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O novo reitor da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Gilberto Carlotti Junior, defendeu nesta quarta-feira, 23, o passaporte vacinal na instituição, válido para alunos, professores e servidores técnico-administrativos. As aulas presenciais serão retomadas em 14 de março e, segundo o dirigente, o espaço físico passou por adaptações para reduzir os riscos de transmissão da covid-19.

"É a nossa opção. Temos um aplicativo de identificação em que já pode ser incluída a vacinação. É importante que consideremos a vacinação como obrigação", afirmou ele em entrevista à rádio Eldorado. Segundo ele, um "esquema especial" foi montado às pessoas que não possam - por determinação médica - receber o imunizante contra o novo coronavírus.

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Para o retorno, o reitor disse que a universidade aumentou a ventilação nas salas de aula e prevê um esquema preferencial de refeições em espaços amplos. "Nosso objetivo é ter um ensino em 2022 melhor do que foi em 2019 (último ano inteiramente presencial). O corpo docente está preparado para fazer a transição", garantiu.

"Todos os prédios e instalações deverão estar funcionado. É para ser presencial o ensino. O uso de alguma ferramenta mediada por tecnologia será complementar. A USP não é uma universidade de ensino a distância. É isso que nossos alunos estão esperando e o corpo docente também", acrescentou Carlotti Junior, que é médico.

Ações afirmativas

No campo das ações afirmativas, Carlotti Junior tem defendido maior diversidade de gênero para professores - ele inclusive avalia adotar alguma ação afirmativa nesse sentido - e aperfeiçoar os sistemas de identificação dos cotistas (pretos, pardos e indígenas) com o objetivo de evitar fraudes.

"Obviamente temos limitações e legislações para fazer algumas atividades, mas precisamos ter no corpo docente a mesma diversidade no corpo discente. Por isso, a preocupação que considere a diversidade de gênero e racial. Ainda não temos uma fórmula pronta, mas é um interesse da reitoria que isso seja representado. Isso deve ser feito com o processo natural, sem romper a excelência da universidade", frisou. A USP tem 159 professores pretos ou pardos, o que representa 2,7% de 5.788 docentes.

Desde 2017, a universidade adota o sistema de cotas raciais para alunos de escolas públicas no vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Também reserva vagas para estudantes oriundos de escolas públicas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2020, pela primeira vez, a instituição teve 50% de seus novos alunos vindos da rede pública de ensino.

O desafio agora, para o reitor, é acabar com erros nos cadastros, já que o vestibular utiliza a autoidentificação dos candidatos cotistas. "Nesse período, tivemos quase duas centenas de casos de acusações de fraudes do nosso sistema. A denúncia acontece durante o curso e, muitas vezes, demora quatro, cinco anos até a apuração ser finalizada. O aluno, então, já vai ter deixado de frequentar a universidade após todo esse período", disse. "Ao invés de tratar de forma punitiva o aluno que eventualmente tenha alguma fraude, trataremos isso desde o início."

Ao ser questionado de que forma esse "julgamento" seria feito, ele explicou que ainda não tem um modelo desenvolvido. "O que utilizamos no nosso vestibular é uma descrição de fenótipo (características físicas). Você deve ter o fenótipo identificado para fazer parte das cotas. Acho que esse será o ponto de partida, mas estamos começando a discussão. Precisamos descrever isso melhor, mas pontuar ter um antepassado negro não garante o acesso. Isso é uma confusão feita por muitos os alunos", exemplificou.

Em várias universidades federais, por exemplo, é adotada a estratégia das bancas de heteroidentificação, em que um comitê avaliador indica se o candidato à cota deve ou não ser contemplado com a ação afirmativa. Carlotti Junior, porém, não detalhou se esse é o modelo que a universidade paulista tem no horizonte.

"A maioria do que estamos chamando de 'fraudes' não é voluntária, é por não entender o processo. Vamos tomar o cuidado de não sermos exclusivos ao utilizar o fenótipo com uma característica muito acentuada, certamente vai ter uma gradação, especialmente com os pardos. Mas a universidade tem conhecimento, pessoas capacitadas para fazer essa postura, inclusive para que a sociedade utilize o que nós iremos definir".

A Unidos do Viradouro, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, anunciou que exigirá passaporte vacinal para os ensaios na quadra da agremiação, em Niterói. A atual campeã do Carnaval carioca fechou parceria com uma empresa de tecnologia, que através de um aplicativo, fará a checagem dos interessados em entrar nos eventos.

Componentes e visitantes da escola deverão estar com o calendário de vacinação contra a Covid-19 em dia. O formulário para cadastramento e o aplicativo já estão disponíveis, mas o acesso ao aplicativo só será possível após o preenchimento do cadastro no site: https://invite.chronus.online/.

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Os dados pedidos no momento do cadastro constam do ConectSUS e do comprovante de papel, que a pessoa recebe no momento da vacinação.

“Quem não for desfilante ou integrante de segmento e quiser ir a um evento na quadra também precisará se cadastrar e baixar o aplicativo, com pelo menos 6 horas de antecedência do horário que pretende chegar à escola. O ideal, então, é que quem esteja pretendendo ir a algum evento já se cadastre, não deixando pra fazer isso em cima da hora”, explica Dudu Falcão, um dos diretores do Carnaval da Viradouro.

Como funcionará o controle?

Na entrada da quadra, haverá um operador para escanear o QR code no aplicativo do usuário. Se a pessoa estiver com a vacinação em dia, vai aparecer no leitor “imunizado”, e terá o acesso liberado, ou “não imunizado”, que impedirá a entrada.

A previsão é que a apresentação do passaporte para acesso à quadra seja obrigatória a partir do dia 20 de fevereiro.

O deputado federal Alexandre Frota (PSDP-SP) protocolou, na quarta-feira (2), um Projeto de Lei que estabelece obrigatoriedade da apresentação do comprovante vacinal quando as pessoas forem votar nas eleições de 2022. Ex-bolsonarista, o parlamentar alega que não faz mais sentido ainda haver não vacinados no Brasil. 

No projeto protocolado, Frota cita o negacionismo como um dos problemas que fazem a proposta ser importante para o cenário atual no Brasil e ainda alfineta o presidente Jair Bolsonaro (PL). “O negacionismo da eficácia da vacina não tem qualquer comprovação científica e vamos mais longe, o atual presidente afirmou que a vacina causaria AIDS, isso é um absurdo sem precedentes na história do nosso país. Precisamos de todos os cidadãos vacinados, seja o que for necessário fazer, o Poder Legislativo tem a obrigação de tornar lei, precisamos salvar a vida e inclusive nosso sistema de saúde”, argumentou na justisficativa do projeto.

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Nas redes sociais, o deputado federal comemorou seu projeto ter sido protocolado e compartilhou diversas notícias sobre o assunto. Frota destacou ter protocolado 33 projetos. “Começou o ano e hoje no primeiro dia já protocolei 33 projetos. Sigo trabalhando”, declarou.

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As aulas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tiveram início nesta segunda-feira (31), em formato remoto. A princípio, a instituição estipulou que as atividades acadêmicas on-line terão duração de três semanas e, logo após esse período, um novo levantamento, de acordo com o cenário da pandemia do novo coronavírus, será realizado.

O semestre, que vai até 14 de maio, também teve início com a resolução que determina a obrigatoriedade do passaporte vacinal para acessar as dependências dos campi no retorno das aulas presenciais. A exigência de comprovação da vacinação contra Covid-19 foi aprovada, por ampla maioria, pelo Conselho Universitário (Consuni) da UFPE na última quarta-feira (26).

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Para frequentar e consumir em restaurantes locais, a população pernambucana precisa, desde o último dia 14, apresentar o cartão vacinal comprovando, pelo menos, duas doses de vacina contra a Covid-19. A medida tem como o objetivo frear, sem restringir o convívio social, quadros clínicos causados pelo coronavírus e pela H3N2, novo vírus da influenza que provocou um pico de infecções e internações em Pernambuco.  

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Funcionários e prestadores de serviços também devem estar vacinados para circular nesses espaços, de acordo com o decreto estadual. As medidas têm caráter analítico e são válidas até o próximo dia 31, também em espaços culturais, como cinemas, teatros e museus de todo o estado. 

Em rondas durante esta semana, o LeiaJá visitou alguns restaurantes no Centro do Recife, para verificar o cumprimento da nova regra e o que pensam dela clientes e comerciantes. Foram visitados estabelecimentos do comércio, do mercado público da Boa Vista e do Shopping Tacaruna, na última quarta (19) e quinta-feira (20), por volta das 13h. Notou-se, em todos os casos, um conhecimento geral e aceitação das novas regras, mas nem sempre houve sinalização ou o cumprimento do decreto. 

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No Mercado da Boa Vista, que fica à Rua da Santa Cruz, não havia sinalização do novo decreto estadual, apenas placas exigindo o uso de máscara; o mesmo se viu nas dependências de cada um dos estabelecimentos. Como a maioria dos restaurantes no local abre apenas de quinta-feira a domingo, ontem (20) foi o primeiro contato de alguns deles com a regra. De acordo com comerciantes ouvidos pelo LeiaJá, o grande desafio será controlar o público e realizar a cobrança do passaporte aos sábados, dia de pico no mercado. 

O comerciante Otacílio Santos, de 41 anos, é proprietário de um restaurante no mercado público, que não apresentava sinalização sobre o decreto. Ele afirmou que recebeu um comunicado da Prefeitura do Recife sobre a regra, em um pedaço de papel. “Hoje é o meu primeiro dia, porque acabamos de abrir, mas ainda não precisei cobrar de ninguém. Acho que o pessoal vai aceitar bem, nunca tive problemas com clientes nem sobre o uso de máscaras, mas só vai dar para saber disso melhor no sábado. O domingo é bem tranquilo, vem mais família, e eles mesmo se prontificam por causa das crianças”, disse. 

Em outro bar, mesmo sem a sinalização, os clientes estavam com seus comprovantes à mão. As mesas do estabelecimento eram as mais cheias do local, tendo recebido um grupo de colegas de trabalho para a comemoração de um aniversário. Para conseguir dar conta de atender os clientes, o gerente do negócio, Arthur Alves, de 27 anos, separou o grupo por 10 em cada mesa, de acordo com as exigências sanitárias. No entanto, pelo pouco espaço disponível na área de alimentação do equipamento, o distanciamento não pôde ser cumprido. 

“A vacinação foi para a gente uma oportunidade de tentar, aos poucos, retomar as nossas práticas profissionais e sociais. Ela está trazendo essa liberdade, porém, sempre com cuidado e observando as questões epidemiológicas atuais. É muito importante a gente poder falar sobre essa apresentação do cartão vacinal, pois só a vacinação traz pra gente a liberdade de frequentar esses lugares. Acho que o decreto é válido, mas é preciso que os estabelecimentos comerciais realmente cumpram o decreto. Que peçam às pessoas e visualizem realmente que é o cartão da pessoa”, declarou a enfermeira infectologista Aracele Cavalcanti, de 41 anos, que estava comemorando o aniversário de um amigo junto aos demais colegas. 

O momento da checagem, como mencionado pela infectologista, também é a principal preocupação do comerciante Lenilson Ferreira de Santana, de 63 anos. Conhecido como “Leleu”, o autônomo hoje é proprietário de um ponto de venda e consumo de bebidas que está no mercado há mais de 50 anos. Lenilson disse que ainda não precisou cobrar de ninguém o passaporte e que a checagem pode dificultar o seu trabalho nos dias de maior movimento. Por outro lado, nota que a clientela, por iniciativa própria, mostra o cartão de vacina e mantém a máscara enquanto aguarda na área externa. 

"Eu creio que vai ter dificuldade do pessoal aceitar. É ruim para controlar, chegar na mesa e pedir. Uma alternativa seria fechar o portão [do mercado] e pedir na entrada; quem fosse entrar, precisaria mostrar. A maioria [dos clientes] aqui é consciente, perguntam o que estão pedindo, mas aqui não está funcionando muito, não. Ao mesmo tempo, pedir na entrada poderia prejudicar a gente, porque na mesa, pelo menos já estão consumindo. Imagina chegar uma turma, tem um ou dois que não têm [o cartão], vai voltar todo mundo”, compartilha. 

Demais visitas 

Além dos restaurantes do mercado público da Boa Vista, o LeiaJá foi a estabelecimentos onde imagens em vídeo não foram autorizadas. Em uma rede de restaurantes que possui unidades nas ruas Nova e Imperatriz Teresa Cristina, a checagem estava sendo feita regularmente, com todos os clientes, e o local dispôs de uma funcionária para higienizar as mãos dos consumidores na entrada. No momento da chegada da reportagem, o senhor Pedro Mota, de 63 anos, posou para a foto (ver galeria) mostrando o cartão de terceira dose. 

Em outros dois restaurantes visitados na rua Matias de Albuquerque, o decreto não estava sendo cumprido. Um deles possuía sinalização e uma funcionária, que pediu para não se identificar, disse que a documentação estava sendo exigida antes do consumo, o que não aconteceu. No segundo caso, o local não possuía placas informativas e a cobrança ainda não estava sendo feita por uma questão de adaptação, de acordo com o coproprietário Vinicius Braz, de 20 anos, que não quis gravar entrevista. 

No Shopping Tacaruna, localizado em Santo Amaro, todas as lojas em ambas as praças de alimentação estavam sinalizadas e cobrando o cartão de vacinação dos consumidores, junto à carteira de identidade, para a comparação dos dados. O LeiaJá também teve acesso a um restaurante do centro de compras, nos quais os clientes foram vistos em mesas com distância de dois metros ou mais, além da exigência de comprovação do documento. Nenhum questionamento, por parte dos clientes, foi presenciado pela reportagem (ver vídeo). 

 

Milhares de pessoas voltaram a se manifestar neste sábado (15) na França contra o passaporte de vacinação de combate à covid, porém, a mobilização foi menos significativa do que na semana anterior.

Os protestos reuniram 54 mil pessoas em todo o país, segundo o Ministério do Interior. Um número muito longe dos mais de 105 mil do sábado anterior, que se caracterizou por uma recuperação muito clara das manifestações.

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Em Paris, a maior concentração começou nas proximidades da Torre Eiffel, convocada pelo candidato presidencial de extrema direita Florian Philippot.

Durante o ato, uma equipe de videojornalistas da AFP foi ameaçada de morte e agredida, e um dos seguranças que os protegia foi ferido na cabeça.

Outras passeatas ocorreram em cidades como Bordeaux, Toulouse ou Lille. Em vários incidentes, quatro pessoas foram presas na capital e seis na província.

"Não à vacina" e "liberdade para Djokovic", gritavam alguns manifestantes, referindo-se ao tenista número um do mundo que quer participar do Aberto da Austrália sem estar vacinado e cujo visto de entrada foi anulado pelas autoridades.

Nos cartazes, via-se mensagens contra o passaporte sanitário, mas também contra as vacinas: "Não é um vírus que eles querem controlar, é você", dizia uma faixa em Paris. Outra, em Rennes, denunciava uma "vacina tóxica".

"É nazismo, é apartheid, não me vacinei e sou contra as vacinas em geral", declarou Claire, uma manifestante de 60 anos em Paris.

Neste sábado, entra em vigor uma medida que desativará o passaporte sanitário de milhares de pessoas que não receberam a dose de reforço nos sete meses seguintes à primeira dose.

O documento, que permite o acesso a espaços públicos como bares e restaurantes, será transformado num “passaporte de vacinação” sob uma lei que está sendo debatida no Parlamento.

O passe atual incluía a possibilidade de apresentar teste negativo para covid-19 ou ter superado recentemente a doença. O novo passaporte só funcionará com um esquema de imunização completo.

O número de agendamentos para a primeira dose da vacina contra a Covid-19 aumentou acentuadamente esta semana no Québec, segundo o ministro da Saúde canadense, Christian Dubé. O crescimento é atribuído à exigência da vacinação para compra de álcool e maconha, legalizada no Canadá.

Em publicação feita nas redes sociais na manhã da última sexta-feira (7), Dubé observa que, nos últimos dias, as consultas para primeiras doses aumentaram de 1.500 por dia para mais de seis mil. O ministro aproveitou o momento para agradecer a quem finalmente decidiu se vacinar, reiterando que nunca é tarde para receber uma primeira dose da vacina. 

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Na quinta-feira, Dubé anunciou que os passaportes vacinais seriam necessários para entrar nos locais da Société des alcools du Québec (SAQ) e da Société québécoise du cannabis (SQDC), que comportam lojas autorizadas à venda de maconha e bebidas alcóolicas, a partir de 18 de janeiro. Ele explica que a decisão foi tomada para conter o aumento de casos da variante Omicron, altamente contagiosa. 

O ministro diz esperar que essa medida seja um incentivo adicional para algumas pessoas receberem sua primeira dose da vacina contra a covid, já que mais de 50% das pessoas atualmente hospitalizadas são pessoas não vacinadas, embora representem cerca de 10% do total da população. 

Dubé acrescenta que, nas próximas semanas, outros serviços não essenciais, incluindo cuidados pessoais, poderão ser adicionados à lista de locais que exigem passaporte de vacina. Em mensagem desta quarta-feira (12), o chefe da pasta nacional reafirmou o sucesso da campanha, informando que apenas ontem (11), 107 mil doses foram administradas. 

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Tradução (do francês): “As consultas para a 1ª dose continuam crescendo. Cerca de 5 mil consultas foram feitas em 10 de janeiro e 7 mil ontem, um recorde em dias. As consultas foram feitas em todas as faixas etárias. 107 mil doses foram administradas ontem. É encorajador!”.

A Rede Sustentabilidade e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pretendem acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Ministério da Educação (MEC), que proíbe universidades federais de exigirem comprovação de vacinação de Covid-19 para participação nas atividades presenciais, publicada nesta quinta-feira (30), no Diário Oficial da União.

Através do Twitter, o senador Randolf Rodrigues (Rede) afirmou que o partido solicitará ao STF a suspensão da normativa do MEC. Além disso, ele reforçou que o próprio Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade da exigência do passaporte vacinal.

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"Faremos uma petição na nossa ADPF 898, solicitando a suspensão desse absurdo! Já há decisão do STF sobre a constitucionalidade de exigência do passaporte da vacinação e devemos garantir a autonomia administrativa das universidades federais, prevista na CF", iniciou o parlamentar.

Em outro trecho, Randolfe ressalta que as instituições federais "são autarquias em regime especial ou fundações de direito publico", por isso, "não podem ser controladas pelos caprichos do presidente", criticou. Confira a publicação:

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Além da Rede Sustentabilidade, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, também apontou, por meio da mesma rede social, que tem a intenção de acionar o STF pela resolução do MEC, a qual ele classifica como "afronta a autonomia universitária e a saúde pública", escreveu. Veja o comunicado:

ATENÇÃO

O @psol50 vai entrar com uma ação no STF questionando a portaria do MEC que proíbe as universidades de cobrarem comprovante de vacina na volta das aulas presenciais em 2022. A portaria afronta a autonomia universitária e a saúde pública. É totalmente inconstitucional!

 

 

O deputado estadual Gil Diniz (sem partido) tentou arrancar o celular da mão do colega Arthur do Val, o Mamãe Falei (Patriota), no momento em que este filmava manifestantes antivacina e partidários do presidente Jair Bolsonaro (PL) em um protesto na Assembleia Legislativa de São Paulo. O público estava lá para apoiar o projeto de lei da deputada Janaína Paschoal (PSL) que proíbe a exigência do cartão de vacinação contra a Covid-19 para acessar locais públicos ou privados no estado. A proposta tem diversos autores, incluindo Diniz. 

O episódio aconteceu nas dependências da Alesp, na noite dessa quinta-feira (16), e foi registrado pelo parlamentar agredido, bem como por outros deputados e pelos manifestantes. Diniz se aproxima, alegando que Mamãe Falei estaria fazendo “chacota” dos protestantes, e tenta derrubar o celular com empurrões e tapas.  

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A briga foi repleta de palavras de baixo calão, reforçadas pelo público, que também fez gestos ofensivos contra o integrante do MBL. No início da sua filmagem, Arthur do Val diz que sente “orgulho” de ser odiado pela ala negacionista. Em seguida, Gil cerca o colega e o questiona. "Não zoa não. Por que você tá zoando?", pergunta. 

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"Fiz mesmo e farei quantas vezes forem necessárias", afirmou Diniz em vídeo após a confusão no plenário. "Um palhaço como esse não merecia estar no parlamento, fazendo chacota". No vídeo, ele chama Arthur do Val de vagabundo e diz que o colega precisa ser "aposentado" na próxima eleição. Nas redes sociais, Gil Diniz afirmou que irá denunciar Mamãe Falei ao Conselho de Ética. 

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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, decidiu pela obrigação do passaporte para estrangeiros que quiserem adentrar no Brasil. A medida choca com o que o presidente da república tem defendido.

Jair Bolsonaro, que sequer tomou o imunizante, tem usado esse argumento negacionista para justificar a falta da cobrança do passaporte da vacina, que foi recomendado pela Agência de Nacional Vigilância Sanitária, a Anvisa.

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A determinação do ministro do STF, dada neste sábado (11), é resultado de uma ação da Rede Sustentabilidade que pede para que as medidas sanitárias solicitadas pela a Anvisa sejam respeitadas. Na decisão, Barroso justificou ainda que as festas de fim de ano podem atrair um número de pessoas elevadas e que a comprovação da vacina dos turistas estrangeiros pode evitar uma maior proliferação da Covid-19 e suas variantes.

Ele ainda explica que, em alguns casos em que turistas por motivos humanitários não tiverem acesso à vacina, uma quarentena obrigatória deve ser aplicada. "A substituição do comprovante de vacinação pela alternativa da quarentena somente se aplica aos viajantes considerados não elegíveis para vacinação, de acordo com os critérios médicos vigentes, ou que sejam provenientes de países em que, comprovadamente, não existia vacinação disponível com amplo alcance, ou, ainda, por motivos humanitários excepcionais”, diz.

Em cumprimento ao decreto do Governo do Estado, que entrou em vigor na última segunda-feira (6), o Centro Cultural Cais do Sertão passará a exigir a apresentação do passaporte vacinal com documento com foto na bilheteria. O decreto começa a valer a partir da quinta-feira (9). Além do esquema vacinal completo, o visitante, morador ou turista deverá, também, usar a máscara de proteção, cumprir o distanciamento social e higienizar as mãos.

“O Cais do Sertão é um dos equipamentos turísticos e culturais de maior prestígio na gestão do Turismo estadual. Para continuar a promover uma experiência inesquecível e imersiva aos territórios do museu, e seguindo todos os protocolos sanitários, garantindo a segurança do visitante e turistas, o Cais cumpre o decreto do Governo do Estado, que determina a apresentação do cartão de vacinas para acesso a prédios públicos”, salienta o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.

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O Cais segue aberto para visitação ainda em horário reduzido: quinta e sextas-feiras, das 10h às 16h, e sábados e domingos, das 11h às 17h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). O equipamento cultural é gerido pelo Governo do Estado de Pernambuco, sob a tutela da Secretaria de Turismo e Lazer e da Empetur.

*Via Assessoria de Imprensa

 

Deputado estadual de Goiás, Cairo Salim (Pros) criticou qualquer medida que for pensada para restringir a circulação de pessoas que não foram vacinadas contra Covid-19. Na última segunda-feira (25), durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do estado, o político taxou a exigência, por exemplo, do chamado passaporte vacinal como “questão doentia” e uma “ditadura nazista”.

A audiência da fala polêmica de Cairo Salim foi promovida por ele mesmo para discutir o “passaporte sanitário” e contou com a presença de dezenas de pessoas contrárias a medida e também a imunização. “Primeiro nos pressionaram a utilizar máscara, depois a vacinação e agora essa questão doentia do passaporte sanitário, proibindo a circulação de pessoas”, iniciou. “Você não consegue mais ir num voo internacional se não tiver a vacinação, muitas empresas já vão demitir os funcionários que não se vacinaram”, completou.

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O deputado atacou a imposição da vacina e disse que o Brasil está sofrendo um “emburrecimento” causado pela mídia. “Contem comigo para que nós defendamos o estado de Goiás dessa ditadura nazista sanitária que estão querendo impor no mundo afora. Falar isso na grande mídia a gente é chamado de ‘burro’, chamado de ‘gado’. Nós estamos vivendo é um emburrecimento da população que é contaminado pela grande mídia”, desabafou.

O passaporte sanitário ou passaporte da vacina é um comprovante de que o indivíduo já tomou a primeira dose ou completou seu esquema vacinal, mostrando data de aplicação, nome completo, CPF, data de nascimento e um QR Code que pode ser utilizado para adentrar em locais que pedem a obrigatoriedade do comprovante.

Com a repercussão e gerando várias críticas, o deputado voltou a se manifestar nas redes sociais nessa terça-feira (26) e afirmou que o direito de locomoção da população é de suma importância. “Para mim, a liberdade de ir e vir é muito importante e não podemos abrir mão disso por causa de uma vacina”, escreveu.

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A combinação da vacinação com medidas como o uso de máscaras, o distanciamento social e a exigência do comprovante de vacinação para acesso a alguns espaços é fundamental para a retomada das atividades, reforçou nesta sexta-feira (15) a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no boletim semanal do Observatório Covid-19.

Segundo os pesquisadores da fundação, a exigência do passaporte vacinal para acesso a locais de convívio fechados ou com aglomeração propicia maior tranquilidade, pois reduz o risco de exposição ao novo coronavírus nesses ambientes. Sobre as máscaras, o boletim sublinha que, se pelo menos de 80% da população estiver com esquema vacinal completo, o uso delas pode ser flexibilizado em atividades ao ar livre que não envolvam aglomeração, mas deve ser exigido em locais fechados ou locais abertos em que haja aglomeração.

"Com menos de 50% da população com esquema vacinal completo, reforçamos a importância do passaporte vacinal como uma política pública de estímulo à vacinação e proteção coletiva, sem deixar de reforçar a importância da manutenção de outras medidas, como o uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento físico e social. A combinação deste conjunto de medidas é fundamental para que possamos ter um processo prudente de retomada das atividades, a exemplo do que vem sendo realizado em Singapura, país exemplar no enfrentamento da pandemia", diz o texto divulgado hoje pela Fiocruz.

Os pesquisadores ressaltam que Singapura acertou em diversos momentos da pandemia, desde o rastreio de casos suspeitos até a combinação da vacinação com outras estratégias. Apesar de ter mais de 80% da população totalmente vacinada, o país asiático voltou a registrar aumento de casos e internações em setembro e reagiu com novas medidas restritivas e de isolamento. "A atual estratégia do país consiste em revisar suas restrições e realizar ajustes de acordo com a situação epidemiológica, sendo considerada a necessidade do uso de máscaras, da limitação de viagens e do distanciamento físico e social até 2024."

A condução cautelosa da pandemia em Singapura contrasta com o exemplo da Inglaterra, que se destacou inicialmente com uma vacinação acelerada, mas decidiu suspender todas as outras medidas restritivas de uma só vez, quando tinha apenas 54% da população com esquema vacinal completo. "Atualmente, o país apresenta registros de mais de 500 mortes e entre 150 mil e 200 mil casos confirmados de covid-19 por semana, muitos dos quais possivelmente resultarão na covid longa", analisam os pesquisadores.

"Os exemplos de Singapura e da Inglaterra nos dão algumas evidências de que trabalhar com a vacina como estratégia isolada não é o mais apropriado, não se devendo naturalizar os elevados valores de óbitos e casos registrados por semana na Inglaterra. Experiências de outros países já vêm demonstrando que o sucesso no controle da pandemia neste novo estágio requer, além da elevada cobertura vacinal, a associação de outras medidas."

Redução de casos e óbitos

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Indicadores de monitoramento da pandemia no Brasil estão em queda contínua desde julho, o que em grande parte é devido ao aumento do número de vacinados. A Fiocruz destaca que estão em queda a proporção de testes positivos, a incidência de novos casos, a ocupação de leitos unidade de terapia intensiva (UTI) e taxas de mortalidade. 

Apesar disso, a Fiocruz mostra que o movimento de queda vem perdendo velocidade. Em agosto e setembro, houve redução média de 2% nos casos e óbitos por dia, enquanto no fim de setembro e início de outubro o ritmo diário de queda foi de 0,5% para os casos e de 1,2% para os óbitos.

De acordo com o boletim da Fioruz que ainda são altas as taxas de transmissão do SARS-CoV-2 no país, o que torna fundamental que se continue aumentando a cobertura vacinal para diferentes grupos, combinada com a busca ativa dos faltosos para segunda dose e ampliação de dose de reforço para os grupos vulneráveis.

As internações de adultos com covid-19 em UTIs estão fora da zona de alerta em 25 estados, nos quais a taxa de ocupação não supera os 60%. As exceções são o Distrito Federal, que está na zona de alerta crítico (89%) por causa da redução do número de leitos, e o Espírito Santo, que se mantém na zona de alerta intermediário (65%).

 

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