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Em discussão no Congresso Nacional, a reforma da Previdência tem contado com a resistência de diversos parlamentares, inclusive dos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a ascensão do presidente Michel Temer (PMDB) ao cargo. Deputados e senadores do PSB compõem a linha de frente contrária à proposta apresentada pelo peemedebista para revisar as regras previdenciárias e a legenda decidiu promover um debate online, na próxima segunda-feira (13), para abordar o assunto e ouvir a população sobre as mudanças no setor. 

Conduzida pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, a discussão contará com a participação dos consultores legislativos do Senado, Fernando de Almeida Nery Ferreira e José Pinto Neto. Além dos argumentos dos especialistas, os internautas poderão enviar perguntas através do site da legenda, onde será veiculado o debate a partir das 19h. 

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Na avaliação de Siqueira, a reforma não pode ser discutida de forma "apressada", dado o impacto social que ela tem na vida de milhões de brasileiros. Ele destaca que a Previdência é um dos tripés da Seguridade Social, constituída também pela Saúde e Assistência, na qual são investidos R$ 700 bilhões. "O PSB é a favor de uma reforma, mas uma reforma que continue a preservar aquilo que é a sua essência: a solidariedade, a inclusão e a distribuição de renda entre aqueles que de fato precisam”, argumentou.

Na terça-feira (14), a militância do PSB também poderá opinar sobre o assunto através da plataforma de democratização da gestão partidária. Na sequência, o PSB ouvirá seus deputados e, por fim, a Executiva Nacional definirá uma posição oficial sobre a reforma.

O senador Paulo Paim (PT-RS) reuniu 29 assinaturas para solicitar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a situação financeira da Previdência Social. Segundo Paim, o objetivo é apurar desvios de verbas, fraudes, sonegações e outras irregularidades nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "A CPI vai esclarecer se precisa ou não de reforma (da Previdência)", disse.

Apesar de já possuir duas assinaturas a mais do que o necessário, Paim ainda buscará apoio de outros senadores até o fim de março. Ele afirmou que o Palácio do Planalto está pressionando governistas a retirarem as assinaturas do documento, mas não quis revelar os nomes. Caso não consiga a aprovação do pedido, Paim também costura o apoio de parlamentares para uma comissão mista, com a participação de deputados.

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Com duração de 120 dias, as CPIs têm poderes de investigação próprios de autoridades judiciais. A comissão pode, por exemplo, convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos e determinar diligências, entre outras medidas. A ideia de criar uma CPI partiu do presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins, que buscou o apoio de Paim. O pedido acontece em meio aos debates sobre a aprovação da reforma da Previdência, uma das prioridades legislativas do governo Michel Temer para este ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) terá uma comissão especial para acompanhar o andamento da reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional. A criação do colegiado foi aprovada nessa quinta-feira (23). Segundo o deputado Sílvio Costa Filho (PRB), que solicitou a implantação do colegiado, a comissão terá como objetivo “estudar as alterações da Previdência Social defendendo o direito do trabalhador”.

“A reforma previdenciária é importante para o Brasil, mas não da forma como foi enviada para a Câmara Federal. Por isso, é importante abrir na Assembleia um canal de debate com vários atores da sociedade civil para apresentar a visão do Legislativo pernambucano sobre o tema”, avaliou. “Apesar da competência sobre o assunto ser do Congresso Nacional, logo essa discussão chegará aos Estados, dada a grave crise dos sistemas de previdência estaduais”, justificou.

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A Comissão será composta por dez deputados, sendo cinco titulares e cinco suplentes, e terá 90 dias de duração. “Esperamos já na primeira quinzena de março fazer uma grande audiência pública sobre a reforma”, afirmou Costa Filho. O deputado também informou que o colegiado irá substituir o trabalho da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência.

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai montar dentro da estação da Luz, no bairro do Bom Retiro, zona central da capital paulista, um posto móvel entre esta terça-feira, 21, e a próxima quinta-feira, 23, das 9h às 15h, para tirar dúvidas sobre a previdência social de quem passar pela estação.

Os temas mais destacados foram dúvidas sobre aposentadorias especiais por invalidez, salário-maternidade, família, benefícios diversos e o auxílio-doença. Também serão distribuídos materiais informativos sobre Cidadão Idoso, direitos dos brasileiros ligados à Previdência Social e à aposentadoria especial.

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O posto móvel do INSS será montado com técnicos do Programa de Educação Previdenciária (PEP).

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta quarta-feira (26) o julgamento sobre a desaposentação - a possibilidade de o aposentado pedir a revisão do benefício por ter voltado a trabalhar e a contribuir para a Previdência Social. A análise do tema pelo STF teve início em 2014, mas foi suspenso depois de um pedido de vista feito pela ministra Rosa Weber.

A sessão da Corte está prevista para começar às 14h, mas há um pedido da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) para adiar o julgamento mais uma vez.

A desaposentação é medida alternativa para a imposição de eventualidade mínima para a aposentadoria que, em razão do tamanho continental do país, está se mostrando na prática inviável.  Também é um estímulo à contribuição por longos anos, justamente o que pretende o governo”, diz a Cobap.

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A decisão é aguardada por cerca de 180 mil pessoas em todo o país. Até o momento, o plenário do Supremo está dividido em relação à validade do benefício, que não é reconhecido na legislação da Previdência Social, mas segurados têm ganhado ações na Justiça para obter a revisão da aposentadoria.

Para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o segurado deve devolver todos os valores que foram pagos, em parcela única, para ter direito ao recálculo do benefício.

De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), uma eventual decisão desfavorável à Previdência terá impacto de R$ 7,7 bilhões por ano nos cofres do INSS.

Em um dos recursos, os ministros analisam o caso de um aposentado que pediu ao INSS a interrupção do pagamento da atual aposentadoria por tempo de serviço e a concessão de um novo benefício por tempo de contribuição, com base nos pagamentos que voltou a fazer quando retornou ao trabalho.

Antes da interrupção do julgamento, o ministro Luís Roberto Barroso, relator das ações principais sobre o assunto, admitiu a desaposentação e estabeleceu critérios para a Previdência Social recalcular o novo benefício. Marco Aurélio Mello não reconhece o termo desaposentação, mas entendeu que o recálculo pode ser feito.

Os ministros Dias Toffoli e Teori Zavascki votaram pela impossibilidade de os aposentados pedirem um novo benefício. Segundo Zavascki, a lei considera que a contribuição do aposentado tem finalidade diferente em relação aos pagamentos feitos pelo trabalhador comum.

Durante o julgamento, o ministro Luís Roberto Barroso reconheceu a desaposentação. Ele entendeu que o pedido de revisão deverá levar em conta o tempo e o valor de todo o período de contribuição, englobando as fases anterior e posterior da primeira aposentadoria.

Em contrapartida, a idade do contribuinte e sua expectativa de vida serão contadas de acordo com o primeiro benefício, a menos que o aposentado decida devolver o valor que já recebeu.

A aposentadoria é calculada de acordo com a média da contribuição. O valor é multiplicado pelo fator previdenciário, cálculo que leva em conta o tempo e valor da contribuição, a idade e expectativa de vida.

Após a PEC 241, que congela os gastos públicos por até 20 anos, ser aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, o governo federal planeja aprovar entre os parlamentares uma ampla reforma na Previdência Social, em 2017. Entre as principais mudanças no panorâma previdenciário, a gestão de Michel Temer vai propor idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, tanto no setor público quanto na iniciativa privada. Apesar de o Brasil registrar um crescimento nas demandas por saúde, educação, previdência e políticas públicas de assitência, o Planalto caminha na contramão e pode ferir os direitos dos trabalhadores. 

Sob jutificativa das mudanças previdenciárias, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, à frente de um grupo governamental que discute com representantes dos trabalhadores e dos empresários propostas para a reforma, afirma que a projeção para as contas da previdência em 2016 é de "um rombo de R$ 146 bilhões". Em 2017, poderá chegar a R$ 200 bilhões. Na última sexta-feira (14), Padilha divulgou um vídeo no Facebook do ministério, no qual explica que se não houver a reforma, não há "garantia" para a população receber a aposentadoria no futuro. O objetivo da gestão de Michel Temer é enviar o projeto ao Congresso Nacional até o fim de 2016, para votação em 2017. 

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Apesar do discurso difundido por Temer de que há um rombo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), um levantamento da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), através do estudo “Análise da Seguridade Social”, aponta que não há déficit e, sim, superávit. A professora e pesquisadora do Instituto de Economia da UFRJ, Denise Gentil, concluiu em sua pesquisa que o superávit da Seguridade Social (abrange o conjunto da Saúde, da Assistência Social e da previdência) é muito maior. No ano de 2006, o excedente de recursos do orçamento da Seguridade alcançou a cifra de R$ 72,2 bilhões.

Benefícios para quem?

Para o advogado Alexandre Vasconcelos, presidente da Comissão de Seguridade da OAB de Pernambuco, o grande vilão do Brasil é a arredacação das empresas que não pagam tributos e sonegam os impostos na ilegalidade. "O governo federal quer tirar dinheiro da Seguridade Social para custear o congresso nacional, o setor público e a corrupção", afirmou. Dados do Sonegômetro, equipamento do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), apontam que em 2014 foram sonegados mais de R$ 318 bilhões no Brasil. Para o advogado, existe uma "farsa contábil" que corrobora com o projeto da uma reforma na Previdência Social. "Caso o Congresso Nacional aprove essa mudança, será a mais perversa do mundo, sabemos que o trabalhador braçal não chega aos 65 anos de idade", pontuou.

Ainda segundo Alexandre Vasconcelos, atuante na área do direito previdenciário, uma reforma deveria ser realizada dentro do Congresso Nacional, que "retira o dinheiro da previdência para custear gastos da dívida pública". De acordo com um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com a UIP (União Interparlamentar), o Brasil tem o 2º Congresso mais caro do mundo. Segundo o levantamento, do ano de 2013, cada um dos 594 parlamentares brasileiros - 513 deputados e 81 senadores - custa para os cofres públicos US$ 7,4 milhões por ano. Em outro estudo do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita, em 2014 foram R$ 500 bilhões de sonegação; em 2015, somente no primeiro semestre, a sonegação foi de R$ 258 bi.

Aposentado desde os 55 anos como procurador do Estado de São Paulo e ganhando R$ 30 mil por mês, Temer também planeja desvincular do salário mínimo o benefício assistencial que a previdência paga a idosos e deficientes de baixa renda. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma política pública que garante o pagamento mensal de um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência, portadores derenda familiar inferior a 25% do salário mínimo, atualmente R$ 880. Segundo o presidente estadual da Central Única de Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras, a Previdência Social não deve ser tratada como fonte de arrecadação e despesa e sim como política pública para os trabalhadores. 

Em crise, cenário privado cresce, mas é incerto

"A reforma prejudica diretamente a população, é como aposentar o povo dentro de um caixão", afirma.  Para Veras, a aposentadoria é uma prioridade social e tem que ser tratada como tal. "É um direito que ajuda a dar qualidade de vida a famílias, principalmente as que moram na área rural, onde existem poucas poucas indústrias e empresas privadas. No Brasil, começamos a trabalhar muito cedo, muitos aos 14 anos, e aumentando a idade mínima da aposentadoria, muitas trabalhadores não conseguirão usufruir da própria contribuição durante uma vida inteira no mercado de trabalho". Em sua primeira semana de governo, em maio de 2016, o presidente Temer extinguiu o Ministério da Previdência Social,  órgão responsável pela elaboração de políticas, gestão e fiscalização da aposentadoria no Brasil. 

Diferente da Previdência Social, benefício pago pelo INSS aos trabalhadores, a previdência privada ou complementar, é uma reserva de fonte de renda feita de forma individual por empresas especializadas no assunto e não possui ligação com o sistema de aposentadoria do governo federal. Em um cenário de crise econômica e incertezas quando o assunto é a garantia dos aposentados no futuro, o mercado privado cresce, principalmente entre os trabalhadores de classe média alta. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, no primeiro semestre de 2016, os investimentos em previdência privada subiram 35% na Região Metropolitana de Campinas (SP). 

Para o diretor da Moreira & Alves Corretora de Seguros, Clemon Alves, especialista em previdência privada,  a favor de uma reforma proposta pela gestão de Temer, a procura por inicitativas privadas funciona como uma complementação ao benefício do INSS. "Temos que entender os reais impactos da crise e o que a população tem de alternativa hoje. Vemos um rombo no INSS, muita informalidade e desemprego de uma parcela da população que deveria contribuir para a aposentadoria no futuro, mas não o faz", defende. 

Para o especialista, muitas vezes trabalhadores se aposentam ainda muito jovens e talentos são perdidos no mercado de trabalho. Para contratar um plano de previdência privada, é preciso de no mínimo um investimento de R$ 100 mensais. "É diferente de investir em uma poupança no banco porque temos o rendimento superior", falou. Além disso, para Clemon, cria-se uma hábito cultural de pagamento mensal que o brasileiro não tem. 

Para Veras, à frente da CUT em Pernambuco, a previdência privada é mais um objetivo do governo federal de privatizar políticas públcias de seguridade social. Ele explica que o Estado quer reduzir o seu papel na saúde e em outras áreas de atuação privatizando os direitos dos brasileiros. "É um processo de manipulação de massa que conta com a ajuda dos meios de comunicação", lamentou. Para o advogado Alexandre Vasconcelos, também não há rentabilidade no setor privado da previdência. "É melhor você colocar o seu dinheiro numa aplicação direta do tesouro e se livrar de muitas taxas de carregamento", explicou. 

Em coletiva de imprensa, a Polícia Federal detalhou a Operação Manager, deflagrada nesta segunda-feira (12) contra uma organização criminosa envolvida com a concessão fraudulenta de aposentadorias rurais. A suspeita é que uma das pessoas presas, o vereador e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo, Amaro Honorato da Silva, estaria conseguindo o benefício em troca de votos – desde 2004, ele tem se elegido como vereador do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Além de Amaro do Sindicato, como é conhecido, também foi preso Abelardo Severino das Chagas, gerente da agência da Previdência Social de São Lourenço da Mata, na RMR.  Abelardo seria responsável por conceder os benefícios mesmo tendo conhecimento de que a documentação era falsa.

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No total, 1.065 benefícios possuem indícios de irregularidade. O rombo aos cofres públicos inicialmente havia sido divulgado como girando em torno de R$ 11 milhões. A PF atualizou o número. Desde 2013, quando há os primeiros indícios da fraude, o esquema teria causado um prejuízo de R$ 34 milhões ao INSS. 

Segundo as investigações, o esquema funcionava da seguinte forma: funcionários do sindicato aliciavam trabalhadores rurais para tirar seus benefícios previdenciários – essas pessoas não teriam direito ao benefício, geralmente, por não possuírem idade suficiente ou não haver de fato trabalhado na área rural. A documentação falsa era aprovada por Abelardo, quando, na verdade, deveria ser aprovada por analistas da previdência. “Um processo como, para entrar no sistema, demora cerca de uma hora, uma hora e meia. Mas nesses casos duravam cerca de sete minutos”, conta a delegada Carla Patrícia, da Delegacia de Repressão aos Crimes Previdenciários. 

Após conseguir o benefício, um agente financeiro que ainda está sendo investigado conseguia que os beneficiários obtivessem crédito consignado no valor de dez vezes o salário mínimo. Cerca de R$ 5 mil desse valor seria repassado às cabeças da organização e o restante ficava com o trabalhador.

Outros pontos que chamaram a atenção do INSS e da Polícia Federal foram o fato de que trabalhadores do Cabo estavam se cadastrando em São Lourenço da Mata e não no próprio município; e a disparidade no número de benefícios autorizados. De junho de 2013 a abril de 2016, a agência de São Lourenço deferiu os 1065 benefícios, enquanto no mesmo período a agência do município de Goiana, que possui o mesmo porte, autorizou 171 benefícios. 

Quatro pessoas do sindicato, suspeitas de realizarem os aliciamentos, foram conduzidas coercitivamente à Polícia Federal para esclarecimentos. A Justiça já autorizou o bloqueio das aposentadorias. Cada um dos 1065 casos será analisado e se houver comprovação que o trabalhador sabia da irregularidade ele também poderá ser preso por estelionato contra a Previdência Social.  

Ex-ministro da Aviação Civil e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, prestou depoimento à Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (23), sem deixar a sua residência em Brasília. Gabas foi alvo de um mandado de condução coercitiva – quando uma pessoa é obrigada a prestar esclarecimentos sobre uma investigação – da Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. 

Em entrevista a uma rede de televisão, o ex-ministro disse que “tudo que o tem está declarado e não tem nada a omitir”, além disso, ele observou querer “a verdade” e pontuou que “as pessoas culpadas sejam punidas e as inocentes absolvidas”. 

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Gabas é acusado de estar envolvido no pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O negócio teria como principal beneficiados o ex-ministro de Planejamento e Comunicação, Paulo Bernardo, preso pela Custo Brasil, e sua esposa, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). De acordo com nota divulgada pela PF, há "indícios de que o ministério direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados", interessados na concessão desse tipo de crédito.

Os policiais federais estão cumprindo 11 mandados de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva nos estados de São Paulo, do Paraná, Rio Grande do Sul, de Pernambuco e no Distrito Federal, todos expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

Em Pernambuco, a PF cumpre três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos bairros de Ilha do Leite, Jaqueira e Boa Viagem, no Recife. As prisões são de dois empresários e estão sendo feitas nos bairros de Jaqueira e Boa Viagem.

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores se reúne, nesta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro para tentar alinhar os discursos e definir as estratégias da legenda diante de temas polêmicos que vão ganhar fôlego na pauta do Congresso Nacional, como a reforma da previdência. Além das pautas remanescentes de 2015, como a crise econômica e o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). 

Os líderes do governo no Senado, Humberto Costa, e na Câmara, José Guimarães, além do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, dirigentes estaduais e integrantes de todo o diretório nacional participam do encontro que se estende até este sábado (27). 

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Com a expectativa de chegar ao Congresso Nacional até maio, a proposta que promove uma reforma previdenciária no país tem gerado discussões entre os parlamentares, tanto da oposição quanto da base governista. 

Mesmo assim, a presidente tem se colocado à disposição para “encarar a reforma da Previdência” e dizer que “não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos”, já que a expectativa de vida dos brasileiros está aumentando. Apesar disso, as modificações no setor dividem o PT e diversos movimentos sociais.

Dentro da reforma, deverão ser debatidos os seguintes temas: demografia e idade média das aposentadorias; financiamento da Previdência Social: receitas, renúncias e recuperação de créditos; diferença de regras entre homens e mulheres, pensões por morte; Previdência rural: financiamento e regras de acesso; regimes próprios de Previdência e convergência dos sistemas previdenciários.

O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) ajuizou uma ação penal contra o ex-prefeito de Itambé, na Mata Norte, Fred Carrazzoni (PSDB). Ele é acusado de falsificar documentos e o repasse de informações sobre a previdência da cidade para o Ministério da Previdência Social. Além dele, o então diretor do Itambéprev, Marcelo Bezerra de Andrade também é alvo da ação. 

De acordo com as apurações do MPF, entre março de 2009 e abril de 2010, os acusados apresentaram documentos falsos para comprovar a quitação previdenciária do município. O objetivo deles, de acordo com as investigações, era de possibilitar que o Itambéprev ficasse adimplente perante a União e, desta forma, recebesse transferências voluntárias de recursos, bem como empréstimos e financiamentos de instituições financeiras federais. A ação possivelmente organizada pelo tucano ocasionou um prejuízo de R$ 3,8 milhões aos cofres públicos, com os repasses indevidos ao município.

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Segundo a Previdência, foi constatado, durante auditoria do órgão, que os denunciados inseriram informações falsas em comprovantes do repasse e recolhimento ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). A intenção era obter Certificados de Regularização Previdenciária (CRP) para manter o município adimplente perante a União.

Caso a Justiça Federal acate o pedido do MPF e condene os acusados pelos crimes de  responsabilidade e de falsidade ideológica, as penas máximas previstas são reclusão de aproximadamente 13 anos e pagamento de multa. Os acusados também estão sendo processados por atos de improbidade administrativa. 

O Plenário do Congresso Nacional manteve, nesta quarta-feira (18), o veto presidencial (VET 29/2015) ao reajuste dos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS pelas mesmas regras da política de valorização do salário mínimo. O veto recebeu 160 votos favoráveis e 211 votos pela derrubada, 46 a menos do que o necessário na Câmara dos Deputados. Como o veto foi mantido na Câmara, não houve necessidade de votação pelos senadores.

Na defesa da decisão da presidente da República, o deputado Sílvio Costa (PSC-PE), disse que a derrubada do veto" poderia gerar um custo adicional à Previdência Social de R$ 11 bilhões", o que, segundo ele, "é inviável". O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) rebateu afirmando que ao mesmo tempo em que o governo "alega falta de dinheiro para pagar os benefícios previdenciários, a Petrobras calcula um prejuízo de R$ 40 bilhões apenas com os casos de corrupção".

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Com a manutenção do veto a partes da Lei 13.152/2015, que prorroga até 2019 a atual política de valorização do salário mínimo, aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário continuarão contando apenas com a reposição da inflação, sem ganho real. Na justificativa, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a vinculação entre o salário mínimo e os benefícios pagos pelo Regime Geral da Previdência Social violariam a Constituição.

Pela lei, os reajustes do salário mínimo corresponderão à variação, acumulada nos 12 meses anteriores ao mês do reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado e divulgado pelo IBGE.

*Com informações da Agência Senado

A Segunda Câmara do TCE emitiu parecer prévio recomendando a rejeição das contas da Prefeitura de Itapissuma, relativas ao exercício financeiro de 2012. De acordo com o voto do relator, conselheiro substituto Ruy Harten Júnior, a principal falha encontrada nos trabalhos de fiscalização das contas do prefeito Cal Volia (PSDB) diz respeito à Previdência Social.

O relatório de auditoria mostra que, durante o exercício de 2012, não houve recolhimento ao Regime Geral de Previdência Social de parte das contribuições previdenciárias, no total de R$ 1,1 milhão. Tal fato "por si foi capaz de ensejar a emissão de parecer pela rejeição das contas do município".

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O conselheiro também determinou adoção de outras medidas por parte da prefeitura, entre elas, minimizar o risco de crescimento dos compromissos de longo prazo que venham a ameaçar o equilíbrio das finanças municipais, em especial os de natureza previdenciária; fortalecer o controle na gestão de gastos com saúde, visando melhorar o indicador quantitativo de médicos para cada mil habitantes, que, no ano de 2012, foi o mais baixo registrado desde 2008 e está muito abaixo da média nacional e evitar dívidas de curtos prazo sem lastro financeiro, que afetem o equilíbrio das contas públicas.

 

Cerca de 28 milhões de aposentados, pensionistas e demais segurados da Previdência Social começam a receber nesta quinta-feira (24) a primeira parcela do décimo terceiro. O pagamento ocorre até 7 de outubro.

Os primeiros a receber o décimo terceiro serão os beneficiários que ganham um salário mínimo com cartão de final 1, desconsiderando o dígito. Para quem recebe mais de um salário, a parcela começa a ser depositada em 1º de outubro. Segundo o Ministério da Previdência Social, o adiantamento injetará R$ 16 bilhões na economia.

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Desde 2006, o décimo terceiro aos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é pago em duas etapas. A primeira parcela não vem com o desconto do Imposto de Renda, que só incide na segunda parcela sobre todo o valor do décimo terceiro. Neste ano, a segunda parcela será paga de 24 de novembro a 7 de dezembro.

Inicialmente, a intenção da equipe econômica era pagar o décimo terceiro em três vezes - 25% em setembro, 25% em outubro e 50% no fim de novembro. No fim de agosto, no entanto, a presidenta Dilma Rousseff decidiu pagar integralmente a primeira parcela em setembro. O decreto que garantiu o adiantamento este mês foi publicado no último dia 4, no Diário Oficial da União.

Os beneficiários podem conferir as datas em calendário divulgado pelo Ministério da Previdência Social.

Previdência, segurança pública, tecnologia e saúde são os temas que vão nortear a reunião dos governadores do Nordeste que acontece na manhã desta sexta-feira (17) em Teresina, no Piauí. O encontro é o quarto só este ano e servirá como base para pactuar linhas gerais dos assuntos abordados e a construção da “Carta de Teresina” que será encaminhada ao Governo Federal. De acordo com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), os pontos de discussão são alguns dos principais problemas enfrentados pela região. 

“Temos uma discussão sobre a Previdência, que vai ser feita em relação ao sistema de capitalização, os estados já aprovaram a lei, mas ainda falta a definição do sistema complementar. Outra sobre a segurança, tanto na parte da ressocialização como também da segurança em si, porque está nos preocupando muito essa questão do avanço das drogas. E vamos conversar também sobre ciência e tecnologia, já dentro do fórum inaugurado recentemente”, detalhou Câmara. 

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Segundo o pernambucano, os temas serão abordados com representantes do Governo Federal. Os ministros da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB), e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas vão participar do encontro. Além deles, a secretária-executiva do Ministério da Justiça, Regina Biter também integra a comitiva federal. 

Além dos pleitos gerais, Paulo Câmara vai abordar pontos particulares de Pernambuco durante a reunião, um deles é sobre a saúde pública. “Sabemos que o Brasil precisa resolver essa questão de financiamento da saúde com urgência, pois a população está crescendo, a demanda está aumentando e o sistema segue muito defasado em relação ao atendimento da população”, criticou. “Sempre defendi que se criasse uma linha de financiamento exclusiva para a saúde”, acrescentou Câmara, observando que não defenderá o aumento de carga tributária.

Nesta terça-feira (14), quem deseja tirar dúvidas sobre os direitos dos segurados da Previdência Social pode participar de uma palestra oferecida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), no bairro de Santo Amaro, no Recife, às 19h. Para participar, os interessados bastam doar um item de higiene pessoal no ato da inscrição.

“Benefícios da Previdência Social e as Novas Alterações” vai abordar assuntos como leis trabalhistas e os tipos de segurados existentes, além das novas alterações para aposentadoria, como a mudança no fator previdenciário. As inscrições podem ser feitas até às 20h desta terça-feira (14) na Central de Atendimento Senac (CAS) ou no Senac Centro. As doações serão entregues ao Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP).

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Serviço 

Palestra “Benefícios da Previdência Social e as Novas Alterações”

Local: Auditório Roberto Régnier –

Endereço: Av. Visconde de Suassuna, nº 500 – Santo Amaro

Data: 14 de julho

Horário: 19h

Inscrições:  Central de Atendimento Senac (CAS) – Av. Visconde de Suassuna, nº  500 – Santo Amaro, ou no Senac Centro – Praça da Independência, nº 29, Edf. Brasilar, 5º andar – Santo Antônio

Taxa de inscrição: doação de um item de higiene pessoal 

Mais informações: 0800-081-1688 ou (81) 3224-1502 / 3424-5794 / 98491-7420

Um dia após a Câmara ter decidido vincular todos os benefícios da Previdência Social à política de valorização do salário mínimo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou que a Casa pode alterar o texto da medida provisória ao afirmar que a questão fiscal tem de ser colocada acima de qualquer outra.

"Essa questão que é crucial para a sociedade brasileira. Com bom senso, com equilíbrio, com a questão fiscal colocada acima de qualquer outra questão. Vamos aguardar que a matéria chegue, reunir todos, ouvir as lideranças e, afinal, complementar o processo legislativo", declarou Renan, depois de se reunir com Dilma Rousseff no Planalto, para tratar de reforma política.

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Para Renan, é fundamental aprofundar o debate para que não se cometam "equívocos". A fala de Renan demonstra uma sutil mudança de postura. Os dois estavam em rota de colisão desde que Renan teve importantes aliados retirados de cargos-chave no governo Dilma.

'Irresponsável'

O líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS), disse não ter dúvidas de que os senadores vão mudar o texto. "O Senado sabe que isso quebra o Brasil." O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), chamou a alteração feita pelos deputados de "irresponsável" e "perigosa" e disse que os senadores da base podem ter uma "convergência" contra a proposta, ao contrário do que ocorreu na Câmara. "O Congresso, particularmente a Câmara, conspira o tempo inteiro para que esse desequilíbrio se aprofunde", criticou.

A MP, que deve ser votada pelos senadores na próxima semana, tem de ser apreciada pelo Congresso até 7 de agosto, senão perde a validade. Se alterada, a MP volta para a Câmara. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a aprovação da emenda que vinculou a correção de todos os benefícios da Previdência à política de valorização do salário mínimo foi um "erro e esse erro precisa ser corrigido". "Se não, os sinais que vamos dar para os mercados é de um descontrole da política fiscal de uma tal maneira que não haverá medidas ou nem quem possa resolver."

Planalto

Preocupada com o rombo nas contas públicas, a coordenação política do governo vai se articular para tentar alterar o texto no Senado, apesar das resistências que sabe que serão enfrentadas com diversos parlamentares de diversos partidos.

No Planalto, a avaliação é de que a derrota não pode ser atribuída a um único partido, já que houve defecções em todas as legendas da base. Numericamente a derrota mais expressiva foi no PP, onde 18 dos 29 deputados traíram o Planalto. Mas o governo sabe que este não será o único nem o principal problema para conseguir reverter o clima de animosidade para a votação no Senado para derrubar a emenda incluída na Câmara, e depois, na volta do texto para apreciação dos deputados.

"Precisamos costurar muito bem essa estratégia porque, senão, todo o esforço alcançado com o ajuste vai por água abaixo", comentou um dos ministros que integra a coordenação política. "Sabemos que há resistências até dentro do PT e precisaremos trabalhar para buscar todos esses votos", prosseguiu.

Tabelinha

Nas últimas votações, segundo avaliações do Planalto, Cunha não estaria atrapalhando. Mas o governo teve indicativos de que ele estaria contrariado com vetos que a presidente Dilma Rousseff teria feito na MP 668 que alterava alíquotas do PIS/Pasep, e na qual foram embutidos muitos "jabutis" e que poderia atrapalhar o Planalto por causa disso. O fato é que o Planalto sabe que Cunha e Renan "estão fazendo tabelinha para ver quem inferniza mais a vida do governo". Colaborou Carla Araújo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia após a Câmara dos Deputados ter decidido vincular todos os benefícios da Previdência Social à política de valorização do salário mínimo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu um "aprofundamento" do debate sobre a sustentabilidade do sistema. Mas fez questão de ressaltar que a questão fiscal tem de ser colocada acima de qualquer outra.

"O Senado vai aguardar que a medida chegue aqui para gente aprofundar o debate e dar um definitivo encaminhamento com relação a essa questão que é crucial para a sociedade brasileira. Com bom senso, com equilíbrio, com a questão fiscal colocada acima de qualquer outra questão. Vamos aguardar que a matéria chegue, reunir todos, ouvir as lideranças, e afinal complementar o processo legislativo", afirmou o presidente do Senado nesta quinta-feira (25) após chegar de um encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

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A fala de Renan - logo após a visita ao Planalto - demonstra uma sutil mudança de postura dele. Os dois estavam em rota de colisão nos últimos meses desde que Renan teve importantes aliados retirados de cargos-chave no governo Dilma. Nos bastidores, o peemedebista acusou o governo de estar por trás da inclusão do nome dele na lista de investigados na Operação Lava Jato.

Para o presidente do Senado, é fundamental aprofundar o debate para que não se cometam "equívocos". Ele não quis responder se considera a decisão um erro, como disse mais cedo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O custo extra da iniciativa aprovada pela Câmara é estimado em R$ 9,2 bilhões por ano. A emenda foi incluída na Medida Provisória 672, enviada pelo Executivo para prorrogar as regras de reajuste do mínimo até 2019. Pela MP, cujo texto-base também passou nesta noite, a correção deve levar em conta a variação da inflação dos últimos 12 meses e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Minutos após a aprovação da emenda aglutinativa que vincula todos os benefícios da Previdência Social à política de valorização do salário mínimo na Medida Provisória 672, deputados da oposição comemoravam o fato do destaque ter sido aprovado no corpo da matéria, o que impossibilita o veto ao item. Isso significa que se a presidente Dilma Rousseff decidir vetá-la, terá de vetar a MP inteira.

"Não tem como vetar", resumiu o líder do PSDB, Nilson Leitão (PSDB-MT). "Eles (do Palácio do Planalto) não sabem o que fazer. Do jeito que foi feito não tem como rejeitar", lamentou um petista.

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A emenda aglutinativa aprovada nesta noite entrou no artigo 1º da MP, que diz: "ficam estabelecido as diretrizes para a política de valorização do salário mínimo e dos benefícios pagos pelo Regime Geral da Previdência Social - RGPS a vigorar entre 2016 e 2019, inclusive a serem aplicados em 1º de janeiro do respectivo ano". A proposta estabelece que a medida se aplicará a todos os benefícios pagos pela Previdência.

Se ainda assim o governo decidir vetar toda a MP, terá de encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei com a nova política de ajuste do salário mínimo. Um dos autores da emenda aglutinativa, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o mesmo que conseguiu aprovar a alternativa ao fator previdenciário no plenário, disse nesta noite esperar que o governo mande - como fez após a votação da MP 664 - um novo projeto para a política salarial.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta noite de quarta-feira, 24, o texto-base da Medida Provisória 672, que estende até 2019 a política de valorização do salário mínimo. A fórmula leva em conta a variação da inflação dos últimos 12 meses e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Os parlamentares ainda discutem emendas que podem alterar o texto. Entre elas, está uma que quer indexar a política de valorização do mínimo aos benefícios do Regime Geral da Previdência, vinculação rechaçada pelo Palácio do Planalto.

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O governo federal vai criar uma comissão técnica de nível ministerial para discutir a sustentabilidade da Previdência Social no país. O anúncio foi feito nessa segunda-feira (25) pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, após a reunião de coordenação política no Palácio do Planalto.

O grupo vai discutir, entre outros assuntos, alternativas para o fator previdenciário. O tema voltou à tona durante a discussão no Congresso Nacional sobre o pacote fiscal. As discussões irão subsidiar os representantes do governo no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, criado pela presidente Dilma Rousseff, e que deve ser instalado na próxima semana.

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A presidenta disse na campanha, e está cumprindo esse compromisso: o fator previdenciário só pode ser discutido dentro de uma perspectiva de sustentabilidade da Previdência. E esse é um dos objetivos desse fórum”, frisou o ministro.

A comissão será composta pelo próprio Mercadante, além dos ministros Miguel Rosseto (Secretaria-Geral da Presidência da República), Carlos Gabas (Previdência), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Comunicações, ex-ministro da Previdência).

 

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