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Um dia depois de sua vitória contundente em Iowa, Donald Trump começou a cortejar nesta terça-feira (16) os eleitores em New Hampshire, pequeno estado do nordeste dos Estados Unidos, onde espera dar, a partir da próxima semana, mais um passo rumo à indicação republicana.

Na localidade de Atkinson, centenas de simpatizantes o esperavam em meio à intensa nevasca. Para eles, sua palavra é a lei.

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"Vai vencer as primárias de forma esmagadora, certeza", disse Loribeth Calderwood, que se apresenta como "mãe e garçonete".

Para Edward X. Young, que comparece habitualmente aos comícios de Trump e que viajou "11 horas" de carro por conta do clima ruim, "está claro, deveriam interromper as primárias, ele é o candidato republicano, basta".

De fato, o magnata de 77 anos deu um passo gigante para uma nova disputa em novembro com o presidente Joe Biden pela Casa Branca, após ganhar nesta segunda 98 dos 99 distritos eleitorais de Iowa.

- Tribunal -

Antes de se dirigir a New Hampshire, o republicano teve que se apresentar à Justiça de Nova York.

Donald Trump compareceu nesta terça-feira (16) ao tribunal de Nova York, onde começou a ser julgado por difamação em um processo movido pela escritora E. Jean Carroll, de 80 anos, que já ganhou outra ação contra ele por agressão sexual no ano passado.

A ex-colunista da revista Elle reivindica 10 milhões de dólares (48,7 milhões de reais, na cotação atual) em indenização por danos à sua reputação profissional.

Segunda a imprensa judiciária presente na sala, os dois protagonistas não trocaram olhares durante as primeiras horas da audiência dedicada à seleção dos nove membros do júri deste julgamento, que deve durar vários dias.

Este novo julgamento centra-se nas declarações que o republicano de 77 anos fez em junho de 2019, depois de Carroll ter mencionado acusações de agressão sexual em um artigo de revista e em um livro.

Na época, o então presidente disse que Carroll "não fazia o seu tipo" e que ela inventou toda essa história para "vender seu novo livro".

Na semana passada, em um tribunal próximo, outro julgamento foi concluído contra o magnata e dois de seus filhos por fraude fiscal.

- Agora New Hampshire -

Trump tem pelo menos seis datas de audiências civis e criminais pendentes, mas que, por ora, não parecem prejudicar sua carreira política, muito pelo contrário.

O republicano, favorito à indicação de seu partido para as eleições presidenciais de 4 de novembro, descreveu as diferentes batalhas judiciais que enfrenta como uma "caça às bruxas" para impedir suas aspirações.

As primárias em New Hampshire, que acontecem na semana que vem, estão abertas a eleitores que não estejam filiados a nenhum partido, o que poderia favorecer uma candidata como Nikki Haley, percebida como mais de centro.

"É contra Trump que eu luto", disse ela na segunda-feira, ao afirmar não estar preocupada com o governador da Flórida, Ron DeSantis, com políticas duras sobre imigração e aborto, e que ficou em segundo em Iowa, com 21% dos votos.

Mas, se o ex-presidente Trump voltar a ganhar em New Hampshire, será extremamente difícil para Nikki Haley e Ron DeSantis permanecer na disputa.

- 'Trabalhar ainda mais duro' -

O presidente Joe Biden, cuja campanha tenta decolar, conta com um aumento da rejeição a Trump entre os eleitores independentes na medida em que o ano avança.

"Temos que trabalhar ainda mais duro agora. Se Donald Trump for nosso oponente, deveríamos esperar ataques mesquinhos, mentiras intermináveis e gastos escandalosos", escreveu Biden nesta terça-feira em um e-mail destinado a doadores para a corrida pela Casa Branca.

O democrata, de 81 anos, tem pouca ou nenhuma concorrência para a indicação de seu partido, que será decidida em agosto, apesar do efeito negativo de sua idade entre os eleitores.

O presidente Donald Trump "certamente apoiou uma insurreição", afirmou, nesta quarta-feira (20), o presidente americano, Joe Biden, após a surpreendente decisão adotada na terça-feira pela Suprema Corte do Colorado, que deixa o republicano de fora das eleições primárias.

Trump "certamente apoiou uma insurreição, não há nenhuma dúvida a respeito disso", afirmou o democrata Biden, de 81 anos, depois que esse tribunal declarou seu antecessor (2017-2021) inelegível para a presidência devido às suas ações durante a midiática invasão, em 2021, de centenas de seus simpatizantes ao Capitólio, sede do Congresso americano.

Biden indicou, no entanto, que não "comentava" a decisão judicial em si.

"Deixo que o tribunal decida se aplica a 14ª Emenda da Constituição", declarou em sua chegada à cidade de Milwaukee (estado do Wisconsin, centro-norte).

A Suprema Corte do estado do Colorado concluiu que Donald Trump "se rebelou em 6 de janeiro de 2021" durante a invasão ao Capitólio, e considerou que a 14ª Emenda da Constituição, evocada para pedir sua inelegibilidade, se aplicava a quem ocupava o cargo de presidente naquele momento.

Por isso, os juízes pediram às autoridades eleitorais desse estado que retirem o nome de Donald Trump das cédulas para as primárias republicanas de 2024, nas quais ele é o grande favorito.

Biden, candidato a um segundo mandato pelo Partido Democrata, está, em grande medida, fazendo campanha utilizando o argumento de que Donald Trump representa uma "ameaça" para a democracia americana.

Um desconhecido na política argentina até conquistar uma cadeira como deputado em 2021, o libertário Javier Milei ganhou impulso na corrida presidencial neste domingo, 13, ao ser o grande vencedor das PASO, as Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, que são um termômetro para a disputa presidencial da Argentina. O economista que surgiu com uma terceira força política virou o jogo e saiu como protagonista, com mais de 5 milhões de votos.

Com 97% das urnas apuradas, Javier Milei tem 30,4% dos votos. À frente da coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio (28,27%) e da coalizão da esquerda que governa o país Unión por la Pátria (27,27%). As prévias definem as chapas que vão concorrer na eleição presidencial de outubro.

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A votação expressiva de Milei foi antecipada pelas próprias campanhas enquanto a apuração avançava e pegou a Argentina de surpresa. Em discurso após a vitória, Milei falou em fazer um esforço nacional para "acabar com o kirchnerismo e a casta política parasitária" que domina o país.

O presidente da coalizão Liberdade Avança capturou uma atenção considerável do eleitorado argentino quando se colocou como "diferente de tudo que está aí". Com seu lema de ser "contra a casta política", Milei enfatiza que não faz parte nem da política peronista nem da oposição macrista. O discurso agradou quem está cansado da enorme crise econômica que passa o país e não foi resolvida no últimos governos de Alberto Fernández e seu antecessor Mauricio Macri.

À insatisfação popular se somou as brigas internas dentro das coalizões de governo e oposição pelas candidaturas presidenciais. A chapa peronista União pela Pátria (antiga Frente de Todos) travou batalhas até os últimos dias para definir um candidato. Enquanto a oposição do Juntos pela Mudança decidiu sair com dois nomes de peso para a disputa, mas não sem antes protagonizar trocas de acusações entre eles e disputas até mesmo pela prefeitura de Buenos Aires.

Um outsider na liderança

Javier Milei é a mais nova expressão dos outsiders que irromperam na política nos anos recentes. O economista de 51 anos, autodenominado anarcocapitalista, disse que iria acabar com a classe dominante, cortar o governo e fechar o banco central, cuja política monetária ruim, segundo ele, "rouba" dinheiro dos argentinos por meio da inflação. .

Estrela do atual ciclo eleitoral da Argentina, Milei tem propostas radicais. Além da dolarização da economia do país, ele propõe o fim da educação gratuita e obrigatória, que substituiria por um sistema de vouchers; uma gradual privatização do sistema de saúde; desregulamentação do mercado de armas; e o fim da educação sexual obrigatória.

Mas uma promessa parece ter causado impacto: se eleito, disse Milei, ele sortearia seu salário mensal. "Para mim, isso é dinheiro sujo", disse ele. "Do meu ponto de vista filosófico, o Estado é uma organização criminosa que se financia com impostos retirados das pessoas à força. Estamos devolvendo o dinheiro que a casta política roubou".

Desde que Milei assumiu o cargo em dezembro, 2,4 milhões de argentinos se inscreveram para ter a chance de ganhar seu contracheque de US$ 3.200 em sorteios transmitidos ao vivo nas redes sociais. De talvez maior consequência: o político anteriormente obscuro, cujas ideias geralmente fogem do mainstream político aqui, é o candidato líder nas primeiras pesquisas para a eleição presidencial do ano que vem, com o apoio de eleitores de todo o espectro.

"Milei articula a raiva das pessoas melhor do que ninguém", disse Lucas Romero, diretor da empresa de consultoria de Buenos Aires Synopsis. "Sua verbosidade contra a liderança política o ajuda a construir apoio baseado em resultados econômicos fracos na última década."

Como presidente, diz Milei, ele cortaria os gastos drasticamente para poder reduzir os impostos. Ele fortaleceria os laços com os Estados Unidos e outras potências ocidentais e atrairia o apoio de aliados que se opõem às ideias da esquerda que estão surgindo na região.

"A América Latina só tem uma saída se abraçar ideias de liberdade mais uma vez", disse Milei ao The Washington Post no ano passado. Ele disse que "cortaria o próprio braço antes de aumentar os impostos".

Milei é talvez o membro mais radical de um grupo de libertários que obteve vitórias nas eleições de meio de mandato de 2021. Foi a primeira vez em décadas que a filosofia de governo limitado atraiu apoio considerável, uma surpresa em um país há muito governado por variantes do peronismo de esquerda.

A ascensão de Milei foi auxiliada por sentimentos generalizados de pessimismo e apatia. O país concluiu um acordo com o Fundo Monetário Internacional para evitar o mais recente de uma série de inadimplências, mas a inflação mensal de 6,7% em março sugere que as pressões sobre os preços estão apenas piorando. Pesquisas indicam que a maioria dos argentinos acredita que a economia estará pior daqui a um ano e espera que seus filhos também estejam piores no futuro.

"Hoje, Milei é um repositório das frustrações das pessoas", disse Mariel Fornoni, diretor da empresa de pesquisas de Buenos Aires Management & Fit. "As expectativas são incrivelmente baixas. Cada líder político que medimos tem uma imagem pública muito ruim, e isso é algo que nunca vi em anos".

Infância difícil e goleiro

Milei foi goleiro do clube de futebol argentino Chacarita Juniors, mas encerrou a carreira no começo dos anos 1990. Nascido no bairro portenho de Palermo, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por polêmicas em família. Ele mesmo reconhece que não se dava bem com a família, apenas com sua irmã, Karina Milei. Ele diz que ela é a pessoa que melhor o conhece e "a grande arquiteta" de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

O jornalista Juan Luis González é um dos pesquisadores da biografia não autorizada do economista, intitulada "El Loco". À CNN, ele declarou que a passagem de Javier Milei pelo Colégio Cardenal Copello, em Villa Devoto, foi marcada por bullying na maior parte da vida.

Hoje Milei vive com cinco Mastiffs ingleses, cada um pesando cerca de 100 quilos, e ele reconhece nesses cachorros sua verdadeira família.

A partir de 2018, a ascensão de Milei começou nos principais meios de comunicação argentinos, com a divulgação de seu discurso "liberal libertário", como costuma chamar. Suas aparições no rádio e na televisão locais geraram polêmica, seja entre seus colegas economistas, jornalistas ou apresentadores.

O grande salto em sua carreira política veio em 2020, quando anunciou sua candidatura à presidência nas eleições de 2023. Esse passo abriu caminho para que seu partido, La Libertad Avanza, conquistasse duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano seguinte, ocupados por ele e por sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel.

Enquanto a corrida estava indefinida dentro dos partidos tradicionais da Argentina, Milei se beneficiava de ser o único nome certo na disputa para as primárias que ocorrem em agosto e já ocupava espaços na televisão e no rádio para compartilhar suas ideias de governo.

As palavras fortes contra os políticos e a marca registrada do cabelo desordenado - que lhe rendeu comparações com o ex-premiê britânico Boris Johnson - conquistou um público que se viu representado em seu jeito mais próximo "do povo". Mas foi seu diploma de economista que lhe rendeu a confiança de parte da população argentina de que ele saberia resolver o problema da inflação acima dos 110%. Ainda que seus planos fossem vagos ou radicais, como acabar com o Banco Central ou dolarizar a economia - em um cenário de fuga de dólares.

Escândalo

Além das mudanças no xadrez dos adversários, Milei se vê agora prejudicado pelo maior escândalo envolvendo seu nome desde que entrou para a política em 2021. A Justiça Eleitoral argentina abriu uma investigação por denúncias de venda de candidaturas dentro da coalizão Liberdade Avança.

Segundo denunciou ex-aliados do candidato, sua equipe chegou a cobrar mais de US$ 50 mil dólares para indicar nomes às corridas para prefeitos, vereadores e governadores nas eleições provinciais. Áudios divulgados pelo La Nación em que Milei é citado pelo nome reforçaram as denúncias até que a Justiça abriu o inquérito. Milei nega a venda e se diz vítima de difamação.

Além disso, nenhum dos candidatos apoiados por ele conseguiu cargos nas eleições provinciais, que até então veem predominância dos candidatos apoiados pelo governo. No entanto, ainda faltam eleições de províncias importantes e que concentram a maioria do eleitorado, como Buenos Aires e Santa Fé. (Com agências internacionais)

Com mais de 98% das urnas apuradas, a coalizão Juntos por el Cambio (Juntos pela Mudança, em tradução livre), que reúne opositores ao governo do presidente da Argentina, Alberto Fernández, tinha 41,50% dos votos para deputados e 45,37% para senadores nas primárias legislativas do país, segundo contagem de votos do jornal Clarín. As primárias antecedem as eleições gerais marcadas para novembro deste ano.

O partido Frente de Todos, de Fernández, aparecia em segundo lugar em ambas as disputas, com 31,80% dos votos para deputados e 29,01% para senadores.

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Ao todo, os pré-candidatos da Juntos por el Cambio lideravam as preliminares para a eleição de deputados em 14 das 23 províncias argentinas, enquanto os da Frente de Todos apareciam na frente em sete regiões. Nas províncias de Neuquén e Rio Negro, movimento políticos locais lideravam a disputa.

Na prévia para o Senado, o Clarín informava vitória parcial da oposição em seis províncias, enquanto a Frente de Todos liderava em duas subdivisões do território argentino.

Joe Biden, último candidato ainda na disputa pela nomeação do Partido Democrata para as eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro, ganhou a primária realizada no Alasca no último sábado (11). O vice-presidente no governo de Barack Obama entre 2009 e 2016 teve 55,3% dos votos contra 44,7% de Bernie Sanders, senador americano que suspendeu sua campanha na última semana.

Sanders declarou que pretende continuar na disputa, ganhando delegados para a convenção do partido em agosto, em uma tentativa de colocar alguns dos pontos que defende no plano de campanha de Biden. O vice-presidente dos EUA tenta unir o partido após primárias que o dividiram em várias frentes.

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Mesmo antes da pandemia de Covid-19 ser deflagrada nos EUA, o escritório do Partido Democrata no Alasca já havia mandado cédulas de votação por correio para todos seus filiados. Quando a situação envolvendo a doença se deteriorou, o partido cancelou o pleito presencial que estava marcado para o dia 4 de abril e estendeu o prazo para envio de cédulas até ontem. O partido também deixou uma versão online da cédula para aqueles que não a receberam por carta.

*Com informações da Dow Jones Newswires

O senador Bernie Sanders pretende avaliar nesta quarta-feira (18) o futuro de sua campanha para a indicação da candidatura do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, depois de uma série de derrotas nas primárias para Joe Biden.

"A próxima primária acontecerá dentro de pelo menos três semanas", afirmou Faiz Shakir, diretor da campanha de Sanders, em um comunicado. "O senador Sanders terá conversas com seguidores para avaliar sua campanha", completou.

"No momento, ele está concentrado em avaliar a resposta das autoridades à epidemia de coronavírus e assegurar que cuidamos dos trabalhadores e dos mais vulneráveis", completou.

O congressista de 78 anos, que se define como "socialista democrático", sofreu diversas derrotas para o rival nas primárias democratas, o ex-vice-presidente Joe Biden, de 77 anos, mais moderado.

Biden venceu na terça-feira nos três estados que organizaram primárias: Arizona, Illinois e Flórida. Estas vitórias consolidam uma grande vantagem para que Biden conquiste a candidatura democrata para enfrentar o presidente Donald Trump nas eleições de 3 de novembro.

O ex-vice já conta com mais da metade dos 1.991 delegados necessários para ganhar a indicação na convenção partidária de julho. Sanders não fez declarações públicas desde os resultados eleitorais de terça-feira.

Mesmo diante da pandemia de coronavírus, os democratas realizam hoje primárias em três Estados: Flórida, Arizona e Illinois. Em Ohio, que faria a quarta prévia do dia, o governador Mike DeWine pediu o adiamento da votação para junho nesta segunda-feira (16). A decisão, no entanto, ainda depende de uma decisão judicial.

"Minha recomendação é adiar o processo para o dia 2 de junho", disse DeWine. "Não há como sabermos quem nas filas de votação está infectado. Não deveríamos obrigar as pessoas a escolher entre sua saúde e seu direito constitucional." Ohio já registra 50 casos de coronavírus, segundo dados oficiais.

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O governador, que é republicano, explicou que o adiamento se refere apenas aos votos presenciais - cédulas enviadas pelos correios continuariam a ser aceitas. DeWine disse ainda que não tem o poder de adiar a prévia de maneira unilateral, mas afirmou que entrou com uma ação na Justiça e aguarda a decisão a qualquer momento.

O Estado da Geórgia já remarcou suas primárias para o dia 24 de março. A Louisiana, para o dia 4 de abril. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendou o cancelamento de todos os eventos com mais de 50 indivíduos. Ontem, autoridades americanas pediram para que a população evite reuniões com mais de 10 pessoas.

O coronavírus já afetou a campanha eleitoral americana. No domingo, 15, o senador Bernie Sanders e o ex-vice-presidente Joe Biden realizaram um debate a portas fechadas. Durante o enfrentamento, os dois prometeram escolher uma mulher como vice-presidente. Ontem, ambos optaram por eventos virtuais, sem contato com os eleitores.

Em princípio, analistas acreditam que a pandemia poderia afetar mais diretamente a campanha de Biden, que tem um apoio muito maior entre os eleitores mais velhos, grupo de risco que talvez se sinta ameaçado pelo coronavírus e não compareça hoje às urnas. Sanders, cuja base é composta por jovens, seria beneficiado. No entanto, nos quatro Estados existe votação antecipada, que tem batido recorde nesta temporada de primárias.

No Arizona, que tem 16 casos confirmados de coronavírus, a metade dos eleitores já votou. Em Phoenix, cerca de 80% das seções de votação foram fechadas, seja por falta de mesários ou de material de limpeza para higienizar os locais. Por isso, o governo do Estado autorizou que os eleitores votem em qualquer seção - e não apenas na mais perto de casa.

Em Chicago, maior cidade de Illinois, o número de pessoas que votou antecipadamente foi o maior desde a 2.ª Guerra. O Estado já tem 93 casos confirmado de coronavírus e alterou 168 dos 2.069 locais de votação, que foram retirados das proximidades de asilos para idosos. Todas as mudanças poderiam atenuar a desvantagem de Biden, que lidera as pesquisas em todos os quatro Estados.

Na Flórida, o quadro parece mais grave. Com 155 casos confirmados, 5 pessoas já morreram. Os números da votação antecipada são fracos e cerca de 20% da população está acima dos 65 anos. O governador republicano Ron DeSantis declarou estado de emergência e trocou locais de votação, para afastar as seções eleitorais de setores da população mais vulneráveis.

O Estado também enfrenta escassez de voluntários. Em Palm Beach, das 3,5 mil pessoas que trabalham nas 435 seções do condado, 650 disseram que não aparecerão nos locais de votação hoje, o que pode significar atrasos e longas filas. "Eu não tenho ideia de como serão as coisas", disse Wendy Sartory Link, que supervisiona as eleições em Palm Beach, o segundo maior dos 67 condados do Estado.

A situação caótica e a incerteza embaralham ainda mais a disputa democrata em um momento decisivo. Biden mantém uma vantagem de 151 delegados sobre Sanders. O placar atual seria de 894 a 743, segundo estimativa da Associated Press - 1.991 delegados são necessários para obter a nomeação do partido.

Sanders precisa, portanto, de vitórias decisivas sobre o rival nas primárias que ainda restam, um resultado que vem sendo cada vez mais improvável. Em condições normais, com vitórias devastadoras de Biden, segundo pesquisas, as prévias de hoje significariam o último suspiro de sua candidatura. No entanto, agora tudo parece possível.

"O coronavírus vem afetando cadeias de suprimentos globais, derrubando mercados e estimulando países a fecharem suas portas para isolar suas populações. Seria muita arrogância pensar que a campanha presidencial americana ficasse imune a esse caos", disse Joe Trippi, estrategista democrata. (Agências Internacionais)

Joe Biden avançou na terça-feira na campanha para garantir a indicação do Partido Democrata à candidatura presidencial com uma vitória crucial em Michigan, depois da qual estendeu a mão a seu rival, o senador de esquerda Bernie Sanders, afirmando que juntos vão derrotar Donald Trump em novembro.

Em uma noite na qual seis estados votaram, o ex-vice-presidente triunfou em Mississippi, Missouri, em Idaho e no bastião chave de Michigan, ampliando a vantagem sobre o adversário, a quem fez um gesto incomum de aproximação em uma disputa interna acirrada.

"Quero agradecer Bernie Sanders e seus partidários por sua energia infatigável e sua paixão. Temos o mesmo objetivo e juntos vamos vencer Donald Trump", disse Biden na Filadélfia.

Caso as projeções sejam confirmadas, o ex-vice-presidente de Barack Obama, um político moderado de 77 anos, somaria a maioria dos 125 delegados de Michigan, em um duro golpe a Sanders em um dos estados cruciais para a definição do candidato dos democratas em julho.

A contagem dos votos era muito disputada em Washington, outro estado com uma grande quantidade de delegados, assim como na Dakota do Norte.

"Embora ainda falte um caminho, parece que vamos ter outra boa noite", celebrou Biden, que prometeu liderar uma recuperação "da alma da nação".

Michigan é considerado um "swing state" (estado pendular, ou independente, aquele sem um perfil eleitoral definido), que votou em Trump em 2016 e onde Sanders superou Hillary Clinton nas primárias democratas daquele ano.

O estado tinha mais de um terço dos 352 delegados em disputa na terça-feira.

Segundo as projeções, Biden também somará a maioria dos 68 delegados de Missouri, um estado rural do centro do país, e uma parte importante dos 36 votos em Mississippi (sul).

A contundente vitória em Mississippi, onde recebeu quase 80% dos votos, reflete sua popularidade em um segmento chave: os eleitores negros. No Missouri, Biden derrotou Sander por quase 25 pontos.

Joe Biden busca obter uma vantagem decisiva sobre Bernie Sanders que o aproxime da quantidade mínima de 1.991 delegados necessários para conquistar a indicação democrata em julho, depois dos grandes resultados conquistados nas votações da "Superterça" na semana passada.

Nas primárias de 3 de março, Biden venceu em 10 dos 14 estados, consolidando a posição de favorito que o impulsionou nos estados em disputa nesta terça-feira.

Nos últimos 10 dias, as primárias registraram uma mudança impressionante, desde que a vitória expressiva de Biden na Carolina do Sul reverteu a série de vitórias de Sanders, que ficou em segundo lugar em Iowa e triunfou em New Hampshire e Nevada, os primeiros estados a organizar a disputa interna.

A campanha de Trump desconsiderou os resultados de terça-feira e afirmou que "nunca importou quem será o candidato democrata".

"São duas faces da mesma moeda", afirmou o diretor de campanha do presidente republicano, Brad Parscale, antes de declarar que os dois buscam impor no governo uma "agenda socialista".

- "Uma noite dura" -

Sanders não discursou na terça-feira. Sua campanha afirmou que ele não pretende desistir e vai comparecer ao debate com Biden no próximo domingo.

A congressista Alexandria Ocasio-Cortez, um dos principais apoios de Sanders, afirmou que a terça-feira foi "uma noite dura para o movimento".

As primárias de terça-feira foram ofuscadas pela propagação do novo coronavírus - que já infectou 1.000 pessoas e provocou 28 mortes nos Estados Unidos. Biden e Sanders cancelaram seus comícios previstos para Cleveland, Ohio, seguindo a orientação das autoridades.

O estado, que organizará primárias na próxima semana, está em emergência desde segunda-feira, quando três casos da doença foram confirmados.

Os democratas anunciaram que o debate previsto para o domingo acontecerá sem a presença do público.

Trump, que organiza grandes comícios, não anunciou mudanças em sua agenda.

- "Uma coalizão tradicional democrata" -

"Biden está articulando uma coalizão tradicional democrata e isto ainda é algo muito potente", explicou Julian Zelizer, professor de História Política na Universidade de Princeton.

Se conseguir confirmar a candidatura, no entanto, Biden enfrentará um ambiente cada vez mais polarizado, como ilustrou um incidente muito compartilhado nas redes sociais pelos partidários de Trump enquanto os eleitores votavam na terça-feira.

Biden estava em uma fábrica da Fiat Chrysler em Michigan, onde foi bem recebido, mas foi confrontado por um dos funcionários. Ele o acusou de tentar restringir o direito constitucional para o porte de armas de fogo.

É um mentiroso de merda", respondeu o candidato. "Apoio a Segunda Emenda", disse, antes de responder, visivelmente irritado e com uma voz forte: "Não vou tirar a sua arma".

O ex-congressista conservador Joe Walsh desistiu, nesta sexta-feira (7), de desafiar Donald Trump nas primárias republicanas para a eleição presidencial de novembro, mas afirmou que qualquer democrata faria uma melhor gestão do que o atual presidente.

"Ponho ponto final à minha candidatura à Presidência dos Estados Unidos", disse Joe Walsh à CNN, depois de obter menos de 1% dos votos nas primárias republicanas em Iowa, na terça-feira.

Após entrar no Congresso em 2010, no começo da onda ultraconservadora encarnada pelo Tea Party, um mandato não renovado, o ex-representante explicou que se lançou à corrida presidencial para que "tivesse um republicano que lembrasse o presidente, todos os dias, de até que ponto ele não se encontra no lugar adequado".

Trump é, "literalmente, a maior ameaça para este país. Qualquer democrata teria um melhor papel que ele na Casa Branca", insistiu, a nove meses da eleição.

Walsh seguiu o caminho do ex-governador republicano Mark Sanford.

O único rival que deve enfrentar Trump nas primárias de seu partido agora é o ex-governador de Massachusetts Bill Weld.

O presidente é extremamente popular entre os eleitores de seu partido, que cerrou fileiras atrás de seu nome. Isso ficou claro com sua absolvição, na quarta-feira, durante seu processo de impeachment. Do total de 53 senadores republicanos nesta Casa, contou com o apoio de 52 deles.

Seis pré-candidatos democratas se enfrentam, nesta terça-feira (14), no último debate antes do início das primárias nos Estados Unidos, em um clima que promete choques entre concorrentes até então preocupados com se mostrar minimamente unidos.

A campanha teve início com um número recorde de aspirantes à indicação do partido para disputar a Casa Branca com o presidente em busca da reeleição em novembro, o republicano Donald Trump.

Agora, apenas seis candidatos atingiram os critérios mínimos para subir ao palco na Universidade Drake, em Iowa, às 21h locais (23h em Brasília).

Isso equivale a menos de um terço dos que se qualificaram para participar do primeiro debate transmitido pela televisão, em junho passado. Foram tantos nomes que o programa teve de ser dividido em dois dias, com dez pré-candidatos em cada um.

Joe Biden, vice-presidente no governo Barack Obama, chega como favorito em nível nacional, com 28%, seguido do senador Bernie Sanders (20%) e da senadora Elizabeth Warren (16%), conforme a média de pesquisas coletada pelo site RealClearPolitics (RCP).

Também estará presente o ex-prefeito de South Bend Pete Buttigieg. Após um bom desempenho nos debates, ele conseguiu cativar a atenção dos eleitores e aparece com média de 7,5% das preferências nas sondagens. Encerram a lista de participantes a senadora moderada Amy Klobuchar (3%) e o milionário Tom Steyer (2%).

Os principais temas em pauta serão Irã, mudança climática, luta contra a violência pelas armas de fogo e reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos.

Desde o debate de dezembro, dois candidatos desistiram: Julián Castro, o ex-secretário da Habitação de Obama e único latino na corrida; e o senador Cory Booker, que anunciou ontem (13) a retirada de sua candidatura.

Sanders avança

O debate acontece em Iowa, que será o primeiro estado do país a se pronunciar nas primárias, em 3 de fevereiro. Nas pesquisas, neste estado rural que decide seu candidato por meio do "caucus" (uma espécie de assembleia), há um empate técnico entre Biden (20,7%), Sanders (20,3%), Buttigieg (18,7%) e Warren (16%).

Sanders deslanchou nos últimos meses, superando as dúvidas, após sofrer um infarto em outubro.

Depois de fechar 2019 com números impressionantes de arrecadação, no fim de semana, sua equipe de campanha se lançou contra outros candidatos, apontando o dedo para Biden com seu voto a favor da guerra no Iraque em 2002.

O senador progressista defende um sistema de cobertura de saúde universal, um plano de luta contra o aquecimento climático e o cancelamento de parte das dívidas estudantis.

Além disso, propõe uma moratória para as deportações e um sistema migratório aberto para os refugiados, em um momento no qual o governo Trump restringe as chegadas de estrangeiros.

Com seu avanço nas pesquisas, surgiram vazamentos sobre sua campanha que complicam sua posição.

Até agora, Sanders evitou se chocar com Warren, já que são politicamente próximos e dizem ser amigos.

Neste fim de semana, porém, o site Politico publicou uma matéria, descrevendo como os voluntários da campanha de Sanders são treinados para destacar pontos fracos da senadora. Warren reagiu, manifestando sua "decepção" à imprensa.

Enquanto isso, Trump parece se comprazer com os conflitos, os quais comenta com frequência.

"Todo mundo sabe que sua campanha está morta", afirmou, referindo-se ao declínio de Warren nas pesquisas.

Depois, divertiu-se com um possível distanciamento entre Warren e Sanders.

Já Biden chega fortalecido ao encontro. Vem contando com o apoio de vários congressistas jovens, que defendem-no como a melhor opção para recuperar eleitores que decidiram votar em Trump em 2016.

Antes disso, porém, aos 77 anos, o ex-vice deverá superar as reservas quanto à sua idade e a seu equilíbrio e saúde mental, alimentadas por suas gafes recorrentes.

Os membros do partido de direita Likud de Benjamin Netanyahu votam nesta quinta-feira para definir seu novo líder, em primárias exigidas por Gideon Saar, principal rival do primeiro-ministro israelense e que deseja assumir o comando da formação.

Os primeiros locais de votação abriram as portas às 9h (4h de Brasília). Quase 116.000 integrantes do Likud devem participar do processo até 23H00 (18H00 de Brasília). Os resultados serão divulgados na manhã de sexta-feira.

O vencedor das primárias terá a árdua tarefa de lidera a campanha do Likud nas legislativas de 2 de março.

"Precisamos de uma mudança para que o Likud permaneça no poder", declarou à AFP Yaron, 68 anos, morador de Jerusalém que votou em Gideon Saar. "Infelizmente, a instituição judicial acabou com Bibi", completou, em referência a Benjamin Netanyahu, indiciado por corrupção em três casos.

Para Nathan Moati, morador de Jerusalém de 26 anos, os partidários de Netanyahu não são afetados pelo problemas judiciais.

"Apenas Bibi pode vencer as legislativas. Todos os partidários do Likud devem votar em Netanyahu", disse.

O deputado Saar tem poucas chances de vitória nas eleições internas, que são consideradas uma espécie de referendo sobre a popularidade de Netanyahu.

Mas um resultado apertado seria um duro golpe para o primeiro-ministro, líder do Likud desde 1993, com exceção de um intervalo de seis anos quando o partido foi comandado pelo falecido Ariel Sharon, e o chefe de Governo com mais tempo de poder na história de Israel.

"Netanyahu só tem a perder", afirmou o analista Stephan Miller. "Independente do resultado obtido por Saar, esta é a primeira vez em 10 anos que eleitores da direita expressam explicitamente o desejo de se livrar de Netanyahu", completa.

Miller considera que se Gideon Saar, de 53 anos, receber mais de um terço dos votos "isto será um golpe significativo para Netanyahu".

Após as eleições antecipadas de abril, e após a segunda votação em setembro, nem Netanyahu nem o centrista Benny Gantz conseguiram o apoio de 61 deputados, número que representa a maioria parlamentar para formar o governo.

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, confiou a missão ao próprio Parlamento, que tampouco teve êxito.

Depois que Netanyahu, de 70 anos, foi indiciado em novembro por corrupção, fraude e abuso de confiança em três casos, que ele denuncia como "acusações falsas" com motivação política, seus rivais no Likud, com Saar à frente, exigiram eleições internas.

Saar, nome importante do partido, foi ministro em diversas ocasiões, antes de ser afastado por Netanyahu em 2014.

Gideon Saar é considerado ainda mais à direita que Netanyahu, especialmente na questão palestina, mas ele se apresenta como um unificador além de seu próprio campo, com base em suas relações com os líderes de outros partidos.

Também se apoia, sem declarar abertamente, no fato de que não é acusado pela justiça, pois o partido Azul-Branco de Gantz se recusa a dividir o poder com um primeiro-ministro indiciado.

Pesquisas recentes mostraram que um Likud liderado por Saar conquistaria menos cadeiras no Parlamento em 2 de março que um partido comandado por Netanyahu.

No entanto, com Saar, eleitores do Likud poderiam votar em outros partidos de direita.

Neste caso, a direita israelense, contando todos os partidos, poderia sair reforçada das urnas e superar potencialmente a barreira da maioria parlamentar necessária para formar um governo.

Nove chapas presidenciais se inscreveram para participar em 11 de agosto das primárias que serão realizadas na Argentina para definir os candidatos que poderão competir nas eleições à presidência marcadas para outubro.

Para serem habilitados para competir nas eleições presidenciais de 27 de outubro, os candidatos devem obter nas primárias, cuja participação é obrigatória, pelo menos 1,5% dos votos. Não haverá, no entanto, concorrências internas reais nas primárias já que todas as alianças e partidos inscritos apresentaram um único candidato presidencial.

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A aliança governista Juntos pela Mudança irá às primárias com o presidente argentino, Mauricio Macri, na busca pela reeleição para um novo mandato de quatro anos à frente da Casa Rosada.

Macri, líder do partido Proposta Republicana (Pró) e que em 2015 venceu as eleições em aliança com a Coalizão Cívica e a União Cívica Radical, mantém agora esses aliados, mas soma um setor do peronismo representado por Miguel Ángel Pichetto, até há duas semanas líder do maior bloco opositor no Senado e que agora apoiará o líder como candidato a vice-presidente.

O principal opositor no pleito é a Frente de Todos, composto por 15 forças políticas, incluída a kirchnerista Unidade Cidadã e o Partido Justicialista (PJ), a estrutura orgânica formal do peronismo.

Esta frente inscreveu como pré-candidato a presidente Alberto Fernández, ex-chefe de Gabinete dos governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015), e esta última, que atualmente ocupa uma cadeira no Senado, como postulante à vice-presidência.

Com o encerramento das inscrições, ficou confirmado que Sergio Massa, líder da Frente Renovadora, não concorrerá nas primárias com Alberto Fernández.

Segundo as pesquisas, a terceira força em intenção de votos é o Consenso Federal, que criou a fórmula liderada pelo peronista Roberto Lavagna, ministro de Economia durante os governos de Eduardo Duhalde (2002-2003) e Néstor Kirchner, e na qual o também peronista Juan Manuel Urtubey, governador da província de Salta, será candidato a vice-presidente.

Outros pré-candidatos presidenciais inscritos para as primárias são o economista conservador José Luis Espert, postulante da Frente Despertar; o militar aposentado Juan José Gómez Centurión, que integrou o Pró, ocupou cargos públicos no governo de Macri e agora é candidato da Frente Nos; e Alejandro Biondini, um político ligado a setores nacionalistas, que já passou pelas fileiras do peronismo e que agora representará a Frente Patriota.

A lista de alianças fica completa com a Frente de Esquerda e da Trabalhadora Unidade, integrada por cinco partidos políticos, que levará como candidatos a presidente e vice Nicolás del Caño e Romina del Plá.

Nestas primárias participarão, além disso, dois partidos políticos que não fizeram alianças com outras forças e também terão uma chapa única.

É o caso de Manuela Castañeira, candidata à presidência pelo partido Novo Movimento ao Socialismo (Novo MAS), e de José Antonio Romero Feris, ex-governador da província nortista de Corrientes e representante do Partido Autonomista Nacional, uma força liberal conservadora constituída em 1874. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, derrotou nesta quinta-feira a atriz da série "Sex and the City" e ativista LGBT Cynthia Nixon nas primárias democratas, informou a imprensa local.

Cuomo obteve 66% dos votos, contra 34% para Nixon, segundo as primeiras projeções após o fim da votação.

Nixon, 52 anos, ficou conhecida por seu papel da advogada Miranda na série "Sex and the City".

Esta foi a primeira incursão na política desta mãe de três filhos que se colocou à esquerda de Cuomo para tentar se tornar a primeira mulher e a primeira pessoa abertamente homossexual a governar o Estado de Nova York.

Cuomo, 60 anos, filho do finado governador Mario Cuomo, se aproxima de conquistar seu terceiro mandato como chefe do quarto estado mais populoso dos Estados Unidos e conhecido feudo democrata, nas eleições de 6 de novembro.

A norte-americana Stacey Abrams venceu nesta terça-feira (22) as primárias democratas e foi escolhida candidata ao Governo do estado da Geórgia, o que pode levá-la a se tornar a primeira governadora negra dos Estados Unidos.

Com 68% das urnas apuradas, a democrata, apoiada por Hillary Clinton, obteve 75,4% dos votos, contra 24,6% de sua rival Stacey Evans.

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Em uma publicação nas redes sociais, a candidata, de 44 anos, se declarou vencedora e agradeceu seus eleitores. "Esta noite é apenas o início. O caminho para [a votação de] novembro vai ser duro e longo, mas o próximo passo é um que tomamos juntos", escreveu.

O rival republicano de Abrams, por sua vez, ainda não foi conhecido. O atual vice-governador, Casey Cagle, está liderando a apuração com 38,6% dos votos, enquanto que o secretário estadual de Estado, Brian Kemp, aparece com 26,3%. Mesmo assim, os dois ainda devem se enfrentar em um segundo turno já que nenhum alcançou 50% dos votos.

Se eleita no estado considerado conservador, Abrams se tornaria a primeira mulher de uma minoria étnica a liderar a região, que nos últimos anos tem sido comandada por republicanos.

Atualmente, o estado conta com 32% de população negra. A candidata é considerada uma estrela em ascensão na ala progressista do Partido Democrata, tendo ganhado destaque na Convenção Nacional em 2016, durante a campanha nas eleições presidenciais, que Donald Trump saiu vencedor. 

Da Ansa

Nove concorrentes irão concorrer nas primárias do Partido Socialista nas eleições presidenciais da França em 2017. Entre os candidatos está o ex-primeiro-ministro Manuel Valls, considerado favorito para representar o partido.

Valls renunciou como primeiro-ministro no início deste mês, após anunciar que iria concorrer para substituir François Hollande, que não irá se concorrer a um segundo mandato. Valls afirmou que espera unir o Partido Socialista francês, mas enfrenta a concorrência do ex-ministro de Economia Arnaud Montebourg, e do ex-ministro da Educação Benoit Hamon. Ambos apoiam políticas mais voltadas à esquerda na economia.

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Outros candidatos são: Sylvia Pinel, Gerard Filoche, Vincent Peillon, Fabien Verdier, Jean-Luc Bennahmias e Francois de Rugy. A lista definitiva de concorrentes será conhecida no sábado pelos organizadores das primárias.

As primárias do Partido Socialista será em 22 de janeiro, com segundo turno em 29 de janeiro. Todos os cidadãos franceses com mais de 18 anos podem votar se pagarem 1 euro e assinarem um documento dizendo que são ligados a valores de esquerda. Fonte: Associated Press.

Próximos do fim da disputa da escolha do candidato Democrata à Casa Branca, representantes do partido tentam agora aglutinar as forças em torno de Hillary Clinton.

O movimento, uma onda de apoio declarados aos poucos, foi cuidadosamente concebido para pressionar o rival de Hillary na disputa, Bernie Sanders, a anunciar sua desistência da corrida.

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Ontem, o presidente Barack Obama declarou seu apoio à sua ex-secretária de Estado. Sanders, em um comício realizado em Washington no mesmo dia, reiterou sua intenção em buscar apoio dos chamados superdelegados e pressionar por uma convenção contestada em julho, onde poderia tirar a nomeação do colo de Hillary.

"Seria extraordinário se o povo de Washington, nossa capital, se levantasse e dissesse ao mundo que estão prontos para liderar o país a uma revolução política", disse ao final do evento.

Entre os dirigentes do partido, no entanto, teme-se que o prolongamento da disputa entre os dois até a convenção possa ser explorada pelo virtual candidato Republicano, Donald Trump. A unificação do partido, portanto, virou para muitos a tarefa número 1.

Na noite de ontem, a senadora por Massachusetts Elizabeth Warren se juntou ao esforço. Ela declarou seu apoio a Hillary e sinalizou a muitos apoiadores de Sanders que é hora de o partido se unir em torno de seu nome. As duas devem se encontrar ainda hoje, segundo um integrante da campanha de Clinton.

Embora Sanders não tenha declarado seu apoio a Clinton, ele disse a repórteres que pretende pressionar por seus ideais - e não uma vitória - na convenção do mês que vem. Ele deve se encontrar com Clinton "num futuro próximo" para discutir formas de derrotar Trump.

Obama gravou seu vídeo de apoio a Hillary, divulgado ontem, na terça-feira, antes de a ex-secretária de Estado declarar ter amealhado os delegados necessários para assegurar sua nomeação. Ele também avisou Sanders, com quem se encontrou ontem, sobre esse fato.

Líderes do partido em Washington seguiram o exemplo de Obama e demonstraram deferência ao senador de Vermont. Após deixar a Casa Branca, Sanders se encontrou com o líder da minoria no Senado, Harry Reid, e também com o vice-presidente, Joe Biden.

O cuidado no tratamento reflete a forte desconfiança dos eleitores de Sanders com o establishment Democrata. Obama, por exemplo, se manteve neutro durante toda esta primeira parte da corrida, consciente de que seu envolvimento poderia gerar descontentamento em sua própria base de apoio, formada por jovens e progressistas.

Por sua parte, Clinton conta agora com a ajuda do presidente para trazer de volta esses eleitores para perto de sua candidatura. Fonte: Associated Press.

Contrariando as expectativas de que abandonaria a disputa pela candidatura democrata à presidência dos EUA, Bernie Sanders disse na madrugada desta quarta-feira que permanecerá na corrida até a convenção da legenda, em julho.

"A luta continua", declarou o senador que incendiou jovens americanos com a defesa de uma revolução política que acabe com a influência financeira nas eleições do país.

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Sanders prometeu se manter na disputa mesmo depois de uma derrota avassaladora para Hillary Clinton na Califórnia. O resultado no mais populoso Estado americano era crucial para suas chances de desafiar a vantagem eleitoral da ex-primeira-dama na convenção democrata de julho.

As primárias de terça-feira deram a Hillary o número necessário de delegados para garantir a nomeação do partido e ampliaram sua liderança em relação a Sanders no voto popular. Cerca de 15 milhões de eleitores optaram pela candidata. O senador teve o apoio de 11,3 milhões de pessoas. Em novembro, Hillary enfrentará Donald Trump, o outsider que tomou de assalto o Partido Republicano.

O presidente Barack Obama telefonou à noite para sua ex-secretária de Estado e a congratulou pela vitória. Obama também ligou para Sanders e concordou em reunir-se com ele em Washington na quinta-feira.

"Sei que a luta diante de nós é muito difícil, mas continuaremos a lutar por cada voto e por cada delegado", declarou o senador. A última prévia democrata será a da capital americana, daqui uma semana.

Falando a seus apoiadores, Sanders disse que havia recebido um telefonema de Hillary, no qual a congratulou pelas vitórias de terça-feira. Em um sinal das dificuldades que a candidata terá para conquistar seus seguidores, o gesto foi recebido por uma longa vaia.

O senador deixou claro que seu principal objetivo é impedir que Trump saia vitorioso da eleição de novembro. "O povo americano nunca vai apoiar um candidato cujo principal tema é a intolerância, um candidato que insulta mexicanos, muçulmanos, mulheres e afro-americanos. Nós não permitiremos que Donald Trump se torne presidente dos Estados Unidos."

Mas Sanders ressaltou que sua "missão" vai além da determinação de derrotar o republicano e implica "transformar o país". O senador se apresentou como o líder de um movimento de base, semelhante aos que levaram a outras mudanças na sociedade americana no passado, como as relacionadas aos direitos de trabalhadores, negros, mulheres e gays.

Quando o público começou a gritar "Bernie, Bernie", ele interrompeu: "É mais do que Bernie. Somos todos nós juntos".

O senador não tem nenhuma possibilidade matemática de vencer a convenção democrata, mas deve usar os milhões de votos que obteve para influenciar a plataforma e os compromissos que serão assumidos durante o evento. Além de Obama, ele se reunirá na quinta-feira com líderes democratas na Câmara e no Senado.

Seis Estados realizam primárias nesta terça-feira nos Estados Unidos, sendo que a votação mais importante ocorre na Califórnia, que determina 175 delegados republicanos e 475 democratas. A disputa ocorre horas depois da ex-secretária de Estado Hillary Clinton conquistar o número necessário de delegados para garantir a indicação democrata.

Caso os superdelegados - que votam em quem quiser, independentemente das votações das primárias - confirmarem seu apoio a Hillary, a ex-primeira-dama já tem apoio suficiente para ser o nome do Partido Democrata na corrida pela Casa Branca. Do lado republicano, o empresário Donald Trump já atingiu o número suficiente de delegados para representar o Partido Democrata.

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Se confirmar a indicação, Hillary será a primeira mulher a ser candidata por um dos dois partidos majoritários dos EUA. Hoje, a líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, declarou apoio a Hillary. "Eu sou uma eleitora da Califórnia e votei por Hillary Clinton para presidente dos Estados Unidos", disse Pelosi. Ex-presidente da Câmara, Pelosi chegou a elogiar Sanders por atrair o interesse dos jovens para a política

Nesta terça-feira, há primárias em Nova Jersey, Califórnia, Montana, Novo México, Dakota do Norte e Dakota do Sul. O rival de Hillary, o senador Bernie Sanders, não fez menção à vitória de Hillary na contagem de delegados e disse que manterá a campanha, a fim de convencer superdelegados que apoiam a rival a trocar de lado.

Entre os republicanos, há votação em cinco Estados - não há voto republicano hoje na Dakota do Norte. Tecnicamente, a disputa não terminou nas primárias e Hillary e Trump precisam ainda ser confirmados pelos delegados na convenção nacional partidária. Com a disputa nas primárias na prática decidida, porém, os candidatos podem se concentrar mais na busca por financiamento para a eleição geral. Fonte: Associated Press.

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton venceu as primárias presidenciais democratas em Connecticut, com a qual soma a quarta vitória desta terça-feira (26).

Hillary chegou a esta jornada depois de ter assegurado os 82% dos delegados necessários para conquistar a nomeação de seu partido. Ainda que não tenha conseguido obter votos suficientes para retirar o senador independente Bernie Sanders da corrida nesta semana, ela afasta qualquer dúvida sobre a solidez de sua posição.

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A ex-secretária de Estado venceu também nos estados de Pennsylvania, Delaware e Maryland. Já Sanders venceu em Rhode Island.

No lado republicano, o bilionário Donald Trump venceu as primárias republicanas em todos os cinco estados que realizavam o pleito nesta terça-feira - Pennsylvania, Connecticut, Maryland, Delaware e Rhode Island - dando ao empresário um impulso fundamental no momento em que seus adversários, Ted Cruz e John Kasich, se unem para tentar impedir a ascensão ao posto de candidato republicano. Fonte: Associated Press.

O empresário Donald Trump deseja uma vitória contundente entre os republicanos nos cinco Estados do nordeste dos Estados Unidos que celebram primárias nesta terça-feira. Do lado do Partido Democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton pode praticamente selar a candidatura à presidência caso tenha um resultado forte.

As disputas entre os pré-candidatos ocorrem em Delaware, Rhode Island, Connecticut, Maryland e na Pensilvânia. Trump precisa de um resultado forte para manter suas chances de conseguir a nomeação na corrida presidencial sem depender da convenção nacional do Partido Republicano. O empresário quer evitar a possibilidade de que, como sua rejeição é forte entre autoridades do partido, acabe sendo rejeitado pela própria sigla, ainda que consiga mais votos na preferência dos eleitores.

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As disputas republicanas serão a primeira após os pré-candidatos Ted Cruz e John Kasich anunciarem uma aliança para barrar Trump na disputa. O acordo mantém Kasich na disputa pelo Estado de Indiana, em 3 de maio, enquanto Cruz não competirá no Oregon em 17 de maio e no Novo México em 7 de junho. Trump disse que a colaboração entre Cruz, senador pelo Texas, e Kasich, governador de Ohio, é um movimento desesperado de "rivais matematicamente mortos". O empresário disse ainda que, em muitos setores, uma aliança do tipo seria ilegal e que o acordo ilustraria que "tudo está errado em Washington e no nosso sistema político".

No caso da favorita democrata, Hillary Clinton, ganhar a maioria das primárias nesta terça-feira deixaria poucas dúvidas de que ela será a candidata de seu partido. A equipe do rival, o senador Bernie Sanders, enviava mensagens contraditórias sobre a situação dele na disputa, com um destacado assessor sugerindo que uma noite dura nas apurações desta terça-feira faria o senador por Vermont repensar a campanha, enquanto outro prometia que a disputa duraria até a convenção nacional democrata.

Hillary, por sua vez, mira mais adiante e tem mencionado pouco Sanders em seus últimos atos de campanha. A ex-primeira-dama tem se concentrado em atacar Trump, apresentando o empresário como uma pessoa desconectada dos norte-americanos comuns. Fonte: Associated Press.

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