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Um estudo, publicado em fevereiro na revista Nature Human Behaviour, aponta que iniciar uma aula antes das 9h é prejudicial ao sono e desempenho acadêmico. 

A pesquisa avaliou a relação entre o horário de início das aulas e a presença dos alunos. No resultado, foi notado que as atividades acadêmicas que se iniciam antes das 9h, além de trazer efeitos ao sono, ocasionam uma baixa frequência se comparado aos locais que optaram por aulas no horário mais tarde.

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No levantamento, os estudiosos analisaram aulas das 8h às 16h e se mostrou que a presença foi cerca de 10% menor nos cursos matutinos. Além disso, o quantitativo de estudantes que acordaram após o começo da aula, ou seja, depois das 8h, levou ao atraso e ao não acompanhamento dos conteúdos vistos em sala de aula. 

Para realização do estudo, os cientistas fizeram três experimentos. Na primeira etapa foi medido, através do acesso ao wi-fi do campus de uma universidade, a presença dos estudantes nos 337 cursos. O segundo experimento foi a avaliação sobre se a ausência em sala de aula estava ligada ao sono. Por último, foi feita a relação com o sono diurno e noturno, no que se refere à duração.

O trabalho foi conduzido por pesquisadores da Escola de Medicina Duke-NUS e do Instituto para Ciências Aplicadas de Aprendizado e Educação Tecnológica da Universidade Nacional de Singapura.

As mudanças climáticas já prejudicam a saúde das crianças em todo o mundo, com ameaças de impactos ao longo da vida, de acordo com o relatório internacional Lancet Countdown 2019 (Contagem Regressiva da Lancet), lançado nessa segunda-feira (18) no Brasil. Se o mundo continuar no atual padrão econômico de altas emissões de carbono e mudanças climáticas, o documento aponta que uma criança nascida hoje enfrentará um planeta em média 4° C mais quente até os seus 71 anos, o que ameaçaria sua saúde em todas as fases da vida.

“A mensagem chave desse relatório global é que a gente precisa se atentar para as mudanças climáticas logo, para que as crianças, no futuro, não sejam tão afetadas. A criança vai ser afetada, mas para que ela não seja tão afetada”, disse a médica Mayara Floss, uma das autoras do relatório no Brasil.

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O impacto da poluição do ar deve piorar nos próximos anos, mostra o relatório. O fornecimento de energia derivada do carvão, por exemplo, triplicou no Brasil nos últimos 40 anos; ao mesmo tempo que os níveis perigosos de poluição atmosférica ao ar livre contribuíram para 24 mil mortes prematuras em 2016. O projeto é uma colaboração de 120 especialistas de 35 instituições, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Banco Mundial e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde brasileiro.

“Longas secas, chuvas excessivas e incêndios não controlados estão agravando os efeitos sobre a saúde. Impulsionado em parte pelas mudanças climáticas, o crescimento contínuo da dengue pode tornar-se incontrolável em breve - a incidência triplicou desde 2014. Lamentavelmente, o desmatamento de florestas maduras está aumentando novamente, assim como o uso de carvão. Não podemos desperdiçar o histórico de sucesso conquistado com tanto esforço”, disse Mayara.

Segundo o relatório, as crianças são as que mais sofrerão com o aumento de doenças infecciosas, como a dengue. “A gente sabe que a capacidade do mosquito da dengue de transmitir doença tem aumentado muito. Esse é um dado muito alarmante. E isso está relacionado às mudanças climáticas e ao aumento da temperatura”, disse Mayara.

Ainda de acordo com o documento, eventos climáticos extremos se intensificarão na idade adulta de pessoas nascidas hoje. No Brasil, 1,6 milhão de pessoas foram expostas a incêndios florestais desde 2001. Em todo o mundo houve um aumento de 220 milhões de pessoas acima de 65 anos expostas a ondas de calor em 2018, na comparação com 2000. Em relação a 2017, a alta foi de 63 milhões.

Mitigação de impactos

O documento tem o objetivo de oferecer recomendações políticas aos tomadores de decisão para mitigação dos impactos. Uma delas é que as diretrizes do Acordo de Paris sejam cumpridas a fim de limitar o aquecimento a um nível bem abaixo de 2 °C, o que poderá permitir que uma criança nascida hoje cresça em um mundo que atingirá emissões zero até seu 31º aniversário.

Os autores do relatório alertam que para que o mundo atinja as metas climáticas da Organização das Nações Unidas e proteja a saúde da próxima geração, o cenário energético terá que mudar de forma drástica e rápida: apenas um corte anual de no mínimo 7,4% nas emissões fósseis de CO2 entre 2019 e 2050 limitará o aquecimento global à meta de 1,5 °C, considerada a mais ambiciosa.

“Interromper e reverter a perda de florestas tropicais e comprometer-se com a eliminação gradual do carvão será essencial para o Brasil cumprir as metas climáticas acordadas sob o Acordo de Paris e proteger a saúde das futuras gerações”, disse Mayara.

Além da eliminação da energia a carvão, o relatório traz outras ações prioritárias para mudar os rumos do impacto das mudanças climáticas na saúde, como aumentar os sistemas ativo e público de transporte acessível, econômico e eficiente, especialmente a pé e de bicicleta, com a criação de ciclovias e incentivo ao aluguel ou compra de bicicletas.

Outra ação é assegurar que as maiores economias do mundo cumpram os compromissos internacionais de financiamento climático de US$ 100 bilhões por ano até 2020 para ajudar os países de baixa renda.

Nem completou dois meses e o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda deixa muitas dúvidas e divide opiniões. Um dos pontos mais comentados é a interferência dos seus três filhos: Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, vereador, senador e deputado federal respectivamente, no governo. Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias foi a briga travada envolvendo o vereador e agora ex-ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno. 

A família parece ser, até agora, uma parte indissociável do governo Bolsonaro. Assim foi durante a carreira de Jair Bolsonaro como parlamentar e está sendo assim no começo da presidência. Para o cientista político Rodolfo Costa Pinto, o que muda agora é que a competição pela atenção de Bolsonaro é maior. “Os filhos disputam espaço com as diversas alas de poder dentro do governo. Por exemplo: militares, equipe econômica, justiça”.

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De acordo com o especialista, o ideal era que o presidente de um País seja ou pelo menos tente ser o mais independente possível do ponto de vista de terceiros. “A interferência constante dos filhos nos atos da presidência é prejudicial ao Brasil na medida em que afeta a previsibilidade das ações do Executivo. Essa imprevisibilidade é negativa para o planejamento de futuros investimentos”.

“Empresas podem ficar receosas de investir em um ambiente em que, a qualquer momento, o humor do presidente pode alterar as condições dos investimentos. Dito isso, os eventos dos últimos dias mostram que a ala dos filhos no governo Bolsonaro está cada vez mais forte. Mesmo os militares saíram enfraquecidos do recente embate entre Bebbiano e Carlos Bolsonaro”, complementou. 

Costa Pinto ainda avaliou que o presidente acredita que a sua família é o único grupo de pessoas em que ele pode confiar completamente. “Então, é possível que vejamos a ala familiar ganhando ainda mais influência daqui pra frente”.

O cientista político Vitor Diniz também expõe que os filhos do presidente “claramente” influenciam o seu comportamento no comando do Brasil, o que acaba gerando conflitos com outros membros do Executivo e também com parlamentares. "O cargo de Presidente carrega toda uma liturgia que precisa ser respeitada. Bolsonaro tem todo o direito de ouvir os conselhos dos seus filhos, mas isso não pode atrapalhar o trabalho de seus auxiliares oficiais, em especial os ministros, que podem ser enfraquecidos por uma atuação mais incisiva dos filhos do presidente.   

No entanto, Diniz avalia que, por enquanto, a área econômica do governo está blindada dessas interferências. 

Homens que passam muito tempo vendo pornografia na internet parecem ter menos matéria cinzenta em certas partes do cérebro e sofrem redução de sua atividade cerebral, revelou um estudo alemão publicado nesta quinta-feira (29) nos Estados Unidos.

"Encontramos um importante vínculo negativo entre o ato de ver pornografia durante várias horas por semana e o volume de matéria cinzenta no lóbulo direito do cérebro", assim como a atividade do córtex pré-frontal, escrevem os cientistas do Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano em Berlim.

"Estes efeitos poderiam incluir mudanças na plasticidade neuronal resultante de intensa estimulação no centro do prazer", acrescentou o estudo, publicado na edição online da revista "Psychiatry", da Associação Médica Americana.

Os autores, no entanto, não puderam provar que estes fenômenos sejam causados diretamente pelo consumo de pornografia e, por isso, afirmam que é necessário continuar com as pesquisas. Mas, segundo eles, o estudo já fornece um primeiro indício da existência de uma relação entre o ato de assistir pornografia e a redução do tamanho e da atividade do cérebro como reação ao estímulo sexual.

Para realizar a pesquisa, os autores recrutaram 64 homens saudáveis com idades de 21 a 45 anos, aos quais pediram para responder a um questionário sobre o tempo que dedicavam a assistir a vídeos pornográficos. O resultado foi, em média, de quatro horas semanais.

Os voluntários também foram submetidos a tomografias computadorizadas (MRI) do cérebro para medir seu volume e observar como ele reagia às imagens pornográficas. Na maioria dos casos, quanto mais pornografia os indivíduos viam, mais diminuía o corpo estriado do cérebro, uma pequena estrutura nervosa bem abaixo do córtex cerebral.

Os cientistas também observaram que, quanto maior o consumo de imagens pornográficas, mais se deterioravam as conexões entre o corpo estriado e o córtex pré-frontal, que é a camada externa do cérebro encarregada do comportamento e da tomada de decisões.

Cantinas de escolas de educação básica que venderem alimentos não saudáveis podem ser impedidas de conseguir licenciamento ou renovar o alvará. A limitação foi aprovada nesta quarta-feira em decisão terminativa na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, mas ainda precisa passar pelo crivo dos deputados e ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff para vigorar.

Ficarão vedados bebidas de baixo teor nutricional e alimentos com quantidades elevadas de açúcar, gorduras saturadas e trans ou sódio. Quem vender produtos com essas características fica sujeito às penalidades previstas na legislação sanitária federal. Além dos entraves para regularizar a situação das cantinas, o projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) prevê a realização, por parte do Sistema Único de Saúde (SUS) de ações educativas sobre nutrição para pais, professores e alunos.

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No relatório, a senadora Ângela Portela (PT-RR) destacou que a medida ainda precisará ser regulamentada. Nesse futuro projeto, o rol de alimentos saudáveis ou não saudáveis poderá ser ampliado. Há quase oito anos, os parlamentares discutem o projeto de lei que estabelece formas de garantir uma alimentação mais saudável nas escolas. Os integrantes da Comissão de Educação também já avalizaram a proposta. Ao todo, as determinações vão gerar mudanças em três normas que tratam da questão: o decreto que institui normas básicas sobre alimentos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Portela acredita que o projeto vai incentivar iniciativas semelhantes em todo o País. Segundo ela, a decisão vai "balizar, ampliar e uniformizar as medidas governamentais a serem tomadas, notadamente sob o ponto de vista sanitário: as restrições ao uso na merenda e a venda de determinados produtos considerados não saudáveis em cantinas escolares, além de ações de educação nutricional e sanitária".

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