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Nesta terça-feira (14), a Netflix divulgou o primeiro trailer de “Persuasão”, nova adaptação da obra de Jane Austen, protagonizada por Dakota Johnson, que estreia em 15 de julho.

A trama acompanha a história Anne Elliot (Johnson), filha de um vaidoso baronês, a jovem se apaixona por Frederick Wentworth (Cosmo Jarvis), um rapaz pobre. A família dela é contra a união e Anne acaba cancelando o casamento. Oito anos depois, Wentworth retorna, agora mais rico, e os dois precisarão lidar com os sentimentos em uma situação embaraçosa de convivência.

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O elenco também conta com Henry Golding (Podres de Ricos), Richard E. Grant, e Nikki Amuka-Bird, com direção de Carrie Cracknell e roteiro de Ron Bass e Alice Winslow.

Persuasão foi o último livro completo escrito por Jane Austen antes da morte da autora, em 1817. 

Esta é a terceira adaptação da obra, a primeira ocorreu em 1995, estrelando Amanda Root; a segunda foi ao ar em 2007 na BBC, com Sally Hawkins no papel principal. 

Confira o vídeo: https://twitter.com/NetflixBrasil/status/1536697290752245762?s=20&t=FNQ8GJTspkOvNXe9fsn09g

Por Maria Eduarda Veloso

Uma ação dos agentes da Polícia Militar (PM) de São Paulo impediu que um jovem de 19 anos cometesse suicídio no município de Santo André, na região metropolitana. Segundo os policiais, o rapaz apresentava quadro de transtorno e ameaçava saltar de uma ponte da ferrovia desativada que ligava a cidade litorânea de Santos a Jundiaí, no interior do estado.

De acordo com a PM, o rapaz adentrou por uma trilha em meio à mata e andou cerca de 1h30 até chegar ao local em que cometeria o suicídio. Ainda segundo os agentes, populares que avistaram a subida do jovem ao terceiro patamar da ferrovia, informaram aos policiais e ao Corpo de Bombeiros do distrito de Paranapiacaba, que foram até o local para tentar evitar a morte e resgatá-lo sem maiores riscos.

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Embora perturbado e encontrado em um local de difícil acesso, o jovem não apresentava resistência ou violência com a aproximação das equipes de resgate. Os policiais então iniciaram uma tentativa de convencimento para que ele não cometesse suicídio. Foi o comandante do 6º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), tenente-coronel Gilson Hélio Jesus dos Santos, quem atendeu ao chamado de reforço dos primeiros agentes e, após ganhar a confiança do rapaz, conseguiu o aconselhar a desistir do atentado contra a vida. "Foi um momento muito emocionante. É gratificante contribuir para o resultado positivo de uma ocorrência salvando uma vida", declarou o tenente-coronel ao site da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP).

Após o resgate, o jovem foi encaminhado a uma unidade médica na cidade de Ribeirão Pires, também na região metropolitana de São Paulo. Depois do atendimento, o rapaz retornou para a casa sob tutela dos pais.

Entre mensagens que pipocam na tela, títulos chamativos e várias outras distrações muitas vezes enganosas, a capacidade de atenção dos internautas encontra constantes obstáculos, um problema que programadores e designers tentam solucionar.

Na internet, o mundo todo se viu exposto à "captologia". Em 1996, o americano B.J. Fogg teorizou sobre a capacidade das tecnologias digitais para influenciar seus usuários. "Não podemos fazer nada, queiramos ou não, sem estar expostos à tecnologia da persuasão", escreveu em 2010 este pesquisador da Universidade de Stanford.

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Os adeptos às tecnologias digitais são alvo diariamente desta "persuasive technology", especialmente nas grandes plataformas: é o caso da rolagem infinita do 'feed' do Facebook, ou da função 'Auto playing' da Netflix e do YouTube, que passa um vídeo atrás do outro de forma automática.

- "Designers éticos" -

"Não é um erro de concepção, isto foi criado e posto em prática com o objetivo de manter o usuário na plataforma", observa Lenaïc Faure. Este designer digital desenvolveu, com o coletivo "Designers éticos", um método para "saber se o design para captar a atenção em um aplicativo é sustentável do ponto de vista ético".

No caso do YouTube, por exemplo, Faure observa que se o fluxo de sugestões for seguido, "há uma espécie de dissonância entre o objetivo inicial do usuário", visualizar um determinado vídeo, "e o que se implementa para tentar mantê-lo na plataforma". Sempre com o objetivo de mostrar publicidades de empresas sócias e conhecer melhor o gosto do usuário.

O designer Harry Brignull qualificou o fenômeno de "dark pattern", que poderia ser traduzido como "padrão obscuro". Trata-se de um modelo de design "meio malvado", explica à AFP, para "fazer com que você faça o que os desenvolvedores querem que você faça".

Brignull cita outro exemplo: com a entrada em vigor do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), os sites têm que pedir o consentimento explícito dos usuários para recuperar seus dados pessoais. "É muito fácil clicar 'OK', mas o que fazer para optar por sair, ou para dizer 'não'?". Até mesmo um especialista como ele precisa de ao menos um minuto para descobrir como rejeitar a opção.

 "Economia da atenção"

E no mundo digital atual, este minuto vale muito dinheiro.

"Economias de escala e efeitos de rede colocaram o controle dessas ferramentas" para captar a atenção "em um número muito pequeno de empresas extremamente poderosas. Essas empresas são movidas pela necessidade de consumir mais e mais atenção disponível para maximizar o lucro", afirmou em abril de 2018 David S.H. Rosenthal, também de Stanford.

Tim Krief, um estudante de engenharia, criou por sua vez uma extensão, Minimal.community, para bloquear as sugestões "nocivas" no YouTube, Facebook, Amazon e, em menor medida, no Twitter e no Google. Livre e "Open Source", a extensão busca "sensibilizar os usuários sobre estas questões", explica este jovem, acrescentando que "não damos importância suficiente a toda esta economia da atenção, porque nos parece invisível".

Isso bastará para lutar contra os gigantes da captação de atenção on-line? "Notarão um pequeno impacto", estima Harry Brignull, mas "será talvez mais difícil ter um impacto sobre as decisões destas mesmas empresas".

Lénaïc Faure observa uma demanda crescente por parte dos consumidores digitais e acredita que seu método poderia contribuir para "reconciliar os usuários com os serviços".

Este tipo de iniciativas "podem ser um caminho para dizer às grandes plataformas que estes designs persuasivos nos incomodam", conclui Tim Krief.

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