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A Imprensa Oficial do Pará (IOEPA), por meio da Editora Pública Dalcídio Jurandir, promove no domingo (4), às 18 horas, na 25ª Feira do Livro e das Multivozes, o lançamento do livro "Dalcídio Jurandir: o reinventor do caroço de tucumã", do poeta, professor e pesquisador Paulo Nunes. O trabalho resulta de estudos da Academia do Peixe Frito e Narramazônia, grupos de pesquisa acadêmica das narrativas amazônicas mantidos, em parceria, pela UNAMA e Universidade Federal do Pará (UFPA) e que tem Paulo Nunes como um dos coordenadores.

Professor e pesquisador do curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da UNAMA - Universidade da Amazônia, Paulo Nunes fez mestrado e doutorado voltados ao romance de Dalcídio Jurandir, respectivamente na UFPA e PUC-Minas. Hoje, ele é curador do acervo Dalcídio Jurandir do Fórum Landi/Moronguetá (FAU e Centro de Memória da Amazônia da UFPA). Como pesquisador, integra também os quadros do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e participa, ainda, do projeto Epístolas Poéticas (em cooperação com o CUMA/Uepa) e Makunaíma, projeto criado no âmbito da UFPA.

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A linguagem do texto fugiu ao máximo aos jargões do estudo universitário. Está dirigida para a formação de novos leitores e novas leitores de Dalcídio, observa o autor. "Chove nos campos de Cachoeira", "Belém do Grão-Pará" e "Primeira manhã" são alguns dos romances abordados.

Paulo Nunes destaca o Dalcídio que institui uma “pedagogia das ruas” (algo ainda pouco explorado), o escritor que se antecipa à ideia de literatura ecológica, bem como apresenta chaves de leitura para ler o chamado “romance marajoara” dalcidiano, marcado por aquilo que o professor chama de Aquonarrativa.

O lançamento terá sessão de autógrafos e bate-papo com o autor, no estande da IOEPA, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. O livro tem prefácio e posfácio dos professores Marli Furtado (UFPA) e Edilson Pantoja (SEDUC-PA).

Da Redação do LeiaJá Pará.

Morreu neste domingo (31) o poeta pernambucano João Flávio Cordeiro da Silva, o Miró da Muribeca. Ele tinha 61 anos.

A informação do falecimento foi divulgada nas redes sociais de Miró. "Comunicamos a todos os amigos, fãs e seguidores, que nosso poeta Miró da Muribeca encantou-se nesta manhã de domingo", informa o texto.

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"Em breve, daremos mais informações sobre a cerimônia de despedida. Pedimos desculpas se não conseguirmos responder às manifestações de pesar", complementa o comunicado.

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Em maio deste ano, o poeta ficou internado em um hospital do Recife por complicações em seu estado de saúde. Uma campanha para levantar fundos e custear o tratamento chegou a ser lançada. Ao longo dos últimos anos, Miró passava por tratamento devido a complicações causadas pelo alcoolismo.

Miró da Muribeca era considerado um dos poetas urbanos mais importantes do Brasil. De origem periférica, o artista foi descoberto enquanto trabalhava como servente na Sudene. Em 2013, lançou sem primeiro livro oficial, com 178 poemas de 11 obras criadas entre 1985 e 2012. Seus poemas falam de violência, desigualdade, melancolia e situações diversas do cotidiano.

Em 2017, em entrevista ao LeiaJá, o poeta falou sobre o lançamento do livro "Meu filho só fala besteira" após uma temporada em hospitais devido ao álcool. "Eu estou me arrumando de novo para não ser ridículo. Esse que está falando agora é o novo Miró. Aquele de antes eu não quero mais".

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No dia de hoje comemoramos os 110 anos do nascimento do compositor Noel Rosa. Além de compositor, Noel era cantor e violonista, sendo reconhecido até hoje como um dos nomes mais importantes da história da música popular brasileira. Em pouco tempo o artista compôs mais de 300 músicas, marchinhas e canções.

Noel Medeiros Rosa nasceu em 1910 no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Filho do comerciante Manuel Medeiros Rosa e da professora Marta de Medeiros Rosa. Noel nasceu e durante o parto foi ferido pelo fórceps, que lhe fraturou e afundou a parte inferior do maxilar. Esse erro médico causou complicações para o ator pelo resto de sua vida.

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A fratura no queixo de Noel aumentava conforme ele crescia. Foi operado aos seis anos mas não mostrou melhora efetiva. Seis anos depois, aos 12, fez outra cirurgia, mas já estava marcado por toda sua vida. Durante o colégio recebeu o apelido de “queixinho”, algo que o marcou e gerou muita tristeza.

Ainda cedo o músico aprendeu a tocar bandolim. Noel tocava em roda na hora do recreio enquanto os colegas se reuniam ao seu redor. O compositor ficou conhecido como “O Poeta da Vila” por seus grandes sucessos. Dentre eles destacam-se “Com Que Roupa”, seu primeiro sucesso, “Conversa de Botequim”, “Fita Amarela” e “Feitiço da Vila”.

Em 1929, em conjunto com os músicos Almirante, Alvinho, Braguinha, Henrique Brito e Henrique Domingos formou o grupo “Bando de Tangarás”. Ainda em 29 gravaram o primeiro disco, inicialmente com fortes influências da música sertaneja. Pelo sucesso que o grupo atingiu, fizeram diversas apresentações em rádios, cinemas e teatros.

Noel entrou para a faculdade de medicina, mas não teve uma jornada longa no ramo dos estudos. No mesmo ano em que entrou (1931) já não frequentava mais as aulas para compor com os amigos. Enquanto estudante, Noel gravou mais de 20 músicas neste período.

O cantor foi afetado por uma tuberculose, em 1935, foi para Belo Horizonte em busca de tratamento de saúde. Por falta de cuidado e achar que já estava recuperado, retornou à boemia. Em uma viagem para Nova Friburgo, a viagem de Noel piorou drasticamente e teve de voltar para Vila Isabel. O compositor morreu em sua casa na Rua Teodorico da Silva em quatro de maio de 1937.

Por Matheus de Maio

 

A efígie da poeta e ativista afro-americana Maya Angelou aparece na nova geração de 'quarters', as moedas de 25 centavos de dólar dos Estados Unidos, cujos primeiros exemplares foram cunhados pela Casa da Moeda e logo entrarão em circulação.

As moedas serão produzidas em grandes volumes para o uso diário e estão sendo cunhadas nas cidades de Filadélfia (leste) e Denver (oeste), segundo uma nota publicada nesta segunda-feira (10).

A nova edição é o resultado de um projeto de lei da legisladora democrata da Califórnia Barbara Lee, que foi votado no fim de 2020.

A moeda de 25 centavos, a mais utilizada nos Estados Unidos, só foi cunhada duas vezes com versões alternativas desde 1932: a série de 50 moedas representativas de cada estado, na década de 2000, e depois a série de parques nacionais, entre 2010 e 2021.

A moeda de Maya Angelou é o primeiro exemplar de uma série denominada "Prominent American Women", que homenageará várias mulheres ilustres como a astronauta e física Sally Ride; Wilma Mankiller, primeira nativa americana líder da Nação Cherokee; Nina Otero-Warren, política e ativista latina; e a atriz Anna May Wong, aclamada como a primeira estrela de ascendência asiática.

Conhecida por suas memórias e poesia, Maya Angelou, que morreu em 2014 aos 86 anos, é considerada uma das autoras mais emblemáticas sobre as condições das comunidades negras nos Estados Unidos.

Amiga do ativista e líder religioso negro Malcolm X e militante no movimento do líder e pastor Martin Luther King, Marguerite Johnson, seu nome de batismo, escreveu amplamente sobre a vida no sul dos Estados Unidos, a região onde nasceu, que é marcada historicamente pela segregação racial.

O programa Plurarte desta semana, com apresentação da cantora Sandra Duailibe, entrevista o poeta e jornalista Christovam de Chevalier. O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o Plurarte no Youtube aqui.

O programa Plurarte desta semana, com apresentação da cantora Sandra Duailibe, entrevista a poeta e cineasta Maria Maia. O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o Plurarte no Youtube aqui.

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“Tu escreves um livro com tinta invisível. Por que fazes isso?”

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O escritor que não escreve, a escrita sem palavras, o vazio infinito, o mistério, o insondável. A cidade e a floresta. A magia e o espanto. O ser, o nada, o mundo, o cosmos, o sim, o não. Cecim.

Vicente Franz Cecim, 74 anos, setent’anos, setentrional, universal. Poeta do inverso, do não verso, morreu Cecim. Em Belém. Em Andara. Em qualquer lugar. Ou não lugar.

O imaginário poético de Vicente Franz Cecim, ó serdespanto, jamais será traduzido em línguas, porque é memória coletiva. Vida, um dia, eterna.

Cecim atravessou todos os terrenos da narrativa – a notícia, a persuasão, a fantasia, o verso. Sempre verbo.

“É preciso amar os vivos como se ama os mortos.”

Morreu do vírus que espalha corpos na praça, o artífice enigmático, encantador de "labirantros", mas também da angústia que o acompanhou nas linhas retas e tortas de textos fantasmas, da insaciabilidade, da inquietação criativa que o colocou acima dos medíocres, que o tirou do raso e o atirou num constante choque com o real/irreal do mundo.

“Depois de mim virá um outro, e agora vou contar a história dele.”

Sempre teremos um segredo, pensou. No mundo de Cecim, os livros tramam contra homens que tramam contra outros homens que tramam...tramam, vivos ou mortos, personagens são os mesmos e outros, existem e não existem. São transgressores, cegos que veem, aves que cegam. Pura invenção. Ou não.

“O que é Literatura? Nem Verdade, nem Mentira...”

Cecim é ficção e verdade. Permanência e viagem. Diminuta imensidão.

 “- a Literatura é a Outra Vida. Qual? Aquela que livre das limitações dos sentidos - e lidando apenas com significados - ganha, pelas Palavras, a liberdade que nesta em que vive aquele que escreve não tem."

Cecim não morreu. Ninguém nasce Cecim, ninguém morre Cecim.

Sobre Vicente Franz Cecim

O escritor paraense Vicente Franz Cecim morreu da tarde desta segunda-feira (14), em Belém. Cecim estava internado no Hospital Ophyr Loyola e fazia tratamento contra um câncer. Segundo familiares, ele apresentava sintomas da covid-19.

Do site da Cinemateca Paraense: “O escritor Vicente Cecim, antes de começar sua jornada por Andara, em sua série de livros, filmou em super-8 entre os anos de 1975 e 1979. Depois abandonou o cinema para se dedicar ao Livro Invisível”.

Do site Cultura Pará: “Vicente Franz Cecim nasceu e vive em Belém do Pará, na Amazônia, Brasil. Desde que iniciou em 1979 a invenção de "Viagem a Andara oO livro invisível", se devota unicamente a essa obra imaginária, que chama de literatura fantasma e diz escrever com tinta invisível. Os livros visíveis que escreve emergem dessa Viagem, ou, segundo o autor, não-livro, ambientados no território metafísico e físico de Andara, transfiguração da Amazônia em região-metáfora da vida".

Caminhada literária

1979: com "A asa e a serpente" (ed. Semec, Belém), primeiro livro individual de Andara, inicia a criação de "Viagem a Andara oO livro invisível".

1980: o segundo, "Os animais da terra" (ed. Semec, Belém), recebe (junto com "O cego e a dançarina", de João Gilberto Noll) o Prêmio Revelação de Autor da APCA.

1981: "Os jardins e a noite. A noite do Curau" (ed. Semec), versão resumida deste terceiro livro de Andara, é Menção Especial no Prêmio Internacional Plural, no México.

1983: "Lança Flagrados em delito contra a noite/Manifesto Curau" (edição do autor, Belém), por uma insurreição poética e política do Imaginário Amazônico.

1984: "Terra da sombra e do não" (ed. Semec, Belém), quarto livro individual de Andara.

1988: "Viagem a Andara" (ed. Iluminuras, São Paulo), reunindo os 7 primeiros livros, recebe o Grande Prêmio da Crítica da APCA.

1995: "Silencioso como o Paraíso" (ed. Iluminuras, São Paulo), com quatro novos livros, prossegue a Viagem a Andara.

2001: a invenção de Andara já havendo ultrapassado duas décadas, publica "Ó Serdespanto" (ed. Íman, Lisboa) com dois novos livros em Portugal, apontado pelo jornal O Público (Lisboa) como um dos melhores do ano.

2004: segunda edição dos primeiros 7 livros visíveis de Andara, em novas versões, transcriados e agora reunidos nos volumes "A asa e a serpente" (ed. Cejup, Belém) e "Terra da sombra e do não" (ed. Cejup, Belém). No mesmo ano, "Música do sangue das estrelas/Música de la sangre de las estrellas" (Poetas de Orpheu, Brasil/Espanha), reunião de poemas e cantos extraídos de "Ó Serdespanto".

2005: primeira edição, em Portugal, de "K O escuro da semente" (ed. Ver o Verso, Lisboa), primeiro livro visível de Andara em Iconescritura, mesclando palavras e imagens.

2006: sai a edição brasileira de "Ó Serdespanto" (ed. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro).

2008: "oÓ: Desnutrir a Pedra" (ed. Tessituras, Minas Gerais).

2014: "Breve é a febre da terra" (Prêmio Iap de Romance, Belém).

2015: "Fonte dos que dormem" (ed. Córrego, São Paulo).

2016: edição brasileira de "K O escuro da semente" (ed. Letra Selvagem, São Paulo).

2020: edição em Obra Completa (1238 pags) de "Viagem a Andara oO livro invisível" (contendo os 3 inéditos: "oO Círculo suas Rendas de Fogo/coisas escuras procurando a luz com dedos finos cheios de hervas/ Oniá".

Por Antonio Carlos Pimentel Jr.

 

 Internado no Instituto Haid, em Sítio dos Pintos, na Zona Norte do Recife, desde o ano passado, em razão de complicações de saúde causadas pelo alcoolismo, o poeta pernambucano Miró da Muribeca iniciou uma campanha nas redes sociais para tentar encontrar o filho, João Vitor, com o qual não tem contato desde meados de 1988. A criança foi fruto do relacionamento do artista com uma ex-namorada, identificada por ele apenas como “Soline”. Miró não sabe informar o nome completo do filho ou em que cidade ele reside.

De acordo com o escritor Wellington de Melo, amigo de Miró, a última informação era a de que João Vitor morava no Cabo de Santo Agostinho, em uma via chamada “Rua dez”. “No Cabo existem quatro ruas com esse nome, já fomos em três e não encontramos nada. Atualmente, João Vitor deve ter entre 35 anos e 37 anos de idade”, comenta Wellington.

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O escritor explica que, quando o garoto nasceu, Miró estava morando em São Paulo. “Tiveram pouco contato. Miró viajou e, ao voltar, não encontrou mais o menino. Nossa esperança é a de usar a rede grande de pessoas que acompanham ele para localizar o filho”, acrescenta Wellington.

Estado de Saúde

Miró da Muribeca apresentou melhora do quadro clínico, mas segue com a mobilidade comprometida, precisando da ajuda de cuidadores. O poeta segue arrecadando doações para custear seu tratamento. Interessados podem transferir o dinheiro através do PIX  de chave 34112626487 (CPF) ou da seguinte conta bancária:

Caixa Econômica Federal

Ag: 0050

Cc: 37563-3

CPF: 341126264-87

João Flávio C. da Silva

O último grande poeta da geração Beat, Lawrence Ferlinghetti, que promoveu o movimento da contracultura nos Estados Unidos na década de 1950 com sua livraria City Lights e suas próprias obras, morreu na segunda-feira aos 101 anos, informou a loja nesta terça (23).

"Nós amamos você, Lawrence", declarou a City Lights no Twitter.

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Nascido em 1919 em Nova York, ele participou dos desembarques na Normandia em 1944 na Segunda Guerra Mundial e testemunhou o horror da bomba atômica em Nagasaki.

Em 1953, se tornou um dos fundadores da City Lights em San Francisco. A livraria logo se tornou um meio de expressão para a poesia beat, um ponto de encontro para seus artistas.

Dois anos depois, se tornou a primeira editora de autores icônicos como Jack Kerouac, William S. Burroughs e Allen Ginsberg.

Ferlinghetti publicou seu próprio livro "A Coney Island of the Mind", em 1958, que vendeu mais de um milhão de cópias e o estabeleceu como um importante poeta.

Em 1957 ele foi preso sob a acusação de obscenidade por publicar "Howl" (Howl), um poema icônico de Ginsberg que se tornou um dos ícones da geração Beat. O poema, que fala sobre homossexualidade e drogas, foi criticado como obsceno, mas Ferlinghetti foi absolvido após um julgamento altamente divulgado.

A City Lights disse que Ferlinghetti "continuou a escrever e publicar novos trabalhos até os 100 anos de idade".

"Sua curiosidade não tinha limites e seu entusiasmo era contagiante e sua falta será muito sentida", disse a livraria em seu site.

O poeta e arquiteto espanhol Joan Margarit faleceu, nesta terça-feira (16), aos 82 anos, dois meses depois de ter recebido pessoalmente o prestigioso Prêmio Cervantes 2019.

O prêmio estava marcado para abril, mas foi adiado pela pandemia de coronavírus até o final de dezembro, quando o rei Felipe VI viajou a Barcelona para entregá-lo pessoalmente.

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A entrega, realizada de forma quase secreta, foi uma das últimas aparições públicas de Margarit, igualmente vencedor de importantes prêmios como o Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana ou, no campo da literatura catalã, o Carles Riba.

"Lamento profundamente a morte do grande poeta Joan Margarit, o arquiteto das palavras", escreveu o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez.

Segundo a imprensa espanhola, a morte se deu em decorrência de um câncer diagnosticado no ano passado. Em recente entrevista ao jornal catalão La Vanguardia, o poeta explicou que havia recebido nove sessões de quimioterapia, mas que não funcionaram.

"Depois de nove sessões que não curam o meu linfoma, a incerteza que você tem na minha idade não é a mesma de quando você é jovem (...) Aos oitenta você já sabe que está acabando. Tem momentos que você quer que termine mais do que tudo", garantiu.

O poeta catalão é autor de uma importante obra, que inclui títulos como "Estación de Francia" (1999), "Joana" (2002), "Misteriosamente feliz" (2008) ou "Para tener casa hay que ganar la guerra" (2018).

O último título é uma autobiografia em prosa sobre a infância e a juventude do autor, nascido em 1938 na cidade catalã de Sanaüja, no sopé dos Pirenéus, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

Em 2018, a editora Austral lançou uma versão bilíngue de suas obras completas, "Todos los poemas (1975-2015)", de quase mil páginas. Além disso, possui uma antologia de sua obra em inglês, "Tugs in the Fog".

Professor de cálculo estrutural na Escola de Arquitetura de Barcelona, Margarit praticou arquitetura por décadas.

Trabalhou num atelier de Barcelona que, entre outros, participou na concepção, cálculo e gestão da construção do templo da Sagrada Família, do célebre Antonio Gaudí.

A sua obra poética começou em espanhol, num contexto de repressão ao catalão durante a ditadura de Francisco Franco (1939-1975), mas a partir dos anos 1980 começou a criar na sua língua materna, embora mais tarde tenha traduzido as suas obras para o espanhol.

"Um poema deve ser escrito na língua materna (...) Passei vinte anos tentando começar com o espanhol e não consegui escrever o que queria", havia dito quando foi anunciado Prêmio Cervantes 2019.

O júri argumentou que Margarit "enriqueceu a língua espanhola e a língua catalã e representa a pluralidade da cultura peninsular em uma dimensão universal de grande maestria".

Na cerimônia de premiação, Margarit tirou um pedaço de papel do bolso para recitar aos monarcas o que foi "seu último poema".

O poeta pernambucano Miró da Muribeca está com Covid-19, segundo anúncio publicado, na tarde desta quinta (5), em sua conta oficial do Instagram, administrada por amigos. O artista descobriu que estava acometido pela doença depois de realizar uma bateria de exames para investigar possíveis sequelas do alcoolismo, do qual vem se tratando desde o início do ano. Miró está hospitalizado e seu quadro de saúde é estável.

O artista vinha contando com a ajuda de amigos e fãs para custear o serviço de dois cuidadores e algumas despesas de sua estadia no hospital. Amigos acreditam que o isolamento social e a dificuldade para exercer seu ofício durante a pandemia da covid-19 explicam a piora de seu estado de saúde.

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Miró é acompanhado pelo poeta e médico Wilson Freire e havia conseguido uma internação gratuita em uma clínica particular, que vinha oferecendo tratamento para seu quadro de alcoolismo. O poeta segue recebendo doações, através de sua conta bancária:

Caixa Econômica Federal

João Flávio C da Silva

Agência 0050

Operação 013

Poupança: 00004781-8

CPF: 341.126.264-87

Dúvidas: tratar via direct pelo Instagram @mirodamuribeca

Bráulio Bessa, poeta conhecido por participar do Encontro Com Fátima Bernardes, anunciou em suas redes sociais que, durante a pandemia do novo coronavírus, ele não vai deixar seus funcionários na mão e deve ajudá-los nesse período em que trabalhadores deixam de realizar serviços e/ou trabalham menos, para poderem se proteger em casa durante a quarentena.

Ele postou a seguinte mensagem:

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Fui assalariado dos 18 aos 30 anos [de idade]. A maioria desse tempo ganhando um salário mínimo por mês. Hoje tenho cinco funcionários. Todos estão em casa! Todos estão recebendo seus salários de forma integral. Enquanto tiver feijão no meu prato não faltará no deles!

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A atitude do artista cearense rendeu elogios na rede social:

Isso aí! É empatia e responsabilidade. Boa, garoto, disse Ivete Sangalo.

Seus seguidores também apoiaram:

Que no mundo tenha mais pessoas como você. Deus te abençoe por toda sua vida.

Não esperava outra atitude de você. Parabéns.

Uma pessoa, porém, tentou criticá-lo:

Não precisa divulgar as boas ações.

Mas Bráulio não deixou barato:

Se quiser pagar os salários deles e lacrar por mim, eu abro mão da lacração.

O poeta e sacerdote nicaraguense Ernesto Cardenal morreu neste domingo (1º), aos 95 anos, de parada cardíaca, anunciou sua assessora.

"Ele nos deixou em paz absoluta, não sentiu dor", confirmou à AFP Luz Marina Acosta, assessora de Cardenal por mais de 40 anos.

O poeta era um representante reconhecido da Teologia da Libertação e protagonista da Revolução Sandinista.

Uma galeria espanhola leiloará em março mais de 600 objetos do poeta Pablo Neruda, incluindo manuscritos, objetos pessoais e livros dedicados a García Marquez ou Allende, colecionados por mais de 25 anos por um enólogo apaixonado pelo Nobel chileno.

“Me dava pena mantê-la em casa podendo mostrar apenas a dois ou três amigos. Acho que deve estar em um lugar onde possa ser compartilhada com outras pessoas”, afirmou o proprietário da coleção, Santiago Vivanco, na coletiva de imprensa organizada pela casa de leilões La Suite de Barcelona (nordeste).

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O leilão será no dia 19 de março às 19h00 (15h00 de Brasília) e terá um preço inicial de 650.000 euros. Todas as peças serão vendidas em um único lote, a pedido expresso do proprietário.

“Essa coleção me custou muito tempo e economias para obtê-la. Não queria que fosse perdida e dispersa em 600 lotes”, explicou Vivanco.

Entre as peças estão numerosas primeiras edições de suas obras, fotografias, caligramas e correspondências, livros de artistas com ilustrações de Diego Rivera, Pablo Picasso ou Joan Miró, ou exemplares com dedicatórias ao ex-presidente chileno Salvador Allende ou os prêmios Nobel Miguel Ángel Asturias e Gabriel García Márquez.

“Querido Márquez, amigo, com meus parabéns por essa ‘descoberta’ de quase 50 anos atrás e que nem eu tenho”, escreve o chileno ao colombiano em uma primeira edição de uma de suas obras mais conhecidas “Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada”.

“É realmente um conjunto excepcional, espero que encontre abrigo em uma coleção pública ou privada que saiba conservar esse legado magnífico”, afirmou Juan Manuel Bonet, escritor e crítico da arte que participou da coletiva de imprensa.

Se vivo estivesse, o poeta pernambucano Carlos Pena estaria comemorando 90 anos. Para celebrar a memória do escritor, o Museu do Estado sedia o evento Entrar no acaso e amar o transitório, que promove dança, cinema, debates e lançamento literário em homenagem a Pena, nesta quinta (12). 

Participam do evento o músico André Rosemberg, que em seu projeto Rosembac musicou o poema A solidão e sua porta; o também poeta Samarone Lima, que vai falar sobre sua relação com Carlos Pena Filho; e Joana Pena, neta do homenageado. Joana é figurinista e ilustradora e vai mostrar dois vestidos remanescentes da sua coleção Para fazer um soneto, apresentada em 2005. 

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Além disso, Januária Finizola apresenta a performance Mosaicos Azuis, na abertura do evento, seguida da exibição do curta-metragem Palavra Plástica (2011), de Léo Falcão. Por fim, será lançado o livro Uma poesia social: Carlos Pena Filho, de Luiz Otávio Cavalcanti. A programação é gratuita. 

Serviço

Entrar no acaso e amar o transitório – 90 anos de Carlos Pena Filho

Quinta (12) - 16h

Museu do Estado de Pernambuco (Avenida Rui Barbosa, 960, Graças) 

Gratuito

 

O poeta espanhol Joan Margarit, que desenvolveu seu trabalho em catalão e em espanhol, é o vencedor do Prêmio Cervantes de 2019, o mais prestigiados das letras espanholas, anunciou nesta quinta-feira o ministro da Cultura da Espanha, José Guirao.

O prêmio foi concedido “por seu trabalho poético de profunda transcendência e linguagem lúcida, sempre inovador”, afirmou Guirao em Madri, ao lado da poeta uruguaia Ida Vitale, vencedora do Cervantes no ano passado.

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“Enriqueceu a língua espanhola e a língua catalã e representa a pluralidade da cultura peninsular em uma dimensão universal de grande maestria”, acrescentou o ministro, citando as motivações do júri.

O Cervantes, dotado com 125.000 euros, é o segundo grande prêmio que este poeta catalão de 81 anos recebe em 2019, sendo o primeiro, entregue em maio, o Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, a distinção mais importante desse gênero em espanhol e português. É dotado com 42.100 euros, incluindo a edição de poemas antológicos.

O poeta catalão é autor de uma importante obra, que inclui títulos como “Estação da França” (1999), “Joana” (2002), “Misteriosamente feliz” (2008), ou “Para ter casa é preciso ganhar a guerra” (2018).

Paralelamente, praticou arquitetura por décadas, em um estúdio de Barcelona que, entre outros, participou do projeto, cálculo e gerenciamento da construção do tempo da Sagrada Família.

O Prêmio Cervantes será entregue pelos reis da Espanha, Felipe VI e Letizia, em cerimônia solene marcada para abril em Alcalá de Henares, cidade natal do autor de Dom Quixote de La Mancha.

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A poeta e professora de literatura Izabela Leal vai apresentar ao público a sua primeira mostra individual no campo das artes plásticas. Intitulada “M.A.S. – Vida de papel”, a exposição reúne painéis, peças e instalações produzidas com colagens e objetos montados a partir de anotações. O vernissage será no dia 6 de novembro, quarta-feira, às 19 horas, na Galeria Theodoro Braga do Centur, onde a mostra ficará em cartaz até o dia 29.

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O trabalho da artista foi inspirado em escritos deixados pelo carioca Marcos Alberto Schild (M.A.S.), que morreu no Rio de Janeiro em 2015, aos 69 anos. Marcos viveu a maior parte da vida em companhia da mãe. Morava em um apartamento no coração do bairro de Copacabana. Após a sua morte, a irmã descobriu, guardada em antigas malas, uma quantidade enorme de anotações feitas nos “suportes” mais inusitados: pacotes de chá de erva-doce, panfletos de cabeleireiro, propagandas de cursos de inglês, envelopes de cartas, folhetos de “compro ouro”, guardanapos e todo tipo de resto de papel que era reaproveitado para dar conta de sua compulsão para escrever. Uma espécie de arquivo pessoal ainda intocado e sobre o qual Izabela Leal debruçou-se com seu olhar atento e sensível.

O resultado é um trabalho ousado, original e instigante, que inclui peças e instalações a partir de colagens e objetos montados com as numerosas anotações de M.A.S. Vale a pena conferir.

Izabela Leal é carioca e vive em Belém desde 2009. Bacharel em Psicologia, é mestre e doutora em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente é professora de literatura do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA). Organizou o livro "Tradução literária, a vertigem do próximo" (com Ana Alencar e Caio Meira, em 2011) e "No horizonte do provisório. Ensaios sobre tradução" (com Walter Costa e Mayara Ribeiro Guimarães, em 2013). Poeta e ensaísta, entre as obras literárias que já publicou está “A intrusa”, que recebeu o Prêmio Rio de Literatura em 2016.

Serviço

Título: M.A.S. Vida de papel.

Artista: Izabela Leal.

Local: Galeria Theodoro Braga (Centur), Belém.

Vernissage: 6 de novembro, quarta-feira, 19h.

Visitação: 6 a 29 de novembro, de 9h às 19h.

Contato da artista: Izabela Leal – (91) 98707-8460, izabelaleal@gmail.com

Da assessoria do evento.

 

 

O poeta, pesquisador e crítico Carlos Gomes lança “Canções não”, obra formada por livro, disco e espetáculo, no próximo sábado (24), às 18h no Teatro Hermilo Borba Filho. O evento contará com o lançamento da publicação assinada pelo artista, show com as músicas do álbum e participação especial de Jomard Muniz de Britto, Nathalia Queiroz e Philippe Wollney. A entrada no espetáculo é gratuita e o livro custa R$ 20. O projeto de lançamento do livro tem incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE).

O livro de poemas “Canções não” começou a ser escrito em 2015. No ano seguinte, ao mesmo tempo que estreava como poeta com o livro “êxodo,” (CEPE, 2016), em que Carlos Gomes conquistou o primeiro lugar no III Prêmio Pernambuco de Literatura, o autor publicava dez poemas em diálogo com fotografias de Amanda Coutinho no site da Revista Cardamomo, e esses poemas viriam a fazer parte do livro “Canções não”.

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Após o processo de escrita do livro, o autor resolveu musicar os poemas e reuni-los em um disco. O álbum tem direção artística do próprio Carlos, que canta e toca violão de aço, e direção musical de Hugo Linns, que toca viola dinâmica e assina os arranjos. Os disco é quase todo formado por músicas que misturam os poemas da publicação. Além dos poemas/músicas do autor, o álbum traz uma versão musicada de “Urbe”, poema de Cida Pedrosa musicado por Carlos, e cantada pela artista e poeta Nathalia de Queiroz. O disco estará disponível para download gratuito no site do artista e nas principais plataformas de streaming.

Serviço

 “Canções não” de Carlos Gomes

Sábado (24) | 18h

Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, 142)

Gratuito

Após cumprir três anos e meio de prisão por tráfico de drogas, Carlos Alves dos Santos, de 52 anos, deixou o Presídio de Salgueiro (PSAL) acompanhado pela ansiedade de lançar seu segundo livro, intitulado “A moldura”, dessa vez em liberdade e junto a sua família. Em agosto do ano passado, o ex-reeducando já havia apresentado a obra “O pensador”, através da qual pôde compartilhar seus sentimentos com os colegas de detenção.

Além de escrever, Carlos já tinha uma carreira musical desde os 12 anos de idade. Aos 20, ele compôs a canção “Eu Vou Pedir a Lua”, que teve boa repercussão na voz do cantor Hilton Vargas. Nascido no distrito de Ibó, na cidade de Belém de São Francisco, no sertão de Pernambuco, o poeta já tem quatro discos gravados e é pai de três filhos.

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“Aqui [a prisão] foi a minha escola do conhecimento e da criatividade, jamais do crime, pois estudei, cantei e ainda virei poeta, saio feliz”, contou Carlos. De acordo com ele, seu próximo livro aborda o machismo na sociedade moderna.

“O que importa para a gente é o resultado final. Carlos nos dá ânimo para incentivar projetos como o de Remição pela Leitura, de canto, cursos profissionalizantes, estudo e trabalho”, explica Francenildo Bezerra, gerente do PSAL, onde Carlos concluiu o Ensino Fundamental 2. Agora, o ex-reeducando ficará sob o regime aberto vinculado ao Patronato Penitenciário de Pernambuco.

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Nove artistas visuais paraenses interpretam poemas de Adélia Prado e dão vazão às suas verdades criativas na mostra de imagens “Nós. Inteiras?”, que será inaugurada nesta terça-feira (5), no Espaço Cultural Banco da Amazônia, em Belém. Participam da exposição as fotógrafas Ana Catarina, Elza Lima, Evna Moura, Fatinha Silva, Luciana Magno, Marise Maués, Paula Giordano, Tília Koudela e Ursula Bahia. Acima, veja algumas fotos da mostra.

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Em fotos e vídeo, com tributo à poeta e filósofa mineira Adélia Prado, a mostra provoca um (re) fundamento do valor histórico da mulher na arte. “Com a licença poética da Adélia desdobramos a sua matéria, poesia, nas esquinas, águas, pedras, chão a transbordar do peito. São mulheres vistas, sentidas por todas nós e nós mesmas”, disse a fotógrafa Ana Catarina.

 Mobilizar as melhores energias na construção dessa mostra, acredita Ana Catarina, é uma maneira de reconhecer a existência de um tempo e lugar hostis, mas que não se bastam quando as próprias mulheres reivindicam, com a vontade de alegria de Adélia, um lugar na história da arte. Essa reivindicação é feita tendo como aparato muitas vezes o próprio corpo, evidenciado em trabalhos como o de Marise Maués que dialoga na mostra com as outras abordagens desse universo feminino. “É um corpo que sofre os impactos do dia a dia, que luta para conquistar o devido respeito”, descreve.

 Para Ana Catarina, a mostra apresenta uma diversidade que configura uma oportunidade ímpar de crescimento. Tília Koudela acrescenta que a mostra a levou a reconstruir o olhar sobre o universo feminino, refletir e fortalecer a luta pelo reconhecimento do valor de todas as mulheres.

Poemas da antologia “Com Licença Poética” – publicada em 2003 - inundam a exposição, com curadoria e edição de Fatinha Silva, Marise Maués e Paula Giordano. A obra de Adélia ilumina e inspira as 21 imagens fotográficas e um vídeo expostos pelo espaço. Tília Koudela e Ursula Bahia registram as marcas da região e a ancestralidade das amazônidas. O contorno das formas femininas revela-se pelos olhares de Fatinha Silva, Marise Maués e Paula Giordano. Um caminho cheio de flores e espinhos é trilhado por Ana Catarina, com a força e a alegria da mãe natureza. Por fim, para lutar sempre, a mulher que funda reinos aparece em Luciana Magno.

 As vão se identificando com as mulheres retratadas nos poemas, sejam elas mães, acadêmicas, esposas, profissionais liberais, donas de casa - seres humanos que buscam viver com liberdade e que dão o melhor de si. “Não tenho mais tempo algum, ser feliz me consome!“, escreveu Adélia Prado. “Que a poesia use de todos os meios de transporte para visitar os homens.” Ou, no caso, todas as pessoas que se permitirem ser visitadas pela sensibilidade da poeta homenageada e das nove fotógrafas paraenses.

Da assessoria do evento.

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