Tópicos | perfil falso

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu nesta quarta-feira, 10, que a empresa Joyo Technology, responsável pelo aplicativo de vídeos Kwai, deve entregar dados relativos a uma conta falsa criada no nome da deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP).

Procurada pela reportagem, a plataforma Kwai disse que ainda não recebeu a intimação da Justiça, mas que vai colaborar plenamente com as autoridades (leia íntegra abaixo).

##RECOMENDA##

A plataforma de vídeos deverá entregar extratos de eventuais pagamentos feitos ao usuário que se passava pela deputada da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Outros dados que ajudem a identificar quem comandava a conta, como nome, número de documentos, endereço, e-mail, telefones, número de IP, datas de acessos e fuso horário também são exigidos.

A assessoria da deputada disse à reportagem que ela encontrou o perfil falso após fazer busca com o seu nome na plataforma.

"É preocupante a plataforma manter um perfil que não foi feito por mim ou por pessoas da minha equipe no mandato, com o meu nome, replicando conteúdos que estavam sendo postados por mim em outras redes e até mesmo os comentários que seguidoras minhas estavam fazendo em outras redes através de perfis falsos", disse a deputada em nota enviada à reportagem.

A decisão do juiz Rodrigo Galvão Medina dá o prazo de cinco dias após a entrega dos dados para que a plataforma retire a página falsa do ar. O perfil denunciado continua acessível, mas agora identificado com o nome do chefe de comunicação da deputada, Thomás Levy. Não há nenhuma publicação, seguidor ou qualquer outro dado.

Questionada, a assessoria da parlamentar não soube explicar o que houve, mas supõe que os dados do assessor foram pegos em outra rede social.

A ação pede indenização de R$ 30 mil da plataforma por danos morais. Conforme o pedido, o perigo de dano vem do fato de que a conta falsa "lucra em cima de um trabalho desenvolvido pela ré em outras redes sociais".

O que diz a plataforma Kwai

"O Kwai esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma ordem oficial da Justiça de São Paulo. No entanto, reitera seu compromisso em colaborar plenamente com as autoridades. A plataforma está à disposição para cooperar e reforça seu comprometimento em respeitar integralmente as leis e regulamentações dos países onde opera, visando garantir a proteção e segurança dos usuários."

Se Graciele Lacerda errou, foi tentando acertar? Bom, as explicações da companheira de Zezé Di Camargo sobre o suposto perfil falso nas redes sociais continuam pendentes. Tanto é que os seguidores da influenciadora estão cobrando um pronunciamento de sua parte.

Graciele vem sendo confrontada no Instagram por internautas que exigem que ela dê algum tipo de resposta sobre a suposta conta que teria criado para se autoelogiar e atacar membros da família Camargo.

##RECOMENDA##

Apesar de estar mantendo a postura, a influenciadora decidiu responder um comentário que dizia: "Verdade, espero que tenha aprendido com seu erro, porque, afinal, todos somos falhos. Mas é vivendo, aprendendo e se arrependendo E não fazendo de novo, que [assim] conseguimos evoluir como seres humanos todos os dias".

Já, por sua vez, ela escreveu: "O meu erro nessa história foi ter confiado em pessoas que viviam dentro da minha casa. Nada mais".

De acordo com o Extra, Graciele Lacerda usou suas redes sociais para negar as acusações de que seria a dona de um perfil fake criado para atacar a família de Zezé Di Camargo. Ainda de acordo com o portal, a esposa do sertanejo teria respondido um internauta no Instagram.

"Se eu tivesse feito eu admitiria com certeza. Mas o problema é que eu não fiz. Mas isso está sendo buscado. O que fizeram foi aproveitar uma situação que já sabiam e fazer maldades. Mas isso vai pra frente", respondeu ela.

##RECOMENDA##

Além disso, na manhã desta quinta-feira, dia 2, a influenciadora se pronunciou novamente sobre a polêmica, desta vez em seu Stories. Graciele agradeceu pelo apoio dos fãs, mas revelou não poder comentar muito sobre o caso por envolver a Justiça.

"Queria falar para as pessoas que estão vindo com mensagens incríveis. É nessas horas que a gente conhece as pessoas, vê quem gosta da gente, quem torce. Está sendo um aprendizado tão grande em minha vida, em todos os sentidos. Ainda vou poder falar sobre isso, mas não agora."

"Sei que vocês querem que eu fale, que eu me defenda. Tem gente que está revoltada. Eu não posso falar nada agora, porque tudo está sendo resolvido e em segredo de justiça. Quando é assim a gente não pode expor, não vou cometer o mesmo erro que cometeram, porque isso é crime. Vou esperar o momento certo, e vai ter."

"Isso nunca tinha que ter saído. Não era para ter sido exposto. Acho que são assuntos que tem que ser resolvidos internamente, não ficar expondo. Eu odeio isso, não gosto disso. Não vou entrar nessa bagunça. Mas saibam que estou fazendo tudo o que tem que ser feito dentro da justiça e da lei, do certo. Muitas coisas foram desnecessárias e maldosas, e infelizmente não tem como ficar quieta diante disso. Tem que agir. Na verdade fui obrigada a agir. Estava quieta, vivendo a minha vida e trabalhando. Mas Deus sabe o que faz", finalizou.

Se você acompanha minimamente as redes sociais de Carlinhos Maia, deve saber que ele está sofrendo pelo término de seu casamento com Lucas Guimarães. Recentemente, ele chegou a usar os Stories para dizer que fez um perfil falso para stalkear os amigos do ex.

"Quando eu via minhas primas sofrendo por amor eu pensava: que nega paia da p***a, vai otaria, vida que segue. E hoje tá eu aqui disminlinguida, indo no Stories do boy em dez e dez minutos, e o pior, fiz até um fake pra olhar o do povo que tá com ele", disse.

##RECOMENDA##

Carlinhos ainda contou que, mesmo sabendo que Lucas vê suas redes sociais, não tem vergonha de admitir que não está bem e fazer desabafos.

"Sim, é meio idiota escrever tudo que faço durante o dia aqui, sabendo que ele vai ver. Mas no fundo eu quero que ele saiba como estou me sentindo, mesmo sabendo que ele pode desgostar de vez. Afinal, quem fica atrás e se fazendo presente, geralmente a outra parte acaba perdendo o interesse", disse.

E continuou: "Parece que quando o cara deixa a gente, fica mais bonito, mais interessante e até mais atraente. Eu fico pensando: Será que ele sempre foi tudo isso e a rotina do casamento faz a gente não ver?"

Mais tarde, Maia ainda apareceu na festa de João Guilherme, filho de Fausto Silva, ao lado de alguns amigos. Ele posou para fotos ao lado de Klebber Toledo e Camila Queiroz e ainda revelou ter recebido algus conselhos amorosos do casal.

Os desembargadores da 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmaram decisão que condenou a empresa responsável pelo aplicativo Tinder a indenizar por danos morais uma mulher que teve seu telefone e fotos divulgados na plataforma de relacionamentos online sem o seu conhecimento. O colegiado ainda aumentou o valor devido à mulher para R$ 5 mil.

A decisão foi dada no âmbito de ação ajuizada pela Defensoria Pública de SP. Segundo os autos, a mulher disse que, em abril de 2020, tomou conhecimento de que havia um perfil falso no Tinder, com suas fotos e seu número de telefone, sendo que o nome não era o dela.

##RECOMENDA##

Ela ficou sabendo do perfil ao receber uma mensagem no WhatsApp de um usuário do aplicativo. A moça relatou que tentou entrar em contato com a plataforma por todos os canais informados, com o objetivo de solicitar a exclusão do perfil, mas não teve sucesso. As informações foram divulgadas pela Defensoria.

Antes de acionar a Justiça a Defensoria oficiou extrajudicialmente o escritório de advocacia representante do Tinder no Brasil, requerendo a exclusão do perfil falso em razão das ofensas ao direito de imagem e ao sossego da mulher. Em resposta, a empresa informou não ter sido possível localizar a conta por falta de informações, pontuando, ainda, a necessidade de determinação judicial para que fosse efetuada a exclusão da conta, diz a Defensoria.

Na ação judicial, foi apontado que a empresa empresa responsável pelo aplicativo estabelece como obrigação imposta a si mesma, a tomada de medidas adequadas, como oferecer ajuda, remover conteúdo, bloquear o acesso a determinados recursos, desativar uma conta ou contatar autoridades, uma vez identificada uma conduta que cause prejuízo a outras pessoas.

Em primeira instância, a juíza Patricia Persicano Pires, da 3ª Vara Cível de São Miguel Paulista, determinou à empresa que identificasse e bloqueasse a conta relacionada ao perfil em questão. Além disso, a magistrada ordenou o pagamento de indenização à vítima por danos morais, no valor de R$ 3 mil. A Defensoria recorreu da decisão, pedindo que o valor fosse majorado.

Ao analisarem o caso, os desembargadores da 9ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP observaram que 'caso seja notificada da existência de perfil criado por terceiros, contendo informações privadas do denunciante, é dever da plataforma proceder de modo a apurar a veracidade da denúncia e, caso confirmada, retirar o perfil independentemente de ordem judicial'.

Segundo o colegiado, em tais casos há uma questão de 'utilização indevida de dados privados, cuja intimidade é constitucionalmente garantida pela Constituição Federal'. "É certo, no caso, que a autora buscou solução administrativa para a retirada de suas informações de perfil falso, tanto por meio do próprio mecanismo de denúncia da plataforma, quanto por notificação extrajudicial realizada pela Defensoria Pública, tendo a omissão da parte ré gerado prejuízos de caráter moral, que, em ambiente virtual, são de difícil mensuração", ponderaram os magistrados.

A Polícia Federal (PF) alerta para um novo golpe nas redes sociais, que tenta clonar o WhatsApp com promessas de perfis falsos de hotéis e pousadas. Com o aumento desse tipo de fraude no período de férias e festas de fim de ano, as autoridades elencaram medidas para se proteger dos criminosos.

Os perfis falsos no Instagram e Facebook se comunicam com as vítimas e oferecem diárias promocionais, sorteios de pacotes grátis de hospedagem e jantar romântico. De acordo com a PF, os estelionatários focam em pessoas que mais interagem nas redes sociais, ao comprovar através de comentários em publicações das verdadeiras empresas ou que publicam conteúdo e marcam determinado hotel.

##RECOMENDA##

Após o primeiro contato, eles pedem o número de celular dos potenciais clientes e informam que a vítima vai receber um SMS, com seis dígitos que devem ser informados aos criminosos. Ao confirmar o código, os golpistas têm acesso aos contatos do WhatsApp e fingem ser o dono do número para pedir ajuda financeira aos integrantes da agenda.

Outra prática é solicitar um depósito em dinheiro com um desconto promocional, em troca do benefício oferecido no primeiro contato. Quando o cliente vai se hospedar, após ter pago, descobre que caiu em um golpe e, na verdade, não existe reserva.

[@#galeria#@]

Para evitar novas vítimas, a PF listou 12 dicas para que os usuários de redes sociais fiquem atentos. Acompanhe:

1. Os hotéis e pousadas não solicitam dados pessoais em suas comunicações com clientes através das redes sociais. Todos os contatos realizados pelas equipes dos hotéis com os clientes e hóspedes, através destes canais, são reativos – eles respondem às solicitações primeiramente feitas pelos clientes;

2. Nunca preencha nenhum cadastro, formulário ou pesquisa fornecendo seus dados financeiros ou pessoais através de links enviados pelo WhatsApp, tais como: senha de bancos, cartão de crédito, conta corrente, benefícios e nem qualquer código recebido por SMS em seu celular para terceiros;

3. Verifique a data de criação do perfil. Se foi criado há pouquíssimos dias de uma pousada que já está há um bom tempo no mercado – desconfie;

4. Observe o número de seguidores e publicações do perfil da pousada ou hotel. Geralmente quando a página é falsa o número de pessoas seguindo e a quantidade de publicações e fotos costumam ser muito abaixo do perfil verdadeiro;

5. Anote o endereço correto da pousada ou hotel e salve no seu navegador. Evite fazer uma consulta por nome, porque o risco de vir uma página falsa é grande;

6. Confirme se a grafia do nome da conta do Instagram ou Facebook é realmente do hotel, pousada ou empresa. Não existe duas contas com nomes iguais. Quando alguém cria uma conta falsa se faz necessário adicionar uma letra ou número para diferenciar da original;

7. As pessoas são tomadas pela emoção e acabam agindo no impulso. Ao receber uma mensagem dizendo que ganhou uma viagem ou estadia numa pousada totalmente grátis, verifique se a conta é verdadeira antes de fazer qualquer depósito ou transferência em dinheiro;

8. Ao receber uma mensagem com promoções tentadoras desconfie sempre antes de clicar nos links compartilhados no WhatsApp ou nas redes sociais é melhor apagar;

9. Não compartilhe links duvidosos com seus contatos sem antes saber se são autênticos – você pode estar sendo usado por bandidos para espalhar o golpe e prejudicar outras pessoas, inclusive seus parentes;

10. Cuidado com o imediatismo de mensagens tais como: último dia, promoção vai até hoje! Urgente, não perca essa oportunidade, quase sempre tais conteúdos querem fazer com que as pessoas não pesquisem a veracidade da promoção na página da empresa ou órgãos oficiais;

11. Certifique-se no site oficial da empresa sobre o está sendo oferecido, principalmente quando se tratar de supostas promoções, ofertas de dinheiro, brindes, descontos ou até promessas de emprego. Vários perfis do Instagram de pousadas, hotéis e empresas já exibem alerta sobre golpes;

12. Ao entrar em qualquer página verifique se existe um cadeado cinza no canto superior esquerdo da página – isso atesta que sua conexão não foi interceptada e que o site está criptografado para impedir golpes.

Vazou, nesta terça-feira (28), um áudio em que, supostamente, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) pede a criação de perfis falsos nas redes sociais para atacar adversários. Na gravação, ela estaria sugerindo a criação de perfis no Twitter e Instagram para rebater os robôs que já estariam lhe atacando.

"Acabei de chegar em São Paulo, cheguei há pouco para algumas entrevistas, mas podia falar com a turma aí para fazer vários perfis e entrar de sola no Twitter especialmente, Instagram, porque eles estão botando todas as milícias lá e os robôs em cima de mim", diz o áudio atribuído a Joice Hasselmann.

##RECOMENDA##

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) também divulgou o áudio em sua conta no Twitter. "E agora? Quem usa perfis falsos?", provocou ele. 

A gravação já havia sido mencionada pelo presidente Jair Bolsonaro em conversa com apoiadores e imprensa na segunda-feira (27). Bolsonaro havia dito que evitava o vazamento do áudio há mais de um mês.

"Se eu não tivesse um áudio, de uma deputada muito conhecida aí, de ela passando para uma pessoa e falando o seguinte 'Cria mais uns perfis falsos aí para atacar fulano de tal', você acha que ia pegar mal para essa deputada? Essa deputada está muito ativa na CPMI. Ela está acusando os outros do que ela faz. E ela não é de esquerda, não. É de falsa direita. Essas questões... eu tô evitando há mais de um mês que esse áudio chegue a conhecimento público. Vai pegar mal para ela", disse Bolsonaro.

Joice Hasselmann ainda não se manifestou sobre o áudio. Nas últimas publicações da deputada nas redes sociais, internautas já mencionam a gravação nos comentários.

[@#video#@]

A Polícia Civil de Alagoas identificou um homem de 22 anos acusado de extorquir mais de R$ 13 mil de uma mulher que conheceu no aplicativo Tinder. Segundo a polícia, Paulo Cesar Gomes dos Santos Neto utilizava um perfil falso nas redes sociais para seduzir as mulheres.

A vítima é uma mulher de 41 anos de Maceió-AL. Paulo Cesar teria convencido ela a depositar R$ 13.510. O suspeito dizia que o dinheiro pagaria as despesas com o pai, que estava doente.

##RECOMENDA##

Paulo ameaçou divulgar fotos íntimas da mulher caso ela procurasse a polícia para denunciar o golpe. Ele foi indiciado por crime de falsa identidade, estelionato e constrangimento ilegal.

O Google resolveu explicar para seus usuários um pouco do trabalho que faz para combater perfis falsos no Google Maps. A gigante da internet informou que, tem aumentado o rigor de suas políticas e criado ferramentas para que as pessoas sinalizem possíveis fraudes. Um exemplo disso é o "Safe Browsing", uma nova extensão para o Chrome e Safari, que permite bloquear sites potencialmente prejudiciais.

A empresa afirma que grande parte do trabalho é feito com a ajuda dos usuários que, através das avaliações, contribuem para facilitar a identificação de possíveis perfis fraudulentos. Em 2018, o Google conta ter reduzido mais de 3 milhões de perfis de negócios falsos, sendo mais de 90% deles removidos antes que as pessoas pudesse ver o perfil. De acordo com a publicação mais de 250 mil dos perfis comerciais falsos removidos foram reportados pelos usuários do buscador.

##RECOMENDA##

E não foram apenas as empresas falsas que foram impactadas pelo aumento da severidade nas políticas do Google. “Desativamos mais de 150 mil contas de usuários que foram consideradas abusivas - um aumento de 50% em relação a 2017”, afirma a empresa. “As pessoas podem sinalizar perfis de negócios individuais para remoção. Usamos esses relatórios para investigar o conteúdo e retirá-lo se for considerado que viola nossas políticas”, diz o comunicado.

Além das remoções, a empresa também doa fundos de liquidação de litígios contra agentes mal-intencionados para organizações que educam empresas e consumidores sobre fraudes. De acordo com dados do Google, a ferramenta Maps é usada por mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo.

LeiaJá também

--> 'RoboCop' reforça polícia na Califórnia

--> Vazou! Confira os ataques hackers mais famosos da história

--> 'Sing in with apple' chega para livrar usuários de spam

A assessoria de imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou que seja verdadeira uma conta no Tinder atribuída a Lula. O aplicativo é uma plataforma de relacionamentos. Em publicação no Twitter, a equipe do ex-presidente salientou que ele não está no Tinder e conta era falsa.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Na foto, utilizada no perfil falso, Lula está tomando chimarrão na Região das Missões, no Rio Grande do Sul.

O ex-presidente está preso desde abril de 2018 na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para cumprir a pena de 8 anos, dez meses e 20 dias de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A condenação é no caso do triplex do Guarujá, investigado pela Lava Jato.

Uma pesquisa da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV) mostra que robôs – perfis automatizados nas mídias sociais – estão influenciando os debates políticos na web e aumentando a polarização das discussões. O estudo denominado Robôs, Redes Sociais e Política no Brasil, publicado no final de agosto, aponta ainda que o processo de disputa política nos próximos anos pode estar ameaçado.

Os robôs, ou bots, são perfis falsos presentes em mídias sociais como o Facebook e o Twitter que são capazes de distribuir, em escala industrial, mensagens pré-programadas. Na disputa política, esse tipo de instrumento pode ser contratado em empresas especializadas para que um candidato, ou uma proposta, receba milhares de mensagens de apoio, inflando artificialmente sua aceitação popular, e influenciando assim a percepção das pessoas.

##RECOMENDA##

“Elemento flagrante é o 'inchamento' de movimentos políticos que são, na realidade, de dimensão bastante inferior. Somados, esses riscos e outros representados pelos robôs, são mais do que o suficiente para jogar luz sobre uma ameaça real à qualidade do debate público no Brasil e, consequentemente, do processo político e social definidor dos próximos anos”, destaca a pesquisa.

O estudo aponta que perfis comandados por robôs chegaram a ser responsáveis por mais de 10% das interações no Twitter nas eleições presidenciais de 2014. Durante protestos pelo impeachment da então presidenta da República Dilma Rousseff, as ações dessas contas falsas foram responsáveis por 20% das interações dos apoiadores dela, que usavam significativamente esse tipo de mecanismo. Um outro exemplo analisado mostra que quase 20% das interações no debate entre os usuários favoráveis a Aécio Neves no segundo turno das eleições de 2014 foram motivadas por robôs.

No entanto, segundo a pesquisa, não é possível afirmar que os grupos políticos ou candidatos beneficiados pelas mensagens sejam, de fato, seus mentores. "Ao identificarmos robôs operando para um campo, porém não queremos dizer que os atores políticos e públicos ali situados sejam responsáveis diretos pelos robôs a seu favor. Diversos grupos de interesse podem estar fazendo uso desse tipo de recurso de disseminação de informações".

Para o pesquisador da DAPP/FGV Amaro Grassi, ainda não é possível afirmar que a ação dos perfis falsos seria decisiva em uma eleição. No entanto, o uso desse tipo de ferramenta pode aumentar artificialmente a impressão de que determinada candidatura ou programa político possui mais apoio popular do que realmente tem.

“Qual que é o objetivo desse tipo de ação? É inflar um determinado posicionamento por interesses que podem ser os mais diversos. Pode ser um interesse por um assunto específico, pode ser o interesse por um um partido ou por uma narrativa”, explica.

Grassi ressalta que a ação dos robôs, por sua natureza, acaba degradando os debates políticos, transformando as discussões na web em embates extremados, sem espaço para a construção de consensos. “Por definição, não vai ser uma mensagem aberta ao diálogo, porque ela é uma mensagem propagada por um robô. Então, isso naturalmente se encaixa no contexto de mensagens que são mensagens de propaganda, mensagens mais afirmativas, que são de posicionamentos mais rígidos”.

"Em termos de impacto, o que a gente consegue perceber com bastante clareza é que eles favorecem a polarização. O tipo de mensagem que eles [robôs] difundem acaba favorecendo posições mais radiciais, e dificultando um debate mais sereno em torno das questões que estão colocadas em cada momento".

A pesquisa destaca ainda que a identificação dos "mentores" dos robôs passou a ter uma importância ainda maior, já que os perfis falsos, cada vez mais, conseguem replicar o padrão humano com mais precisão. Dessa forma, um usuário comum das redes sociais tende a ter mais dificuldade em saber se está lendo ou compartilhando um conteúdo artificial, ou escrito por uma pessoa de verdade. “Isso tem de ser incorporado no repertório de controle dos órgãos responsáveis pela eleição, pelos tribunais regionais e pelo Tribunal Superior Eleitoral. Tem que estar atentos a esse tipo de ação, pode ter uma interferência decisiva no processo eleitoral”, ressalta o pesquisador.

O estudo chama atenção também para o fato de que há robôs que operam no exterior e disseminam mensagens em território nacional. “Isso inclusive enseja a reflexão de manipulação não só interna, mas também para além dos campos políticos nacionais, sugerindo a hipótese da possibilidade de até mesmo outros atores, estranhos ao quadro nacional, operarem nas redes esses mecanismos”, alerta.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando