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Joseph Robinette Biden Jr., o candidato democrata à eleição presidencial dos Estados Unidos em 3 de novembro, uniu todas as alas de seu partido em uma convenção de investidura impecável, contra a qual será comparada a convenção de Donald Trump, que começa segunda-feira (24).

O ex-vice-presidente de Barack Obama, de 77 anos, encerrou na quinta-feira à noite os quatro dias da convenção democrata com um discurso prometendo aos americanos um mandato de reconciliação e união nacional para virar a página dos quatro anos de Trump.

"O atual presidente deixou os Estados Unidos na escuridão por muito tempo. Muita raiva, muito medo, muita divisão", disse Biden em um discurso mais curto do que em uma convenção normal, de apenas 25 minutos, em linha com o ritmo mais corrido de uma convenção inteiramente virtual.

"Aqui e agora, eu prometo a vocês: se confiarem em mim e me derem a presidência, vou tirar o melhor de nós, não o pior. Serei um aliado da luz e não das trevas".

A oficialização de sua indicação é o culminar de uma carreira política que começou em 1973 como senador por Delaware.

Joe Biden havia fracassado duas vezes antes nas primárias democratas e foi convocado em 2008 por Barack Obama para acompanhá-lo como número dois na Casa Branca.

O ano de 2020 foi o certo: apesar de uma renovação excepcional e de mais de 20 outros candidatos às primárias, "Joe" impôs-se em poucos dias de março, logo no início da pandemia de coronavírus, e definitivamente com a retirada da corrida de Bernie Sanders no início de abril.

Em contraste com as primárias fratricidas de 2016, ao final das quais Hillary Clinton e Bernie Sanders tiveram dificuldades para selar a paz, a união em torno de Joe Biden foi feita sem percalços públicos, de acordo com sua imagem de personagem moderado, unificador e afável.

"Bernie", o senador socialista, apareceu todo sorrisos para elogiar Biden na noite de quinta-feira durante uma discussão virtual entre sete ex-candidatos das primárias transmitida pela convenção, que contaram anedotas sobre a humanidade do ex-senador e vice-presidente.

"Joe Biden é um ser humano compassivo, honesto e respeitável, o que é, neste momento particular da história americana, meu Deus, algo que este país absolutamente precisa", disse Sanders.

Outra rival das primárias, Kamala Harris, juntou-se a ele como companheira de chapa.

- A seguir: a investidura de Trump -

As circunstâncias extraordinárias da campanha eleitoral não parecem ser uma desvantagem, até agora, para Joe Biden, que segue o protocolo de saúde estrito e não faz campanha no terreno, mantendo, apesar disso, uma clara liderança nas pesquisas.

"Está indo melhor do que eu pensava", disse Hillary Clinton, a candidata malsucedida de 2016, à rede MSNBC nesta sexta-feira.

"A equipe de Biden fez um trabalho incrível na produção da convenção, superando vários obstáculos técnicos", ponderou.

A unidade do campo democrata é cimentada por sua repulsa por Donald Trump que, ao contrário de 2016, não tem mais a vantagem de ser subestimado por seus adversários políticos.

O presidente será formalmente reinvestido por seu partido na próxima semana em uma convenção que ele desejava normal, mas que a pandemia forçou a tornar praticamente virtual, mesmo que ainda não saibamos seu programa exato.

Sabe-se apenas que Donald Trump fará seu discurso em casa: na Casa Branca.

Durante toda a semana, ele deu o tom da resposta, tentando fazer da associação "Sleepy Joe" com Barack Obama uma desvantagem e retratá-lo, por sua vez, como um símbolo do establishment, um fantoche da extrema esquerda e um lacaio da China.

"Em 47 anos, Joe não fez nada do que fala hoje. Ele nunca vai mudar, são só palavras!", tuito.

Joe Biden avançou na terça-feira na campanha para garantir a indicação do Partido Democrata à candidatura presidencial com uma vitória crucial em Michigan, depois da qual estendeu a mão a seu rival, o senador de esquerda Bernie Sanders, afirmando que juntos vão derrotar Donald Trump em novembro.

Em uma noite na qual seis estados votaram, o ex-vice-presidente triunfou em Mississippi, Missouri, em Idaho e no bastião chave de Michigan, ampliando a vantagem sobre o adversário, a quem fez um gesto incomum de aproximação em uma disputa interna acirrada.

"Quero agradecer Bernie Sanders e seus partidários por sua energia infatigável e sua paixão. Temos o mesmo objetivo e juntos vamos vencer Donald Trump", disse Biden na Filadélfia.

Caso as projeções sejam confirmadas, o ex-vice-presidente de Barack Obama, um político moderado de 77 anos, somaria a maioria dos 125 delegados de Michigan, em um duro golpe a Sanders em um dos estados cruciais para a definição do candidato dos democratas em julho.

A contagem dos votos era muito disputada em Washington, outro estado com uma grande quantidade de delegados, assim como na Dakota do Norte.

"Embora ainda falte um caminho, parece que vamos ter outra boa noite", celebrou Biden, que prometeu liderar uma recuperação "da alma da nação".

Michigan é considerado um "swing state" (estado pendular, ou independente, aquele sem um perfil eleitoral definido), que votou em Trump em 2016 e onde Sanders superou Hillary Clinton nas primárias democratas daquele ano.

O estado tinha mais de um terço dos 352 delegados em disputa na terça-feira.

Segundo as projeções, Biden também somará a maioria dos 68 delegados de Missouri, um estado rural do centro do país, e uma parte importante dos 36 votos em Mississippi (sul).

A contundente vitória em Mississippi, onde recebeu quase 80% dos votos, reflete sua popularidade em um segmento chave: os eleitores negros. No Missouri, Biden derrotou Sander por quase 25 pontos.

Joe Biden busca obter uma vantagem decisiva sobre Bernie Sanders que o aproxime da quantidade mínima de 1.991 delegados necessários para conquistar a indicação democrata em julho, depois dos grandes resultados conquistados nas votações da "Superterça" na semana passada.

Nas primárias de 3 de março, Biden venceu em 10 dos 14 estados, consolidando a posição de favorito que o impulsionou nos estados em disputa nesta terça-feira.

Nos últimos 10 dias, as primárias registraram uma mudança impressionante, desde que a vitória expressiva de Biden na Carolina do Sul reverteu a série de vitórias de Sanders, que ficou em segundo lugar em Iowa e triunfou em New Hampshire e Nevada, os primeiros estados a organizar a disputa interna.

A campanha de Trump desconsiderou os resultados de terça-feira e afirmou que "nunca importou quem será o candidato democrata".

"São duas faces da mesma moeda", afirmou o diretor de campanha do presidente republicano, Brad Parscale, antes de declarar que os dois buscam impor no governo uma "agenda socialista".

- "Uma noite dura" -

Sanders não discursou na terça-feira. Sua campanha afirmou que ele não pretende desistir e vai comparecer ao debate com Biden no próximo domingo.

A congressista Alexandria Ocasio-Cortez, um dos principais apoios de Sanders, afirmou que a terça-feira foi "uma noite dura para o movimento".

As primárias de terça-feira foram ofuscadas pela propagação do novo coronavírus - que já infectou 1.000 pessoas e provocou 28 mortes nos Estados Unidos. Biden e Sanders cancelaram seus comícios previstos para Cleveland, Ohio, seguindo a orientação das autoridades.

O estado, que organizará primárias na próxima semana, está em emergência desde segunda-feira, quando três casos da doença foram confirmados.

Os democratas anunciaram que o debate previsto para o domingo acontecerá sem a presença do público.

Trump, que organiza grandes comícios, não anunciou mudanças em sua agenda.

- "Uma coalizão tradicional democrata" -

"Biden está articulando uma coalizão tradicional democrata e isto ainda é algo muito potente", explicou Julian Zelizer, professor de História Política na Universidade de Princeton.

Se conseguir confirmar a candidatura, no entanto, Biden enfrentará um ambiente cada vez mais polarizado, como ilustrou um incidente muito compartilhado nas redes sociais pelos partidários de Trump enquanto os eleitores votavam na terça-feira.

Biden estava em uma fábrica da Fiat Chrysler em Michigan, onde foi bem recebido, mas foi confrontado por um dos funcionários. Ele o acusou de tentar restringir o direito constitucional para o porte de armas de fogo.

É um mentiroso de merda", respondeu o candidato. "Apoio a Segunda Emenda", disse, antes de responder, visivelmente irritado e com uma voz forte: "Não vou tirar a sua arma".

O senador Bernie Sanders está surgindo como vencedor das prévias deste sábado do Partido Democrata no estado de Nevada, de acordo com as projeções das redes de televisão Fox News e NBC, que o colocam como favorito para enfrentar o presidente Donald Trump nas eleições de novembro.

Mais de quatro horas após o início da votação, os meios de comunicação indicam que com cerca de 10% dos votos apurados, o senador da esquerda lidera com uma margem confortável, à frente do ex-vice-presidente Joe Biden, do ex-prefeito moderado Pete Buttigieg e da senadora Elizabeth Warren.

De acordo com a apuração, o senador por Vermont, teria 44,7% dos votos, seguido por Biden, com 19,5%, e Buttigieg, com 15,6%.

Sanders, de 78 anos, despertou a atenção dos eleitores por defender políticas progressistas, incluindo assistência médica universal e aumento do salário mínimo.

Ao se confirmar sua vitória nesta terceira votação interna do Partido Democrata para definir seu representante para concorrer à Casa Branca, depois de Iowa e New Hampshire, Sanders pode aumentar sua vantagem antes das prévias da "Super terça-feira" de 3 de março, dia em que 14 estados votam simultaneamente.

Em Nevada, os filiados do partido começaram a escolher seus representantes a partir do meio-dia (17H00 de Brasília) deste sábado neste estado com cerca de 3 milhões de habitantes, famoso pelos cassinos e paisagem desértica, onde os latinos representam 20% do eleitorado, num processo que acontece em assembleias cidadãs conhecidas como caucus.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar quatro deputadas norte-americanas do Partido Democrata no Twitter. Trump vem criticando a deputada norte-americana Alexandria Ocasio-Cortez, e outras três membros da Câmara dos Representantes. "Eu não acredito que as quatro congressistas sejam capazes de amar nosso país. Eles devem pedir desculpas à América (e Israel) pelas coisas horríveis (odiosas) que disseram. Elas estão destruindo o Partido Democrata, mas são pessoas fracas e inseguras que nunca podem destruir nossa grande nação!", disse Trump, no Twitter.

Ontem, Ocasio-Cortez disse a eleitores que Trump gostou de ouvir uma multidão em comício na Carolina do Norte pedindo para mandar uma congressista norte-americana de volta ao país onde nasceu. Ilhan Omar, membro da Câmara dos Representantes pelo Estado de Minnesota, cidadã naturalizada norte-americana, veio da Somália, devastada pela guerra civil, como refugiada quando criança. As deputadas Ayanna Pressley, de Massachusetts, e Rashida Tlaib, de Michigan, e Ocasio-Cortez, nasceram nos Estados Unidos. No comício de Trump na Carolina do Norte, na quarta-feira, a multidão entoou "Mande-a de volta!" sobre Omar. Ocasio-Cortez rejeitou a afirmação do presidente de que ele tentara acalmar o público. "Ele disse: 'Oh, parei isso imediatamente'", disse ela. "Volte a fita, ele não fez isso; ele meio que presidiu a situação, ele adorou, ele aceitou e está fazendo isso intencionalmente."

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O presidente dos EUA também criticou uma reportagem de bastidores do Washington Post sobre a crise que iniciou com mensagens anteriores de Trump no Twitter sobre as quatro congressistas e se intensificou com o comício na Carolina do Norte.

Trump afirmou ainda, em outro tuíte publicado neste domingo, que fez "grande progresso na fronteira, mas os Democratas no Congresso devem mudar as leis de imigração para que tudo fique bom! Encerrem as lacunas e muito mais."

Com informações da Associated Press

As discussões no Partido Democrata sobre um eventual "impeachment" se intensificaram nesta terça-feira (21) depois que Don McGahn, ex-advogado de Donald Trump, se negou a depor sobre as acusações de obstrução da justiça feitas contra o presidente dos Estados Unidos.

Líderes democratas na Câmara de Representantes têm sofrido pressão de colegas e companheiros de partido para relançar os esforços para um julgamento político depois que a Casa Branca voltou a atravancar a investigação parlamentar sobre a conivência da equipe de campanha do então candidato republicano com a Rússia nas eleições de 2016.

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Irritados pela ausência de McGhan, nesta terça-feira, em uma convocação no Congresso, legisladores democratas ameaçaram levar o caso aos tribunais.

McGahn, que entregou ao procurador especial Robert Mueller indícios de que Trump tentou torpedear a investigação de um suposto conluio russo, faltou à convocação da Comissão Judicial da Câmara de Representantes após ser instruído pela Casa Branca.

A negativa de McGahn de comparecer perante o Comitê Judicial foi a mais recente de uma série de manobras da Casa Branca para frustrar as investigações da Câmara, controlada pelos democratas.

A porta-voz do Executivo, Sarah Sanders, disse na segunda que a investigação de Mueller sobre o suposto conluio de Trump com a Rússia isentou o presidente, razão pela qual não seria necessário continuar com os depoimentos.

Os acertos para que Mueller declare têm sido barrados por sua insistência em que o grosso do depoimento seja feito em caráter privado.

A Casa Branca apelou nesta terça-feira de uma ordem da Corte federal para que os contadores de Trump entreguem suas declarações de impostos a outro comitê da Câmara.

Também negou-se a entregar ao Congresso uma versão completa do relatório de Mueller e os documentos vinculados à investigação.

- Fúria -

Diante desta série de atitudes da Presidência, deputados da oposição voltaram à carga para levar Trump a julgamento.

"Devemos iniciar uma investigação para um julgamento político", declarou o representante Mark Pocan, um dos líderes da ala progressista do Partido Democrata.

"Temos que fazer nosso trabalho e nos pronunciar sobre o impeachment", tuitou a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, que até agora havia rechaçado esta opção, programou uma reunião para a quarta-feira para discutir o tema.

O presidente da Comissão Judicial da Câmara dos Deputados, Jerry Nadler, disse que cada um dos incidentes que McGahn descreveu no informe de Mueller "constituíram um delito" e que o ex-assessor tem que testemunhar no Congresso.

"Nossas convocações não são opcionais", afirmou no início da audiência.

"Permitam-me ser claro: este comitê escutará o testemunho do senhor McGahn, mesmo se tivermos que ir aos tribunais para garanti-lo", advertiu.

A Casa Branca assegura que um ex-assessor não pode ser legalmente obrigado a depor, um argumento com o qual Nadler não concorda.

- À sombra de 2020 -

Nadler deixou claro, no entanto, ser favorável a se manter firme na postura do partido de lançar investigações públicas e não avançar em um processo de destituição.

O deputado Steny Hoyer, outra das principais referências na Câmara, se pronunciou no mesmo sentido.

O jornal The Washington Post reportou, no entanto, que na segunda-feira à noite, Nadler, cujo comitê gerenciaria qualquer ação de julgamento político, disse a Pelosi ser favorável a abrir uma investigação de impeachment, o primeiro passo deste processo.

A representante Sheila Jackson Lee, membro do comitê de Nadler, declarou à imprensa que vai apresentar formalmente uma "resolução de investigação" para o julgamento político nas próximas 48 horas.

Mas Hoyer argumentou que seus colegas democratas ainda não estavam prontos para uma iniciativa deste tipo.

"Não acho que haja nenhum democrata que pense que Trump não fez algumas coisas que provavelmente justificam o julgamento político", destacou.

"Tendo dito isto" - completou - "penso que a maioria dos democratas continua acreditando que devemos continuar no caminho em que estivemos".

Os democratas Nancy Pelosi - presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos - e Chuck Schumer - líder do partido no Senado - criticaram, em pronunciamento à nação nesta terça-feira (8) a exigência do presidente do país, Donald Trump, da construção de um muro na fronteira com o México e pediram que a paralisação do governo tenha fim. "Pedimos a Trump que reabra o governo para que possamos discutir nossas diferenças sobre o muro. Acabe com a paralisação agora", disse Schumer.

Em pronunciamento anterior, Trump acusou os democratas de não reconhecerem a "crise humanitária" na fronteira. "Quanto mais sangue americano será derramado até que o Congresso faça seu trabalho?", questionou. Desde o dia 22 de dezembro, o governo americano está parcialmente paralisado, porque democratas e republicanos não conseguem chegar a um consenso sobre o Orçamento. Trump afirma que só vai sancionar o projeto caso inclua um montante de US$ 5,7 bilhões para a construção do muro.

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Pelosi disse que democratas concordam que a segurança na fronteira é um assunto importante, mas defendeu que o caminho é investir em outras iniciativas para tratar do problemas, como investimentos em infraestrutura.

"Os democratas e o presidente querem segurança na fronteira, mas discordamos da maneira que o presidente quer fazer isso", completou depois Shumer. Ele acrescentou que o símbolo dos EUA é a Estátua da Liberdade, "não um muro na fronteira". O líder democrata no Senado ainda disse que Trump quer que o México pague por "seu muro desnecessário".

Segundo os líderes democratas, Trump está fabricando uma crise. "O presidente Trump precisa parar de manter o povo americano como refém, precisa parar de produzir uma crise e precisa reabrir o governo", disse Pelosi. Já Schumer sugeriu que Trump fabrica essa crise para tentar afastar os holofotes da turbulência em sua administração.

O Partido Democrata dos Estados Unidos passa no momento por uma crescente briga interna em torno de dados de eleitores vistos como cruciais para aumentar o comparecimento às urnas à medida que se aproximam as eleições presidenciais de 2020, apontam correspondências vistas pelo Wall Street Journal.

A legenda enfrenta dificuldades para se equiparar aos esforços dos republicanos para coletar e armazenar dados de eleitores que permitem a políticos direcionar com precisão a sua comunicação com o eleitorado. Uma rixa entre o Comitê Nacional Democrático (DNC, na sigla em inglês) e os diretórios estaduais do partido sobre como lidar com esse processo está ameaçando a unidade partidária ao passo que o período de primárias se aproxima e os candidatos se voltam a listas de eleitores para tentar amealhar apoio.

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Sob a atual configuração, diretórios estaduais coletam os dados e o DNC cobre os custos de organizar e analisá-los.

Os democratas querem robustecer os conjuntos de dados, acrescentando informações como endereços de e-mail, contas em mídias sociais e números de celular. O DNC propôs imitar o projeto de dados do Comitê Nacional Republicano (RNC), criando uma célula separada para armazenar a informação e licenciá-la a todos os membros do partido e aliados, incluindo grandes financiadores e outros grupos externos.

Mas, em um e-mail na sexta-feira, 14, o presidente da Associação dos Comitês Estaduais Democratas, Ken Martin, sugeriu rejeitar o plano do diretório nacional, propondo aos seus correligionários na esfera dos Estados que isolem totalmente o DNC e trabalhem com a TargetSmart, uma empresa privada com quem já têm uma relação financeira existente. A companhia paga uma comissão aos diretórios estaduais toda vez que eles licenciam os dados brutos de eleitores a outros clientes.

O presidente do DNC, Tom Perez, respondeu ontem em um longo e-mail aos presidentes estaduais e diretores executivos, soando o alarme contra a alternativa de Martin. "Por alguma razão inexplicável, essa proposta rasgaria tudo sobre a nossa atual estrutura de dados, revertendo tanta coisa do progresso que fizemos ao longo da última década", escreveu Perez. "Em resumo, estamos perplexos e incrédulos por essa proposta."

A líder democrata na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos criticou o Partido Republicano por não se manifestar contra os comentários do presidente americano, Donald Trump, sobre os supremacistas brancos.

Em um discurso em Los Angeles nesta quarta-feira, a democrata disse que há um "silêncio ensurdecedor" da maioria de seus colegas republicanos. "Espero que possamos ouvir mais deles", comentou.

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O presidente republicano tem sido amplamente criticado desde que insistiu que "os dois lados" foram culpados pela violência em um protesto de supremacistas brancos em Charlottesville, na Virgínia, no último fim de semana. Uma mulher foi morta após ter sido atropelada, durante a manifestação, e dois soldados morreram em um acidente de helicóptero.

Pelosi também levantou preocupações sobre um protesto planejada em um parque federal em Baltimore, Maryland, organizada por manifestantes pró-Trump. Fonte: Associated Press.

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que suspenda a aprovação de todos os negócios chineses que enfrentam críticas de segurança nacional no país, até que a China atue de forma mais agressiva para pressionar a Coreia do Norte para reduzir seus programas de mísseis balísticos e nuclear.

Embora Schumer e outros democratas tivessem pedido anteriormente a Trump que se esforçasse mais para resolver a questão da China no comércio, uma das poucas áreas onde os democratas viam o presidente republicano como um aliado, essa foi a primeira vez que o senador de Nova York pediu a Trump que bloqueie acordos comerciais com Pequim.

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"Se a China continua a abordar passivamente a Coreia do Norte, peço a Trump que use sua autoridade sobre a Comissão de Investimento Estrangeiro nos EUA para suspender a aprovação de todas as fusões e aquisições no país por entidades chinesas", escreveu Schumer, em carta escrita nesta terça-feira, que foi vista pelo Wall Street Journal. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, culpou o partido Democrata pelo ataque cibernético durante as eleições presidenciais.

Em sua conta no Twitter, Trump disse que a "negligência grosseira" do comitê do Partido Democrata permitiu o ataque de hackers. Segundo a postagem mais recente, o comitê Republicano tem uma "forte defesa".

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A declaração na rede social vem na sequência da divulgação do relatório das agências de inteligência dos Estados Unidos. O documento tem 25 páginas, intitulado como "Avaliando as ações e intenções russas nas últimas eleições dos EUA", e informa que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou um "esforço" para influenciar nas eleições presidenciais americanas à favor de Trump. Fonte: Associated Press.

A pré-candidata Hillary Clinton participa na noite deste sábado de um importante jantar em Iowa com influentes colaboradores das campanhas democratas, enquanto tenta aproximar sua imagem ao legado do presidente Barack Obama.

O jantar anual de Jefferson-Jackson catalisou o nome de Obama oito anos antes, justamente na disputa com a então senadora pela vaga do partido na eleição presidencial de 2008.

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O evento ocorre poucos dias depois do vice-presidente Joe Biden anunciar que não iria entrar na corrida presidencial e depois de uma longa sabatina em um comitê do Congresso que investiga ataques em Benghazi, na Líbia, quando ela era secretária de Estado.

Dois rivais menos conhecidos, o ex-senador pelo estado de Virginia Jim Webb e o ex-governador de Rhode Island Lincoln Chafee, abandonaram a corrida após um forte desempenho de Clinton no primeiro debate das primárias na semana passada.

Ao lado do governador de Virginia, Terry McAuliffe, que foi chefe de sua pré-campanha em 2008, Hillary elogiou o que chamou de "modelo para o país" criado por Obama e Biden nos últimos anos.

"O legado deles deve deixar todos nós democratas orgulhosos, bem como todos os americanos", afirmou na sexta-feira, em entrevista à rede de televisão NBC. "Eu quero construir a minha agenda nas bases do progresso que eles estão nos deixando."

A reluta de Biden em se lançar como pré-candidato deixou o palco da campanha democrata para apenas dois personagens principais: além de Hillary, franca favorita, o senador por Vermont Bernie Sanders, que tem atraído multidões para seus comícios onde apresenta sua "revolução política para lidar com o abismo entre ricos e pobres".

Clinton, Sanders e o ex-governador de Maryland Martin O'Malley devem participar do evento na noite deste sábado, que reúne mais de seis mil partidários democratas. O jantar serve tradicionalmente como um pontapé para as prévias de Iowa, que serão realizadas em 1º de fevereiro.

Foi o bom desempenho de Obama, então senador por Illinois, neste jantar que abriu caminho para ele vencer as primárias democratas em 2008.

Obama continua a ser uma figura popular dentro do partido. A associação de Hillary com sua agenda poderia ajudá-la com os partidários democratas que veem com cautela o nome da pré-candidata, envolvida no escândalo do uso de sua conta privada de e-mail para trocar correspondências confidenciais.

Por sua vez, Hillary também tem de enfrentar a popularidade crescente de Sanders, que chamou a atenção de eleitores que se abstiveram de votar nas eleições de meio de mandato no ano passado. Fonte: Associated Press.

O julgamento por corrupção em campanha eleitoral do ex-senador norte-americano John Edwards foi anulado nesta quinta-feira. Edwards foi inocentado da acusação de fraude no financiamento da campanha eleitoral em 2008 e outras cinco acusações contra o político democrata foram anuladas. Emocionado, Edwards falou com a imprensa na escadaria do tribunal de justiça de Greensboro. O julgamento de Edwards, que durou um mês, expôs um drama familiar que o político viveu entre 2006 e 2009, quando tentou disputar a presidência dos EUA. Na época, Edwards, casado com Elizabeth, se envolveu com uma assessora de campanha, Hunter, com quem teve uma filha.

O político falou emocionado da filha que teve com Hunter, quando disputava a nomeação para ser candidato a presidente pelo Partido Democrata. A nomeação foi vencida por Barack Obama. A esposa de Edwards, Elizabeth, sofria de câncer em 2008 e morreu em 2010. Ele agradeceu aos jurados, aos seus pais e à sua filha mais velha, Cate, pelo apoio e pela absolvição.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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