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Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que peixes consumidos nos principais centros urbanos da Amazônia estão contaminados por mercúrio. Os resultados mostram que os peixes de todos os seis estados amazônicos apresentaram níveis de contaminação acima do limite aceitável (maior ou igual a 0,5 microgramas por grama), estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo, realizado em parceria com o Greenpeace Brasil, o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), o Instituto Socioambiental e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil), indica que os piores índices estão em Roraima, onde 40% dos peixes têm mercúrio acima do limite recomendado, e no Acre, onde o índice é de 35,9%. Já os menores indicadores estão no Pará (15,8%) e no Amapá (11,4%).  

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“Na média, 21,3% dos peixes comercializados nas localidades e que chegam à mesa das famílias na região Amazônica têm níveis de mercúrio acima dos limites seguros”, destacou a Fiocruz, por meio de nota, ao destacar que, em todas as camadas populacionais analisadas, a ingestão diária de mercúrio excedeu a dose de referência recomendada.  

No município citado como mais crítico, Rio Branco, a potencial ingestão de mercúrio ultrapassou de 6,9 a 31,5 vezes a dose de referência indicada pela Agência de Proteção Ambiental do governo norte-americano.

“As mulheres em idade fértil – público mais vulnerável aos efeitos do mercúrio – estariam ingerindo até nove vezes mais mercúrio do que a dose preconizada; enquanto crianças de 2 a 4 anos, até 31 vezes mais do que o aconselhado”, alertou a Fiocruz.

Em Roraima, segundo estado considerado mais crítico, a potencial ingestão de mercúrio extrapolou de 5,9 a 27,2 vezes a dose de referência.

“Considerando os estratos populacionais mais vulneráveis à contaminação, mulheres em idade fértil estariam ingerindo até oito vezes mais mercúrio do que a dose indicada e crianças de 2 a 4 anos, até 27 vezes mais do que o recomendado”.

A pesquisa

Segundo a Fiocruz, a pesquisa buscou avaliar o risco à saúde humana em função do consumo de peixes contaminados, por meio de visitas a mercados e feiras em 17 cidades amazônicas onde foram compradas as amostras utilizadas. O levantamento foi realizado de março de 2021 a setembro de 2022 no Acre, Amapá, Amazonas, Pará, em Rondônia e em Roraima.  

As amostras foram coletadas nos municípios de Altamira (PA), Belém (PA), Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Itaituba (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maraã (AM), Oiapoque (AP), Oriximiná (PA), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Santarém (PA), São Félix do Xingu (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tefé (AM).  

Foram avaliados 1.010 exemplares de peixes, de 80 espécies distintas, comprados em mercados, feiras e diretamente de pescadores, simulando o dia a dia dos consumidores locais. Do total geral de amostras, 110 eram peixes herbívoros (que consomem alimentos de origem vegetal), 130 detritívoros (que consomem detritos orgânicos), 286 onívoros (que consomem alimentos de origem animal e vegetal) e 484 carnívoros (que consomem alimentos de origem animal).  

Os carnívoros, mais apreciados pelos consumidores finais, apresentaram níveis de contaminação maiores que as espécies não-carnívoras. A análise comparativa entre espécies indicou que a contaminação é 14 vezes maior nos peixes carnívoros, quando comparados aos não carnívoros.

“A principal recomendação que os pesquisadores fazem é ter maior controle do território amazônico e erradicar os garimpos ilegais e outras fontes emissoras de mercúrio para o ambiente”, concluiu a Fiocruz. 

A Páscoa, uma comemoração cristã a ser celebrada pelos católicos no próximo domingo (9). Simboliza o renascimento de Jesus Cristo e uma época de transformação e reconstrução. Os católicos evitam comer carne vermelha na Sexta-feira da Paixão e optam pelo consumo de peixes. Para o especialista na arte de preparar churrasco, o cozinheiro Cássio Cruz, a reunião familiar pode ser apropriada para experimentar novidades ao fogo.  

 

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“A grelha também pode receber peixes. Aliás, com um bom tempero, com tempo de cognição e assamento, levar à mesa um prato bem assado, simplesmente resultará em um certo gostinho de quero mais dos convidados familiares e amigos”, frisou Cássio. Dentre as diversas opções oferecidas nas peixarias, o especialista destaca sete tipos de peixes como saborosas sugestões a serem servidas no almoço da Sexta-feira Santa ou no Domingo de Páscoa. Confira a seguir quatro peixes além de Tilápia e Bacalhau: 

Salmão: Se revela como uma sofisticada opção que agrada aos mais exigentes paladares. Suas preparações combinam com molhos brancos tradicionais ou cítricos, feitos à base de frutas. Acompanhamentos como batatas, diferentes tipos de arroz, e principalmente, saladas caem bem.

Linguado: Ele é um peixe delicado com postas (parte do osso dorsal) bem finas. Ele também é fonte de ômega-3 para a alimentação, além de concentrar minerais como zinco e o ferro em sua composição. A indicação é servi-lo com molhos preparados com frutas como o mirtilo ou a uva.  

Atum: Se caracteriza por ser uma carne firme, com coloração escura. O peixe acompanha bem saladas, pães e legumes refogados.  

Abadejo: Se assemelha ao bacalhau, por contar com postas altas, sabor e cheiro marcantes. A sugestão é servir o peixe com farofa temperada e pedaços de batata.

O famoso aquário de Berlim, o AquaDom, estourou na manhã desta sexta-feira (16). Com cerca de um milhão de litros d'água, o tanque com 1.500 peixes exóticos e cerca de 50 espécies brigava pelo título de maior do mundo.

A maior parte dos peixes que viviam no AquaDom se espalhou no saguão do hotel Radisson Collection, onde o aquário ficava, e alguns foram parar na avenida. Duas pessoas se feriram com os estilhaços, mas nenhum caso é grave, informou a Polícia. 

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"Foi um caos. O aquário inteiro explodiu, e o que sobrou é devastação total. Vimos muitos peixes mortos e destroços no chão", relatou a hóspede Sandra Weeser a Reuters.

A avenida no bairro de Mitte foi interditada e os 350 hóspedes do hotel foram desalojados pelas autoridades. Todos foram encaminhados a um abrigo temporário.

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Cientistas brasileiros e norte-americanos descobriram, em uma expedição marítima feita no arquipélago pernambucano de Fernando de Noronha, quatro novas espécies de peixes que vivem exclusivamente no litoral brasileiro.

Segundo os pesquisadores, a expedição encontrou também outras 15 espécies na região pela primeira vez. O estudo e os resultados da expedição foram publicados na última edição da revista científica Neotropical Ichthyology.

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Uma das quatro espécies descobertas é o peixe-pedra (Scorpaena sp.), espécie venenosa que fica camuflada em recifes, de forma a se esconder de seus predadores. Uma outra espécie descoberta é o chamado peixe-lagarto (Synodus sp.), que também se camufla, mas nesse caso como estratégia para não ser percebido por peixes de menores porte e fazer deles seu alimento.

A expedição descobriu também uma espécie chamada peixe-afrodite (Tosanoides sp.). Este é o segundo do gênero descoberto no Oceano Atlântico. De acordo com os pesquisadores, o primeiro foi encontrado no Arquipélago de São Pedro e São Paulo em 2018.

A quarta nova espécie descoberta foi o peixe gobídeo (Psilotris sp.), um gênero classificado como “raro”. Eles são de pequeno porte e tem como fonte de alimentação microrganismos, zooplanctons e microinvertebrados.

A pesquisa, liderada pela Associação Ambiental Voz da Natureza, foi dividida em duas etapas. A primeira, com duração de 17 dias, consistiu na exploração em águas profundas. A segunda durou mais de um ano, e foi dedicada à taxonomia das espécies, comparando características morfológicas com centenas de outros peixes para comprovar se tratar de animais inéditos para a ciência.

Em expedição realizada nas águas profundas do arquipélago de Fernando de Noronha, na Região Nordeste, pesquisadores encontraram quatro possíveis novas espécies de peixes ainda não descritas pela ciência, além de mais 15 espécies inéditas para a região. A presença de sacolas plásticas e detritos de pesca revelou que o impacto humano chega até os locais de maior profundidade.

O estudo envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), da Academia de Ciências da Califórnia, da Universidade de São Paulo (USP) e das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do Rio Grande do Norte (UFRN), do Pará (UFPA), em parceria com a organização não governamental (ONG) Voz da Natureza. O artigo que descreve a investigação foi publicado na revista Neotropical Ichthyology, na semana passada.

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A finalidade da investigação era conhecer a biodiversidade das áreas mais profundas e contribuir com a sua conservação. Os resultados mostram que as áreas profundas também sofrem os impactos da ação humana e precisam tanto de proteção quanto as áreas rasas de vida marinha. 

Nas áreas mais profundas exploradas na expedição, os cientistas constataram a presença de poluição, como plásticos e detritos de pesca que colocam em risco a vida dos animais marinhos. O artigo ressalta que, apesar da proibição de plásticos de uso único em toda a ilha e da presença de um programa para eliminar as sacolinhas plásticas no local, grande parte dos produtos que podem ser obtidos nas lojas vem embalada em plástico.

Os pesquisadores ressaltam a necessidade de proteção dos ecossistemas das águas profundas, conciliando as atividades de pesca e turismo com a preservação da biodiversidade local, que definem como “única”. Avanços significativos na conservação desses ecossistemas poderiam ser alcançados, segundo o artigo, com a expansão da zona de exclusão de atividades do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha ou com a criação de algumas zonas de exclusão de pesca dentro das áreas marinhas protegidas de uso sustentável.

Um espetáculo natural que havia se tornado raro voltou de ser visto no litoral do Recife e chamou a atenção de moradores do Cais de Santa Rita, área central da Cidade. Nesta semana, uma mancha escura se movimentava rápido nas águas da Bacia do Pina, mas não se tratava nem de óleo nem de poluição. A mancha escura registrada pela população era um grande cardume de sardinhas, pequeno peixe nativo do litoral brasileiro. Um grupo tão grande dessa espécie não era avistado há pelo menos nove anos na região.

No vídeo, um cardume gigante de sardinhas se movimenta e cria diferentes formas na superfície da água, fazendo um balé aquático na Bacia do Pina. Um espetáculo que encantou a população. O titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas-PE), José Bertotti, explica que esse é um fenômeno que vem se repetindo no mundo inteiro. Animais – antes assustados com a ocupação humana – agora estão se aproximando das áreas urbanas e também da costa.

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“Ficamos felizes em ver esse registro, pois mostra a natureza se recuperando. O aparecimento desse cardume deve estar ligado à diminuição da presença do homem e de barcos, devido ao momento distanciamento social causado pela pandemia do coronavírus. Mas, essa imagem também nos mostra que precisamos seguir na busca de um desenvolvimento econômico em bases sustentáveis, que garanta o futuro das pessoas e a preservação do meio ambiente, elementos indissociáveis”, defendeu Bertotti.

As sardinhas nadaram bem perto do calçadão por horas e a movimentação delas faziam desenho nas águas. Um balé acompanhado e registrado pelos moradores. “A dança das sardinhas revela que elas estão fugindo de predadores naturais, provavelmente peixes como o camurupim e o camurim, que existem na área”, esclarece o biólogo e professor da Universidade de Pernambuco (UPE), Clemente Coelho. Um exemplo do que pode acontecer, caso o meio ambiente seja utilizado de maneira sustentável. Poucos barcos passando, uma pesca com menos intensidade e a natureza se renovando.

Da Agência Eco Nordeste

Um tubarão foi flagrando dançando uma espécie de valsa com um mergulhador do aquário de Shopping Neptune, em São Petersburgo, na Rússia. A cena animou os visitantes, que aplaudiram e registraram o show.

Nas imagens, o homem aparece conduzindo o predador pela barbatana direita e dá rodopios. Ao fundo, a vida marinha é reproduzida enquanto os demais peixes, inclusive outro tubarão, nadam calmamente.

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Acompanha

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Após o vazamento de óleo que atingiu praias de Pernambuco em outubro deste ano, o Governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (30), que é seguro comer peixes e frutos do mar do litoral pernambucano.

A gestão recebeu o relatório final das análises dos pescados coletados nas regiões atingidas - realizado em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) - e o exame confirma a segurança para o consumo de todas as espécies de pescados analisadas, que contemplam 17 tipos de peixes (ariocó, bagre, boca torta, budião, cação preto, carapeba, cavala, cioba, coró, guaiuba, manjuba, sapuruna, sauna, saramunete, serra, tainha e xaréu), duas espécies de camarão (camarão rosinha e sete barbas), além de siri, aratu, ostra, marisco e sururu.

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Essa análise também libera o consumo dos peixes xaréu e sapuruna, que em um primeiro tiveram, por segurança, a recomendação de suspensão temporária do consumo.

Ao todo já foram analisadas 150 amostras de peixes e frutos do mar. “As novas amostras dos peixes xaréu e sapuruna – coletadas nos mesmos locais das anteriores que tinham apresentado níveis de HPAs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) um pouco acima do limite definido pela Anvisa – desta vez apresentaram índices seguros para o consumo. Os laudos nos dão segurança para dizer aos pernambucanos que nossos pescados estão seguros”, explica o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto.

O trabalho de coleta e análise dos pescados integra o plano de ação do Governo de Pernambuco para avaliar e monitorar o impacto do derramamento de óleo no litoral do Estado, tanto em relação à qualidade da água nas praias como em relação ao consumo dos pescados. Os lotes analisados foram coletados diretamente com pescadores artesanais em dez localidades do litoral do Estado, incluindo praias e estuários: Cabo de Santo Agostinho, Canal de Santa Cruz, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, São José da Coroa Grande, Sirinhaém e Tamandaré, Pina e Ilha de Deus. Os locais e as espécies foram definidos pelo grupo técnico formado por professores da UFRPE, UFPE e extensionistas do IPA.

De acordo com o secretário Dilson Peixoto, o Governo de Pernambuco vai continuar acompanhando a situação da pesca artesanal em Pernambuco. “Vamos continuar acompanhando a recuperação da pesca artesanal e divulgando o resultado das análises, como fizemos com o trade turístico. As pessoas já estão voltando a comprar nossos peixes, crustáceos e mariscos e em breve a situação estará normalizada”, avaliou.

*Da assessoria de imprensa

A Presidência da República vai gastar mais de R$ 24 milhões entre os últimos dias de 2019 e início de 2020 em compras destinadas ao presidente Jair Bolsonaro e a instalações usadas por ele e sua família. A informação é do portal Metrópoles.

Segundo o site, serão 13 processos licitatórios para pagar itens como remédios, combustível, ração animal, internet e contratação de serviços de limpeza, entre outros. Só para limpeza das instalações serão R$ 11,3 milhões. Outros R$ 3,71 milhões serão destinados a aluguel de veículos e R$ 1,41 milhão para compra de combustíveis.

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O governo federal desembolsará, por exemplo, mais de R$ 100 mil com ração para alimentar as cerca de 400 aves e mais de 500 peixes nas residências oficiais da Presidência durante os próximos 12 meses.

Ainda de acordo com a reportagem, há uma licitação de 400 distintivos da Segurança Presidencial, cada um custando cerca de 95 reais.

Em nova rodada de exames feitos em amostras de pescado da área atingida pelo vazamento de óleo, foram identificadas duas amostras de peixes com valores acima dos níveis de preocupação à saúde, definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outras 66 amostras de peixe, camarão e lagosta analisadas até agora estão com resultados abaixo desses níveis. A análise foi feita pela unidade avançada do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Santa Catarina, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir de pescados coletados entre os dias 6 e 8 de novembro.

Das duas amostras de peixes que apresentaram valores acima do considerado preocupante, uma é referente ao peixe Albacora Azul, predador migratório de alto mar, e a outra é de Budião, que se alimenta em recifes de corais. Os valores de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) – principais indicadores de contaminação por derivados de petróleo - encontrados foram 9,51 e 7,95 microgramas de Benzo(a)pireno - Equivalente (BaPE)/kg, respectivamente. O valor de referência definido pela Anvisa, como nível de preocupação, é acima de 6 microgramas de Benzo(a)pireno - Equivalente (BaPE)/kg para peixes.

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Apesar dos níveis elevados nas duas amostras, o Ministério da Agricultura informou, por meio de nota oficial, que não há risco para a saúde pública nem limitação ao consumo de pescados marinhos, por enquanto. "Considera-se, até o momento, que esses resultados não alteram a avaliação do risco do consumo de pescado das regiões oleadas. Essas são as primeiras análises encontradas acima dos níveis de preocupação e não há uma série histórica para se estabelecer um comparativo de contaminação de pescados antes e depois do derramamento de óleo. Entretanto, o Mapa irá direcionar nova estratégia de monitoramento do pescado por espécie ou habitat e região afetada", diz a nota da pasta.

 

Um lote de 50 amostras - de um total de 150 - de moluscos, peixes e crustáceos de 12 localidades pesqueiras do Litoral de Pernambuco foi enviado para análise da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC). A intenção do Governo do Estado é confirmar que os pescados estão aptos para o consumo e não foram infectados pelo óleo que devastou a costa nordestina.

“Esta análise vai nos dar condições de afirmar se houve contaminação dos pescados e, em caso positivo, em que intensidade. Só a partir dessa avaliação será possível afirmar se os pescados estão livres de contaminação e liberados para o consumo da população”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Agrário Dilson Peixoto.

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Com foco na pesca artesanal, o material foi coletado nos estuários do Rio Capibaribe, Itapissuma, Itamaracá, Igarassu, Goiana, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Tamandaré, Ipojuca e São José da Coroa Grande.

Após a análise feita pelo laboratório que presta serviço à Petrobras em casos de contaminação de óleo, está previsto que o monitoramento das localidades seja assumido pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), como explicou Dilson. “Esse tipo de acidente, com possibilidade de contaminação por hidrocarbonetos, tende a deixar vestígios por muito tempo, por isso a necessidade de manter o monitoramento dos pescados por meses e até anos”, avaliou.

Populares unem forças para retirar o óleo das praias. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

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Mesmo sob o luto que aperta os corações dos cidadãos que amam o meio ambiente, o Nordeste resiste. As manchas não melaram a garra do povo que luta para combater o óleo derramado no litoral local, ainda de origem desconhecida, mas que já fez vítimas em várias praias nordestinas. De acordo com as autoridades, Pernambuco é o Estado mais afetado pelo derramamento.  

A Marinha do Brasil alega que tem atuado, desde 2 de setembro, início do aparecimento do óleo no litoral do Nordeste, para retirar a substância das praias com ações de monitoramento e redução de danos. Segundo a entidade militar, a Petrobras, que apoia os serviços de limpeza, coletou mais de 200 toneladas de resíduos oleosos (mistura de óleo e areia).

Ocasionando um cenário desolador ao meio ambiente e cercado por mistérios quanto a sua origem, o derramamento de óleo, além de maltratar animais e recursos ambientais, remete a assuntos educacionais. No âmbito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerado hoje a principal avaliação pedagógica do Brasil, fatos relacionados ao desastre ambiental estão estreitamente associados a assuntos cobrados na prova, em disciplinas como geografia e biologia.

“É uma gosma bastante consistente que está se espalhando pelo nosso litoral. Você vendo pelas redes sociais é uma coisa, e vendo pessoalmente é muito triste, principalmente para mim que trabalho com conservação. Esse óleo, além de matar vários animais, como tartarugas marinhas e peixes, ele entra na cadeia alimentar”, lamenta o biólogo André Maia, que esteve na Praia de São José da Coroa Grande, litoral pernambucano, para se juntar a outros voluntários que trabalham arduamente em prol da retirada da substância. Confira no Instagram do Vai Cair No Enem.

Segundo o professor de biologia André Luiz Vitorino, o derramamento de óleo pelos mares e praias do Nordeste pode ser considerado um dos maiores desastres ambientais do País. Atrelados ao problema, existem assuntos da biologia que, corriqueiramente, aparecem na prova do Enem. Em entrevista ao LeiaJá, o professor elencou os temas:

Impacto ambiental

A camada de óleo impede a penetração de luz, prejudicando a fotossíntese.

Desmantelamento das cadeias alimentares com sequencial morte do fitoplâncton e do zooplâncton.

O óleo transita nas cadeias alimentares e atinge os últimos consumidores de cada cadeia alimentar, provocando o fenômeno da magnificação trófica.

Esse óleo, com o passar dos anos, vai se acumulando, nos tecidos de um ser vivo, ocasionando a bioacumulação.

Esse óleo, aquecido no ambiente, provoca maior liberação de gases tóxicos.

De acordo com o professor de geografia Dino Rangel, além dos problemas ambientais ocasionados pela proliferação da substância, questões políticas, envolvendo Brasil e Venezuela, por exemplo, podem aparecer no Enem. Confira os detalhes no vídeo a seguir:

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Os itens que compõem a ceia de Páscoa ficaram mais caros neste ano, conforme mostra levantamento realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre os alimentos, está o tradicional bacalhau, cujo preço aumentou, em média, 19,35%, chegando a custar em torno de R$ 90 o quilo.

Diante disso, a chef de cozinha Vanda Hering selecionou três receitas deliciosas e que são mais econômicas para o bolso dos brasileiros que não querem deixar de comer peixe na data.

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1. Filé de tilápia recheado com espinafre

Foto: Divulgação / Vanda Hering

"Tilápia é um peixe fácil de encontrar fresco, além de ser barato, custando entre R$ 30 e R$ 35 o quilo. As pessoas que desejam servi-lo devem optar por comprar em estabelecimentos mais distantes do mar, que são os mais confiáveis para o consumo", recomenda Vanda.

Ingredientes:

- 3 filés de tilápia

- 1/2 limão espremido

-  500 gramas de espinafre congelado

- 1/2 cebola cortada em fatias finas

- 2 dentes de alho espremidos

- Sal, pimenta e noz moscada a gosto

Modo de preparo:

- Tempere os filés, corte-os ao meio para recheá-los com o creme de espinafre e os coloque na geladeira para marinar

- Refogue a cebola, o alho e junte o espinafre congelado (esprema ou escorra o líquido antes)

- Refogue e tempere com sal, pimenta e noz moscada

- Acrescente o creme de leite

- Espere esfriar e inclua o recheio de espinafre

- Unte um refratário com azeite e coloque os filés recheados

- Espalhe um fio de azeite sobre os filés e leve ao forno pré-aquecido em 180°C por 15 minutos

 

2. Filé de cavalinha com purê de banana da terra, pinoli e azeite de oliva

Foto: Divulgação / Vanda Hering

"O filé de cavalinha não é um peixe fácil de encontrar fresco, como a tilápia, mas também é uma opção saborosa e mais barata que o bacalhau, podendo ser encontrado o quilo por R$ 39", explica Vanda.

Ingredientes:

- 450 gramas de filé de cavalinha

- 20 gramas de pinoli ou amêndoas laminadas

- 50 gramas de manteiga

- 5 bananas da terra maduras

- 2 bananas da terra verdes

- Pitada de noz moscada

- Raspas de limão

- Óleo de girassol para fritura

- Alface frise e rúcula para decoração

- 150 ml de leite

- 40 ml de azeite extra virgem

- Suco de 1 limão caipira

- Suco de 1 tangerina

Modo de preparo:

- Corte os filés de peixe bem fininhos, no estilo sashimi

- Tempere os filés com sal e pimenta branca e deixe marinar enquanto prepara o purê de banana da terra

- Descasque e corte as 5 bananas maduras e cozinhe com o leite até que estejam bem macias

- Tempere com sal e pimenta e amasse com a ajuda de um fuê ou com a ajuda de um espremedor de batatas

- Coloque a manteiga e mexa constantemente até o purê secar

- Descasque e corte as 2 bananas da terra verdes em fatias bem finas

- Em uma panela, aqueça a 180°C o óleo de girassol e frite as fatias de banana virando para que fiquem com uma cor uniforme

- Junte o suco de limão ao suco de tangerina e coloque no peixe para marinar por 10 minutos antes de servir. Cubra o peixe com o suco também

 - Decore o prato com as folhas de alface frise e mini rúculas

 

3. Mousse de filé de pescada

Foto: Divulgação / Vanda Hering

"Assim como a tilápia, o filé de pescada também é fácil de encontrar fresco e custa aproximadamente R$ 30 o quilo. Diferentemente dos outros, é um prato que deve ser servido frio", orienta a chef.

Ingredientes:

- 400 gramas de filé de pescada

- Suco de 1/2 limão

- 100 ml de creme de leite fresco

- 2 claras

- 4 abobrinhas médias

- Sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:

- Corte os filés em cubos pequenos e os coloque em uma processadora até que vire uma massa bem moída

- Leve à geladeira por 30 minutos

- Retire da geladeira e acrescente as claras

- Mexa bem para que todo o peixe esteja envolvido com as claras

- Tempere com sal, pimenta e o suco de limão

- Acrescente o creme de leite e volte com a mistura para a geladeira

- Corte fatias finas de abobrinha com a ajuda de um descascador de legumes ou com uma faca. Mergulhe as fatias em água fervente por três minutos, retire e mergulhe em água com gelo

- Retire as fatias da água com gelo e as sobreponha entre toalhas de papel para secarem

- Unte uma forma pequena refratária com azeite e forre o fundo com as fatias de abobrinha

- Espalhe cuidadosamente a mousse sobre o refratário forrado com as fatias de abobrinha e cubra com fatias para que a mousse seja o recheio e permaneça envolta nas fatias de abobrinha

- Leve ao forno pré-aquecido a 180°C em banho-maria por 40 minutos

- Faça o teste do palito para saber se a mousse está firme

 - Se estiver firme, retire e deixe esfriar, vire a mousse sobre um prato e decore com folhas de alface, agrião e rúcula

- Sirva fria

Tradicionalmente servido nos almoços do feriado de Sexta-Feira Santa, o peixe é uma ótima opção na troca da carne vermelha ou de frango por ser rico em proteínas e demais nutrientes, mas o consumidor deve estar atento para não ser contaminado por doenças transmitidas por bactérias, vírus, parasitas, biotoxinas e resíduos de metais pesados, que residem no alimento.

A diretora do Grupo de Alimentos do Centro de Vigilância do Estado de São Paulo, Claudia Maria Ruggiero Amaral, alerta que no momento da compra o consumidor deve escolher peixes frescos e conservados no gelo.

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"A higiene e o armazenamento são itens importantes. No supermercado devem estar em balcão frigorífico, e na feira, é necessário ter gelo picado por cima, estar exposto em balcão de aço inox inclinado e protegido do sol e de insetos, além de ser obrigatório que o feirante use luvas descartáveis", explica. "No caso dos peixes congelados que são vendidos em embalagens, o balcão onde estiver armazenado não pode estar superlotado. Isso impede a circulação do ar frio e compromete a qualidade", acrescenta.

Já quanto ao bacalhau, que é o peixe mais servido na data, Claudia recomenda o conhecimento da procedência do alimento. "Uma boa pesquisa de preços e tipos de qualidades pode levar a uma compra mais acertada. Não adquira se ele estiver com manchas avermelhadas ou pintas pretas no dorso, sinais que indicam a presença de bolor ou deterioração", ensina

A especialista afirma ainda que o armazenamento em casa também requer cuidados. "Os alimentos devem ser refrigerados e congelados na geladeira ou freezer e consumidos até a data de validade indicada no rótulo dos produtos. Na ausência dessas informações, os pescados podem ser mantidos na geladeira durante três dias na temperatura de 2º C, e no freezer durante três meses na temperatura de -18ºC", orienta.

O Guia de Consumo Responsável de Pescado, lançado nesta terça-feira (2) pela WWF-Brasil, organização não governamental que integra a rede do Fundo Mundial Para a Natureza (WWF), pesquisou 38 espécies de peixe de maior valor comercial, que são as mais procuradas pelos consumidores.

Do material avaliado, 58% ou o equivalente a 22 espécies foram classificados na categoria vermelha, como espécies oriundas de pescarias ou fazendas não sustentáveis e, que por isso, não devem ser consumidas. É o caso do camarão-rosa e do tubarão-azul (ou cação).

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Na categoria amarela, foram listadas oito espécies, correspondentes a 21% do total, entre as quais se encontram a tilápia e o bonito listrado. Embora sejam provenientes de fontes que mostram algum risco à sustentabilidade, essas espécies podem ser consumidas, mas com moderação.

Na categoria verde, foram incluídas também oito espécies (21%) mais seguras para serem consumidas, como o salmão rosa e alguns tipos de moluscos.

A gerente do Programa Marinho da WWF-Brasil, Anna Carolina Lobo, especialista em gestão ambiental, observou que entre as espécies de pescado situadas na lista verde e recomendadas para consumo, nenhuma é produzida no Brasil, como o salmão, por exemplo, que vem do Chile. Somente na aquicultura, o país tem quatro espécies cultivadas na categoria verde, que são o mexilhão, a ostra do pacífico, a ostra do mangue e a vieira.

O guia revela ainda que, das principais espécies consumidas no Brasil e avaliadas pelo WWF-Brasil, apenas 28% têm opção de produtos com certificação quanto à sustentabilidade de pesca ou cultivo.

As espécies de maior valor comercial estão mais ameaçadas de extinção, como o camarão, por exemplo. Polvo e lagosta são outras espécies ameaçadas. “Estão acabando. Daqui a pouco, as pessoas vão parar de consumir” porque não há mais disponibilidade”, afirmou Anna.

Consumo consciente

O guia comprova que, além dos principais problemas enfrentados pelo Brasil na área pesqueira, que são a sobrepesca e a falta de gestão, outra dificuldade é a escassez de informações para o público consumidor em relação aos pescados vendidos.

“O Brasil é um dos grandes países que consomem carne de tubarão no mundo”. Anna Carolina afirmou que o tubarão é um animal em extinção, considerado topo de cadeia alimentar e importante para a biodiversidade marinha, mas a população acaba comprando tubarão com a falsa ideia de que é cação.

“As pessoas devem evitar (consumir). Não dá para ter esse consumo desenfreado. As pessoas têm que perguntar, procurar se informar”, sugeriu.

Segundo a gerente do Programa Marinho da WWF-Brasil, alguns pescados já são certificados, tanto de aquicultura, quanto de pesca comum. É preciso que haja uma mudança de comportamento do consumidor, para que ele passe a questionar sobre a procedência do pescado que pretende comprar e sua certificação.

Além do estado alarmante de conservação dessas espécies, Anna Carolina destacou outra questão que é a venda dos peixes para o consumidor final inteiramente contaminados, com muitas toxinas prejudiciais à saúde.

Um exemplo é o panga, classificado na categoria amarela, que deve ser consumido apenas ocasionalmente. A gerente do WWF-Brasil observou que algumas espécies de panga resultantes do cultivo em aquicultura são as melhores para serem consumidas, porque não estão contaminadas com toxinas de rios do Vietnã, Tailândia e Camboja, de onde a espécie é proveniente.

Método da pesca

Além disso, o consumidor deve estar atento aos métodos da pesca, porque alguns são extremamente nocivos. Nos cercos, por exemplo, somente as espécies maiores ficam presas na rede. Anna Carolina afirmou que outras espécies marinhas, como tartarugas e golfinhos, quando capturadas de maneira acidental, devem ser devolvidas ao mar por pescadores antes de tirar os cercos da água.

Já o método do arrasto para camarão é considerado uma das piores técnicas de pesca porque acaba trazendo todo o tipo de vida existente no fundo do mar.

“Invariavelmente, somente 10% da pesca de arrasto compreendem camarão, que seria o objetivo primário da pesca, e 90% são captura acidental, trazendo toda essa vida marinha que está no fundo do mar”. A maioria chega quase morta nos barcos, alertou.

Esse é o primeiro estudo do tipo lançado no Brasil, embora existam outros similares em outros países. “Aqui no Brasil, nunca nenhum tipo de guia foi feito em escala nacional, pela nossa falta de monitoramento e pela deficiência de gestão pesqueira no país”, disse ela.

O estudo levou três anos para ser concluído. A gerente do WWF acredita que, se a rede varejista mudar sua postura, adquirindo pescados certificados, os estoques poderão ser recuperados e um novo levantamento deverá ser feito dentro de alguns anos.

Programas de melhoria

Em alguns lugares da costa brasileira, a WWF-Brasil está implantando programas de melhoria de gestão pesqueira, como no litoral norte de São Paulo. Ali, algumas famílias pescam utilizando a técnica do cerco flutuante, oriunda do Japão, com baixo impacto ao meio ambiente.

Um trabalho é feito também com o consumidor final e os donos de restaurantes, além dos pescadores. “A gente espera que, para o futuro, o cenário esteja muito melhor e que a gente tenha conseguido alcançar, por meio dessa parceria com o setor privado e com o aumento da conscientização da sociedade, melhores níveis de saúde das espécies de peixe”, observou.

A Páscoa é um ótimo momento para as pessoas pensarem bem na hora de levar o pescado para suas casas, lembrou Anna Carolina.

Após a liberação para consumo medicinal da maconha no Canadá, uma empresa especializada viu uma brecha no mercado e decidiu investir em um produto inovador. A Green Relief vai utilizar fezes de peixe como fertilizante para o plantio hidropônico da erva, tornando-a eco-friendly e potencializada.

Com as raízes dentro d'água, além de mais saudável, o produto fica livre de pesticidas, diferente do comprado pelos canadenses. "Esta é a agricultura do futuro", afirmou o fundador da empresa Warren Bravo à emissora CBC. "Se você não aderir a tecnologias de agricultura sustentável, vai se tornar um dinossauro", acrescentou.

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Com seis mil tilápias em tanques, o processo com as fezes utiliza 90% menos água que os métodos tradicionais, o que resulta em 20% mais maconha. A cada cinco semanas, um dos tanques é esvaziado e as tilápias são doadas a uma organização beneficente, que se tornam refeições para a comunidade sem-teto.

Segundo informações do portal Extra, a iniciativa provou que é altamente lucrativa. Em processo de expansão, a Green Relief pretende construir unidades de produção em Thunder Bay e Halifax, ambas no Canadá.

As chuvas de monção, que deixaram 545 mortos na Índia desde maio, provocaram uma inundação em um hospital do estado de Bihar (nordeste) onde foram encontrados peixes nadando pelos corredores.

Enquanto a água suja dominava o CTI do hospital universitário Nalanda de Patna, os pacientes se encolheram em suas camas para aguardar melhores condições. O parente de um dos enfermos conseguiu capturar um peixe.

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"Uma parte do térreo foi inundada ontem (domingo) após a obstrução de um equipamento de drenagem pelas fortes chuvas", afirmou à AFP o diretor do hospital, Sitaram Prasad.

A desventura ilustra os problemas que as chuvas de monção provocam no país, com mortes e destruição a cada ano. De junho a setembro, dezenas de milhares de prédios e residências são inundados.

Desde maio, 545 pessoas morreram em consequência das chuvas, que afetaram direta ou indiretamente mais de um milhão de habitantes.

No estado de Uttar Pradesh, ao oeste de Bihar, os desabamentos de casas e muros provocaram quase 80 mortes desde a semana passada.

Os outros estados próximos também estavam em alerte e as autoridades retiraram 3.000 habitantes das zonas próximas ao rio Yamuna, afluente do Ganges, que superou o nível de alerta em Nova Délhi.

No estado de Haryana, muitos rios também estavam em seus níveis de alerta, segundo as autoridades. Gujarat (oeste) e Assam (nordeste) também foram afetados. Mais de 200.000 pessoas estão em acampamentos de socorro em Assam.

Mumbai, a capital do estado de Maharastra (oeste), registra problemas nos transportes, provocados pelas inundações.

Em tempos que as obras em Pernambuco estão sendo repactuadas por falta ou contenção de verbas, o gabinete do governador Paulo Câmara publicou no Diário Oficial, desta terça-feira (15), o pagamento de uma licitação para a compra de peixes e crustáceos no valor de R$ 179.628,59. A empresa que venceu a licitação é a Maxmillian Simões Comércio e Serviços Ltda, que fica localizada no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

De acordo com os dados disponibilizados no Portal de Transparência, o recebimento das propostas para a licitação aconteceu a partir do dia 4 de abril e a homologação e conclusão do processo, um mês depois.  O valor inicial fixado na proposta, como previsão de pagamento, era ainda maior: R$ 194,8 mil. 

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No contrato, a Maxmillian Simões vai fornecer peixes do tipo salmão, beijupira e agulha, além de crustáceos como camarão, siri e polvo. Na planilha de distribuição de gastos, apenas para o camarão foram direcionados mais de R$ 19 mil, o salmão custou R$ 14,8 mil; o sirigado R$ 57,2 mil e o beijupirá R$ 5,3 mil. 

A Maxmillian, de acordo com dados cadastrais, é uma empresa de apenas quatro anos, foi criada em junho de 2014, e, apesar da pouca idade, já firmou contratos com o Governo Federal para o fornecimento, por exemplo, de produtos para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife. 

Arranjos de flores - Esta não é a primeira vez que os gastos do gabinete de Paulo chamam a atenção. Na semana passada, foi anunciada uma licitação para o fornecimento de coroas de flores e arranjos no valor de R$ 78.145,00

Depois de causar a morte de dezenas de toneladas de peixes em suas várias etapas de construção no Rio Xingu, no Pará, a hidrelétrica de Belo Monte foi obrigada a adotar uma nova medida para acabar, de vez, com a mortandade das espécies causada pelas operações da usina.

Em caráter de urgência, a concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica, vai instalar painéis nas bocas de cada turbina, uma grade que deverá impedir que os peixes entrem nas máquinas ou que sejam triturados pelas hélices, quando estas são acionadas.

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No compromisso firmado com o Ibama, que no ano passado multou a empresa em R$ 35 milhões por causar a morte de 16 toneladas de peixes, a Norte Energia assumiu o compromisso de instalar malhas com intervalos de 2,5 centímetros, para impedir que as espécies cheguem aos rotores.

As informações foram confirmadas pela concessionária, que confirmou o adiamento de testes com água de sua nova turbina, por conta da atuação do Ibama.

Questionada sobre o prazo de 20 de março que chegou a dar para conclusão dessas instalações, a empresa declarou apenas que "as providências relativas à instalação do dispositivo para evadir cardumes de peixes das zonas próximas ao tubo de sucção da unidade geradora serão reportadas proximamente ao órgão ambiental".

Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" publicada em 13 de maio relevou que o Ibama havia determinado os testes e operações de novas turbinas da usina, até que a empresa apresentasse uma solução definitiva para evitar a morte de peixes. Entre fevereiro e março, uma tonelada de peixes mortos foi retirada do local.

A casa de força principal de Belo Monte prevê que 18 turbinas - com capacidade de 611 megawatts de potência cada uma - entrem em operação até meados de 2019. Cada máquina dessas tem capacidade de atender cerca de 2,5 milhões de pessoas.

A Norte Energia já ligou oito desses equipamentos e aguardava a liberação do Operador Nacional do Sistema Elétrico para acionar a nona máquina. Com a determinação do Ibama, porém, a empresa foi obrigada a apresentar uma solução definitiva para um problema recorrente.

A instalação de uma barreira física sobre as saídas das turbinas já foi uma solução adotada pela hidrelétrica de Teles Pires, também na Amazônia, tendo apresentado um bom resultado, segundo o Ibama.

Paralelamente à instalação das malhas de retenção de cardumes, a concessionária informou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que continuará a utilizar jatos de ar comprimido de alta pressão para afastar os peixes, além de mergulhadores que afugentam aqueles que eventualmente estiverem próximas das pás das turbinas.

O acionamento das máquinas de Belo Monte tem ocorrido justamente no período de piracema do Rio Xingu, a fase de subida e desova das espécies do rio, que costuma ser decretada entre 15 de novembro e 15 de março de cada ano.

A concessionária Norte Energia tem 49,98% de suas ações controladas pelo Grupo Eletrobras. Os demais 50,02% estão divididos entre os fundos de pensão Petros e Funcef e as empresas Neoenergia, Vale, Cemig, Sinobras, Light e JMalucelli.

No município de Aquiraz, no Ceará, um empresário diz que teve um prejuízo avaliado em R$ 140 mil com o apagão de quarta-feira (21), que atingiu o Norte e Nordeste do pais. Silvio Monteiro é criador de tilápias, e teve cerca de 15 tonelada de peixes perdidos pela falta do sistema de oxigenação da água, que é sustentado pela energia.

O empresário tem quatro reservatórios de peixe e ia iniciar as vendas dos animais na semana santa. O peixe custa em média de R$10 a R$ 15 reais. Em cada viveiro ficam em média 15 mil peixes. Cerca de no mínimo 25 mil peixes morreram, calculando um valor de R$ 140 mil em prejuízo para o empresário.

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O sistema de oxigenação contava com bombas reservas que funcionam a gasolina, mas não foi o suficiente para salvar todos os peixes.

Os peixes foram doados. O empresário vai recorrer à justiça em busca de ressarcimento do prejuízo.

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