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O príncipe Andrew, filho de Elizabeth II, afastado da vida pública por seus vínculos com o falecido empresário americano Jeffrey Epstein, decidiu renunciar a uma promoção militar que receberia por completar 60 anos, anunciou nesta sexta-feira (7) o Palácio de Buckingham.

Oitavo na linha de sucessão ao trono britânico, o duque de York, que fará 60 anos em 19 de fevereiro, está há vários meses no olho do furacão por sua amizade com Epstein, acusado de pedofilia e de explorar sexualmente menores de idade durante anos e que cometeu suicídio na prisão enquanto esperava o julgamento.

O próprio Andrew foi acusado pela americana Virginia Giuffre de ter sido obrigada a manter relações sexuais várias vezes com o príncipe, o que ele nega.

Sob crescente pressão, o terceiro filho da rainha da Inglaterra anunciou em novembro seu afastamento da vida pública e quase não foi visto desde então.

De acordo com a tradição, Andrew "deveria receber uma promoção militar por ocasião de seus 60 anos", explicou uma porta-voz do Palácio de Buckhingham, mas "o duque de York perguntou ao ministério da Defesa se a promoção pode ser adiada até que sua alteza real retorne à vida pública".

A decisão foi anunciada um dia depois do governo ter informado que não hasteará bandeiras nos edifícios oficiais para 60º aniversário do príncipe.

Como um pequeno consolo, os sinos da Abadia de Westminster devem tocar em sua homenagem, como acontece tradicionalmente para os aniversários da rainha, de seu marido, o duque de Edimburgo, seus filhos, seu neto o príncipe William, a esposa deste, Catherine, e os filhos do casal.

A rainha da Inglaterra Elizabeth II assistiu nesta quarta-feira a missa de Natal em Sandringham com seu filho o príncipe Andrew, mas sem o marido, o príncipe Philip, recentemente hospitalizado por vários dias.

A rainha de 93 anos chegou à igreja de Santa Maria Madalena em Sandringham (leste da Inglaterra) sem o marido.

Após quatro noites de hospitalização devido a problemas de saúde pré-existentes, o duque de Edimburgo, de 98 anos, se juntou à soberana em sua residência em Sandringham, onde a família real tradicionalmente passa as festas de Natal.

O príncipe Andrew, de 59 anos, envolvido num polêmica por sua ligação com o falecido financista Jeffrey Epstein, acusado de exploração sexual de menores, chegou com seu irmão mais velho, o príncipe Charles.

O "filho favorito" da rainha Elizabeth II, o príncipe Andrew, foi visto durante anos como um playboy e militar corajoso, mas sua reputação está na corda bamba devido a suas relações perigosas com o falecido Jeffrey Epstein.

O duque de York, 59 anos, e herói da Guerra das Malvinas (1982), na qual lutou aos 22 anos como piloto de helicóptero, agora vê sua reputação comprometida por seus laços com o empresário americano que, acusado de explorar sexualmente meninas menores de idade por anos, cometeu suicídio na prisão.

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O príncipe, oitavo na ordem de sucessão ao trono britânico, era arrogante e sem compaixão, de acordo com as supostas vítimas de Epstein.

Andrew tentou defender seu papel no escândalo em uma longa entrevista na televisão que acabou se transformando em um fiasco.

Diante de toda a controvérsia, ele anunciou na quarta-feira o afastamento de seus compromissos públicos, uma decisão humilhante e muito rara para um membro da família real.

Nascido em 19 de fevereiro de 1960 no Palácio de Buckingham, 10 anos depois de sua irmã mais velha, a princesa Anne, o príncipe Andrew é o terceiro filho da rainha Elizabeth II e do príncipe Philip.

Por sua natureza calma e seu entusiasmo, ele é considerado o "filho favorito" de Sua Majestade. A rainha concedeu a ele o título de duque de York.

Quando jovem, era um dos solteiros mais cobiçados e considerado um verdadeiro conquistador até se casar, em 1986, com Sarah Ferguson.

Teve duas filhas dessa união, as princesas Beatrice (1988) e Eugenie (1990), mas o casamento acabou não vingando.

Apesar do divórcio, em 1996, Andrew e Sarah afirmam continuar sendo "os melhores amigos do mundo".

A duquesa de York continua morando na casa de seu ex-marido e até mesmo costuma defendê-lo.

Relação mal aconselhada

Após sua separação, o príncipe Andrew foi visto com mulheres nuas em férias na Tailândia e participando de uma festa cujo tema era "prostitutas e cafetões" nos Estados Unidos, junto a Ghislaine Maxwell.

A filha do magnata da mídia Robert Maxwell é acusada por várias supostas vítimas de Epstein de terem sido "recrutada" por ela, o que ele sempre negou.

Após 22 anos na Marinha, o duque de York tornou-se o representante especial do Reino Unido para o comércio internacional, mas é altamente criticado por suas elevadas despesas às custas dos contribuintes.

Enquanto suas relações com o genro do ex-presidente tunisiano Ben Ali, com o filho do falecido ditador líbio Muammar Khadafi e com um controvertido bilionário cazaque já eram vistas com maus olhos, seus laços com Jeffrey Epstein, condenado em 2008 por levar menores a se prostituírem, surgem em 2011.

Uma foto mostra o príncipe Andrew abraçando Virginia Roberts, que afirma ter sido forçada a fazer sexo com ele, o que Andrew nega categoricamente.

Outra foto mostra o príncipe caminhando pelo Central Park com Epstein, em dezembro de 2010, um ano após sua libertação.

Essa relação foi "imprudente", o príncipe reconheceu em comunicado quarta-feira. Mas alguns dias antes, durante uma entrevista na televisão, ele explicou que o financista havia permitido que ele conhecesse pessoas interessantes.

Em palavras ainda mais desajeitadas, o duque de York simplesmente julgou o comportamento de seu amigo "inadequado".

Desde essa entrevista, as instituições com as quais o príncipe sempre colaborou deram as costas para ele.

O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, anunciou nesta quarta-feira, 20, sua retirada da vida pública após o escândalo gerado por sua amizade com o empresário americano Jeffrey Epstein, acusado de agressão sexual e encontrado morto na prisão onde aguardava um julgamento por tráfico sexual de menores de idade.

"Perguntei a Sua Majestade se poderia me retirar das atividades públicas por tempo indeterminado, e ela me concedeu sua permissão", anunciou o príncipe em comunicado.

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O segundo filho da rainha Elizabeth II reconheceu que sua ligação com Epstein acabou se tornando um grande problema para a família real e as associações de caridade que trabalham com ela.

"Sigo lamentando sem rodeios minha relação errônea com Epstein", indica o texto. "Seu suicídio deixou perguntas sem resposta, principalmente para suas vítimas, e expresso minha compaixão mais profunda com qualquer um que tenha sido afetado e esteja buscando uma forma de virar a página."

"Só posso esperar que, com o tempo, sejam capazes de reconstruir suas vidas. Estou totalmente disposto a colaborar com a Justiça em qualquer investigação, caso seja necessário", assinala Andrew, de 59 anos.

A lista de universidades, associações e grandes empresas que estão rompendo laços com o príncipe está se ampliando perigosamente para a Coroa britânica.

A gigante britânica das telecomunicações BT anunciou horas antes do comunicado real que se negaria a continuar apoiando o programa de financiamento de aprendizado digital Idea se o príncipe continuasse sendo o patrocinador.

Três universidades australianas também anunciaram o encerramento do programa do príncipe Andrew "Pitch@Palace" (associação que ajuda empresários e empresas emergentes).

O banco Standard Chartered havia decidido, "por razões comerciais", não renovar sua associação, que expira no próximo mês. A empresa de consultoria e auditoria KPMG também decidiu não prorrogar o patrocínio do Pitch@Palace, encerrado no fim de outubro.

O banco Barclays declarou-se "preocupado com a situação e disposto a reavaliar sua posição", enquanto a Universidade Metropolitana de Londres também estudava retirar do Duque de York o título de patrocinador.

No norte da Inglaterra, estudantes da Universidade de Huddersfield votaram uma moção contra o príncipe, por considerar "totalmente impróprio" que os represente como patrocinador.

A imprensa britânica criticou duramente no último domingo o príncipe após uma entrevista sobre o caso Jeffrey Epstein considerada desastrosa por especialistas, durante a qual ele rebateu acusações de agressão sexual feitas por uma mulher e não expressou pesar pelas vítimas do investidor americano. A entrevista chegou a ofuscar a campanha britânica na segunda-feira.

Durante a entrevista, exibida no sábado pela BBC, o segundo filho da rainha Elizabeth II falou sobre seus vínculos com Epstein, que cometeu suicídio em agosto, e desmentiu as acusações.

Virginia Roberts, também conhecida por seu sobrenome de casada, Giuffre, afirmou que foi forçada a ter relações sexuais com o príncipe Andrew em Londres em 2001, quando tinha 17 anos, e, depois, em outras duas ocasiões, em Nova York e na ilha particular do investidor americano no Caribe.

"Posso dizer categoricamente, de modo veemente, que isto nunca ocorreu", afirmou o príncipe, que se declarou disposto a testemunhar perante a Justiça "em circunstâncias propícias".

Jornais ironizam argumentos da defesa

A entrevista foi o principal assunto da imprensa britânica no último domingo. Muitos jornais ironizaram os argumentos de defesa de Andrew.

"(Ele) parecia despreocupado com a seriedade do assunto, sorrindo em vários pontos durante a entrevista, e não expressou arrependimento ou preocupação com as vítimas de Epstein", publicou o jornal The Guardian.

O Palácio Real não comentou a entrevista da BBC e declarou que o príncipe continuará com suas iniciativas científicas, tecnológicas e empresariais.(Com agências internacionais)

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