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Quando as plantas são submetidas a algum tipo de estresse, elas emitem sons em uma frequência que os humanos não conseguem ouvir, mas são semelhantes ao estouro de plástico bolha. Ele pode ser detectado a mais de um metro de distância e seu volume é semelhante ao de uma conversa normal. Um estudo da Universidade de Tel Aviv publicado na revista Cell estudou esses sons em plantas de tomate e tabaco "estressadas", seja devido à falta de água ou porque um caule foi cortado.

A frequência desses sons é muito alta para nossos ouvidos captarem, mas existem animais e plantas que "podem ouvi-los, então há uma chance de haver muita interação acústica acontecendo", disse o coordenador do estudo Lilach Hadany, da Universidade de Tel Aviv, em Israel.

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Embora vibrações ultrassônicas já tenham sido registradas em plantas, esta é a primeira evidência de que elas são transmitidas pelo ar, fato que as torna mais relevantes para outros organismos do ambiente, explica a publicação.

As plantas interagem com insetos e outros animais, muitos dos quais usam o som para se comunicar, "então seria altamente inadequado para as plantas não usar som algum", disse Hadany.

A equipe agora está estudando as respostas de outros organismos, tanto animais quanto vegetais, a esses sons, e a capacidade de identificar e interpretar sons em ambientes naturais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Nas primeiras semanas de exibição do Big Brother Brasil 22, o público de casa passou a definir quais os participantes estavam em vão no reality show da Globo. Alguns confinados causaram o maior auê entre os telespectadores por não mostrarem as atitudes tão faladas para o jogo. Por isso, o LeiaJá relembra cinco pessoas consideradas plantas que marcaram a história do BBB.

Vyni - BBB 22

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O BBB 22 ainda nem terminou e já tem gente achando a participação de Vyni sem movimentação. Prometendo entregar toda sua disposição de jogador, o cearense não mostrou 1/3 do que falou no vídeo de sua apresentação. Com a saída de Brunna Gonçalves, Vyni já pode assumir o posto de planta desta edição do Big Brother Brasil.

Thaiz - BBB 21

A presença de Thaiz Braz não prendeu muito a atenção dos fãs do Big Brother Brasil. No ano passado, a dentista sempre repercutia nas redes sociais por não saber se expressar durante suas colocações ao vivo. Além disso, a jovem ganhou o título de planta do BBB 21, edição que consagrou Juliette campeã.

Victor Hugo - BBB 20

Quando a Globo exibiu o BBB 20, reunindo pela primeira vez grupos de anônimos e famosos, as pessoas já começaram a sentir que aquela edição tinha um participante planta. Victor Hugo Teixeira chegou a ser denominado com o termo também dentro do próprio reality show, fazendo com que sua imagem a respeito do assunto só se concretizasse aqui fora. Sua participação no programa acabou 'flopando'.

Emanuel - BBB 9

O grande barato da 9ª edição do Big Brother Brasil foi ter duas casas de vidro. A primeira, instalada em um shopping do Rio de Janeiro, reuniu Emanuel e Josy. Ambos escolhidos pelo público, os dois fizeram parte do programa da Globo. Apesar de muita promessa, Emanuel não acabou vingando no reality show. O então estudante de administração acabou sendo o 5º eliminado.

Tamiel - BBB 16

Na edição que teve Ana Paula Renault, o BBB 16 também colecionou participantes que não cativaram o público de casa. Entre eles estava Tamiel. O professor de ecologia acabou deixando a atração na quinta semana, sem ao menos ter mostrado o que de fato queria passar aos telespectadores.

Fotos: Reprodução/Instagram/TV Globo

Um sul-coreano que viajava o mundo roubando centenas de plantas com o objetivo de contrabandeá-las para a Ásia foi preso nos Estados Unidos nesta quinta-feira (20).

Kim Byungsu admitiu a extração de suculentas avaliadas em cerca de US$ 150.000 de parques do norte da Califórnia. O gênero Dudleya é popular no leste da Ásia, onde é usado para decoração.

Kim e seus cúmplices arrancaram milhares de suculentas de parques estaduais em 2018 e as embalaram afirmando que haviam sido compradas legalmente em San Diego, segundo exposto em um tribunal de Los Angeles. O carregamento foi interceptado antes de deixar os Estados Unidos.

Kim foi preso e teve seu passaporte confiscado, mas convenceu o consulado sul-coreano a emitir um novo documento, alegando ter perdido o original. Ele deixou o país, mas foi preso e condenado na África do Sul por cultivar ilegalmente plantas nativas com o objetivo de exportá-las para a Ásia.

Os promotores que extraditaram Kim em 2020 declararam que as ações dele contra a flora da Califórnia não foram incidentes isolados, e que ele teria viajado para os Estados Unidos mais de 50 vezes.

Começa, nesta quarta-feira (22), a Primavera no Hemisfério Sul. É uma estação  caracterizada por temperaturas mais amenas, além das novas flores que desabrocham, até 21 de dezembro, início do verão. 

Porém, a estação mais colorida e perfumada do ano não costuma ser boa para a saúde de algumas pessoas alérgicas. De acordo com dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 22% das crianças que vivem nas regiões centro-sul do país possuem sensibilidade ao pólen de plantas, além de 25% dos adultos, da mesma região, que sofrem com reações semelhantes quando entram em contato com o pólen.

Segundo o médico Franklin Veríssimo, essa pequena substância presente em plantas e flores surge com mais intensidade na primavera e causa problemas no trato respiratório do paciente, que pode realizar exames mais específicos para identificar com mais precisão qual é a gravidade da alergia. Vale lembrar que algumas pessoas são mais predispostas ao problema.

“O corpo se sente atacado pelo pólen, gerando irritação nas vias respiratórias e até vermelhidão nos olhos”, alerta o médico. Veríssimo completa dizendo que alguns pacientes podem apresentar garganta seca, coceira, olhos e nariz irritados e, por consequência, espirros frequentes.

Dentre as recomendações possíveis, o médico cita o uso frequente dos óculos de sol como uma opção de proteção, já que os olhos não ficarão expostos ao pólen no ar, além da atual máscara na face por conta da pandemia, o que acaba trazendo benefícios de prevenção contra o problema, já que o tecido funciona como uma placa protetora. Além disso, o recomenda permanecer em ambientes arejados, e para aqueles que dirigem com frequência, deixar as janelas do carro abertas também pode ser útil. Veríssimo finaliza dizendo que evitar flores em casa e passear em jardins também é uma boa precaução para não sofrer maiores reações alérgicas.

Em isolamento social, as pessoas tendem a sentir falta de sair e do contato com a natureza, por isso, ter plantas em casa e cuidar delas podem ser um alívio e um passatempo que pode facilmente ser incorporado à rotina.

Manter plantas em casa exige cuidados simples que podem ser feitos por qualquer pessoa, sem a necessidade de contratar um profissional. Além do contato com um pouco de natureza dentro de casa, o cultivo de plantas ainda é uma atividade terapêutica, como cita a jornalista Melissa Carmelo, de 30 anos. Ela conta que sempre gostou de plantas, mas a lida e a convivência diária com as plantas vieram para ficar durante a pandemia de Covid-19, em agosto de 2020.

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“Assim como muitos brasileiros, desenvolvi um quadro emocional de ansiedade e pânico, e durante uma sessão de terapia foi que as plantas surgiram como forma de resgate de memórias acolhedoras da infância e como uma atividade segura que me permite a abstenção do momento presente. Acompanhar o desenvolvimento de uma plantinha acaba nos colocando em contato com nossos próprios processos e ideias, além de criar um vinculo de aprendizado e cuidado, o que pra mim foi essencial”, detalhou Melissa, que já havia tentado corte e costura, modelagem, musicoterapia e outras atividades para lidar com a ansiedade.

Melissa, que tem nome da planta, começou com quatro vasos de renda portuguesa (Davallia fejeensis), uma samambaia nativa das ilhas Fiji, de origem da Austrália, e que pode ser cultivada nos mais diferentes ambientes. “Na hora não entendi porque havia escolhido esta plantinha entre tantas. Depois, me recordei. Minha avó Beatriz, a quem sou muito apegada, sempre cultivou a planta e foi a forma inconsciente que encontrei para trazê-la para perto. Quinze dias depois eu já tinha samambaia, diversas begônias, heras, jiboias, azaléias, bromélias, avencas, costelas de adão, lágrima de cristo, primavera... Atualmente tenho umas 20 espécies diferentes e mais de 30 vasos”.

Para a jornalista, além do efeito visual na decoração da casa e terapêutico, o cultivo das plantas se tornou uma forma de troca para fazer o outro feliz. “Na era do compartilhamento, fomos pegos de surpresa por um vírus que nos impede de ir e vir e nos questiona sobre respeito ao próximo, política, planos e escolhas. Descobri que me faz bem poder compartilhar com familiares, amigos e vizinhos, vasinhos ou mudas das minhas próprias plantas como forma de aproximação emocional. E a onda pega. Em meados de março me infectei pelo coronavírus e como forma de amor, minha avó me enviou um vaso com uma muda de avenca que havia sido plantada pelo meu falecido avô anos atrás. Meu coração transbordou de felicidade e serviu como um acalanto durante minha recuperação”.

Melissa afirma que, quando o isolamento social acabar, o passatempo vai ficar: “Pretendo levar para a vida e continuar a usar como forma de atividade terapêutica. Também tenho interesse em me envolver mais em questões do meio ambiente, projetos sociais que protegem o verde. Faz um bem sem igual estar perto da natureza, mesmo que simbolizada em vasos de plantas”.

Já a dona de casa e trader Thaís Doblado Prodomo, de 46 anos, cultiva plantas há 17 anos. “Quando eu morava em apartamento,  comecei cultivando um tipo de suculenta em três vasos na sacada, depois comprei sementes de coléus para outro vaso e plantei três jardineiras com kalanchoes (flor-da-fortuna) floridos. No decorrer dos anos, me tornei colecionadora de suculentas, comprei e ganhei também várias folhagens”.

Quando a quarentena começou, e já morando em uma casa, toda vez que precisava ir ao supermercado ou à loja de construção, Thaís voltava com novas mudas de suculentas. “Mantenho esse costume até hoje, porque o isolamento social me causa muito desconforto e tristeza, e o cultivo de plantas é uma terapia para mim, fazendo com que eu me sinta melhor. Há dez anos eu me mudei para uma casa e atualmente tenho 25 jardineiras médias, 7 vasos grandes e 239 vasos de tamanhos variados, com suculentas, orquídeas, folhagens com e sem flores e um vaso com carnívora drosera, distribuídos na garagem, na sacada da suíte da frente, na cozinha e nos banheiros.

Ela afirma que este é um passatempo que pretende manter por toda a vida. “Além de me servir como terapia contra estresse e depressão, embeleza a minha casa, torna os ambientes aconchegantes, traz alegria e conforto para minha família, além de alegrarem os vizinhos que passam pela minha porta e muitas vezes, ganham mudinhas, que ofereço com muito gosto”.

Para começar a cultivar

Para quem ainda não começou e pretende manter plantas e flores em casa, pode aproveitar este sábado (17), Dia Nacional da Botânica, para iniciar o cultivo. Quem dá as dicas é a Regina Bazani, especialista em plantas e flores ornamentais da MilPlantas (perfil do instagram: @milplantas), uma das maiores referências em plantas e flores ornamentais em São Paulo.

“Iniciei com espécies como cactos e suculentas. Elas podem estar em vasos ou em arranjos plantados. São espécies que precisam de cuidados menos intensos. Você pode também ter filodendros como a jiboia, orquídeas e ir testando lugares da casa, seu tempo para cuidado e se será possível dispor de mais tempo para outras espécies.”

Ela aconselha pesquisar sobre a espécie que se pretende comprar: “primeiro deve-se pesquisar a espécie que você quer ter e quais os cuidados que ela necessita: a rega correta para cada espécie; o adubo que lhe é mais indicado; um lugar iluminado, mas não diretamente no sol. [É importante] o olhar constante nas folhas e caules para ver se existe parasitas. E um segredinho pra saber se está na hora de regar é colocar o dedo na terra, se ele sair sem terra, está seca e deve ser regada”.

Segundo a especialista, para quem mora em casa ou mesmo apartamento, as plantas mais indicadas são:

Cróton - Esta espécie chama a atenção por suas folhas coloridas e grandes. Brilhantes e um pouco retorcidas, elas surgem em tamanhos variados e podem mesclar tons de vermelho, amarelo, verde ou laranja, formando lindas combinações. A folhagem exuberante somente será mantida se a planta receber bastante sol direto. “Por isso, posicione o vaso próximo a uma janela. Dicas importantes: ela não se adapta a locais com ar condicionado; ao manipular a planta, utilize luvas, pois sua seiva pode provocar irritações na pele”, aconselha Regina.

Orquídea - Campeã no uso interno, ela pede poucos cuidados. Uma das espécies mais comuns é a phalaenopsis, cujas flores arredondadas variam entre o branco, o rosa, o amarelo e a púrpura. Por ser bastante delicada, é melhor escorar sua haste em um apoio. “Vale a pena substituir os vasos de plástico pelos de barro, pois são porosos e drenam melhor a água. Deve ser cultivada à meia-sombra, recebendo iluminação indireta. Preste atenção na coloração da folhagem: se estiver escura, mude a orquídea de local”, diz a especialista.

Suculentas - São plantas que apresentam raiz, talo ou folhas engrossadas, característica que permite o armazenamento de água durante períodos prolongados. Bastante fáceis de cuidar, elas costumam “avisar” do que precisam, basta prestar atenção aos detalhes. “Se as folhas começarem a murchar, aumente gradativamente a quantidade de água; se as folhas da base começarem a apodrecer, diminua. Se ela ficar fina e perder muitas folhas, não está recebendo a quantidade necessária de luz. O ideal é proporcionar pelo menos quatro horas diárias de sol para que elas sobrevivam com saúde”.

Lança de São Jorge - É uma das espécies de plantas mais indicadas para cultivo dentro de casa. Além de ser uma planta fácil de cuidar – exige poucas regas e quase nada de adubação – a Lança de São Jorge se desenvolve muito bem em ambientes de baixa luminosidade, sendo ideais para aquele cantinho da sala sem muita luz.

Cacto - Ótima opção para quem não tem tempo ou jeito para cuidar de plantas, a espécie gosta de muitas horas de luminosidade direta e pouca água. Quanto mais sol seu cacto receber, mais robusto e bonito ele ficará. Quando plantado em vasos, ele estaciona seu crescimento ao perceber que o espaço acabou.

Bromélias - Com vários tipos diferentes de flores e folhas, a bromélia pode apresentar as mais variadas cores e complementar a decoração de qualquer ambiente. A luz direta pode queimar suas folhagens, portanto prefira mantê-las na sombra. Lembre-se também de molhá-la a cada dois dias.

Palmeira Ráfia ou Rápis- Esta é uma planta perfeita para ter dentro de apartamento: muito bonita e fácil de cuidar, esse tipo de palmeira é ideal para ser cultivada em salas de estar, por conta do seu tamanho mais avantajado. Deve ser mantida protegida do sol, mas em um ambiente com boa qualidade de luz natural.

Já quem deseja ainda ter uma horta em casa deve iniciar da forma mais simples, aconselha Regina: “comece comprando vasos plantados e deixe na sacada ou em seu quintal. Veja como funciona a dinâmica e aí você pode investir em um espaço para horta plantada em casa ou em vasos, inclusive até com os modelos auto irrigáveis”.

Espécies que devem ficar longe de crianças e animais

Em casas com crianças e animais domésticos, é preciso ter um cuidado especial, já que algumas espécies desencadeiam processos alérgicos ou são venenosas. Conheça algumas espécies que devem ser evitadas:

Antúrio - Todas as partes da planta possuem oxalato de cálcio, cujo princípio ativo oferece riscos a saúde dos animais. Os sintomas são vômitos, diarreia, salivação, asfixia, inchaço da boca, lábios e garganta, e edema de glote (uma reação alérgica tratada com adrenalina).

Azaleia - A adromedotoxina, encontrada principalmente no néctar da planta, ao ser ingerida pelo cachorro pode causar distúrbios digestivos e alterações cardíacas.

Bico-de-papagaio - “Esta planta é perigosa até para nós humanos”, explica Regina. “Quando seu látex leitoso entre em contato com os olhos causa irritação, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e dificuldades na visão”. Mas com os animais domésticos o perigo é ainda maior. “Apenas o toque na planta é suficiente para causar lesões na pele e conjuntivite canina". Em caso de ingestão, pode causar náuseas, vômitos e gastroenterite (inflamação que afeta o estômago e o intestino), adverte a especialista.

Espada-de-São-Jorge - Produz substâncias como glicosídeos prenúncios e saponinas esteroidais, que são tóxicas tanto para humanos quanto para animais. No caso de ingestão, essas plantas podem irritar a mucosa, levando a dificuldade de respiração e de movimentação, além de salivação intensa nos pets.

Lírio - Todas as partes da planta são tóxicas. Após serem tocadas ou ingeridas, os animais podem apresentar irritação oral e coceira na pele ou mucosas, irritação ocular, dificuldade para engolir e respirar, alterações nas funções renais e neurológicas.

Hortênsia - Possui uma princípio ativo chamado hidrangina, que a torna venenosa. Sua ingestão pode causar náuseas, irritação na pele, dor abdominal, letargia e vômitos. “Não é preciso jogar a flor fora, apenas certifique-se de mantê-la fora do alcance de crianças, que podem se atrair pela cor forte e por sua exuberância”, observa Regina.

Tinhorão, Comingo-ninguém-pode e Copo-de-leite - A ingestão delas provocam reações como inchaço de lábios, boca e língua, sensação de queimação, vômitos, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. Em contato com os olhos, elas podem provocar desde irritação até lesão na córnea.

Begônia - Sua ingestão pode provocar irritação na boca, língua e lábios, dificuldade em engolir e sensação intensa de queimadura.

Dama-da-noite - Suas partes tóxicas são os frutos imaturos e suas folhas, que se ingeridos pelos pets podem causar náuseas, vômito, agitação psicomotora, distúrbios comportamentais e alucinações.

Hera - É tóxica por inteira, o seu óleo urushiol irrita principalmente mucosas, causando coceira excessiva, irritação nos olhos, irritação oral, dificuldade de deglutição e até mesmo de respiração.

Mais de 25 mil espécies de plantas, algas e fungos nativos do Brasil são endêmicas, ou seja, só existem naturalmente no país. Isso representa 55% do total das espécies nativas brasileiras, que chegam a 46,9 mil. Os dados são do estudo Flora do Brasil 2020, coordenado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

De acordo com a pesquisa, a Mata Atlântica é o bioma onde existem mais espécies (17.150 ou 36,5% da flora brasileira), seguida pela Amazônia (13.056 ou 27,8% das espécies) e o Cerrado (12.829 ou 27,3%). Com menos biodiversidade, aparecem a Caatinga, com 4.963 espécies (10%), o Pampa, com 2.817 (6%) e o Pantanal, com 1.682 (3,6%).

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Entre as espécies, 32.696 são angiospermas (plantas vasculares que têm frutos, como as palmeiras), 23 são gimnospermans (plantas vasculares que não têm frutos, como os pinheiros), 1.584 são briófitas (ou seja, musgos), 1.380 são samambaias, 6.320 são fungos e 4.972 são algas.

Além das 46,9 mil espécies nativas, ainda foram identificadas 680 espécies exóticas que foram naturalizadas (ou seja, que hoje se espalham naturalmente pelo país) e 2.336 plantas exóticas que são cultivadas.

O estudo é resultado de um compromisso do país com a Estratégia Global para a Preservação de Plantas (GSPC), da Organização das Nações Unidas (ONU), e foi produzido com a ajuda de quase mil cientistas de 25 países. Além da lista com as espécies, o estudo traz a descrição delas, sinônimos, sua condição de endemismo, os biomas, tipos de vegetação e estados onde podem ser encontradas.

Os dados são abertos ao público e estão disponíveis na internet. Segundo a coordenadora do estudo, Rafaela Campostrini Forzza, a plataforma é uma fonte de informação não apenas para botânicos, como também pode auxiliar no planejamento governamental e em estudos de impacto ambiental.

“Uma das coisas que os tomadores de decisão perguntam é: quantas espécies existem no meu estado? Ou quantas espécies tem no bioma? Para você fazer um plano de conservação para o bioma, é importante saber quantas espécies existem, quantas só ocorrem ali. Essas áreas são prioritárias para se criar unidades de conservação?”, pergunta Rafaela.

Segundo a pesquisadora, nos últimos cinco anos, foi descrita uma média de uma espécie por dia no Brasil. Isso mostra que ainda há muitas espécies para serem descobertas ou descritas no país.

A californiana Caelie Wilkes viralizou na internet após narrar sua história de decepção com uma planta. Durante cerca de dois anos ela regou uma 'suculenta', que na verdade era de plástico. "Fiz o meu melhor para mantê-la bem e é completamente de plástico. Como eu não sabia disso? Sinto que esses últimos dois anos foram uma mentira”, relatou a jovem. 

A norte-americana contou que tinha um plano de rega. Todos os dias ela checava a quantidade de luz solar e fazia a limpeza do vazo da suculenta que ficava na janela da sua cozinha. Em fevereiro deste ano, ela resolveu trocar o vaso da planta para um mais bonito, que combinasse sempre com as "perfeitas condições" da suculenta. 

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"Decidi que era hora de mudar. Encontrei o vaso mais fofo que combinava perfeitamente. Fui retirá-la do recipiente de plástico original e soube que esta planta era FALSA", disse. 

Depois de ter publicado o relato, Caelie disse que uma grande empresa varegista se ofereceu para enviar para ela suculentas de verdade. 

A primavera chegou para trazer um período onde as flores ficam mais bonitas, inclusive, no prato. É que a diversidade de espécies ajudam a dar mais elegância e frescor nas saladas e comidas frias, além de ser um alimento ricos em muitos nutrientes.

Segundo a coordenadora do curso de Gastronomia da Univeritas/UNG, Deborah Sisti, flores como alcachofras, couve-flor, brócolis e flor de abobrinha são as mais conhecidas e consumidas no cotidiano das pessoas. Mas, existem também as plantas alimentícias não-convencionais (Pancs), que não costumam fazer parte do dia-a-dia. "Essas flores são cultivadas para esse fim, pois são mais delicadas e sem nenhum agrotóxico. Costumamos usar nas saladas e na decoração dos pratos", explica.

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Entre as flores mais procuradas pelos chefs estão as acácias, dente-de-leão, malmequer, flor de lírio, calêndula e a capuchinha. Durante a primavera, essas flores costumam ter um preço acessível. Porém, como também é uma estação mais quente, é necessário ter cuidado com o manuseio, já que aumenta a probabilidade delas murcharem. "Não são flores que encontramos em feiras e supermercados populares. Geralmente temos que procurar produtores específicos, que as embalam em caixinhas de isopor, por exemplo", orienta Deborah.

As Pancs, assim como os demais vegetais, frutas e legumes, também são fontes de muitos nutrientes e vitaminas. "Elas possuem alto teor de fibras, vitaminas B1, B2 e B6, fósforo, zinco, potássio, magnésio, cobre e compostos fenólicos, que são um grupo de antioxidantes não enzimáticos que combatem os radicais livres", afirma a nutricionista Fernanda Peres Silva Souza.

Mesmo sendo um alimento com muitos benefícios é necessário ter uma dieta balanceada que envolva todos os grupos alimentares. "Se alimentar de um grupo específico de alimentos pode gerar um 'desbalanço' nutricional no organismo, fazendo com que não tenha uma harmonia entre os nutrientes que nosso corpo precisa", conclui Fernanda.

A primavera começa à 4h50 da próxima segunda-feira (23). A estação que combina com o florescer e a diversidade de cores e aromas deve embelezar a paisagem brasiliera nos próximos meses e, para os que gostam de cultivar plantas, será o momento de contemplar o desabrochar das flores.

Por isso, aproveitando a época do ano em que as arvores e os jardins ficam mais cheios de vida, o LeiaJá mostra as cinco flores mais raras do mundo.

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1. Middlemist Vermelha: de origem chinesa, ela foi levada para a Grã-Bretanha em 1804, e lá foi dizimada. Sua aparência lembra uma rosa vermelha com tons mais suaves.

 

2. Vine Jade:  espécie é de origem filipina que está em extinção, pois o seu habitat foi destruído. É connhecida como jade videira ou videira esmeralda e suas hates podem chegar a 18 cm de comprimento.

 

3. Orquídea Fantasma: a flor pode viver no subsolo e brotar do chão inesperadamente. Uma curiosidade é que essa orquídea não faz fotossíntese, ela precisa estar em contato com um fungo para que possa se desenvolver e florescer. É uma flor que pode ser encontrada na Inglaterra.

 

4. Jarro-Titã: da Indonésia, a espécie também conhecida como flor-cadáver, é uma espécie gigantesca considerada uma das maiores do mundo. Quando desabrocha chega a 3 metros de altura e pesa até 75 quilos.

 

5. Chocolate Cosmos: de origem mexicana, a flor original foi extinta a mais de 100 anos, mas foi reinserida na natureza para cultivo após clonagem.

por Thiago Apelbaum

O programa Vai Cair No Enem, produzido pelo LeiaJá, reúne dicas para os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio. Nesta semana, biologia é a disciplina abordada, sob a condução do professor André Luiz.

Botânica é o assunto escolhido pelo educador André Luiz, direto do Parque Dois Irmãos, no Recife. Os candidatos também podem conferir dicas exclusivas no Instagram @vaicairnoenem, por meio de questões, aulas, notícias e muitos outros conteúdos. Confira, a seguir, o programa desta semana:

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--> Confira mais conteúdos no site do Vai Cair No Enem

Teve início nesta quarta-feira (5), nos parques Santana em Casa Forte e Dona Lindu, em Boa Viagem, a 12ª edição do Festival de Flores. Até o dia 16 de dezembro, das 8h às 18h, o público poderá escolher diversas opções de plantas, incluindo as poinséttias, os antúrios e pinheiros.

Segundo Wladimir Figueiredo, um dos organizadores, o festival é recheado de novidades, além de apresentar as tradicionais flores, a exemplo das orquídeas e bromélias.

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As flores estão disponíveis no evento a partir de R$ 15; os cactos saem por R$ 10. Haverá também no local embalagens para que os clientes possam conduzir os produtos com segurança ou até mesmo direto para entrega como forma de presente.

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Nascido na região da Mata Norte de Pernambuco, em Caraúba Torta, Júlio Silvestre desenvolveu seu lado calmo e de amor à vida, plantas e animais. Com uma infância comum de quem vive no campo, ele conta com habilidades no plantio, colheita e cuidado com os bichos. Frequentou a escola até a terceira série, precisou, desde cedo, ajudar a família com os custos domésticos. Aos 15 anos decidiu ir à cidade grande construir família e uma vida melhor. Hoje morador do bairro de Água Fria, no Recife, depois de 40 anos na capital pernambucana, Silvestre vende plantas nas ruas.

Entre a correria dos carros e passos apressados, Seu Silvestre tem a "companhia" de uma bicicleta verde. Orquídeas, mudas de diversas ervas, temperos e plantas colorem o cruzamento da Rua Amélia com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, seu principal ponto de vendas. Sob a sombra de uma árvore, o comerciante busca atenção de pedestres e motoristas com simpatia e um bom dia.

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Das 9h às 13h, a bicicleta estacionada na calçada serve como prateleira para os produtos, que custam de R$ 5 a R$ 50. Para ele, a satisfação do cliente é fundamental para seu empreendimento ter sucesso. Depois de passar anos desempregado, Seu Silvestre busca complementar a renda familiar com a sua nova ideia. Pai de dois filhos, ele sustenta um jeito sossegado, ganha espaço na metrópole e conquista diversos clientes. Cerca dez mudas são vendidas por dia.

Além das vendas no comércio “verde”, o empreendedor, à tarde, percorre a cidade vendendo mungunzá. Em entrevista ao LeiaJá, Seu Silvestre compartilhou um pouco do seu dia a dia e paixão pela relação estabelecida entre os clientes.

O Mediterrâneo está correndo risco de perder metade das suas espécies se as emissões de CO2 não forem reduzidas pelo mundo, indica uma pesquisa publicada na revista acadêmica "Climatic Change" nesta quarta-feira (14).

Conduzido pelo World Wildlife Fund (WWF), junto com a British University of East Anglia e a Australian James Cook University, o estudo examinou a situação do Mediterrâneo a partir de um aprofundamento sobre o impacto do aquecimento em 80 mil espécies de plantas e animais em 35 áreas do planeta ricas em biodiversidade.

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Aumentando 2ºC na temperatura global, que é o máximo permitido pelo acordo de Paris sobre o clima, é previsto que o Mediterrâneo colocaria em risco quase 30% da maioria dos grupos e espécies analisadas, segundo o estudo. Se a temperatura aumentasse ainda mais, por exemplo para 4,5 graus, metade de uma biodiversidade desapareceria, até 90% dos anfíbios, 86% das aves e 80% dos mamíferos poderiam ser extintos nas savanas arborizadas de Miombo, na África do Sul.

A Amazônia, por outro lado, poderia perder 69% de suas espécies de plantas. No total 80 mil espécies foram examinadas. Sobre o estudo, o WWF ressalta a necessidade da criação de políticas para reduzir as emissões de CO2, porque só assim ocorreriam mudanças climáticas.

A associação ambiental ainda pede instrumentos regulatórios e legislativos para o fechamento das usinas de carvão até 2025, e a definição do plano nacional de energia e clima, e a estratégia de descabornização a longo prazo. Sobre o risco da extinção das espécies, a presidente da WWF Donatella Bianchi, alerta: "Muitos dos lugares mais fascinantes da Terra, como a Amazônia e as Ilhas Galápagos e algumas áreas do Mediterrâneo, podem tornar-se irreconhecíveis aos olhos de nossos filhos".

Da Ansa

Nesta semana, o programa Globalizando fala sobre Plantas da Amazônia e saúde: perspectivas de pesquisa. A convidada é a professora Cristine Amarante, gaduada em Engenharia Química e Química Industrial pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestre em Engenharia Química pela UFPA e doutora em Química Orgânica pela UFPA. Além disso, é pesquisadora tecnologista sênior do Museu Paraense Emílio Goeldi na coordenação de Ciências da Terra e Ecologia. Também coordenada o Laboratório de Análises Químicas do Museu Paraense Emílio Goeldi.

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando.

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Parece cheiro da casa de vó. Em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, o empreendimento de Nicolly Liberato desabrochou em meio à crise, adaptando um modelo de cafeteria muito famoso na Inglaterra e Alemanha: a Coffee Garden. Literalmente um mix de cafeteria e jardim, o espaço comercializa as próprias plantas que cultiva enquanto também serve a bebida que é paixão mundial desde a antiguidade.

Confira mais sobre essa história na matéria em vídeo a seguir.

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Existem mais de 28.000 espécies de plantas com propriedades medicinais, mas muitas delas não são aproveitadas em razão da falta de conhecimento e documentação, revela um relatório divulgado nesta quinta-feira (18) por uma importante instituição botânica britânica, a Kew Gardens de Londres.

Em seu segundo relatório anual, um verdadeiro censo mundial do mundo vegetal, foram listadas 28.187 plantas com virtudes medicinais, uma estimativa "provavelmente muito conservadora".

Entre as novas plantas descobertas no ano passado estão nove espécies de uma trepadeira chamada Mucuna, utilizada no tratamento da doença de Parkinson.

"O relatório destaca o grande potencial no uso de plantas, em áreas como a diabetes e a malária", explicou Monique Simmonds, vice-diretora do departamento científico do jardim botânico de Londres.

O relatório recorda que as substâncias de duas plantas, a artemisinina e o quinino, são "duas das armas mais importantes" contra a malária, que matou 400.000 pessoas em 2015.

Mas apesar do seu potencial, menos de 16% das espécies utilizadas em remédios estão citadas em periódicos médicos, observa o relatório.

No total, 128 cientistas de 12 países trabalharam na elaboração do relatório "Estado Mundial das Plantas", contendo 1.730 novas espécies em comparação com o ano anterior.

Entre elas estão cinco novas espécies de manihot descobertas no Brasil, sete novas aspalathus - usadas para a infusão - e uma nova Pastinaca sativa descoberta na Turquia.

Os riscos da globalização

O relatório constata a destruição de plantas por meio de imagens de satélite.

Os pesquisadores descobriram que, em 16 anos, "uma média anual de 340 milhões de hectares são queimados", grosso modo "o tamanho da Índia", indicou à AFP a doutora Sarah Wyse, que contribuiu para o relatório.

Enquanto este número parece alarmante, Wyse esclarece que algumas plantas precisam desses incêndios "para se regenerar". "Estes incêndios não são em si uma coisa ruim para muitos ecossistemas", indica.

O relatório estima que "o custo potencial para a agricultura mundial caso não se detenha a propagação de parasitas invasivos e patógenos" será de 540 bilhões de dólares por ano.

Os autores pedem "medidas mais rigorosas de biossegurança", especialmente para o comércio de plantas vivas.

A globalização do comércio e as viagens internacionais facilitam, por exemplo, a propagação de grilos e lagartas legionárias, particularmente destruidoras de milho.

O jardim botânico de Kew Gardens, no oeste de Londres, é o lar de uma das mais importantes coleções botânicas do mundo, e é um centro de pesquisa amplamente reconhecido que visa tornar o seu relatório anual uma ferramenta de referência.

Apresentando o cultivo da mandioca doce da Amazônia, a mandiocaba, Juma Xipaia, líder indígena da tribo Xipaia, destacou a valorização do consumo de produtos naturais da Amazônia durante o evento gastronômico É PANC!, promovido pela Universidade da Amazônia (Unama), em Belém, nos dias 8 e 9 de abril. As PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) passam por pesquisas cientificas e experimentais antes de serem introduzidas em um prato, graças ao trabalho de chefs com pesquisadores e mateiros que detêm o conhecimento popular arrecadado ao longo de gerações.

A comunidade indígena já utiliza o que hoje parece novidade. “Quando se trata dessas plantas, desse tipo de comida, nós povos indígenas já nos alimentamos disso há anos, é o que tem na natureza, na comida que a gente come; e a diferença da comida que se tem na cidade é que a gente come natural o que vocês comem industrializados”, disse Juma Xipaia. Para ela, a sociedade contemporânea aderiu radicalmente aos alimentos industrializados e abriu mão da qualidade de vida, tanto na saúde quanto no bem-estar. “Quando se trata dessa questão de grandes projetos, como o Belo Monte, chegaram toneladas e toneladas de comidas industrializadas para dentro das aldeias e praticamente eram somente dois tipos de doença: a malária e a gripe. Hoje se tem pressão alta, diabetes, colesterol e câncer. Tudo por conta da alimentação que não era nossa”, informou Juma.

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Juma cobra atenção não somente para a questão indígena, mas à região amazônica como um todo: “A gente precisa passar esse conhecimento, essas experiências; as pessoas precisam ter oportunidade de conhecer para poder também se alimentar de comidas boas, dessas plantas. Não ser só obrigada a comer comida ‘morta’”. A mandiocaba é um prato típico da etnia Assurini, com sementes preservadas por milênios, usadas bastante para mingau, principalmente para crianças. É fonte rica de vitaminas e combate a desnutrição. Pode também ser consumida como se fosse um abacaxi. “Tem muito disso, eles vão para roça, estão com sede e ao invés de água eles comem a mandiocaba”, acrescenta Juma.

Livro - Uma espécie piper, conhecida popularmente como pariparoba ou caapeba, está entre os vegetais exóticos registrados nos dez anos de estudos dos pesquisadores Valdely Kinupp e Harri Lorenzi no livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil”. A caapeba, já utilizada pelas propriedades medicinais anti-inflamatórias, diuréticas e vermífugas, agora aparece em em um prato da culinária amazônica.

Nas mãos do chef Artur Bestene “Arturzão”, as folhas da caapeba - que lembram uma arraia - transformam-se em um “charutinho de vinagreira”, um toque árabe da culinária de “Arturzão”. “O ato de cozinhar é humano, o fogo é o glamour”, comentou Kinupp enquanto explicava sobre a perda e ganho de vitaminas e texturas no processo de cozimento.

Enquanto os universitários do curso de Gastronomia da Universidade da Amazônia (Unama) auxiliavam no preparo do recheio dos charutos, “Arturzão” falou sobre as inovações de sua cozinha, ele que foi o criador do hambúrguer regional com jambu, carne de búfalo e molhos especiais. “Num contexto gastronômico estamos descobrindo novas possibilidades com novas plantas e está sendo uma grande troca, porque apesar de estar em cima de um palco fazendo pratos, na verdade vim aqui aprender mais com essas pessoas”, disse.

Contando ainda sobre sua experiência, o chef paraense ressalta a importância do olhar de cada indivíduo na concepção de um prato. “O choque de realidade agora pouco depois das palavras da indígena que é tão amazônido quanto eu, embora eu seja um amazônida urbano. Ela tem uma outra visão. Ela conheceu o meu universo, eu conheci o dela”.

Por Leonardo Lukas e Márcio Harnon Gomes.

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É comum se pensar que plantas pouco conhecidas ou encontradas em lugares inusitados sejam proibidas ao consumo. Muitas, porém, podem servir de alimento e inclusive algumas delas são saborosas: as plantas alimentícias não convencionais (Pancs).

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O interesse crescente por essas plantas não está somente em suas características nutricionais, mas também em sua valorização como produto da diversidade nativa, popularizando o seu uso em determinadas regiões. Quem falou sobre o tema foi a professora Betânia Fidalgo, vice-reitora da Universidade da Amazônia (Unama). Ela participou do primeiro dia de programação do “É PANC! A Amazônia descobre Amazônia”, que ocorreu na Estação Gasômetro, em Belém, nos dias 8 e 9 de abril. “Discutir sobre alimentação da Amazônia, aquela que a gente comumente não utiliza em nossa mesa, é fundamental para que a gente possa contar a Amazônia pelos amazônicos, acho que é uma grande oportunidade. A ciência avança, a universidade é o lugar da ciência e ela tem muito a contribuir, a interligação da ciência com os povos tradicionais, com os povos da floresta, com ribeirinhos, com indígenas, para que possamos tirar dessa sabedoria e intercambiar a ciência”, destacou.

Esse tipo de vegetal vem despertando a atenção de nutricionistas, chefs, cozinheiros e apreciadores de novos sabores. Tem até restaurante com variedades como beldroega e lírio-do-brejo no menu, como o D.O.M, de Alex Atala, chef internacional que esteve presente nos dois dias de evento. “Acho que o evento tem a função de fazer as pessoas conhecerem as plantas que estão em volta delas e que podem comer, porque são deliciosas”, disse. Ele acrescentou que as pessoas que vivem na floresta ajudam no desenvolvimento da ciência e da cozinha. “A ciência e a cozinha não poderiam pesquisar se não tivesse aquele homem que viveu dentro da floresta, um protetor, um guardião, não só na floresta em pé, mas nas sabedorias que a floresta tem”, afirmou Atala.

O chef Alex Atala agradeceu à Universidade da Amazônia (Unama) pela promoção do evento. “Fundamental, a troca de aprendizado é profunda, para nós que viemos e para quem assiste, a Universidade está dando grande exemplo, um grande passo”, acentuou.

Por Márcio Harnon Gomes. Com apoio de Leonardo Lukas.

 

 

 

 

 

Realizado na Universidade da Amazônia (Unama), campus Alcindo Cacela, promovido pelo curso de Gastronomia, o workshop “Plantas alimentícias não convencionais” trouxe para o público dois pesquisadores de peso: Vldely Kinupp, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM-CMZL), e o explorador e escritor venezuelano Charles Brewer. O workshop fez parte da programação inicial do É PANC, evento de gastronomia que tem por finalidade apresentar ingredientes locais, presentes na floresta amazônica, ainda desconhecidos da população urbana.

O É PANC ocorreu nos dias 8 e 9 de abril, na Estação Gasômetro, em Belém. A programação teve como convidados o chef de cozinha Alex Atala e Dona Brazi, cozinheira do povo Baniwa, indígenas do Alto Rio Negro, no Amazonas.

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Para Charles Brewer, um dos maiores exploradores contemporâneos, segundo a imprensa global, a Amazônia possui muitas riquezas que merecem uma atenção especial. “A Amazônia tem a maior biodiversidade do planeta. Portanto, existem possibilidades de provar plantas comestíveis que não são comumente conhecidas, que não são europeias. Que estão inclusive ligadas aos povos indígenas. Creio que é importante agora resgatar essas informações, conhecendo tanto no Brasil quanto na Venezuela esses tipos de plantas, para que as pessoas possam entender e valorizar o valor da Amazônia e desses alimentos”, conta.

Criador do termo PANC (plantas alimentícias não convencionais), Valdely Kinupp explica que esses alimentos precisam ser cada vez mais difundidos para que possam chegar às mesa dos brasileiros. “Não adianta alguém falar que 'na Amazônia tem muitas frutas e folhas que dá pra comer' e na verdade não come. Temos que repensar os nossos hábitos alimentares e se adequar um pouco mais às nossas condições aproveitado as plantas que podem ser produzidas aqui. O objetivo desse livro e desse evento é mostrar que temos outras coisas que podem ser incorporadas aos cardápios brasileiros”, explica.

Segundo o aluno do primeiro semestre de Gastronomia Talyson Ferreira, o assunto é inovador e deve ser difundido para a população em geral. “É algo muito novo pra mim, mas partir do momento em que descobri o assunto, me interessei, temos uma biodiversidade muito grande, então o PANC, se bem trabalhado, pode ser algo de engrandecimento não só intelectual mas para a nossa gastronomia, ou seja, a importância dessa prática de trazer esse conhecimento de uma riqueza que nós temos mas não utilizamos. Então essa palestra vai contribuir pro nosso lado profissional, despertando o lado pesquisador até porque é inovador e eu gosto muito disso”, disse.

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Uma cervejaria artesanal de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, criou uma campanha na internet para reaver alguns vasos de plantas que foram levados do local. Câmeras de segurança captaram o momento em que três idosas pararam o carro em frente ao prédio e, tranquilamente, abriram o porta-malas do carro para subtrair orquídeas e lavandas. O prejuízo total foi de R$ 1.500.

De acordo com o dono do local, Marcelo Nunes, os frequentadores da loja sempre o alertaram de que situações como essa poderiam ocorrer, mas o empresário afirma que nunca houve um problema como este. “Sempre que as pessoas do bairro nos pedem, nos doamos algumas mudas”, afirma Marcelo.

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Com a ocorrência inusitada, a cervejaria criou a campanha #DevolveVovó nas redes sociais. As imagens do circuito interno foram editadas e mostram a “ação”, que durou cerca de 40 minutos. As senhoras chegam ao local, examinam os vasos, e escolhem as melhores plantas, logo em seguida, colocam no carro e vão embora. “Era só elas pedirem. Eu poderia ceder algumas mudas, não o vaso todo, como foi feito”. O dono da cervejaria garante chope grátis para quem fornecer informações sobre o paradeiro das três senhoras.

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