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O que se ouve nos bastidores e nos corredores do Tribunal Regional Eleitoral é que, dificilmente, os 15 proporcionais alvos de pedido de impugnação de suas candidaturas pelo Ministério Público Federal consigam sair ilesos. Evidentemente que os casos e processos são diferentes, mas o enquadramento é um só: na Lei da Ficha Limpa.

A lista dos 15 está publicada em todos os sites, blogs e jornais do Estado. A maioria é composta por ex-prefeitos, mas tem também deputados no exercício do seu mandato. Todos, sem exceção, cometeram irregularidades graves quando administraram seus municípios ou Câmaras de Vereadores. Segundo a leitura do MPF e da Procuradoria Regional Eleitoral, os erros são insanáveis.

Até agosto, esses pré-candidatos terão a clareza se poderão continuar no páreo ou se recorrerão ao artifício legal de concorrer sub judice. Nesta situação, correm riscos de serem votados ou até eleitos, mas não terem seus votos computados na apuração das urnas.

Situação desconfortável e complicada, até para se apresentar ao eleitorado, que já irá receber o candidato com olho enviesado, pelo fato de ter entrado no rol dos fichas sujas. Candidato que passa a campanha inteira se explicando já dá a largada com o pé errado, sem a capacidade de convencimento.

O pior é que o eleitor, cada vez mais esclarecido com a consolidação da internet, que democratizou o acesso a todo tipo de informação, abrindo por outro lado a tribuna das redes sociais, resiste a um candidato que pode levá-lo a desperdiçar o seu voto.

FICHAS SUJAS – A Procuradoria Geral da República publicou o primeiro balanço de pedidos de candidaturas impugnados pelas Procuradorias Regionais Eleitorais. Eles analisaram praticamente 10 mil pedidos, em 13 estados brasileiros, para as eleições de outubro. Das 414 impugnações, 198 são em decorrência da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010).

No estaleiro - A presidente Dilma, segundo Ilimar Franco, tem mancado nos últimos dias. Ela tropeçou carregando o neto, Gabriel. E para não cair acabou batendo a perna na quina de uma cadeira. No futebol é assim: há risco de contusão mesmo estando fora de campo.

Fuxico sertanejo – Candidato a deputado federal, Sebastião Oliveira (PR) ouviu tanto fuxico em Serra Talhada, de que abandonaria a dobradinha com Rogério Leão (candidato a estadual), que resolveu distribuir uma nota reafirmando sua lealdade ao velho aliado. Tudo porque Leão passou a contar com o apoio do ex-prefeito Carlos Evandro, adversário do grupo Inocêncio Oliveira.

Receio de campanha– O candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, prestigiou, ontem, a abertura do comitê do ex-secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, que disputa uma cadeira na Câmara dos Deputados. Lá, insinuou que a oposição não deseja o início da campanha para valer, porque a medida que o tempo passa a sua candidatura cresce e se consolida.

Missão cumprida– O senador Armando Monteiro comemorou, ontem, a aprovação do relatório, na CCJ do Senado, que propõe a recomposição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Ele acatou emenda de Humberto Costa que prevê o ganho permanente de um ponto percentual do FPM ao final de dois anos. Armando só aguardava a votação da matéria para requerer licença por 90 dias e com isso se dedicar integralmente à campanha.

CURTAS

POSSE– Enquanto Armando estiver licenciado, o seu mandato no Senado passa ser ocupado pelo primeiro-suplente Douglas Cintra, empresário de Caruaru. Fiel aliado do candidato da oposição a governador, Cintra já assume amanhã.

FESTIVAL – Anfitrião do 24º Festival de Inverno de Garanhuns, o prefeito Izaías Régis (PTB) recebe, hoje, na abertura do mega evento, toda a chapa majoritária do bloco de oposição, formando por Armando, Paulo Rubem e João Paulo.

Perguntar não ofende: Por que a semana fecha sem nenhuma pesquisa presidencial?

O candidato da Frente Popular a governador, Paulo Câmara, foi seguro, consistente e afirmativo no debate com empresários promovido pelo grupo LIDE, segunda-feira passada, num salão de eventos, em Boa Viagem. Abordado sobre temas os mais variados, não titubeou em nenhum momento.

“O Governo Federal tem sido perverso na prática. Não pode represar os recursos”, afirmou, ao ser questionado sobre as contrapartidas da União para o Estado, o que garantiu fortes investimentos na era Eduardo.

Câmara centrou muito suas considerações em cima da Educação e quando questionado sobre os baixos salários dos professores da rede estadual culpou a União por conta do atual pacto federativo. “Estado e municípios gastam R$ 3,7 bilhões por ano com Educação.

A União repassa R$ 200 milhões. Esta conta não fecha. Os municípios não podem pagar salários melhores. Daí, a importância de voltar a discutir o pacto federativo”, explicou. Câmara garantiu que não tem interesse em esconder o que o Governo Federal fez em Pernambuco.

“As parcerias constam em todos os nossos procedimentos, como água, estradas, saúde. O que acontece é que fizemos o dever de casa. Vamos reconhecer, não temos a intenção de esconder nada. São recursos públicos”, assinalou.

Na mesma linha do ex-governador Eduardo Campos, a quem citou por várias vezes, destacando que dará continuidade “a grande obra que fez”, o candidato socialista bateu duro na presidente Dilma.

“O Brasil não está melhorando governado pelo PT. Não melhorou com a presidente Dilma. Por isto, que boa parte da população quer melhorar e mudar”, afirmou.

FIM DAS DOAÇÕES – Uma péssima notícia para os candidatos proporcionais, que têm reclamado das doações de campanhas por parte das empresas: o STF pode tornar ilegal contribuições de pessoas jurídicas. O julgamento está 6 x 1 pela proibição. Faltam quatro ministro votar. A decisão só não foi adotada ainda porque o ministro Gilmar Mendes segurou o processo.

Sem explicações– Há 10 dias, o ex-deputado Osvaldo Coelho (DEM), que rompeu há 30 anos com o ex-ministro e sobrinho Fernando Bezerra, não tem feito outra coisa em Petrolina que não seja tentar explicar o inexplicável: o apoio para o Senado a quem só não chamou de arroz doce nos palanques.

Preservando Lula – Eduardo provocou a campanha do PSDB, de Aécio Neves, durante sabatina, ontem, promovida pela Folha de São Paulo. Questionado por que critica a gestão da presidente Dilma, mas não a de seu antecessor, Lula, enquanto 70% da população defende mudanças no País, o socialista alfinetou: "Você acha que eu vou entrar nessa do PSDB, de ficar debatendo com o Lula?".

Mundo real– De Eduardo, ontem, na sabatina da Folha, ao falar de Copa: "Teve gente que mudou o sabor da maré, quando a maré estava cheia, era um discurso, quando baixava, era outro. Agora, a Copa acabou e a população vivenciará a Copa do mundo real. Agora, a Copa é outra, da violência, dos ônibus lotados, do desemprego, com a economia rateando. Essa é a Copa do mundo real", disse.

Poste brilhante – Provocado por este blogueiro no debate com empresários do Grupo LIDE, se seria um poste, o candidato do PSB, Paulo Câmara (PSB), reagiu com bom humor. “Diziam isso também com Geraldo Júlio, que é um poste que tem luz intensa, brilha e Pernambuco vai brilhar comigo no seu comando”, afirmou. 

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MAU PATRÃO– Sobre o fato da sua coligação só tratar Armando de patrão, Câmara disse que não existe nenhuma declaração sua nesse sentido na mídia pernambucana. Disse que não tinha contra patrões, mas sim maus patrões, sem citar o nome de Armando.

SABATINA– No próximo dia 28 será a vez do candidato da oposição, Armando Monteiro, ser sabatinado por jornalistas e empresários. O encontro de ontem foi extremamente produtivo e muito organizado pelo jornalista Drayton Nejaim Filho.

Perguntar não ofende: Quando Lula faz a primeira caminhada no Estado com Armando?

Politicamente e eleitoralmente, quem saiu no lucro com a Copa do Mundo no Brasil, um sucesso, diga-se de passagem, embora a seleção tenha uma tremenda decepção? Para chegar próximo a este questionamento, a primeira pesquisa do instituto Datafolha após o término da Copa medirá quem ganhou ou perdeu com o Mundial.

O questionário, que será aplicado a 5.468 entrevistados hoje e amanhã, questiona a opinião do eleitor sobre qual candidato à Presidência da República foi o mais beneficiado ou mais prejudicado com o evento.

A presidente Dilma Rousseff, que defendeu o lema da #CopaDasCopas, foi vaiada por duas vezes no estádio, na abertura e no encerramento da competição, mas carrega o bônus de o evento ter ocorrido sem grandes problemas. Ela é criticada pelos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) por, segundo eles, se aproveitar do tema politicamente.

Os dois também foram críticos e previram dificuldades para a organização do evento. A pesquisa eleitoral, que será divulgada na próxima quarta-feira 16, também quer saber dos brasileiros se a derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha, por 7 a 1, foi "justa" ou "injusta".

O questionário aborda ainda o desempenho do técnico Luiz Felipe Scolari ao longo da campanha no Mundial, pergunta se o treinador deveria ser mantido ou demitido do cargo e se seu substituto deveria ser brasileiro ou estrangeiro.

O instituto volta a medir o humor do eleitorado brasileiro após a eliminação do Brasil nas semifinais. Algumas perguntas feitas no início de julho, quando a Seleção Brasileira ainda participava da competição, e havia esperança de ser campeã, são repetidas agora.

Por exemplo, se a Copa do Mundo trouxe mais benefícios ou prejuízos para o Brasil e se o eleitor sente mais vergonha ou orgulho de ser brasileiro. O levantamento é por demais oportuno e pode desvendar, definitivamente, as previsões de marqueteiros, cientistas políticos e analistas, que muitas vezes chutam sem nenhuma referência científica.

BARRADOS – A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro informou, ontem, que impugnou a candidatura do vereador César Maia (DEM), ex-prefeito da capital, e candidato ao Senado na chapa do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), postulante à reeleição. Outras 34 candidaturas foram barradas pela Justiça. Como a ação precisa ser julgada no TRE e no TSE, os nomes dos políticos serão mantidos nas urnas.

Impugnação no Sertão– Já no Sertão do Pajeú, o Ministério Público Federal pediu, ontem, ao Tribunal Superior Eleitoral, a impugnação da candidatura do ex-prefeito de Carnaíba, Anchieta Patriota (PSB), por julgar uma conta dele com irregularidade insanável. Em nota, ele disse que não teme a ação na justiça eleitoral.

SÃO FRANCISCO – O secretário de Agricultura, Aldo Santos, disse que o alarme sobre chuvas no Agreste no último fim de semana se confirmou, chegando a chover até no Sertão. Ele está preocupado, entretanto, com o Sertão do São Francisco. Enquanto o acumulado em Riacho das Almas, no Agreste, chega a 497 mm, em Lagoa Grande, na beira do rio São Francisco, só choveu até o momento 120 mm.

Primeiro debate – Foi um sucesso o jantar-debate que o Grupo Lide de Pernambuco, sob o comando do empresário Drayton Nejaim Filho, promoveu, ontem, em Boa Viagem, com o candidato do PSB a governador, Paulo Câmara. No próximo dia 28 será a vez do senador Armando Monteiro, candidato da Frente de Oposição. Seis jornalistas, entre os quais este blogueiro, participaram do evento.

Mostrando a cara – A partir do próximo sábado, quando promove uma caminhada na feira de Caruaru, o governador João Lyra Neto (PSB) passa a dedicar todos os fins de semana à agenda da campanha do candidato da Frente Popular a governador, Paulo Câmara. É uma resposta aos que já estavam insinuando que, por não ter sido escolhido o candidato, faria corpo mole.

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COMITÊ– Candidato a deputado federal pelo PSB, o ex-secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, inaugura amanhã o seu comitê do Recife às 14 horas. Fica localizado na Rua Amélia, 621, nas Graças. O ato contará com a presença dos majoritários da Frente Popular.

ILUMINAÇÃO– O prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), faz um verdadeiro mutirão, a partir de hoje, para transformar a PE-22 numa das mais bem iluminadas da RMR. A substituição das lâmpadas começa nas imediações do bairro Engenho Maranguape.

Perguntar não ofende: Teremos uma campanha de baixo nível em Pernambuco?

Se para o Brasil como sede do mundial a Copa foi um sucesso, para a presidente Dilma se transformou num palanque constrangedor. Levou vaias e insultos na abertura e na final. Sem aparentemente se intimidar mais com as ofensas que ouviu em sua participação na abertura, ela começou a ouvir vaias assim que foi focalizada pelo telão.

A presidente se posicionou ao lado de Ângela Merkel, chanceler da Alemanha, e de dirigentes da Fifa para a entrega de medalhas aos vice-campeões e aos campeões da Copa. As vaias contra Dilma se transformaram em coro na hora em que os jogadores da Alemanha levantariam a taça.

“Ei, Dilma, vai...”, gritaram alguns brasileiros, repetindo o contestado grito da abertura da Copa do Mundo. Quando os fogos ganharam os céus do Rio de Janeiro e os jogadores da Alemanha voltaram a festejar, no entanto, Dilma acabou esquecida.

Mas, ai o estrago já estava feito, conforme estava previsto e foi alertado pelo marqueteiro da presidente. A maioria dos brasileiros que arcou com os caros ingressos da final do Mundial se juntou aos alemães para fazer festa, enquanto muitos argentinos ainda lamentavam a derrota na prorrogação.

A TV-Globo, entretanto, abafou as hostilidades contra a presidente e o bajulador Galvão Bueno ainda ensaiou um discurso de reprovação num tom ridículo, como de fato ele é. Em nenhum momento, nem quando entregou o troféu ao capitão do selecionado alemão Dilma exibiu um sorriso, deixando transparecer o grande constrangimento pelas vaias e insultos.

A presidente sabia que seria vaiada? Ela e todo o Maracanã! Foi o preço que pagou e que certamente terá reflexos agora e ao longo da campanha eleitoral. Na realidade, nem com uma vitória brasileira na final Dilma teria escapado das manifestações hostis.

DOM FRANCISCO – Na fala que encerrou o primeiro comício regional da campanha de Paulo Câmara, candidato da Frente Popular a governador, sábado passado, em Afogados da Ingazeira, Eduardo Campos fez uma homenagem à memória de Dom Francisco Mesquita, ex-bispo do Sertão do Pajeú, afirmando ter sido uma das vozes mais respeitadas em defesa do povo sertanejo. “Era um homem de visão, corajoso, eloquente, defensor dos pobres e dos mais humildes”, afirmou.

A briga no Facebook– O placar das páginas oficiais dos candidatos a presidente no Facebook, na noite de sexta-feira. Presidente Dilma: 734 mil curtidas e 819 mil falando do conteúdo (comentário/encaminhar) da página. Aécio Neves: 936 mil curtidas e 287 mil falando do conteúdo. Eduardo Campos: 982 mil curtidas e 138 mil falando do conteúdo.

Reviravolta paraibana – A intervenção do PT nacional na executiva da Paraíba, desfazendo a aliança com o PSB do governador Ricardo Coutinho, candidato à reeleição, pode ter um efeito contrário. Sem querer alinhamento ao PMDB, que lançou a candidatura do senador Vital do Rego, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), deve anunciar seu apoio a Coutinho.

O contraparente – Do candidato do PTB a governador, Armando Monteiro Neto, ao rebater provocações de Eduardo: “Em Pernambuco, em que pese o abusivo uso das máquinas patrocinado por Eduardo, a utilização de métodos nada republicanos, de ameaças e intimidações dirigidas às lideranças em todas as regiões do Estado, o seu ex-auxiliar, afilhado e contraparente, não decola”.

Com o diabo – Uma frase infeliz do ex-deputado Osvaldo Coelho (DEM), para justificar o apoio à candidatura de Fernando Bezerra a senador, com quem não se bica há 30 anos, varre as redes sociais: “A favor da irrigação e para derrubar o PT do poder eu me junto até com o diabo quanto mais com Fernando, que não é nem tem cara de diabo”.  

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ARREPENDIDO– Ao discursar em Afogados da Ingazeira, o candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, disse que um ex-aliado em Araripina debandou para a campanha adversária em Pernambuco (Armando), mas não aguentou uma semana e voltou para o palanque do PSB. Como não deu nome aos bois, muita gente imaginou tratar-se do deputado Raimundo Pimentel.

DEBATE– O companheiro Drayton Nejaim promove, hoje, um jantar debate com o candidato a governador pelo PSB, Paulo Câmara, no Empresarial JCPM, a partir das 19 horas, com a participação de um grupo de jornalistas, entre eles este blogueiro. Em outra data será com Armando Monteiro.

Perguntar não ofende: Foi a elite branca que vaiou Dilma, mais uma vez?

O vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho (PSDB), deu um golpe, ontem, no prefeito Júlio Lóssio (PMDB), que retirou licença para tratamento de saúde por 60 dias. Contrariando o velho aliado, não assumiu a Prefeitura, abrindo uma janela para a oposição chegar ao poder.

Nas condições atuais, sua eleição para deputado federal, razão pela qual sustentou seu discurso para não substituir Lóssio, é algo quase impossível devido à competitividade dentro do chapão da Frente Popular, do qual faz parte o seu partido, o PSDB.

Há muito, Lóssio e Guilherme estavam distanciados, quase que rompidos, mas vinham convivendo num faz de conta. A enfermidade que pegou Lóssio de calças curtas, num momento de definição do processo estadual, ao invés de reaproximá-lo do grupo de Osvaldo Coelho, pai de Guilherme, o distanciou ainda mais.

Osvaldo, segundo este blogueiro apurou, fez uma enorme pressão para Guilherme não assumir, alegando que para o seu grupo seria melhor, já que havia fechado com a candidatura de Paulo Câmara (PSB) para governador e, inesperadamente, Fernando Bezerra Coelho, com quem não se bicava há muito tempo, para senador.

A esta altura, no leito do hospital, Lóssio deve estar extremamente desapontado com a decisão de Guilherme. Afinal, a sua renúncia ao poder, pelo menos interinamente por dois meses, devolve à oposição o direito de governar o município sem passar pelo processo democrático do voto na urna.

COMÍCIOS – O candidato da Frente Popular ao Governo do Estado, Paulo Câmara, dá o start, amanhã, dos chamados comícios regionais. O primeiro está marcado para às 15 horas em Araripina, no Sertão do Araripe, e o segundo, às 19 horas, em Afogados da Ingazeira. Antes, ao meio dia, inaugura o comitê central de campanha no Recife, localizado em Parnamirim.

Obra inacabada– Em nota, a Compesa admite a paralisação das obras de conclusão do sistema de abastecimento de água em Belém do São Francisco alegando a necessidade de uma nova licitação. O problema é que a população encara a burocracia como o abandono da obra, já que nem o prefeito acredita na conclusão do projeto.

Engarrafamento aéreo – Números oficiais da Copa apontam que 14,2 milhões de passageiros passaram pelos 21 aeroportos que servem as cidades sedes até terça-feira passada. Nas Fans Zones, transitaram 230 mil pessoas. O dia com maior movimentação de aeronaves foi na véspera da semifinal entre Argentina e Holanda, no aeroporto de Guarulhos. O número chegou a 821, o que dá uma média de um pouso ou decolagem a cada 1,7 minuto.

Do lado de quem? – Candidato ao Senado em aliança com o PSDB, o deputado estadual Paulo Bornhausen (PSB), de Santa Catarina, esteve no lançamento da chapa Eduardo Campos-Marina Silva em abril, em Brasília. Ontem, no Rio, pousou para fotos ao lado do tucano Aécio Neves, e do ex-presidente Fernando Henrique, em reunião sobre a campanha do PSDB em Santa Catarina, informa Ilimar Franco.

Cumpriu a escrita – Antes de decidir entre assumir a Prefeitura de Petrolina e disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, o vice-prefeito Guilherme Coelho conversou, ontem, com uma penca de gente da Frente Popular, sendo aconselhado a assumir o rompimento com o prefeito Júlio Lóssio, que está hospitalizado. Na entrevista, Coelho confirmou o que prometeu aos socialistas, não assumindo, mas negou o rompimento.

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GESTÃO PÚBLICA– Tribunas de Contas de quatro Estados nordestinos têm encontro, hoje, no Recife, com o presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, para discutir uma pauta comum sobre questões relacionadas à gestão pública na região.

FIRME– A nota da Compesa afirmando que não há falta de água em Belém do São Francisco irritou a população. O vereador Vandinho Macula (PTB) confirmou que falta água o dia inteiro nas torneiras porque a estatal não concluiu as obras de ampliação do sistema de abastecimento.

Perguntar não ofende: Marina acompanha Eduardo amanhã pelo Sertão?

Em meio ao pedido de afastamento para tratamento de saúde por 60 dias, por parte do prefeito Júlio Lóssio (PMDB), que sofreu um AVC e se submeteu a uma intervenção cirúrgica em São Paulo, paira uma tremenda indefinição no cenário político do maior colégio eleitoral do Sertão.

Vice-prefeito, o empresário Guilherme Coelho (PSDB) deve anunciar, hoje, se assume o mandato ou se mantém sua candidatura a deputado federal. O blog apurou que o tucano assume e no poder, pelo menos nos próximos dois meses, criará as condições para uma provável candidatura a federal do seu pai, o ex-deputado e empresário Osvaldo Coelho, filiado ao DEM.

Lóssio, dias antes de ser internado, autorizou o registro de Andréa Lóssio, sua esposa, para uma eventual disputa por um mandato parlamentar na Câmara dos Deputados. Tudo porque havia, como ainda há, uma desconfiança em seu grupo de que Guilherme não entra na disputa federal porque não teria as condições eleitorais, hoje, para se eleger.

Por isso mesmo, numa eventual desistência do tucano, o PMDB em Petrolina lançaria Andrea para federal. O pedido formal de licença por 60 dias, que chegou ontem à Câmara de Vereadores, força Guilherme a ter que decidir, ainda, hoje, se assume o Governo.

Assumindo, ele fica inelegível e não aceitando o desafio de gerir o município, preferindo arriscar a chance de conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados, abre o caminho formal para o presidente da Câmara de Vereadores, Osório Siqueira (PSB), assumir.

Neste caso, Guilherme cria um cenário de dificuldades para Lóssio, porque Siqueira é adversário do prefeito licenciado, gente da confiança do ex-ministro Fernando Bezerra, candidato a senador pela Frente Popular, e inimigo figadal de Lóssio.

RECUPERAÇÃO – A equipe médica responsável pela cirurgia a que se submeteu o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, explicou à família que o procedimento, embora tenha sido bem sucedido, exige que o paciente fique no mínimo 60 dias em São Paulo fazendo fisioterapia e aulas intensas de fonodiologia. Como Andrea terá que acompanhar o marido, a esta altura dificilmente será candidata a federal.

Colapso em Belém– A Compesa deixou Belém do São Francisco sem água. O colapso se deu porque o novo sistema de abastecimento, que deveria ter sido concluído desde dezembro do ano passado, virou uma obra inacabada, provocando uma grande revolta na população, que voltou ao tempo das cavernas, tomando banho de cuia, mesmo na cidade estando na beira do rio São Francisco.

Ajuda federal – Vem aí uma ajuda graduada para os 23 mil produtores de cana de todo o Nordeste: R$ 170 milhões em subvenção da União. De acordo com o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Andrade Lima, a liberação dos recursos foi acertada em Brasília entre os representantes do setor canavieiro e do Ministério da Agricultura. A quinta subvenção federal a ser liberada inclui também produtores do Rio, que receberão R$ 15 milhões.

Nova investigação– A Controladoria Geral da União abriu processo para investigar irregularidades na refinaria de Suape.  Denúncias dão conta de repasses antecipados da Petrobras ao Governo do Estado no valor de R$ 783 milhões, sendo que R$ 459,5 milhões deveriam ser ressarcidos a estatal e não teriam sidos, segundo notícias na mídia nacional.

Olho na militância – “O tempo de rádio e TV não substituirá jamais a ação da nossa militância. Em todas as grandes eleições do PT, foram os nossos militantes que, em campo, fizeram a diferença do jogo em nosso favor. É o enfrentamento político que a estimula", diz o líder do PT no Senado, Humberto Costa, que esteve com o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, discutindo uma estratégia para as eleições no Estado.

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NO 1º TURNO– A pesquisa do Instituto Veritá confirma que São Paulo é um reduto tucano. Ali, o governador Geraldo Alckmin, apesar dos conflitos, das greves e dos tumultos nos últimos meses, tem chances de emplacar a reeleição no primeiro turno. 

FIRME– O prefeito tucano de Camaragibe, Jorge Alexandre, não está apenas fechado com a candidatura de Paulo Câmara a governador como tem participado ativamente da campanha. Ele esteve, inclusive, no ato de Câmara com os amigos, segunda-feira passada, no Paço Alfândega.

Perguntar não ofende: E os Hermanos vão levar essa em nosso terreiro?

Ao final do vexame, ontem, contra a Alemanha, Casagrande fez um comentário muito feliz. Disse que o Brasil teve, na verdade, um péssimo desempenho na Copa. Concordo plenamente. Já na estreia contra a Croácia, ganhou com a ajuda do juiz, o 12º jogador em campo.

Tremeu diante de todos os adversários em seguida, com exceção do precário selecionado dos Camarões. Contra o Chile, a trave deu a sua colaboração e, mesmo vencendo a Colômbia, não convenceu.

Não gosto de comentar sobre futebol num espaço político como este, primeiro porque não me envolvo emocionalmente com esta grande paixão, ou ópio do povo, como dizem os sociólogos. Segundo, porque posso passar a impressão de que integro a torcida dos contras.

Nada disso! Só não podemos alimentar um grande teatro midiático patrocinado pela Globo. Na contusão de Neymar, por exemplo, a dosagem emocional, com o intuito apenas de ganhar audiência, foi ridícula.

O besteirol chegou até programas domésticos, como o de Ana Maria Braga (ou Brega?), num tom tão exagerado que dava a impressão de que o talentoso craque, que muitas alegrias nos dará ainda pela frente, havia morrido.

Felipão, com a sua arrogância peculiar e tromba de dono da verdade, deixou de fora muitos craques, como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, que, experientes, poderiam ter feito o diferencial misturados aos dentes de leite convocados para o certame.

Felipão armou um time em cima de um único jogador, o Neymar, endeusado e paparicado. Quando o perdeu, a assombração da goleada frente à Alemanha tirou-lhe o sono. E deu no que deu!

Não que Neymar salvasse a pátria, mas o emocional parece ter sido tão forte que os jogadores viraram pernas de paus, tontos em campo, viúvos de um craque. Ao invés de preparar a seleção tecnicamente, Felipão se envolveu na dança da apelação teatral da Globo, certamente achando que apelo ao emocional resolve ausência de futebol.

A seleção montada pelo Felipão se despediu de um mundial em casa escrevendo para a história a maior derrota em uma Copa. Estava na cara, mas não dava para jogar a toalha antes do tempo para quem ainda acreditava em milagres.

Mas, particularmente, nunca acreditei.

A MADRINHA – Na fala durante o ato que deu a largada da campanha de Paulo Câmara a governador, segunda-feira passada, no Paço Alfândega, o candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, vibrou com a primeira tacada do aliado em cima de Armando. Endurecendo o discurso, Câmara disse que se orgulhava do seu padrinho e que Armando preferia não falar em apadrinhamento porque tinha vergonha da sua madrinha, a presidente Dilma.

DNA de Daniel– O deputado Daniel Coelho já age em favor da candidatura de Armando a governador, embora não tenha ainda oficializado o seu apoio. Rodrigo Barros e Piero Sial, da Juventude do PSDB, e que ontem foram ao comitê posar ao lado de Armando, antecipando o apoio do movimento jovem tucano, são do grupo de Daniel.

Confiança na vitória – O prefeito de Caruaru, que lutou até o último minuto da prorrogação para deixar o PDT na coligação de Câmara, esteve no ato do Paço Alfândega e saiu de lá empolgado. “Fiquei impressionado com a grande participação popular e com a garra do candidato que, como Eduardo, fez um discurso empolgante, deixando a militância ainda mais animada e confiante da vitória”, disse.

Revoada da disputa – Por falta de apoios, o ex-deputado Sebastião Rufino não tentará mais um novo mandato na Assembleia Legislativa. O que se ouve nos bastidores da Frente Popular é que muita gente ainda vai jogar a toalha nos próximos dias. Com o fim da Copa no próximo domingo, a semana já pode começar com grandes surpresas.

Apoio é pessoal – Em nota ao blog, o presidente da Juventude do PSDB de Pernambuco, Raffiê Dellon, negou que o movimento tenha abandonado a candidatura do socialista Paulo Câmara. Ressalta que Rodrigo e Piero, que declararam apoio a Armando, não têm autoridade nem o seu aval para se apresentar como legítimos representantes da juventude tucana.

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REDENÇÃO– O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), prestigiou, ontem, a audiência pública na Câmara de Vereadores sobre a criação da Zona Franca do Nordeste. “Com a ideia, o Nordeste poderá ter a sua redenção”, disse.

POSSE– O candidato do PTB a governador, Armando Monteiro Neto, incluiu na sua agenda de hoje uma visita à presidência do Tribunal Regional Eleitoral e depois participa da posse do desembargador Ronnie Preus Duarte.

Perguntar não ofende: Foi uma derrota anunciada?

O deputado Raimundo Pimentel, que ontem formalizou seu apoio ao candidato do PTB, Armando Neto, não será o primeiro nem o último a mudar de lado. Vem mais adesões por aí. Primeiro, porque a coligação em torno de Paulo Câmara (PSB) ficou maior do que se previa – 21 partidos – e não dá para atender inteiramente demandas e interesses de tanta gente, principalmente na disputa proporcional, o chamado chapão.

Haverá, também, dissensões por outros motivos. Um caso bem singular é o da vereadora Marília Arraes, também do PSB, prima do ex-governador Eduardo Campos. A parlamentar bateu de frente com o cacique da Frente Popular, tendo se posicionado contra a indicação de João Campos, filho de Eduardo, para o comando da Juventude Socialista.

Marília perdeu, consequentemente, todas as condições para disputar um mandato na Câmara dos Deputados, não tem mais ambiente na Frente Popular e não teria outro destino ao não ser fazer a travessia para o bloco oposicionista. Armando conta, ainda, com uma outra adesão de peso: a do deputado estadual Daniel Coelho.

Candidato a prefeito do Recife nas eleições passadas, Coelho quase provoca um segundo turno, passou à frente do petista Humberto Costa e tem dito que não engoliu a ida do PSDB, o seu partido, para o bloco da Frente Popular.

Por isso mesmo, está decidido a reforçar o palanque de Armando, podendo assumir um papel de destaque na coordenação de campanha no Recife e Região Metropolitana.

Se até 16 de agosto, quando começa o guia eleitoral na televisão e no rádio, Armando continuar numa posição privilegiada nas pesquisas ante Câmara certamente outros apoios virão, inclusive corre nos bastidores uma provável revoada de prefeitos.

NA FRENTE – Depois de sair na frente colocando propaganda nas ruas no primeiro dia de campanha, o candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, divulgou, ontem, o seu site oficial, enquanto seu adversário, o senador Armando Monteiro (PTB), temendo não ser acusado de violar a lei eleitoral, não pôs propaganda de rua nem também avançou na questão da campanha na internet.

Apadrinhamento discreto– Pelo menos no site oficial de Paulo Câmara a estratégia de vincular sua imagem à do ex-governador Eduardo Campos não ficou clara. Quem navegou se deparou apenas com uma foto dele com o padrinho.

A todo vapor – Na prática, entretanto, Eduardo mostra disposição para empurrar a campanha do aliado. Passou o dia fazendo campanha, ontem, em Brasília e Goiás, e no início da noite já estava num ato no Recife com Paulo Câmara. E no próximo fim de semana irá ao Sertão com Marina para comícios regionais da Frente Popular em Araripina e Afogados da Ingazeira.

Os rifados – Não foi apenas o deputado José Augusto Maia que foi rifado do PROS, saindo da disputa por um mandato na Assembleia Legislativa. Vereador em Caruaru, Demóstenes Veras também não teve sua candidatura registrada pelo partido. Veras contava com a simpatia de aliados do prefeito de Caruaru, José Queiroz, como Douglas Cintra, que assume o Senado no lugar de Armando nos próximos dias.

Zona Franca nordestina – Autor do projeto que cria a Zona Franca do Nordeste, o deputado paraibano Wilson Filho (PTB) preside, hoje, em Serra Talhada, uma audiência pública para envolver a sociedade sertaneja no movimento. Ontem, ele fez a primeira audiência na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará.

CURTAS

PROMESSAS– Eduardo revelou, ontem, ter recusado "várias promessas" do PT para que o partido que preside permanecesse na base do governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, foi oferecido inclusive proposta para 2018, sinalizando que fosse um plano para que ele saísse candidato.

PELE EM OVO– Armando disse que Paulo Câmara (PSB) não fez uma gestão eficiente voltada para as pequenas empresas, quando era secretário da Fazenda.  O candidato ao Senado, Fernando Bezerra, saiu em defesa do aliado, ao afirmar disse que senador procura "pele em ovo".

Perguntar não ofende: Passamos hoje pelos alemães?

Durante caminhada da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, na manhã de ontem, o senador Humberto Costa (PT) comentou a avaliação do Governo Dilma. Segundo a última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha (03/07), a presidente cresceu 2%, alcançando 35% de aprovação.  “Dilma conseguiu estabilizar a situação e continua sendo a candidata mais forte.  A nossa perspectiva é de crescimento durante a campanha. Quando começar o horário eleitoral, ela vai mostrar o que a gente construiu  ao longo desses quatro anos de governo. Tenho impressão que ela irá crescer ainda mais”, afirmou. 

O senador falou sobre a parceria entre Pernambuco e o Governo Federal. De acordo com ele, se o PT vencer o pleito deste ano, os investimentos na região nordeste irão continuar. “Desde o primeiro mandato de Lula (PT), em 2003, o nordeste passou a ser visto com outros olhos. Deixamos de ser a região marcada pela pobreza, pela seca, e começamos a nos destacar no cenário econômico. Com o PT na presidência, Pernambuco saiu ganhando, pois conquistou a Refinaria Abreu e Lima, o estaleiro Atlântico Sul, a Hemobrás, dentre outros projetos. Mas não só o nosso estado venceu a luta contra a desigualdade. Os programas sociais, como minha casa minha vida, bolsa família e Pronatec, puderam melhorar a qualidade de vida da população brasileira mais humilde. Se pudermos dar continuidade ao governo, o trabalho irá continuar”, declarou Humberto.       

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Sobre o episódio das vaias a presidente Dilma, durante a abertura da copa do mundo, Humberto Costa considerou normal e acredita que isso não irá se repetir durante a final do evento, que acontecerá no próximo domingo (13). “Vaias em jogos de futebol é uma coisa inevitável. O que aconteceu ali foi uma agressão, que reflete um pouco da intolerância de alguns setores da sociedade brasileira em relação ao PT e a Dilma. Mas a repercussão foi tão negativa, que acho que ela acabou capitalizando com isso. Creio que durante a final, onde Dilma deve estar presente, aquela forma de agressão não irá se repetir”, concluiu Humberto Costa. 

Na semana que a campanha começa a chegar às ruas, a revista Veja traz reportagem fazendo a primeira apresentação dos candidatos a presidente focando apenas em cima dos três principais postulantes – Dilma, Aécio e Eduardo.

Sobre a presidente diz que será sempre lembrada positivamente pela declaração de que prefere o barulho da Imprensa livre ao silêncio das ditaduras. Quanto a um momento dela que merece ser esquecido relembra a frase: “Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”.

Sobre o tucano Aécio Neves diz que será sempre lembrado pela frase “não há democracia onde o poder se concentra nas mãos de poucos e a liberdade dos cidadãos não encontra os meios de manifestar-se”.

Quanto ao ponto que merece ser esquecido: “Eu digo para eles: façam isso mesmo, suguem um pouquinho mais e depois venham para o nosso lado”. Aécio fez esta lamentável declaração quando tentou atrair para o seu palanque aliados do Governo.

Já em relação ao candidato do PSB, Eduardo Campos, a frase dele que será lembrada para sempre fala do slogan da sua campanha da nova política: “Chegou a hora de aposentar as raposas”.

Mas a que merece ser esquecida é a da polêmica foto dentro de um jatinho, sorrindo e dizendo “São Paulo, lá vamos nós”, enquanto uma greve da PM em Pernambuco desencadeava uma onda de saques e arrastões no Recife.

Ainda sobre Eduardo, a revista fala do seu momento imortal, destacando o nascimento do seu filho caçula, Miguel, nascido em janeiro com síndrome de Down: “Entre outras características que o fazem especial”, destacou, sem rodeios.

Mas, por fim, o momento mortal destacado na reportagem revela que ele manobrou para a colocar a mãe, Ana Arraes, no Tribunal de Contas da União.

MUDANÇA – O coordenador jurídico da campanha de Paulo Câmara a governador, Carlos Neves, diz que o staff de Armando Monteiro deveria se atualizar em relação às mudanças feitas na legislação eleitoral para o pleito deste ano. “Com uma conta de campanha do partido é possível fazer propaganda com material de rua enquanto não sai o CNPJ da campanha”, diz ele, ao comentar recurso que o PTB deu entrada, ontem, no TRE, reclamando de “propaganda abusiva”.

Propaganda acintosa– Já em Santa Filomena, ontem, no Alto Sertão do São Francisco, o candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, e o candidato a senador, Fernando Bezerra, distribuíram farto material de campanha, enquanto na caminhada de Armando Monteiro, em Brasília Teimosa, no Recife, não sabia sequer uma bandeira.

Adesões – Um dia após ter registrado sua candidatura a deputado federal pelo PSDB dentro da coligação da Frente Popular, de quem diverge frontalmente, o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) deve anunciar seu apoio ao candidato do PTB a governador, Armando Monteiro Neto. Outra adesão prevista é a da vereadora Marília Arraes, da bancada do PSB na Câmara do Recife.

Quem leva – No Cabo, o palanque que a Frente Popular vai prestigiar é o do ex-prefeito Lula Cabral (PSB), principalmente depois da debandada do ex-prefeito Vado da Farmácia e nove vereadores aliados para a coligação de Armando. Por isso mesmo, o deputado Betinho Gomes e seu pai Elias Gomes, prefeito de Jaboatão, andam roendo as unhas e fazendo intrigas.

Pulando fora – O deputado estadual Raimundo Pimentel (PSB) deve desistir da disputa à reeleição, passando o bastão para a mulher Socorro, filiada ao PSL. Chegam informações ainda de Araripina, sua principal base, de que também romperá com Paulo Câmara, aderindo, consequentemente, à candidatura de Armando Monteiro (PTB).

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ACAMPAMENTO– Em Águas Belas, no Agreste, professores da rede municipal acampam, hoje, em frente à Prefeitura Municipal em sinal de protesto contra uma série de reivindicações encaminhadas ao prefeito sem que haja, até o momento, nenhum sinal de atendimento.

COMÍCIOS– Araripina, no Sertão do Araripe, e Afogados da Ingazeira, no Pajeú, são palcos dos primeiros comícios regionais da Frente Popular, no próximo sábado, para embalar a candidatura de Paulo Câmara a governador, tendo como principais atrações Eduardo Campos e Marina Silva, que disputam a corrida presidencial.

 

Perguntar não ofende: O PSB fez ou não propaganda eleitoral abusiva no primeiro dia de campanha?

A contar pelas costuras de palanques estaduais nos cinco maiores colégios eleitorais do País, a presidente Dilma Rousseff (PT) conseguiu construir o maior número de alianças. Das 17 principais candidaturas colocadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul, nove delas estão no campo governista.

Somados, esses cinco estados detêm mais da metade do eleitorado brasileiro (53,5%). Somente nos três maiores Estados do Sudeste - São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – o campo governista conseguiu costurar sete candidaturas aos governos locais, quatro no Rio de Janeiro, duas em São Paulo e uma em Minas Gerais.

Já o candidato tucano, Aécio Neves, tem cinco candidaturas que defenderão seu nome nos cinco maiores estados do país, sendo que, em São Paulo, o tucano terá que dividir o palanque para a reeleição do atual governador do Estado, Geraldo Alckmin, com o socialista Eduardo Campos.

Dilma, por sua vez, terá que dividir palanques no Rio de Janeiro. Ao oferecer a vaga para a disputa ao Senado para o deputado Romário (PSB), o petista Lindbergh Farias, candidato ao Governo do Estado, também cede palanque para Eduardo. Já o atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que disputará a reeleição, cederá palanque para Aécio e Dilma.

Pelo visto, a salada eleitoral nos Estados é um complicador, um jogo difícil de ser compreendido pelo eleitorado, que a esta altura não sabe distinguir até onde PT e PSDB, que polarizam a disputa presidencial, são diferentes no País se em alguns Estados conseguem se unir e praticar o mesmo discurso.

MAL NO SUDESTE – O maior desafio para a presidente Dilma é melhorar seu desempenho nos três maiores colégios eleitorais do País – São Paulo, Minas e Rio. É na região Sudeste que detém o menor percentual – 28% ante 55% no Nordeste. Nas eleições passadas, aliás, ela perdeu no Sudeste para Serra, mas conseguiu reverter o jogo com os votos do Nordeste, onde impôs uma frente superior a 10 milhões de votos sobre o tucano.

O garupeiro – O acesso à Arena do Castelão, ontem, em Fortaleza, foi muito precário. Muita gente foi a pé num sol escaldante de 38 graus. O deputado Mendonça Filho (DEM) postou nas redes sociais uma foto indo para o estádio na garupa de uma bicicleta.

Dobradinha do forró – Em Caruaru, a deputada estadual Raquel Lyra (PSB) ainda não fechou a dobradinha em apoio a um deputado federal. Enquanto isso, Laura Gomes (PSB), sua principal concorrente na base governista, se entendeu com Wolney Queiroz, que tende a ser o mais votado no município, por ser o único a emplacar o discurso de candidato da terra.

Em Arcoverde – Com a chegada em Arcoverde, numa parceria com a Prefeitura, o programa Pernambuco Conduz, voltado para atender pessoas deficientes com vans adaptadas para o transporte seguro e confortável, passa a atender 26 municípios em todo o Estado. Trata-se de uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, através da Superintendência de Apoio à Pessoa com Deficiência.

Cidade simbólica – O candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, escolheu, simbolicamente, a cidade sertaneja de Santa Filomena para dar amanhã o start da sua campanha. Até 2006, quando Eduardo foi eleito governador, Santa Filomena era uma das 11 cidades que não tinham qualquer acesso pavimentado. “Vou mostrar que os municípios têm o mesmo direito”, diz o socialista.

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NA BRASÍLIA – Já o candidato a governador pelo PTB, Armando Neto, inicia sua campanha de rua, amanhã, com uma caminhada em Brasília Teimosa, bairro simbólico pelas lutas sociais e mudanças promovidas pelo Governo petista com o fim das palafitas na era Lula.

EXU NO FEM– Só agora o prefeito de Exu, Léo Saraiva (PTB), assinou o termo de adesão ao FEM – Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal. Ao município será repassado R$ 1,2 milhão para recuperação e conclusão da Vila Olímpica e pavimentação de quatro ruas.

Perguntar não ofende: Que seleção é esta que só passa no sufoco?

Em pesquisa do Datafolha publicada ontem na Folha de São Paulo, o povo brasileiro manifestou ampla satisfação com o sucesso da Copa do Mundo, o que, evidentemente, influenciou na mudança do astral do eleitorado em relação ao processo da sucessão presidencial.

O estudo mostra que a proporção de eleitores favoráveis à Copa no Brasil subiu de 51% para 63% em um mês. O orgulho com a realização do Mundial também saltou de 45% para 60%. Entre os entrevistados, 76% condenaram os torcedores que xingaram a presidente no jogo de estreia da Copa, em São Paulo.

Mesmo entre os eleitores de Aécio e Campos, a reprovação foi majoritária: 69% e 72%, respectivamente. Em consequência, as intenções de voto em Dilma avançaram de 34% para 38% e a aprovação do governo variou positivamente, de 33% para 35%. No mesmo intervalo, o candidato do PSDB, Aécio Neves, oscilou de 19% para 20%.

Já o candidato do PSB, Eduardo Campos variou de 7% para 9%, deixando assim a posição de empate técnico com o candidato Pastor Everaldo Pereira (PSC), estacionado em 4%. O fator Copa também influenciou na economia, em relação à expectativa de inflação (recuo de 64% para 58%), desemprego (de 48% para 43%) e poder de compra do salário (avanço de 27% para 32% dos que esperam melhoria).

Atualmente, 30% acham que a economia do país irá melhorar, frente a 26% em julho. E 48% estão otimistas com a própria situação econômica – contra 42% há um mês. Os números levantaram o astral de Dilma e provocaram euforia entre os dirigentes petistas, que acreditam que o sucesso do Mundial, independentemente de o Brasil ser campeão, trarão reflexo positivos nas urnas, garantindo a reeleição da presidente.

É arriscado, entretanto, apostar cegamente nessa direção, até porque quando Lula se elegeu pela primeira vez, no campo da oposição, o Brasil foi campeão mundial, o que, teoricamente, teria beneficiado o candidato apoiado por Fernando Henrique, que estava no poder, e não a oposição.

TEMPO PERDIDO – Um ex-prefeito da Zona da Mata torceu o nariz, ontem, quando perguntaram sobre os resultados práticos da reunião de ex-prefeitos e vice-prefeitos com o candidato do PSB, Paulo Câmara, quinta-feira passada, no Recife. Disse que saiu insatisfeito porque teve sua palavra ignorada. “Não participo mais. Quando quiserem algo comigo que me procurem no meu município. Não venho mais aqui perder meu tempo”, desabafou.

Sai federal – A assessoria do ex-prefeito Marinaldo Rosendo, o PSB e ele próprio cuidaram de desmentir, ontem, as notícias de que não seria candidato a deputado federal nem tampouco a sua irmã Balazinha, esta filiada ao PDT. Até entrevista coletiva convocaram para hoje.

Zona Franca – Relator do projeto de criação da Zona Franca de Manaus, o deputado Gonzaga Patriota e o presidente da comissão especial, Hugo Mota (PMDB-PB), marcaram duas audiências públicas para envolver a sociedade em defesa da causa: na segunda-feira em Juazeiro (CE) e na terça em Serra Talhada. Pela proposta, quem investir na área terá 30 anos de isenção fiscal.

Orelha ardendo – O governador João Lyra Neto (PSB) foi, ontem, a Belo Jardim dá a ordem de serviço para construção de uma barragem e na volta papeou por mais de duas horas com o senador Jarbas Vasconcelos, a quem recebeu em almoço no Palácio das Princesas. O que trataram do processo eleitoral a sós só Deus sabe!

Fora da disputa – Rompido com o prefeito Luciano Duque (PT), eleito com o seu apoio, o ex-prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (PSB), faz mistério quanto ao registro da sua candidatura a deputado estadual, mas ninguém no município, nem mesmo seus aliados, acredita que leve o projeto até o fim, em razão de processos em que concorreria sub judice.

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SEM VOTAR – Pelo menos 190 mil eleitores em Pernambuco não fizeram a biometria e estão, portanto, impedidos de votar nas eleições de outubro, mas o TRE não acredita tratar-se de eleitores fantasmas, mas de transferências para outros Estados.

UM TURNO – Já em Caruaru, que a princípio teria segundo turno nas eleições de 2016, porque teria passado de 200 mil eleitores, o que se constatou, ao final da biometria, é o que eleitorado chegou a 187 mil, abaixo do número que obriga o pleito em dois turnos.

Perguntar não ofende: O sucesso da Copa está blindando Dilma?

A presidente Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, o Plano Nacional de Educação (PNE). Antes disso, ele já havia sido aprovado no Congresso Nacional. O PNE tem dez diretrizes objetivas e 20 metas, além de estratégias para as políticas de educação na próxima década, incluindo a lei que determina o investimento de 10% do Produto Interno Bruto na educação.

Polêmico, no entanto necessário, o PNE foi enviado ao Congresso em 2010, com muitas propostas próximas à realidade brasileira e outras nem tanto. A primeira meta é a universalizar a educação infantil na pré escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade, até 2016. Hoje, no Brasil, a educação infantil é obrigatória a partir dos quatro anos de idade e temos 81,7% das crianças nessa faixa etária matriculadas na escola.

Porém, ainda há mais de 1 milhão de crianças que não estão matriculadas e é um fato que a oferta de educação infantil nas creches ainda está distante do proposto pelo Plano. Primeiro porque as crianças não freqüentam regularmente as creches e depois porque não há estrutura suficiente para atender toda a demanda.

Outro ponto que merece ser debatido é o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidade ou superdotados. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece que a educação oferecida aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ocorrer “preferencialmente na rede regular de ensino” e, de fato, o número de alunos com deficiência entre 4 e 17 anos cresceu entre 2010 e 2011. Entretanto, essa meta é bastante complexa porque reúne diferentes necessidades especiais em uma só e, infelizmente, grande parte das crianças que estão fora da escola têm necessidades educacionais especiais.

Analisando todos os pontos do PNE, um dos mais importantes é o de alfabetizar todas as crianças, no máximo, até os 8 anos de idade, durante os primeiros cinco anos de vigência do plano. Entendo esta meta como uma pré-condição para todas as outras metas sejam atingidas. O analfabetismo ainda é um dos principais problemas da educação no Brasil e se não há alfabetização, o Plano Nacional de Educação é em vão.

Vale ressaltar, também, a meta de fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem.  Medir a qualidade da educação brasileira é um desafio porque há várias formas de avaliar essa qualidade e inúmeras escolas não possuem estrutura profissional para atingir esse objetivo. O que se apresenta como um outro desafio.

É possível atingir os objetivos do PNE? Sim, é possível. Entretanto, estamos atrasados em relação ao número de metas a serem atingidas e o tempo para o fim do prazo dado. Será preciso, além do investimento, bastante comprometimento com a causa para que o Brasil possa ser referência na educação mundial. E vale lembrar: todo mundo tem direito a aprender.

A defesa de uma tese requer interpretação científica do dado advindo da sociedade. O achismo representa a defesa do desejo e da paixão. Então, a defesa da tese é exercício científico. A defesa do querer é ato apaixonado. Políticos e estrategistas sábios são guiados por teses. Políticos e estrategistas guiados pelo desejo são apaixonados pela candidatura ou pelo candidato. A interpretação da conjuntura eleitoral requer a validação ou a falsificação de teses. Com isto, estratégias eleitorais eficazes são construídas.

Três teses sobre as eleições presidenciais foram apresentadas ao universo midiático após as manifestações de junho de 2013. A primeira proposição foi que os levantes de junho representavam intensa inquietação social. Neste caso, eleitores estavam insatisfeitos e sinalizavam, através das manifestações, que não mais desejavam reeleger Dilma. Foi previsto, inclusive, que intensas manifestações ocorreriam durante a Copa do Mundo.

As manifestações de 2013 proporcionaram o surgimento da segunda tese, qual seja: os eleitores brasileiros, majoritariamente, desejavam mudança. Diversas pesquisas de opinião realizadas no primeiro semestre de 2014 mostraram isto. Entretanto, enquanto a mudança era verbalizada pela maioria dos eleitores, Dilma continuava a liderar as pesquisas eleitorais. Deste modo, era necessária interpretação sofisticada e parcimoniosa do desejo de mudança expresso pelos sufragistas.

A terceira tese era que a realização da Copa do Mundo e a desorganização da infraestrutura ofertada aos turistas e brasileiros intensificariam inquietações sociais que seriam expressas por manifestações. Em razão disto, a competividade dos presidenciáveis sofreria alteração. Neste caso, Dilma declinaria, e Aécio e Eduardo conquistariam eleitores.     

Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha divulgada em 03 de julho revela que Dilma continua a liderar a corrida presidencial, com 38% de intenções de voto. Aécio tem 20% e Eduardo, 9%. A aprovação da presidente Dilma alcança 35%. 65% afirmaram que as manifestações durante a Copa dão mais vergonha do que orgulho. E 60% estão orgulhosos com a organização da Copa.

Portanto, as três teses apresentadas foram falseadas. Neste caso, isto evidencia que elas foram formuladas por políticos e estrategistas apaixonados. Portanto, os dados advindos das pesquisas de opinião não foram adequadamente interpretados e códigos sociais vindos de pesquisas qualitativas foram desconsiderados. Urge aos presidenciáveis refletirem sobre as suas estratégias futuras. 

O desuso do "Manifesto das sete artes", publicado em 1923, que reconheceu o cinema como a sétima arte (hoje, são identificadas 11), deixa-me àvontade para incluir mais uma, a arte de governar.

Muita gente vai torcer o nariz diante de tamanha ousadia. As pessoas, em geral, estão ressabiadas com o governo, qualquer governo, em especial o nosso, perito  em malasartes e aívem um cara escrever sobre a arte de governar.

Justifico. A expressão "arte" admite uma licença na linguagem coloquial que amplia seu sentido original e permite o uso para traduzir a combinação de elementos concretos e abstratos capazes de qualificar o fazer humano (cultura). De outra parte, governar éuma ação intensa, transformadora e de tal complexidade cuja força pode produzir o belo e o trágico. Nela estão contidos o exercício do poder, o jogo da política e a  misteriosa essência do ser humano em toda sua grandeza e miséria.

De outra parte, nunca édemais lembrar que a inseparável relação entre governo e política avaliza conceitos clássicos que mencionam "ciência da governação dos   Estados"; "Arte e prática da governação das sociedades humanas"; e definições que  acrescentam àarte e àciência "a ética do bem comum".

Com efeito, o tempo das disputas eleitorais anima a reflexão sobre a arte de governar, reflexões, aliás, antigas, profundas e suficientes para abarrotar muitas bibliotecas.

O apelo àconcisão impõe o risco de me limitar a duas luminosas lições.

A primeira vem da civilização grega, particularmente do pensamento aristotélico, que exaltava a moderação como a virtude excelsa do homem porque, distante dos extremos, encontra o justo no caminho do meio. Éo contraponto dos excessos. Como toda virtude, ésilenciosa e passível de ser adquirida. Virtude laica e religiosa que ensina ser moderado em tudo, sobretudo, na arte de governar, no perigoso manejo do poder, este fenômeno social que se resume no domínio de homens sobre homens.

A outra lição vem do mais admirado e injuriado pensador, o florentino Nicolau Maquiavel. Maquiavel não era maquiavélico. Maquiavel foi um realista pessimista. Recomendava prudência e rejeição àingenuidade, ou seja, recomendava o pessimismo preventivo que se traduz na seguinte linha de conduta: admitir o mal não significa desejá-lo, mas reconhecer que ele étão provável quanto o bem desejado. Mirou no Príncipe, mas abriu os olhos do povo para o que é, para a natureza e o exercício do poder, abstraídas as prescrições do dever ser.

Em resumo: a virtude da moderação e o pessimismo preventivo devem ser companhias permanentes de quem governa. Uma revela o grande desafio do ser; o outro ajuda a superar o desafio do fazer.

Nas democracias, os governantes são eleitos na esperança de que cumpram os desígnios dos cidadãos. Não édifícil identificar carências e demandas sociais; não édifícil prometer políticas públicas e programas de governo devidamente embalados pelos modernos recursos do marketing político e do espetáculo midiático. A dificuldade fundamental do governante reside no pretenso dilema: atender o imediatismo das necessidades ou governar para as futuras gerações?

A meu ver, o dilema éfalso. Nem o populismo imediatista, nem o idealismo atemporal, isoladamente, dão sustentação ao bom governo.

A propósito, governar não esgota o seu significado em gerir, administrar organizações, entre elas, o Estado; governar édar rumos, dirigir, pilotar uma embarcação com o leme da clarividência de modo a abrir caminhos em direção a um porto seguro.

Desta forma, a arte de governar exige a virtude da moderação no uso do poder, a visão equilibrada entre o agora e o depois, a resiliência diante de turbulências e tempestades.

Com as eleições na porta e superada a fase das estranhas alianças (tratadas, aliás, com palavras que ferem ouvidos pudicos), estána hora de os candidatos demonstrarem que épossível, com uma visão de mundo, ideias e propostas viáveis governar com engenho e arte.

No meu caso, ficaria satisfeito com uma agenda básica: (1) o trinômio, educação/conhecimento/inovação; (2) instituições democráticas/inclusão; (3) governo que funcione. E antes que esqueça: adicionar ao PIB, indicador de quantidade, o felicitômetro, indicador de qualidade.

A campanha de rua começa no próximo domingo, mas na prática nenhum candidato já estará com seu material de propaganda impresso. Poderá, sim, fazer comícios e usar carros de som, porque qualquer impresso, mesmo que seja um simples “santinho”, terá que constar o número do CNPJ, o que, na prática, a justiça eleitoral só libera em 72 horas.

Se por acaso o candidato for flagrado fazendo distribuição de material sem o CNPJ será multado, correndo o risco de ter sua candidatura cassada. Candidatos majoritários e proporcionais devem estar atentos, também, à prestação de contas dos seus gastos de campanha, que nesta eleição serão feitas mês a mês, ou seja, julho, agosto e setembro.

Assessor da Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral, Orson Lemos disse, ontem, que este ano estão aptos a irem às urnas 6,3 milhões de pernambucanos, 4% a mais em relação ao pleito de 2010. O número oficial, entretanto, ainda será divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos dias.

A propaganda no rádio e na televisão, que mexe diretamente com o astral do eleitorado, forçando-se a despertar para as eleições, só começa em 16 de agosto, indo até 2 de outubro, três dias antes do pleito.

Para presidente da República, governador e senador, o guia na tevê está marcado para as terças, quintas e sábados, enquanto que os candidatos proporcionais – Congresso e Assembleia Legislativa – usam o tempo nas segundas, quartas e sextas-feiras.

Só a partir daí, o eleitorado tende a se envolver de fato na campanha. É na tevê e no rádio que o candidato do PSB, Paulo Câmara, aposta todas as suas fichas para virar o jogo, tirando do senador Armando Monteiro, que lidera todas as pesquisas hoje, o seu favoritismo. Vai conseguir? Só o tempo dirá.

CASAMENTO PARAIBANO - Pelo menos na Paraíba, administrada pelo socialista Ricardo Coutinho, candidato à reeleição, o PT manteve a aliança com o PSB e subirá no palanque do governador. De Brasília, chega a informação de que a direção nacional petista não vai intervir na Paraíba, onde o candidato a governador pelo PMDB, senador Vital do Rego, alimentava uma expectativa de contar com o apoio dos peemedebistas.

Rodoviárias reprovadas - Uma pesquisa preliminar do Ministério do Turismo mostra que os viajantes estão satisfeitos com os aeroportos. Ela revela que 80% dos ouvidos consideram bons os aeroportos, 16% avaliam como razoáveis e 4%, como ruins. Já as estações rodoviárias, principalmente em Pernambuco, não passam no teste.

Caiu fora - O ex-prefeito de Timbaúba, Marinaldo Rosendo (PSB), não sai candidato nem lança a sua irmã Balazinha, filiada ao PDT, para a Câmara dos Deputados. Aos aliados mais próximos o que ele diz é que o partido não cumpriu a promessa de abrir bases capazes de garantir a sua eleição. Desapontado, Rosendo prefere cuidar dos seus negócios, que, aliás, estão indo muito bem.

Os suplentes - João Paulo usou a estratégia de reforçar a sua chapa de candidato a senador contemplando o Sertão e o Agreste. A primeira suplente é a ex-deputada Isabel Cristina, aguerrida e combativa militante petista no Sertão do São Francisco. Já o segundo suplente é o ex-prefeito de Surubim, Flávio Nóbrega, que governou o município por dois mandatos e revelou-se um bom gestor.

Festa com obras - O prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), comemorou em alto estilo os 105 anos de emancipação política do município inaugurando duas grandes obras: o Sistema Integrado de Defesa, que centraliza todas as delegacias e ações de repressão, e um moderno abatedouro, entregue de forma pioneira à iniciativa privada. Trata-se de uma espécie de PPP que servirá de referência para as demais cidades do Interior.

CURTAS

VERGONHA - Segundo relatório divulgado, ontem, pela Confederação Nacional dos Municípios, mais de três mil municípios brasileiros estão impedidos de celebrar convênios para receber recursos da União, porque apresentam algum tipo de pendência junto ao Cadastro Único de Convênios (Cauc), mantido pela Secretaria do Tesouro Nacional.

O CAMPEÃO – O Estado campeão em inadimplência municipal é o Pará. Ali, 85% dos municípios estão na lista negra. A situação também é dramática nos Estados do Amapá e Roraima. Segundo a CNI, o quadro no País já esteve pior: em maio passado, o total de municípios sem o Cauc chegava a 4.320.

Perguntar não ofende: O Brasil passa amanhã pela Colômbia?

O Poder Judiciário do Brasil perdeu ontem (1) um dos maiores e mais destemidos combatentes da corrupção que há anos habita principalmente o Executivo e o Judiciário. O ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), presidiu, na última terça-feira, sua última sessão, e agora segue rumo à aposentadoria.

Odiado por uns e alçado ao posto de paladino da moralidade por outros, o fato é que Barbosa não temeu as intimidações e ameaças e conduziu, com punho de ferro, o julgamento do maior escândalo de corrupção do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Relator do processo do mensalão, Barbosa mostrou ao Brasil que ainda não é chegada a hora de desistir de lutar por um país mais justo, onde criminosos como os petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno possam sim ser conduzidos à prisão como qualquer outro que resolva se apropriar do dinheiro público.

Ao longo de uma ação penal que se arrastou por anos e que despertou a atenção da população tamanha a capacidade de articulação da quadrilha de mensaleiros para comprar apoios e advogar em causa própria, deixando de lado os interesses daqueles que os elegeram, Barbosa comprou briga com setores da mídia, poderosos e com a própria sociedade, que, diante dos duros argumentos e da falta de compaixão do ministro para com as práticas criminosas hoje tão conhecidas, muitas vezes saíam em defesa dos “pobres coitados”.

Ameaçado em praça pública por militantes do Partido dos Trabalhadores e por anônimos, por meio de redes sociais, Barbosa não se rendeu e foi até onde pôde para garantir a punição aos membros da quadrilha comandada por um ex-ministro da Casa Civil.

Agora resta ao país cobrar de Ricardo Lewandowski, novo presidente do Supremo Tribunal Federal, o mesmo rigor na condução dos processos. Não se pode passar a mão na cabeça de gente que não passa a mão na cabeça da gente, mas no nosso bolso.

E ao ex-ministro Joaquim Barbosa, o nosso muito obrigado.

De olho nas contas de Eduardo - Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Sérgio Leite (PT) encerrou o semestre legislativo, na última segunda-feira (30), dando entrada em mais três pedidos de informação ao Governo do Estado. O petista pretende se debruçar sobre dados da Cidade da Copa; convênios firmados com as prefeituras por todas as secretarias estaduais ao longo dos dois mandatos do ex-governador Eduardo Campos (PSB); e valores e projetos aprovados e rejeitados, contrapartidas, obras em atraso e prestação de contas dos repasses do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM).

Apostando alto - O deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB) ressaltou a qualidade e a coerência dos partidos que compõe o palanque do candidato do PTB ao Governo do Estado, senador Armando Monteiro Neto, mas frisou que a grande aliança do adversário de Paulo Câmara (PSB) na disputa eleitoral desse ano está sendo firmada com a população pernambucana. “O povo identifica Armando como o mais preparado e qualificado para governar o estado nos próximos quatro anos. Estou confiante na vitória no Interior e na Região Metropolitana do Recife”, ressaltou Silvinho.

Prometeu tem que cumprir - Líder da oposição na Câmara do Recife, Raul Jungmann (PPS) pôs o governista Gilberto Alves (PTN) contra a parede ao questionar o peso da palavra prometida. Alves havia garantido a Jungmann a realização de uma audiência pública, neste mês de julho, para discutir o aumento dos servidores municipais, mas aparentemente esqueceu a promessa feita e tentou uma manobra para dispensar os prazos regimentais da matéria e vota-la às pressas, atitude no mínimo suspeita e que pôs uma pulga atrás da orelha da oposição. “Afinal de contas, qual é a posição do governo? Porque para mim, palavra de líder é palavra de líder e tem que ser cumprida”, disparou Jungmann.

CURTAS

Provando do próprio veneno - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) aproveitou as comemorações dos 20 anos do Plano Real para lembrar à população do descrédito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto à implantação da série de medidas que, pouco tempo depois, iria estabilizar a inflação no país. Lula, que tanto gosta de citar episódios passados para apresentar números dos programas adotados nas gestões petistas, dessa vez precisou engolir seco e sair de fininho para não ter que explicar o inexplicável.

Botafogo vai com Armando - Ex-prefeito de Carpina e candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Manoel Botafogo (PDT) garantiu que irá seguir a determinação do seu partido e buscar votos para o candidato do PTB ao Governo do Estado, senador Armando Monteiro Neto. A declaração, feita durante entrevista a uma rádio local, foi seguida de críticas ao prefeito de Tracunhaém, Belarmino Vásquez (PR), que, segundo ele, atrasa o pagamento da vice, Nicinha Botafogo (PSDB), há mais de quatro meses.

Perguntar não ofende: será que houve comemoração entre os mais recentes hóspedes do Presídio da Papuda – Dirceu, Delúbio e Genoino - após a despedida de Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal?

Existe um aparente consenso no mercado de que a economia brasileira caminha mal. Tal afirmação, como revelam as pesquisas presidenciais, está presente também nas classes A e B. Por outro lado, as pesquisas para presidente da República revelam que a classe C está satisfeita com a economia atual, mas com receio de perder conquistas, e a classe D continua satisfeita. A opinião do mercado é semelhante a das classes A e B. No entanto, difere das visões de mundo das classes C e D. Qual é a razão destas diferenças?

O mercado está assustado. A razão para o temor é simples: a presidenta Dilma errou, inicialmente, na condução da política econômica brasileira. Dilma e a sua equipe titubearam quanto à agenda de políticas econômicas que deveriam adotar. Por isso, perderam a confiança do mercado.

A iniciativa privada é importante para o desenvolvimento da infraestrutura brasileira? Obviamente que sim. Porém, a presidente relutou em aceitar a iniciativa privada como coparticipante da ampliação e qualificação da infraestrutura. O controle do gasto público sempre foi um objetivo dos governos petistas, isto não deve ser negado. Porém, o governo Dilma usou de artifícios orçamentários para manter o equilíbrio fiscal e o mercado não aceitou esta contabilidade criativa. A taxa da inflação fora da meta também preocupa o mercado.

As classes A e B receiam em perder poder de comprar em razão do aumento da inflação. Além disto, estão inquietas com as greves, imobilidade nos centros urbanos, falta de segurança pública eficiente e com a classe política. Esta inquietude não só afeta a presidenta Dilma, mas os políticos de modo geral. Ressalto, entretanto, que as pesquisas presidenciais revelam que as classes A e B pretendem votar em candidatos da oposição na eleição presidencial deste ano.

As classes C e D foram e ainda são beneficiadas pelas ações dos governos petistas. O conjunto de programas sociais, como “Mais Médicos”, Pronatec, Prouni e Bolsa Família atendem as demandas destas classes. Por isto, a presidenta Dilma ainda mantém bons índices de avaliação e de intenções de voto nestes segmentos. Entretanto, pesquisas qualitativas revelam que parte da classe C está temerosa em perder conquistas e desejando mais - no caso, ampliação da renda e serviços públicos qualificados.

O momento atual do Brasil é de profunda divisão social. Relutei em afirmar isto, mas, os dados advindos de variados institutos de pesquisas que divulgam o desempenho dos presidenciáveis revelam isto. A divisão social, aparentemente, não assusta, já que classes sociais têm visões diferentes e os interesses do mercado nem sempre são similares ao da sociedade. Porém, ao refletir vagarosamente, tenho receio dessa clivagem social, pois poderemos ter, em breve, independente de quem seja o presidenciável eleito, um presidente amado por uns, odiado por outros, e sem condições adequadas para continuar a mudar o Brasil.

A morna e desanimada convenção do PSB, sábado passado, em Brasília, realizada três horas antes do jogo do Brasil contra o Chile, foi salva pelo discurso do candidato do partido ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos.

Enquanto Marina se perdeu, sem conseguir passar a emoção da sua fala em Recife, na convenção de Paulo Câmara, Eduardo mostrou segurança em cima de um pronunciamento duro, onde não faltaram ataques indiretos a Dilma e Aécio.

"Vamos acabar com a política rasteira do medo, da difamação, de que, no nosso governo, vamos acabar com Bolsa Família. Vamos acabar é com a corrupção, com o fisiologismo, com o patrimonialismo. Nosso governo vai manter estabilidade da moeda, o Prouni, o Minha Casa, Minha Vida", disse o candidato do PSB.

Repetindo estratégia que adotou nos últimos meses, Eduardo disparou uma série de críticas à política econômica do governo Dilma. Sob os olhares de militantes e dirigentes do PSB, afirmou que o País vive uma queda na produção industrial e um aumento progressivo da inflação.

Prometeu que, se eleito, irá colocar a inflação no centro da meta e vai acelerar o crescimento da economia. “Vamos inverter a equação. Vamos retomar o crescimento sustentável da economia. Vamos botar a inflação para baixo e o crescimento para cima. Vamos fazer isso retomando a confiança do Brasil no Brasil e a confiança do mundo no Brasil”, declarou. 

Além disso, o candidato do PSB prometeu, publicamente, que, se vencer a eleição de outubro, fará a reforma tributária no primeiro ano de governo. Também disse que não aumentará impostos ao longo de um eventual mandato à frente do Palácio do Planalto.

Aproveitando a crise na Petrobras, que motivou a criação de duas CPIs no Congresso Nacional, o ex-governador afirmou que “salvará” a estatal do petróleo e acabará com o que classificou de “crise energética”.  De olho nas queixas constantes de prefeitos e governadores,  prometeu “consertar a quebradeira" que, de acordo com ele, "Dilma levou ao pacto federativo brasileiro”.

“Os municípios estão de joelho, mendigando favores”, observou. Aliado a quatro legendas na corrida pelo Planalto, Eduardo afirmou que não aceitará partidos “sanguessuga” ao seu lado. Sem mencionar diretamente o governo Dilma, o candidato do PSB criticou a troca no comando do Ministério dos Transportes para garantir o apoio do PR na eleição de outubro.

“Vamos articular uma governabilidade ficha limpa. Vamos unir as melhores pessoas e partidos que estejam dispostos a somar honestamente forças pelo Brasil. Precisamos e vamos romper a velha política, reforçada nos últimos dias pela dança de ministérios”, prometeu.

“Conosco vai acabar essa história de suga-suga. Tem gente que acha isso bonito. Isso é inaceitável. O povo trabalhador é cumpridor de deveres exige respeito. Vamos desgrudar esses sanguessugas dos cofres públicos”.

LULA NO VÍDEO - Antes dos discursos de Eduardo e Marina na convenção do PSB foi exibido um vídeo institucional destacando a trajetória de Eduardo pelas mãos do avô, o ex-governador Miguel Arraes, além dos 20 milhões de votos de Marina na eleição passada. A peça publicitária enfatizou a gestão de Eduardo em Pernambuco e sua passagem pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, mostrando uma imagem dele ao lado do ex-presidente Lula.

Poste brilhante - No momento em que Roberto Freire, na condição de presidente do PPS, discursava na convenção do PSB em Brasília e apontava Dilma como um poste de Lula, a esposa do prefeito Geraldo Júlio, do Recife, Cristina Melo, sapecou da plateia: “Meu marido também era acusado de ser um poste, mas virou um poste que brilha e tem luz”.

Entrar Dudu - Em dia do jogo do Brasil contra o Chile, até o bordão com o xingamento a presidente Dilma ganhou nova versão na convenção do PSB, em Brasília: “Ei, Dilma! Sai para entrar Dudu”. Já o jingle embalado pelos convencionais, em ritmo de samba-rap, puxava o refrão em cima da “coragem para mudar o Brasil, eu vou com Eduardo e Marina”.

A comida de Marina - Em seu discurso, Marina fez a plateia rir quando gracejou dizendo que “a maior crise” da aliança PSB-Rede ocorreu quando um assessor serviu a Eduardo, por engano, o prato com a refeição dela. “Ai ele disse: eu discuto tudo, coloco o que você quiser no programa, mas comer a comida de Marina nunca”. Em tempo, Marina segue uma dieta especial, muito restrita.

Caruaru no Senado - A convenção do PTB-PT que homologou, ontem, a candidatura de Armando a governador, no Palladium, em Caruaru, superou as expectativas dos organizadores, teve muita animação e emoção. Serviu ainda para um filho da terra, o empresário Douglas Cintra, suplente de senador, assumir a cadeira no Senado com a licença de Armando por 90 dias.

CURTAS

PALESTRA – O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ranilson Ramos, fez uma longa explanação no congresso estadual de vereadores em Caruaru, sexta-feira passada, sobre o papel fiscalizador do vereador na aplicação de verbas públicas. Saiu de lá aplaudidíssimo.

LARGADA - Presente à convenção nacional do PSB em Brasília, Paulo Câmara, candidato do partido a governador em Pernambuco, estava emocionado. “Este ato é o começo de uma caminhada importante para o futuro do Brasil. Pernambuco está orgulhoso”, disse.

Perguntar não ofende: Sai hoje, finalmente, o vice de Aécio?

O Recife viveu um dia caótico, ontem, com o temporal que desabou na noite anterior e se estendeu até o final da tarde, registrando um acumulado de 140 mm, o correspondente a 11 dias de chuva intensa.

Trinta famílias estão desabrigadas, ocorreram 89 deslizamentos e cem pessoas ficaram feridas. Quem foi obrigado a acordar cedo para ir ao trabalho enfrentou muitas dificuldades, engarrafamentos quilométricos em razão da inundação das principais vias de acesso.

Não é novidade Recife virar um pandemônio com chuvas nesta época do ano. Trata-se de um problema que se arrasta há muitos anos e desponta sem solução, porque o sistema de drenagem é do tempo das pedras, com galerias entupidas e mal conservadas.

É forçoso reconhecer que a cidade está numa posição complicada, muito abaixo do nível do mar, sendo vocacionada para conviver com este tipo de problema, mas se houvesse mais investimentos em drenagem, mais preocupação na restauração das galerias e canais, certamente o drama não teria esta dimensão que observamos e enfrentamos ontem.

Lá atrás, o PT prometeu preparar o Recife para as chuvas, mas ações práticas não saíram do papel em 12 anos. Com Geraldo, ou seja, o PSB no poder, o quadro é o mesmo, conforme se comprovou com o chuvaréu que desabou sobre as nossas cabeças.

Apelar para quem? A população já cansou e infelizmente será obrigada a conviver por mais tempo com esta situação. Oxalá um dia o Recife possa ter uma drenagem padrão FIFA, como o da Arena São Lourenço, onde o gramado moderno e arrojado não sofreu nenhum dano com os 140 mm de chuva. Mas, isso é um sonho quase que impossível de se realizar.

OLHO NOS ESTADOS– Nos Estados, a presidente Dilma vai acompanhar de perto as eleições e onde não puder estar presente terá sempre alguém de uma comissão especial criada pelo PT, composta por Rui Falcão (presidente do partido), Alberto Catalice, Carlos Árabe, Mônica Valente, Geraldo Magela e Florisval de Souza, todos integrantes da cúpula nacional petista.

Padrão vergonhoso– Depois de assistir Alemanha x Estados Unidos, ontem, numa Arena que parecia não estar localizada na inundada Região Metropolitana, um jornalista americano sapecou no seu Twitter: “No estádio do Recife agora não há inundação. Pode se ver a diferença entre o padrão FIFA e o padrão para os brasileiros comuns. Vergonhoso!”

TEMPÃO NO GUIA–Com as recentes adesões ao projeto do PT, a presidente Dilma, candidata à reeleição, pode somar entre 11 e 12 minutos em rede nacional de rádio e TV, cerca de 50% no tempo total de propaganda eleitoral, caso o cenário se confirme até o fim das convenções partidárias, na próxima segunda-feira 30. Enquanto isso, Eduardo tende a ter menos de três minutos.

PSL COM EDUARDO- O PSL, do ex-presidente do Sport, Luciano Bivar, é o quinto partido a apoiar Eduardo para presidente.  O apoio será oficializado domingo, um dia após a convenção do PSB, que confirmará a postulação de Campos ao Planalto. O ato também servirá para confirmar o apoio do G6, grupo de partidos nanicos que apoiam a candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo do Estado.

Aécio visita Queiroz– Aécio volta, hoje, a Pernambuco e cumpre agenda em Caruaru, onde circula no pátio do forró, que deve atrair uma multidão nesta noite por causa das atrações musicais, entre os quais Capim com Mel e Gatinha Manhosa. Da capital do forró, onde antes faz uma visita ao prefeito José Queiroz, o candidato tucano ao Planalto segue para Campina Grande.

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NÃO VAI MAIS– O governador João Lyra Neto (PSB) não irá mais participar da festa de emancipação política de Afogados da Ingazeira na próxima terça-feira, devido a compromissos que não conseguiu transferir da sua concorrida agenda.

EM CARUARU- A convenção do candidato do PTB a governador, Armando Neto, no próximo domingo, em Caruaru, começa as nove da matina e só acaba por volta das 13 horas. Será no Palladium e a previsão é de arrastar um público superior a 20 mil aliados. 

Perguntar não ofende: O PTB recua hoje em sua convenção em Salvador na decisão do apoio a Aécio?

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