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O Senado fechou 2023 com a retomada de alta produtividade após a declaração do fim da pandemia de Covid-19, em maio deste ano: foram 664 reuniões de comissões permanentes, 17  encontros de subcomissões, 196 sessões em Plenário, 812 matérias aprovadas, bem como duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), uma concluída e a outra instalada, integradas apenas por senadores, e uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), composta por senadores e deputados, e 89 indicações de autoridades, entre elas dois indicados para o Supremo Tribunal Federal (STF). O balanço do primeiro semestre já apontava para o marco, consolidado com a chegada de dezembro e o encerramento do ano legislativo. 

Na última sessão do ano, na quarta-feira (20), o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse não ser tarefa fácil selecionar as principais matérias abordadas no Senado em 2023. De acordo com balanço da Secretaria-Geral da Mesa (SGM), foram votadas 5 Propostas de Emendas à Constituição (PECs), 151 projetos de lei, 22 medidas provisórias, 53 projetos de resolução do Senado, 42 projetos de decretos legislativos, além de 10 projetos de lei complementar e 440 requerimentos. 

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Pacheco escolheu, como exemplo, a PEC 45/2019, da Reforma Tributária, votada no Senado em novembro e cuja versão final foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 15 de dezembro. O texto foi promulgado em sessão do Congresso Nacional no dia 20 de dezembro, em cerimônia que contou com a presença dos presidentes dos três Poderes e diversas outras autoridades. 

— Promulgada numa sessão histórica do Congresso Nacional, essa é uma medida de fato histórica, que se compromete com a modernização do sistema tributário brasileiro, trazendo mais eficiência e justiça fiscal para a nossa economia e para o povo do nosso país. [...] Durante este ano, o Senado trabalhou com uma dedicação e um vigor sem precedentes, debruçando-se sobre questões de notável interesse do nosso país. Debatemos e aprovamos medidas cruciais que não apenas respondem aos desafios atuais de nossa nação, mas também pavimentam o caminho para o futuro mais promissor e justo para todos os brasileiros. Cada proposição legislativa, cada discussão e cada voto refletiram o nosso compromisso inabalável com o progresso e com o desenvolvimento do Brasil —  declarou o presidente.

Produtividade

Outros senadores também comemoraram a produtividade da Casa Alta brasileira nos dez meses de intensa atuação parlamentar, que culminou, por exemplo, com o pedido de indiciamento de 61 pessoas pela CPMI do 8 de Janeiro. Além da presença do Senado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-28), em Dubai, no começo de dezembro, com participação ativa dos parlamentares. 

O recorde de comissões funcionando simultaneamente, batido em 31 de maio, foi novamente superado em 14 de novembro, quando 18 colegiados promoveram reuniões presenciais na mesma data (confira com mais detalhes no final desta matéria). O empenho dos parlamentares nas pautas econômica e ambiental e na defesa dos direitos humanos também foi destacado pelos senadores Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Humberto Costa (PT-PE), que conduz as comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMC), e Paulo Paim (PT-RS), que preside a Comissão de Direitos Humanos (CDH). 

CPMI

Destinada a investigar os atos de ação e omissão ocorridos durante a invasão às sedes dos Três Poderes da República, em Brasília, no começo do ano, a CPMI do 8 de Janeiro funcionou entre os dias 25 de maio e 18 de outubro, quando foi votado o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Aprovado depois de mais de sete horas de discussão, por 20 votos favoráveis, 11 contrários e nenhuma abstenção, o texto pediu o indiciamento de 61 pessoas, dentre as quais o ex-presidente Jair Bolsonaro. O relatório seguiu para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) para que aprofundem investigações e apurem as responsabilidades. 

Após entregar o documento ao ministro do STF Alexandre de Moraes, em outubro, Eliziane disse que o magistrado se comprometeu em anexá-lo a inquéritos em curso na Corte sobre os atos golpistas. Além das 1.331 páginas do relatório, os senadores obtiveram informações digitalizadas de até sete terabytes, que resultaram de autorizações judiciais para quebras de sigilos fiscais, telefônicos e telemáticos, bem como dos depoimentos colhidos nos cinco meses de funcionamento da CPMI. 

— O recebimento do relatório pelo ministro nos trouxe a certeza de que o conjunto de dados e informações que nós catalogamos foram robustos e consistentes e darão uma relativa contribuição a investigação em curso hoje por parte do Supremo [sobre atos golpistas]", disse Eliziane Gama, ao citar as "dezenas de inquéritos" presididos por Moraes, como o das milícias digitais, das fake news, dos executores, financiadores e do núcleo político do atos do dia 8 de janeiro — comentou Eliziane na ocasião. 

Mudanças climáticas

A liderança da Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMC) junto à COP-28, em Dubai, por exemplo, foi destacada pelo presidente do colegiado, senador Humberto Costa (PT-PE). À Agência Senado, ele afirmou que foi possível participar de importantes debates no evento, integrando ativamente as discussões. O parlamentar considerou que o Brasil tem exercido uma “liderança verde” e deu, como exemplo, o fato de o país sediar a COP-30, em Belém, no Pará, em 2025. 

— A presidência do G-20, do Brasil, nos abriu oportunidades ainda mais amplas na condução desta pauta. Passamos o ano mais quente da história da humanidade, o mais quente, aliás, em 125 mil anos. E o Brasil sentiu o rigor desses efeitos, com cheias e temporais no Sul e seca de rios inteiros no Norte. Penso que o Congresso Nacional está à altura do desafio, no combate ao negacionismo climático e engajado com a responsabilidade de evitar que o planeta entre em colapso — declarou Humberto.

Igualdade salarial

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) também é presidida por Humberto Costa, que avaliou como “de alto relevo social” o trabalho do colegiado em 2023. Ele citou, como exemplo, a aprovação da Lei 14.611, de 2023, que impõe igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre os gêneros. A norma teve origem no PL 1.085/2023, aprovado pelo Senado em junho. 

— Há quase um ano como presidente da CAS, tenho conduzido o colegiado para que amplie também a participação popular e promova o debate de outros temas importantes envolvendo a população. Somente em 2023, foram cerca de 60 projetos aprovados, muitos que já viraram o lei, como da igualdade salarial entre homens e mulheres. São enormes os desafios e extensa a nossa pauta, mas, com trabalho e disposição, vamos construindo caminhos juntamente com as brasileiras e os brasileiros. Afinal, o Brasil passa pela CAS — refletiu. 

Economia

A pauta econômica foi relevante no Senado em 2023. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) se reuniu 59 vezes e aprovou 156 matérias. Foram 15 audiências públicas, “com ricas discussões que acrescentaram muito para o entendimento e a formação da convicção dos senadores, trazendo ainda mais consistência e qualidade às decisões tomadas”, como disse o presidente, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), no último encontro do grupo, em 19 de dezembro. 

O parlamentar destacou medidas de impacto na sociedade, como o programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil (PL 2685/2022); o Arcabouço Fiscal, que propôs novo regime fiscal (PLP 93/2023); a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos e o Estatuto Nacional de Simplificação de Obrigações Tributárias Acessórias (PL 334/2023). 

— Igualdade salarial entre homens e mulheres; marco legal das garantias; marco legal dos jogos eletrônicos; recursos para a expansão da Defensoria Pública; licença-maternidade para atletas profissionais; dedução do Imposto de Renda às doações a projetos de pesquisa científica e tecnológica; oferta de procedimentos estéticos reparatórios pelo SUS; garantia de reserva de recursos para atender calamidades públicas no Orçamento da União [...]. Essa relação é apenas uma breve síntese da importância que a atuação desta comissão teve neste ano legislativo. 

Direitos humanos

Na última reunião do ano da Comissão de Direitos Humanos (CDH), em 13 de dezembro, o presidente Paulo Paim (PT-RS) lembrou que o âmago do colegiado é a responsabilidade de fiscalizar e avaliar as políticas públicas relacionadas aos direitos humanos, propondo medidas que visem à sua melhoria e correção de eventuais violações. 

Discriminação, violência, feminicídio, direitos das mulheres; acesso à educação, saúde, ensino técnico, emprego e renda, povos indígenas, pessoas com deficiência, racismo no futebol, desastres ambientais, direitos dos ferroviários, idosos, aposentados e pensionistas foram pontos abordados pela CDH em 2023, considerados por Paim “fundamentais para a construção de uma sociedade justa”. 

— Realizamos 26 reuniões deliberativas, 74 audiências públicas, 100 encontros promovidos no total. Ouvimos relatos e realizações de sete ministros de Estado, cada um dedicado a conduzir e fortalecer seus respectivos setores em benefício do bem-estar de nossa sociedade. A CDH aprovou sete projetos de lei de minha autoria, como o que limita a duração do contrato de trabalho em 25 horas semanais; relatei 15 projetos de lei aprovados, como o PL 4.498/2020, que inclui população em situação de rua no censo demográfico. Sublinho meus cumprimentos e meus agradecimentos a todos os senadores e senadoras integrantes deste colegiado, bem como aos servidores que dão amparo ao nosso trabalho. 

Ministros

Em dezembro, o Senado aprovou o nome de Flávio Dino para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Senador licenciado e ministro da Justiça, ele teve a indicação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovada com 47 votos a favor e 31 contrários, além de 2 abstenções. Antes, no mesmo dia, Dino foi sabatinado por mais de dez horas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprovou o parecer do senador Weverton (PDT-MA) com 17 votos favoráveis e 10 contrários. Com 55 anos de idade, Dino terá de deixar a Corte quando completar 75, em 2043. 

Anteriormente, em junho, foi a vez de a CCJ sabatinar e aprovar o nome do advogado Cristiano Zanin, após quase oito horas de arguição. A indicação recebeu 21 votos favoráveis e 5 contrários no colegiado e seguiu para o Plenário, onde o nome de Zanin foi aprovado com 58 votos a favor e 18 contrários. O relator da indicação foi o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).  Zanin, que assumiu aos 47 anos de idade, deverá ocupar o cargo por quase três décadas, ou seja, até 2050. 

Procuradoria-Geral da República

Na mesma sessão em que a CCJ sabatinou Flávio Dino, em 13 de dezembro, a comissão fez a arguição e aprovou o nome do subprocurador-geral da República Paulo Gonet para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele recebeu 23 votos favoráveis e quatro contrários, no colegiado, e 65 votos a favor 11 contrários, além de uma abstenção, no Plenário. A indicação (MSF 89/2023) foi relatada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA). 

O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), agradeceu aos colegas pelo empenho e falou do ineditismo histórico da sabatina de duas autoridades pela comissão ao mesmo tempo: 

— Agradeço a todos os colegas senadores e senadoras, pela confiança nesta Presidência. De maneira inédita, fizemos a sabatina de duas autoridades relevantes do ponto de vista institucional para a República Federativa do Brasil, um membro do Ministério Público, indicado pelo presidente da República para o cargo de procurador-geral da República, e um membro do Poder Judiciário, indicado pelo presidente da República para o Supremo Tribunal Federal. Pela primeira vez, na história do Brasil, tínhamos as duas indicações abertas para o cargo de procurador e uma cadeira vaga para o cargo de ministro da Suprema Corte Brasileira. E, nesse sentido, me coube, como presidente da comissão, seguir as orientações do presidente do Congresso [o senador Rodrigo Pacheco], que convocou semana de esforço concentrado exclusivamente para a deliberação de autoridades — esclareceu Davi ao fim da reunião. 

Outros exemplos

Os presidentes das comissões apresentaram balanços das atividades em suas últimas reuniões, ocorridas entre os dias 11 e 19 de dezembro. Entre eles, o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que está à frente da Comissão e Segurança Pública (CSP), a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), que conduz a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), o senador Flavio Arns (PSB-PR), presidente da Comissão de Educação (CE), e a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), à frente da Subcomissão Permanente de Direitos das Pessoas com Doenças Raras (Casraras). 

Em seu primeiro ano de funcionamento, a CSP, aprovou matérias como o PL 2.326/2022, que libera porte de arma de fogo aos funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) em atividades de fiscalização. O texto seguiu para a Comissão de Meio Ambiente (CMA). Sérgio Petecão analisou que a segurança "está na ordem do dia da Casa" e defendeu que a CSP "foi uma das que mais trabalhou em 2023".

Outras proposições aprovadas pelo colegiado são o projeto de lei complementar (PLP 150/2021) que cria mecanismos de proteção à população LGBTQIA+ encarcerada e seguiu para votação em Plenário, e proposta que inclui na lista de hediondos diversos crimes praticados contra crianças e adolescentes. Além disso, o texto torna crime a prática de bullying e cyberbullying. Depois de passar na CSP, o PL 4.224/2021 foi aprovado também pelo Plenário e seguiu para sanção presidencial.

Na Comissão de Educação e Cultura (CE) foram realizadas 109 reuniões, entre audiências públicas, discussões e votações de projetos. A CE apreciou mais de 150 matérias e aprovou 90 projetos em decisão terminativa, além de mais de 60 matérias com decisão não terminativa, muitas delas já aprovadas no Plenário do Senado.

— E todos os temas nacionais fundamentais foram debatidos: sistema nacional de educação, ensino médio, valorização dos profissionais da educação, segurança escolar, o novo Plano Nacional de Educação. Então, nós estamos assim, inclusive, à frente, como comissão, de todos os debates que vêm acontecendo no Brasil — avaliou Flávio Arns.

Por sua vez, Mara observou, no encerramento das atividades da subcomissão, que o plano de trabalho da Casraras, aprovado em agosto, foi moldado com um olhar abrangente e amplo, pensando em abarcar todos os cidadãos com doenças raras do país:

—  Não por acaso, a subcomissão deu ênfase à fiscalização de duas importantes políticas públicas: o Teste do Pezinho do Programa Nacional de Triagem Neonatal (Lei 14.154/2021) e a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica (Portaria do Minsitério da Saúde 81, de 2009 e posteriores). São medidas urgentes e que precisam sair do papel, uma vez que irão facilitar o acesso ao diagnóstico e, com isso, oferecer uma rede assistencial especializada para tratamentos desde a infância, já que 75% das doenças raras afetam os bebês e as crianças e ainda 80% das doenças raras são de origem genética — pontuou a senadora.

CPI das ONGs

A atuação de organizações não governamentais na Amazônia também foi alvo de investigação pelos senadores em 2023, por meio da CPI das ONGs. Instalado em junho, o colegiado promoveu 30 reuniões, nas quais ouviu 28 depoimentos. Entre esses, o da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; os presidentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Agostinho, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires; os ex-ministros Ricardo Salles e Aldo Rebelo; e vários representantes de comunidades indígenas e de organizações não governamentais.

Os trabalhos da CPI foram presididos pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM) e o relatório final foi elaborado pelo senador Marcio Bittar (União-AC). Aprovado em 12 de dezembro, o parecer trouxe seis projetos legislativos e o pedido de indiciamento do presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires. Ele foi acusado de corrupção passiva e improbidade administrativa.

CPI da Braskem

Apesar de ainda não ter entrado em pleno funcionamento, a CPI da Braskem engrossa a produção do Senado em 2023. Instalada em 13 de dezembro, a comissão parlamentar de inquérito vai investigar os danos ambientais causados em Maceió (AL) pela empresa petroquímica Braskem. A extração do mineral sal-gema, que ocorre desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú, na capital alagoana, provocou danos estruturais em ruas e edifícios, com afundamento do solo e crateras. Mais de 14 mil imóveis foram afetados e condenados, e os casos já forçaram a remoção de cerca de 55 mil pessoas da região. As atividades de extração foram encerradas em 2019, mas os danos podem levar anos para se estabilizarem.

O requerimento (RQS 952/2023) para a CPI foi apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), assinado por outros 45 parlamentares e lido em Plenário em 24 de outubro. Com 11 titulares, o colegiado tem 120 dias para concluir seu relatório e disporá de um orçamento de R$ 120 mil reais. Para presidir os trabalhos foi eleito o senador Omar Aziz (PSD-AM) e, como vice-presidente, foi escolhido o senador Jorge Kajuru (PSB-GO). O relator ainda não foi designado.

Recorde

O recorde de comissões que funcionaram no mesmo dia no segundo semestre foi alcançado em 14 de novembro, quando 18 colegiados promoveram reuniões presenciais. Anteriormente, esse marco de reuniões simultâneas das comissões foi alcançado pelo Senado no dia 31 de maio, quando 15 eventos foram realizados ao mesmo tempo. Em entrevista à Agência Senado, o diretor da Secretaria de Comissões (Scom), Marcos Machado Melo, lembrou a intensidade de atuação, tanto dos senadores quantos dos servidores, para que todo o trabalho saísse perfeito: 

— As reuniões são feitas em oito plenários diferentes, distribuídos nas alas Senador Alexandre Costa e Senador Nilo Coelho. Esse dia, por exemplo, [14 de novembro] foi uma loucura porque tivemos de fazer 18 reuniões com 8 plenários disponíveis. Embora com horários de início diferentes, chega um momento em que todos os auditórios estão funcionando simultaneamente. 

Também ficaram marcadas em 2023 a volta do funcionamento das comissões mistas de medida provisória que haviam sido interrompidas pela pandemia de Covid-19, bem como a criação de três novos colegiados permanentes: a Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD), a Comissão de Defesa da Democracia (CDD) e a Comissão de Esportes (CEsp). Marcos falou da responsabilidade de manter todos os colegiados em pleno funcionamento e enfatizou que o Senado desempenhou “um trabalho de excelência em 2023”. 

— Além de duas CPIs simultâneas, a criação das três novas comissões permanentes e a volta do funcionamento das comissões mistas de medida provisória tornaram o ano repleto de desafios. Somos cerca de 190 colaboradores na SCom, entre efetivos, comissionados, terceirizados e estagiários, dando assessoria ao trabalho dos parlamentares. Tudo é desafiador e nos move, mas também nos dá a clareza de que chegamos ao final de mais um ciclo tendo cumprido nossa missão — comemorou. 

*Da Agência Senado

Saber gerir uma equipe é uma característica importante para qualquer pessoa que assuma função de supervisão, coordenação ou empresariado. Analisar as ações empresariais é o primeiro passo para entender o motivo da falta de comprometimento e até mesmo, aumentar a produtividade da equipe. Segundo a mentora high performance para empresários, Carina Costa, esse é um aspecto que só traz pontos positivos.  

“Aumentar a produtividade da empresa é um objetivo comum a todos para que, dessa forma, o crescimento e o sucesso sejam impulsionados em conjunto. Estar em um ambiente agradável faz com que os resultados também venham dessa maneira”, explicou Costa. 

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Confira a seguir, cinco dicas da especialista que podem ajudar quem deseja ter um ambiente mais produtivo e, assim, alcançar resultados ainda mais consistentes. 

Possibilite a aprendizagem contínua: Incentive a cultura de aprendizado e desenvolvimento dentro da empresa. Estimule os colaboradores a buscarem novos conhecimentos, participar de cursos e workshops, e compartilhar o aprendizado com a equipe. A busca constante por aprimoramento impulsiona a inovação e o crescimento. 

Estimule a criatividade: Dê espaço para a criatividade florescer. Promova sessões de brainstorming, encoraje a busca por soluções fora da caixa e valorize as ideias inovadoras. A criatividade é um fator chave para superar desafios e impulsionar a produtividade. 

Promova um ambiente de confiança: Construa um ambiente baseado na confiança mútua entre os membros da equipe. Isso permite que todos se sintam à vontade para compartilhar ideias, assumir responsabilidades e tomar decisões informadas. A confiança fortalece a colaboração e impulsiona a produtividade coletiva. 

Promova o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: Reconheça a importância de um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal. Incentive os colaboradores a cuidarem de si mesmos, a reservarem tempo para descanso e lazer, e a manterem um estilo de vida equilibrado. Um ambiente que valoriza o bem-estar promove a saúde mental, a felicidade e a produtividade. 

Aprenda com os erros: Encare os erros como oportunidades de aprendizado. Estimule a cultura de aprender com as falhas, avaliar os resultados e implementar melhorias. A busca pela melhoria contínua impulsiona a produtividade e permite que a empresa cresça de forma consistente.

Para muitas pessoas o japonês Shoji Morimoto, de 38 anos, tem o trabalho dos sonhos, já que sua única responsabilidade é acompanhar os seus clientes e não fazer absolutamente nada. O profissional oferece sua companhia para participar de eventos, jantar e muitas vezes proporcionar uma escuta atenciosa enquanto o cliente desabafa. 

De acordo com sua entrevista à agência de notícias Reuters, o custo do serviço gira em torno de R$ 364,70 e ele já atendeu mais de quatro mil pessoas. Morimoto diz que tem uma alta demanda, de forma que muitas vezes sua agenda está lotada com mais de três atendimentos por dia. Além disso, 1/4 dos seus clientes são fiéis, como uma mulher que já o contratou 270 vezes.

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Morimoto diz que na maioria das vezes ele realmente não faz nada, enquanto em algumasoutras ele caminha ao lado da pessoa ou cozinha. Um das clientes dele, chamada Coosa, o contratou porque estava se sentindo para baixo devido ao trabalho e queria uma companhia enquanto andava pelas ruas de Tokyo vestida com uma fantasia de Pikachu.

Após gostar do atendimento, Coosa voltou a contratar Morimoto para que ela pudesse desabafar com ele sobre sua história de vida. De acordo com a Reuters, serviços como esses não são difíceis de encontrar no Japão, de forma que existem até mesmo agências que alugam pessoas para fingir serem amigos ou familiares dos clientes. 

Para Morimoto, que já possui mais de 200 mil seguidores no Twitter, o seu diferencial é que ele é um profissional livre, o que torna sua abordagem única. Além disso, ele diz que seus clientes encontram conforto na relação temporal que tem com ele, já que muitos não se sentem à vontade para pedir favores a amigos e familiares. 

Na entrevista, o profissional diz que seu trabalho tem potencial de mudar o julgamento da sociedade de que as pessoas precisam fazer algo produtivo para se sentirem valorizadas. 

Uma pesquisa feita pela Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, revelou que ir ao trabalho de bicicleta ou a pé deixa o dia mais produtivo do que os profissionais que usam o carro como meio de transporte. 

O estudo acompanhou 275 trabalhadores americanos, onde os que faziam o trajeto de carro demonstravam um aumento de estresse nas primeiras horas do trabalho e consequentemente tinham dificuldade de realizar as atividades.

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Em contrapartida, os profissionais que optavam pela bicicleta ou ir a pé, tinham um percurso mais agradável. Ao longo do dia demonstravam mais disposição para realizar as atividades e completavam as tarefas de uma forma mais rápida 

A pesquisa também apontou que, quem saía de casa todos os dias no mesmo horário apresentava mais produtividade em comparação com os mais inconstantes, independe do meio de transporte utilizado.

Ou seja, é necessário que o profissional tenha uma rotina já estabelecida, desta forma ajudará a lidar com os problemas e impulsionar a produtividade.

Mais de um século desde a adoção da semana de cinco dias de trabalho pelo americano Henry Ford, que virou regra no mundo todo, um novo modelo com apenas quatro dias de atividades começa a ser testado, com resultados positivos. No Brasil, companhias que instituíram a nova jornada veem melhorias de eficiência, bem-estar dos trabalhadores, retenção de talentos e até aumento de receitas. Por ora, a mudança tem sido adotada mais pelas companhias de tecnologia, como Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e Eva.

Mas o modelo, que reduz a carga horária de 40 horas para 32 horas semanais sem alteração de salário, exige um planejamento prévio com atenção à legislação trabalhista e à cultura organizacional. Além disso, para ter êxito em termos de gestão de pessoas e negócios, é necessário revisar metas e tarefas diárias e mensurar com frequência os resultados.

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O conceito vem de experiências de empresas em países como Islândia, Reino Unido, Bélgica, Nova Zelândia, Escócia e EUA. Muitas decidiram adotar regimes mais flexíveis diante do fenômeno da "grande debandada" (profissionais pedindo demissão) e do esgotamento profissional provocado pelo trabalho, condição oficializada na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No País, 61% dos trabalhadores brasileiros consideram mudar de emprego em caso de problemas de saúde mental e 74% acreditam que seriam mais produtivos em uma semana de quatro dias. Dados da plataforma de recrutamento Indeed, obtidos com exclusividade pelo Estadão, indicam ainda que 79% concordam em aumentar as horas diárias de trabalho para ter uma semana mais curta, e a maioria está disposta a apoiar a empresa na implementação do novo modelo (84%).

De acordo com a pesquisa, a redução da carga também melhoraria a saúde mental (85%) e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (86%). É o que vem ocorrendo com Gabriele Lima Silva, analista de experiência do cliente da Gerencianet, desde que ganhou a sexta-feira livre. "Aproveito o momento para estar mais próxima da minha família, filho e cachorro, além de cuidar mais de mim."

O diretor de vendas da Indeed Brasil, Felipe Calbucci, afirma, porém, que a semana de quatro dias pode não fazer sentido para todo tipo de negócio, o que requer avaliar bem a mudança. Isso implica atenção especial à cultura organizacional, diz Evanil Paula, presidente da Gerencianet.

A empresa de meios de pagamentos adotou a sexta-feira livre no início de julho e manteve o controle do ponto para as oito horas de serviço diárias de segunda a quinta. Para implementar o modelo, a Gerencianet fechou acordo com os sindicatos para um novo contrato com os profissionais, atualizando a jornada por seis meses de teste. "Isso é importante, porque a empresa consegue reverter a decisão, caso necessário, sem traumas."

De forma semelhante, a startup Eva organizou uma assembleia e fechou acordos individuais com os funcionários para reduzir a carga horária a partir de julho. "Antes de definir o dia do descanso, é fundamental um estudo para avaliar os impactos e alinhar às expectativas de todos", diz o presidente da empresa, Marcelo Lopes.

Novo modelo vira estratégia para retenção de funcionários

A semana de quatro dias de trabalho tem se mostrado uma boa estratégia para retenção de talentos. Num cenário de mercado aquecido em que sobram vagas e faltam profissionais em vários setores, ao oferecer um dia a mais de descanso como benefício, as empresas conseguem disputar mão de obra com companhias estrangeiras que têm salários maiores.

Na empresa de produtos digitais NovaHaus, essa redução da rotatividade já teve impacto nos custos. O presidente da empresa, Leandro Pires, diz que houve perda na entrega, mas não na produtividade. Ou seja, as pessoas diminuíram a jornada de trabalho em 20%, mas deixaram de produzir somente 7%. "Todavia, essa porcentagem foi compensada com a queda da rotatividade e com um aumento de receita."

A redução da jornada foi definida por acordos individuais e, inicialmente, tem duração de oito meses contados a partir de março. Entre os benefícios aos funcionários, ainda consta um "vale-cultura", no valor de R$ 400, e duas assinaturas de streaming, os quais têm sido muito bem aproveitados pela gerente de contas Alyne Passarelli. "Faço

várias coisas na quarta off, desde passeios, que no final de semana são mais concorridos, a maratona de séries. A ideia é ter uma pausa no meio da rotina turbulenta, e não um final de semana prolongado."

Para medir o sucesso da estratégia, a NovaHaus adotou como indicadores de avaliação o comparativo de entregas, pesquisas internas para medir o nível de felicidade, valores dos projetos e a quantidade de faltas. "Os funcionários estão mais felizes, faltam menos e a receita aumentou."

Resultados semelhantes foram observados na Crawly, empresa de coleta de dados online e análises, que instaurou a semana mais curta em março. "Tivemos um aumento de demanda por causa do comercial e do marketing, e conseguimos entregar tudo sem atrasos", afirma a gerente financeira da empresa, Luisa Lana Stenner.

PROCESSOS INTERNOS. Tanto para Crawly quanto para a consultoria AAA Inovação, o sucesso da estratégia é atribuído a uma reorganização dos processos internos. "Acabamos com o e-mail, grupos de WhatsApp, e adotamos metodologias e ferramentas ágeis de gestão de projetos e comunicação interna, como Slack, Runrun.it e Discord", diz o presidente da AAA, Juan Pablo Boeira.

A empresa adotou a jornada mais curta em janeiro. Em cinco meses, foi verificado crescimento de 120% do faturamento. "Quando a gente percebeu que estava mais eficiente, criamos o ‘Reset Day’ (dia de redefinir) às sextas-feiras." Além de monitorar semanalmente aspectos como entregas (performance), custos fixos, eficiência e saúde mental, a AAA Inovação mantém contato com os clientes para saber o nível de satisfação.

"A decisão de adotar a semana de quatro dias diz muito mais sobre como evoluir a sua produtividade e eficiência do que reduzir um dia de trabalho", diz o presidente da plataforma Winnin, Gian Martinez. A empresa adotou a sexta-feira livre em agosto de 2021 e já vê melhora de bem-estar dos trabalhadores e redução da rotatividade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para ter uma vida boa e saudável, é necessário mais do que estar em boas condições físicas. O bem-estar mental também é de primacial importância. Ora, uma vez que a mente comanda o corpo, se ela não está bem, todo o resto fica ameaçado. No âmbito profissional, prezar pela saúde mental é dever de todos, trabalhadores, gestores e empresas. Esse cuidado está diretamente relacionado à produtividade do colaborador e, consequentemente, aos resultados da companhia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui os transtornos mentais entre as três principais causas de afastamento do trabalho. Para se ter ideia, em 2020, por conta da crise sanitária mundial, o número de aposentadorias por invalidez e auxílios-doença reflexos de transtornos mentais e comportamentais concedidos teve uma alta de 26% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Um panorama preocupante, pois explicita o quanto os problemas da mente têm afetado as relações de trabalho.

Neste ponto, é preciso pensar: como empresas podem agir para promover uma melhor saúde mental a seus colaboradores? Há diversas ações possíveis, mas creio que, no geral, ter um ambiente laboral agradável e relações bem estabelecidas é o principal passo. Aí entram questões como a forma de tratamento empregada pelos gestores, o respeito aos limites de cada um, o cumprimento da carga horária estabelecida. É preciso que as companhias atentem que o burnout é uma realidade cada vez mais presente no mundo moderno, mas que deve ser evitada a todo custo, uma vez que um colaborador estafado tem pior rendimento, podendo até ser afastado. Há que se pesar: é melhor cobrar e cobrar e cobrar, ou estabelecer padrões e metas claros, factíveis, que permitam ao trabalhador desempenhar suas funções da melhor forma? Não é mantendo alguém sob constante estresse e pressão que se vai mais longe – o resultado pode ser um tropeço no meio do caminho. O estresse produtivo deve ser bem medido, a fim de gerar as entregas pretendidas, sem ir além da capacidade da pessoa.

Ao mesmo tempo, cada um de nós precisa cuidar de sua saúde mental, dentro e fora do trabalho. Realizar atividades físicas, estimular a mente com coisas positivas, ter uma boa alimentação e dormir bem são algumas das atitudes que ajudam a proteger a mente. É preciso equilíbrio. No ambiente de trabalho, é sempre positivo ter pausas curtas de tempos em tempos para “arejar a cabeça”, esticar as pernas e poder retomar com mais foco. É improdutivo, por exemplo, passar horas ininterruptas olhando para uma tela de computador ou sob estresse constante. Sabendo administrar seu tempo, é possível manter um mínimo de conforto para priorizar, também, a saúde mental.

A mente é o principal aliado em qualquer objetivo ou atividade. Quando ela não está em perfeito estado, o corpo também sofre. Por isso, blindar, ou, ao menos, atenuar os impactos negativos externos sobre a mente é importante para viver uma vida mais saudável e produtiva. Quando todos, profissionais e empresas, entendem isso e agem, cada um em seu âmbito, para cuidar da saúde mental, o resultado é, sem dúvidas, mais produtividade, lucro e sucesso.

Após crescer em torno de 12% em 2020, a produtividade do trabalho chegou ao terceiro trimestre deste ano apenas 1,8% acima do nível verificado no quarto trimestre de 2019, antes da crise causada pela Covid-19, segundo cálculos do Observatório da Produtividade Regis Bonelli, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. No período de julho a setembro último, a produtividade do trabalho tombou 11,9% ante igual período de 2020 - comparado a um salto de 14,9% no terceiro trimestre do ano passado em relação a igual período de 2019.

A desaceleração mostra que o ganho do ano passado foi "atípico" e "temporário", marcado pela pandemia, disseram pesquisadores do Ibre em seminário promovido nesta quinta (16) em parceria com o Estadão. Mesmo com a retomada do nível de atividade, o País tende a voltar ao baixo crescimento da produtividade, o que impede um avanço mais acelerado da economia.

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"Voltamos ao velho normal de baixo crescimento da produtividade", afirmou Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Ibre. O evento contou ainda com Fernando Veloso e Fernando de Holanda Barbosa Filho, ambos do Ibre/FGV.

A volta da dinâmica anterior era esperada porque o ganho de 2020 se deu, principalmente, por causa do que economistas chamam de "efeito composição". A pandemia atingiu a economia de forma desigual, prejudicando mais determinadas atividades - como aquelas que dependem do contato pessoal, como bares, restaurantes e salões de beleza - e até favorecendo outras - como os serviços de tecnologia da informação (TI).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por muito tempo, o mercado de trabalho abrigou a figura do chefe, aquele que comanda de forma impositiva, de cima para baixo e, muitas vezes, é temido por seus funcionários. Esse arquétipo, no entanto, não se sustenta mais nas relações profissionais do mundo moderno. Hoje, quem não souber ser um verdadeiro líder não se sustenta e não gera produtividade. Saber se portar da forma adequada é essencial para desempenhar essa função com sucesso.

A figura do chefe sempre foi conhecida por ser um tipo de comando autoritário, distante da equipe, orientado apenas a resultados. Em um mundo mutável, principalmente com novas gerações que têm outras aspirações pessoais e profissionais, esse tipo de atuação não é mais possível. Qualquer gestor deve saber agir como líder, sendo exemplo e incentivando seu time a atingir os melhores resultados. Também precisa saber extrair o melhor de cada membro e, para isso, ter atenção às particularidades de cada pessoa – afinal, não se pode “pausterizar” um grupo de trabalho, admitindo que todos têm as mesmas capacidades e habilidades.

Quando uma equipe é influenciada por boas lideranças, ela se torna capaz de atingir os melhores resultados. Mas, para isso, o líder precisa estar bem preparado e qualificado para exercer tal papel. Há algumas características que o bom líder precisa desenvolver para se tornar extraordinário. Talvez a mais importante seja o espírito de equipe. Saber lidar com pessoas, unir o time e desenvolver talentos é função primordial. Esse ponto se conecta a outro: a comunicação. Ela deve ser sempre clara e de mão dupla, em que os comandados também tenham abertura para fazer sugestões, discordar, debater ideias com seu líder.

Um líder extraordinário precisa trabalhar em si a inteligência emocional. Ora, gerenciar uma equipe é, por si só, uma tarefa difícil e, para tal, o comandante deve ter ciência de suas responsabilidades e saber suportar as diversas pressões, sem necessariamente extravasá-las ou devolvê-las ao time. Uma liderança perdida, sem controle, acaba por colocar em risco o trabalho de diversas pessoas. Empatia também é palavra-chave. Além disso, é preciso ter uma visão de longo prazo, que lhe permita planejar e antever situações para guiar melhor seus comandados. Assim, o “barco” tem menos chances de afundar, e consegue navegar mais tranquilamente.

Tempos extraordinários - principalmente os de crises e grandes adversidades - pedem por líderes extraordinários. E que melhor forma de liderança que não pela admiração? Jamais deve-se comandar pela opressão. Um líder que não se preocupa em desempenhar sua função de forma sinérgica com sua equipe, fatalmente, perderá o controle, o que será fatal para ele e para a empresa em que trabalha. É preciso desenvolver-se.

Quem não gosta de receber um elogio por um trabalho bem feito? Ou ser reconhecido em um projeto, mesmo que tenha contribuído apenas com alguns detalhes? Especialistas na área de recursos humanos e psicólogos são unânimes em destacar que o elogio deixa as pessoas ainda mais motivadas e engajadas em projetos, seja na vida pessoal ou mesmo no trabalho.

É com esse pensamento de promover uma cultura de feedbacks positivos que muitas grandes empresas estão trabalhando para motivar os seus colaboradores. Afinal, a satisfação deles está diretamente ligada à sua produtividade. Mas existe alguma maneira para aumentar o engajamento de todos?

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Essa é uma pergunta que muitos líderes fazem todos os dias. É claro que não existe uma fórmula mágica para chegar ao nível máximo de engajamento, mas muitas companhias estão apostando em sistemas de reconhecimento e recompensas para estimular os seus colaboradores. A ideia é incentivar os funcionários a reconhecer e exaltar as ações feitas ou as ajudas dadas pelos seus colegas de trabalho em alguma atividade.

“O elogio é algo muito significativo para a maturidade de um profissional. As emoções estão diretamente relacionadas e isso implica em uma boa saúde mental. Um funcionário quando está bem, rende mais e, quando ganha um elogio, tende a aumentar ainda mais a sua produtividade”, explica a coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Márcia Karine.

“A cultura do elogio gera uma reciprocidade. No momento em que o funcionário recebe um elogio, ele sente-se valorizado e isso o impulsiona a buscar estar sempre em um local de destaque. Desta forma, ele tende a fazer mais e até melhor pois saberá que está sendo visto”, complementa Márcia.

“Podemos fazer um paralelo com as redes sociais. Quando um amigo nosso publica algo que gostamos, vamos lá e damos ‘like’. Quando isso acontece, a pessoa que recebe a curtida se sente valorizada. Quando levamos isso para o mundo corporativo, podemos fazer com que os colaboradores se sintam mais valorizados pelos serviços que prestam, seja por algo simples ou por encontrar uma solução para um problema mais complexo”, explica Magda Moura, gestora de recursos humanos da Pitang Agile IT.

O incentivo aos elogios já tem sido aplicado em diversas empresas e muitas delas buscam formas de encorajar os seus colaboradores a manterem esse processo de feedbacks contínuos. Pegando carona neste formato de promover o elogio por ações impactantes e trabalhos bem feitos, empresas ligadas ao setor de tecnologia estão buscando formas de inovar neste modelo. “É uma troca onde os dois lados ganham”, explica Marcia. “Sabemos que, em um mercado competitivo, quanto mais reconhecimento, mais o funcionário se dedica e quer que a sua empresa esteja em primeiro lugar no mercado”, continua.

Na busca por enraizar ainda mais essa cultura de elogios entre os seus colaboradores, a Pitang Agile IT, uma das maiores empresas de desenvolvimento de softwares e soluções tecnológicas do país, desenvolveu um sistema próprio para incentivar o reconhecimento e destacar os colaboradores que mais contribuem com os seus colegas de equipe.

Batizado de Merit Coin, “o programa começou como um sistema de reconhecimento e recompensa para os colaboradores da empresa”, conta a Product Owner do sistema, Erica Lima. “A ideia era estimular o engajamento e fazer com que a cultura do feedback se tornasse constante”, complementa.

Todo o modelo funciona por meio de uma plataforma on-line, na qual todos têm acesso. Mensalmente, todos recebem o valor de 1 mil moedas, que são personalizadas com o nome escolhido pela companhia. E esse “dinheiro” é utilizado pelos colaboradores para “reconhecer” colegas que os ajudam a desempenhar determinadas tarefas ou que impactaram de alguma forma no dia a dia do outro.

Dentro da empresa, o modelo de reconhecimento acabou motivando ainda mais os colaboradores. O resultado fez com que o alcance do projeto fosse ampliado. Hoje, ele passa a ser desenvolvido também em outras companhias que buscam formas de incentivar o feedback entre os seus colaboradores.

“A ideia principal é ter seus colaboradores sendo reconhecidos, mantendo-os sempre engajados dentro da empresa, resultando em um crescimento na produtividade e evolução deles. Desta forma, seja neste modelo de reconhecimento e premiação ou mesmo em formas mais tradicionais, como o feedback mensal, a meta é fazer com que todos saibam onde estão acertando e o que precisam melhorar em relação ao seu trabalho dentro da organização”, finaliza Erica.

Da assessoria 

A produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira cresceu 8% no terceiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, mostrando recuperação depois de duas quedas consecutivas em razão dos efeitos da pandemia da Covid-19 sobre a economia. Os dados são do estudo Produtividade na Indústria, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que revela, no entanto, que no ano o indicador não deve superar 1% pelo terceiro ano consecutivo. A produtividade é medida com o volume produzido pela indústria dividido pelas horas trabalhadas.

A pesquisa revela que o volume produzido nos meses de julho, agosto e setembro foi 25,8% maior que o verificado no segundo trimestre de 2020, enquanto as horas trabalhadas da produção tiveram alta de 16,4% no mesmo período de comparação. "A indústria se recuperou de forma rápida e intensa a partir de maio, passado o momento mais agudo da crise. Ao longo do trimestre, as fábricas operaram em níveis de ocupação da capacidade instalada crescentes para recompor estoques e atender à rápida recuperação da demanda", destaca o estudo.

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O crescimento acelerado da produtividade no terceiro trimestre é o maior da série histórica iniciada em 2000 e, segundo o documento, mais do que compensou a queda acumulada nos dois primeiros trimestres do ano, que chegou a registrar uma queda de 6,7% na produtividade na comparação com os três últimos meses de 2019.

"O crescimento acelerado da produtividade no terceiro trimestre e a queda acentuada no primeiro semestre do ano são movimentos conjunturais. Eles refletem mudanças na intensidade do esforço do trabalhador e no ritmo de produção que é estabelecido pelas empresas e não mudanças de mais longo prazo, como uma maior qualificação do trabalhador", explica a economista da CNI Samantha Cunha.

Apesar da melhora revelada pelo estudo, a expectativa é de que a produtividade do trabalho na indústria encerre 2020 com baixo crescimento, uma alta de menos de 1%.

"Mesmo se o ritmo de crescimento verificado no terceiro trimestre fosse mantido no último trimestre de 2020, o indicador fecharia o ano com crescimento abaixo de 1% (0,9%). O ano de 2020 deve ser o terceiro ano seguido de crescimento da produtividade do trabalho abaixo de 1%", diz o estudo da CNI.

Depois de registrar alta na produtividade do trabalho de 4,5% em 2017, o indicador teve aumento de apenas 0,8% em 2018 e de 0,6% em 2019.

Se antes da pandemia organizar as tarefas diárias, em casa e no trabalho, já era um desafio, com o isolamento social as coisas tomaram um rumo ainda mais complexo. Um dos motivos é que, com o home office, perde-se um pouco a divisão de trabalho e local de descanso, logo, há o risco de afazeres se atropelarem pelo único motivo de se estar fazendo tudo dentro do lar.

Se você jogou fora o planner de 2020, com a chegada da quarentena, mas agora está vendo a necessidade de voltar a pôr um pouco de organização na sua vida, separamos cinco aplicativos que podem ajudar a categorizar suas tarefas.

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Trello

Disponível para Android, iOS e desktop, o Trello é um aplicativo gratuito que ajuda o usuário a organizar diferentes tarefas através de quadros e listas que podem ser usados tanto individualmente, quanto de forma colaborativa. Cada lista recebe cards com descrições, prazos determinados e objetivos que devem ser concluídos pelo usuário. A melhor parte dele é justamente poder marcar outras pessoas em atividades, o que facilita ser usado em empresas e no dia a dia.

Evernote

Há anos o Evernote tem sido um bom companheiro de quem quer organizar as coisas tanto pelo PC quanto pelo smartphone. No aplicativo é possível salvar lembretes em texto, voz, foto e vídeo. Todas as informações ficam salvas em nuvem, o que permite ao usuário acessá-las em diferentes dispositivos. Atualmente, o Evernote oferece três planos, um gratuito, o Premium (por R$ 9, ao mês) e Business (por R$ 24, mensal).

OneNote

O OneNote é um aplicativo da Microsoft que funciona como um bloco de anotações em que é possível inserir não apenas texto, mas desenhos, vídeos e fotos. Bom para quem estuda e para quem trabalha, ele permite até mesmo anotações manuais que podem ser incorporadas a fotos ou textos. Você pode usar marcações para rotular listas de tarefas pendentes, acompanhar itens, marcar itens importantes ou criar rótulos personalizados. Ele também permite a sincronização com diversos dispositivos diferentes.

Notas do Keep

Se você curte post-its na vida offline, vai gostar de saber que eles podem ser inseridos no seu celular também. O Google Keep é um app de notas simples, em que você pode fazer listas, anotações em texto, vídeo ou foto, além de compartilhar seus afazeres com outras pessoas. Os lembretes e anotações podem ganhar as cores de post-its coloridos, o que dá um certo ar de nostalgia a ferramenta. Geralmente, ele já vem instalado nos telefones com Android e facilita a vida de quem usa os serviços do Google, por estar sincronizado com a conta do usuário - permitindo o acesso via outros dispositivos -. 

Todoist

Eleito o melhor aplicativo de listas de 2019, o Todoist está disponível tanto para Android quanto para iOS e chega na vida de quem prefere dividir suas atividades em listas para fazer. Dá para criar seções, subtarefas, compartilhar atividades e até mesmo ver um gráfico que mostra sua evolução organizacional. É uma ferramenta bem completa, não apenas pela compatibilidade com diferentes dispositivos - incluindo PC -, mas também por oferecer a possibilidade de categorizar cada projeto, tarefa e lembrete. Possui uma versão gratuita e uma premium. 

Os tempos são atípicos. E junto com eles vêm as incertezas, que por muitas vezes geram desmotivação no trabalho, seja home office ou presencial, e consequentemente reduzem a produtividade dos funcionários em diversas empresas. Para superar as instabilidades, especialista indica caminhos para que as pessoas possam se motivar no trabalho, mesmo em tempos pandêmicos.

Em entrevista ao LeiaJá, a especialista em gestão, qualidade e produtividade, Lu Bazante, explica que existem diversos sinais de desestímulo no emprego. Entre eles estão a “apatia, a indiferença na realização das atividades, atrasos constantes, conflitos repetidamente, faltas e queda na qualidade do trabalho", entre outros, segundo a expert no assunto.

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Em tempos de dúvidas, e para além da pandemia, profissionais tendem a demonstrar certo desencorajamento ao desempenhar as funções do ambiente de trabalho, muitas vezes influenciados por cobranças excessivas.

O atendente de farmácia Livingstone Gomes, 30 anos, que tem uma atividade considerada essencial, explica que a rotina mudou depois da pandemia. “Meu chefe tá acumulando trabalho, coisa que eu não fiz esse período todo. Por incrível que pareça a rotina me desmotiva, todo dia fazer a mesma coisa; e o fato da empresa só cobrar, principalmente por estar relacionado a venda”, desabafa.

O que é motivação?

O processo de motivação é um exercício intrínseco e que pode receber estímulos externos. Nesse sentido, a especialista Lu Bazante destaca que para pensar no tema é importante pensar sobre vida. Ela ainda acrescenta que o autoconhecimento pode ser a resposta para compreender como se manter motivado para, assim, produzir com qualidade. “Busco contribuir para que as pessoas consigam melhores resultados, sendo que as pessoas precisam estar motivadas para conseguirem bons resultados. Considerando que a motivação é o motivo para ação”, explica.

“Se as pessoas buscam autoconhecimento, aprendem a potencializar os seus pontos fortes e melhorar os pontos fracos. Se entendem claramente as suas prioridades e conseguem estabelecer corretamente os seus objetivos, atingir melhores resultados é só uma questão de tempo [para entender como se manter motivado]”, completa a especialista.

A gestora de marketing e de produção e desenvolvimento, Wivian Abreu, 23 anos, explica que já passou por diversas empresas, considerando boas experiências em corporações que a enxergavam como uma “peça essencial para o negócio” e não somente uma “fonte de lucro”.

Durante sua jornada profissional, Wivian diz ter encontrado a fonte da sua motivação. “Quando me perguntam o que me motiva todos os dias, minha única resposta é: eu sei do meu potencial e sei onde quero chegar, pois descobri que precisamos ver sempre o lado bom de todas as coisas, aprendi que não tenho fases difíceis, tenho fases desafiadoras, nas quais serão preciso eu me reinventar para superá-las, e isso é fantástico”, nos relatou em entrevista ao LeiaJá.

Segundo Lu Bazante, que também atua como Coach, a produtividade pode ser impactada positivamente pela elevação dos motivos para desempenhar as atividades profissionais. Em uma conceituação, ela traz novos elementos para o significado de produtividade. "Como o conceito de produtividade, da forma que, hoje, conhecemos está muito relacionado às revoluções industriais, as pessoas têm uma ideia simplista de que produtividade é trabalhar mais ou fazer mais com menos recursos”, apontou.

“No entanto, com a evolução de vários conceitos, costumo adicionar alguns elementos a mais nessa fórmula e trabalho com meus clientes que a produtividade está  relacionada à felicidade, realização e energia. E tudo isso é sobre vida. Por que razão uma pessoa se motiva? Não é para ter uma vida melhor?  Sendo uma pessoa produtiva você consegue direcionar seu tempo para as pessoas e situações que são prioritárias para você, então se motiva diariamente por saber que está no caminho certo e usufruindo o melhor da sua vida”, acrescentou Bazante.

Papel das empresas

Por causa da pandemia global do novo coronavírus, profissionais de diversos seguimentos atravessam novos desafios que modificam totalmente a relação com o ambiente de trabalho, presencial ou remoto, chegando a alterar as atribuições dentro da empresa. 

Mesmo com horário reduzido, devido a pandemia da Covid-19, e assumindo novas responsabilidades dentro da empresa, a auxiliar administrativo Jesyka Alves, 26 anos, afirma que consegue desempenhar as funções designadas a ela com tranquilidade, pois faz tudo no seu tempo.

“Devido à suspensão contratual do meu chefe por dois meses, além do mês de férias que ele tirou, totalizando 3 meses de ausência, a carga de trabalho aumentou, porque assumi a minha função e a dele. No entanto, o trabalho estava muito mais tranquilo porque eu fazia tudo no meu tempo. Quando ele está no escritório é difícil de trabalhar porque a sala só vive cheia de gente e é muito barulhenta. E nesse período até música eu conseguia ouvir o que deixa meu trabalho mais produtivo”, explica Jesyka. 

De acordo com Bazante, as empresas, e em específico os setores de Gestão de Pessoas, mais conhecido como recursos humanos, também ocupam um papel significativo para o engajamento dos seus colaboradores. “Mesmo sabendo que a motivação é algo intrínseco, ou seja, acontece de dentro para fora, é possível que as organizações criem estímulos para que as pessoas se sintam motivadas e, assim, atinjam um melhor nível de produtividade. Para se ter uma ideia da relação entre motivação e produtividade, em uma pesquisa realizada com mais de 30 mil indivíduos pela consultoria de RH norte americana Right Management, foi constatado que pessoas motivadas podem produzir até 50% a mais”, garante. 

O estímulo pode ser efetuado através de ferramentas simples, no entanto com eficácia para manter um clima organizacional favorável à motivação do colaborador, sobretudo em tempos de emergência sanitária de saúde. “As empresas podem criar estímulos para que seus funcionários se sintam motivados e poderíamos citar diversos, mas ressalto que podem ser fatores simples, como pedir a opinião da equipe em assuntos relevantes, dar feedback periodicamente, demonstrar confiança, desenvolver uma cultura voltada para pessoas, entre outras ações”, enfatiza. 

A especialista ainda afirma que as pessoas em cargos de liderança também possuem um papel importante na manutenção dessa motivação. “A liderança tem uma grande responsabilidade em manter as pessoas produtivas e motivadas nessa nova realidade, definindo novas formas de estabelecer metas e objetivos, de monitorar a realização das tarefas, de engajar as pessoas e mantê-las informadas quanto aos resultados da organização e de suas tarefas, mostrando que a organização se importa com suas vidas. Por exemplo, podem ser providenciadas cadeiras ergonômicas para os funcionários em suas casas, atendimento psicológico, flexibilização dos horários, promoção de reuniões mais participativas, entre outros”, orientou. 

Dicas

Como a motivação é algo intríseco, a especialista Lu Bazante elaborou uma lista com ações que estimulam os motivos para obter mais satisfação no emprego. Confira, abaixo, algumas dicas para recuperar a motivação:

É necessário autoconhecimento, para refletir sobre quais as razões que acendem a motivação;

Conheça bem o seu propósito de vida, assim consequentemente entenderá o propósito profissional;

Trabalhar para o que se sente realizado é a principal chave para que o colaborador entenda se a atividade profissional que desempenha lhe traz satisfação;

Ao viver momentos de baixa energia, é necessário resgatar na mente os momentos de pico de produtividade para ativar os mesmos sentimentos; 

Focar nos pontos positivos e aprender com os erros;

Estabelecer objetivos e metas claros;

Cultivar um olhar grato as realizações, sejam pequenas ou grandes conquistas.

Bazante também acrescenta caminhos para melhorar o ambiente de trabalho na modalidade home office. “O modo home office, por exemplo, tem exigido de muitos que usem de bastante criatividade para conseguir manter os resultados profissionais, sem deixar de também executar as tarefas do lar. Cada um deve buscar a sua fórmula, testando dicas, como definir um local iluminado e organizado para trabalhar, evitar distrações, fazer uma agenda da semana que também contenha atividades domésticas, entre outras”, indica Lu Bazante.

Além dessas instruções, a Coach recomenda o uso de ferramentas que otimizem e organizem as demandas, como a Trello, Evernote, e-mail ou a própria agenda do celular.

Com o isolamento orientado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), algumas pessoas passaram a usar algum tempo livre dentro de casa para ler livros, assistir filmes e praticar exercícios, entre outras atividades. Porém, alguns também se queixam de não conseguirem ser produtivos durante a quarentena, principalmente quem está trabalhando em casa.

O emprego da social media Mariana Sehn, 25 anos, sempre foi home office, mas o isolamento, que não deveria ser um problema, acabou refletindo diretamente em seu trabalho. "Com a vontade de querer interagir e tocar os projetos, fiquei tão acumulada de tarefas a ponto de me sentir mal", conta. "Eu hoje liguei o notebook para começar a trabalhar e não consegui render muito. Só fiz o que precisava fazer e, no resto do dia, não fiz mais nada", complementa.

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A social media Mariana Sehn encontrou dificuldades no home office | Foto: Arquivo Pessoal

O operador de controle mestre Emanuel Cavalcanti, 27 anos, conta que tenta preencher o tempo com leituras, filmes e séries, mas se sente culpado por não estar fazendo algo "mais útil". "Eu costumava sair para fotografar e filmar, porém, não posso fazer mais isso por conta da quarentena. Sinto falta dessa rotina e ainda não consegui encontrar uma forma de produzir em casa", lamenta.

As condições de isolamento tem gerado nas pessoas diferentes emoções e sentimentos, principalmente ansiedade. É o que diz a psicóloga e professora da Universidade Guarulhos (UNG) Tatiana Almeida. "A ansiedade é um dos principais fatores a dificultar o processo de produtividade. Para que a pessoa consiga manter a concentração e uma vida produtiva é necessário focar nos cuidados de saúde física e mental", explica.

O operador Emanuel Cavalcanti reclama por ainda não ser produtivo em casa | Foto: Arquivo Pessoal

Para as pessoas em home office e que estão com problemas de concentração, Tatiana orienta a reservarem um local de trabalho tranquilo, iluminado e arejado, e que deve ficar longe de locais de refeição ou da cama. Consumir em excesso as notícias negativas sobre o atual momento, também pode colaborar para que as pessoas se sintam improdutivas. "As notícias são necessárias para situar a população em relação a pandemia, mas devem ser consumidas de maneira equilibrada. O indicado é que as pessoas também busquem outros assuntos de seu interesse", orienta Tatiana.

Para ajudar na produtividade, a psicóloga aconselha as pessoas a terem uma boa rotina de descanso, fazer exercícios e procurar por atividades que tragam prazer. "Não se cobre para ser produtivo 100% do tempo de isolamento. Está tudo bem não fazer nada em alguns momentos. Agora, caso não consiga lidar com as questões emocionais, o ideal é buscar a ajuda de um psicólogo. Neste período de quarentena, muitos profissionais estão oferecendo atendimento online", finaliza.

Por causa do isolamento para conter a propagação do vírus Covid-19, o coronavírus, muitas empresas têm autorizado seus colaboradores a trabalharem a partir de suas casas.

Segunda o coach de alta performance Leila Arruda, é importante a pessoa ter em mente que, mesmo em casa, está trabalhando. “O primeiro erro que as pessoas que trabalham de home office cometem é ficar de pijama o dia inteiro. Essa atitude deixa a pessoa confortável a ponto de não entender que está em um momento de serviço”, explica.

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Outra dica é procurar um local isolado, longe do que possa tirar a concentração. Nessa lista, não está recomendado o uso da sala de estar, onde a TV vai estar por perto, ou a cozinha, pois sempre terão atividades externas ao trabalho a serem feitas. “As pessoas que estão em casa devem ser avisadas de que você está trabalhando e não em férias coletivas”, orienta Leila.

Aqueles que nunca fizeram home office podem ter dificuldades em se concentrar. Por isso, Leila orienta que é preciso fazer intervalos de 15 minutos a cada 1 hora de trabalho e manter um ritmo de alimentação semelhante ao que a pessoa tinha em um escritório comum.

Assim, segundo a coach, ao seguir esses procedimentos, o profissional tem chances de ter um nível de entrega semelhante ao que desempenharia no escritório presencial. “Devido a pandemia causada pelo coronavírus, as empresas devem ter consciência de que o trabalhador não irá render o mesmo desempenho. E muitas pessoas vão deixar de ir às compras, vai todo o mundo parar. Então, as empresas precisam ter consciência disso e diminuir as metas”, conclui.

A informalidade recorde no mercado de trabalho está ajudando a derrubar a produtividade da economia brasileira, que se recupera lentamente da recessão vivida entre 2014 e 2016.

Em condições normais, quando uma economia cresce e gera empregos - situação que, apesar de toda a crise, vem sendo observada no Brasil -, há mais investimentos em inovação, equipamentos, capacitação, e a produtividade aumenta. Ou seja, cada trabalhador consegue produzir mais com menos horas trabalhadas. Mas o que vem ocorrendo é exatamente o contrário.

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O País tem hoje 38,8 milhões de trabalhadores na informalidade, um número recorde, equivalente a 41,4% da força de trabalho. As vagas geradas entre 2018 e 2019, quase todas informais, pagam menos e são menos produtivas, com características de "bicos temporários", como empregadas domésticas, vendedores a domicílio, entregadores de aplicativos e vendedores ambulantes, segundo mostra um estudo inédito do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Cálculos da FGV mostram que a produtividade por hora trabalhada na economia ficou estagnada em 2018, quebrando uma recuperação iniciada em 2017, e passou a cair este ano. No primeiro trimestre, a queda foi de 1,1% e, no segundo, de 1,7%. O movimento causou estranheza ao economista Fernando Veloso, pesquisador do Ibre/FGV. "A tendência natural seria esperar uma alta."

Segundo Veloso, ainda que esteja quase estagnada, com avanço em torno de 1% ao ano desde 2017, a economia brasileira deveria registrar algum aumento da produtividade. Mas, enquanto as estimativas mais recentes apontam para crescimento de 0,9% este ano, o Ibre/FGV projeta recuo de 0,8% na produtividade por horas trabalhadas.

O trabalho informal já aparecia como um dos suspeitos de ser responsável pelo fenômeno atípico. O novo levantamento do Ibre/FGV, feito pela pesquisadora Laisa Rachter com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do IBGE, corrobora a hipótese: pessoas que estavam desempregadas ou que nem procuravam emprego no segundo trimestre de 2018 entraram para a informalidade neste ano ganhando, em média, metade (R$ 823,49 por mês por pessoa) do que os trabalhadores informais que já estavam em atividade (R$ 1.588,06 por mês por pessoa).

Pagar um salário menor é característica típica de ocupações pouco produtivas. O fato de o rendimento dos novos informais ficar abaixo até mesmo do recebido por trabalhadores há mais tempo na informalidade sugere que as pessoas que estão topando entrar no mercado em 2019 estão aceitando qualquer tipo de trabalho, para contribuir com o que for possível para a renda da família, diz Laisa.

Mais horas trabalhadas, menos produção

O mecânico de aviões Willian Esau de Leon, de 42 anos, cansou de procurar emprego em sua área de formação. Há cinco meses, trabalha como motorista de aplicativo no Rio. Ou seja, trocou um trabalho mais produtivo, no segmento de serviços especializados, por um menos produtivo, que exige apenas uma qualificação básica - saber dirigir.

O último trabalho como mecânico foi em 2015. De lá para cá, trabalhou com bicos, como pintor de paredes, ou ficou fora do mercado de trabalho, cuidando do filho hoje com dois anos, enquanto a esposa terminava o doutorado. As tentativas de entregar currículos nos aeroportos Santos Dumont, Galeão, de Jacarepaguá e Maricá, todos no Rio, foram em vão. O trabalho como motorista foi um último recurso. "Gosto mais do trabalho de mecânico do que de dirigir. Estudei para isso", diz.

A história de Leon tem se repetido com frequência no Brasil nos últimos anos. Sem vagas na economia formal, com carteira assinada, a informalidade já atinge 38,8 milhões de pessoas, ou 41,4% da força de trabalho. E isso tem reflexo direto no crescimento, com a produtividade da economia apontando para uma queda este ano.

Horas trabalhadas

O cálculo da produtividade na economia leva em conta o valor adicionado, usado para medir o Produto Interno Bruto (PIB, conta de todo valor gerado na economia), e o total de horas trabalhadas. O valor adicionado sobe e desce em função do ritmo da economia. As horas trabalhadas aumentam ou diminuem tanto conforme a quantidade de trabalhadores (mais gente trabalhando aumenta o total de horas) quanto em função do quanto cada pessoa trabalha (a quantidade de gente trabalhando pode ser a mesma, mas o total de horas cresce se cada pessoa trabalhar por mais tempo).

De acordo com Fernando Veloso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o mercado de trabalho até que está se recuperando. Entre o terceiro trimestre de 2018 e igual período deste ano, foram criadas 1,468 milhão de vagas, conforme o dado mais recente do IBGE. Com isso, há um aumento no total de horas trabalhadas. O problema é que "essas horas trabalhadas estão indo para atividades aparentemente pouco produtivas", contribuindo para o baixo crescimento. "As horas trabalhadas aumentam, mas o valor adicionado, não. Por isso, a produtividade cai. Temos mais gente, mais horas (trabalhadas) e a produção não aumenta", afirma.

Sistema tributário

Para o economista Gabriel Ulyssea, especialista em mercado de trabalho e professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra, o fato de o trabalho tido como informal estar puxando a geração de vagas de trabalho sinaliza um movimento na direção de uma parte da economia que já é menos produtiva.

O professor vê no sistema tributário o grande problema da produtividade no Brasil. "A informalidade permite que várias empresas de baixa produtividade se mantenham ativas, porque não pagam impostos, contratam sem carteira, burlam uma série de coisas e isso permite que tenham um custo de operação mais baixo", afirmou Ulyssea.

'Timing' errado para lavanderia informal

Rodrigo Silva Sousa, de 41 anos, trabalhou por 15 anos na indústria, na região Sul Fluminense, até ser demitido em fevereiro. Foram duas passagens pela MAN Latin America, fabricante dos caminhões da Volkswagen, cuja fábrica fica em Resende (RJ), intercaladas por um período de cinco anos, entre 2013 e 2018, na indústria de bebidas. Após a demissão de fevereiro, Sousa até tentou procurar emprego no polo industrial do Sul Fluminense, mas encontrou um clima de "crise geral", disse.

Com dois filhos - um jovem de 20 anos e uma menina de sete anos -, Sousa e a esposa, que trabalha em casa com artesanato, buscaram alternativas para compensar a perda do salário bruto de R$ 2,9 mil ao mês que ele recebia.

Os empregos na indústria são considerados os mais produtivos, mas a primeira alternativa de trabalho de Sousa era marcada pela improdutividade. Ele e a esposa montaram uma lavanderia informal em casa, que acabou não dando o retorno esperado. O casal comprou uma máquina de lavar e um "tanquinho" e adaptou uma área da casa onde a família mora em Resende.

Segundo Sousa, a empreitada não deu certo porque eles perderam o "timing" para aproveitar a demanda por lavanderias dos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), que fica na cidade. Eles montaram o negócio em abril, quando a nova turma de cadetes já tinha passado pela adaptação inicial e encontrado outras lavanderias para prestar o serviço. Para complementar a renda, Sousa fez alguns "bicos" como eletricista.

Agora, o ex-operário espera dias melhores diante da oportunidade de entrar como sócio de uma serralheria, que trabalha montando grades, portas e portões de alumínio. Ainda informalmente, ele vem trabalhando desde outubro na oficina de um amigo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A filial da Microsoft no Japão, país conhecido pelas numerosas horas extras, fez um experimento recentemente e conseguiu maior produtividade com menos horas de trabalho, graças a uma semana de trabalho de quatro dias.

Em agosto, a Microsoft Japão fechou os escritórios às sextas-feiras e deu um dia de descanso a mais na semana aos 2.300 funcionários no país, informou a empresa em um comunicado.

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A filial também limitou as reuniões de trabalho a 30 minutos e cinco participantes no máximo, e estimulou a comunicação on-line.

O resultado: a produtividade por trabalhador aumentou 39,9% em agosto na comparação com o mesmo mês no ano anterior. O consumo de energia elétrica caiu 23,3% e o de papel impresso 58,7%, indicou a Microsoft Japão.

"Os funcionários querem ter modos de trabalho variados", destacou a empresa, que pretende adotar um programa similar no inverno, mas sem conceder um dia de descanso especial desta vez: os funcionários terão que utilizar seus dias de férias existentes.

A experiência aconteceu no momento em que o governo japonês tenta estimular modos de trabalho mais flexíveis, como o trabalho à distância, a tempo parcial ou com horários flexíveis para evitar a hora do rush nos transportes.

As iniciativas pretendem combater o fenômeno do "karoshi" (morte por excesso de trabalho) e favorecer a taxa de natalidade, em queda no país. A adoção das medidas foi limitada entre as empresas até o momento.

A produtividade do trabalho no País recuou 1,7% no segundo trimestre de 2019, em comparação com o segundo trimestre de 2018. Foi o pior resultado desde o primeiro trimestre de 2016, quando a produtividade do trabalho havia recuado 2,2%. Os cálculos são de um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), obtidos com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

O estudo mostra ainda que houve piora no desempenho da produtividade por hora trabalhada. Houve aceleração no ritmo de queda em relação ao primeiro trimestre de 2019, quando o recuo foi de 1,1%, observou Fernando Veloso, pesquisador do Ibre/FGV.

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"Desde 2017, principalmente em 2018, a produtividade já não estava crescendo bem. A surpresa agora é que ocorreu uma piora", disse Veloso.

Segundo ele, houve um forte aumento no número de pessoas trabalhando no período de um ano, mas o movimento não foi acompanhado por um crescimento do valor adicionado na mesma magnitude. O valor adicionado aumentou 0,9% em relação ao segundo trimestre do ano passado, enquanto as horas trabalhadas tiveram expansão de 2,6%.

Emprego menos produtivo

"É como se estivesse aumentando o emprego, mas o emprego menos produtivo", explicou.

O avanço da ocupação via informalidade pode explicar o fenômeno, uma vez que o setor informal é menos produtivo que o setor formal. O emprego com carteira assinada está retomando muito lentamente, lembrou o pesquisador do Ibre/FGV.

"Porque os trabalhadores têm menor qualificação, há menos investimento, a tecnologia é inferior, há menos acesso a crédito. Então, por uma série de razões, o setor informal é bem menos produtivo, tem um quarto da produtividade do setor formal. E o emprego todo está acelerando no setor informal", disse Veloso. Ele afirmou, porém, que ainda é melhor ter um trabalho informal do que estar desempregado.

No segundo trimestre, a produtividade do trabalho recuou em todas as três grandes atividades econômicas: na Agropecuária, -2,5%; na Indústria, -0,7%; e nos Serviços, -1,8%.

A situação do setor de serviços é a mais grave, pois a produtividade por hora trabalhada recua há 21 trimestres consecutivos. Dentro dos serviços, dois subsetores marcados pela informalidade tiveram recuos intensos no segundo trimestre de 2019. São o Transporte (-5,2%) e Outros Serviços (-2,9%).

O primeiro inclui os trabalhadores que atuam como motoristas por aplicativo, o segundo teve impacto do avanço dos serviços prestados às famílias. Serviços como um todo concentram cerca de 70% das horas trabalhadas no País."O emprego está indo para esses setores, e são setores onde a informalidade não só em geral é mais alta, como ela também está crescendo fortemente", justificou Veloso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Antes de se tornar presidente em janeiro deste ano, Jair Bolsonaro fez uma carreira de 28 anos na Câmara dos Deputados e conseguiu incluir os três filhos mais velhos - Flávio, Carlos e Eduardo - no Legislativo. Mas como foi a atuação do clã Bolsonaro nesses anos de atividades parlamentares? O presidente, em sete mandatos, conseguiu aprovar apenas dois projetos de leis. E os filhos? 

O LeiaJá fez um levantamento com base em informações disponibilizadas nos sites do Senado, da Câmara Federal, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro e os números sugerem que os filhos do presidente foram mais produtivos do que ele. 

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Com exceção de Eduardo, que está em seu segundo mandato de deputado federal e ainda não teve nenhum projeto aprovado, Flávio é autor de 13 leis ordinárias em vigor no Estado do Rio e Carlos tem 44 projetos que já se tornaram regras da legislação.

Dono de discursos ácidos, Carlos Bolsonaro (PSC) está no quarto mandato de vereador do Rio de Janeiro e foi o que mais produziu como parlamentar - foi autor de 163 projetos. De acordo com o site da Câmara do Rio, até 2008 ele apresentou 73 propostas; de 2009 a 2012, a atuação de Carlos teve uma alta e foram 200 manifestações (entre indicações, projetos, emendas e requerimentos), mas deste total apenas 50 eram projetos (de lei, emenda à lei orgânica, de decreto, de lei complementar ou de resolução). 

Já de 2013 a 2016, o ritmo já foi menos acelerado. Ele protocolou 121 vezes na Casa, mas o número de projetos deu uma reduzida para 20. No mandato vigente, a redução das atividades foi ainda maior. Prestes a entrar no último ano, Carlos fez  87 manifestações, sendo delas 13 projetos de lei, seis de Emenda à Lei Orgânica e um de resolução.

Entre as proposições do ‘02’ de Bolsonaro, está uma que prevê a inclusão do Dia do Orgulho Heterosexual no calendário do Rio e outra cria no município o programa ‘Escola Sem Partido’. 

O segundo mais ativo foi Flávio Bolsonaro (PSL), que agora é senador, e teve quatro mandatos de deputado estadual no Rio de Janeiro. No site da Alerj, não há detalhes sobre as propostas apresentadas pelo ‘01’ do presidente durante o primeiro mandato dele entre 2003 a 2006, mas de 2007 a 2018 ele protocolou 142 projetos. 

Alguns deles demonstraram o seguimento de uma linha de mandato dos filhos de Jair Bolsonaro. Assim como Carlos fez na capital fluminense, Flávio propôs que o Estado proibisse o ensino de qualquer temática relacionada a ideologia de gênero.  

Já este ano, como senador, Flávio, apesar de estar no centro de uma investigação judicial, chegou a apresentar 16 projetos de lei e duas propostas de emenda à constituição (PEC) -  uma delas reduz a maioridade penal para 16 anos. 

Por outro lado, Eduardo Bolsonaro (PSL) está no segundo mandato na Câmara dos Deputados e até o momento apresentou 37 projetos de lei, sendo cinco deste ano, e duas PECs. Contudo, nenhuma das proposições foi aprovada. Como os textos da Câmara precisam passar pelo crivo do Senado, a tramitação é mais rigorosa. Dos 37, apenas um projeto do ‘03’ de Jair Bolsonaro passou para a avaliação dos senadores, que ainda não foi concluída. 

Entre as matérias apresentadas por Eduardo, uma dispõe sobre a possibilidade da Câmara e do Senado doarem aos agentes da polícia legislativa que se aposentarem as armas de fogo utilizadas por eles quando em serviço ativo, garantindo a permanência do porte de arma. A proposta foi desarquivada este ano e voltou a tramitação na Câmara. 

Outro texto, de autoria dele juntamente com o pai, defende a excludente de ilicitude nas ações de agentes públicos em operação policial. Além deste, Jair Bolsonaro chegou a apresentar outros 161 projetos de lei e nove PECs durante seus sete mandatos. 

De acordo com os dados, em anos como 2011 e 2012, o agora presidente da República apresentou apenas um projeto de lei. Em 2018, quando ele concorreu à Presidência, protocolou quatro propostas. O ano com mais projetos apresentados por Bolsonaro foi em 1996, quando ele protocolou 13 matérias.

É possível medir a produtividade de um funcionário apenas analisando suas atividades online? A ProdutivoApp acredita que sim e, para isso, criou uma ferramenta que mede o desempenho dos colaboradores com base nas atividades desenvolvidas on-line. O produto analisa, durante o expediente, quão relevantes são os sites, programas e aplicativos utilizados pelos trabalhadores.

ProdutivoApp/Divulgação

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A ferramenta tem o intuito de motivar os funcionários ao criar um ranking dos mais produtivos, fazendo com que gestores tenham acesso àqueles que estão mais comprometidos com o trabalho. O programa consegue classificar o grau de relevância do que está sendo visto em “nada produtivo” a “muito produtivo”, gerando uma pontuação para cada funcionário.

Toda a análise é feita pelo computador e a empresa garante que, com essas informações, é possível melhorar a eficiência da companhia em até 25%. Porém, além da parte virtual é importante também levar em consideração o ambiente físico em que se encontram os funcionários, além de reuniões e resultados.

Chega um novo ano e com ele a mesma vontade de ter uma vida mais organizada. Que tal fazer diferente em 2019 e abandonar aquela velha agenda de papel que só causa um peso a mais na sua bolsa ou mochila? O LeiaJá te ajuda nessa missão e traz uma lista com quatro aplicativos ideais para planejar seus próximos meses e nunca mais perder nenhum compromisso.

Google Agenda

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Este talvez seja um dos aplicativos de planejamento mais populares do mercado. Disponível para dispositivos com Android e iPhones, ele permite possível adicionar, controlar eventos, compromissos, compartilhar a programação com outras pessoas, entre outras funcionalidades.

Os usuários ainda podem ainda incluir metas pessoais na plataforma. Uma boa pedida para 2019, caso você esteja querendo começar a ir à academia ou aprender uma nova língua. É preciso ter uma conta do Gmail para acessar o Google Agenda.

Tiny Calendar

O Tiny Calendar traz o visual simples e claro do Google Calendar e o torna mais acessível, ágil e confiável. Sua agenda pode ser visualizada de maneiras maneiras, dividida por meses, semanas ou quinzenas, por exemplo. O aplicativo pode ser usado sem conexão com a internet, já que ele armazena as alterações em cache e faz a sincronização com sua Conta do Google quando a conexão for ativada.

Assim como no Google Agenda, o Tiny Calendar permite que o usuário defina lembretes por meio de notificações por push ou por e-mail para todos os compromissos. Outra funcionalidade super útil é a de convidar pessoas para acessar sua agenda e receber convites para reuniões e outros eventos. O Tiny Calendar funciona com o iPhone, iPad e iPod touch. Ele é gratuito no Android e no iPhone, mas possui uma versão paga.

Fantastical 2

O que faz Fantastical 2 ser considerado um dos melhores aplicativos de calendário é o seu excelente design e sua ampla variedade de recursos. O serviço fornece diferentes exibições de agenda que são fáceis de alternar para que você possa visualizar seus eventos da maneira mais útil. Ele também permite adicionar compromissos de maneira fácil e definir alertas para que nenhum deles passe batido.

Outra vantagem é que o Fantastical 2 suporta ações rápidas no iPhone 6S ou superior graças ao recurso do 3DTouch. Basta clicar no ícone do aplicativo com uma pressão maior para revelar atalhos para criar um novo evento, mostrar lembretes, pesquisar e ver o que vem a seguir na sua agenda.

Wunderlist

Esta é a melhor opção para quem precisa ser organizado 24 horas por dia. O Wunderlist é um aplicativo extremamente completo para aqueles que buscam detalhes e, devido a enorme quantidade de opções que ele oferece, pode afastar os usuários que buscam simplicidade.

Um ponto interessante é que com ele é possível dividir as tarefas com amigos ou colegas de trabalho. O aplicativo consegue programar tarefas e criar agendamentos para que você não perca nenhum dos seus compromissos. Um relógio permite definir datas para as tarefas e um prazo máximo para que você as realize e nunca mais deixe suas metas para depois.

O visual do Wunderlist ainda traz opções interessantes de temas. A interface é bem moderna. Dá para mudar a imagem de fundo do programa ou escolher uma nova. Disponível gratuitamente para iPhone, iPad, Mac, Android, Windows, Kindle Fire e web, o Wunderlist funciona perfeitamente em todos os principais dispositivos do mercado para manter sua vida em sincronia.

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