Tópicos | Peru

A presidente do Peru, Dina Boluarte, foi agredida neste sábado, 20, durante uma visita oficial à região de Ayacucho, no sul do país andino. Em um evento público, ela teve os cabelos puxados pela viúva de uma das vítimas dos protestos de 2022.

Boluarte havia participado do lançamento da primeira pedra de um projeto para melhorar e expandir o sistema de água potável e esgoto, além de obras de asfaltamento em um vilarejo na província de Huamanga, a cerca de 330 quilômetros a sudeste de Lima.

##RECOMENDA##

O ataque, gravado em vídeo e reproduzido pela mídia local, mostra como uma mulher, posteriormente identificada como Ruth Bárcena, atacou a presidente e puxou seu cabelo enquanto ela jogava doces na multidão.

[@#video#@]

O incidente durou alguns segundos. Após ser afastada pelos agentes de segurança, ela afirmou ser viúva de Leonardo Ancco, um operador de máquinas baleado no peito durante os protestos contra Boluarte em dezembro de 2022.

"Que crime eu cometi, vim pedir justiça para o meu marido", disse ela. "Eles mataram meu marido, vou ficar calma, dando as boas-vindas a ele", reiterou Bárcena, visivelmente indignada.

Ayacucho foi um dos focos de manifestações que pediram a renúncia de Boluarte depois que ela assumiu o lugar do deposto Pedro Castillo e deixou 10 pessoas mortas em confrontos com o exército peruano.

Advogada de 61 anos e primeira mulher a assumir a presidência do Peru, Boluarte tem os índices de aprovação mais baixos em pelo menos duas décadas, especialmente na região sul dos Andes, de maioria indígena, onde Castillo gozava de grande popularidade.

O Tribunal Constitucional do Peru ordenou nesta terça-feira, 5, a liberação imediata do ex-presidente Alberto Fujimori, que encontra-se preso há mais de 15 anos por sua participação intelectual em mortes de ao menos 25 pessoas além de sequestros durante o seu governo (1990-2000).

A instituição deu um prazo de apenas 24 horas para a libertação do ex-presidente do Peru, que tem mais de 80 anos de idade.

##RECOMENDA##

O documento afirma que a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) - de que o Estado peruano deve se abster de libertar Fujimori - "contradiz a execução da sentença constitucional no presente caso" e que há uma "falta de jurisdição".

O advogado de Alberto Fujimori, Elio Riera, disse que a libertação ocorreria nesta quarta-feira, 6, devido a procedimentos administrativos.

Em dezembro de 2007, o ex-presidente foi condenado por primeira vez por haver ordenado que um oficial militar se passasse por promotor público para invadir ilegalmente a casa de Trinidad Becerra, esposa de seu ex-assessor Vladimiro Montesinos, com o intuito de fazer desaparecer um grupo de vídeos que demonstravam como Montesinos subornou dirigentes políticos, empresas privadas e governos locais para se aproximarem do governo federal.

Já em abril de 2009 Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de nove estudantes e um professor em La Cantuta e de 15 pessoas, incluindo uma criança de oito anos, em Barrios Altos. Ele também foi condenado pelos sequestros do jornalista Gustavo Gorriti e do empresário Samuel Dyer em abril de 1992.

Nesse mesmo ano foi condenado por mais um crime: apropriação ilegal de 15 milhões de dólares dos cofres nacionais.

Em 2015 o ex-presidente recebeu sua quarta e quinta condenações, relacionada a crimes de corrupção.

Em 2017, o então presidente Pedro Pablo Kuczynski concedeu a Fujimori um indulto humanitário. Contudo, o perdão presidencial foi posteriormente anulado pela Suprema Corte em 2018. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Após ser demitido pelo Sport no último domingo (19), Enderson Moreira entrou na mira do Sporting Cristal, do Peru. As conversas entre o treinador brasileiro e o clube estariam avançadas para que ele seja o novo comandante, é o que aponta o jornalista Denilson Barrenechea, do “ A Presión”.

O Sporting Cristal perdeu seu treinador, o também brasileiro, Tiago Nunes, que assumiu o Botafogo ainda neste mês.  

##RECOMENDA##

Se a contratação se concretizar, essa será a primeira vez que Enderson comanda um time fora do Brasil. O experiente treinador tem passagens por Santos, Fluminense, Botafogo, Grêmio, Goiás, Bahia, Ceará, Fortaleza, entre outros clubes. 

O influenciador caruaruense Dorgival Netto (@nettoporai) usou as redes sociais para relatar que foi acusado de furto em uma loja durante viagem com amigos em Lima, no Peru. O caso aconteceu na última quinta-feira (28). Na publicação, Netto compartilhou um vídeo em que aparece sendo revistado por uma funcionária do local. De acordo com o influencer, a filha da dona do estabelecimento alegou que o celular havia sumindo. 

Mochilas e sacolas do influenciador e amigos foram abertas e revistadas. "Ainda estou chocado com tudo que aconteceu! Nosso último dia em Lima é hoje e antes de embarcamos para Cusco, decidimos ir comprar souvenirs e umas roupinhas para passeios em Cusco", iniciou Netto.

##RECOMENDA##

No texto, ele afirma que, ao concluirem as compras, foram impedidos pelos seguranças a deixarem o local. "Quando saímos da loja, colocaram os seguranças atrás da gente, nos proibiram de entrar no Uber pra ir embora e aí aconteceu isso do vídeo. Não fizeram isso com mais ninguém, apenas com a gente. E só me faz pensar é xenofobia, porque éramos os únicos que falavam português na loja e o resto era uma família de pessoas que estavam falando inglês, que eles nem questionaram se haviam furtado o celular". 

[@#video#@]

O Peru anunciou que fechará temporariamente para visitas turísticas três setores da cidadela inca de Machu Picchu, em Cusco, por causa do desgaste de seus elementos líticos, informou o Ministério da Cultura nessa quinta-feira (28).

"Determinamos que os setores que estão sendo afetados com o desgaste dos elementos líticos serão fechados momentaneamente" aos visitantes, disse a diretora do ministério em Cusco, Maritza Rosa Candia.

Candia indicou que o alto número de visitantes ocasiona a deterioração dos elementos líticos de três setores emblemáticos da cidadela, por isso é necessário o seu fechamento para manutenção.

À "Llaqta" (cidadela em idioma quíchua) chegam entre 3.600 e 3.800 turistas locais e estrangeiros por dia, segundo o ministério.

A funcionária assinalou que serão fechados os setores Templo do Condor, Intihuatana (uma peça lítica talhada considerada sagrada para os incas) e Templo do Sol, onde eram feitas homenagens e oferendas ao Sol dentro de Machu Picchu.

"O dano é irreversível, temos que proteger nosso patrimônio", destacou a arqueóloga.

O complexo arqueológico situado a 130 quilômetros de Cusco e a 2.438 metros de altitude foi construído no século XV por ordem do inca Pachacútec (1438-1470), e é considerado uma obra-prima da arquitetura e engenharia.

Conhecida como "a cidade perdida dos incas", foi declarada Patrimônio Histórico e Natural da Humanidade pela Unesco em 1981.

Durante um debate sobre fenômenos aéreos não identificados, na Câmara dos Deputados do México, supostos restos mumificados de dois seres extraterrestres foram exibidos pelo ufólogo e jornalista Jaime Maussan. De acordo com o estudioso, os corpos foram encontrados no Peru, na região das Linhas de Nazca, em 2015.

No evento, promovido pelo deputado Sergio Gutiérrez Luna, Maussan afirmou que os supostos corpos são estudados pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e teriam mais de mil anos de idade.

##RECOMENDA##

“São seres não-humanos. Não foram recuperados em naves, mas foram encontrados sepultados e fossilizados”, afirmou Maussan, que afirmou que os restos mortais têm cerca de 60 centímetros e possuem os órgãos internos conservados.

Em suas redes sociais, Maussan escreveu que um diretor do Instituto Científico para Saúde da Marinha do México disse que o DNA encontrado nas criaturas não guardam relação com os de seres humanos. No entanto, ainda não há estudos mais avançados que possam oficializar uma conclusão sobre as suas origens.

[@#galeria#@]

Fernando Diniz continua seu período interino à frente da seleção brasileira com a ideia de transformá-la em um conjunto capaz de dar espetáculo e ganhar. O Brasil fez isso na estreia das Eliminatórias Sul-Americanas diante da Bolívia, com os 5 a 1 em Belém, e agora o técnico encara seu primeiro desafio fora de casa: o duelo com o Peru, em Lima, nesta terça-feira, às 23h (de Brasília).

Diniz não esconde que a sua referência é a seleção da Copa de 1982, que não ganhou aquele Mundial, mas encantou com o futebol-arte do melhor meio-campo do mundo, formado por Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico, sob o comando de Telê Santana.

##RECOMENDA##

"Foi um time que encantou mesmo sem ganhar. Ela marcou, despertou o desejo de muita gente de querer ser jogador e gostar de futebol. Por isso, cumpriu muito bem o seu papel", justificou Diniz, que diz preferir a arte à ciência, embora goste do equilíbrio quando precisa escolher entre razão e emoção. "Não colocando a razão de lado, mas como acho que a vida é mais arte que ciência, no futebol também conseguimos fazer que as coisas aconteçam como a seleção de 82 fez".

O discurso de todos jogadores convocados para os dois primeiros compromissos das Eliminatórias é homogêneo: está sendo prazeroso, segundo eles, o começo do ciclo para a Copa do Mundo de 2026 sob as ordens de um treinador que prioriza o jogo bonito.

"É diferente, é novo... Está dando vontade. A gente acaba de treinar e todo mundo fica com aquele gosto que dá para treinar mais 15, 20 minutos. Todos estão gostando e a expectativa é a melhor possível e a gente esperar continuar da mesma maneira", resumiu Bruno Guimarães, um dos que já havia trabalhado com o técnico. No caso do meio-campista, titular contra a Bolívia, foi no Athletico-PR.

"Quem conhece o Diniz sabe a forma especial com que ele vê o futebol. Ele enxerga o futebol de uma maneira diferente, é um cara diferenciado", disse, exaltando o chefe.

Alijado da Copa do Catar, Matheus Cunha foi um dos que ganhou espaço com Diniz. Numa convocação de poucas caras novas, o atacante do Wolverhampton voltou a figurar entre os selecionados, ainda que seja reserva. "Por chegar onde chegamos, a gente tem dentro da gente um senso de aprendizado forte, todo mundo quer aprender. Quando vem com algo tão novo, inovador, desperta a curiosidade de querer assimilar", diz ele sobre o trabalho do treinador contratado interinamente até Carlo Ancelotti chegar.

Como Diniz, Cunha crê que a seleção atual pode emular a de 1982. "Eu não fui a fundo sobre o quanto foi bonito e marcante ter uma seleção de tantos craques (em 1982), mas eu acho que a gente pode ser tudo isso o que ele (Diniz) fala".

O jogo de mobilidade, dinâmico, sem posições guardadas, agrada de zagueiros a atacantes. Um dos líderes do elenco, Marquinhos está contente com as ideias do novo técnico na equipe, em esquema de enorme intensidade, no qual "todos os jogadores participam" e é possível ver, por exemplo, zagueiro de lateral e lateral fazendo a função de meia, flutuando entre linhas.

"É uma coisa interessante, é prazeroso, pois todos participam e sabemos o quanto é importante cada posição. Meia, volantes, terão a mesma concentração e responsabilidade de um defensor. E tudo isso será muito importante para o crescimento coletivo", acredita o defensor do PSG.

O grande craque dessa geração continua sendo Neymar, mais encantado pelas ideias de Diniz. Diante da Bolívia, o camisa 10 fez dois gols, passou Pelé na artilharia histórica da seleção (nas contas da CBF), deu assistência, dribles, quase marcou um gol de placa e mostrou estar à vontade sendo treinado por um profissional que "gosta de reinventar o futebol" e rejeita "fazer as mesmas coisas", nas palavras do craque do Al-Hilal.

"Foi um começo de um futuro brilhante que ele vai ter aqui na seleção e onde ele estiver", resumiu o técnico sobre o maior astro do grupo. Diniz vai repetir a escalação que goleou os bolivianos. Nem mesmo Richarlison, que destoou do resto do grupo, com gols perdidos, será retirado do time titular.

O Peru estreou com empate sem gols com o Paraguai fora de casa. O time do técnico Juan Reynoso, substituto de Ricardo Gareca, faz sua estreia em casa na competição. O time peruano ganhou apenas uma vez nos últimos cinco jogos.

Marquinhos foi um dos capitães da seleção brasileira sob a direção de Tite. Com Fernando Diniz, a tarja ficou com Casemiro na estreia das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 - 5 a 1 na Bolívia, sexta-feira. Um dos líderes do elenco, o defensor projetou um duro duelo de visita ao Peru nesta terça-feira, em Lima, mas celebrou as ideias do novo técnico na equipe, em esquema de enorme intensidade, no qual "todos os jogadores participam."

"O Diniz tem uma filosofia estabelecida de muita mobilidade e ao lado dele na seleção consegui enxergar bem as ideias", afirmou o jogador do Paris Saint-Germain, surpreso com o novo comandante. "Por vezes você verá zagueiro de lateral, um lateral como meia, flutuando entre linhas, um time de muita movimentação, mas nunca estaremos desprotegidos. É muita mobilidade para chamar atenção ao que quer e trazendo (o jogo) ao nosso objetivo. Ainda não me testou em outras posições, mas todos teremos de se acostumar com isso", afirmou.

##RECOMENDA##

Sem querer desprezar o esquema do antecessor Tite, ao qual também elogiou, Marquinhos se mostrou bastante feliz com o início da nova trajetória da seleção brasileira rumo a mais uma Copa do Mundo.

"(O esquema de Diniz) É uma coisa interessante, prazeroso, pois todos participam e sabemos o quanto é importante cada posição. Meia, volantes, terão a mesma concentração e responsabilidade de um defensor. E tudo isso será muito importante para o crescimento coletivo."

Questionado se as mudanças impostas por Diniz podem ser a fórmula de sucesso para o Brasil findar com e jejum em Copas, Marquinhos focou no politicamente correto para evitar uma empolgação geral que pode atrapalhar neste novo ciclo.

"Não existe apenas uma fórmula para o sucesso. São muitas filosofias sendo campeãs, times que se dão bem dentro de campo, times com jogadores que nem se gostam, nem se olham, mas que lutam pelo mesmo objetivo... Aqui, tínhamos um ambiente maravilhoso, a gente focou, fizemos o melhor e por detalhes perdemos uma Copa do Mundo. Futebol é mágico, encantador, por essa surpresa e por não ter uma fórmula de sucesso", disse.

E foi além: "Muitas pessoas com dificuldade tiveram sucesso e outras com vida melhor também. Eu falo pelo que acredito, e para mim é trabalho, detalhes. Com a sorte não podemos contar. O que temos de fazer é minimizar erros com trabalho e concentração, e ter boa preparação para chegar bem e fazer o melhor. O resto é coisa divina lá de cima."

Mesmo com o Brasil se dando melhor nos últimos jogos com o Peru, Marquinhos pregou pelo respeito e cautela. "Brasil x Peru virou uma rivalidade grande nos últimos anos, jogos muitos disputados, difíceis e algumas vezes o resultado não traduziu o real jogo. O Peru vem crescendo com uma geração que sempre deu dificuldade para a gente nos jogos, com Paolo (Guerrero) fazendo parte dessa geração. O conheço desde o Corinthians e sei de sua grandeza. E agora, com a experiência, está ainda melhor. O sucesso passa pelo grande jogador que ele é."

A seleção brasileira desembarcou em Lima, no Peru, no final da noite de sábado, após golear a Bolívia por 5 a 1, em Belém, no primeiro jogo das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. Muitos torcedores foram à porta do hotel onde a delegação está hospedada e conseguiram receber no máximo alguns acenos dos atletas e do técnico Fernando Diniz, devido ao forte esquema de segurança montado pela CBF.

Neymar, como de costume, foi um dos jogadores mais celebrados, ainda mais depois de marcar dois gols contra a Bolívia e ultrapassar Pelé como maior artilheiro da seleção brasileira, segundo as contas da Fifa. São 79 gols para o jogador do Al-Hial e 77 para o Rei do Futebol. Para a CBF, contudo, Pelé tem 95 gols, pois a entidade brasileira considera jogos contra clubes, combinados e seleções estaduais. Já a Fifa contabiliza apenas gols marcados contra seleções.

##RECOMENDA##

O Brasil vai enfrentar a seleção peruana, às 23 horas de Brasília (21 horas no horário local), terça-feira. Antes disso, Fernando Diniz comanda dois treinamentos, um no Estádio Alejandro Villanueva, do Alianza Lima, durante a tarde deste domingo, e outro no Estádio Nacional de Peru, na tarde de domingo.

A equipe comandada por Diniz vai encontrar um Peru em reconstrução após não conseguir vaga na Copa do Mundo de 2022, no Catar. Após o fracasso em levar a seleção peruana ao Mundial, o técnico Ricardo Gareca foi demitido em agosto do ano passado e substituído por Juan Reynoso, que viu o time empatar sem gols com o Paraguai em seu primeiro compromisso pelas Eliminatórias, na quinta-feira.

Um grupo de arqueólogos japoneses e peruanos descobriu o túmulo de um sacerdote com 3.000 anos de idade junto a oferendas de cerâmica em um sítio arqueológico no norte do Peru.

"Descobrimos recentemente o túmulo de uma figura de 3.000 anos de idade no sítio arqueológico de Pacopampa", na região de Cajamarca (900 quilômetros ao norte de Lima), disse à AFP o arqueólogo Juan Pablo Villanueva, no sábado (26).

##RECOMENDA##

"O contexto funerário está intacto. Ele é um dos primeiros sacerdotes dos Andes a ter uma série de oferendas", acrescentou o pesquisador.

O corpo, colocado em posição estendida com os membros inferiores semiflexionados, é orientado de sul para norte.

No lado esquerdo do túmulo, foram depositadas pequenas tigelas esféricas de cerâmica, uma espátula de osso esculpido e outras oferendas.

Também foram encontrados dois selos, um com desenhos de uma face antropomórfica e outro com o rosto de um jaguar.

O corpo e as oferendas foram cobertos propositalmente por pelo menos seis camadas de cinzas e terra, além de um buraco circular de três metros de diâmetro e um metro de profundidade.

- Líderes poderosos -

"A descoberta é super importante porque é um dos primeiros sacerdotes a começar a controlar os templos nos Andes do norte do país", disse à AFP o arqueólogo japonês Yuji Seki, que trabalha neste sítio há 18 anos.

Os pesquisadores estimam que o sacerdote viveu por volta do ano 1.000 a.C.

"Temos que corrigir a nossa ideia" porque já "apareceram líderes poderosos nos Andes", disse ele.

Em setembro de 2022, o mesmo grupo de arqueólogos descobriu o túmulo do "Sacerdote dos Pututos", com mais de 3.000 anos, juntamente com instrumentos musicais feitos de conchas.

Os pututos ou pututus são conchas que os habitantes do Peru antigo faziam soar como trombetas.

O sítio arqueológico de Pacopampa, localizado a 2.500 metros de altitude, se estende por 1,5 quilômetro e é composto por nove edifícios de pedra esculpida e polida, além de escadas.

No mesmo local também foram encontrados outros túmulos, como o da 'Dama de Pacopampa', em 2009, e os dos dois 'Sacerdotes da Serpente Jaguar', em 2015. Estima-se que datam de cerca de 700 a 600 a.C.

Arqueólogos do Museu de Etnologia do Japão e da Universidad Mayor de San Marcos, no Peru, participam das pesquisas em Pacopampa.

O surto de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) que atinge o Peru, onde quatro pessoas morreram por conta da doença este ano e outras 31 seguem internadas, não deve afetar o turismo, o comércio e a circulação de pessoas no Brasil, afirmou o Ministério da Saúde em nota técnica desta segunda-feira (10). A pasta diz que com o fato de a SGB não ser transmissível de pessoa para pessoa, o risco de um possível surto no País, como ocorre na nação vizinha, é baixo.

No Peru, os adoecidos pela Síndrome de Guillain-Barré aumentaram em 2023. Neste ano, o país já registrou 182 casos confirmados da doença. Destes, quatro pessoas morreram, 31 estão internados e 147 receberam alta hospitalar. A situação levou o governo local a declarar emergência sanitária por 90 dias, por meio de decreto emitido no último sábado (8).

##RECOMENDA##

"Com relação ao evento de aumento de casos de SGB no Peru e a declaração de emergência pelo governo Peruano, considera-se baixo o risco em nível nacional, considerado principalmente que a doença não é transmissível de pessoa para pessoa, com base nas informações disponíveis. Desta forma, não há risco significativo de restrição de turismo, comércio e/ou circulação de pessoas", disse o Ministério da Saúde em nota técnica.

A avaliação é feita com base em critérios de probabilidade de ocorrência do evento no País, somado aos impactos na saúde humana e sociais, também na capacidade de resposta à doença com base nas informações e evidências disponíveis. A nota foi emitida pelo Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.

Mas não é a primeira vez que os peruanos sofrem com o crescimento de diagnósticos da SGB. Em 2019, o país andino notificou 900 casos para a doença, com uma queda abrupta nos anos seguintes (em 2021e 2022 não foram registrados mais de 225 casos).

A Síndrome de Guillain-Barré pode ocorrer por infecção bacteriana ou viral aguda, que afeta o sistema nervoso periférico. Seus sintomas incluem fraqueza e formigamento nos pés e nas pernas que, posteriormente, se estendem para a parte superior do corpo entre duas quatro semanas. Em casos extremos, a doença pode provocar paralisia. A SGB é, inclusive, a causa mais comum de paralisia flácida no mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se de "distúrbio pelo qual o sistema imunitário do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso periférico". Esses nervos periféricos controlam os músculos do corpo, por isso os sintomas na mobilidade.

Cerca de 75% dos casos de Síndrome de Guillain-Barré são desencadeados por um processo infeccioso. O mais comum se acontece por meio da bactéria Campylobacter jejuni. Agentes etiológicos como os vírus que da Zika, dengue e chikungunya, entre outros, também podem estar associados a casos de SGB. Por essa razão, segundo a OMS, países tropicais, como o Peru e Brasil, têm maiores chances de registrar quantidades elevadas de infectados.

Colaborou Giovanna Castro.

Com brigadas sanitárias que fumigam casa por casa, o Peru busca erradicar o mosquito transmissor da dengue, em uma tentativa de controlar um surto da doença que já deixou 79 mortos e 73.159 infectados neste ano, cifra mais alta desde 2017.

Desde cedo, milhares de moradores do distrito de San Juan de Lurigancho, o mais populoso de Lima, com 1,5 milhão de habitantes, saíram de casa para permitir a fumigação. Segundo o Ministério da Saúde, foram reportados 73.159 casos neste ano, 79 óbitos e 671 internações.

A ministra da Saúde, Rosa Gutiérrez, afirmou que a cifra é a mais alta desde 2017, quando houve 68.290 mil casos e 89 mortos após o fenômeno meteorológico El Niño. “Este novo surto está relacionado a um fator meteorológico”, afirmou a ministra.

Departamentos do norte do Peru e da Amazônia, onde houve chuvas intensas entre fevereiro e abril, são os mais afetados pela doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Os brigadistas usam um inseticida potente à base de fosfatos orgânicos, segundo autoridades sanitárias.

"Nunca se viu assim tão forte. Em quase todos os bairros de Lima se está registrando a doença", destacou Erika Toribio, de 41 anos, que esperava na rua com um bebê enquanto sua casa era desinfetada. "A dengue está matando muita gente. A gente se salvou da covid, agora vem esta doença", comentou a comerciante Leslie Llontop, de 26 anos.

A fumigação também gerou críticas entre alguns médicos. “Nenhuma epidemia de dengue foi controlada com fumigação. Nesta fase, é necessária uma resposta hospitalar e evitar as mortes", ressaltou o médico Juan Celis, presidente da Sociedade Peruana de Doenças Infecciosas e Tropicais, em sua conta no Twitter.

"A situação que enfrentamos é muito grave. O aumento dos casos começou no fim do ano passado e cresce violentamente", declarou o ex-ministro da Saúde Víctor Zamora à rádio RPP.

A dengue foi detectada no Peru pela primeira vez em 1984. Desde então, tornou-se uma doença endêmica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou em abril que esta e outras doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos se propagam muito mais e por uma distância maior sob o efeito das mudanças climáticas.

Segundo a OMS, a dengue é endêmica em 100 países, mas representa uma ameaça para outros 29. O número de casos aumentou exponencialmente nos últimos anos, passando de meio milhão em 2000 para 5,2 milhões em 2019.

Um incêndio registrado no túnel de uma mina de ouro no sul do Peru deixou pelo menos 27 trabalhadores mortos, segundo autoridades locais. As causas do incidente ocorrido na madrugada do sábado (6), em Yanaquihua, no Departamento de Arequipa, estão sendo investigadas. Investigações preliminares indicam que um curto-circuito provocou uma explosão a cerca de 100 metros de profundidade.

A mineradora Yanaquihua informou em comunicado que 175 trabalhadores foram evacuados durante a emergência e que as 27 pessoas que morreram prestavam serviços a uma empreiteira contratada.

##RECOMENDA##

O Ministério Público do Distrito de Arequipa afirmou estar realizando investigações na mina para esclarecer os fatos. Pelo Twitter, a Presidência do Peru expressou solidariedade aos familiares dos mortos. Fonte: Associated Press.

Ao menos 27 trabalhadores morreram em um incêndio numa mina de ouro localizada em uma zona remota da região de Arequipa, sul do Peru, informaram autoridades locais.

O fogo provocou uma das piores tragédias ligadas à mineração no país, maior produtor de ouro da América Latina.

Um curto-circuito provocou o incêndio na mina La Esperanza 1, que operava na localidade de Yanaquihua, departamento de Arequipa, segundo autoridades.

"A informação que temos da delegacia é de 27 mortos no interior da mina”, informou o promotor Giovanni Matos ao canal de TV N.

O incêndio, aparentemente seguido por uma explosão, teria se propagado ontem, mas a polícia só pôde confirmar o número de vítimas hoje. Não há relatos oficiais de sobreviventes, e o número exato de trabalhadores que estavam no local no momento do fogo é desconhecido.

O governo de Dina Boluarte expressou condolências no Twitter. "Os ministérios do Interior e da Defesa trabalham desde o começo dessa tragédia no resgate e traslado dos corpos", informou a presidência.

Socorristas tentavam garantir a segurança do local para retirar os corpos da mina, localizada 2.300 m acima do nível do mar, a cerca de 10 horas de carro da cidade de Arequipa.

O prefeito de Yanaquihua, James Casquino, informou à agência estatal Andina que a maioria dos trabalhadores morreram asfixiados e queimados, e que o curto-circuito foi provocado pela queda de rochas.

As vítimas teriam sido sepultadas a quase 100 m de profundidade em linha reta, de acordo com os meios de comunicação de Arequipa.

A área afetada pelo incêndio é administrada pela'Minera Yanaquihua, empresa de médio porte em operação há 23 anos e que extrai cerca de 15.000 onças de ouro por ano (uma onça equivale a 28,35 gramas), segundo seu site.

A mineração é um dos motores da economia peruana e representa 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo maior produtor de prata, cobre e zinco no planeta e o maior produtor de ouro, zinco, estanho, chumbo e molibdênio da América Latina, segundo dados oficiais.

Trinta e nove pessoas morreram no ano passado em eventos associados à mineração, segundo o Ministério de Minas e Energia peruano.

Peru e Chile avaliam a abertura de um corredor humanitário para que centenas de imigrantes que saíram do território chileno possam chegar em seus países de origem. A decisão é a resposta mais concreta até agora para a crise migratória na fronteira sul do Peru, onde cerca de 200 pessoas estão presas.

A crise foi deflagrada após a decisão da presidente do Peru, Dina Boluarte, de fechar as fronteiras e culpar os imigrantes pelo aumento da criminalidade.

##RECOMENDA##

A decisão pegou muitos de surpresa, a maioria venezuelanos e haitianos que tiveram de deixar o Chile depois que o governo do presidente, Gabriel Boric, também restringiu a permanência de estrangeiros.

Neste sábado, 29, a polícia peruana entrou em confronto com imigrantes que estão sem comida, água e sob intenso frio e sol do deserto na fronteira. Um imigrante venezuelano ficou ferido.

Fonte: AP

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O que era para ser uma simples saudação de ídolos a seus fãs se transformou em enorme confusão nesta segunda-feira entre jogadores da seleção do Peru e a polícia da Espanha. Jogadores foram empurrados por alguns agentes que não queriam que se aproximassem de torcedores e uma confusão geral acabou registrada, com atletas reclamando de terem sido agredidos.

Em Madri para um amistoso com Marrocos no Estádio Metropolitano, do Atlético de Madrid, os jogadores do Peru desceram do ônibus na porta do hotel onde ficariam concentrados e foram apreciar um "bandeiraço" que a torcida fazia para recebê-los.

##RECOMENDA##

Mas os policiais que estavam ali para oferecer uma chegada tranquila e segurança aos jogadores peruanos acabaram causando um gigantesco tumulto. Confundido com torcedor, Yotún foi puxado pelo braço e empurrado com força para traz, não gostou da atitude e revidou, empurrando também. Foi o estopim. Neste momento os guardas espanhóis partiram para cima para tentar arrastar o jogador, como se fossem prendê-lo.

[@#video#@]

Com muitos gritos de revolta dos torcedores e jogadores tentando defender o companheiro e ao mesmo tempo irritados com a postura da polícia espanhola, houve um enorme desentendimento. O capitão Gallese e mais um integrante da comissão técnica impediram que Yotún fosse levado e as trocas de empurrões e de "encaradas" foram grandes. O goleiro chegou a ser puxado pela camisa.

[@#podcast#@]

"Queremos cumprimentar nossa torcida e eles começaram a nos socar", reclamou o goleiro Gallese. O atacante Varella foi um dos jogadores atingidos pelos policiais. Muitos gritos pediam tranquilidade e informavam que se tratavam dos jogadores. A torcida chegou a cantar contra os agressores, mas a própria delegação do peru tratou de tranquilizar as coisas.

O prefeito de Trujillo, quarta cidade mais populosa do Peru, está no centro de uma polêmica. Arturo Fernández Bazán decidiu colocar uma estátua em formato de pênis na sede da prefeitura. Segundo o mandatário, a obra é uma homenagem à a civilização mochica, que viveu na região antes da colonização espanhola.

Essa não é a primeira vez que Arturo se indispõe com a população por conta de obras fálicas. Em 2022, quando era gestor de Moche, distrito que integra Trujillo, ele instalou estátua também da cultura mochica com um pênis de mais de um metro. Segundo ele, a ideia era promover o turismo da região.

##RECOMENDA##

Reprodução

Agora, uma escultura semelhante foi colocada na prefeitura de Trujillo. A atitude do prefeito rendeu muitas críticas de religiosos, oposicionistas e da imprensa local. Em sua defesa, o político argumenta que a estátua gigante é apenas uma reprodução de peça da civilização mochica, conhecida pela produção de cerâmica e pela forma livre com que tratavam o sexo.

Ao menos 15 pessoas morreram e 12 mil ficaram desabrigadas após um deslizamento de terra na região de Arequipa, no sul do Peru, nesta segunda-feira (6). As informações são do Indeci, órgão de defesa civil do país. A área mais afetada foi Nicolás Valcárcel, na cidade de Camaná, que sofreu com fortes chuvas e enchentes no domingo (5).

Ainda de acordo com o Indeci, 20 pessoas ficaram feridas, duas estão desaparecidas e outras 310 foram diretamente afetadas pelo desastre natural. O governador de Arequipa, Rohel Sánchez, alertou que o número de mortos pode aumentar, especialmente nas regiões de Miski, Secocha, Urasqui e San Martín, que possuem mineradoras. "Há uma grande probabilidade de ter pessoas mortas nos túneis", afirma Sánchez.

##RECOMENDA##

Por causa do deslizamento, as autoridades de Arequipa solicitaram que o governo declarasse estado de emergência no local. A Presidência do Conselho de Ministros se ofereceu para unir diferentes áreas do governo para atender às exigências da emergência, que inclui helicópteros para voos humanitários e maquinaria pesada para limpar os escombros e combustíveis, conforme explicou Sánchez.

Um relatório da defesa civil do Peru destacou ainda que Yauyos, em Lima, também registrou deslizamentos de terra no domingo, que danificaram 99 casas e deixaram 265 pessoas desabrigadas. (Com agências internacionais).

O Papa Francisco pediu, neste domingo (22), para rezar pelo fim dos "atos de violência no Peru", que vive uma profunda crise política devido aos protestos contra o governo, que já deixaram 46 mortos.

"Peço-lhes que rezem para que cessem os atos de violência no Peru", disse o pontífice, após a oração do Angelus na Praça de São Pedro, em no Vaticano.

"Me uno aos bispos peruanos para dizer: 'Não à violência, venha ela de onde vier, chega de mortes'", afirmou o Papa, pronunciando a última parte em espanhol.

A onda de protestos para exigir a renúncia da presidente peruana, Dina Boluarte, começou no início de dezembro e já deixou 46 mortos, obrigando o governo a impor estado de emergência em algumas regiões.

Os distúrbios tiveram início após após a destituição e detenção do presidente de esquerda Pedro Castillo, em 7 de dezembro. Ele foi acusado de tentar um golpe de Estado, ao querer dissolver o Congresso, controlado pela direita, que estava a ponto de destituí-lo do poder por suspeita de corrupção.

"Encorajo todas as partes envolvidas a embarcar no caminho do diálogo entre irmãos da mesma nação, no pleno respeito pelos direitos humanos e pelo Estado de direito", disse o papa.

Novos enfrentamentos em regiões do Norte e do Sul do Peru foram registrados, nesta sexta-feira (20), em meio a novas manifestações em Lima contra a presidente Dina Boluarte, que não dão trégua apesar das 45 mortes ocorridas desde o início da onda de protestos em dezembro.

Os choques se concentraram nas regiões de La Libertad (Norte), Arequipa e Puno (Sul), com bloqueios de estradas e batalhas campais entre os manifestantes, que atiravam pedras com estilingues, e a polícia, que respondia com gás lacrimogênio.

Na região de Puno, uma turba queimou a delegacia do distrito de Zepita e incendiou um posto alfandegário em Desguadero, na fronteira com a Bolívia, informou a televisão local.

Em Arequipa, a segunda maior cidade do país, dezenas de moradores tentaram, pelo segundo dia consecutivo, invadir a pista de pouso do aeroporto, que está fechado e protegido pelas forças de segurança desde a quinta-feira.

Já na capital Lima, milhares de manifestantes desfilaram pela tarde entoando palavras de ordem em alto e bom som: "Dina assassina!" e "Esta democracia não é uma democracia! Dina o povo lhe repudia!"

Com uma bandeira Yunguyo - povo das margens do lago Titicaca na fronteira com a Bolívia - nas costas e usando um chapéu de palha branco, Olga Mamani, de 50 anos, afirmava: "Queremos a renúncia de Dina. Se ela não renunciar, o povo não ficará em paz".

"A folha de coca nos dá força para esta luta que começamos, queremos que Dina renuncie e que se feche o Congresso [...] vamos ficar aqui até as últimas consequências", disse Antonio Huamán, um camponês de 45 anos que veio de Andahuaylas, epicentro das manifestações em dezembro.

O governo declarou na quinta-feira o estado de emergência em sete das 25 regiões do país - incluindo a capital e áreas do Norte e do Sul do país - até meados de fevereiro, habilitando assim a intervenção militar junto à polícia para controlar a ordem pública.

Os distúrbios já somam 45 mortes - 44 civis e um policial - desde o dia 7 de dezembro, após a destituição e detenção do presidente de esquerda e de origem indígena Pedro Castillo, acusado de tentar um golpe de Estado ao querer dissolver o Congresso - controlado pela direita - que estava a ponto de destitui-lo do poder por suspeita de corrupção.

Castillo foi substituído por Boluarte, sua vice-presidente, mas ela é vista como "traidora" pelos manifestantes.

- Turistas ilhados em Machu Picchu

Em Cusco, o serviço de trens à cidadela inca de Machu Picchu, a principal atração turística do país, continuou interrompido nesta sexta por causa dos protestos, enquanto o aeroporto de Cusco retomou suas operações.

A suspensão dos trens a Machu Picchu deixou pelos menos 300 turistas estrangeiros e locais ilhados na localidade de Aguas Calientes, que fica no sopé da montanha onde foi erguida a famosa cidadela inca.

"Não temos certeza de que um trem virá nos buscar. Como podem ver, todos os turistas aqui estão fazendo fila, recolhendo assinaturas e se registrando" para que possam ser evacuados, disse à AFP o chileno Alem López.

- 'A luta continua' -

Os organizadores garantem que as mobilizações não vão acabar até que haja a renúncia da presidenta Boluarte.

"A luta vai continuar em todas as regiões até conseguirmos a renúncia de Boluarte e os outros pontos da agenda, como a realização de eleições este ano e o referendo para a [Assembleia] Constituinte", declarou à AFP o secretário-geral da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), Gerónimo López.

Na noite de ontem, Boluarte voltou a pedir calma em uma mensagem transmitida pela televisão estatal.

"Às irmãs e aos irmãos que sim querem trabalhar em paz, que sim querem levar renda para seus lares para sustentar suas famílias, lhes digo, e também aos que estão provocando estes atos de protesto, aos que se deslocaram das províncias para a capital, não vou me cansar de chamá-los para o bom diálogo", disse.

Mas suas palavras chegam a ouvidos surdos. "Este governo não nos representa, é ilegítimo para o povo aimara, por isso viemos aqui para fazer nossa voz de protesto ser ouvida", disse à AFP Ricardo Mamani, de 47 anos, que participou das marchas em Lima.

"Viajamos por 42 horas desde a região de Puno, estamos exigindo de uma vez por todas que esta senhora [Dina Boluarte] saia do caminho para que o povo esteja em paz", acrescentou.

Mamani, que estava vestido de preto em sinal de luto pelos mortos nas manifestações, instou as organizações de direitos humanos internacionais a intervir. "Não sentimos a presença do direito internacional. Não há quem nos defenda", clamou, indignado.

A crise também reflete a imensa lacuna que existe entre a capital e as províncias pobres que apoiam Castillo, cujos habitantes viam sua eleição como uma forma de revanche contra o poder de Lima.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando