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A elite política da China está finalizando as preparações para a troca de líderes do país. Nesta quinta-feira o Comitê Central, que estabelece os rumos da nação, realizou sua última reunião antes do presidente Hu Jintao e outros cederem o lugar para o vice-presidente Xi Jinping e a nova geração no congresso do Partido Socialista, que começa no dia 8 de novembro.

Na agenda do Comitê está a aprovação da plataforma política que Hu entregará no congresso, bem como um relatório da ouvidoria interna do partido, reportou a agência de notícias Xinhua.

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O Comitê Central, composto por cerca de 370 integrantes do alto escalão do partido, governo e Exército, também deve expressar sua condenação a dois oficiais já expulsos: o ex-ministro de ferrovias Liu Zhijun, que enfrenta acusações de corrupção, e Bo Xilai, o político carismático em ascensão que agora é acusado de diversos delitos - inclusive de encobrir um assassinato cometido por sua esposa.

A queda de Bo neste ano expôs as disputas internas dentro de uma liderança que gosta de projetar uma imagem de união e também complicou a escolha dos novos governantes. As informações são da Associated Press.

O Partido Socialista da Grécia (Pasok), um pilar da coalizão governista local, perdeu hoje um aliado após enfrentar uma difícil votação no Parlamento que expôs a resistência a um novo pacote de medidas de austeridade, necessário para a liberação de mais empréstimos do pacote de ajuda do país.

O parlamentar Michalis Kassis anunciou que decidiu tornar-se independente após o líder do Pasok, Evangelo Venizelos, determinar que os socialistas apoiem as medidas a qualquer custo. "Já não sou mais um deputado socialista", disse Kassis à uma estação de TV grega.

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A decisão deixa o Pasok com 32 deputados no Parlamento de 300 assentos e a coalizão governista com 175 membros. O governo conseguiu aprovar ontem uma importante lei de privatização, mas a votação mais crucial, sobre o orçamento e reformas pendentes, deverá ocorrer na semana que vem.

"Quem não puder seguir este caminho, não deve fazê-lo, devemos seguir trajetórias distintas", disse Venizelos aos parlamentares, acrescentando: "Chegou o momento da verdade".

A expectativa é que outros legisladores socialistas se oponham às reformas, como acontecerá também com o pequeno Esquerda Democrática, que faz parte da coalizão.

A Grécia precisa aprovar as medidas de austeridade até 12 de novembro, quando ministros das Finanças da zona do euro vão discutir a liberação de uma nova tranche de 31,2 bilhões de euros (US$ 40 bilhões) de seu segundo programa de assistência, concedido pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

O primeiro-ministro Antonis Samaras tem alertado que o eventual colapso do acordo trará "caos" à Grécia. As informações são da Dow Jones.

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Pequim confirmou nesta segunda-feira que o primeiro-ministro Wen Jiabao contratou advogados para defendê-lo das acusações publicadas pelo jornal americano ‘The New York Times’ na semana passada.

O diário divulgou que a família do chefe de governo chinês teria uma fortuna estimada em 2,7 bilhões de dólares. As denúncias surgem em um momento político importante na China, a poucos dias da abertura do congresso do Partido Comunista Chinês. 

O fim do período eleitoral sugere diversas obviedades, as quais já estavam postas desde o fim da eleição de 2010. Obviedade é aquilo que sabemos quando a identificamos. Deste modo, talvez muitos analistas e políticos não tivessem identificado o óbvio após o fim das eleições de 2010. Entretanto, após o período eleitoral de 2012, o óbvio se tornou nítido.

Desde 2010 era fato que PT e PSB não poderiam ocupar o mesmo lugar no espaço político. Certamente, variados atores que desenvolviam as suas análises com a visão restrita ao Sudeste se enganaram, pois não considerou que o governador Eduardo Campos, após ser reeleito em 2010, mostraria o seu desejo de ser candidato à presidente da República em 2014.

Os gestos de Eduardo Campos em Pernambuco sinalizavam para a ruptura eleitoral com o PT. E assim ocorreu. O governador de Pernambuco venceu a disputa eleitoral em Recife na eleição de 2012. Não se devem desprezar também os gestos do governador. Desde 2011, Eduardo Campos obtém espaços estratégicos na imprensa nacional e sugere agendas, as quais têm como objetivo a conquista do eleitor. Portanto, não é novidade o que hoje estão dizendo: Eduardo Campos pode ser candidato à presidente em 2014.

Hoje o PSB tem pressa para lançar candidato à presidente em virtude do sucesso eleitoral de Haddad em São Paulo. Se Haddad for um bom prefeito, ele tem condições de ser o candidato do PT em 2018. E se Dilma não for reeleita em 2014? Ele continua em condições de ser candidato à presidente em 2018. Ressalto que a maior vitória de Lula nesta eleição não foi o sucesso eleitoral de Haddad. A maior vitória do ex-presidente foi ele ter descoberto Haddad.

Recomendo que a análise sobre as consequências da eleição de 2012 não se resumam ao raciocínio quantitativo. É importante, claro, considerar quais partidos elegeram mais prefeitos. Existe associação e talvez causalidade entre número de prefeitos eleitos e eleições para deputados, governadores e presidentes. Porém, a análise deve ser ampliada, pois desta forma é possível prognosticar 2014.

O que me chama a atenção após o processo eleitoral municipal são os novos atores que surgiram e o desempenho dos que já existiam, quais sejam: Marcelo Freixo (PSOL), Haddad (PT), Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Estes atores, além de Marina Silva, ditarão o ritmo da competição presidencial de 2014.

Se Marcelo Freixo, Dilma, Eduardo Campos e Aécio Neves forem candidatos à presidente em 2014, é possível que a eleição finde apenas no segundo turno. Se assim ocorrer, crescem as chances de sucesso eleitoral de Eduardo ou Aécio. Se Dilma vier a perder a eleição, Haddad será alçado como a nova liderança nacional do PT e disputará contra PSB ou PSDB a reconquista da presidência da República.   

O ex-premiê da Itália Silvio Berlusconi, que renunciou ao cargo em novembro do ano passado, disse hoje que se sente obrigado a voltar a ter papel ativo na política depois que um tribunal de Milão o condenou a uma pena de prisão por fraude tributária na sexta-feira. Em entrevista a TG5, canal de TV administrado pela empresa do ex-premiê Mediaset, Berlusconi afirmou que a sentença o força a "permanecer na arena" para tentar reformar o sistema judiciário italiano.

Esta semana, Berlusconi havia anunciado que se retiraria das disputas políticas italianas, pelo menos como uma figura de liderança, e anunciou que o seu partido de centro-direita Povo da Liberdade faria primárias para escolher um candidato para as eleições gerais que serão realizadas na próxima primavera no Hemisfério Norte.

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Não ficou claro se Berlusconi pretende se candidatar para a liderança do partido ou concorrer ao parlamento. O ex-premiê dará uma entrevista coletiva perto de Milão ainda hoje.

Na sexta-feira, Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão por fraude tributária e teve os direitos políticos cassados por cinco anos. A sentença de quatro anos de prisão foi comutada para três anos de prisão devido a uma lei destinada a reduzir o número de presos nas casas de detenção do país. Ele foi considerado culpado de evasão fiscal no caso envolvendo a compra de direitos para transmitir filmes e programas de televisão norte-americanos na Itália em nome da Mediaset. O tribunal acatou o argumento da promotoria de que os direitos foram comprados por intermédio de empresas offshore por valores subfaturados. Berlusconi deve recorrer da condenação. As informações são da Dow Jones.

O político caído em desgraça Bo Xilai foi expulso do Parlamento da China nesta sexta-feira. Com isso, ele não conta mais com imunidade parlamentar e poderá ser processado criminalmente.

Agora o Partido Comunista chinês está mais próximo de resolver o maior escândalo político do país em décadas. Antes a principal autoridade na megacidade de Chongqing e cotado para assumir cargos importantes no governo da China, Bo é acusado de corrupção e outros delitos, incluindo interferência na investigação do assassinato de um empresário inglês. A esposa de Bo, Gu Kailai, e um empregado foram condenados pelo crime no mês passado.

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A queda de Bo expôs as disputas internas no Partido Comunista, que prepara-se para a transição de liderança que acontece uma vez a cada dez anos, a ser realizada no congresso do partido marcado para o dia 8 de novembro.

Segundo o especialista em política chinesa da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, Ding Xueliang, antes de Bo ser julgado os líderes do país vão chegar a um consenso sobre o quão dura será sua punição e quais de seus cúmplices serão levados ao tribunal. O Politburo, cúpula do Partido Comunista, também tentará garantir que o acusado comporte-se e não faça acusações durante o julgamento, afirmou Ding. As informações são da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, de 76 anos, confirmou nesta quarta-feira que não concorrerá a mais um mandato como premiê nas eleições parlamentares de abril de 2013. O magnata afirmou em comunicado sua decisão.

"Eu não me candidatarei em 2013", disse Berlusconi, que governou a Itália em 1994, entre 2001 e 2006 e depois entre 2008 e 2011. Pesquisas recentes mostram que o apoio ao conservador partido Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano) do magnata está ao redor de 20% do eleitorado, bem abaixo dos 37% de 2008, quando Berlusconi venceu sua última eleição. Entre os partidos menores que apoiavam o PDL, cresce o pedido para que o atual primeiro-ministro, o tecnocrata Mario Monti, se candidate em 2013.

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Nos últimos meses, assessores de Berlusconi disseram que o magnata, que renunciou no final do ano passado em meio à recessão e a uma série de escândalos sexuais e de corrupção, poderia concorrer novamente. Berlusconi alimentou essa expectativa, ao adotar uma retórica contra o euro e contra Mario Monti.

Nesta quarta-feira, Berlusconi disse que pretende continuar na política, embora não no centro das atenções. "Eu ainda tenho energia e um pouco de cérebro, mas o que se espera de mim é que dê conselhos" ao PDL, disse.

Nos últimos meses, o PDL foi atingido por uma série de escândalos de corrupção. Na região do Lácio, a governadora, que era do PDL, renunciou, após ser divulgado que ela e assessores usaram dinheiro público para gastos pessoais, como a compra de automóveis. Na região da Lombardia, no norte, o governador Roberto Formigoni enfrenta uma pressão crescente para renunciar, após ser revelado que um secretário do governo comprou votos da máfia calabresa, a 'Ndrangheta, para ser eleito em 2010. O secretário acusado, que também era conselheiro, está preso em Milão. Formigoni nega ter tido qualquer conhecimento sobre o episódio. Pelos menos 14 dos 70 conselheiros da Lombardia são investigados.

As informações são da Dow Jones.

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O exército do Líbano reforçou nesta segunda-feira a segurança em Beirute. Em um comunicado, os oficiais das Forças Armadas expressaram a firme determinação de "restabelecer a ordem e a paz civil", após os recentes episódios de violência na capital.

Em um debate sobre política externa que envolveu a discussão dos gastos militares e ataques às práticas comerciais da China, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu rival republicano Mitt Romney fecharam o terceiro e último confronto televisionado na noite da segunda-feira, na Universidade Lynn em Boca Ratón (Flórida), antes das eleições de 6 de novembro. Obama foi mais agressivo, enquanto Romney parecia se conter, mas definiu a política do presidente para o Oriente Médio como um fracasso. Romney indicou que poderá aumentar os gastos militares, embora tenha descartado novas guerras. A América Latina foi pouco citada e apenas como uma "oportunidade econômica" por Romney. Obama lembrou o que chamou de "sucesso" na política externa da sua administração: a morte de Osama bin Laden, a chamada "Primavera Árabe" e a retirada das tropas norte-americanas do Iraque. Romney tentou trazer questões da economia, como o desemprego, para o debate.

Obama partiu para o ataque a Romney na primeira questão, que era sobre a Líbia e a morte do embaixador Christopher Stevens em 11 de setembro. O presidente disse que os EUA caçarão os responsáveis pelo assassinato do diplomata. Mas após Romney ter dito que a rede terrorista Al-Qaeda ainda era uma ameaça, Obama disse que estava "feliz" que Romney tenha reconhecido que a Al-Qaeda, e não a Rússia, é a maior ameaça atualmente aos EUA.

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"Fico feliz que o senhor reconheça, governador Romney, que a maior ameaça hoje à América seja a Al-Qaeda. Há alguns meses, o senhor disse que a maior ameaça era a Rússia", disse Obama. "Você está não apenas errado, mas também confuso", disse Obama.

Segundo ele, se dependesse de Romney, os EUA ainda teriam soldados no Iraque. Obama defendeu a retirada das tropas americanas do Iraque, que ele completou. Romney respondeu dizendo que se referia à Rússia como um "rival geopolítico" e não como um inimigo.

Romney começou dizendo que não quer repetir "outro Iraque ou Afeganistão", tentando rechaçar a visão de que os republicanos gostariam de outra guerra. Ele disse que sua estratégia será incentivar os muçulmanos a "rejeitarem o extremismo por conta própria." O republicano afirmou que, após a "Primavera Árabe", a situação está se deteriorando rapidamente no Oriente Médio e que parte disso é culpa da administração Obama. "Nação após nação, presenciamos uma série de eventos perturbadores", afirmou ele, citando a guerra civil na Síria, o perigo do Irã obter uma arma atômica e a morte de Stevens na Líbia. "Minha estratégia é ir atrás dos caras maus. Mas minha estratégia é também mais ampla", disse o republicano. Ele afirmou que a política de Obama se restringe a matar os líderes terroristas e não promove a democracia no mundo.

Romney afirmou que, sob sua liderança, o envolvimento dos EUA na guerra civil síria seria provendo armas e apoio aos rebeldes que lutam para derrubar o regime do presidente Bashar Assad. "Nosso objetivo é tirar Assad e colocar um governo aliado - que tenha as armas necessárias para se defender", disse Romney. Obama defendeu a postura atual do governo dos EUA, de sanções econômicas ao governo sírio.

Os dois disseram que irão retirar as tropas dos EUA do Afeganistão até 2014. Nesse ponto, Romney, que fez fortes críticas ao Paquistão, foi questionado pelo mediador Bob Schieffer, da CBS, se iria "se divorciar" do governo paquistanês, como ameaçou.

Romney disse que não e lembrou que o Paquistão tem um arsenal nuclear e não pode ser abandonado. "Se o Paquistão virar um Estado falido, precisamos lembrar: existem armas nucleares. Mas as relações com o Paquistão estão estremecidas", disse Romney, que defendeu o apoio ao governo paquistanês.

Romney tentou passar uma imagem mais diplomática, mas foi ironizado por Obama. "Fico feliz que você agora apoie a diplomacia - não é o que fazia há alguns anos", disse Obama, que defendeu a atuação dos fuzileiros navais na morte de Osama bin Laden no Paquistão em 2011. "Em 2008, o sr. questionou: devemos percorrer a Terra atrás de um homem?" disse Obama a Romney.

Romney defendeu a modernização da Marinha e da Força Aérea e sugeriu que gastará mais nas armas. Ele disse que cortará o orçamento do governo em 5% mas evitou responder em quais setores fará as reduções, mesmo pressionado pelo mediador. Ele só disse que não cortará nenhum gasto na Defesa. Obama ironizou Romney em um certo momento, ao dizer que a questão é de estratégia e não um joguinho de "batalha naval". Obama descartou um corte de US$ 500 bilhões no orçamento militar, mas afirmou que "nem os militares" pedem um aumento nos gastos da Defesa.

China e América Latina - Romney comparou a China com a América Latina, ao dizer que a região tem uma economia "do tamanho da China" e representa "oportunidades enormes" para os EUA. O republicano não foi exato. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) da China foi de US$ 7,3 trilhões, enquanto o da América Latina foi de US$ 5,6 trilhões. Obama falou pouco sobre a região, e disse apenas que continuará com as atuais políticas para a América Latina, que é secundária para a política exterior dos EUA.

Os dois discutiram mais sobre a China. Romney disse que os chineses são manipulares da moeda para ganhar vantagens no comércio exterior. Obama acusou Romney de "exportar empregos" para a China, ao investir em empresas com fábricas na Ásia.

Romney chamou a China de "manipulador de câmbio" e afirmou que não se preocuparia em iniciar uma guerra comercial porque os dois países já possuem um enorme desequilíbrio comercial em favor dos chineses. O republicano afirmou que fará Pequim entender que "tem que seguir as regras do jogo". Ele disse que ao segurar artificialmente o preço de sua moeda, a China prejudica os trabalhadores norte-americanos.

Em seguida, Obama atacou o histórico do republicano como empresário, afirmando que ele investiu em empresas que transferiram vagas de trabalho para a China. Obama também disse que a China precisa jogar pelas mesmas regras que os outros países e lembrou de reclamações que os EUA fizeram na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra práticas comerciais de setores chineses, como na siderurgia.

No final, Obama disse que Romney quer trazer de volta tanto na política externa quanto na política econômica as práticas que fracassaram na era Bush. Obama prometeu uma "liderança forte" para os EUA. "Vou garantir que os empregos voltem para o nosso país", disse Obama. Romney disse que levará os EUA de volta à liderança mundial e adotou um tom messiânico: "Esta nação é a esperança da Terra".

O Partido Comunista Chinês está revisando as preparações para a iminente transição de poder e anunciou que irá modificar a Constituição do país durante o Congresso que será realizado daqui a algumas semanas. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, a decisão aconteceu após os 25 membros da cúpula do partido, o Politburo, terem reunido-se nesta segunda-feira. A Xinhua não deu mais detalhes sobre as reformas.

O Partido pode estar considerando reforçar o Estado de Direito na China, afirmou o especialista em política chinesa do Instituto Brookings, Cheng Li. Isso faria a liderança do país parecer mais transparente perante o público, após as disputas internas do Partido terem sido expostas durante o escândalo que derrubou Bo Xilai, que era figura política em ascensão.

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Ainda nesta segunda-feira, um grupo de esquerdistas chineses enviou uma carta aberta ao Parlamento pedindo que não expulse Bo do Partido. A missiva, assinada por mais de 700 acadêmicos e ex-oficiais, foi publicada no site China Vermelha. Segundo a BBC, os signatários afirmaram que a expulsão é legalmente questionável e politicamente motivada. Bo caiu em desgraça quando autoridades descobriram que sua esposa assassinou o empresário britânico Neil Heywood. As informações sã da Associated Press.

Em artigo anterior abordei o direito à educação no Brasil do ponto de vista constitucional e os números, apresentados em pesquisas recentes, que mostram a realidade negativa que ainda perdura na educação brasileira. Dessa vez vamos abordar os problemas que causam esses resultados.

A legislação sobre educação vigente no Brasil se pauta na concepção da educação como um direito fundamental e assegurado a todas as crianças, adolescentes e adultos, de forma indiscriminada e universal. Além disso, ela se apresenta como dever da família e do Estado. O ensino da primeira à oitava série deve ser oferecido gratuitamente a todo brasileiro, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.

São inúmeras as dificuldades, problemas e obstáculos no sistema educacional do nosso país. Inúmeros, porém, não insuperáveis. No Brasil, a evasão escolar é um grande desafio para as escolas, pais e para o sistema educacional mantido pelo Estado. Dentre os motivos alegados pelos pais para a evasão dos alunos, são mais frequentes a justificativa de escola distante de casa, falta de transporte escolar, não ter quem leve o estudante até a escola e ainda doenças/dificuldades dos alunos.

De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada em 2010 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem a maior taxa de abandono escolar no Ensino Médio entre os países do Mercosul. Segundo dados, 1 em cada 10 alunos entre 15 e 17 anos deixa de estudar nessa fase. No Ensino Fundamental os índices de evasão são menores, 3,2%. Embora o índice pareça pequeno, corresponde a mais de 1milhão de alunos. E ainda estamos atrás de outros países da América do Sul como Uruguai e Venezuela, onde as taxas de abandono estão no Ensino Fundamental em 0,3%; e no Médio em 1%, respectivamente. 

Para combater a evasão, faz-se necessário investir em infraestrutura nas escolas, com mais livros, banda larga, dedicação exclusiva dos professores e melhoria na merenda para as crianças. Em relação ao Ensino Médio, temos um bom exemplo do Governo Federal, que tem investido na iniciativa do Programa Ensino Médio Inovador para combater a evasão escolar. Desde 2009, o programa tem o objetivo de tornar o currículo mais atraente para os alunos, incluindo disciplinas optativas e aulas práticas.

Projetos como o citado anteriormente são uma tentativa de modernização das escolas brasileiras, atrasadas em relação ao método de ensino de outros países, e são necessárias para acompanhar os novos tempos baseados na tecnologia e para que não fiquem obsoletas, mas mudar não é fácil. Investir é necessário, mas ainda é preciso garantir a diminuição do trabalho infantil e o atendimento adequado às crianças e aos adolescentes com deficiência. Só através de uma grande mudança – estrutural, curricular e metodológica - será possível assegurar o direito de todos de permanecer estudando, de progredir nos estudos e de concluir a educação básica na idade certa.

A vitória do PSB na cidade do Recife possibilitou o fim do ciclo eleitoral e político do PT. O fim do ciclo eleitoral caracteriza-se pela perda da prefeitura para o PSB. E o fim do ciclo político caracteriza-se pelo fortalecimento do governador Eduardo Campos na capital pernambucana. Ciclos são dinâmicos. Portanto, talvez, daqui a certo tempo, venho a falar no fim do ciclo do PSB em Pernambuco. Adianto, entretanto, que, por enquanto, o fim do ciclo do PSB não é visível.

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) em março de 2012 indagou: Você tem preferência por algum partido político? 36% afirmaram que sim. Neste universo, 82,9% afirmaram ter preferência pelo PT. Em abril de 2012, o IPMN perguntou ao eleitor: Você sabe qual é o partido do atual prefeito do Recife? 67% afirmaram que sim. No universo dos que responderam sim, 99,3% afirmaram que era o PT. E para 65%, no universo de 67%, o PT merecia continuar à frente da prefeitura do Recife independente do candidato. Em janeiro de 2012, pesquisa do IPMN revelou que João Paulo era considerado por 50% dos eleitores como o melhor prefeito do Recife nos últimos anos.

Os dados apresentados, os quais foram colhidos no primeiro semestre de 2012, me permitiram afirmar que existia o fenômenos social petismo no Recife. O que seria o petismo? Conjunto de eleitores que independente dos candidatos que estarão em disputa na eleição municipal e independente da avaliação do prefeito João da Costa votarão no PT. As causas do petismo sempre foram nítidas, quais sejam: 1) Memoria positiva de parte dos eleitores em relação ao ex-prefeito João Paulo; 2) Admiração de parte dos eleitores para com o PT; 3) E o lulismo.

Eleitores não são árvores. Eles mudam de opinião, constroem novas preferências e fazem escolhas. Os resultados finais da eleição do Recife corroboram com essa premissa. Os eleitores mudaram a sua preferência e, por consequência, fizeram novas escolhas. As novas escolhas permitiram o fim dos ciclos político e eleitoral do PT em Recife. Ou melhor: o fim do petismo.

O fim do petismo é comprovado empiricamente. A vitória de Geraldo Júlio no primeiro turno é o indicador mais nítido. Porém, existem outros dois. Pesquisa divulgada em 05 de outubro, às vésperas da eleição, revela que 76% dos eleitores sabiam qual era o partido que estava à frente da prefeitura do Recife. Neste universo, 99,8% afirmaram que era o PT. E 23%, no universo de 76%, frisaran que o PT merecia continuar à frente da prefeitura do Recife. Em abril o percentual era de 65%. Portanto, decréscimo considerável.

Não se deve desprezar que 81% dos eleitores recifenses aprovam a gestão do governador Eduardo Campos – Pesquisa IPMN em 05 de outubro. Este dado, mais a vitória de Geraldo Júlio, possibilitou que um novo fenômeno social surgisse em Pernambuco, qual seja: o eduardismo. O eduardismo se caracteriza pela existência de eleitores que têm como referência positiva o governador Eduardo Campos, e, por esta razão, optam por fazer escolhas sugeridas por ele. Até quando durará o eduardismo? Não tenho indicadores que me deem condições para prever o fim do eduardismo neste momento.    

Em um debate centrado na economia e nos problemas internos dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama e seu rival republicano, Mitt Romney, fizeram o segundo debate presidencial na noite da terça-feira (16). Ao contrário do primeiro debate, quando se mostrou apático, Obama partiu para o ataque a Romney em algumas ocasiões - ele criticou a rejeição do republicano ao resgate da indústria automobilística, disse que Romney investiu em empresas que exportam empregos para a China e acusou seu rival de fazer "politicagem" na questão do ataque ao Consulado norte-americano na Líbia no mês passado. Mas Romney também atacou Obama pelo fraco desempenho da economia nos últimos quatro anos, disse que o presidente não completou nenhum projeto que começou e repetiu que criará 12 milhões de empregos e que a classe média americana "foi esmagada" durante o mandato do democrata.

Nesse debate, os eleitores indecisos do condado de Nassau, Estado de Nova York, foram à Universidade Hofstra fazer as perguntas aos dois. E a preocupação que pareceu emergir do eleitorado foram os empregos e a economia.

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A primeira pergunta foi justamente de um universitário, que perguntou como arrumará trabalho após graduado. Romney afirmou que a pergunta era um exemplo de como a classe média norte-americana foi "esmagada" nos últimos quatro anos. Ele prometeu criar 12 milhões de empregos se for eleito. Para ele, um exemplo dos problemas da população é que metade dos jovens que estão terminando a universidade neste ano não têm emprego garantido. O republicano afirmou que ajudará os estudantes a pagar por seus estudos superiores, mas que o principal é criar empregos para os recém-formados. Já Obama afirma que seu governo criou 5 milhões de empregos e criará "muito mais". Em seguida, acusou o republicano de ter sido contra o resgate da indústria automobilística norte-americana, que segundo ele salvou em 2009 pelo menos 1 milhão de empregos diretos.

"Romney não tem um plano com cinco pontos. Ele tem um plano com apenas um ponto", disse Obama. "Nós levamos quatro anos para sair dessa confusão". Obama lembrou que Romney foi contra o resgate à General Motors e à Chrysler em 2009. Obama disse que se dependesse de Romney a General Motors e a Chrysler teriam fechado. Ele também lembrou que Romney fechou fábricas que usavam energias consideradas obsoletas, como termelétricas a carvão. "Quando você foi governador de Massachusetts, se uma fábrica era movida a carvão, você dizia: 'vamos fechá-la'", disse Obama.

"Não é verdade", afirmou Romney. "Eu vou lutar pelo petróleo, gás e carvão. Eu vou lutar para criar energia nesse país", rebateu Romney. O republicano disse defender a exploração de petróleo no Alasca, inclusive offshore (na costa marítima).

Em seguida, o debate rumou para a questão fiscal. Romney, que foi um empresário durante 25 anos, afirmou que sua experiência o ajudará a criar empregos e reerguer a classe média, que teria sido "esmagada" nos últimos quatro anos. Obama afirmou que seu objetivo é aumentar os impostos dos mais ricos para equilibrar o orçamento e que a "matemática" de Romney "não faz sentido".

Em resposta, o republicano criticou o déficit orçamentário que os Estados Unidos enfrentam atualmente. Ele afirmou que tem experiência em ajustar orçamentos, coisa que fez quando foi governador, quando organizou as Olimpíadas de Inverno de Salt Lake City e durante sua vida de empresário. "Esse é um presidente que prometeu cortar pela metade o déficit e o déficit dobrou nos últimos quatro anos", atacou Romney.

Em seguida, a herança da era Bush foi lembrada por uma eleitora, que questionou os dois sobre o que fariam diferente do ex-presidente George W. Bush, que governou entre 2001 e 2009. Romney se atrapalhou. Após certa hesitação, ele admitiu que Bush aumentou demais o déficit no orçamento do país, mas acrescentou que a administração Obama fez ainda pior. Em outro exemplo de coisas que faria diferente, Romney afirmou que será mais firme com a China do que Bush. Obama atacou, dizendo que a política econômica de Romney é idêntica à de Bush e que, se aplicada, pode levar os Estados Unidos a uma nova crise econômica.

Depois surgiu uma questão sobre a imigração. Obama aproveitou para atacar Romney, que tem uma proposta polêmica para a questão. "A estratégia dele é: vamos deportar essas pessoas. Ele elogiou a lei do Arizona, disse que ela é um modelo para os EUA", disse o presidente. Obama defende que os imigrantes jovens que trabalham no país sejam legalizados, o que tenta fazer através do "Dream Act" um conjunto de leis sobre a imigração feito pelo governo no começo desse ano. Obama disse que os republicanos travaram a discussão mais ampla sobre imigração no Congresso.

"Não elogiei a lei do Arizona. Ele (Obama) não respondeu porque não aprovou uma legislação sobre a imigração", disse Romney. O candidato republicano voltou a defender o que chama de "auto-deportação", ou seja, que imigrantes que desejam partir recebam passagens do governo para ir embora. "Vamos deixar esses 12 milhões de ilegais terem uma escolha, se quiserem partir", disse Romney.

Política externa - A única pergunta sobre política externa foi sobre a Líbia. Um eleitor questionou se o governo não teria dado atenção a pedidos por mais segurança feitos por diplomatas na Líbia, antes da destruição do Consulado dos EUA em Benghazi na noite de 11 de setembro. Obama ficou na defensiva, enquanto Romney atacou a política inteira de Obama para o Oriente Médio. No ataque foram mortos quatro norte-americanos mortos, entre eles o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens.

Obama disse que a sugestão de que qualquer "um da minha equipe possa ter feito politicagem ou ter se enganado quando perdemos quatro dos nossos (diplomatas) é ofensiva".

"No dia seguinte, eu estava no Jardim das Rosas e disse a todo mundo que descobriríamos o que aconteceu, que foi um ataque terrorista. Não se enganem, a Justiça será feita", disse Obama, lembrando o dia 12. Romney imediatamente cortou o presidente e afirmou que a administração demorou duas semanas para perceber que o ataque em Benghazi foi um ato terrorista, não um protesto contra um filme anti-islâmico feito nos EUA, "A Inocência dos Muçulmanos". Obama ficou nervoso. Romney disse que Obama não afirmou que foi um ataque terrorista. Mas a mediadora do debate, Candy Crowley, confirmou que Obama disse na ocasião ter sido um atentado.

"Levou um grande tempo para essa administração perceber que aquilo foi um ataque terrorista", reafirmou Romney. "as políticas do presidente (Obama) para o Oriente Médio começaram com uma desculpa. E hoje o Irã está mais próximo de construir uma bomba atômica", disse Romney.

As últimas perguntas foram sobre o controle da venda de armas de assalto, a competição da economia chinesa e as mulheres no mercado de trabalho. Na pergunta final, "Qual é a percepção errônea que as pessoas têm de você como homem e presidente?" Romney afirmou que é uma "pessoa que se importa 100% com os norte-americanos", ao contrário do que diz a campanha de Obama.

Obama disse que acredita na iniciativa privada e alfinetou o rival, lembrando da polêmica declaração de Romney que vazou na internet, na qual o candidato disse que 47% dos americanos "acham que são vítimas" e não assumem responsabilidade por suas vidas. Obama disse que as pessoas que vivem da previdência também são parte da população que faz a "América avançar".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu rival republicano Mitt Romney já chegaram a Hempstead, em Nova York, onde farão às 22h de hoje (hora de Brasília) na Universidade Hofstra o segundo debate presidencial das eleições norte-americanas de 2012. Questionado como se sentia quando saiu de Williamsburg, na Virgínia, para ir a Nova York, Obama respondeu: "eu me sinto fabuloso. Olhe que dia bonito". Romney chegou mais cedo, no final da manhã, a Hempstead. O republicano desceu do avião e parecia tranquilo, acenando para os fotógrafos.

O conselheiro de Obama, Robert Gibbs, prevê que o presidente terá um desempenho muito bom nesta terça-feira. Obama foi acusado de apatia no primeiro debate de 3 de outubro, claramente vencido por Romney. Já o debate entre os candidatos a vice-presidente, no dia 10, terminou em empate.

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"Vocês verão um desempenho extraordinariamente forte do presidente no debate desta noite", disse Gibbs. "Ele estará passional, ele estará com energia", afirmou o conselheiro democrata. Gibbs disse que Obama voltará a apresentar planos para melhorar a economia e ajudar a classe média americana.

A equipe de Romney também está confiante. Segundo assessores dos republicanos, ele ensaiou durante seis horas na segunda-feira em Massachusetts. "Ele foi ótimo", disse Gail Gitcho, diretor de comunicações do candidato republicano. No debate desta terça-feira, Obama e Romney também responderão a perguntas de eleitores indecisos na Universidade Hofstra.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Os candidatos a vice-presidente dos Estados Unidos, o congressista e republicano Paul Ryan e o atual vice-presidente Joe Biden, fizeram na noite da quinta-feira em Danville, no Estado do Kentucky, um debate mais agressivo que o primeiro realizado entre o presidente Barack Obama e o republicano Mitt Romney em 3 de outubro. O debate foi mediado pela jornalista Martha Raddatz, da emissora ABC News. Ryan, de 42 anos, pareceu seguro em temas como política externa, que foi bastante discutida, e atacou bastante o presidente Obama.

O experiente Biden, de 70 anos, parecia um pouco mais nervoso e várias vezes interrompeu o interlocutor. Biden não se intimidou e não pareceu apático como Obama no primeiro debate com Romney, rebatendo várias críticas do republicano. Ele lembrou pelo menos três vezes o comentário feito por Romney, de que 47% dos norte-americanos não conduzem as próprias vidas e dependem do governo.

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O debate começou com temas pesados como a destruição do consulado norte-americano em Benghazi, no leste da Líbia, o programa nuclear do Irã e o Oriente Médio. Os dois depois discutiram o programa de saúde Medicare do governo americano, a previdência, a situação da economia e a geração de empregos.

A jornalista Martha Raddatz começou perguntando se a destruição do consulado dos EUA no leste da Líbia, na noite de 11 de setembro, e as mortes dos diplomatas foram um fracasso da inteligência dos EUA. Ryan disse que sim e desfechou um ataque forte à política externa de Obama. Biden disse que os EUA "encontrarão e levarão os homens que fizeram aquilo na Líbia à Justiça. Vamos caçar vocês até as portas do inferno", disse.

Ryan criticou a postura do governo na reação à morte do embaixador norte-americano Christopher Stevens, assassinado em Benghazi. "Demorou duas semanas para o presidente Obama perceber que aquilo foi um ataque terrorista. Infelizmente, o que aconteceu em Benghazi faz parte de um problema maior, o fracasso de Obama na política externa", disse Ryan. Segundo ele, os "cortes na defesa" feitos por Obama foram "devastadores".

Biden respondeu e disse a Ryan que ele cortou "US$ 300 milhões para a segurança nas embaixadas", quando era dirigente do Comitê do Orçamento na Câmara dos Representantes.

Ryan insistiu que a administração de Obama fracassou no evento, quando acreditou que foi o filme "A Inocência dos Muçulmanos" que provocou a fúria da multidão no leste da Líbia. "O dia era o aniversário do 11 de setembro. Estamos falando da Líbia, onde existem células da Al-Qaeda".

Logo depois, os dois falaram sobre o Irã. Ryan disse que o governo Obama foi leniente e atrasou a adoção de sanções e embargos econômicos contra o Irã. Ele disse que um Irã como armas nucleares seria pior que outra guerra no Oriente Médio. Segundo ele, a administração Obama "não tem credibilidade" na questão iraniana. Já a de Romney "terá credibilidade". "As sanções contra o Irã são as mais esmagadoras já feitas", rebateu Biden. "Você quer ir à guerra?" questionou o vice-presidente. "Eu quero evitar uma guerra", afirmou Ryan.

Medicare e empregos - Logo depois, Raddatz direcionou o debate para a previdência e a economia. Biden criticou o plano dos republicanos para o Medicare e também o projeto para a previdência social. Biden disse que os republicanos planejam privatizar a previdência. Biden também defendeu a reforma de saúde parcialmente executada pelo presidente Barack Obama desde 2009. "Nós salvamos US$ 700 bilhões do Medicare" evitando fraudes e desperdícios com seguradoras de saúde, afirmou o vice-presidente "Ele sabe disso, que cada paciente custava milhares de dólares a mais para o governo", disse Biden, falando para Ryan. O vice-presidente acusou Ryan e Romney de planejarem a privatização da seguridade social americana.

"Nós não vamos privatizar a seguridade social", disse Biden. Questionado sobre se iria privatizar a previdência, Ryan disse que o plano, na era do presidente George W. Bush, era privatizar a previdência "só para os jovens. Eles teriam a escolha", disse Ryan. O congressista republicano retirou o projeto do Congresso em 2011. "Não é verdade" que os jovens teriam escolha, disse Biden. Já Ryan criticou várias vezes a reforma da saúde, a qual chamou ironicamente de "Obamacare". Ryan disse que Obama e Biden planejam aumentar os impostos para a classe média e para as pequenas empresas.

Biden defendeu a Casa Branca na primeira pergunta sobre economia no debate. Ele e Ryan foram questionados sobre quanto tempo levará para o governo reduzir a taxa de desemprego para menos de 6% da força de trabalho (atualmente está ao redor de 8,5%).

Biden disse que não sabe quanto tempo levará, mas então atacou os comentários feitos por Romney, colega de chapa de Ryan e candidato a presidente. Ele mencionou o comentário de que 47% dos norte-americanos vivem dos benefícios do governo.

Ryan, parecendo mais calmo, disse que a recuperação da economia tem sido inadequada. "Isso não se parece com uma recuperação verdadeira", afirmou, sobre a política econômica de Obama e a situação atual dos EUA. Os dois candidatos evitaram uma resposta direta à pergunta de Martha Raddatz, de quanto tempo levará para baixar o desemprego para menos de 6% da força de trabalho. Ryan atacou o plano de cinco pontos de Obama e dos democratas para a recuperação econômica.

Segundo ele, o plano de Romney e dos republicanos criará 3 milhões de empregos no setor de energia, mas nas refinarias e nos investimentos em petróleo e gás natural, não em energias alternativas. Ryan atacou particularmente os projetos dos democratas de criarem milhões de empregos na indústria de energia renovável. "Onde estão os milhões de empregos verdes?" que Obama prometeu criar em 2008, questionou Ryan.

Nos comentários finais, os candidatos voltaram a trocar ataques. Enquanto Biden pediu o voto dos eleitores e lembrou o desastrado comentário feito por Romney sobre os 47% dos norte-americanos, Ryan defendeu Romney e disse que o presidente Barack Obama fracassou na economia e mergulhou os EUA na pobreza e no endividamento.

"Meu amigo aqui diz que 30% dos americanos não têm a responsabilidade pelas suas vidas, enquanto Romney diz que são 47%. Meus pais não eram assim, a maioria dos americanos não é assim", disse Biden.

Já Ryan disse que Obama "fracassou em criar os empregos. Pelo menos 15% dos americanos estão na pobreza. Mitt Romney quer criar empregos. Obama apenas emprestou e gastou mais dinheiro. Nós tomaremos a responsabilidade. A escolha está com vocês", disse o republicano.

O ex-candidato da oposição à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, fez nesta quinta-feira o registro da sua candidatura a governador do Estado de Miranda, o segundo mais populoso do país, que terá eleições para os governos estaduais em 16 de dezembro. Capriles tentará se reeleger governador de Miranda. O presidente Hugo Chávez, que venceu o oposicionista nas eleições presidenciais, destacou o ex-vice-presidente Elias Jaua para concorrer com Capriles em Miranda.

"Já viramos a página do 7 de outubro", disse Capriles, ao se referir às eleições perdidas para Chávez. "Agora precisamos trabalhar com muito esforço para que Miranda siga em frente", afirmou.

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Jaua aproveitou e atacou o candidato oposicionista. Segundo ele, Miranda não será "um prêmio de consolação" para o candidato presidencial derrotado. "Vamos recuperar Miranda", afirmou.

As informações são da Associated Press.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nomeou nesta quarta-feira o atual chanceler do país, Nicolás Maduro, ex-motorista de ônibus e sindicalista, como vice-presidente do país para o próximo mandato, que o bolivariano assumirá em janeiro de 2013. Maduro é um dos conselheiros mais próximos de Chávez e ocupava a chefia da chancelaria venezuelana desde 2006. Ele foi visto frequentemente ao lado do presidente desde o começo deste ano, quando Chávez fez várias viagens a Cuba para o tratamento de um câncer.

"Quero que vocês deem uma salva de palmas para o novo vice-presidente, que é Nicolás Maduro", disse Chávez nesta quarta-feira em evento no Conselho Nacional Eleitoral, onde sua vitória nas eleições presidenciais do dia 7 foi ratificada. O atual vice-presidente venezuelano Elias Jaua deverá disputar o cargo de governador do Estado de Miranda nas eleições de 16 de dezembro. Jaua deverá enfrentar nas urnas Henrique Capriles, candidato derrotado por Chávez nas eleições presidenciais do dia 7 e que buscará a reeleição.

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As informações são da Dow Jones.

Muitos municípios de Pernambuco já conhecem seus prefeitos. Com 100% das urnas apuradas, a população da Zona da Mata Norte sabe quem governará no mandato 2013/2016.

Veja a relação das cidades abaixo:

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Aliança : Kaká  do PSB/PTB venceu com 65,24% dos votos

Buenos Aires : Dr. Gilsan do PSDB/PTB é eleito com 54,85%

Camutanga : Armando Pimentel do PDT vence com  56,65%

Carpina : Carlinhos do Moinho do PSB/PRB vence com 51,47%

Condado : Sandra Felix do PSDB/PSL  foi eleita com 57,37%

Ferreiros : Gileninho do PSB/PP venceu com 53,72%

Goiana : Fred do  PTB/PT venceu com 57,41%

Itambé: Bruno Ribeiro do PSR/PRB é eleito com 54,56%

Itaquitinga: Pablo do PDT/PRB é eleito com 49,30%

Lagoa do Carro: Jailson do Armazém do PSB/PT  venceu com 51,42%

Lagoa de Itaenga: Lamartine do PSB/PT é eleito com 55,36%

Macaparana :Paquinha do PMDB  vence com 51,16%

Nazaré da Mata: Nado do PTB/PRB é eleito com 53,37%

Paudalho: Pereira do PSB/PRB  é eleito com 40,54%

Timbaúba: Marinaldo Rosendo do PSB/PP venceu com 97%

Tracunhaém : Belarmino Vasquez do PR/PDT  venceu com 46,67%

Vicência: Dr Paulo do PSB/PP venceu com 57,82%

Duas urnas caíram durante a votação, realizada neste domingo (7), no Colégio Ministro Apolônio Sales, na cidade de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (RMR). Sete das 24 seções funcionam em um salão aberto na escola. A chuva fina acompanhada de ventos fortes fizeram o estrago, mas não atrasaram muito a votação, pois os aparelhos não precisaram ser trocados.

As urnas das seções 37 e 39 foram derrubadas pela força do vento. Uma não apresentou defeitos e a outra foi consertada pelo técnico do TRE. “Nunca vi nada parecido. Não tivemos nenhum dano sério e o problema foi solucionado rapidamente pelo técnico. As votações acontecem tranquilamente”, explicou o administrador de prédio, Silvio Moraes.

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Este é um ano muito importante para os brasileiros. Afinal de contas, é tempo de eleições municipais, em que serão escolhidos os prefeitos e os vereadores que irão tomar conta das nossas cidades durante quatro anos. Sendo assim, é óbvio que os eleitores devem votar com consciência para escolher os melhores candidatos.

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Infelizmente há pessoas que não se importam com as eleições ou que, por causa dos casos de corrupção que assolam o Brasil, acabam apontando os políticos como sem ética. A escola, como ferramenta de formação educacional, pode ser um meio que mude essa realidade, criando na sociedade um melhor entendimento sobre as ações políticas. No ensino médio, por exemplo, é uma boa época para ser trabalhada a importância das eleições em prol do povo.

Todavia, os jovens que estão nessa fase de formação nem sempre atentam com facilidade para assuntos políticos, e muitos acham até sem graça, preferindo discutir quais serão as “baladas dos finais de semana”, do que as propostas dos candidatos para melhorar as cidades.

Política na escola

Com o objetivo de destacar a importância da política para a sociedade como um todo, despertando nos jovens o interesse pelo tema, através de atividades lúdicas e aprendizado, uma projeto desenvolvido no Colégio Ideia, localizado no bairro da Madalena, no Recife, busca fazer com que os alunos sejam políticos dentro da própria escola e entendam como as ações políticas podem ajudar os municípios e seus moradores a se desenvolverem.

De acordo com a diretora pedagógica da escola, Fátima Seabra, estudantes do primeiro ano do ensino médio, de 16 a 18 anos de idade, participam de campanha eleitorais. Nove alunos são candidatos fictícios a prefeito da escola, como foco no tema educação, e recebem o apoio de outros estudantes, ou seja, daqueles que formam os seus partidos.

Segundo a diretora, o colégio possui 160 alunos, e desses, apenas vinte ainda não têm idade para votar, e por isso, há a necessidade de discutir os processos políticos. “Buscamos conscientizar sobre a importância do voto e pedimos que eles valorizem seus votos”, explica.

O idealizador do projeto, o professor de sociologia Sérgio Matias, explica que mesmo os participantes sendo jovens, não foi difícil trabalhar o tema entre eles. “Eles já têm uma carga de crítica e os alunos desejam que a escola trabalhe essas discussões”, comenta Matias. De acordo com o professor, em todo o processo do projeto, os participantes passam a entender as peculiaridades políticas, tais como o que são os partidos, a importância das coligações, os benefícios que a política leva para a sociedade, entre outros temas.

Mesmo o projeto servindo para nota, os alunos o fazem sem obrigação. "Ninguém participa do projeto obrigado. Eles discutem coisas maiores, e não só as eleições. Todos conseguem entender que a política é algo que aproxima o povo do poder, em um processo constante”, completa o educador.

Candidatos e suas propostas

Campanha eleitoral, gravação de vídeos, confecção de cartazes e luta pela conquista dos eleitores. Essas são apenas algumas das atividades que os prefeitos do colégio desempenham ao longo das duas campanhas, que iniciaram no início deste ano. Para acompanhar como estão as intenções de votos dos eleitores, que são alunos de outras séries do Ideia, a escola fez uma pesquisa.

José Amadeu Aguiar, de 15 anos, está na primeira colocação e faz parte do Partido Estudantil Recifense. O jovem confessa que não nunca teve contato com política. “É uma experiência nova para mim. A gente se coloca no lugar dos políticos de verdade e entendemos o quanto é importante o direito de um cidadão votar”, conta o estudante.

“O político é o meio termo entre o poder e cidadão. É a grande esperança do povo”. Essa é a opinião da também candidata a prefeita do colégio, Gabriela Mesquita (à direita da foto), 15 anos. Segundo a aluna, que faz parte do Partido Estudantil Político, “a política amplia a nossa visão de mundo e sabemos o quanto ela é importante para a sociedade”.

Outra candidata, Tácyla Alves (à esquerda da foto), de 16 anos, achava que os assuntos políticos não tinham relevância. “Para mim a política não era legal. Eu não entendia nada do assunto. Agora, depois de participar do projeto, comecei a entender mais como funcionam os processos políticos", declara Tácyla, que é integrante do Partido Singular Estudantil.

Na próxima segunda-feira (8), será realizada as eleições para a escolha do prefeito do colégio. Todos os alunos da escola já puderam ver os candidatos em um debate, em que eles puderam acompanhar as propostas dos prefeituráveis. 

Acompanhe o vídeo com as propostas dos candidatos e a importância do projeto, relatada pelo professor Sérgio Matias:

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