Tópicos | Pinacoteca

No próximo sábado (29), acontece a estreia da exposição “Marta Minujín: Ao Vivo”, na Pinacoteca Luz, em São Paulo (SP). A mostra reúne mais de 100 obras da artista argentina Marta Minujín e ficará em cartaz até o ano que vem.

A exibição começa pelo conjunto de colchões, que inaugura o statement criativo de Minujín nos anos 1960. O trabalho é o resultado do interesse da artista em tentar aproximar a arte das dinâmicas da vida, se apropriando de materiais industriais. O público pode conferir a galeria de tramas e colhões multicoloridos, além de visitar a Galeria Blanda [Galeria Mole] – instalação de 1973, feita com 200 colchões, recriada para a mostra da Pinacoteca. Formando um “cubo branco”, a  antigaleria convida as pessoas a descansar ou brincar. 

##RECOMENDA##

Na terceira sala, há a instalação histórica “El Batacazo”, também recriada especialmente para a Pinacoteca, 58 anos depois da apresentação no Instituto Di Tella de Buenos Aires, em 1965. Na época, quatro tipos de ícones midiáticos conduziam o visitante pela instalação, que passava por jogadores de rúgbi, subia escadas para encontrar playboys e cosmonautas, e descia um escorregador para cair no rosto da atriz italiana Virna Lisi. Na Pinacoteca, os jogadores são agora futebolistas do Brasil e da Argentina. 

“A exposição celebra a potência com que toda essa trajetória não só espelha mas também intensifica  as formas de vida. ‘Ao vivo’ é uma expressão que sinaliza vivacidade, presença de corpo, e de maneira  ainda mais direta, denota um recurso de comunicação urgente no vocabulário da mídia de massa,  plataforma discursiva e tecnológica que sempre atraiu a artista. Seja nas transmissões de rádio e TV na década de 1960 ou em seu canal de Instagram hoje, Marta cria arte como um pretexto para ela própria e para todas as pessoas poderem expressar-se com energia e liberdade”, explica a curadora Ana Maria Maia.

Já, a quarta sala expositiva concentra a pesquisa sobre o fenômeno social da comunicação e seu potencial disseminador. No contexto político de 1970, a  proliferação de ditaduras militares pela América Latina levou a práticas artísticas voltadas para a conscientização de uma realidade sociopolítica e para um projeto de integração entre os países da região. O trabalho mais emblemático da artista nesse sentido foi “Comunicando con tierra” (1976), remontado para esta exposição. 

A quinta sala é voltada para trabalhos que usam frutas e vegetais nativos para representar recursos definidores de uma identidade nacional. A sexta sala é ocupada pela obra “El obelisco acostado”. O final é marcado pela videoinstalação “Implosión!” (2021).

Ingressos

O preço vai de R$15 a 30 reais. Com entrada gratuita aos sábados. O ingresso dá acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado. Confira no link.

Quem é Marta Minujín? 

Nascida em Buenos Aires, em 1943, Marta Minujín alcançou grande consagração na Argentina e internacionalmente. Ao longo da carreira, ela tornou-se embaixadora do movimento pop na Argentina. Embora tenha se identificado com o rótulo, sua produção possui um caráter multidisciplinar, combinando aspectos da arte pop com o happening e a arte conceitual.

Serviço - Marta Minujín: Ao Vivo

Data: 29 de julho de 2023 até 28 de janeiro 2024

Horário: Quarta a segunda, das 10h às 18h (Entrada até 17h). Quinta-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 20h)

Local: Pinacoteca de São Paulo

Endereço: Praça da Luz, número 2 - Luz, São Paulo/SP

Ingressos online

A Pinacoteca de São Paulo inaugurou nesse sábado (1º) a exposição Enciclopédia negra. Pela primeira vez, a exposição torna pública as 103 obras realizadas por artistas contemporâneos para um livro homônimo de autoria dos pesquisadores Flávio Gomes e Lilia M. Schwarcz e do artista Jaime Lauriano, publicado em março de 2021 pela Companhia das Letras.

A mostra é um desdobramento da publicação e está conectada à nova apresentação da coleção do museu, que se apoia em questionamentos contemporâneos e reflete narrativas mais inclusivas e diversas.

##RECOMENDA##

No livro, estão reunidas as biografias de mais de 550 personalidades negras, em 416 verbetes individuais e coletivos. Muitos desses personagens tiveram as suas imagens e histórias de vida apagadas ou nunca registradas. Para interromper essa invisibilidade, 36 artistas contemporâneos foram convidados a produzir retratos dos biografados. 

São eles: Amilton Santos, Antonio Obá, Andressa Monique, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Bruno Baptistelli, Castiel Vitorino, Dalton Paula, Daniel Lima, Desali, Elian Almeida, Hariel Revignet, Heloisa Hariadne, Igi Ayedun, Jackeline Romio, Jaime Lauriano, Juliana dos Santos, Kerolayne Kemblim, Kika Carvalho, Lidia Lisboa, Marcelo D’Salete, Mariana Rodrigues, Micaela Cyrino,Michel Cena, Moisés Patricio, Mônica Ventura, Mulambö, Nadia Taquary, Nathalia Ferreira, Oga Mendonça, Panmela Castro, Rebeca Carapiá, Renata Felinto, Rodrigo Bueno, Sonia Gomes e Tiago Sant’Ana.

A exposição Enciclopédia negra apresenta todos os 103 trabalhos inéditos, sendo que alguns deles já fizeram parte do caderno de imagens do livro. As obras, especialmente produzidas para o projeto, foram doadas ao museu pelos artistas e integrarão a coleção da Pinacoteca de São Paulo, criando uma importante intervenção no que diz respeito à busca por maior representatividade.

A mostra da Pinacoteca está dividida em seis núcleos temáticos: Rebeldes; Personagens atlânticos; Protagonistas negras; Artes e ofícios; Projetos de liberdade; e Religiosidades e ancestralidades. Esses núcleos misturam biografias de tempos históricos diversos, nas quais ressaltam aspectos em comum. Há registros de quem liderou movimentos de resistência; negociou condições de emprego e de vida; das mulheres que tiveram de ser separadas de seus filhos; das que, com seu trabalho, conseguiram comprar as alforrias; dos mestres curandeiros, dos professores, advogados, artistas, entre outros.

“As obras separadas nesses núcleos permitem ver como histórias vividas em diferentes momentos da história recente do Brasil têm afinidades, mostram como as lutas e as condições de vida desses personagens negros persistem. É muito bonito como a organização da exposição deixa isso mais evidente”, destacou a curadora da Pinacoteca de São Paulo, Ana Maria Maia.

Ela ressalta o ineditismo das obras. “São 103 obras que chegam com a Enciclopédia, que são doadas ao museu e estão sendo exibidas pela primeira vez. Elas saem dos ateliês dos artistas e podem ser vistas pelo público pela primeira vez, antes de seguir para outros locais. A gente deseja muito que o projeto Enciclopédia negra saia da Pinacoteca no ano que vem e viaje para outros lugares”, diz Ana Maria. 

Encontro com a coleção na Pinacoteca 

Além dos núcleos temáticos, Enciclopédia negra se integra à nova apresentação da coleção da Pinacoteca. O visitante poderá conferir dez obras em cartaz na exposição Pinacoteca: Acervo, que dialogam com as questões abordadas na mostra temporária. Isso ocorre em obras de nomes como Arthur Timóteo da Costa e Heitor dos Prazeres, fundamentais para o repertório da Enciclopédia.

Para as salas da mostra temporária também foram deslocadas três obras que já eram do acervo: Estudos para imolação, de Sidney Amaral; uma obra sem título, do Mestre Didi; e Objeto Emblemático 4, de Rubem Valentim. Há ainda o caso de Baiana, famosa pintura com autoria desconhecida, do Museu Paulista da Universidade de São Paulo em comodato com a Pinacoteca.

Revisar narrativas consolidadas na história social e institucional, no que se refere à representatividade de gênero e raça, tem sido uma das principais missões da Pinacoteca atualmente. Na nova apresentação do acervo, por exemplo, o número de obras de artistas negros mais do que triplicou se comparado com a exposição anterior. Antes eram sete e agora são 26. A chegada da Enciclopédia negra gera grande aporte nesse processo, que passará de 26 para 129 obras.

Na maior cidade do Brasil, alguns equipamentos culturais frequentados por paulistanos e turistas anunciaram a suspensão das atividades. Museus como o Masp e a Pinacoteca do Estado, na região central de São Paulo, ficarão com as portas fechadas por tempo indeterminado. As unidades do Sesc também anunciaram o cancelamento das manifestações culturais em todo o estado de São Paulo a partir desta terça-feira (17).

Na Pinacoteca, a exposição "Osgemeos: Segredos", programada para estrear no próximo dia 28 de março, está cancelada. Em nota, a administração do museu informa que vai anunciar ao público uma nova data para a inauguração da exibição. Já o Masp ficará fechado para visitação por tempo indeterminado e as exposições “Hélio Oiticica: a dança na minha experiência”, “Trisha Brown: coreografar a vida” e “Sala de vídeo: Babette Mangolte”, que abririam na próxima sexta-feira (20), serão adiadas e remarcadas quando o museu retomar o funcionamento normal.

##RECOMENDA##

As atividades culturais das unidades do Serviço Social do Comércio também serão suspensas. Entretanto, em comunicado à imprensa, a instituição informou que manterá os cursos e que os tratamentos odontológicos em andamento na organização serão mantidos.

Neste final de semana, a Pinacoteca de São Paulo recebe a 10ª edição do Festival do Café. A bebida é uma das preferidas dos brasileiros, além de ser considerada um convite à interação social. Por isso, o evento promete trazer diversas experiências relacionadas a cafés especiais e a apreciadores e profissionais do setor.

O evento reúne oficinas com temáticas voltadas ao café, como diferentes modos de preparo, workshops com baristas, além de espaço para torrefadores e produtores de café especial. Uma praça de alimentação dará destaque à gastronomia harmonizada, com opções de pratos artesanais, como chocolates e bolos que serão apresentados com as melhores combinações de café.

##RECOMENDA##

"Nós brasileiros temos memória afetiva com o café. Ele faz parte de nossa história. A ideia é de que as pessoas possam reunir a família ou os amigos para passar um dia imerso nessa atmosfera, com conteúdo variados e experiências deliciosas junto aos cafés especiais", comenta um dos idealizadores do festival, Leonardo Lanzetta.

Entre as novidades da edição estão joias e cosméticos feitos à base de café, como sabonetes e cremes, velas e pinturas produzidas a partir da borra. Além disso, o público encontrará doces gourmet feitos com grãos, e drinks, cervejas e caipirinhas à base de café.

Serviço

Festival do Café

Quando: 9 e 10 de novembro, das 10h às 18h

Onde: Pinacoteca de São Paulo - Praça da Luz, 2, São Paulo - SP

Entrada gratuita

Neste sábado (26) e domingo (27), a Pinacoteca de São Paulo, recebe a 3ª edição do Manual na Pina. O evento terá diversos trabalhos artesanais, oficinas gratuitas, apresentação de artistas da música autoral e atividades para as crianças.

Ao todo serão 80 pequenos empreendedores de trabalhos manuais, como artesões que trabalham com moda, casa e design, beleza, bem-estar, acessórios, artigos infantis, artes e gastronomia. O evento também terá um empório e praça de alimentação com opções diversas de restaurantes, docerias e bebidas artesanais.

##RECOMENDA##

Entre as atrações musicais, no sábado, às 13h, o grupo Discotiki se apresenta junto à harpista Sole Yaya, em um show especial para o evento. Para quem gosta de dançar, às 16h, o projeto Xaxim, promete transformar o evento em uma pista de dança.

Já no domingo, às 13h, a artista Cris Barulins apresenta um show voltado para os pequenos, e às 15h30, a plataforma C de Cultura realiza uma homenagem a Daniel Reverendo, músico, poeta e mestre da cultura popular afro-brasileira.

Durante os dois dias de festa, as crianças poderão participar das atividades com a Kombi dos Sonhos. Além de oficinas oferecidas para todas as idades, como a de aquarela, a sobre abelhas nativas sem ferrão, e a de instrumentos musicais, entre outras. Todas elas possuem limite de vagas.

Serviço

Manual na Pina

Quando: 26 e 27 de outubro, das 10h às 18h

Onde: Pinacoteca - Praça da Luz, 2, São Paulo - SP

No dia 11 de setembro, a Pinacoteca de São Paulo apresenta o show da Jazz Band Ball, que faz parte da "Série Goodyear Jazz na Pina". Neste dia, o museu estenderá o horário de visitação até às 21h para que o público também possa visitar as exposições em cartaz. O evento é gratuito.

A Jazz Band Ball foi fundada há mais de 30 anos pelo contrabaixista José Carlos de Araújo e pelo baterista Paulinho de Lima. O grupo busca preservar e divulgar o jazz autêntico e os músicos pioneiros, como Louis Armstrong, Fats Waller e Duke Ellington.

##RECOMENDA##

A banda também reúne os músicos Ciddy Jr (banjo e guitarra), Renato Daud (piano), Mascos Miller (trompete), Gabriel Moreira (saxofone tenor/alto, clarinete e flauta transversal) e Alexandre Arruda (trombone).

A apresentação tem capacidade máxima para 300 pessoas e a distribuição de senhas será 30 minutos antes do início do show.

Serviço

"Série Goddyear Jazz na Pina" apresenta Jazz Band Ball

Quando: 11 de setembro, às 19h30

Onde: Pinacoteca de São Paulo - Praça da Luz, 2, São Paulo - SP

Informações: (11) 3324-1000 e www.pinacoteca.org.br

 

A Pinacoteca de São Paulo realiza neste domingo (12), a partir das 11h, mais uma edição do "PinaFamília". Atividade é destinada a grupos familiares de todas as idades e acontece todo segundo domingo do mês.

Durante o evento, os visitantes serão conduzidas a uma viagem pelo acervo do museu. O objetivo é desenvolver atividades educativas para os grupos, estimulando a convivência deste público no museu. Durante o evento, os visitantes terão atividades com jogos e propostas lúdicas, além de uma visita guiada, com material didático para estimular a visita autônoma das famílias às exposições do acervo.

##RECOMENDA##

No mesmo dia, o local exibe o espetáculo "PinaCanção", uma história cantada entre pinturas. Na narrativa, dois personagens se encontram na Pinacoteca e, em meio às canções, descobrem juntos tons, texturas e escalas do mundo da pintura. A apresentação acontece às 15h, no auditório da Pinacoteca.

Serviço

PinaFamília

Quando: domingo, 12 de maio, das 11h às 15h

Onde: Pinacoteca - Praça da Luz, 2, Luz, São Paulo - SP

Entrada gratuita

A exposição "Sopro", do artista plástico Ernesto Neto, tem encantado turistas e visitantes da Pinacoteca do Estado, no bairro da Luz, em São Paulo. Com curadoria de Jochen Volz e Valeria Piccoli, as obras interativas permitem ações diretas do público em vários ângulos de observação.

Em seu trabalho, Neto mostra uma particularidade de sua herança neoconcreta e faz com que os espectadores convivam, reflitam e mergulhem no universo de sua obra.

##RECOMENDA##

Na inédita "Cura Bra Cura Té", o artista reverencia a mãe indígena e a mãe africana, ambas violentadas e retiradas de suas terras pela terceira matriz que compõe a origem do povo brasileiro: a europeia. A obra convida o visitador a participar de rituais musicais, a explorar o ambiente com especiarias, como açafrão e urucum, que espalham seus aromas por todo o andar. Já em "Copulônia", uma das artes mais inspiradoras da mostra, Neto utiliza poliamida e círculos de chumbo para trazer a ideia de família, corpo coletivo e convivência simbiótica.

A obra inédita "Cura Bra Cura Té" | Foto: Divulgação / Pinacoteca

Frequentador e vizinho da Pinacoteca, pois mora no bairro do Bom Retiro, Amós Lee conta que, apesar da proximidade, tomou conhecimento da exposição por meio de sua namorada, a designer Priscila Yoo. "Ainda não conhecia o trabalho do artista e estou gostando bastante, pois as obras são feitas a mão. É possível sentir um pouco da natureza, ver as crianças brincando nas obras. E o preço acessível do ingresso também facilita."

O casal Priscila Yoo e Amós Lee interage com uma das obras na Pinacoteca | Foto: Alex Dinarte / LeiaJá SP

A paraense Andrea Bonna, que mora em São Paulo há 18 meses, já conhecia a Pinacoteca e levou a prima, Valéria Vieira, que mora no Rio de Janeiro, para conhecer o trabalho de Neto. "Uma amiga arquiteta visitou e gostou muito, então sabia que devia vir conhecer o espaço quando estivesse por aqui", conta. "O fato de poder interagir com as instalações é o que mais me chamou atenção na exposição, pois acho interessante poder tocar e sentir o material que também propõe a interação com os demais visitantes da exposição", complementa.

Serviço

Sopro - de Ernesto Neto

Pinacoteca - Praça da Luz, em São Paulo

Ingressos: R$ 10 (entrada) e R$ 5 (meia-entrada para estudantes com carteirinha)

Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento

Aos sábados, a entrada da Pina é gratuita para todos

Informações: www.pinacoteca.org.br

Confira cinco museus para visitar no fim de semana. Os ambientes unem cultura e natureza em diferentes regiões de São Paulo.

Na Pinacoteca fica o Parque da Luz, que foi originalmente criado como horto botânico, em 1825. A área possui diversas espécies de arvores, espelho d’água, gruta com cascata e aquário subterrâneo.

##RECOMENDA##

A Casa das Rosas tem um jardim com bancos para os visitantes aproveitarem a área verde repleta de roseiras em torno da Avenida Paulista. Lá é possível encontrar cursos, oficinas, exposições e eventos como a Virada da Poesia.

Já o Catavento Cultural oferece mais de 250 instalações (voltadas à ciência e tecnologia) para as crianças e adultos se divertirem. Entre elas está o Borboletário Catavento, que possui algumas espécies de borboletas e mais de 20 tipos de plantas para cada espécie em seu jardim.

O Museu da Casa Brasileira possui mais de 6.600 m² de área verde e abriga um jardim para quem deseja ficar mais próximo da natureza em Pinheiros, na Zona Sul da cidade.

Para fechar a lista, o Museu Afro Brasil no Parque Ibirapuera tem em seu acervo mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, produzidos entre o século 18 e os dias atuais.

Serviço

Pinacoteca

Endereço: Praça da Luz, 02 - Luz.

De quarta-feira a segunda-feira, das 10h às 17h30.

O valor do ingresso é R$ 6, sendo R$ 3 a meia-entrada para estudantes com carteirinha. Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento.

Casa das Rosas

Endereço: Avenida Paulista, 37 - Paraíso.

De terça-feira a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 10h às 18h.

Catavento Cultural

Endereço: Avenida Mercúrio, s/n - Parque Dom Pedro II, Brás.

De terça-feira a domingo, das 9h às 17h.

O valor do ingresso é R$ 10, sendo R$ 5 a meia-entrada para crianças de 4 a 12 anos, aposentados e idosos, estudantes com carteirinha e pessoas com defiência.

Museu da Casa Brasileira

Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.705 - Pinheiros.

De terça a domingo, das 10h às 18h. Gratuito aos sábados, domingos e feriados.

O valor do ingresso é R$ 10, sendo R$ 5 a meia-entrada. Maiores de 60 anos e crianças até 10 anos têm entrada gratuita.

Museu Afro Brasil

Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, Portão 10, s/n - Parque Ibirapuera.

De terça-feira a domingo, das 10h às 17h.

O valor do ingresso é R$ 6, sendo R$ 3 a meia-entrada. Aos sábados a entrada é gratuita.

Já está em cartaz a exposição “No Subúrbio da Modernidade – Di Cavalcante 120 anos”, na Pinacoteca de São Paulo, na capital paulista. A amostra vai celebrar os 120 anos de um dos mais importantes artistas do modernismo brasileiro, Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976).

Entre pinturas, desenhos e ilustrações serão exibidas mais de 200 obras, realizadas ao longo de quase seis décadas de carreira e que hoje pertencem a algumas das mais importantes coleções públicas e particulares do Brasil e de outros países da América Latina, como Uruguai e Argentina.

##RECOMENDA##

Obras icônicas e outras pouco vistas estarão distribuídas em sete salas do primeiro andar da Pinacoteca, sob a curadoria de José Augusto Ribeiro. Segundo o pesquisador, a exposição pretende investigar como o artista desenvolve e tenta fixar uma ideia de “arte moderna e brasileira”, além de chamar a atenção para a condição e o sentimento de atraso do Brasil em relação à modernidade europeia no começo do século XX. “Ao mesmo tempo, o título se refere aos lugares que o artista costumava figurar nas suas pinturas e desenhos: os bordeis, os bares, a zona portuária, o mangue, os morros cariocas, as rodas de samba e as festas populares. Lugares e situações que, na obra do Di, são representados como espaços de prazer e descanso”, explica Ribeiro.

Além da atuação pública de Di Cavalcanti como pintor, a mostra destacará também aspectos menos conhecidos de sua trajetória, como as ilustrações e charges para revistas, livros e até mesmo capas de discos. Também será abordada sua condição de mobilizador cultural e correligionário do Partido Comunista do Brasil (PCB). “Esse engajamento reforça o desejo de transformar o movimento moderno em uma espécie de projeto nacional”, completa Ribeiro.

A exposição fica no primeiro andar da Pinacoteca. A visitação é aberta de quarta a segunda-feira, das 10h às 17h30, com permanência até às 18h. Os ingressos custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Crianças com menos de 10 anos e adultos com mais de 60 não pagam. Aos sábados, a entrada é gratuita para todos os visitantes. A Pina fica próxima à estação Luz da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A mostra e ficará em cartaz até dia 22 de janeiro de 2018. Para outras informações acesse: http://pinacoteca.org.br/

A Pinacoteca de São Paulo, localizada no bairro da Luz, recebe, até o dia 05 de junho, a exposição sobre a história da gravura no Brasil “Imagens para uma nação”. A exposição resgata o período de introdução e desenvolvimento das técnicas gráficas no país e aponta os seus desdobramentos ao longo do século XIX.

São cerca de 100 obras distribuídas no segundo andar do edifício. Em uma das salas da exposição estão as primeiras iniciativas de gravura do período colonial, a implantação oficial da imprensa em 1808, a produção dos primeiros gravadores luso-brasileiros e algumas técnicas gráficas desenvolvidas no Império.

##RECOMENDA##

“Neste período, a imagem gravada destaca-se mais por sua função utilitária que por suas intenções artísticas. Com o fim da censura prévia, em 1821, ocorre a valorização dos aspectos artísticos das estampas e dos gravadores, permitindo que a gravura deixasse de ser prioritariamente um objeto a serviço do Estado e se aproximasse cada vez mais das Belas Artes, tornando-se um privilegiado instrumento de cultura”, explica a curadora Francis Melvin Lee.

A mostra também apresenta publicações como livros, periódicos e catálogos que utilizavam a gravura para a reprodução de obras de artes.

“Imagens para uma nação” está no segundo andar da Pinacoteca. De quarta a segunda-feira, das 10h às 17h30, e o ingresso custa R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Aos sábados, a entrada é gratuita para todos os visitantes e crianças com menos de 10 anos e adultos com mais de 60 anos não pagam. Para mais informações, acesse o site.

A Pinacoteca de São Paulo recebe a partir do dia quatro de março uma instalação da artista curitibana Eliane Prolik. A mostra foi adquirida pelos integrantes do Programa Patronos da Arte Contemporânea, projeto pioneiro fundado pela Pinacoteca em 2012, e já foi exposta em Londrina e Curitiba.

 

##RECOMENDA##

“Pra que”, nome da instalação, é formada por 45 placas de alumínio com pintura eletrostática que ficam suspensas na parede e possuem palavras em relevo branco.

“Essa obra explora o potencial de confronto entre a palavra e a imagem. Será a oportunidade apresentá-la pela primeira vez na Pinacoteca e no Estado e de propor um diálogo com as demais obras expostas na Pinacoteca neste período”, explica a curadora Valeria Piccoli.

Para Eliane Prolik, a obra expressa a experiência urbana dos fluxos do trânsito, do pensamento e formulação de linguagem, além de questionar o sentido das coisas.

“A apreensão da obra se dá para quem se situa diante dela, na possibilidade de formar conjuntos diversos, maiores ou menores, de leituras. Cada placa é um objeto em si, porém aberto a conexões e associações com as demais. Onde estamos e como operamos essas escolhas é relevante para o processo de significação”, explica a artista.

A obra permanece em cartaz até o dia 22 de maio e os ingressos custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Aos sábados a entrada é gratuita para todos os visitantes e crianças com menos de dez anos e adultos com mais de 60 anos não pagam. 

 

Por Sarah Abrão

O atual diretor técnico da Pinacoteca do Estado, Ivo Mesquita, negou que sua saída do cargo, que será ocupado pelo professor e crítico Tadeu Chiarelli a partir de fevereiro, tenha sido provocada por uma decisão do conselho administrativo da instituição, presidido pelo colecionador e banqueiro José Olympio Pereira. "Coloquei meu cargo à disposição, após a reforma que instituiu o cargo de superintendente, para seguir novos caminhos como curador", disse. "Isso não tem nada a ver com uma intransigência minha em diminuir o orçamento do museu para o próximo ano, como chegou a ser veiculado", concluiu Mesquita, que tem ainda dois projetos curatoriais vinculados à Pinacoteca, entre eles uma mostra com o acervo da Fundação Helga de Alvear, uma das mais sólidas instituições espanholas, e do artista cubano Carlos Garaicoa.

Mesquita trabalha há 12 anos na Pinacoteca. Assumiu primeiro o cargo de curador do octógono, de 2003 a 2006, depois o de curador-chefe e, desde 2012, é o diretor técnico da instituição, quando substituiu o atual secretário de Estado da Cultura, Marcelo Mattos Araújo. Com a sua saída, o novo cargo de superintendente será ocupado por Chiarelli, que vai contar com a assistência do diretor financeiro Marcelo Dantas, em substituição a Miguel Gutierrez, que assumiu o mesmo cargo no Museu de Arte de São Paulo (Masp). O diretor de relações institucionais permanece o mesmo, Paulo Vicelli.

##RECOMENDA##

Durante a gestão de Mesquita, foram realizadas importantes mostras internacionais, entre elas das de Giacometti (2012), William Kentridge (2013) e, mais recentemente, a da artista brasileira de origem suíça Mira Schendel, que veio da Tate Modern de Londres. Com a instituição inglesa, a Pinacoteca firmou um acordo nas áreas técnica, educacional e expositiva. Para 2016, está prevista, segundo Mesquita, uma grande mostra da inglesa Bridget Riley, pioneira da op art londrina com grande reputação entre os críticos. Ainda este ano, a partir de 20 de novembro, o público paulistano poderá ver a mostra do escultor australiano Ron Mueck, que atraiu milhares de visitantes ao MAM do Rio. Entre as obras estão três esculturas recentes e inéditas (Mueck trabalha o corpo humano em grandes dimensões).

Para trazer exposições como essa, entre as 20 que realiza por ano, a Pinacoteca necessita uma verba superior aos R$ 35 milhões do seu orçamento anual, parte dele (R$ 12 milhões) destinado às mostras. A estrutura da instituição cresceu durante a gestão de Marcelo Araújo, atual secretário de Estado da Cultura, de quem Ivo Mesquita foi o braço direito durante os dez anos (de 2002 a 2012) em que Araújo esteve à frente dela. Foi justamente em 2002 que a gestão do museu foi transferida para a Associação Pinacoteca Arte e Cultura (Apac), cujo conselho de administração está a cargo do colecionador José Olympio Pereira. Ele agradeceu a contribuição de Mesquita por esses 12 anos na Pinacoteca, afirmando que "sua marca ficará registrada na história deste museu".

O professor Tadeu Chiarelli, atual presidente do Conselho de Orientação Artística da Pinacoteca, órgão consultivo da Secretaria de Cultura do Estado, garantiu que vai dar continuidade aos projetos de exposição desenvolvidos durante a gestão de Mesquita, entre os quais estão incluídas retrospectivas de Nelson Felix, Nuno Ramos e José Resende. Chiarelli, que deixou este ano a direção do Museu de Arte Contemporânea (MAC), diz estar contente pela oportunidade de trabalhar com antigos colaboradores e orientados, hoje funcionários da Pinacoteca.

O novo superintendente ainda não comunicou sua decisão de aceitar o cargo na Pinacoteca à Universidade de São Paulo (USP), onde é professor. "Isso não significa abandonar a universidade", garantiu, definindo como "irrecusável" o convite feito pela Apac, com apoio do secretário Marcelo Araújo. Chiarelli tem larga experiência como diretor de museus. Esteve à frente do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) de 1996 a 2000 e do Museu de Arte Contemporânea da (MAC/USP) entre 2010 e 2014. "Ainda estou sob o efeito da saída do MAC, que foi uma experiência intensa e muito trabalhosa", admitiu Chiarelli.

Está em exposição na Pinacoteca do Estado uma obra icônica entre as quase 300 na retrospectiva aberta quinta-feira, 24, dedicada à artista Mira Schendel (1919- 1988), suíça naturalizada brasileira. Na tela, Now That I’m Back, um óleo pintado em 1964, os elementos simbólicos que representam a volta do herói Aquiles ao campo de batalha, na Ilíada de Homero, servem, de alguma forma, de testamento visual da relação que a artista manteve a vida toda com a palavra. Ela conduz grande parte das séries selecionadas pela curadora inglesa Tanya Barson, da Tate Modern de Londres, onde a mostra foi exibida no ano passado com grande sucesso de público, seguindo depois para a Fundação Serralves do Porto.

Acrescida de algumas obras pertencentes a colecionadores brasileiros, a retrospectiva, que tem também como curadora Taisa Palhares, da Pinacoteca, cobre 34 anos de produção da artista, desde as naturezas-mortas de matriz morandiana, pintadas quando Mira saiu de Porto Alegre, em 1953, aos trabalhos em acrílica e têmpera sobre madeira da série Sarrafos (1987), que retoma questões presentes em trabalhos mais antigos, inclusive na referida tela que evoca o épico Ilíada.

##RECOMENDA##

Em Now That I’m Back, uma seta cruza de forma perpendicular o portal pelo qual devem passar as rodas da carruagem de Aquiles, arrastando o corpo de Heitor como vingança por ter matado seu amigo Pátroclo. Da mesma forma que Aquiles passa da contenção à cólera no épico de Homero, o sarrafo negro que sai da têmpera branca na série Sarrafos funciona como uma espécie de indicador vetorial que sugere tanto uma rota de passagem suave como uma queda violenta no espaço do indiferenciado, projetado para fora do plano pictórico.

Mira fez esses Sarrafos um ano antes de morrer. É ao mesmo tempo um anúncio fúnebre e a expressão de uma vivência no limite do caótico. Ela, que nos últimos 15 anos de vida adotou as teorias do fenomenólogo alemão Hermann Schmitz como referência, fez da série Sarrafos a síntese de uma carreira em que uma simples reta se transforma em escultura ou um círculo resume sua representação do tempo. O trapézio formado pelas três linhas de Now That I’m Back antecipou em 20 anos as questões formais dos Sarrafos, mas já revela, em 1964, suas preocupações de ordem religiosa. Afinal, na Ilíada, Heitor e Aquiles são antípodas, representando, respectivamente, o crente em Deus e o descrente colérico, direcionado pela razão, não pela fé. Mira viveu a vida inteira esse dilema.

Filha de judeus, ela foi batizada pela mãe e educada num internato católico de Milão. Os valores cristãos guiaram sua educação - e ela não abjurou totalmente essa formação. Ao se estabelecer no Brasil, Mira ficou amiga dos dominicanos, dos poetas concretos (Haroldo de Campos), de cientistas (Mario Schenberg), filósofos (Vilém Flusser) e teóricos do neoconcretismo (o psicanalista Theon Spanudis). Mira queria interpretar visualmente tudo o que discutia em conversas com seus amigos intelectuais. Fez, inclusive, uma tradução visual do Gesang der Jünglinge (Cântico dos Jovens, 1955/56)) de Stockhausen, que está na mostra. De alguma maneira, a complexidade do espaço musical na peça do compositor alemão, primeira obra-prima da música eletrônica, é reduzida a uma frase, Preist der Herrnn (Bendizei o Senhor) nessa têmpera sobre juta de 1963, em que Mira esboça um poema concreto com as palavras kalter (frio), starrer (rígido) e winter (inverno) e escreve Senhor com minúscula (hernn). Não é preciso ir muito longe para deduzir como a notável ausência do Criador invisível está presente nessa obra. Mira, aliás, queria realizar um filme mudo com uma tela inteiramente branca em que, no final, seriam ouvidos sinos ao longe. O máximo que conseguiu foi colaborar com o alemão Robert Darral na produção de um outro filme sobre seus Cadernos, que estão na mostra.

A curadora Tanya Barson manuseia um deles e recomenda uma atenção especial a esses cadernos, mais de 200, produzidos de 1971 em diante, que constituem peças de investigação formal sem palavras, distantes da verborragia que domina suas obras em acrílico ou suas monotipias. Nessas últimas, o movimento da palavra escrita sobre o papel japonês pode evocar tanto um turbilhão alfabético cabalístico como funcionar como elemento gráfico. A retrospectiva presta particular atenção às monotipias, mas praticamente todas as séries de Mira estão representadas.

Relações

A curadora organizou a mostra de maneira que o espectador possa estabelecer relações entre esses trabalhos. "Partimos das naturezas-mortas dos anos 1950, que ainda conservam ligação com o passado italiano de Mira, passamos pelo esboço de uma pintura mais arquitetônica até chegar à abstração geométrica", observa Tanya Barson, estabelecendo conexões entre trabalhos mais antigos da artista, entre eles uma têmpera de 1954, em que um cubo salta da superfície da tela, e os "sarrafos" de 1987. "A dela é uma obra de caráter cíclico, em que questões filosóficas vão e voltam", resume.

Um cavalo se mistura a um dragão em uma xilogravura criada em 1949 pelo artista Marcelo Grassmann - tratava-se de uma espécie de prelúdio das figuras mitológicas e fantásticas que depois povoariam e se tornariam a marca inconfundível da obra de um dos mais importantes mestres da gravura brasileira, morto em junho do ano passado. O privilégio de acompanhar através de uma linha cronológica não apenas a "criação de um imaginário", como "a construção da imagem" no trabalho de um criador se faz presente na mostra Marcelo Grassmann: Gravuras do Acervo da Pinacoteca, inaugurada no último sábado, 15, na Estação Pinacoteca. É um exercício fascinante - e pode-se dizer, até didático - para o espectador.

A exposição, com curadoria de Carlos Martins, apresenta uma seleção de 85 gravuras de Grassmann (1925-2013) das 387 obras do artista que o governo do Estado de São Paulo adquiriu em 1969 para o museu. A compra tornou-se importante não apenas pela quantidade de peças - exatamente 102 xilogravuras, 127 gravuras em metal, 102 litografias e 56 provas de estado -, mas por abarcar o percurso criativo do gravador entre 1944 e 69 (praticamente toda sua produção do período, ele próprio afirmou). "Quis dar ênfase à aquisição do conjunto", diz o curador.

##RECOMENDA##

Segundo ele, Renina Katz é outra criadora muito bem representada na coleção de gravuras da Pinacoteca do Estado, com 806 peças (entretanto, doadas à instituição).

Gravador autodidata, reconhecido, especialmente, por sua obra em metal, Marcelo Grassmann iniciou sua experiência gráfica com a xilogravura. Como se vê na exposição, na qual Carlos Martins agrupou conjuntos temáticos em linha cronológica, o início da produção do artista é marcado pelo expressionismo. "Os primeiros trabalhos dos anos 1940 são resultado das marcas de goivas que desbastam a madeira com liberdade e veemência", define o curador.

Zeloso

Mas o gravador estritamente figurativo, que ficou também conhecido por ser um desenhista primoroso, já tinha naquela época uma preocupação em "buscar mais precisão nos traços e composições mais elaboradas", afirma Martins. A "linha mais precisa" é criada com experimentações com o buril, e percebe-se ainda, no fim da década de 40, a aparição nas obras em matriz de madeira dos primeiros passos do imaginário fantástico de um "zeloso investigador dos mistérios e sombras que habitam a alma humana". A introspecção expressionista vai aos poucos ganhando o dado "romântico" na obra de Grassmann, que tem como uma das questões recorrentes a do "ideal do herói".

Mesmo em se tratando da produção de um artista tão consagrado, é possível descobrir, em uma pesquisa única como esta mostra, informações novas sobre sua obra. Como a importância da litografia em seu trabalho. O ápice dessa experiência técnica ocorre, de fato, em 1954, em Viena, período representado na exposição por oito gravuras. Surgem nelas, por exemplo, o fundo sombrio que depois predominariam, assim como "elementos para imprimir ao seu imaginário um diferencial marcante, com figuras diabólicas, animais horripilantes, composições intrincadas", descreve o curador. "Daí em diante, ele só faz gravuras em metal, cria uma linguagem sofisticadíssima", define ainda Carlos Martins. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo - Integrante, desde 2007, do Núcleo de Pesquisa em Crítica e História da Arte da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Valeria Piccoli foi anunciada nova curadora-chefe do museu. Ela substituiu Ivo Mesquita, que se tornou, em abril, diretor técnico da Pinacoteca.

As mudanças foram alavancadas pela posse recente do ex-diretor executivo da instituição, Marcelo Mattos Araujo, como secretário de Estado da Cultura. Com doutorado pela FAU-USP, Valeria tem sua carreira centrada em pesquisas sobre arte brasileira nos séculos 19 e 20. Entre outras atividades, foi curadora na Coleção Brasiliana/Fundação Estudar, que está hoje no acervo da Pinacoteca.

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na entrada da exposição Sentir pra Ver, os visitantes podem vendar os olhos para apreciar melhor as obras. Pensada especialmente para deficientes visuais, a mostra está aberta na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no centro da capital, até 15 de julho. São 14 reproduções fotográficas de pinturas do museu, acompanhadas, cada uma, de uma réplica em alto relevo e uma versão da obra em três dimensões.

Abrangendo a arte brasileira do fim do século 19 a meados do século 20, as pinturas passam por diferentes temáticas, como paisagens, abstração, retrato e natureza morta. Todas com representações detalhistas. É possível, por exemplo, passar os dedos sobre os pelos da escova do engraxate de Saudade de Nápoles, de Bertha Worms, ou sobre as ondas do mar de Marinha, de Almeida Júnior.

##RECOMENDA##

A possibilidade de sentir as feições da Dama de Chapéu, retratada por Gino Bruno, encantou a estudante de pedagogia Caroline Medeiros. “Eu senti a expressão dela. Dá a impressão que ela está pensativa e eu senti aquilo. Com um quadro, você acaba não sentindo isso tão forte”, contou a estudante que levou as duas filhas para conhecer a exposição. “Eu vi na televisão e me interessei muito pelo fato de elas poderem tocar nas obras”, ressaltou.

Após passear vendada pelas obras, Diana, a filha mais velha de Caroline, que tem 8 anos, disse que não é fácil entender as paisagens apenas tocando com as mãos. “Às vezes, eu botava a mão e pensava que era um armário, mas era uma casa”, contou.

A empresária Karina Martins também gostou muito da possibilidade de sentir as diferentes nuances dos quadros da mostra. “Você pode sentir os objetos, não só ver, ver o que está pintado. As cores também estão representadas em forma de textura”, destacou.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando