Tópicos | preservação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na manhã desta sexta-feira (19), da solenidade de assinatura do Termo de Compromisso para a construção da Escola de Sargentos (ESA) de Pernambuco, que ocupará uma área preservada em Paudalho, na Zona da Mata do estado, dentro do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti. Durante o evento de assinatura, que aconteceu no quartel do Comando Militar do Nordeste (CMNE), Lula fez um novo gesto às Forças Armadas e elogiou a atuação ambiental do Exército na região de Mata Atlântica onde será construída a ESA. 

"Eu sei da vocação, da capacidade de luta dos nossos ambientalistas, eu sei de tudo isso. Mas a gente vê quando precisa agradecer alguma coisa. Se não fosse o exército dessa área, a gente ainda teria alguma árvore aqui? [...] Eu acho que o povo tem que agradecer o que vocês fizeram [o Exército]. Então eu quero começar agradecendo às Forças Armadas Brasileiras pela preservação que vocês fizeram dessa área que vocês ocupam. É muito importante que a gente reconheça isso pra gente poder até discutir como fazer a escola da melhor forma para derrubar o menos possível e plantar o máximo possível", declarou o presidente Lula.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

O aceno positivo sobre a atuação militar ocorre em um momento de embate junto a ambientalistas, que questionam o nível de desmatamento necessário para levantar a escola. Ativistas ambientais também acusam Governo Estadual, Federal e Exército de não elaborarem um acordo sobre a mitigação dos impactos ambientais causadas pelo novo equipamento do Exército. A compensação ambiental, conforme divulgado, será indicada posteriormente pelo Ibama. Em uma coletiva sobre a ESA realizada no Recife, na última quarta-feira (17), ativistas ambientais foram expulsos do local do anúncio. Entre eles, estavam membros do Fórum Socioambiental de Aldeia, representantes da sociedade civil no conselho gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) de Beberibe. 

Segundo anunciado pelo Exército, a área a ser desmatada para a instalação da ESA foi reduzida em 50%. Segundo o general Joarez Alves Pereira Júnior, diretor do projeto da escola, o terreno tem, ao todo, 7.549 hectares, mas o planejamento da unidade prevê a ocupação de 90 hectares (equivalente a 90 campos de futebol) de supressão vegetal. Antes, a estimativa era que o uso fosse de 180 hectares. Lá, serão instaladas vilas militares para a moradia dos oficiais e seus familiares. 

LeiaJá também: 'Para Raquel, Escola de Sargentos trará ganhos ambientais'

Desenvolvimento regional 

Segundo o Exército, as obras devem gerar, aproximadamente, 12 mil empregos diretos e 17 mil empregos indiretos. "A economia local nunca mais será a mesma. Novos negócios serão criados para atender a população de alunos, instrutores e familiares que viverão na escola. Se antes os pernambucanos e demais nordestinos que ingressaram na carreira militar tinham que ir para o Sul ou Sudeste para fazer sua formação, a nova escola representa o caminho inverso", acrescentou o mandatário. O investimento será de R$ 1,8 bilhão. 

Lula critica paralisação de obras e exalta PAC 

Durante a solenidade, o presidente Lula reclamou da existência de obras inacabadas e abandonadas durante mudanças de governo. Ele disse que está "terminando casas" que começou a levantar em seu primeiro mandato, com o programa Minha Casa, Minha Vida. O chefe do Executivo também citou a obra da Ferrovia Transnordestina, que agora faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas que deveria ter sido inaugurada em 2012. 

"Eu sinceramente confesso que uma das desgraças do nosso país é a descontinuidade das obras públicas feitas pelas prefeituras, estados e União. Basta mudar de governo para que as obras sejam paralisadas. Ou seja, cada governante quer criar a sua marca e cada governante quer deixar o seu legado, que não é um legado do povo, é um legado pessoal. ‘Essa obra é minha, esse viaduto é meu, essa ponte é minha’, quando deveria ser ao contrário, ‘Essa ponte é do Brasil, de Pernambuco, é de Recife’. Ou seja, parar com a pequenez de não pensar o Brasil. Entramos nesse país com mais de 10 mil obras paradas, estou inaugurando casa que comecei a levantar em 2010", afirmou o PR. 

Ministro José Múcio durante solenidade de assinatura do termo da nova ESA em Pernambuco. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Discurso de Múcio 

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (PRD), disse que a Escola de Sargentos vai travar “a desafiadora guerra contra desigualdade, a falta de oportunidade, a miséria e o desemprego”. “Esta obra tem profundo alcance social para a região. […] Os municípios não serão o mesmos depois da implantação de um dos maiores centros de formação do mundo, cuja finalidade principal é centralizar e aperfeiçoar o processo de formação e graduação de sargento da carreira, que compõem cerca de 62% do efetivo profissional do Exército”, declarou o ministro. 

Novo comandante do CMNE 

O presidente Lula participou, também nesta sexta-feira (19), da cerimônia de passagem do Comando Militar do Nordeste (CMNE). O General de Exército Maurílio Miranda Netto Ribeiro é o novo comandante da região. Promovido em 30 de novembro de 2023, ele foi escalado oficialmente ao novo posto em uma cerimônia realizada no Quartel do CMNE, no Recife. 

 

O valor cobrado aos turistas que visitam Fernando de Noronha aumentou R$ 4,27. Com o reajuste oficializado nessa segunda (1º), a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) foi de R$ 92,89 para R$ 97,16, equivalente ao aumento de 4,6%.

A Administração explicou que o valor acompanha a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e, por lei, deve ocorrer anualmente.

##RECOMENDA##

Além do encarecimento da TPA, o preço para entrar no Forte Nossa Senhora dos Remédios por cinco dias também aumentou de R$ 50 para R$ 60.  Por outro lado, a entrada válida por 10 dias para o Parque Nacional Marinho se manteve congelada em R$ 358,00 para estrangeiros e R$ 179,00 para brasileiros. O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), que responde pela reserva, já havia anunciado que não haveria reajuste, pois o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) não sofreu uma variação significativa.

Encerrando os compromissos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes, a governadora Raquel Lyra participou, nesse domingo (3), de um encontro com governadores do Nordeste e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No encontro, foi tratada uma proposta da criação do Fundo Caatinga, iniciativa do Consórcio Nordeste e BNDES, que visa a preservação do único bioma exclusivamente brasileiro.

Durante a COP28 o Governo de Pernambuco já anunciou o investimento de R$ 60 milhões que serão aplicados na preservação da Caatinga. Do montante, R$ 30 milhões são de recursos próprios e os outros R$ 30 milhões do BNDES. Pernambuco foi o primeiro estado do Brasil a assinar o Floresta Viva na Caatinga, bioma que tem hoje 50% de sua cobertura vegetal em estado de degradação. 

##RECOMENDA##

“Precisamos trabalhar para permitir que a gente tenha mais resiliência e a capacidade de trazer mais qualidade de vida para o nosso povo. É possível que nosso estado fomente a economia de forma sustentável, preservando o meio ambiente com ações práticas a partir do nosso investimento inicial de R$ 30 milhões. Que possamos conseguir mais aportes para a Caatinga, porque é ela que nos salvará e pode nos ajudar a reposicionar a economia no interior do Estado”, enfatizou Raquel Lyra.

BALANÇO -  Durante os quatro dias de participação com a presença da governadora Raquel Lyra, também foram feitos outros anúncios importantes, a exemplo do Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica, o PerMeie; o investimento de R$ 20 milhões na planta de produção de H2V que será instalada no Porto de Suape; a Estratégia Estadual de Hidrogênio Verde; a adesão ao Consórcio Brasil Verde, que tem o objetivo de fortalecer projetos regionais e fomentar a troca de experiências entre os estados brasileiros;  além da participação de discussão com estados subnacionais sobre ação climática global.  “Pela primeira vez, inédito em Pernambuco, o meio ambiente na pauta central do desenvolvimento do nosso Estado”, conclui a governadora.

Estiveram presentes no encontro os secretários estaduais Ana Luiza Ferreira (Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha); e Rodolfo Costa Pinto (Comunicação); os deputados estaduais João Paulo Costa e Diogo Moraes; os governadores Elmano Freitas, do Ceará; e Jerônimo Rodrigues, da Bahia; a diretora do Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES, Natália Dias; o secretário de Programas do Consórcio Nordeste, Pedro Lima; e o especialista Climático Principal do FIDA, Pierre Yves Guedez.

*Da assessoria de imprensa

Na manhã desta quinta-feira (28), um trabalho realizado pelo Núcleo de Sustentabilidade Urbana (NSU) da Secretaria Executiva de Meio Ambiente de (SEMA) de Paulista resgatou seis filhotes de timbu (Didelphis albiventris) na Feira Livre, no Centro da cidade. Os bichos foram encaminhados para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras-Tangará)

De acordo com os técnicos da Sema, os animais foram encontrados pela servidora da Secretaria das Regionais, Edvânia Barbosa, que ao constatar que os filhotes ainda se encontravam ao lado do corpo de uma fêmea adulta morta, acionou os profissionais do órgão de meio ambiente.

##RECOMENDA##

“Os bichinhos estavam cansados e agitados. Diante dessa situação, liguei para o número da SEMA, que fez o resgate”, disse Edvânia.

“Encaminhamos os animais para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras-Tangará), onde ficaram sob os cuidados de uma equipe técnica até estarem aptos a serem reintroduzidos em seu habitat natural. O timbu é um animal silvestre que se alimenta de insetos e roedores. São vitais para que outras espécies não venham a se tornar pragas urbanas. Matar esses animais é crime ambiental”, afirmou a analista ambiental da SEMA, Jocelane Cavalcanti.

Para o caso da população notar a presença de animais silvestres precisando de resgate ou mortos, o procedimento é de, imediatamente, entrar em contato com a Secretaria Executiva de Meio Ambiente do município por meio do número/WhatsApp: (81) 99836-9947. O público também pode ligar para o fone 153, da Guarda Municipal.

CRÉDITOS DAS FOTOS: ARMANDO FUENTES

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta terça-feira, 5, que seu governo estreitará relações com prefeitos para preservar a Floresta Amazônica. O petista deu as declarações em solenidade no Palácio do Planalto sobre o Dia da Amazônia.

"Vamos destinar, em 2025, R$ 600 milhões do Fundo Amazônia para municípios que, pelos seus indicadores recentes, são considerados prioritários no combate ao desmatamento e aos incêndios florestais", disse o presidente. "É importante que a gente traga os prefeitos, que tem cidades em todo o território amazônico, para que a gente não os tenha como inimigos, que a gente os tenha como parceiros na construção da Amazônia em pé que tanto nós desejamos", afirmou.

##RECOMENDA##

E declarou: "Ao invés de ficar acusando daqui de Brasília um prefeito, é melhor a gente chamá-lo para conversar e fazer com que ele participe do bolo da preservação que o governo federal pode arrecadar. Daqui para frente vai ser intensificada a conversa com os prefeitos."

Segundo ele também haverá mais diálogo com governadores. Além disso, Lula criticou a falta de destinação para terras da União na região amazônica.

"A União tem na Amazônia Legal da menos do que 50 milhões de hectares de terras públicas. É o equivalente a uma Espanha inteira no meio da floresta. Não faz sentido que o poder público não dê um destino claro a esse verdadeiro país dentro de outro país", disse o presidente da República.

Segundo ele, é necessário estabelecer "políticas claras capazes de mostrar a todos o que pode e não pode fazer em cada área", para não deixar os terrenos vulneráveis a "grileiros e invasores".

Terras indígenas

No evento sobre o Dia da Amazônia, o presidente assinou decretos que oficializam as terras indígenas de Rio Gregório, no Acre, e de Acapuri de Cima, no Amazonas.

Ele criou a Floresta Nacional do Parima, em Roraima, e ampliou o Parque Nacional do Viruá. A Estação Ecológica de Maracá também foi ampliada. As áreas são em Roraima.

Lula também alterou regras de regularização fundiária em áreas da União e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Além disso, foi assinada a criação da Comissão Nacional de Segurança Química, entre outras medidas.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira que é possível fazer uma "grande política de reflorestamento". Ele também mencionou uma eventual ação de recuperação dos afluentes do Rio São Francisco.

"Recuperar as matas ciliares do São Francisco e recuperar os afluentes do São Francisco é uma coisa tão importante quanto a própria transposição", declarou o presidente da República. "O São Francisco tem muitos afluentes que já morreram. Vamos tentar, num processo de recuperação, ver se a gente recupera esses afluentes. Aí, nós temos que reviver a floresta, vamos ter que plantar outra vez um monte de coisa e fazer uma grande política de florestamento nesse país, onde é possível fazer", disse Lula.

##RECOMENDA##

E explicou: "Isso gera emprego, isso vai ajudar o pequeno e médio produtor rural a fazer mudas para que a gente possa reflorestar esse país onde for possível reflorestar."

Lula deu as declarações no programa Conversa com o Presidente, produzido pela EBC. É uma espécie de live do presidente da República. Normalmente, a peça é transmitida às terças-feiras. Nesta semana, é realizada na segunda-feira porque, na terça, Lula estará no Paraguai para a posse do presidente eleito do país, Santiago Peña.

O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (22) ajuda para preservar a água, com uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos do planeta, um bem que que não pode ser objeto de "desperdício" ou "motivo de guerras".

"Rezo por um bom resultado do trabalho da conferência que acontece sobre o tema na sede da ONU em Nova York e espero que este evento importante possa acelerar iniciativas a favor dos que sofrem pela falta de água, um recurso essencial", declarou durante a audiência geral.

"A água não pode ser objeto de desperdício, abuso ou motivo de guerras, e sim deve ser preservado para o nosso bem o das gerações futuras", acrescentou.

A conferência da ONU sobre a água é um evento sem precedentes em quase meio século e conta com a participação de 6.500 pessoas, incluindo uma centenas de ministros e uma dezena de chefes de Estado e de Governo.

Em um relatório publicado para a reunião, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, criticou o modelo de consumo atual que caminha para "esgotar, gota a gota, esta fonte de vida para a humanidade".

O pontífice fez o apelo porque nesta quarta-feira também é celebrado o Dia Mundial da Água e citou o Cântico das Criaturas de São Francisco, que define a água como "humilde, preciosa e casta".

O ex-deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB) é o novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A escolha foi da própria ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. 

A nomeação de Agostinho ocorreu nesta sexta-feira (24). A cerimônia de posse está prevista para a próxima terça (28), em Brasília. Antes, ele foi vereador e secretário do Meio Ambiente de Cafelândia e prefeito de Bauru por dois mandatos, ambos municípios no interior de São Paulo. Em 2018, foi eleito deputado, mas não conseguiu se reeleger no ano passado. 

##RECOMENDA##

Na Câmara, Rodrigo Agostinho presidiu a Comissão de Meio Ambiente e coordenou a Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso. Ele também representou os deputados na última Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27), em novembro do ano passado. 

[@#galeria#@]

Comemorado nesta segunda-feira (5), o Dia da Amazônia tem como finalidade conscientizar a população sobre a importância de um dos patrimônios naturais mais valiosos da humanidade. A data foi instituída por lei em 2007 para celebrar a maior floresta tropical do mundo.

##RECOMENDA##

Reconhecida pela fauna, flora, cultura e diversidade, a floresta amazônica ganha mais um enfoque: o desmatamento. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no período de agosto de 2021 a julho de 2022 foram derrubados 10.781 km² de floresta; somente em abril deste ano, foi detectada a derrubada de 1.197 km² de floresta na Amazônia – 54% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2021 – sendo o pior abril dos últimos 15 anos.

 Constitucionalmente, os poderes executivos – em âmbitos federal, estadual e municipal – são responsáveis pela proteção da floresta, explica o professor e doutor em Ciências Ambientais Paulo Pinho. "É importante afirmar que no atual governo houve uma desmobilização, uma desestruturação, dos sistemas de defesa da nossa floresta. Então, por isso que está tendo um aumento do ataque aos nossos ativos florestais e aos nossos recursos naturais", lembra Paulo.

 O professor fala que o fato de muitas pessoas não terem acesso a educação e saneamento no Brasil resulta na falta de atenção voltada para questões políticas e ambientais. "Essas pessoas não exercem todos os seus direitos. O que nós precisamos é que as pessoas, hoje, da classe média a classe média alta, se sensibilizem, pressionem, se envolvam mais nas questões políticas, para que decisões relativas a educação e saneamento atinjam a maioria da população", enfatiza.

A engenheira florestal Danielle Brito aponta o desmatamento ilegal como a principal causa da devastação amazônica e diz, ainda, que a população contribui para isso. "A partir do momento em que você adquire uma madeira, um móvel sem saber a procedência, sem saber a rastreabilidade, você está contribuindo, você está incentivando”, observa.

Para Danielle, o desmatamento desenfreado pode causar danos como o aumento da emissão de gás carbônico – um dos principais gases associados ao efeito estufa –, problemas respiratórios e crescimento lento de espécies arbóreas de grande porte, por exemplo. A engenheira destaca a importância da floresta. “É importante para a nossa respiração, é importante para o nosso clima, para o nosso ambiente. Está tudo interligado. É tudo um sistema”, pondera.

Danielle e Paulo enfatizam que a proteção da floresta é essencial e que deve ser discutida. “Nos últimos anos têm surgido diversas campanhas na mídia, nas redes sociais e ONGs que trabalham em favor disso. É muito importante a gente botar em pauta a proteção não só da floresta amazônica, mas de todas as florestas", avalia a engenheira.

"Discutir a floresta amazônica, discutir os recursos naturais, é discutir sobre a viabilidade da sociedade humana e de outros seres vivos da terra. É uma condição fundamental e básica", finaliza o professor.

Por Even Oliveira e Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O candidato do PT à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (30) que é preciso conciliar o desenvolvimento econômico da região amazônica com a preservação ambiental. “É plenamente possível você trabalhar corretamente a questão climática, a questão ambiental e você dar a segurança necessária para que você possa fazer uma ou duas estradas que possam interligar o estado do Amazonas com o restante do país”, disse em entrevista à Rádio Mais Brasil FM, de Manaus (AM), retransmitida pelas redes sociais do candidato.

As obras de infraestrutura devem, segundo Lula, ser objeto de um “estudo profundo” para determinar as exigências que façam com que o impacto no meio ambiente seja o menor possível. Lula voltou a defender que, a partir de pesquisas científicas, sejam identificadas substâncias da floresta que possam ter utilidade industrial e comercial.

##RECOMENDA##

“Ao mesmo tempo nós temos que saber que é plenamente possível não fazer mais desmatamento, a gente não fazer mais queimada e tentar explorar cientificamente a biodiversidade existente em toda a Amazônia. Para que a gente possa tirar dessa riqueza o fortalecimento da indústria na área de fármacos, na área de cosméticos”, acrescentou.

Esses investimentos podem ser feitos, na opinião do candidato, a partir de cooperação com instituições e empresas de outros países. “Nós temos que fazer com que pesquisadores do mundo inteiro, administrados pela soberania brasileira, possa pesquisar para que a gente saiba o que podemos tirar da Amazônia de proveito para o próprio povo da Amazônia e do Brasil inteiro”, disse.

O desenvolvimento baseado em tecnologia é o caminho, segundo Lula, para promover a expansão econômica sustentável na região. “Um processo de inovação para que a gente possa garantir que para o estado do Amazonas a gente não vai levar nenhuma empresa poluidora”, enfatizou.

Lula disse ainda que quer fazer investimentos na Polícia Federal e outros órgãos que fiscalizam a Amazônia, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). “A Funai vai voltar a funcionar com toda a força. O Ibama vai voltar a funcionar com toda a força”, ressaltou.

Desde julho, o Fórum Socioambiental de Aldeia vem se reunindo com candidatos ao Governo do Estado, à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa de Pernambuco, com o objetivo de cobrar esforços pela preservação de uma das maiores área de proteção do estado, a APA Aldeia-Beberibe. Nos encontros, os políticos são convidados a assinar uma carta de compromisso tornando público seu interesse em promover ações concretas de proteção e fortalecimento da APA.

Atualmente, a área é ameaçada por grandes projetos envolvendo o Governo Federal e Estadual, como o “Arco Viário”, a “Escola de Sargentos” e as termelétricas. “Precisamos chegar um pouco mais próximo dos políticos, conhecer melhor essas pessoas que fazer parte do dia a dia do Estado, em diferentes níveis, e ver as propostas que eles têm para Aldeia e para o meio ambiente”, diz Ludmila Portela, vice-presidente do Fórum.

##RECOMENDA##

Embora exista há 19 anos, o Fórum vem se renovando para manter a luta por preservação. “Somos apartidários. Receberemos qualquer candidato que tenha propostas para Aldeia e para o meio ambiente”, acrescenta Portela.

Os encontros acontecem às terças, sempre às 19h, com transmissão ao vivo pelo Instagram do Fórum. Dentre as políticas e políticos que já participaram estão a deputada estadual Carol Vergolino (Psol), a candidata à deputada estadual Sylvia Siqueira (Rede), o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede), a vereadora do Recife e candidata à Alepe Liane Cirne (PT) e Sérgio Urt (PT), que também é candidato a deputado estadual.

Serviço

Rodas de Diálogo do Fórum Socioambiental de Aldeia

 Quando: Sempre às terças-feiras, às 19h, com transmissão ao vivo pelo instagram do Onde: Pizzaria Tomassa. Estrada de Aldeia, km 9

Qualquer pessoa pode participar 

 

Dezenas de perfis que se passavam por ONGs ambientalistas e disseminavam informações falsas sobre a Amazônia estavam ligados a dois militares do Exército, constatou o relatório de ameaças encomendado pela Meta, detentora do Facebook e Instagram, publicado nessa quinta-feira (7). As contas foram derrubadas pela plataforma.

A análise da agência Graphika, contratada pela Meta para monitorar as postagens, identificou que a rede de fake news era controlada pela dupla que estava "servindo ativamente no exército em dezembro de 2021, de acordo com registros do governo brasileiro de pagamentos de funcionários federais".

##RECOMENDA##

A rede de desinformação contava com 14 contas e 9 páginas no Facebook, e 39 contas no Instagram. Todas foram derrubadas sob a justificativa de apresentar "comportamento inautêntico coordenado".

Defensores do governo federal

O documento indica que os perfis enalteciam o governo federal, criticavam defensores do Meio Ambiente e defendiam que nem todo desmatamento é ruim. Os perfis também apoiaram os atos do último 7 de setembro e o Projeto de Lei 490, que modifica as regras de demarcação de território indígena. 

As primeiras páginas surgiram em 2022, como a “Resistência Jovem” e “Orgulho Sem Terra”, que postavam memes sobre questões sociais, como a reforma agrária e a pandemia.

Em 2021, os perfis passaram a fingir ser ONGs e ativistas, como a “NatuAmazon” e a “Amazônia Sustentável”, mas não alcançaram tanto engajamento. Cerca de 1.200 seguidores acompanhavam as páginas no Facebook e mais de 23 mil no Instagram.



Exército se afasta dos envolvidos

Em nota, o Exército alegou que soube das contas através da imprensa e que “não fomenta a desinformação por meio das mídias sociais”.

"A instituição possui contas oficiais nessas mídias e obedece as políticas de uso das empresas responsáveis por essas plataformas. Assim, o Exército já entrou em contato com a empresa Meta para viabilizar, dentro dos parâmetros legais vigentes, acesso aos dados que fundamentaram o relatório, no que diz respeito à suposta participação de militares nas atividades descritas", destacou o documento.

"A Instituição requer de seus profissionais o cumprimento de deveres militares, tais como o culto à verdade, a probidade e a honestidade", complementou.

Na manhã desta quarta-feira (29), o Corpo de Bombeiros do Paraná confirmou que os incêndios registrados na área de preservação ambiental, que fica próximo ao Rio Xagu, em Quedas do Iguaçu, no centro-oeste do Paraná, destruiu 500 hectares da área. 

O incêndio, que teve início no domingo (26), queimou matas, plantações e animais. Ao G1, a polícia informou que investiga se o incêndio pode ter sido criminoso. 

##RECOMENDA##

Os bombeiros reforçaram ao site que os trabalhos para controlar as chamas concentradas em Nova Esperança e Santa Bárbara, áreas rurais de Quedas do Iguaçu, foram reforçados nesta quarta-feira (29). Nestas localidades estão concentrados o maior número de focos de incêndio.

Por meio do Twitter, a deputada Gleisi Hoffman (PT), que é natural do Paraná, pediu providências urgentes. 

[@#video#@]

[@#galeria#@]

Após um ano e sete meses fechado, o Parque Estadual de Dois Irmãos, no Grande Recife, reabriu para o público na manhã desta quarta-feira (13), a partir das 9h. A reabertura representa a primeira fase de testes com a recepção aos visitantes após a presença da pandemia, e para isso, o equipamento receberá até três mil visitas diárias, no máximo, de quarta a domingo, com exceção de feriados.

##RECOMENDA##

Nesse primeiro momento, o público pode passear desde a entrada até o açude, e caminhar pelas alamedas onde se encontram as aves, o serpentário, diversos répteis e pequenos mamíferos. Estão presentes nos recintos animais como a jaguatirica, tamanduá-bandeira, guaxinim, furão, jacarés, iguanas, jibóias e até cobras exóticas, como a píton albina.

A partir do açude, o caminho que segue para as áreas mais a fundo, onde ficavam as onças e leões, está interditado e proibido ao público. É possível levar o próprio alimento; ainda não há pontos de venda dentro do parque, mas há comércio nas limitações do bairro. Há área de piquenique e parque infantil abertos às margens do açude.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti, o parque não abriu durante o Dia de Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro, também Dia das Crianças), para conseguir cumprir as medidas de retomada com maior fidelidade.

“A pandemia nos condicionou a fazer um processo de abertura aos poucos. Nesse primeiro momento, você pode visitar o Parque Dois Irmãos, mas a gente vai ter uma limitação de três mil pessoas. Pode ser até estranho o parque não abrir no dia de feriado (12 de outubro), é justamente porque são nesses dias que existe o maior fluxo de pessoas, mas diante da pandemia é necessário que a gente tenha um cuidado especial com o número de pessoas, para garantir o distanciamento, o uso de máscara. O álcool nós vamos proporcionar pra você quando você estiver andando aqui”, explica Bertotti.

Segundo o secretário, os recintos foram qualificados, além das áreas de convivência para o público, e novos espaços para os animais. As preguiças agora tomam banho ao ar livre, assim como répteis tomam banho de sol durante a manhã e poderão ter contato com o público, quando possível. As adaptações fora dos recintos condizem com a necessidade de saúde das espécies e são acompanhadas por especialistas.

[@#video#@]

O zoológico recepcionou o público, pela primeira vez, na ausência de três queridos animais, que juntos somavam décadas de convivência no Recife: o leão Léo, que morreu de câncer em janeiro deste ano, aos 21 anos; e os irmãos Zé Colmeia e Ursula, dupla de ursos pardos, que há 18 anos viviam nos recintos pernambucanos. Zé morreu por insuficiência respiratória, em maio, aos 22 anos. Úrsula foi transferida para a Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos (ASERG). O espaço tem ambientação mais próxima à realidade do habitat natural da espécie, como, por exemplo, uma variação de temperatura entre 9ºC e 16ºC.

Segundo o secretário, o Dois Irmãos não mais irá adotar animais da fauna estrangeira, como os leões africanos e os ursos pardos, por uma alteração no Plano Diretor e novas perspectivas diante da saúde e proteção animal. A direção também acredita que o equipamento tem potencial para aproximar mais as espécies nacionais do público local.

“Nós não receberemos mais esses animais que não são da nossa falta nativa. A gente vai manter alguns que não são, porque não tem sentido, por exemplo, o chimpanzé, que é africano, voltar para a África. Mas o Plano Diretor do Parque Dois Irmãos, que foi trabalhado nesses dois anos, anunciado, inclusive, durante a pandemia, prevê que a gente vá, à medida que esses animais maiores e exóticos, não estejam mais presentes, abrindo espaço desses recintos para receber outros animais da nossa forma nativa que não tem ainda aqui”, continua o secretário.

Bertotti explica ainda que, “em outros tempos”, a vocação do parque era a de trazer animais exóticos para a exibição, mas que a nova diretriz é, não apenas uma tendência mundial, como uma perspectiva mais moderna sobre a preservação e reprodução desta fauna, objetivos esses que fazem parte da missão do Dois Irmãos.

“O zoológico tem essa vocação de conservação. Por exemplo, em Pernambuco há uma lista de espécies ameaçadas de extinção. Aqui a gente faz a reprodução dessas espécies. A lógica é reproduzir e garantir a preservação da nossa fauna nativa. E tem um outro detalhe: é preciso fazer muitas adaptações ao recinto para tentar dar uma ambiência para um um animal exótico, que seja similar ao dele. Isso requer um grande investimento e nunca vai ser o que ele realmente teria”, conclui.

No total, 29 novas espécies chegaram ao Parque Dois Irmãos e logo devem ser realocadas, gradualmente, aos recintos próximos do público. Segundo Carol Priscila, bióloga do parque, os novos animais chegaram em duas levas, há menos de dois meses, e ainda estão em quarentena. “Esses animais precisam de uma quarentena de 40 dias, com cuidados e observações específicas. Nem todos são nacionais, como é o caso da águia chilena. A primeira leva chegou há cerca de um mês e meio, e a segunda chegou na semana passada”, diz Priscila.

Na primeira viagem, chegaram iguanas, furões, tamanduás-mirim, quatis, tucanos e serpentes. Na segunda, o parque recebeu uma águia chilena, gaviões carijó, timbus e arribaçãs. Até o momento, não há previsão de novas chegadas.

Na ordem: Brivaldo (31), Davi (3), Naara (29) e Ana (2), aproveitam reabertura do Parque Dois Irmãos, no Recife. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens.

Famílias aproveitam o parque no pós-feriado

Com movimentação tranquila, o Parque Dois Irmãos reabriu sem aglomerações e com público ainda tímido durante a manhã. A maior parte dos visitantes era composta por famílias acompanhando crianças pequenas, muitas visitando o parque pela primeira vez e até mesmo tendo vivido seus meses iniciais já durante a pandemia. É o caso da família de Naara Henrique, de 29 anos, que visitou o Dois Irmãos junto ao marido Brivaldo Júnior, de 31 anos; e aos filhos, Ana, de dois anos, e Davi, de três. “Não fizemos nenhum plano de Dia das Crianças e vir ao parque já era um plano há um tempo. Ele (Davi) está aprendendo os animais na escola e ficou encantado com o papagaio”, explica a mãe.

“Gostei da coruja ‘do olhão’, dos papagaios, das araras que são ‘cheias de colorido’ que nem um unicórnio. Eu gosto muito dos animais, na escola eu ganhei um chapéu de jacaré”, diz Davi, que estava ansioso para ver no parque os bichos vistos na escola. Um deles, reconheceu logo na entrada: “o que anda devagar, o bicho preguiça”.

A família de Miguel, de dois anos, também teve uma experiência parecida. O menino aproveitou a experiência junto ao avô, José Cavalcanti, de 70 anos, e à mãe, Socorro Rodrigues, de 38 anos. Socorro explica que Miguel ainda não foi à escola, mas está em uma fase de atenção às cores, gostando de animais como araras e papagaios. Foi a primeira visita do menino a um zoológico.

“Temos evitado programas na rua. À medida que posso, saio com ele, para ele se distrair um pouco, socializar, porque ele passa por uma fase meio difícil e sente falta de sair. Ele fica muito ansioso confinado do apartamento. Sempre que posso, vou à praia com ele, correr, andar de bicicleta”, diz a mãe.

É possível visitar o parque de quarta a domingo, das 9h às 15h, exceto feriados. A venda de ingressos encerra às 14h. A entrada inteira custa R$ 5,00 e a meia-entrada, R$ 2,50. O acesso é gratuito para crianças com até cinco anos de idade, ou até um metro de altura. É obrigatório o uso da máscara de proteção, higienização das mãos com álcool em gel e distanciamento social.

Parque Dois Irmãos

Administrado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas/PE), é composto por uma importante reserva de Mata Atlântica e pelo Zoológico do Recife. De acordo com a Semas, o reencontro do público com o zoológico será marcado por uma nova perspectiva sobre o Parque, uma vez que o local se tornou uma instituição conservacionista voltada aos cuidados com a biodiversidade nativa.

Segundo o responsável pela pasta do Meio Ambiente, o equipamento passou por uma série de serviços de manutenção, como jardinagem, paisagismo, melhorias estruturais em mais de 30 recintos, pintura, instalação de novos bancos, reforma dos banheiros, entre outras iniciativas.

Em 17 de agosto celebra-se o Dia do Patrimônio Histórico, data que visa conscientizar sobre a importância da preservação de estruturas ou itens culturais. A data também é uma homenagem ao nascimento do historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade (1898-1969), conhecido por ser o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), criado por meio da Lei nº 378, de 1937, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas (1882-1954).

Segundo o arquiteto e urbanista, doutor em planejamento urbano e regional, professor de história da arquitetura e urbanismo da Universidade Guarulhos (UNG), Roberto S. Moreno, os patrimônios históricos são testemunhas da história humana, e, por meio deles, é possível compreender o modo de vida de diversas gerações.

##RECOMENDA##

O arquiteto lembra que o mundo sempre evoluiu de acordo com as culturas anteriores. Testemunhos como Stonehenge, no Reino Unido, a cidade de Ur, na antiga Suméria, as construções da antiga Grécia ou Egito e as arquiteturas presentes no Brasil possibilitam a interpretação dos hábitos, costumes e manifestações artísticas de gerações passadas. “Preservar é preciso, é necessário, pois sem isso a memória se esvai, se perde no tempo. Preservar é também sinônimo de turismo, economia pujante ligada à cultura. Cria empregos e conhecimentos”, afirma Moreno.

De acordo com o professor universitário, a preservação abrange prédios, cidades e monumentos, pois a prática trata do antigo e não do velho. “O antigo tem cultura, o velho não”, comenta. Moreno destaca que para isso, existem as cartas patrimoniais, que são documentos redigidos por organizações nacionais e internacionais, as quais contêm orientações para a conservação dos patrimônios mundiais, entre elas, Carta de Atenas (1931); “Carta de Veneza” (1934), “Convenção de Paris” (1972), “Declaração e Manisfesto de Amsterdã” (1975).

Para o investidor e colecionador Renoir Vieira, a preservação dos patrimônios históricos garante que futuras gerações tenham acesso à história de maneira tangível. Segundo ele, por meio da conservação desses monumentos ou itens, a sociedade se beneficia ao adquirir maior senso de identidade, coesão nacional e consolidação do turismo, além de garantir que os contextos atuais sejam melhores compreendidos. “A evolução histórica é um 'continuum', portanto, o momento atual não está solto no tempo e espaço, ele é parte de uma evolução histórica, cuja compreensão depende do entendimento do processo histórico”, analisa.

Vieira ressalta que as leis brasileiras têm atribuído o sentido de patrimônios históricos a imóveis, principalmente no que tange à categoria de construções históricas. “Sem dúvidas que imóveis podem ser, em alguns casos, considerados patrimônio histórico, contudo, outros itens como quadros e esculturas também podem ser considerados patrimônio histórico”, defende.

 

O Arco Viário Metropolitano, projeto de infraestrutura que pretende ligar Igarassu ao Cabo de Santo Agostinho, no Litoral Sul de Pernambuco, será pauta de encontro virtual do Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio-05), na próxima terça-feira (27), às 19h30, no canal do CRBio-05 no YouTube. O objetivo é debater os impactos ambientais e econômicos da obra, que voltou a ser avaliada, sobretudo na fauna e flora locais. A live leva o tema “Prevenir ou compensar? Arco Viário Metropolitano, biodiversidade e economia de Pernambuco”, com mediação da conselheira secretária do conselho, Rachel Maria.

O ponto principal da discussão é em relação ao trecho que vai da BR 101 Norte à BR 404, no limite de Paudalho/São Lourenço. Essa extensão causa um impacto ambiental prejudicial não só pela mata, mas pelas nascentes ribeirinhas.

##RECOMENDA##

“O grande objetivo do CRBio-05 é contestar o impacto ambiental de um dos traçados do Arco porque ele passa justamente pela Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia Beberibe. O projeto atual impacta diretamente na fauna e na flora”, ressalta a representante do CFBio e do CRBio, Eduarda Larrazabal.

O encontro remoto terá a presença de oito convidados: secretária Executiva da Semas/PE, Inamara Mélo; presidente do Conselho Federal de Biologia (CFBio), bióloga Maria Eduarda Lacerda Larrazábal; professora Bruna Bezerra e professor Enrico Bernard, ambos do Departamento de Zoologia da UFPE; Yuri Marinh, gestor do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (CETAS Tangara); professoras Ednilza Maranhão e Ana Carolina Lins e Silva, ambas da UFPE; Cinthia Lima, analista ambiental da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e gestora da APA Aldeia Beberibe.

“Entre as pautas da discussão estão a situação atual dos planos para o Arco Viário Metropolitano, o impacto de estradas na fauna, o custo de reabilitação da fauna de Pernambuco, o uso sustentável e o território da Mata Atlântica em Pernambuco – manutenção da vida/agroecologia, estoque x perda de carbono e a construção do Arco Viário Metropolitano, estradas, colisões e pandemias e o papel da APA Aldeia Beberibe para Pernambuco”, destaca Eduarda Larrazabal.

Arco Viário Metropolitano

Projeto que nunca saiu do papel, o Arco Metropolitano é discutido há 20 anos com o objetivo de desafogar a Região Metropolitana do Recife (RMR). Ele pretende ligar Igarassu ao Cabo de Santo Agostinho. Novamente no centro das discussões, o Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio-05) reforça que é preciso respeitar o meio ambiente, com sustentabilidade.

Esta semana se comemorou o Dia Mundial dos Arquivos, data instituída durante a Assembleia Geral do Conselho Internacional dos Arquivos (CIA) em 2007, órgão criado  pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), como forma de refletir sobre a importância dos  arquivos enquanto documentos  que marcam a história da humanidade,  relembrando a importância deles para a preservação da memória.

Dentre os profissionais que se destacam quando o assunto é arquivos antigos e fotografias, estão aqueles que trabalham com restauração de imagem. Este é o caso de Daniel Herrera. Ele é designer, especialista em fotografia, e trabalha com restauração de imagens, de forma semelhante à pintura digital. “Quando recebo uma imagem para restaurar, faço um processo de escaneamento dessa imagem, que geralmente está deteriorada, ou desgastada pelo tempo, transformando-a em uma imagem digital de alta resolução”, conta.

##RECOMENDA##

Todo esse processo de restauração de imagem é feito por etapas. Herrera explica que uma das ferramentas usadas para seu trabalho é o software Adobe Photoshop, no qual é possível trabalhar melhor o uso da iluminação e das cores. “Removo manchas, furos e refaço tudo que é possível para deixar a imagem o mais próximo possível da [versão] original. Assim, concluo o processo realizando uma revelação fotográfica, que é o processo químico fotográfico para que essa imagem digital se torne novamente uma fotografia revelada em papel”, detalha.

O especialista conta que a maioria das imagens pode ser restaurada, mas antes é preciso fazer uma análise para constatar quais são as partes da fotografia que podem ser recuperadas, para que assim possam ficar mais próximas ou iguais à original. “Também analiso nesta imagem que partes estão mais deterioradas, nas quais  possivelmente deverão ser empregadas as técnicas de pintura. Depende bastante do estado para me aproximar novamente do que era a original”, explica Herrera.

Ele lembra que a fotografia é parte fundamental da lembrança, da memória, e é um lugar de saudosismo fundamental da nossa história, mas muitas pessoas não dão o devido valor à preservação de fotografias antigas, por conta da era digital. Entretanto, seja qual for o tipo de registro, para Herrera, é importante celebrar e lembrar do Dia Mundial dos Arquivos, para ter em mente que os arquivos de modo geral são memórias. “ Um povo que não sabe a sua história e não conserva essa memória, infelizmente se confunde no que é a realidade do presente”,  reflete.

Como preservar fotografias analógicas e digitais?

O coordenador do curso de Fotografia da Universidade Guarulhos (UNG) e professor da disciplina Gerenciamento de Acervos Fotográficos, Alex Francisco, explica que uma fotografia impressa entra em processo de deterioração a partir do momento em que é revelada. “É natural que ela se decomponha com o passar dos anos. O que podemos fazer é, por exemplo, tomar medidas de conservação e preservação para que essas fotos possam durar um maior tempo”, analisa.

Como primeira dica, Francisco recomenda fazer uma análise das fotos, para verificar o estado delas. Imagens com manchas e sujidades podem passar por um processo de limpeza mecânica, feita com pincel e pó de borracha. Também é importante que as fotografias estejam embaladas em plásticos ou papel com o selo Acid Free ou o PAT (Photography Activity Test). “Outro fator importante é não manipular as fotos com as mãos nuas, sempre usar luvas, pois os resíduos dos nossos dedos ficam na imagem e causam manchas. O que parece inofensivo para nós, causa um dano maior na fotografia revelada”, orienta.

Já quando se trata de armazenamento e cuidados com fotografias digitais, Herrera conta que é possível se organizar no sistema físico do computador, catalogando as imagens em pastas separadas por ano, mês, ocasião específica e etc. "Assim, na hora de procurar uma fotografia, posso encontrá-la facilmente através do buscador dentro do sistema. Catalogar imagens é uma técnica livre, vai depender do volume e da quantidade, e cada um pode criar o seu próprio sistema de critérios para organizá-las”, afirma.

Outra alternativa, é o sistema de nuvem. “Ele é muito importante para esse backup de arquivos, pois o sistema físico pode sofrer danos que são irreversíveis. Eu já perdi fotos, por exemplo, em uma hd que simplesmente parou de funcionar”. Alguns sites que podem servir para armazenamento são: Flickr, Google Fotos e 500px. “Esses sites e sistemas de armazenamento são um mercado que cresce a cada dia, acredito que em um futuro próximo as fotografias estarão somente no armazenamento em nuvem, que realmente traz mais segurança referente a esses dados”, projeta.

 

[@#galeria#@]

Instituto Peabiru está lançando o projeto “Mangues da Amazônia” em parceria com o Laboratório de Ecologia de Manguezal – LAMA, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e com a Associação Sarambuí. A iniciativa tem o objetivo de preservar e recuperar os manguezais em três Reservas Extrativistas Marinhas na costa nordeste do Estado do Pará.

##RECOMENDA##

John Gomes, engenheiro de pesca, mestre em Biologia Ambiental e gestor do projeto, explica que a proposta surgiu da necessidade do LAMA, do Instituto de Estudos Costeiros (IECOS) da UFPA, de dar continuidade aos trabalhos já desenvolvidos pelo laboratório sobre as questões socioambientais no manguezal em apoio à população que depende desse sistema para a sobrevivência. O projeto também busca uma nova plataforma para aplicar suas abordagens sociais e ecológicas no âmbito da pesquisa, ensino e extensão, amplificando sua área de atuação na costa paraense.

Os esforços para recuperação de áreas degradadas de florestas de mangue são baseados em duas técnicas de reflorestamento, já adaptadas e utilizadas na região bragantina pelo LAMA, e no trabalho de base comunitária. John informa que sementes coletadas nessas florestas e mudas produzidas em viveiro serão utilizadas para o reflorestamento dessas áreas.

“A transferência das técnicas aplicadas para os comunitários e sua participação direta em todo esse processo, juntamente com o trabalho de educação ambiental direcionado para todos os grupos dentro da comunidade, são de suma importância para o sucesso das práticas de reflorestamento, garantindo a recuperação dos recursos, das funções do sistema e da paisagem e, em consequência, a conservação dos manguezais ao longo da área de atuação do projeto”, afirma.

O "Mangues da Amazônia" também vai focar na conservação de duas espécies de grande relevância para as comunidades-alvo. A primeira, o caranguejo-uçá, que tem um papel relevante nos processos ecológicos do ecossistema, além de ser importante para a economia das comunidades. A pesca dessa espécie é uma das mais antigas do país e fundamental para o setor artesanal em áreas de manguezal. A outra é o mangue branco, vegetal que desperta interesse pelo uso da sua madeira jovem para a construção de currais de pesca.

O engenheiro ressalta que as ações relativas à exploração desses recursos típicos das florestas de mangue vão ser abordadas em avaliação socioecológica do conhecimento tradicional, com o uso do mapeamento participativo das zonas de extração dessas duas espécies. “No intuito de propor estratégias de manejo cuja finalidade é o uso sustentável de ambos os recursos”, enfatiza.

John diz que as atividades do projeto já estão sendo realizadas, seguindo as orientações para a prevenção da covid-19, em três municípios do litoral paraense: Augusto Corrêa – cujo polo é a comunidade de Araí, localizada dentro da Reserva Extrativista Marinha (RESEX Mar) de Araí-Peroba; Bragança, com polo na comunidade de Tamatateua, próxima à zona de amortecimento da RESEX Mar de Caeté-Taperaçu; e Tracuateua, onde a comunidade escolhida como polo para as atividades do projeto é Nanã, também localizada fora dos limites da RESEX Mar de Tracuateua.

Tendo em vista que o projeto é de cunho socioambiental, os moradores locais (usuários das RESEX Mar) estão envolvidos em todas as atividades. “Os moradores locais estarão ajudando no mapeamento das zonas de extração, através do seu conhecimento sobre os recursos e as áreas de uso desses recursos (as espécies focais caranguejo-uçá e mangue branco)”, explica o pesquisador.

John ainda afirma que eles também estarão envolvidos no reflorestamento das áreas degradadas de manguezal, participando de todo o processo de coleta, produção de muda e reflorestamento, além de receber capacitações propostas pelo projeto e com origem de demanda espontânea abrangendo vários grupos do público-alvo. “Nesse universo do ensino, o projeto vai focar em crianças de até 6 anos, criando o Clube do Recreio; crianças de 7 a 12 anos, com o Clube de Ciências, além da criação do grupo comunitário Protetores do Mangue – PROMANGUE, para estudantes do ensino médio”, informa.

O "Mangues da Amazônia" também envolve a comunidade por meio de cursos de formação profissionalizante, voltados para temas de direito ambiental e social, disponibilizando advogado, psicóloga e assistente social. John destaca que o projeto busca a formação de pessoas mais participativas, especialmente em questões relacionadas à responsabilidade socioambiental. 

De acordo com John, a transformação de uma comunidade é demorada e demanda a empatia e a realização conjunta com o público-alvo. “Esse processo contínuo de conscientização das questões ambientais é fundamental para o fortalecimento do sentimento de pertencimento dos comunitários, bem como para gerar inúmeros multiplicadores que se tornarão os futuros protagonistas da recuperação e conservação dos recursos dos manguezais, assim espera-se”, acrescenta.

Segundo o pesquisador, o entretenimento também será utilizado como instrumento de formação nas ações do projeto. "Vai englobar toda a comunidade através do cinema, sendo a interação com o manguezal também trabalhada através da etnomusicologia e os processos de transmissão de conhecimento inter e transgeracionais”, assinala.

Em dois anos de projeto, os pesquisadores acreditam ser possível conseguir benefícios relevantes para as comunidades. “Dentre essas mudanças estão aquelas decorrentes de ações ambientais: reflorestamento e mapeamento da exploração do caranguejo-uçá e mangue branco, cujos resultados promovem a recuperação dos recursos que utilizam e das funções do manguezal”, explica John. Para ele, essas mudanças poderão ser observadas na melhor percepção das questões ambientais. 

“Mais questionamento sobre seus direitos, melhor pensar e fazer, mais responsabilidade social, mais prática do voluntariado e percepção das suas experiências através das práticas sociais, observando a participação dos diferentes grupos da comunidade na construção da sua própria identidade cultural”, diz.

Por enquanto, as atividades coletivas estão suspensas devido à pandemia. Porém, segundo o engenheiro, estão sendo realizadas ações de reflorestamento e mapeamento das áreas degradadas, de extração de madeira e de extração do caranguejo-uçá sem o envolvimento dos moradores locais. “As ações sociais estão sendo realizadas no formato remoto, através de webinários, entrevistas, palestras e cursos on-line”, acrescenta.

John diz que o projeto "Mangues da Amazônia", com patrocínio da Petrobras, tem duração de dois anos (2021–2022). “Embora a ideia e estrutura construídas, tanto antes quanto durante este projeto, permaneçam para um próximo ajuste e financiamento”, finaliza.

Por Isabella Cordeiro.

 

Na tarde dessa quarta-feira (21), 100 tartarugas da espécie Caretta caretta, conhecida como tartaruga-cabeçuda, nasceram na Praia de Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife. Outros quatro ninhos foram encontrados e já são monitorados em Enseada e na Praia de Itapuama.

Com a taxa de natalidade de 97%, apenas três ovos não eclodiram. Eles foram postos no dia 2 de março e tiveram um período de incubação de 51 dias, informa a Prefeitura.

##RECOMENDA##

"Duas espécies costumam desovar no litoral cabense, as tartarugas-de-pente e as tartarugas-cabeçuda. Por aqui ainda temos mais dois ninhos na Praia de Enseada e dois na Praia de Itapuama que estão sendo monitorados", destacou o biólogo responsável por acompanhar a reprodução dos animais, Felipe Brayner.

A tartaruga-cabeçuda, também conhecida como tartaruga-mestiça, vive em média 80 anos, mas pode chegar aos 120. Nesta quinta (22), Dia Mundial da Terra, o fundador da ONG Onda Limpa lembrou da importância de preservar o litoral.

"Fazemos um trabalho de conscientização ambiental para reduzir os danos aos animais marinhos. O aquecimento global faz com que as pessoas reflitam sobre os seus atos. As espécies precisam ser preservadas e podemos ajudar nisso, com a destinação correta dos resíduos sólidos", disse Estevão Santos.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Ministério da Defesa informou, nesta sexta-feira (12), que os alertas de desmatamento na região amazônica em janeiro tiveram queda de 70% em comparação do mesmo mês no ano passado. Em janeiro de 2020 foram 284 km² de áreas afetadas, contra 86 km² no mês passado.

Em um recorte maior, nos últimos seis meses, os dados revelam que houve uma redução de alertas de desmatamento de 988 km², esse registro representa uma queda de 21%. O número total corresponde a uma área maior que a cidade de São Paulo, que possui 950 km². Segundo o Ministério da Defesa, esse bom desempenho reflete no projeto coordenado pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal, em especial, por meio da Operação Verde Brasil 2.

##RECOMENDA##

De maio de 2020 a janeiro de 2021 foram aplicadas mais de 4.842 multas, resultando em mais de R$ 3 bilhões. Neste período também foram apreendidos mais de 331 mil metros cúbicos de madeira, 1.699 embarcações, 326 tratores e 20 aviões/helicópteros.

O governo federal já prepara a saída das Forças Armadas da região. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, confirmou essa semana que a operação em vigor desde maio encerra no dia 30 de abril. A fiscalização voltará a ser comandada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Por Rafael Sales

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando