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Mesmo em sua primeira passagem pelo futebol brasileiro, Mariano Soso promete rápida adaptação ao Recife. O novo treinador do Sport, apresentado oficialmente nesta quinta-feira (7), na Ilha do Retiro, chega enaltecendo a cultura pernambucana e citando o recifense Paulo Freire, conhecido como o Patrono da Educação Brasileira.

“A cultura desse país (Brasil) esteve muito presente em minha infância. Nasci em uma casa onda minha mãe era uma educadora popular, uma alfabetizadora. E o nome de Paulo Freire sempre foi uma referência para mim. Por isso me sinto muito honrado em estar aqui e representar este clube em particular. Um futebol tão importante, com uma torcida apaixonada”, disse Soso, antes de revelar conversas com outros treinadores estrangeiros.

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“Senti uma profunda felicidade em ser convocado pelo clube. Tive conversas anteriores sobre o Campeonato Brasileiro e tenho proximidade com o corpo técnico de Vojvoda (treinador do Fortaleza). Tivemos um intercâmbio também com o Sampaoli, que a mim, particularmente, me proporcionou muito em termos de conhecimento por sua experiência no Santos, no Atlético, e não só treinadores, mas analistas. Foi muito valioso ouvir opiniões para avaliar a proposta.”

Soso também revelou uma ansiedade para cursar português e, dessa forma, se comunicar melhor com a imprensa e com os próprios jogadores do elenco rubro-negro. Além disso, detalhou os motivos que o levaram a aceitar o desafio de debutar no futebol brasileiro.

“Gostaria de compartilhar com os presentes que estou muito ansioso para iniciar um curso intensivo de português. É um compromisso com a torcida e com os jogadores, me comprometo publicamente. Assim, será mais fácil de me comunicar com vocês (imprensa) e com os atletas”, prometeu.

O comandante, que defendeu clubes como San Lorenzo-ARG, Emelec-EQU-, Sporting Cristal-PER e Melgar-PER, seu último time, também enalteceu a grandeza do Leão da Praça da Bandeira. Segundo ele, será uma honra fazer do Sport ainda maior.

“Estou muito feliz de chegar ao clube de tanta história e muito honrado por desembarcar num futebol que historicamente deu muito ao mundo. Estou muito orgulho de iniciar um ciclo com muita expectativa. É um grande desafio, tenho uma profunda responsabilidade pela história do clube e não apenas dar continuidade, mas ampliar a história da equipe”, ponderou.

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O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi punido pela sétima vez na Comissão de Ética Pública da Presidência, por ter proferido ofensas contra o educador e patrono da educação brasileira, Paulo Freire. Segundo informações do colunista Lauro Jardim, Weintraub bateu recorde de punições pela comissão.

O histórico de declarações polêmicas do ex-ministro datam da época que ele estava à frente da pasta no governo Bolsonaro. Ele chegou a afirmar que Paulo Freire era “feio e fraco”, e o comparou com a ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT), de forma pejorativa.

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Com a condenação de censura ética, Weintraub fica proibido de assumir cargos públicos por três anos.

   O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se pronunciou nas redes sociais após o Centro de Formação Paulo Freire, pertencente ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na zona rural de Caruaru (PE), ter sido invadido por bolsonaristas na madrugada do domingo (14).

“Não vamos tolerar ataques de natureza discriminatório e de incentivo ao ódio em nosso estado”, afirmou. o governador. Além disso, ele assegurou que o governo tratará com prioridade as investigações do caso. “Determinei ao Secretário de Defesa Social, Humberto Freire, prioridade na investigação da invasão registrada na madrugada de ontem, no Centro de Formação Paulo Freire, no Assentamento Normandia, em Caruaru”, disse o governador no Twitter”. 

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 O caso 

Centro de Formação Paulo Freire foi invadido por volta das 3h, e teve paredes pichadas com a suástica (símbolo do nazismo) e com a palavra "mito", em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL).   

“As três horas da manhã, os bolsonaristas invadiram o espaço do centro e picharam vários espaços coletivos com o símbolo da suástica nazista e o nome MITO. Além disso, os bolsonaristas arrombaram e incendiaram a casa de moradia da coordenadora do centro. Com o fogo, a militância que mantém o Centro, foi alertada e consegui ainda apagar o incêndio.

A casa, entretanto, foi parcialmente queimada, principalmente as camas, telhados e os pertences”, afirmou a direção do MST em nota.  

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou nesta quarta-feira, 20, um trecho da obra de Paulo Freire para justificar a aliança com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), seu antigo adversário político e agora pré-candidato a vice-presidente na mesma chapa que concorre ao Palácio do Planalto.

"Eu li em um livro do Paulo Freire que a gente tem que juntar os divergentes para derrotar os antagônicos", disse Lula em sua conta no Twitter. Após a declaração, ele recebeu críticas tanto de pessoas ligadas à esquerda, que ainda questionam a escolha do ex-tucano para compor a frente ampla, quanto de direita, que relembram as acusações de Lula sobre corrupção.

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"E é isso que vocês precisam saber. Nós vamos consertar esse país", afirmou o ex-presidente. Um dos fundadores do PSDB, Alckmin deixou o partido em dezembro de 2021 para compor a chapa de Lula e se filiou ao PSB.

A afirmação do ex-presidente foi considerada inadequada por críticos ligados à esquerda, tendo em vista o passado de Alckmin enquanto governador de São Paulo, marcado por disputas com professores de escolas públicas.

Já críticos alinhados com a direita afirmaram que o ex-tucano não teria se incomodado diante das denúncias de corrupção contra o petista. O vereador de São Paulo Fernando Holiday (Novo), que é pré-candidato à Câmara, disse que Alckmin teria virado "cúmplice" de Lula e estaria "voltando à cena do crime", citando expressão usada pelo próprio ex-governador para atacar o ex-presidente em 2017.

Quem foi Paulo Freire

Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, no Recife, e passou a vida defendendo uma educação que transformasse o mundo. Criou um método de alfabetização de adultos que se tornou exemplo ao ser implementado em Angicos, Rio Grande do Norte. Logo depois, foi perseguido pela ditadura militar e teve de deixar o País. Foi secretário de Educação de São Paulo na Prefeitura de Luiza Erundina (1989-1992). Freire foi um dos pioneiros de uma pedagogia crítica, preocupada em formar cidadãos.

Seu livro 'Pedagogia do Oprimido' é o terceiro mais citado de todos os tempos em pesquisas da área de ciências sociais. Freire morreu em 1997, aos 75 anos.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) abriu inscrições para o novo Grupo de Leitura da Cátedra Paulo Freire, que tem como tema o livro “Educação e Mudança”.

O grupo de leitura é um projeto de extensão aberto a qualquer pessoa que esteja interessada em participar, seja da UFRPE ou da sociedade civil.  

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A iniciativa será realizada por meio de dez encontros virtuais, que acontecerão dia 09 e 23 de agosto; 06 e 20 de setembro; 04 e 10 de outubro; 01, 15 e 22 de novembro; e no dia 06 de dezembro, com início às 19h30 e uma hora e meia de duração. Aqueles que participarem de no mínimo 70% dos encontros ganharão direito a um certificado. 

Os interessados em participar da atividade devem enviar um e-mail para a Cátedra Paulo Freire com nome completo e número de telefone, além de destacar no assunto “Inscrição Grupo de Leitura”. O projeto oferece um total de 40 vagas gratuitas, que serão preenchidas de acordo com a ordem de chegada dos e-mails recebidos.

‘Olhares sobre Paulo Freire – Vida, história e atualidade’, livro que a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) lançará na próxima sexta-feira, dia 17 de dezembro, é a última iniciativa da comissão organizadora da programação oficial do centenário de nascimento do educador – proposta pela Assembleia Legislativa do Estado e da qual a editora é integrante.

São 14 capítulos apresentados por 18 autores do Brasil e do exterior. Um trabalho robusto organizado pela professora Eliete Santiago, coordenadora da Cátedra Paulo Freire da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e pelo professor José Batista Neto, também pesquisador da Cátedra. O lançamento acontece a partir das 9h, no auditório Sérgio Guerra, na Alepe.

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O livro se propõe a possibilitar um encontro com a obra de Paulo Freire. Cada ensaísta procurou destacar um aspecto diferente do pensamento freireano, do seu legado amoroso, até sua postura política e antropológica em relação à educação. Dois eixos dividem o livro: o primeiro é composto por aspectos biográficos de Paulo Freire, que segundo Eliete Santiago reafirmam a inseparabilidade da vida e obra do patrono da educação brasileira. A segunda parte tem como fio condutor o pensamento do educador como inspiração para trabalhos de ensino, pesquisa e extensão, uma clara evidência do vigor, pluralidade e atualidade do pensamento freireano.

Os ensaios abordam temas sociais que desafiam a vida, a política e a educação, um convite para o leitor conhecer este ilustre pernambucano, que nasceu no Recife em 19 de setembro de 1921, e morreu aos 75 anos, em 2 de maio de 1997. “O pensamento de Paulo Freire sempre foi marcado pela crença nos outros, pelo desejo de despertar autonomia e consciência crítica nos indivíduos, respeitando seus contextos e particularidades. No seu centenário, quando grupos tantas vezes o atacam e distorcem dentro do Brasil, o mais importante é ler Paulo Freire em toda sua generosidade e complexidade, pensando também o momento atual a partir dos seus escritos”, recomenda o editor da Cepe, Diogo Guedes.

As teorias do educador ajudaram a promover mudanças importantes no Brasil, que influenciaram pessoas no mundo todo. De acordo com Eliete Santiago no campo da educação, da saúde e do direito, a preocupação com a humanização do sujeito e da natureza, do respeito às diferenças e da justiça social carregam a marca de Paulo Freire. “Especificamente a educação escolar, na perspectiva freireana, mudou e pode seguir mudando ao considerar os saberes sociais como saber escolar; ao tomar o saber da experiência feito como ponto de partida; a relação docente-discente de horizontalidade; o respeito e a confiança nas possibilidades de cada uma e de cada um ao aprender e ensinar. Acima de tudo, ao compreender que a leitura do mundo antecede a leitura da palavra. Que não há saber maior ou menor, mas saberes diferentes”, destaca.

Uma das ensaístas, a professora da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Ivanilde Apoluceno de Oliveira, destacou a atualidade do pensamento do educador ao relacionar o atual contexto de pandemia, desigualdades e injustiças sociais a situações de abandono análogas às denunciadas por Paulo Freire em sua Pedagogia do Oprimido. “No Brasil, esta situação de desigualdade no campo educacional se agrava pelo desmonte das políticas existentes em termos de currículo, de formação de professores (…) Freire afirma que além de um ato de conhecimento, a educação é também um ato político. É por isso que não há pedagogia neutra”, enfatiza.

Entre os ensaístas reunidos na obra estão Silk Weber, professora da Universidade Federal de Pernambuco; Carlos Rodrigues Brandão, livre docente pela Universidade Estadual de Campinas; a deputada estadual Teresa Leitão; e a professora emérita da Universidade do Porto Luiza Cortesão, presidenta do Instituto Paulo Freire de Portugal.

Sobre os organizadores:

Maria Eliete Santiago, professora titular do Centro de Educação, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Educação da UFPE. Coordenadora da Cátedra Paulo Freire-UFPE. Mestre em Educação e Currículo pela PUC/SP e Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Paris V – René Descartes. Autora de Escola pública de primeiro grau – da compreensão à intervenção, organizou junto com José Batista Neto, Paulo Freire e a educação libertadora, Formação de professores e prática pedagógica, Coleção João Francisco de Souza e outros títulos com outras parcerias.

José Batista Neto, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Educação da UFPE e do Programa de Pós-graduação em Educação da UFPE; membro da Cátedra Paulo Freire-UFPE, Licenciado e Mestre em História pela UFPE e Doutor em Ciências da Educação pela Universidade Paris V – René Descartes.

Serviço

Lançamento Cepe: Olhares sobre Paulo Freire – Vida, história e atualidade

Data: 17 de dezembro

Horário: 9h às 12h

Local: Auditório Sérgio Guerra, Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar da Assembleia Legislativa de Pernambuco

Preço do livro impresso: R$ 50,00, e-book: R$ 20,00

*Via assessoria de imprensa. 

 

A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, inaugurou um busto de bronze em homenagem a Paulo Freire, considerado o patrono da educação brasileira. Sendo assim, a universidade inglesa se tornou a primeira instituição fora do Brasil a instalar uma escultura do educador brasileiro.

"Um gigante do pensamento educacional, cujas ideias estão sob ataque do governo do país", declarou a Universidade de Cambridge. A instituição reforça que a "Pedagogia do Oprimido", uma das obras de Freire, tornou-se um modelo para reformas educacionais internacionais da década de 70 e ainda é um dos textos de ciências sociais mais citados no mundo.

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No texto sobre a homenagem ao educador, a instituição inglesa aponta que as ideias de Paulo enfatizam o ensino do pensamento crítico nas escolas para que os cidadãos pudessem desafiar as formas não democráticas de poder.

No entanto, a Universidade de Cambridge lembra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu purgar a filosofia freiriana do sistema educacional brasileiro.

"O busto de bronze com a imagem de Freire é um presente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e foi arrumado por um grupo de estudantes latino-americanos. É de uma série limitada encomendada para exibição em escolas administradas pelo MST como parte de uma iniciativa mais ampla para proteger o legado de Freire", pontua a instituição.

A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta quinta-feira (25), em decisão terminativa, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 148/2017, que inscreve o nome do educador Paulo Freire no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O texto, apresentado em 2017 pela então ex-senadora Fátima Bezerra, teve voto favorável do relator, senador Paulo Rocha (PT-PA). Se não houver recurso para votação em Plenário, a matéria segue para a Câmara dos Deputados.

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, em 19 de setembro de 1921. Graduado em direito, com doutorado em filosofia e história da educação, foi na pedagogia que se destacou, com teses e abordagens marcadas por uma profunda preocupação com as injustiças sociais. Ele compreendia a educação como caminho de libertação e construção da cidadania.

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A “pedagogia da libertação” começou a ser engendrada pelo educador no final da década de 1940 e início da década de 1950, baseada no pressuposto de que, por meio do trabalho coletivo, os indivíduos adquirem consciência crítica e se tornam sujeitos da própria história. Paulo Freire coordenou, no governo do presidente João Goulart, o Plano Nacional de Alfabetização, que buscava tirar 5 milhões de pessoas do analfabetismo.

Na década de 1960, empreendeu a experiência “40 horas de Angicos”, em que aplicava um método para alfabetizar trabalhadores em apenas 40 horas. Esse método de alfabetização se tornaria a base do Programa Nacional de Alfabetização da época.

Durante a ditadura militar, exilado, Paulo Freire viveu na Bolívia e, em seguida, no Chile, onde participou de ações junto a trabalhadores rurais, publicando algumas de suas obras mais significativas. Posteriormente, na Europa, trabalhou no Conselho Mundial das Igrejas, em ações educacionais de movimentos sindicais e feministas. O educador também atuou como consultor para a implementação de políticas educacionais em ex-colônias africanas.

Ao retornar ao Brasil, em 1979, tornou-se professor universitário e tomou parte de programas de pós-graduação e grupos de pesquisa com a colaboração de pesquisadores nacionais e estrangeiros, que ampliaram o seu trabalho. Participou ativamente do processo de redemocratização brasileiro. Ele faleceu na cidade de São Paulo, em 1997.

Paulo Rocha destacou a “relevância da atuação e do legado” de Paulo Freire para a educação brasileira. Para o presidente da CE, senador Marcelo Castro (MDB-PI), o PLS 148/2017 “faz justiça a um dos grande nomes da nossa Pátria”.

"A nossa surpresa é que ele ainda não seja inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, porque, sem dúvida nenhuma, se alguém merece esse título é Paulo Freire", disse Castro.

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), Paulo Freire permanecerá sempre vivo na memória das lutas populares e na atuação de educadores mundo a fora: "Paulo Freire é um homem do mundo, é um herói do mundo. Percorreu mais de 50 países. Sua obra acabou por assumir dimensões universais. Dedicou sua vida e sua obra às causas dos oprimidos, desvalidos e esfarrapados do mundo todo. Sempre “esperançando”, sempre buscando superar a feiúra da opressão e alcançar a boniteza da comunhão, da liberdade, da democracia e da cidadania".

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) destacou a vinculação do educador com os menos favorecidos. "Paulo Freire mostrava àquele povo que eles não eram pobres. Na verdade, estavam empobrecidos pela falta de ação do Estado, que não oferecia o instrumento, que era a educação, para que eles conseguissem sair da extrema pobreza. Paulo Freire era grande por isso", disse.

Na opinião do senador Flávio Arns (Podemos-PR), Paulo Freire foi um “revolucionário na educação”. "Paulo Freire é do Brasil, mas é do mundo. É um revolucionário na educação. E, por ser revolucionário, é muitas vezes confundido pelos inescrupulosos como comunista, subversivo ou coisa semelhante. De fato, o povo educado subverte para que haja mais humanidade, mais cidadania e mais direitos. Foi siso que Paulo Freire fez", afirmou.

Brasileiros heróicos

O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria fica no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na praça dos Três Poderes, em Brasília. Só podem nele ser inscritos nomes de brasileiros ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com excepcional dedicação e heroísmo. A homenagem só poderá ser concedida mediante lei e após 10 anos da morte do laureado.

*Da Agência Senado

Durante audiência pública realizada, nesta quarta-feira (20), em Brasília, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a criticar Paulo Freire e a obra do educador "Pedagogia do Oprimido". Na ocasião, Ribeiro foi questionado pelo deputado Elias Vaz (PSB) sobre as recentes falas contra Freire.

"Olha a que pé chegou a educação pública brasileira quando abraçou de olhos fechados algumas pedagogias. Não o avalio tão positivamente assim como o senhor. Respeito a trajetória desse educador, mas as evidências mostram que o modelo proposto nos últimos vinte anos foi um desastre em termos de educação", afirmou o responsável pela pasta.

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Percebendo a recusa de Milton Ribeiro em nomear o educador brasileiro, o parlamentar interrompeu a fala com outro questionamento: "O senhor não cita o nome dele. Tem dificuldade disso?"

 Neste momento, o ministro aproveitou para tecer comentários negativos sobre a obra mais famosa de Paulo Freire: “Não convém citar o nome de quem não está presente. É um grande educador, mas tenho minha avaliação (...)O senhor leu o livro dele, "Pedagogia do oprimido"? Faço questão de lhe dar de presente. Eu li três vezes, e depois podemos conversar. Antes de assumir o ministério, tive esse cuidado", rebateu.

A convocação de Milton Ribeiro pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara foi para esclarecimentos sobre a ampliação de institutos federais de educação e indicação dos reitores por parte do presidente Jair Bolsona (sem partido).

A medida do MEC vem recebendo críticas, pois não será criada novas vagas e cursos. De acordo com Ribeiro, a proposta é orientada por uma questão geográfica e beneficiará regiões que não dispõem de universidades nem institutos federais.

Alunos do ensino fundamental de uma escola, localizada em Belo Horizonte, promoveram um protesto na sala de aula da instituição. Por meio de cartazes com palavras de ordem, os estudantes, com idade entre oito e nove anos, pediam mais tempo de recreio.

A manifestação foi iniciada por duas alunas e teve adesão de outros colegas de turma. A ideia foi criada após uma aula de língua portuguesa. Na ocasião, a professora comentou com os alunos que os cartazes são um meio de comunicação e, após os ensinamentos, iniciaram a confecção com as reivindicações.

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O resultado do movimento foi compartilhado por uma funcionária da instituição de ensino no Twitter e viralizou. “As crianças na escola construtivista que eu trabalho estão reivindicando o aumento do recreio”, escreveu. Em um dos cartazes, as crianças retrataram o educador Paulo Freire com um dos braços saindo do túmulo e aderindo ao movimento. Confira a publicação:

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Após a repercussão, o protesto foi acatado e os estudantes terão direito a 30 minutos de intervalo, pelo menos, três vezes na semana. Anteriormente, devido à pandemia do novo coronavírus, eles tinham apenas 15 minutos de intervalo.

Aos 100 anos, Paulo Freire é atual. Com essa convicção, uma das maiores universidades do mundo, a Columbia, em Nova York, anuncia neste domingo (19), no centenário do educador brasileiro, uma série de eventos e incentivos para pesquisa sobre o seu trabalho. "Equidade, educação antirracista, gênero, a preocupação com diferentes camadas de opressão e exploração são temas com muita força na academia atualmente. E foram explorados há muitas décadas por Freire", diz o professor de Columbia Paulo Blikstein, que é brasileiro.

Ele é um dos idealizadores da Paulo Freire Iniciative, organizada pelo Teachers College, pelo Centro Lemann e pelo Institute of Latin American Studies (ILAS), todos de Columbia. No texto que apresenta a iniciativa, ao qual o Estadão teve acesso com exclusividade, a universidade americana lembra que Freire tem "um legado impressionante" que ajudou a promover "equidade e justiça social, missões alinhadas com as da Columbia".

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Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, no Recife, e passou a vida defendendo uma educação que transformasse o mundo. Criou um método de alfabetização de adultos, que deu certo em Angicos, Rio Grande do Norte, mas logo foi perseguido pela ditadura militar e teve de deixar o País. No exílio, suas ideias se espalharam e começou a consagração internacional. Voltou ao Brasil em 1979 e foi secretário de Educação na Prefeitura de Luiza Erundina. Freire foi um dos pioneiros de uma pedagogia crítica, preocupada em formar cidadãos.

Seu livro Pedagogia do Oprimido, de Freire, é o terceiro mais citado de todos os tempos em pesquisas da área de ciências sociais. Mais até que A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud. Freire morreu em 1997, aos 75 anos.

Por ignorância ou desconhecimento, o mais célebre educador brasileiro foi associado em tempos de bolsonarismo ao comunismo ou a uma educação partidária. Tornou-se um dos principais alvos de ataques de grupos de apoio, ministros da Educação e do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro.

A Columbia vai financiar estudantes que queiram pesquisar sua obra. Segundo Blikstein, a ideia é criar uma comunidade, que não precisa ser só de brasileiros. Haverá também um trabalho de advocacy em outras instituições do mundo para manter vivo o trabalho do brasileiro.

Os primeiros eventos serão em 3, 4, 10 e 11 de novembro com nomes da cultura e educação brasileiros e estrangeiros que vão discutir o legado de Freire em vários aspectos. Ele será online e aberto ao público em geral. E a partir de 2022 todo dia 19 de setembro terá uma palestra especial em homenagem ao educador na Columbia.

"Num momento no qual o País se encontra tão polarizado, precisamos contribuir para que setores da sociedade brasileira compreendam que Paulo Freire é um intelectual sofisticado, com propostas concretas para a educação de crianças, jovens e adultos", diz o aluno brasileiro de doutorado da Columbia, Danilo Fernandes Lima da Silva, de 34 anos, que também organiza a iniciativa.

Blikstein diz que a ideia dos eventos e pesquisas não é apenas repetir as ideias de Freire. "Ele sempre falava que ele não queria ser um fóssil, queria que o reinventassem, então é repensar, significar o que ele falou, mas antenado no mundo atual." A ideia dos organizadores é ampliar a iniciativa ao longo dos anos com mais seminários, publicações e bolsas de estudo.

Família. A neta de Paulo Freire, Sofia Freire, diz que está esperançosa por mudanças no País com a chegada do centenário do avô. Ela conta que, desde que voltou ao Brasil há três anos, depois de morar em Barcelona, convive com ataques a Freire. Sofia acaba de criar o coletivo independente Esperanzar (referência à palavra célebre do educador, que dizia que era preciso ter esperança e agir e, não, só esperar) para fomentar e assessorar ações transformadoras com movimentos sociais e atores culturais urbanos periféricos.

Uma das iniciativas é um mural imenso em um prédio na Avenida Pacaembu, na zona oeste, com uma foto de Freire e a frase: Esperançar: Amar é um ato de coragem. A expectativa é de que a obra, feita pelo artista Raul Zito, fique pronta hoje. "Escolhemos uma frase amorosa, não queremos partir para o conflito. Queremos gerar emoção e, se der para partir para a ação, melhor ainda", diz Sofia.

ENTREVISTA

Sérgio Haddad

biógrafo de Paulo Freire

O pesquisador Sérgio Haddad, biógrafo de Paulo Freire, acredita que os ataques que surgiram no governo de Jair Bolsonaro ajudaram a impulsionar a busca por conhecimento sobre o educador.

Há um entendimento equivocado de quem foi Paulo Freire?

Tem muita desinformação na crítica, por exemplo, ele nunca foi comunista. Era, sim, um pessoa de esquerda, estava do lado dos mais pobres, mas não se alinhava a nenhum governo autoritário, foi crítico com os comunistas. Mas há aqueles que não querem saber, criticam porque foi secretário do PT.

Onde é possível ver Freire nas escolas atuais?

Nas escolas mais participativas, que trazem o conhecimento dos alunos para a sala de aula. Freire fala que se um professor passa um ano dando a sua aula e no fim ele é o mesmo, algo está errado. Esse estímulo a refletir no processo educativo é freireano.

Os ataques o enfraqueceram?

Acho que a quantidade de eventos, de textos, que vem sendo feitos foi também muito impulsionada por essa conjuntura. Desde a campanha, com ministros da Educação atuais, foi surgindo um movimento em defesa do legado de Freire e de debate sobre seu pensamento e obra. Se ele estivesse vivo, seria uma voz muito forte para confrontar o que está ocorrendo. Ninguém é obrigado a gostar dele, mas respeitar seu reconhecimento internacional seria uma forma de respeito à ciência.

O que será que ele diria sobre Bolsonaro?

Ele estaria muito bravo, estaria verbalizando uma raiva, mas também o ‘esperançar’. A importância de saber que o futuro não é inexorável.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã deste sábado (18) o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou as redes sociais para, mais uma vez, atacar a memória do educador pernambucano Paulo Freire. O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) classificou a decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro, que proibiu o governo de “praticar qualquer ato institucional atentatório à dignidade do professor, como “militância doentia”.

"Educação do país de péssima qualidade e não se pode nem criticar o patrono desta bagunça? Isso não é justiça, é militância doentia", afirmou Eduardo, no Twitter. A liminar concedida pela juíza Geraldine Vital atendeu a um pedido do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), sob a justificativa de que Freire tem recebido “ofensivas e injustificadas críticas”.

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Na última quinta-feira (16), o chefe do Executivo chegou a dizer que o “excesso de professores atrapalha” o Estado brasileiro, fazendo jus ao plano de governo apresentado em 2018, quando ainda era candidato. Naquela época, o atual presidente disse que iria expurgar “a ideologia de Paulo Freire da educação”.

Natural de Recife (PE), o educador é considerado o Patrono da Educação Brasileira, além de ser conhecido ao redor do mundo por seus estudos que defendem a criticidade do estudante e a alfabetização de adultos. Entre suas obras mais famosas, está a “Pedagogia do Oprimido”. Se estivesse vivo, faria 100 anos neste domingo (18).

O espetáculo pernambucano pa(IDEIA) – Pedagogia da Libertação celebra o centenário do recifense Paulo Freire, em apresentação presencial no próximo dia 24, no Teatro de Santa Isabel, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife. Os atores Daniel Barros e Júnior Aguiar, protagonistas da peça, indagam e interpretam o papel do aclamado professor.

"Buscamos contribuir para dimensionar a importância do teatro político na sociedade brasileira em diálogo com as lutas históricas pela construção da democracia no Brasil e em toda a América Latina", descreve Júnior Aguiar. A encenação retrata os 70 dias da prisão de Paulo Freire no Recife, após o golpe de 1964, além do exílio do educador por 16 anos pela América Latina, Europa e África.

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"Propomos um diálogo, sempre a partir da reflexão social, que não deixa ninguém a margem da vida nacional. Educação e política se fundem. Sua relevância como personagem histórico é o centro do nosso debate que desejamos estabelecer com a plateia. Freire continua sendo um visionário ao propor uma pedagogia crítica, ancorada no diálogo dos educandos com os educadores, onde todos aprendem e ensinam ao mesmo tempo", afirma Daniel Barros.

O projeto que homenageia Paulo Freire surgiu de uma pesquisa do Coletivo Grão Comum, também de Pernambuco, em conjunto das obras Trilogia Vermelha. "A teatralidade, no campo desta segunda pesquisa de criação, recaiu sobre o tema da educação, das filosofias pedagógicas, da importância de defender o campo do conhecimento e das sabedorias que interligam mestres e aprendizes, educadores e educandos", ressalta Júnior.

Desde 2012, com a lei 12.612, Freire tornou-se Patrono da educação brasileira. Ele é o autor dos clássicos: Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia. Sua obra foi traduzida para mais de 30 países e suas ideias permanecem vivas dentro dos círculos que debatem os rumos educacionais. 

"Paulo Freire é o brasileiro mais homenageado na história do nosso país, com mais de quarenta títulos, dentre os quais o de Doutor Honoris Causa, o de Pesquisador Emérito, de Professor Emérito e de Professor Distinguido", pontua Daniel. Os ingressos da montagem estão disponíveis no site Sympla, custando R$ 15 (estudantes e professores) e R$ 30 (inteira). 

*Da assessoria

O centenário do educador pernambucano Paulo Freire, que em 19 de setembro de 2021 completaria 100 anos, será comemorado virtualmente com muita alegria e cultura popular. Uma dezena de instituições do movimento educacional brasileiro e internacional promovem, nos dias 19 e 20 de setembro, o 100º Aniversário de Paulo Freire em evento virtual. A live será composta de ato político, pedagógico e cultural, com a apresentação do cantor pernambucano Alceu Valença, às 18h do dia 19.

Dentre as instituições promotoras do evento virtual, estão a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), a IEAL (Internacional da Educação para a América Latina), a Red Estrado (Rede de Estudos Latino Americano sobre o Trabalho Docente), o CEAAL (Conselho de Educação Popular da América Latina e do Caribe) e as entidades que compõem o FNPE (Fórum Nacional Popular de Educação).

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Mas a programação é extensa e contará, também, com o cantor e compositor Silvério Pessoa, com o Cavouco Trio (Paula Bujes, Pedro Huff e Antônio Barreto - UFPE), o Bloco Flor da Lira de Olinda, a Quadrilha Junina Origem Nordestina, o Maracatu Estrela Brilhante do Recife e a cordelista Mariane Bigio. O evento será transmitido nos canais do Youtube da CNTE, da UFPE e da IEAL.

Além da programação cultural, o dia 19 de setembro, denominado "Ato Político, Cultural e Pedagógico Paulo Freire", contará com a presença de lideranças educacionais e sindicais do Brasil e do mundo. O ato político também transmitirá a inauguração da escultura de Paulo Freire em Buenos Aires, na Argentina. Também falarão por meio de vídeos gravados o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva; o secretário Geral da Internacional da Educação, David Edwards e a professora Nita Freire, viúva do educador Paulo Freire.

Em outro bloco de breves intervenções, também darão seu recado os escritores Leonardo Boff, Mário Sérgio Cortella e a ex-prefeita de São Paulo e deputada federal Luiza Erundina. Em comum, todos conviveram e tiveram suas obras influenciadas por Paulo Freire, sendo que o educador foi Secretário de Educação na gestão de Erundina.

O evento será intercalado com as intervenções políticas e atrações culturais. Falarão, também, os ex-ministros da Educação Cristovam Buarque e Aloizio Mercadante.

Plenária Mundial Popular de Educação

No dia 20 de setembro, a celebração do Centenário de Paulo Freire se dedicará a ouvir as várias vozes do Continente Americano, Europa e África que estudam e praticam o pensamento freireano. A live do dia 20 terá, em sua abertura, a Aula Magna do semestre letivo da UFPE, proferida pelo reitor Alfredo Gomes e pelo vice-reitor Moacyr Araújo.

Logo após, entidades do movimento sindical e social coordenam um bloco audiovisual apresentando as contribuições de Paulo Freire para o movimento sindical da educação e pedagógico latinoamericano. Serão apresentadas as influências de Paulo Freire na pesquisa, na ação e nos saberes das juventudes, no ensino, na cultura e nas ciências.

A importância de Paulo Freire para os movimentos sociais no mundo também será tema de debates, com a presença de educadores e educadoras do Brasil, Argentina, Chile, Cuba, Estados Unidos, Portugal, Espanha, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde, todos compartilhando experiências da educação freriana. Bem como, depoimentos de gestores públicos e parlamentares tratando das contribuições de Paulo Freire para as políticas educacionais.

Toda a programação será online nos canais do Youtube da CNTE, da IEAL e da UFPE.

O centenário do educador e filósofo Paulo Freire, que em 19 de setembro de 2021 completaria 100 anos, será comemorado em sessão especial do Senado na segunda-feira (20), às 16h. A homenagem ao Patrono da Educação Brasileira foi sugerida pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN).

Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 no Recife (PE) e é reconhecido pelo método de alfabetização desenvolvido na década de 1960 e aplicado com sucesso entre cortadores de cana-de-açúcar em Angicos, no Rio Grande do Norte.

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Preso e depois exilado por 15 anos durante a ditadura militar, Freire espalhou sua pedagogia crítica pelo mundo. Autor da obra Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire é o terceiro teórico mais citado em trabalhos na área de humanas, em nível mundial. É também detentor de mais de 40 títulos de doutor honoris causa. 

“Em um momento tão obscuro e tão triste pelo qual o nosso país está vivendo, que parece estar sem rumo, no qual a desinformação tomou conta do país, é importante e necessário fazermos essa homenagem ao centenário do educador e filósofo Paulo Freire. Não só para honrar toda a sua obra e legado, toda sua contribuição à educação brasileira e mundial, mas também para que possamos lembrar e alertar para a necessidade da educação na vida do povo brasileiro, da necessidade de uma política educacional duradoura e coerente”, justifica Jean Paul.

*Da Agência Senado

 

O Armazém do Campo, espaço organizado pelo Movimento Sem Terra (MST), promoverá no domingo (19) um evento em comemoração ao centenário de Paulo Freire, celebrado na mesma data. O patrono da educação brasileira será homenageado com maracatus, cordelistas religiosos e outras expressões musicais e culturais.

O ato busca enfatizar e enaltecer a cultura e educação popular, desenvolvidos por Freire na década de 60 na capital pernambucana. De acordo com o manifesto de divulgação do evento, os protocolos de proteção contra o coronavírus serão seguidos durante as atividades.

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“Milhares de manifestações serão realizadas no mundo todo, como forma de celebrar a sua memória e defender o seu legado. Apesar das limitações impostas pela pandemia e seus devidos e necessários cuidados, iremos organizar formas para celebrar, comemorar e festejar, bem como, alimentar e renovar o nosso compromisso em defesa de suas ideias e práticas em defesa da democracia", diz a nota.

A concentração do evento será no Armazém do Campo/MST, localizado na Avenida Martins de Barros, 387, no bairro Santo Antônio, no Recife; o cortejo seguirá até o Marco Zero da cidade, na Avenida Alfredo Lisboa, com uma ciranda de roda. Mais informações podem ser obtidas no Instagram do evento.

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A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em parceria com a Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins de Olinda, anunciou o lançamento do novo boneco gigante de Paulo Freire, que fará parte da aula inaugural do semestre letivo da instituição na próxima segunda-feira (30). O projeto da peça foi idealizado pelo coordenador da Casa, André Vasconcelos, junto com a equipe da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Cidadania (Proexc) da UFRPE, e a autorização do uso da imagem do pedagogo foi dada por sua viúva, Ana Maria Araújo Freire.

A homenagem integra a comemoração do centenário do patrono da educação brasileira. Para Moisés Santana, pró-reitor de extensão, a obra deverá marcar as celebrações que vêm sendo feitas há quase um ano, em homenagem à trajetória do pedagogo. “A UFRPE está engajada, desde o ano passado, nas comemorações do centenário, mas receber a figura desse mestre é uma grande honra e também forte responsabilidade, por toda a importância que possui para a educação no Brasil e no mundo. A linguagem carnavalesca possibilitará ainda o desenvolvimento e a recriação permanente do legado de Paulo Freire”, destaca.

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André Vasconcelos observa a relevância do trabalho de Paulo Freire e afirma que seu legado deve ser celebrado. “Esse boneco vai ser muito importante para a educação, para ajudar as pessoas a saberem quem marcou a educação brasileira. Lembram-se dos políticos, de autoridades, mas quem fez a base de tudo?”, ressalta.

Durante o evento, o estudante de licenciatura em Ciências Biológicas da UFRPE, Otoniel Marinho, fará as vezes de bonequeiro, levando a obra de 13 quilos nos ombros. O boneco mede 2,10m no chão e 3,80m de altura em pé, e foi moldado em fibra de vidro, com acabamento especial nos detalhes do cabelo, barba e óculos, que marcam a aparência de Freire. Para carregar o objeto, o estudante realizou a oficina de bonequeiro na Casa dos Bonecos Gigantes. A cerimônia também contará com a participação do cantor e compositor maranhense Nosly Marinho, acompanhando ao violão.

O Centro de Educação em Direitos Humanos da Universidade Estadual do Paraná (CEDH/Unespar) promove, nos dias 16 e 17 de setembro, o Seminário Nacional de Educação em Direitos Humanos: universidade, comunidades e libertação na perspectiva de Paulo Freire. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 15 por meio do preenchimento do formulário virtual.

O evento é aberto à comunidade interna e externa da instituição, e tem por objetivo debater a educação e os direitos humanos por uma perspectiva freiriana. O patrono da educação brasileira completaria 100 no dia 19 de setembro.

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Devido à pandemia do novo coronavírus, as atividades do seminário serão transmitidas unicamente de forma virtual, pelo canal do YouTube da Unespar e pelo Google Meet. A programação pode ser conferida no site do evento.

Até 6 de agosto, estão disponíveis as inscrições para o concurso cultural “Paulo Freire: 100 anos em (con)texto)”, cujo objetivo é estimular o acesso e o conhecimento do legado e pensamento freiriano, por meio de produções textuais e audiovisuais. O evento é promovido pela Secretaria de Educação e Esportes (SEE) em parceria com a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Podem participar da iniciativa estudantes dos ensinos fundamental e médio de escolas estaduais. “O concurso consiste na elaboração de textos inéditos e autorais, de acordo com as categorias: Poema, Cartão Postal e Vídeo. Essas produções devem retratar a temática central do concurso e tomar como base as citações de Paulo Freire indicadas para cada categoria. Na categoria Poema podem se inscrever estudantes do Ensino Fundamental Anos Iniciais. Já na categoria Cartão Postal, podem se inscrever estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais, EJA Anos Finais, e Projeto Travessia - Ensino Fundamental. Na categoria Vídeo podem se inscrever estudantes do Ensino Médio, EJA Ensino Médio e Projeto Travessia - Ensino Médio, destacou a SEE.

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De acordo com a Secretaria de Educação, os primeiros lugares receberão um tablet e um kit literário. Quem ficar em segundo e terceiro lugares ganhará, além do kit literário, um smartphone.

O evento de premiação será realizado pelo Alepe, em data a ser divulgada posteriormente. Para mais informações, consulte o edital do concurso.

O Fórum Permanente de Extensão, Cultura e Cidadania (FORPExC) realiza, nesta quinta-feira (1º), a partir das 8h, um encontro virtual para debater a educação na perspectiva do pensamento freiriano. Vinculado à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), o evento tem como tema “Educação popular e metodologias participativas: as contribuições de Paulo Freire no diálogo entre Universidade e Sociedade”, em homenagem ao centenário do patrono da educação brasileira.

Obedecendo às medidas de distanciamento impostas devido à pandemia do novo coronavírus, todas as atividades do dia serão feitas de maneira remota. O objetivo da conferência é promover diálogos sobre experiências de extensão universitária tendo como base a educação popular e metodologias participativas.

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A ação é aberta ao público, e os inscritos podem receber certificado. As rodas de diálogos propostas serão mediadas por pessoas vinculadas às Unidades Acadêmicas da UFRPE, campi avançados e o Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (CODAI), entre outras organizações. Entre os participantes estão os professores Marcelo Brito Carneiro Leão e Moisés Santana. O site do evento contém a programação completa, e a inscrição pode ser realizada até o dia do encontro. Após a inscrições, o público receberá o link para acompanhar a programação.

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