação é de uma tal complexidade que quem quer cumpri-la não consegue cumprir adequadamente", afirmou o magistrado.

Após a sua fala, Barroso ouviu do ex-presidente da França Nicolas Sarkozy que o ministro estaria pronto para disputar uma "outra presidência" - se referindo, talvez, à presidência da República. Barroso respondeu que isso "não passa pela minha cabeça".

"Falta ambição", afirma Abílio Diniz, enquanto Míriam Belchior discorda

O empresário Abílio Diniz, membro do Conselho de Administração do grupo Carrefour, teceu uma série de elogios ao Brasil do ponto de vista econômico, mas afirmou ver necessidade de mais "ambição".

"Estamos vivendo um momento glorioso no Brasil. A inflação está caindo. O juros também, começa a descer. O desemprego está diminuindo. A economia começa a se recuperar", disse, ao ponderar que, no entanto, o Brasil é um País que se atrasou na história. "Está na hora desse futuro chegar. Mas acho que está faltando ambição. Nós estamos correndo o risco de perder de novo oportunidades."

A secretária-executiva da Casa Civil, Míriam Belchior, discordou da visão do empresário. "O presidente Lula é tão otimista quanto o Abílio. Ele [Lula] coloca para a sua equipe desafios permanentes. Eu acho que às vezes a nossa memória é curta. Em janeiro a previsão era de crescer 0,78%. Era isso que os dados do Focus previam. Nós já estamos com a previsão de crescimento de 3%", disse.

Com a chegada da Primavera no Brasil e o verão europeu, as temperaturas tendem a diminuir no país e as tendências de roupas são transmitidas nos desfiles internacionais. Durante as semanas de moda de Londres, Milão, Florença e Paris, o público foi apresentando às tendências para a primavera/verão. A personal stylist Dayane Luna cita cinco tendências para a próxima temporada. Confira a seguir. 

Quiet luxury - (luxo silencioso, em inglês) continuará em alta na temporada de primavera/verão 2024. O estilo engloba peças mais básicas e discretas, produzidas a partir de tecidos de alta qualidade, por isso, são duráveis e versáteis. 

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Blazer - Várias grifes investiram em peças com ombreiras largas e alguns modelos transpassados, com tecidos que variam em uma mistura de lã ou seda. Algumas coleções incluem gola alta, como a Bottega Veneta, e uma jaqueta com lapelas de smoking de Stella McCartney. 

Vestido branco - Os vestidos são uma grande aposta para a temporada primavera/verão como o modelo sem mangas, midi com corte reto e acinturado apresentado pela Prada e o modelo justo na parte de cima e mais solto na parte de baixo da grife Chloé, chamado de "fit and flare".

Workwear - Sem deixar o streetwear de lado, o workwear mostrou que vem com força na temporada primavera/verão 2024. Os desfiles evidenciaram o regresso desse estilo a partir de camisas com vários bolsos e calças cargo, tanto para homens quanto para mulheres. 

Alfaiataria - Com grande destaque nos desfiles da Zegna, as peças em alfaiataria foram apresentadas de forma funcional e nada óbvias, mas bastante assertivas para quem gosta desse estilo de roupa e quer estar por dentro da moda.

A aparição de percevejos, um inseto que pode medir até sete milímetros de comprimento, gerou uma onda de paranoia em Paris que obrigou o governo francês a tomar medidas para conter esta infestação.

"Os percevejos são uma fonte de ansiedade (...) e uma verdadeira provação para os afetados", declarou a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, na terça-feira (3) ante ao Parlamento.

Este inseto, que se alimenta de sangue humano, desapareceu quase completamente da vida cotidiana nos anos 1950, mas ressurgiu nas últimas décadas diante das mudanças no modo de vida.

Na França, turistas compartilharam vídeos em suas redes sociais destes insetos no metrô de Paris, trens de alta velocidade e cinemas, embora não tenha sido confirmado em todos esses casos.

"Acho que não é motivo para pânico generalizado", disse à rádio France Inter o ministro da Saúde, Aurélien Rousseau, na terça-feira.

Mas as consequências de suas mordidas — desde irritação à insônia, ansiedade e depressão — e sua complexa erradicação alimentaram uma paranoia em curso.

Tornou-se comum observar passageiros verificando seus assentos antes de se sentarem no metrô. "Tenho a impressão de vê-los em todos os lugares", diz uma usuária da linha 11.

"Estes pequenos insetos estão semeando o desespero em nosso país", denunciou no Parlamento a deputada de esquerda Mathilde Panot, segurando um frasco com percevejos.

O mal-estar obrigou o governo francês a reagir, sobretudo diante da proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, que acontecem a partir de julho de 2024.

"Percevejos, mosquitos e ratos podem estragar a festa", alertou o jornal Le Parisien, recordando que outras sedes olímpicas como Londres e Sydney enfrentaram problemas semelhantes.

Fora da capital, escolas foram fechadas em Marselha (sudeste) e perto de Lyon (leste) para dedetizá-las, assim como o pronto-socorro do hospital de Boulogne-sur-Mer (norte), que ficou interditado por um dia, segundo seu diretor.

- Seis anos "perdidos" -

De acordo com uma pesquisa da Ipsos encomendada em julho pelas autoridades sanitárias do país, entre 2017 e 2022, cerca de 11% das residências francesas tiveram problemas com percevejos.

Duas empresas de dedetização contaram à AFP que as contratações de seus serviços dispararam, sobretudo no setor de turismo, que está preocupado com a má reputação.

"As pessoas nos ligam assim que são picadas por um inseto, mas pode ser qualquer coisa, desde um mosquito até uma aranha", afirma Sam, gerente do setor na empresa Expert Hygiène.

Diante deste contexto, o porta-voz do governo, Olivier Verán, anunciou na noite de terça-feira uma reunião na próxima sexta-feira (6) para "dar respostas rápidas aos franceses".

Os percevejos voltaram a ser alvo de disputa política e o partido no poder multiplicou seus anúncios nos últimos dias face às críticas sobre inação. Os operadores de transporte público foram convocados pelo Ministério dos Transportes e o governo anunciou um projeto de lei para conter esta "praga" até o final do ano.

A Agência Sanitária francesa também recomendou que a população verifique suas camas de hotéis, em caso de viagens, e que seja cautelosa ao levar móveis ou colchões de segunda mão para suas casas.

"Perdemos seis anos", acrescentou Panot, que já alertava as autoridades francesas desde 2017.

No final de setembro, a prefeitura de Paris pediu ao governo que estabeleça um "plano de ação", garantindo que os Jogos Olímpicos serão uma "oportunidade" contra os percevejos.

Na França, para o Paris Fashion Week, Larissa Manoela atraiu curtidas e declarações, de fãs e do namorado André Frambach, ao surgir com vestido decotado e cheio de brilhos em sequência de imagens postadas na sua conta do Instagram. O look escolhido para o jantar de embaixadores da Loreal deixou todo mundo sem fôlego.

"Vou ter que trocar de celular, caiu no chão e quebrou de tão nervoso que fiquei com toda essa sua beleza", brincou André Frambach.

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"Que issooooo! Absurda", disse a atriz Bárbara Maia

"Muito linda", comentou Maisa.

Confira os cliques:

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Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram neste sábado (23) contra a "violência policial" em diversas cidades da França, incluindo Paris, onde uma viatura policial foi atacada por manifestantes com uma barra de ferro, segundo as autoridades francesas.

Cerca de 30.000 pessoas participaram dos protestos em todo o território francês, segundo o Ministério do Interior, enquanto os coletivos e partidos de esquerdas que organizaram o movimento cifraram o total de manifestantes em 80.000, 15.000 deles em Paris.

Os protestos contra a "violência policial" e o racismo foram convocadas quando completam quase três meses dos distúrbios ocorridos na França depois da morte do adolescente Nahel, de 17 anos, alvejado à queima-roupa por um policial no fim de junho.

Pouco depois do início da marcha parisiense, um grupo de manifestantes vestidos com roupas pretas e encapuzados destruíram a porta de uma agência bancária, constataram os repórteres da AFP.

Além disso, uma viatura da polícia foi atacada "com uma barra de ferro", segundo a prefeitura da polícia de Paris, e o Ministério do Interior assinalou que três agentes da tropa de choque sofreram ferimentos leves.

"Viemos lutar por meu irmão. O homem que o matou, um ex-militar de unos 80 anos, foi deixado em liberdade", afirmou Hawa Cissé, de 21 anos, irmã de Mahamadou Cissé, um jovem que morreu após receber um disparo de um vizinho no fim do ano passado na cidade de Charleville Mézières, no nordeste de França.

"Justiça para Nahel", "Polícia por todos os lados, justiça em nenhuma parte" e "Sem justiça não existe paz", eram algumas das palavras de ordem exclamadas pelos presentes na manifestação, que contou com o apoio de 130 personalidades da cultura, entre elas a cineasta Justine Triet, que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes este ano.

Um alerta de segurança provocou, neste sábado (12), o esvaziamento da Torre Eiffel, um dos monumentos mais emblemáticos de Paris que atraiu 6,2 milhões de visitantes no ano passado.

A SETE, órgão que administra o monumento, disse que especialistas em desarmamento de bombas e a polícia estavam fazendo buscas na área, incluindo um restaurante localizado em um de seus três andares.

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"É um procedimento padrão neste tipo de situação, mas é, no entanto, raro", disse uma porta-voz.

Os visitantes foram retirados dos três andares e da praça sob o monumento pouco depois das 13h30 locais (8h30 no horário de Brasília).

Inaugurado em 1993, o espaço do museu Carrousel du Louvre, em Paris, também abrange galerias de arte e comerciais, restaurantes e recebe exposições especiais em seu salão dedicado à arte contemporânea. Em 2022, a UPTime Art Gallery levou o trabalho de artistas brasileiros para o complexo histórico de arte do mundo. Confira a seguir, cinco deles que colocaram suas obras em exposição. 

Andrea Mariano – a primeira artista plástica paraibana foi convidada para expor um quadro autoral no qual chamou a atenção da curadora Marisa Melo ao pintar um retrato de Mozart (1756-1791). A tela, feita em acrílica, foi criada excepcionalmente para a exposição e recebeu um certificado de autenticidade da obra. Nomes como Van Gogh (1853-1890), Picasso (1881-19730 e Monet (1840-1926) são algumas das influências artísticas na trajetória da paraibana. 

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Caroline Guillen de Cianorte – a professora de educação especial e artista paranaense formada postou o seu trabalho nas redes sociais em 2020 no qual chamou a atenção de uma curadora de arte. Representada pelo retrato do compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750), elaborado em lápis de cor sobre papel, as obras feitas por Caroline demoram até dois meses para ficarem finalizadas e ela está com mais de cinco quadros encomendados. 

Marco Aurelio Casal de Rey - o artista plástico teve seu trabalho exposto na mostra internacional “Art em Capital” e chegou à Salle Le Nôtre du Carrousel du Louvre com um quadro inédito de óleo sobre tela. Além de artista, Marco também é booker da Ford Models há mais de 20 anos. 

Maya Veronese – a artista carioca de apenas nove anos teve o seu quadro exposto no museu e já é reconhecida por suas pinturas em quadros artísticos. Foi durante a pandemia que ela desenvolveu suas técnicas parecidas com as de seu pintor francês preferido, Monet. 

Ritamar De Venz Francescatto – a única artista gaúcha selecionada que teve a sua obra “Reflexo de Quixote” em uma exposição coletiva - além de artistas suecos e argentinos. A obra excede o atual momento de criação da florense, vislumbrando questões femininas como a energia e o poder, a maternidade e os seus desafios, bem como a ligação entre as mulheres e a natureza. Ritamar tem como diferencial, a utilização de técnicas e a exploração das cores. 

A simplicidade de deusas gregas no desfile da Dior e o surrealismo de Schiaparelli abriram a Semana de Alta-Costura feminina em Paris nesta segunda-feira (3).

Com enormes volumes, vestidos brancos, pretos, dourados e prateados, Schiaparelli homenageou a reputação de vanguarda que ganhou há um século com suas colaborações históricas, com personagens como Dalí e Man Ray.

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Liderada por seu diretor artístico, Daniel Roseberry, a marca propôs um show espetacular diante de celebridades como a rapper Cardi B e as atrizes Gwendoline Christie e Philippine Leroy-Beaulieu, no Petit Palais de Paris.

O objetivo era uma "interpretação surrealista do vestuário feminino cotidiano", com blusas brancas, golas altas pretas e casacos de tamanhos exagerados.

- Simplicidade extrema -

Já a Dior invocou deusas gregas para apresentar uma coleção de alta-costura particularmente simples, sem saltos, forros ou babados.

A extrema pureza foi inspirada em antigas estátuas para trazer mais conforto.

Um vestido longo de lã branca abriu o desfile no Museu Rodin, em um cenário desenhado pela artista italiana Marta Roberti.

A silhueta é vertical, as linhas são retas e as cores elegantes: branco, preto, bege, dourado e prateado.

"Estas linhas retas escondem, na verdade, uma notável complexidade. Foi um trabalho de subtração. Quis tirar a capa, o forros, esses elementos que caracterizam os conjuntos de alta-costura", afirmou à AFP Maria Grazia Chiuri, diretora artística da coleção feminina da Dior.

- As lantejoulas de Mishra -

Apesar dos distúrbios em toda a França após a morte de um jovem de 17 anos durante uma operação policial, a alta-costura foi lançada sem incidentes.

"Salvo disposição contrária das autoridades", os desfiles "serão realizados" segundo o previsto, afirmou a Federação de Alta-Costura e Moda.

O indiano Rahul Mishra valorizou as lantejoulas e a experiência dos artesãos em seus 'tailleurs', respeitados no mundo da moda.

Mishra apresentou uma mulher muito sofisticada, com enormes laços em forma de flores cintilantes que cobrem o corpo. Sua coleção brilhou com lamê dourado, transparências que revelam o corpo sutilmente, saltos altos com meias pretas ou prateadas.

Homens se apresentaram pela primeira vez em um desfile próprio em Paris, também com lantejoulas.

- Juana Martin desfila na quinta-feira -

Para os próximos dias são esperados os desfiles de dois estreantes: o americano Thom Browne e o francês Charles de Vilmorin.

Vilmorin tem 26 anos e inicia carreira solo depois de ter trabalhado para a casa Rochas.

Até agora, suas duas coleções de alta-costura, uma em cores pop e estampas psicodélicas e outra inteiramente em preto, foram reveladas em vídeos durante a crise de saúde.

A marca saudita Ashi, que já vestiu a rainha Rania da Jordânia, Penélope Cruz, Diane Kruger e Lady Gaga, é a primeira representante do reino e do Golfo a participar da Semana, e desfilará na quinta-feira.

Neste dia, último do evento, também estão previstos os desfiles da espanhola Juana Martin, em sua terceira participação na alta-costura parisiense, assim como Fendi e a marroquina Maison Sara Chraibi.

Stéphane Rolland apresentará nesta terça-feira um desfile dedicado a Maria Callas na Ópera Garnier de Paris, filmado pelo diretor francês Claude Lelouch para sua próxima obra.

Um dia depois de cancelar o jantar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman Al Saud, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai orientar o Itamaraty a convidá-lo para visitar o Brasil. Eles se encontrariam numa residência de luxo próxima a Paris para um banquete oferecido pelo saudita. De última hora, o petista desistiu de ir.

Ao justificar a desistência, Lula repetiu neste sábado (24) o argumento oficial da Presidência da República. A assessoria de Lula informou que o motivo era desgaste físico do presidente por causa da sequência de compromissos na capital francesa.

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"Eu sabia que havia uma proposta de reunião com o príncipe da Arábia Saudita que queria discutir investimentos no Brasil. Eu quero conversar com todas as pessoas que querem fazer investimento no Brasil, porque quero saber qual a qualidade do investimento", disse Lula, em entrevista à imprensa antes de decolar de volta ao Brasil.

"Eu simplesmente não tive condições de participar da reunião e vou pedir que o Itamaraty o convoque pra ir ao Brasil discutir negócios com empresários brasileiros. Se a Arábia Saudita tiver interesse em investir, o Brasil terá interesse em conversar com quem quer que seja que eles mandem conversar."

Lula negou que outro tipo de desgaste - a repercussão negativa do encontro nas redes sociais e na política nacional - tivesse levado ao cancelamento. Integrantes da comitiva presidencial, porém, sabiam do custo político e temiam que o jantar associasse Lula a um autocrata cujo regime oprime mulheres e foi acusado de mandar matar um jornalista.

Além disso, foi Bin Salman quem mandou presentear o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro com joias milionárias, que não foram declaradas à Receita Federal, como revelou o Estadão. Eles se tornaram alvo de uma investigação. "Eu sinceramente não pensei nisso", disse Lula. "Não estou preocupado com joias, isso não é comigo."

A ideia do encontro partira dos sauditas, segundo diplomatas, e embora não estivesse prevista na agenda inicial da viagem de Lula foi incluída oficialmente como compromisso do presidente e depois retirada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de ameaça as exigências feitas pela União Europeia (UE) para a finalização de um acordo com o Mercosul. Ao discursar na Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, em Paris, Lula cobrou que os acordos comerciais passem a ser mais justos. 

“Estou doido para fazer um acordo com a União Europeia, mas não é possível. A carta adicional que foi feita pela UE não permite que se faça um acordo. Nós vamos fazer a resposta e vamos mandar a resposta. Mas é preciso que a gente comece a discutir.” 

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“Não é possível que tenhamos uma parceria estratégica e haja uma carta adicional fazendo ameaça a um parceiro estratégico. Como é que a gente vai resolver isso?”, questionou Lula, sentado ao lado do anfitrião do evento, o presidente francês Emmanuel Macron.  

Em seu discurso, Lula se referiu à construção da UE como patrimônio democrático da humanidade. “Depois de duas guerras mundiais, vocês conseguirem construir a União Europeia, conseguirem fazer um Parlamento, conseguirem viver com divergência, mas discutindo as coisas democraticamente. É uma coisa que eu quero para a América do Sul”. 

“Queremos criar novos blocos para negociar com a UE. E aí, me desculpem Banco Mundial e FMI [Fundo Monetário Internacional], precisamos rever o funcionamento. É preciso ter mais dinheiro, é preciso ter novas direções, mais gente participando da direção. Não podem ser os mesmos.” 

“Querido companheiro Macron, obrigado por essa reunião. E se prepare porque estou com mais vontade de brigar nesses próximos três anos em que vou presidir o Brasil. Obrigado e boa sorte”, finalizou. 

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