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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na manhã deste sábado (9) um telefonema do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A informação foi divulgada pela assessoria do Palácio do Planalto. A conversa tratou sobre a situação em Essequibo, território em disputa por Venezuela e Guiana, que faz também fronteira com o norte do Brasil, no estado de Roraima.

"O presidente Lula transmitiu a crescente preocupação dos países da América do Sul sobre a questão do Essequibo. Expôs os termos da declaração sobre o assunto aprovada na Cúpula do Mercosul e assinada por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Chile. Recordou a longa tradição de diálogo na América Latina e que somos uma região de paz", informou o Planalto, em nota.

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No domingo (3), a Venezuela aprovou em referendo a anexação do território de Essequibo. O presidente venezuelano já determinou a criação de um estado na área disputada, que está no território da Guiana.

O assunto entrou na pauta do Conselho de Segurança das Nações Unidas na sexta-feira (8) e o governo dos Estados Unidos anunciou a realização de exercícios militares aéreos conjuntos com militares da Guiana, adicionando um ingrediente extra de tensão.

Ainda durante a conversa com Maduro, o presidente Lula fez um chamado ao diálogo e sugeriu que o presidente de turno da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Ralph Gonsalves, primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, faça uma mediação sobre o assunto entre as duas partes envolvidas. Lula também reiterou que o Brasil está à disposição para apoiar e acompanhar essas iniciativas e pediu que não haja ações unilaterais que piorem a situação.

Após mais de 30 dias de espera, os repatriados da Faixa de Gaza, que chegaram na noite de segunda-feira (13) em Brasília, puderam respirar aliviados. Já sob os cuidados do governo brasileiro, relataram sentimento de alívio de terem conseguido sair da região mais atingida pelo conflito Israel-Hamas.

Em conversa com a Agência Brasil, eles contaram sobre a sensação de segurança e alívio que tiveram, e sobre as crianças poderem brincar ao ar livre – momentos que não viviam desde o início do conflito, em 7 de outubro.

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No entanto, ainda temem por parentes e amigos que continuam nas áreas em meio à guerra, sem perspectiva de saída. A maioria relata já ter vivenciado conflitos, porém em intensidade menor do que a experimentada no último mês. Estima-se que mais de 10 mil pessoas foram mortas na guerra até agora.

Mahmoud Abuhaluoub é um dos palestinos a retornar ao Brasil. Em 2020, após sete anos vivendo em território brasileiro, foi a Gaza para visitar a mãe idosa. Nas últimas semanas, o comerciante conta que o cenário era de prédios desmoronados, bombas em escolas e igrejas, que serviam de abrigos.

“A gente não imagina que vai aguentar”, disse. “Só ficamos ouvindo bombas, aviões e ataques por cima”, afirmou ao relatar um dos momentos mais tensos, quando tiveram de evacuar o norte de Gaza em direção ao sul, conforme determinou Israel.

Sobre o primeiro dia no Brasil, Abuhaluoub relaciona o país com algo que lhe fez falta nas últimas semanas em Gaza. “Brasileiros sempre dizem que Brasil é terra de paz. Hoje entendi essa palavra”.

A jovem Shahed Albanna esperava completar 18 anos, o que ocorreu em setembro deste ano, para retornar ao Brasil. Porém, não houve tempo hábil para deixar Gaza antes da guerra eclodir, no início de outubro. Ela, a irmã mais nova e a mãe moravam em São Paulo e foram para o enclave. A mãe estava muito doente e desejava passar um tempo com parentes.

“Ninguém imagina estar numa situação dessa e de repente estar em uma guerra”, conta.

Nos últimos 37 dias, Shahed mostrou em vídeos e nas redes sociais as dificuldades dos brasileiros e palestinos na região do conflito, como falta de água, comida, energia e internet. Ela contou que a leitura foi uma das formas de aliviar os momentos de tensão.

“Era difícil passar o tempo. Passei o tempo lendo livros que gosto e brincando com as crianças para não sentirem tanto medo”, lembrou.

A jovem está entre os repatriados que irão para um abrigo no interior de São Paulo. Ela e mais 25 pessoas embarcam nesta quarta-feira (15). “Estou mais calma. Mas queria compartilhar essa felicidade com quem amamos”, afirmou, em referência aos amigos que ficaram em Gaza.

“A gente acordou aqui com o barulhinho do passarinho. Lá, não existe isso. Só existe o bombardeio”, descreveu Hasan Rabee sobre o primeiro dia no Brasil.

Ele, a esposa e as duas filhas foram os primeiros a desembarcar do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na noite de segunda-feira.

Depois de mudar mais de sete vezes de lugar em Khan Younes, para fugir dos bombardeios, a família voltará a São Paulo, onde vivem desde 2014.

“Voltamos e agora é ganhar dinheiro para pagar o pão das crianças”, fala o comerciante, que trabalha com assistência de celulares.

Hasan conta ter vivenciado conflitos anteriores, quando crianças, mas aponta que o atual é o “pior” já visto. Segundo ele, a esposa e as filhas ficaram muito assustadas com o conflito. “Fui para [Gaza] e nunca mais”, disse.

A primeira-dama Janja Lula da Silva usou o X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (10), para afirmar que havia sido convidada pela primeira-dama da Turquia, Sra. Emine Erdoğan, para participar do manifesto “Unidos pela Paz na Palestina”, que ocorrerá no próximo dia 15 na Turquia. Janja informou que não vai comparecer ao evento, mas reforçou seu desejo “por um mundo justo e em paz, onde todas as vidas são importantes”.

“Como disse à Sra. Erdoğan, esta é uma iniciativa inspiradora que nos convoca a unir nossas vozes por Gaza e pela paz. O que estamos vivendo reforça o que tenho falado há meses sobre como as guerras vitimam e afetam gravemente crianças e mulheres. De acordo com a ONU, 70% das vítimas dos conflitos em Gaza são mulheres e crianças”, disse.

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“A crise humanitária se aprofunda e a construção de corredores humanitários e cessar-fogo se tornam ainda mais urgentes, esta é uma oportunidade para reforçarmos e apoiarmos os esforços de nossos países na ONU. Civis devem ser protegidos como exigem as leis internacionais que foram construídas a partir do aprendizado histórico que acumulamos como humanidade”, emendou.

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O Egito sedia neste sábado (21), na capital Cairo, uma cúpula de paz sobre o conflito no Oriente Médio, evento que reúne líderes de diversos países, mas não conta com a presença de Israel nem de representantes de alto escalão dos Estados Unidos.

A reunião acontece no dia da abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito em Rafah para a entrada das primeiras ajudas humanitárias à população palestina desde o início da guerra, porém enquanto o número de mortos segue crescendo.

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Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, 4.385 pessoas já morreram em bombardeios de Israel, sendo 1.756 menores de idade e 976 mulheres, enquanto outras 13.561 ficaram feridas.

O governo israelense, por sua vez, reporta que mais de 1,4 mil indivíduos - em sua maioria civis - foram assassinados durante a incursão sem precedentes deflagrada pelo Hamas em 7 de outubro, ataque que deu início ao atual conflito.

"Além da fronteira, há 2 milhões de pessoas que precisam de ajuda. Sou grato ao Egito pelo papel que teve e lanço um apelo por uma trégua humanitária", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a cúpula do Cairo. "É hora de colocar fim a esse pesadelo que ameaça as crianças, é preciso aplicar o direito internacional e evitar ataques contra civis, escolas e hospitais", acrescentou.

Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu (principal órgão político da União Europeia), Charles Michel, cobrou esforços para interromper o conflito e proteger os civis, porém reiterou o "direito de defesa de Israel, que deve ser exercido no quadro do direito internacional". "É nossa responsabilidade trabalhar sem descanso para evitar a disseminação desse conflito", disse.

Já a premiê da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que o "terrível ataque do Hamas atingiu civis indefesos com uma brutalidade sem precedentes" e deve ser condenado "sem ambiguidade".

"A impressão que eu tenho é que o objetivo do Hamas fosse obrigar Israel a uma reação contra Gaza para criar um abismo intransponível entre países árabes, Israel e o Ocidente, comprometendo a paz para todos os cidadãos envolvidos, inclusive aqueles que ele diz defender. Os alvos somos todos nós, e cair nessa armadilha seria muito, muito estúpido", acrescentou.

Meloni também pediu a libertação imediata dos 210 reféns mantidos pelo Hamas, incluindo italianos, e defendeu esforços para evitar a escalada da crise e promover a solução dos dois Estados.

Além disso, alertou que um país pode sempre reivindicar o "próprio direito a se defender", mas "não pode jamais ser motivado por sentimentos de vingança". "Um Estado funda sua reação em precisas razões de segurança, e estou confiante de que essa seja a vontade de Israel", ressaltou.

Durante a cúpula, a premiê da Itália se reuniu com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Em seguida, Meloni irá a Israel para se encontrar com o premiê Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog.

O Brasil também foi convidado para a cúpula e enviou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que condenou os "ataques terroristas do Hamas", mas também cobrou de Israel o "respeito ao direito internacional". 

*Da Ansa

O Prêmio Nobel da Paz de 2023 foi concedido nesta sexta-feira (6) para a ativista iraniana Narges Mohammadi. Segundo os organizadores, a vencedora ganhou o premio pela sua luta pelos direitos das mulheres no Irã contra a "sistemática descriminação e opressão do regime iraniano".

O Comitê do Prêmio Nobel destacou que Mohammadi já foi presa 13 vezes no Irã e condenada a 31 anos de prisão por conta de seu ativismo. Mesmo da prisão, a ativista conseguiu continuar a sua luta pelos direitos das mulheres no país persa e foi uma das lideranças da onda de protestos no ano passado no Irã após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que foi morta após ser detida pela polícia iraniana em Teerã sob a acusação de não usar o hijab, véu que cobre os cabelos, de maneira adequada.

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"Ela apoia a luta das mulheres pelo direito a vida e a liberdade de expressão e contra as regras que exigem que as mulheres permaneçam fora da vista e cubram os seus corpos. As reivindicações de liberdade expressas pelos manifestantes aplicam-se não apenas às mulheres, mas a toda a população", apontou Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Norueguês do Nobel

Andersen afirmou que o Nobel é um reconhecimento do movimento pela luta pelos direitos das mulheres no Irã. " A líder indiscutível deste movimento é Nargis Mohammadi. O impacto do prêmio não cabe ao comitê do Nobel decidir. Esperamos que seja um incentivo para continuar o trabalho em qualquer forma que este movimento considere adequada."

Ela é a 19ª mulher a ganhar o Prêmio Nobel da Paz e a segunda iraniana, depois que a ativista de direitos humanos Shirin Ebadi ganhou o prêmio em 2003.

Protestos

Mohammadi estava atrás das grades nos recentes protestos em todo o país pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu depois de ter sido detida pela polícia moral do país.

As manifestações foram as maiores contra o regime iraniano desde a Revolução Islâmica de 1979. Mais de 500 pessoas foram mortas e 22 mil foram presas.

A ganhadora do Nobel da Paz de 2023 conseguiu publicar um artigo de opinião para o The New York Times direto da prisão. "O que o governo pode não compreender é que quanto mais de nós eles prendem, mais fortes nos tornamos", escreveu ela.

Antes de ser presa, Mohammadi era vice-presidente do banido Centro de Defesa dos Direitos Humanos do Irã. Ela é próxima de Ebadi, que fundou o centro e ganhou o Nobel da Paz.

A ganhadora do Nobel da Paz é engenheira de formação e recebeu o Prêmio Andrei Sakharov 2018. O marido de Mohammadi e colega ativista dos direitos humanos, Taghi Rahmani, e seus filhos gêmeos de 16 anos vivem em Paris. Rahmani disse esta semana que o Prêmio Nobel seria uma homenagem às décadas de trabalho de sua esposa no Irã.

Como funciona o Nobel da Paz

O prêmio Nobel da Paz é concedido, desde 1901, a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade, conforme o desejo de se criador, o inventor sueco Alfred Nobel. Ele é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz.

O prêmio é entregue pelo Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros escolhidos pelo Parlamento norueguês. O vencedor recebe, além de uma medalha de ouro, uma premiação em dinheiro. Em 2023, a Fundação Nobel afirmou que os ganhadores do Premio Nobel irão receber 11 milhões de coroas suecas (R$ 4,8 milhões), uma premiação maior do que nos anos anteriores.

Indicar uma pessoa a um prêmio Nobel é relativamente simples. O comitê organizador distribui (e fornece em seu site) formulários para centenas de formadores de opinião.

As fichas com as sugestões são enviadas até o fim de janeiro de cada ano e então cada uma delas é avaliada até outubro, quando os vencedores são anunciados. Ao longo desse processo, a lista é reduzida para uma versão menor, com no mínimo cinco e no máximo 20 nomes, que são revisados. Os jurados debatem essa lista e buscam alcançar o consenso - quando ele não acontece, a escolha se dá por votação.

A entrega dos prêmios ocorre em dezembro. Mas pode acontecer de o comitê decidir que ninguém mereceu vencer o Nobel da Paz naquele ano - a honraria não foi entregue em 20 ocasiões, a mais recente delas em 1972.

Ate hoje, cinco vencedores não puderam participar da cerimônia em Oslo. Em 1936, o jornalista e pacifista alemão Carl von Ossietzky estava em um campo de concentração nazista. Em 2010, o dissidente chinês Liu Xiaobo foi preso e, portanto, sua cadeira, na qual o prêmio foi depositado, ficou simbolicamente vazia. Desde 1974, os estatutos da Fundação Nobel estipulam que um prêmio não pode ser concedido postumamente, a menos que a morte ocorra após o anúncio do nome do vencedor.

Outros premiados com o Nobel da Paz

Em 2022, o Nobel ficou com uma pessoa e duas organizações: Ales Bialiatski, ativista de Belarus, a organização de defesa dos Direitos Humanos da Rússia, Memorial, e o Centro das Liberdades Civis, da Ucrânia.

Já em 2021, o Nobel da Paz foi concedido para os jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitri Muratov, da Rússia, pela "contribuição essencial de ambos para a liberdade de expressão e pelo jornalismo em seus países".

Maria Ressa é conhecida por ser cofundadora do Rappler, principal site de notícias que lidera a luta pela liberdade de imprensa nas Filipinas e combate à desinformação, e enfrenta constante assédio político no país. Já Muratov é editor-chefe do jornal Novaya Gazeta, um dos poucos veículos na Rússia críticos do governo do presidente Vladimir Putin, fechado depois do endurecimento das leis russas com a guerra da Ucrânia.

Em 2020, o Prêmio Nobel da Paz foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos (PMA), uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Roma. Segundo os organizadores, o trabalho do PMA foi reconhecido por conta do trabalho do grupo para "impedir o uso da fome como arma de guerras e conflitos".

Em 2019, o laureado foi o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, "por seus esforços para alcançar a paz e a cooperação internacional, principalmente por sua iniciativa decisiva destinada a resolver o conflito na fronteira com a Eritreia".

Em 2018, a jovem yazidi Nadia Murad e o ginecologista congolês Denis Mukwege ganharam o Nobel da Paz por seus esforços contra o uso da violência sexual como arma de guerra. No ano anterior, ganhou a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares, por chamar a atenção para as consequências do uso do armamento e chegar a um acordo pelo fim das armas nucleares.

Em 2017, em razão de seus esforços para obter um acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos levou o prêmio.

Algumas das grandes surpresas incluem a paquistanesa Malala Yousafzai, que recebeu o prêmio em 2014, aos 17 anos, "pela luta contra a opressão das crianças e dos jovens e pelo direito de todas as crianças à educação". Ela se tornou a pessoa mais jovem a receber o Nobel.

Outra grande surpresa, muito contestada à época, foi a escolha, em 2009, do então presidente americano Barack Obama, agraciado por seus "esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos".

Nesta sexta-feira (6) o Comitê Norueguês do Prêmio Nobel deve conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2023, em um mundo cada vez mais assolado por conflitos armados, crises climáticas e insegurança alimentar. Para o público ocidental, a guerra na Ucrânia tem dominado as manchetes, mas como o prêmio foi concedido a personalidades ligadas à Rússia nos últimos dois anos, é provável que o comitê opte por uma outra opção.

Único entre os Prêmios Nobel sediados na Suécia, o Prêmio Nobel da Paz é escolhido por um comitê norueguês de cinco membros selecionado pelo parlamento daquele país. De acordo com o testamento de Alfred Nobel, ele é concedido a alguém que tenha trabalhado na "fraternidade" entre as nações, reduzindo exércitos e realizando congressos de paz. O prêmio se expandiu para envolver todos os tipos de defesa, desde organizações internacionais, como o Programa Mundial de Alimentos, até médicos que ajudam sobreviventes de estupro.

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Os possíveis motivos políticos do prêmio são sempre examinados de perto para ver que tipo de mensagem o comitê está enviando ao mundo. O prêmio de 2022 foi para ativistas de direitos humanos da Rússia, Ucrânia e Belarus, embora as indicações tenham sido encerradas antes da invasão. Em 2021, o prêmio foi para defensores da liberdade de imprensa, incluindo um da Rússia.

Aqui está uma lista de candidatos escolhidos pelo Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo, que já escolheu vencedores no passado.

Direitos das mulheres

O retorno do Taleban ao poder no Afeganistão e a revolta "Mulher, vida, liberdade" no Irã, após a morte de Mahsa Amini, 22 anos, sob custódia da polícia de moralidade do Irã por uma suposta violação do código de vestimenta conservador do país para as mulheres, chamaram a atenção para as mulheres que lutam por direitos nesses países e em outros.

A ativista afegã Mahbouba Seraj não se esquivou de se manifestar quando a tomada do poder pelo Taleban em agosto de 2021 trouxe consigo novas restrições às mulheres, especialmente seu direito à educação.

"Pelo amor de Deus, por favor, abra as escolas para meninas", disse ela ao porta-voz do Taleban, Zabihullah Mujahid, em um documentário de agosto na Al Jazeera. "A menos que resolva isso, Mujahid, o mundo inteiro ficará contra você."

Ao contrário de muitas mulheres ativistas no Afeganistão, Seraj se recusou a fugir e continua a operar vários projetos para mulheres no país.

Mas com a ajuda internacional se esgotando e o Talibã expandindo ainda mais as restrições, Seraj parece estar cada vez mais exasperada, dizendo em uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em setembro de 2022: "Quantas vezes devo gritar e dizer: ‘Mundo, preste atenção em nós; estamos morrendo?

A ativista e jornalista iraniana Narges Mohammadi, que iniciou sua carreira de décadas promovendo a sociedade civil e os direitos das mulheres, trabalha na prisão se opondo às condições em que ela e suas colegas detentas são mantidas.

Acusada de "espalhar propaganda", Mohammadi, de 51 anos, está cumprindo 10 anos na famosa prisão Evin, em Teerã. No ano passado, ela publicou o livro "White Torture" (Tortura Branca) sobre o uso do confinamento solitário e da privação sensorial pelo Irã contra ela e outras prisioneiras.

No aniversário da morte de Amini, Mohammadi e outros fizeram um protesto dentro da prisão de Evin, queimando seus lenços de cabeça, de acordo com uma publicação em uma de suas contas de mídia social.

Um colega da ativista, falando sob condição de anonimato devido a preocupações com a segurança, disse que Mohammadi "é uma das poucas que não apenas permaneceu no Irã, mas continua ativa, esteja ela fora ou presa".

O Irã está realizando ondas de prisões que têm como alvo ativistas, jornalistas e intelectuais, em uma tentativa de eliminar a dissidência e aumentar as restrições sociais. Depois que os protestos eclodiram após a morte de Amini no ano passado, as autoridades iranianas prenderam cerca de 20.000 pessoas.

Lutas indígenas

Victoria Tauli-Corpuz, uma Kankanaey Igorot da região montanhosa do norte das Filipinas, começou seu ativismo como líder jovem durante a ditadura de Ferdinand Marcos, protestando contra uma barragem polêmica que teria inundado o domínio ancestral de seu povo.

Décadas depois, ela é mais conhecida como relatora especial da ONU sobre os direitos dos povos indígenas de 2014 a 2020.

Em 2018, o governo filipino do então presidente Rodrigo Duterte incluiu Tauli-Corpuz em uma lista de supostos terroristas. Os observadores de direitos humanos afirmam que esse ato de "marcação vermelha" - associar pessoas ao comunismo e ao terrorismo - é uma tática de intimidação usada como arma para atingir os críticos do governo. Muitas vezes, também precede agressões e até mesmo assassinatos, o que levou Tauli-Corpuz a deixar o país.

Ela "passou a encarnar o próprio problema que vem documentando como relatora especial: a criminalização de ativistas indígenas", escreveu o New York Times em 2018.

O pesquisador da Human Rights Watch, Carlos Conde, saudou sua inclusão na lista de pré-selecionados para o Prêmio Nobel da Paz, dizendo que o assédio e os desaparecimentos forçados de ativistas indígenas nas Filipinas continuam sob o comando do sucessor de Duterte, Ferdinand Marcos Jr. "Sua indicação, por si só, destacará a grave situação pela qual eles têm passado e deve levar a comunidade internacional a agir", disse ele.

Juan Carlos Jintiach, do povo Shuar do Equador, passou décadas defendendo as comunidades indígenas, protegendo a floresta amazônica e trabalhando para combater as mudanças climáticas. Ele é o secretário executivo da Aliança Global de Comunidades Territoriais, uma plataforma de organizações indígenas de três países.

Ao assumir a presidência temporária do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou nesta terça-feira (4) que o mundo se encontra cada vez mais complexo e desafiador e que nenhum país resolverá seus problemas sozinho nem pode permanecer alheio ao que chamou de grandes dilemas que vive a sociedade.

“Não temos alternativa que não seja a união. Frente à crise climática, é preciso atuar coordenadamente na proteção de nossos biomas e na transição ecológica justa. Diante das guerras que trazem destruição, sofrimento e empobrecimento, cumpre falar de paz. Em um mundo cada vez mais pautado pela competição geopolítica, nossa opção regional deve ser a cooperação e a solidariedade.”

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Em seu discurso, Lula citou o aumento do ódio, da intolerância e da mentira na política e classificou como urgente renovar o compromisso histórico do Mercosul como Estado de direito. “Como presidentes democraticamente eleitos, temos o desafio de enfrentar todos os que tentam se apropriar e perverter a democracia, estou convicto que a construção de um Mercosul mais democrático e participativo é o caminho que temos que trilhar.”

Alberto Fernández

Ao abrir a 62ª Cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e Países Associados, em Puerto Iguazú, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, comentou a transferência da presidência pro-tempore para o Brasil pelos próximos seis meses.  

“Não quero esconder o enorme carinho e a profunda admiração que sinto por ele [Lula]. Foi vítima de perseguição e injustiça. Mas o povo brasileiro soube reparar esse dano dando a liderança dessa nação-irmã. Querido amigo, desejo o melhor. Você merece. Sermos membros desse bloco que nos fortalece. Sem ele, em um cenário internacional de países que constituem enorme blocos econômicos, seríamos mais fracos e pequenos. Vamos ser fortes, defendendo os nossos interesses.”

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papa Francisco se encontraram, nesta quarta-feira (21), no Vaticano.

A visita ao pontífice faz parte da agenda que Lula cumpre na Europa, nesta semana, quando passará por Itália e França.

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Na pauta do encontro estão temas como a guerra na Ucrânia, mudanças climáticas e o combate à fome.

Lula também vai convidar o pontífice para participar do Círio de Nazaré, uma das principais festas religiosas do país realizada anualmente em outubro, em Belém (PA). A primeira-dama, Janja da Silva, inclusive, entregou ao papa uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

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Após o encontro com o papa, Lula tem audiência com o arcebispo Edgar Peña Parra, da Secretaria de Estado do Vaticano. 

Em visita à Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que não acredita que Rússia ou Ucrânia possam vencer a guerra em curso desde o ano passado entre os dois países.

A declaração foi dada em entrevista ao jornal Corriere della Sera, que questionou o mandatário brasileiro sobre o desejo de mediar uma solução para o conflito entre Moscou e Kiev.

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"Ambos os países acreditam que podem vencer militarmente. Eu não estou de acordo. Acho que tem muito pouca gente que fala de paz. A minha angústia é que, com tantas pessoas que passam fome no mundo, com tantas crianças sem comida, estamos pensando em guerra em vez de nos ocupar de como resolver as desigualdades", disse Lula.

Segundo o presidente, é "urgente que Rússia e Ucrânia encontrem um caminho comum rumo à paz". Lula também afirmou que espera "conhecer melhor" a premiê da Itália, Giorgia Meloni, para "reforçar os laços entre os países, que sempre foram muito fortes".

"Brasil e Itália têm uma longa história de colaboração no comércio e nos investimentos. Hoje miramos também na energia renovável. 87% da nossa eletricidade é proveniente de fontes renováveis, bem acima da média mundial, que é de 28%. Queremos expandir a produção de energia solar e eólica, o potencial do Nordeste brasileiro é enorme. Podemos ser um grande produtor de hidrogênio verde, com capacidade de apoiar o mundo na transição energética", acrescentou.

Lula ainda defendeu uma "nova visão de desenvolvimento sustentável" para a Amazônia, região que abriga 25 milhões de brasileiros. "Vamos investir em pesquisa científica, indústrias limpas e turismo para garantir que a floresta valha mais para quem vive nela. As populações que vivem na região precisam de renda, trabalho, proteção social, saúde e educação", afirmou.

*Da Ansa 

O papa Francisco inicia na sexta-feira (28) uma visita de três dias à Hungria para se reunir com o líder ultranacionalista Viktor Orbán, com quem discutirá a guerra na Ucrânia e a política contra a migração, criticada pelo Vaticano.

Um mês após sua internação por bronquite, a saúde do papa argentino de 86 anos será constantemente monitorada durante sua estadia em Budapeste, a capital, onde permanecerá o tempo todo.

Durante a sua delicada viagem ao coração da Europa, a um país com 9,7 milhões de habitantes, dos quais cerca de 39% são católicos, segundo os últimos dados de 2011, o papa deseja abrir pontes de diálogo entre Rússia e Ucrânia e falar sobre a proteção dos migrantes.

Francisco será recebido na sexta-feira pelo primeiro-ministro Orbán, a quem expressou sua gratidão em abril de 2022 pela proteção que a Hungria oferece aos ucranianos que fogem da guerra com a Rússia, durante uma audiência no Vaticano.

Os dois líderes têm opiniões opostas em vários pontos: Orbán, calvinista, defende uma "Europa cristã", pelo que justifica a sua política severa contra a migração muçulmana, enquanto o pontífice apela a uma distribuição justa nos países da União Europeia de todos os que fogem das guerras e da fome.

Por outro lado, Orbán quis manter os laços com Moscou e se abstém de criticar o presidente russo Vladimir Putin, além de se recusar a enviar armas para a Ucrânia.

- "Ventos da guerra" -

Em Budapeste, o pontífice argentino tem um encontro agendado com os refugiados ucranianos, aos quais reiterará sua posição a favor da paz, apesar do fracasso dos esforços de mediação da Santa Sé até agora.

No último domingo, Francisco falou de uma visita "ao centro da Europa, onde sopram os ventos gelados da guerra", assim como do "deslocamento de tantas pessoas, que coloca questões humanitárias urgentes na agenda".

Mais de um milhão de ucranianos cruzaram a fronteira desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e 35.000 solicitaram status de proteção temporária, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

"Nossa posição é próxima à do Vaticano: cessar-fogo imediato e negociações de paz", resumiu à AFP o embaixador húngaro na Santa Sé, Edward Habsburg.

"Meu país realiza a maior ação humanitária de sua história, oferecendo moradia, educação e trabalho para aqueles que desejam ficar conosco", acrescentou o diplomata.

O embaixador reconheceu que os "refugiados de guerra" são tratados de forma diferente dos "imigrantes ilegais", uma política denunciada como discriminatória.

Em sua 41ª viagem internacional, o papa Francisco fará seis discursos e presidirá uma missa ao ar livre no domingo. Ele também se encontrará com pessoas pobres, jovens, membros da igreja local e representantes dos setores acadêmico e cultural.

Francisco é o segundo pontífice a visitar a Hungria, depois de João Paulo II em 1991 e 1996.

Colégios da capital e do interior do Estado de São Paulo planejam para esta quinta-feira (20) manifestações e atividades para promover a paz e a tolerância dentro do ambiente escolar. As ações, que vão desde vestir roupas e fitas brancas até abraços ao redor do prédio da instituição, estão sendo pensadas como resposta à onda de ataques que atingiu diferentes instituições de ensino nas últimas semanas.

As unidades Bartira e Caubi da escola Pentágono, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, por exemplo, deverão começar o dia com uma conversa entre os estudantes e as orientadoras sobre a importância de demonstrar afeto e empatia entre os colegas.

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Outras ações previstas no colégio são a distribuição de palavras de elogio entre os alunos e também uma caminhada pelo interior da escola, onde os estudantes distribuirão abraços e demonstrações de acolhimento uns com os outros.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) de Pernambuco, em parceria com a Secretaria de Defesa Social, promove, até o fim do mês de abril, o projeto 'Propague a Paz' nas escolas estaduais. A iniciativa tem o objetivo de reafirmar o ambiente escolar como um refúgio contra a violência.

Entre as atividades propostas estão reuniões com os pais e responsáveis; rodas de conversas com os estudantes e professores sobre violência na escola; orientações curriculares sobre a importância do combate a fake news e uso das redes sociais e produções artísticas em vários suportes lúdicos.

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“Precisamos propor estratégias didáticas para lidar com outras tantas formas de violência que permeiam o espaço escolar, tais como o racismo, a homofobia, o capacitismo, o bullying, o etarismo, a discriminação de gênero e socioeconômica. Sabemos que precisamos fortalecer o debate e as ações pedagógicas por uma sociedade que reconhece e valoriza as diferenças”, pontua Tarcia Silva, secretária executiva de Desenvolvimento da Educação através da assessoria.

A Irlanda do Norte celebra nesta segunda-feira (10) o 25º aniversário do acordo de paz da Sexta-Feira Santa, que acabou com três décadas de um conflito devastador intercomunitário, e receberá o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Em 10 de abril de 1998, Sexta-Feira Santa, os líderes nacionalistas pró-Irlanda - majoritariamente católicos - e os unionistas pró-Grã-Bretanha - principalmente protestantes - alcançaram um acordo de paz após negociações complexas que envolveram os governos de Londres, Dublin e Washington.

O acordo acabou com três décadas de violência, período que registrou mais de 3.500 mortes.

Um quarto de século depois, o cenário é mais de reflexão que de comemoração.

As instituições regionais, onde por determinação do acordo de paz republicanos e unionistas devem compartilhar o poder, estão paralisadas há mais de um ano devido à oposição do Partido Democrático Unionista (DUP) ao protocolo pós-Brexit negociado entre Londres e Bruxelas para a Irlanda do Norte.

Nenhuma cerimônia importante está prevista para esta segunda-feira, mas vários líderes políticos devem visitar o país durante a semana, incluindo Biden, que tem raízes irlandesas e que chegará na terça-feira à noite em Belfast, onde será recebido pelo primeiro-ministro britânico, Risihi Sunak.

"Recordamos hoje o início de um novo capítulo da história do povo norte-irlandês", afirmou Sunak em um comunicado.

- Bloqueio político -

Sunak destacou que o aniversário é a oportunidade para "celebrar aqueles que tomaram decisões difíceis, aceitaram compromissos e mostraram liderança".

Nos anos posteriores à assinatura do acordo, os paramilitares norte-irlandeses foram desarmados, a fronteira terrestre militarizada foi desmantelada e as tropas britânicas se retiraram da área.

Mas a paz na Irlanda do Norte talvez seja mais precária em 2023 do que em qualquer outro momento desde a assinatura do acordo da Sexta-Feira Santa.

O DUP boicota há mais de 13 meses as instituições regionais norte-irlandesas para protestar contra os dispositivos especiais aplicados na região após o Brexit, que entrou em vigor no início de 2021.

O partido teme que os dispositivos, que mantêm a Irlanda do Norte no mercado único europeu para evitar o retorno de uma fronteira física com a República da Irlanda - país membro da União Europeia - afastem a região do Reino Unido e aumentem a probabilidade de uma Irlanda unificada, objetivo dos republicanos.

A tentativa de assassinato em fevereiro do policial John Caldwell, que foi atingido por vários tiros quando saía de um complexo esportivo com seu filho, foi condenada de maneira unânime pelos líderes políticos da Irlanda do Norte.

O ataque, reivindicado por dissidentes republicanos, foi uma recordação cruel do tipo de violência que já foi comum nesta região de 1,9 milhão de habitantes.

Após o crime, a Irlanda do Norte elevou o nível de ameaça terrorista. Para a visita de Biden, mais de 300 agentes procedentes do restante do Reino Unido foram convocados.

- "Apoio internacional" -

O acordo da Sexta-Feira Santa, "como veremos quando o presidente Biden nos visitar esta semana, mantém um considerável apoio internacional de nossos aliados mais próximos", destacou Sunak.

O primeiro-ministro oferecerá uma "jantar de gala" e comparecerá a uma conferência sobre o tema na Queen's University de Belfast.

A ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton - cujo marido Bill Clinton teve um papel fundamental na assinatura do Acordo de Paz quando era presidente entre 1993 e 2001 - também deve participar na conferência de três dias.

Biden quer aproveitar a visita para "destacar o progresso considerável desde a assinatura do acordo e recordar o compromisso dos Estados Unidos em apoiar o vasto potencial econômico da Irlanda do Norte", segundo a Casa Branca.

O presidente americano visitará em seguida a República da Irlanda, com escalas na capital Dublin, assim como nos condados de Louth (leste) e Maio (oeste), de onde partiram seus antepassados quando emigraram em meados do século XIX, fugindo como tantos outros de uma Irlanda devastada pela fome, para morar na Pensilvânia.

O papa Francisco embarca em sua quinta viagem à África na terça-feira (31), durante a qual visitará a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul, para pedir o fim da violência nesses dois países devastados por conflitos.

Apesar dos problemas no joelho que o obrigam a usar uma cadeira de rodas, o pontífice argentino de 86 anos realiza sua 40ª viagem ao exterior de 31 de janeiro a 5 de fevereiro.

Francisco visitará as capitais, Kinshasa, de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e Juba, até 5 de fevereiro, segundo o programa divulgado pelo Vaticano.

Essa viagem é considerada difícil por problemas de segurança e foi adiada em julho por dores no joelho de Francisco que o impediam de andar.

O Vaticano descartou uma visita inicialmente prevista a Goma, uma das cidades da RDC para onde os hutus ruandeses fugiram durante o genocídio de 1994.

"Não há nenhuma ameaça específica ao pontífice", enfatizou seu porta-voz, Matteo Bruni.

No total, o papa fará 12 discursos e se reunirá com vítimas de violência, deslocados, membros do clero e representantes de instituições de caridade. Entre os temas que o pontífice argentino abordará estão o aquecimento global e o desmatamento, além dos problemas sociais e de saúde sofridos por esses países, ricos em recursos naturais, especialmente minerais e ouro, mas assolados pela miséria.

Nos dois países africanos, o papa defenderá, sobretudo, a paz e discursará contra os "senhores da guerra", que dominam vastos territórios do Sudão do Sul.

Em seus discursos, ele convidará a não esquecer as vítimas de todas as guerras africanas e que fazem parte dessa "guerra mundial em pedaços" que ele denuncia desde o início de seu pontificado, em 2013.

Em Kinshasa, a capital do país mais católico da África, onde a Igreja Católica desempenha um papel fundamental, são esperados mais de um milhão de fiéis para assistir à missa, uma das maiores do papado.

No Sudão do Sul, independente desde 2011, o papa se juntará ao arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e ao moderador da Igreja da Escócia, Jim Wallace, para o que ele chamou de "uma peregrinação ecumênica da paz".

O país enfrenta uma crise humanitária catastrófica causada por quatro anos de guerra civil. Metade de sua população (11 milhões) sofre de fome extrema e precisa de ajuda urgente, segundo dados do Banco Mundial.

Apesar de um acordo de paz assinado em 2018, as disputas entre facções rivais persistem, e a violência reina.

Já faz um tempo que o nome de Simaria Mendes vive sendo atrelado a um monte de polêmicas e a cantora até chegou a desfazer a dupla sertaneja que mantinha com sua irmã, Simone, por conta de algumas brigas, diferenças e discussões.

A última polêmica que a cantora se envolveu foi de que ela supostamente teria bloqueado Simone Mendes em suas redes sociais. E ao publicar uma foto nova no Twitter, e dizer que estava começando a semana em paz, os fãs entenderam que aquilo ali era uma indireta para a irmã.

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Pois é, tanto que os seguidores começaram a mandar vários comentários para ela desbloquear Simone nas redes sociais e até tiraram sarro da situação dela colocar paz na legenda e manter a irmã tecnicamente bloqueada na rede.

"Desbloqueia tua irmã. Que paz é essa, mona?", falou uma fã.

"Que paz, mulher? Tu só anda cheia de polêmica!", disse outra.

Ontem (1) foi o dia Mundial da Paz. Mas você sabe como são indicados os vencedores para o Prêmio Nobel da Paz? Entre aqueles que sugerem os candidatos, há jornalistas, primeiros-ministros e também os últimos vencedores do prêmio. Relembre os ganhadores deste importante prêmio nos últimos dez anos:

 2022: Ales Bialiatski ganhou por seu esforço e trabalho conhecido com o Centro de Direitos Humanos “Viasna”. 

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2021: Os jornalistas Maria Ressa (Filipinas) e Dimitri Muratov (Rússia), venceram “por seus esforços para proteger a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e a paz duradoura”. 

2020: O Programa Mundial de Alimentos (PMA), da ONU, por “seus esforços na luta contra a fome, sua contribuição para melhorar as condições de paz nas zonas de conflito e por terem impulsionado os esforços para não transformar a fome em uma arma de guerra”. 

2019: Abiy Ahmed Ali, primeiro-ministro etíope, pela reconciliação entre seu país e a Eritreia (posteriormente, a Etiópia entrou em guerra civil). 

2018: O ginecologista Denis Mukwege (República Democrática do Congo) e a yazidi Nadia Murad, por seus esforços para pôr fim ao uso da violência sexual como arma de guerra.  

2017: Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês), por sua luta para abolir este armamento.  

2016: Juan Manuel Santos, por ter contribuído para pôr fim ao meio século da guerra interna na Colômbia. 

2015: Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia, que permitiu salvar a transição democrática tunisiana.  

2014: Malala Yousafzai (Paquistão) e Kailash Satyarthi (Índia), por seu combate contra a exploração infantil e dos jovens e pelo direito de todos à educação; 

2013: Organização para a Proibição de Arma Químicas (OPAQ), por seus esforços para erradicar esse tipo de armamento de destruição em massa. 

2012: União Europeia, por seu projeto de integração que contribuiu para pacificar um continente arrasado por duas guerras mundiais.  

De acordo com as Bolsas de apostas, os favoritos para vencer o prêmio neste ano são adversários da guerra na Ucrânia: o presidente Voldodymy Zelensky e o jornal “Kiev Independente”. A agência de notícias Reuters inclui ainda os voluntários que ajudaram os civis a fugir da Ucrânia no começo da guerra. 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (20), que conversou hoje com o mandatário russo, Vladimir Putin. Em publicação no Twitter, Lula detalhou a conversa e disse que o Brasil busca um mundo sem fome e com paz.

Segundo o petista, Putin o desejou um bom governo e falou sobre o fortalecimento da relação entre o Brasil e a Rússia.

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“Conversei hoje com o presidente russo Vladimir Putin, que me cumprimentou pela vitória eleitoral, desejou um bom governo e o fortalecimento da relação entre nossos países. O Brasil voltou, buscando o diálogo com todos e empenhado na busca de um mundo sem fome e com paz”, escreveu Lula.

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Putin já tinha reconhecido a vitória de Lula logo após o pleito, em outubro. Na ocasião, em publicação no Twitter, o presidente da Rússia escreveu: "Espero que, trabalhando juntos, possamos garantir o desenvolvimento de uma cooperação russo-brasileira construtiva em todas as esferas".

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), promove hoje (30), um tuitaço pela #PazNasEleições. “A ação mobiliza o futebol brasileiro e faz parte da campanha Paz nas Eleições, lançada na última semana”, informou a Corte.

A campanha, faz um comparativo entre a eleição deste ano e uma competição em campo. A proposta é estimular o eleitorado a votar com liberdade e respeito e fazer com que a violência fique fora da disputa eleitoral. “Essas duas festas populares devem ser pacíficas”, destacou o TSE.

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Os vídeos e spots da campanha começaram a ser exibidos na semana passada por meio de emissoras de rádio e televisão e serão veiculados até o próximo domingo (2), dia do primeiro turno das eleições. Já o tuitaço começou às 9h30.

O papa Francisco assinou neste sábado (24) em Assis, no centro da Itália, um pacto com jovens do mundo todo para construir “uma economia de paz, e não de guerra”.

No pacto, assinado por cerca de mil jovens de uma centena de países que participaram de um encontro de três dias intitulado "A Economia de Francisco", eles se comprometem a construir uma economia "a serviço das pessoas, das famílias e da vida, respeitosa de cada homem, mulher, criança, idoso e, sobretudo, dos mais frágeis e vulneráveis".

Esses jovens, que são economistas, estudantes, empresários e trabalhadores, também querem “uma economia que combata a miséria em todas as suas formas” e que “crie riqueza para todos”.

"Nossa geração legou a vocês várias riquezas, mas não soubemos preservar o planeta e não preservamos a paz. Cabe a vocês construir a casa comum, uma casa comum que está em ruínas", disse o papa antes de assinar o pacto.

“Uma nova economia inspirada por Francisco de Assis pode e deve ser hoje uma economia que respeite a terra e uma economia de paz”, acrescentou o Sumo pontífice.

Em celebração ao Dia Internacional da Paz, nesta quarta-feira (21), a Prefeitura de Guarulhos promoveu a segunda edição do Guarulhos de Mãos Dadas pela Paz, na tenda principal do Bosque Maia. O evento é coordenado pelo Programa Movimenta Saúde, sob a gestão do Departamento de Assistência Integral à Saúde, que incentiva ações voltadas à programação da saúde, à prevenção dos agravos e às práticas integrativas e complementares do município.  

A programação teve início com uma aula de Tai Ji Qi Gong, prática corporal que ajuda a fortalecer a respiração, que foi conduzida pelo educador físico Manoel Eloildo Felix da Silva. Em seguida, houve a oficina Danças Circulares pela Paz, movimento virtualmente criado por Friedel Klokle-Eibl, expoente focalizadora de danças circulares da Holanda, que convidou praticantes de diversos países a contribuírem, a partir das mãos dadas em roda, a dançarem pela paz e por um mundo aberto à tolerância.

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No encerramento, houve a construção de uma mandala humana com os participantes como símbolo de reciprocidade e harmonia, sob a coordenação de Renate Sewing de Paula, artista da cidade que se dedica à criação de mandalas. A obra será doada para um dos equipamentos de saúde do município como arte decorativa.  

Sobre o Dia Internacional da Paz 

A ONU instituiu o Dia Internacional da Paz em 21 de setembro de 1981 durante a Assembleia Geral das Nações Unidas e, após duas décadas, em 2001,  votou por unanimidade para que a data fosse designada como um período de não-violência e cessar-fogo. Anualmente, reafirma-se em todo o mundo o fortalecimento dos ideais de paz, no meio das nações e entre os povos, com o objetivo de estimular as pessoas a fazerem algo pela paz nesta data. Neste ano o tema é “Acabar com o Racismo. Construir a Paz”. 

 

 

 

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