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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), avaliou o ano legislativo de 2023 como positivo para o governo. Para o ano que vem, destacou o senador, o plano é mirar o futuro. Conforme Jaques Wagner, o governo ainda vai se reunir para traçar as pautas prioritárias para o ano que vem dentro do Congresso Nacional. Ele disse que a prioridade é fechar bem o ano de 2023, mas adiantou que o governo quer olhar para a frente em temas como incentivo à “neo-industrialização”, tecnologia e pauta ambiental. Segundo o senador, o governo também vai trabalhar para atrair mais investimentos, sem nunca abandonar o foco social.

— Serão programas apontando o futuro. Primeiro foi a reconstrução, mas agora vamos apontar para o futuro — afirmou Jaques Wagner, em coletiva na semana passada.

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Segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a pauta legislativa do governo para o ano que vem vai continuar sendo a de reconstrução. Randolfe destacou que o momento econômico mostra que as medidas do governo vêm dando resultado positivo. Ele citou a queda da inflação, o aumento do emprego e o recorde de negócios da Bolsa de Valores como exemplos da recuperação econômica do país.

— Saímos de ser a 13ª economia do mundo para sermos a nona. É esse o Brasil que estamos entregando neste final de ano. Temos que continuar essa tarefa, com todas as políticas sociais reconstruídas — registrou Randolfe.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) também já sinalizou algumas matérias que poderão ser votadas em 2024. Braga, que atuou como relator da reforma tributária, afirmou que as leis complementares da reforma devem ser prioridade no ano que vem, para que o novo modelo seja implementado por completo o mais rápido possível.

Na mesma linha, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que, para o próximo ano, o primeiro desafio do Executivo será a regulamentação da reforma tributária. Guimarães ainda avalia que em 2023 os deputados aprovaram praticamente toda a agenda de interesse do governo.

Emendas

Um ponto de tensão entre o Congresso Nacional e o Executivo é a disputa por recursos do Orçamento. O governo quer manter mais recursos para tocar projetos, programas e obras. Mas boa parte dos parlamentares quer ter direito a mais emendas, normalmente para direcionar para obras em seus estados.

De acordo com o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO – PLN 4/2023), deputado Danilo Forte (União-CE), os parlamentares perceberam, há dez anos, que o Legislativo vivia isolado, “dependente dos sabores e dissabores do governo de turno, que ainda assim realizava o presidencialismo de chantagem”. Ele conta que foi a partir da LDO de 2014, da qual ele também foi relator, que foram instituídas as emendas individuais, de bancadas e impositivas.

Segundo Danilo Forte, até aquele momento, os parlamentares de oposição sequer tinham o direito a receber emendas “para legitimar, no município, nas suas bases, a confiança que o seu eleitor depositou no seu voto”.

— E foi com essa dinâmica que este Congresso Nacional conseguiu votar matérias que mudaram os rumos do país. Aprovamos a reforma trabalhista, a reforma da previdência, uma histórica reforma tributária, que, não se enganem, jamais sairia do papel caso continuassem reféns do Poder Executivo, fosse ele qual fosse — declarou o relator.

O deputado ainda argumenta que os artigos 165 e 166 da Constituição “impõem, de maneira clara, que é prerrogativa do Congresso Nacional determinar um cronograma para o pagamento das obrigações de Estado, e é isto que estamos propondo: um cronograma para dar mais transparência ao Orçamento federal, mais previsibilidade para parlamentares, prefeitos e governadores, além de segurança para que tenhamos condições de honrar nossos compromissos estabelecidos no voto de cada um dos brasileiros”.

Para o deputado Carlos Zaratini (PT-SP), porém, não é possível que o Congresso estabeleça um cronograma de pagamento de emendas. Ele aponta que o governo tem todo o interesse em pagar as emendas o mais rapidamente possível, em especial no ano que vem, que é um ano eleitoral, em que o tempo é reduzido. De acordo com o deputado, cabe ao Executivo fazer esse cronograma. Zaratini disse que o Congresso não pode, pela própria Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – Lei Complementar 101, de 2000), assumir essa decisão, até porque o governo tem que gerir um orçamento que não se limita às emendas parlamentares.

— É um orçamento muito maior, em que muitas coisas têm que ser garantidas, e o governo tem que exatamente cumprir aquilo que está na lei do orçamento, cumprir aquilo que está determinado. Porém, tem que ter a sua condição de administrar o orçamento — afirmou Zaratini, que é vice-líder do governo no Congresso.

Plebiscito

Na opinião do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), há uma intenção de mudar o sistema de governo sem plebiscito. Para o deputado, que também é vice-líder do governo no Congresso, está havendo “um semipresidencialismo de fato, um parlamentarismo orçamentário”. Ele reclama que até o cronograma de execução de emendas está detalhado na LDO. Segundo o deputado, isso ataca a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele aponta que o artigo 8º da LRF diz: "Até trinta dias após a publicação dos orçamentos [...], o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso". Assim, ressalta Lindbergh, os parlamentares estariam entrando em atribuições do Poder Executivo.

— Há uma prioridade de pagamentos de emendas em relação à despesa discricionária e a obras do PAC. Isso aqui é inaceitável — registrou.

Antes da votação final do Orçamento de 2024, Jaques Wagner projetava para o ano que vem entre R$ 52 bilhões e R$ 54 bilhões para as emendas impositivas. Para o líder, é como uma anomalia do sistema que se consolidou nos anos recentes com o nome de orçamento secreto. Wagner ponderou que esse volume de recursos pode acabar comprometendo a discricionariedade do governo e chegou a sugerir que o Congresso faça um novo plebiscito para a população decidir entre o presidencialismo e o parlamentarismo. Ele reconheceu que o Legislativo tem interesses difusos, mas apontou que o Congresso deveria entender que o Planalto “está sob nova direção".

Valores

Depois de muita discussão na Comissão Mista de Orçamento (CMO), os parlamentares decidiram confirmar o aumento de recursos para as emendas. O projeto original da Lei Orçamentária de 2024 (LOA – PLN 29/2023) reservava R$ 37 bilhões para emendas individuais e de bancadas, que são impositivas. Já a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 (LDO – PLN 4/2023) acrescentou R$ 11 bilhões de emendas de comissões. O relator da LOA, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), previu mais R$ 16,7 bilhões no seu relatório final, elevando o total das emendas para cerca de R$ 53 bilhões. O Orçamento 2024 foi aprovado em sessão do Congresso Nacional na última sexta-feira (22).

Pauta econômica em 2023

Ao mesmo tempo em que projeta os desafios para 2024, o líder Jaques Wagner avalia que, para o governo, o ano legislativo de 2023 foi um caso de sucesso. Ele disse entender que a pauta econômica foi um dos destaques da produção legislativa do Congresso Nacional no ano que se encerra. Várias propostas apontadas pelo governo como prioridade foram debatidas, aprimoradas e aprovadas pelos senadores e pelos deputados. Após a decisão do governo em manter a meta de déficit zero na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO – PLN 4/2023), o governo indicou projetos que poderiam aumentar a arrecadação da União.

Esse foi o caso da medida provisória das subvenções (MP 1.185/2023), aprovada na semana passada no Senado depois de muita discussão e já enviada para a sanção presidencial. Segundo o governo, a medida tem potencial de arrecadação de mais de R$ 35 bilhões já no próximo ano. Com a medida, o governo busca eliminar a isenção de tributos sobre subvenções de custeio, mantendo apenas a possibilidade de creditar fiscalmente subvenções para investimento.

A edição da MP vem para regulamentar uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo a qual créditos fiscais devem ser incluídos na base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A exceção são os créditos apurados a partir de subvenções públicas para estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos. As novas regras começarão a valer em 1º de janeiro de 2024.

O Senado também aprovou outras duas matérias consideradas importantes para o governo aumentar a arrecadação e conseguir o déficit zero. Uma delas é a tributação de rendimentos de aplicações financeiras, lucros e dividendos de entidades controladas no exterior (offshores), aprovada no Senado no final do mês de novembro (PL 4.173/2023). Algumas estimativas apontam que essa medida, já transformada em lei (Lei 14.754, de 2023), pode arrecadar até R$ 20 bilhões em 2024.  A outra é o projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas de quota fixa (PL 3.626/2023), aprovado no Senado há três semanas. O projeto passou na Câmara dos Deputados na madrugada da última sexta-feira (22) e enviado à sanção. Estimativas de integrantes do governo divulgadas na imprensa apontam um potencial de arrecadação entre R$ 700 milhões e R$ 2 bilhões no próximo ano. Se as previsões do governo se confirmarem, a arrecadação da União no ano que vem pode ser incrementada em quase R$ 60 bilhões.

Outra matéria econômica de grande impacto e repercussão foi o novo arcabouço fiscal (PLP 93/2023), aprovado no Senado no mês de junho. Na visão do senador Jaques Wagner, o novo arcabouço era uma medida necessária, pois a regra do teto de gastos, estabelecido em 2016, “perdeu a sua confiabilidade”. A matéria já foi transformada em lei (Lei Complementar 200, de 2023) e entra em vigor completamente no início de 2024.

Reforma tributária

A matéria econômica de maior destaque no ano de 2023 foi a reforma tributária (PEC 45/2019). A reforma, considerada importante para diminuir a burocracia e modernizar o sistema de arrecadação, agora já faz parte da Constituição. A sessão de promulgação da emenda sobre o tema (EC 132) ocorreu na semana passada, em concorrida cerimônia. A solenidade contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além de ministros do governo e outras autoridades.

A reforma foi aprovada na Câmara dos Deputados no último dia 15 de novembro, quando concluiu sua tramitação. No Senado, a matéria já havia sido aprovada no início do mês passado, tendo o senador Eduardo Braga (MDB-AM) como relator. Para o líder Jaques Wagner, a aprovação de pautas consideradas essenciais para o país, como essa reforma, mostra que o governo está na direção certa.

— A reforma tributária é fruto da democracia. Foi uma grande vitória e é uma construção de muita gente. Muitos achavam que não ia ser possível, mas foi uma travessia inimaginável — declarou o senador.

Durante a sessão de promulgação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, elogiou os esforços dos parlamentares na aprovação da matéria. Para Pacheco, o Congresso aprovou a reforma porque o Brasil não podia mais viver com o atraso. O presidente do Senado disse que a reforma tributária “se impôs”. Ele ainda destacou o amadurecimento do debate para que todos os envolvidos, dos parlamentares aos consumidores, entendessem a necessidade da proposta. Na visão de Pacheco, a reforma é produto do diálogo, dentro de um ambiente democrático, e não significa apenas uma diminuição na quantidade de tributos, mas aponta uma melhora qualitativa na arrecadação.

— A proposta representa a força da democracia brasileira. É aqui o início de um novo país rumo ao progresso. É uma conquista do Congresso Nacional e do povo brasileiro — declarou Pacheco. 

*Da Agência Senado

 

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), confirmou que o Cristo Redentor vai homenagear na noite desta quinta-feira (16) a cantora americana Taylor Swift, após pressão dos fãs nas redes sociais.
A artista se apresenta no Estádio Nilton Santos, na capital fluminense, em 17, 18 e 19 de novembro, e os "swifties" pediam que o monumento mais famoso do Brasil fosse iluminado para homenagear uma das maiores estrelas da música pop na atualidade.
"Nós vamos ter a Taylor Swift devidamente homenageada, a sua chegada a terras cariocas. Seja bem-vinda, Taylor Swift, e fiquem felizes, swifties", disse Paes durante uma reunião na Prefeitura, lembrando que muitos consideram a cantora o "Michael Jackson dos tempos atuais".
Ainda não se sabe como será a projeção em homenagem à artista, que ainda fará três shows em São Paulo entre 24 e 26 de novembro.
Os "swifties" também haviam pedido a homenagem ao padre Omar, reitor do Santuário Cristo Redentor e responsável pelas iluminações especiais no monumento.

*Da Ansa

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Os economistas do Boletim Focus divulgaram nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central (BC) a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023. Após quatro semanas seguidas em manutenção, as projeções da inflação foram reduzidas de 4,86% para 4,75%. A previsão da inflação para o ano que vem permaneceu em 3,88%.  

Com essa queda, pela primeira vez em mais de um ano, o nível esperado da inflação pode findar o ano dentro da estimativa da meta calculada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O foco da meta é 3,25% com tolerância de 1,5 para baixo ou para cima, ou seja, 4,75% estão dentro dessa faixa. O mercado financeiro permaneceu a expectativa em 2,92% para o crescimento da economia, calculada pelo Produto Interno Bruto (PIB), como na semana anterior.   

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A projeção para 2023 está em 2,92% há três semanas, enquanto a projeção para 2024 se manteve em 1,50% nas últimas pesquisas. A projeção para 2025 também se manteve em 1,90%, enquanto a de 2026 permaneceu nos mesmos 2%. Já no câmbio, a estimativa para o dólar em 2023 continuou nos mesmos R$5,00 da semana passada. Já a projeção para 2024 subiu de R$ 5,02 para R$ 5,05, enquanto a de 2025 ficou nos mesmos R$5,10. A projeção para 2026 permaneceu em R$5,20.  

Os especialistas continuaram com a taxa Selic em 11,75%. Para 2024, a estimativa da taxa básica também se manteve estável, em 9% ao ano. Para 2025 e 2026, a previsão está em 8,5%. Atualmente, a taxa está em 12,75% após dois cortes consecutivos do Comitê de Política Monetária (Copom).

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta terça (1) e quarta-feira (2) de agosto, para deliberar sobre a taxa Selic. A expectativa é que haja um corte, após a Selic estar em 13,75% ao ano desde agosto de 2022. Os economistas do Boletim Focus, desta semana, mantiveram em 12% a estimativa para a taxa básica de juros ao fim de 2023, mas reduziram, pela segunda semana seguida, as projeções para a inflação, de 4,90% para 4,84%. 

Em consideração a projeção de 12% ao fim deste ano e as quatro reuniões do Copom que ainda irão ocorrer, o mercado já apura os custos a uma redução de 1,75 ponto percentual e com isso, cresce a expectativa de que 0,5 ponto seja cortado no encontro de agosto. Segundo o economista-chefe da Ryo Asset, Gabriel de Barros, "os núcleos de inflação ainda estão em patamar elevado e incompatível com a meta de inflação perseguida pelo Banco Central". 

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Apesar da estimativa, as projeções para os próximos anos foram reduzidas em 2024, de 9,50% para 9,25%; em 2025, de 9% para 8,75% e em 2026, de 8,63% para 8,50%. Quanto à inflação projetada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além do corte para 2023, o mercado também checou para baixo a estimativa para 2024, de 3,90% para 3,89%; para 2025 e 2026, estabilidade em 3,50% para os dois anos. 

Para o avanço econômico, a persistência das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 2,24% para 2023; em 1,30% para 2024 e, 1,90% para 2025. Já para 2026, a projeção diminuiu de 1,88% para 1,97%. Na transferência, com a queda juntada nos últimos meses, os economistas revisaram as projeções para os próximos anos, de R$4,97 para R$4,91 para 2023; de R$5,05 para R$5 em 2024; de R$5,12 para R$5,08 para 2025, e de R$5,20 para R$5,10 para 2026. 

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou a projeção de crescimento da economia brasileira em 2023 de 1,2% para 2,1%. A justificativa foi a alta do PIB do setor agropecuário no primeiro trimestre, que cresceu 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em suas redes sociais, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, comemorou as expectativas de crescimento. "Em 1º de junho, o presidente @LulaOficial disse que o FMI se surpreenderia com o crescimento do Brasil. Hoje, na sua revisão das previsões econômicas, o Fundo Monetário Internacional projetou a maior revisão de crescimento da nossa economia, de 0,9 para 2,1%", publicou Alckmin. 

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O IBGE frisou ainda que o impacto da alta no campo trouxe reflexos no setor de serviços. Apesar disso, as projeções de aumento do PIB para o ano que vem sofreram queda, passando de 1,5% para 1,2%.

No mundo, a expectativa é de desaceleração no ritmo de crescimento. Depois de a economia global ter avançado 3,5% no ano passado, a sinalização para 2023 é de uma expansão de 3%. O movimento de queda é consequência da movimentação dos bancos centrais no sentido de conter a inflação.

Na véspera da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de junho, o mercado reduziu novamente suas expectativas para a inflação de 2023, desta vez de 4,98% para 4,95%. Os dados fazem parte do Boletim Focus, divulgado nesta segunda (10) pelo Banco Central (BC). A mediana das expectativas para a inflação nos próximos anos, porém, foi mantida em 3,92% em 2024; 3,60% em 2025 e 3,50% em 2026. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgará na terça-feira (11) o IPCA de junho.

Para os juros, depois da redução de estimativas vista na semana passada, o mercado optou pela manutenção. Para 2023, a projeção ficou em 12%. Para os anos seguintes, 2024 e 2025, se mantiveram em 9,5% e 9%. Tem alteração apenas em 2026, com aumento de 8,63% para 8,75% na medida das estimativas dos economistas. No dia 21 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Foi a sétima vez seguida que o Comitê decide pela manutenção da taxa. Assim o patamar de juros no país continua no maior nível desde dezembro de 2016. Era unânime a expectativa entre economistas de que o colegiado iria manter novamente a Selic em 13,75% ao ano. Para uma grande parte dos especialistas, porém, foi a última vez.

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Um sinal mais forte de que o ciclo de aperto monetário pode estar no fim veio uma semana depois, com a ata de reunião. Nela, os membros sinalizaram que há espaço para o início do corte da taxa básica de juros já a partir do próximo encontro, marcado para agosto. No câmbio, apesar da queda acumulada nos últimos meses, os economistas mantiveram em R$5 a estimativa para o dólar ao fim de 2023. Para 2024, houve redução de R$5,08 para R$5,06 e de R$5,17 para R$5,15 em 2025. Para 2026, outra manutenção em R$5,20. Mesmo com a sinalização de que o ciclo de aperto monetário pode estar chegando ao fim, o mercado manteve suas projeções para o crescimento da economia em 2023 e 2024, em 2,19% e 1,28%, respectivamente. Para os anos seguintes, a queda nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) é de 1,81% para 1,80% e de 1,90% para 1,88%. 

As vendas em comemoração ao Dia das Mães nos shoppings devem crescer 7,6% este ano na comparação com 2022, aponta Pesquisa de Expectativas do Dia das Mães, da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), feita em todo o País. A previsão é de que os shoppings devem movimentar cerca de R$ 5,7 bilhões em vendas durante o período.

O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 27 de abril de 2023 com o objetivo de entender as expectativas do setor em relação à comercialização, fluxo de visitantes, tíquete médio, entre outros indicadores, para a semana do Dia das Mães, que acontece entre 8 a 14 de maio. Para os shoppings ouvidos na pesquisa, 91% têm perspectivas positivas para a data.

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A expectativa é que em 2023, o tíquete médio seja de R$ 198,00, valor igual ao registrado no Dia das Mães de 2022. Entre os produtos que mais devem se destacar na data comemorativa, encontram-se: perfumaria e cosméticos, vestuário, joalheria e calçados.

Sobre o fluxo de visitantes, 81% dos respondentes disseram que será superior em relação à 2022. Para os que esperam um aumento do fluxo, o incremento será em média de 8,9%.

Para o presidente da Abrasce, Glauco Humai, mesmo diante do cenário macroeconômico atual, os shoppings estão otimistas em relação à data. "A inflação e o momento econômico foram citados como fatores externos que podem limitar o consumo no Dia das Mães, mas, mesmo com essa percepção, os shoppings já constatam a melhoria contínua de vendas e de fluxo de frequentadores e esse termômetro positivo reforça a expectativa de bons resultados para o período", comenta em nota.

A Páscoa do brasileiro neste ano será mais salgada. Além dos produtos da cesta básica em alta, o preço do chocolate teve o maior aumento desde 2016, enquanto o bacalhau subiu, em dólar, 86%. Por causa desse movimento, as receitas do setor não devem superar o faturamento do período anterior à pandemia. A expectativa é de que as vendas cresçam 2,8% neste ano em relação ao mesmo período de 2022.

Na Páscoa deste ano, a previsão é de que o comércio fature R$ 2,49 bilhões, segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2019, antes da pandemia, o número chegou a R$ 2,56 bilhões.

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De acordo com o economista-chefe da CNC e responsável pelas projeções, Fabio Bentes, o fato de a inflação brasileira estar concentrada em alimentos e combustíveis explica o fraco desempenho esperado para as vendas neste ano. "A população consome menos itens de Páscoa para fazer frente aos gastos essenciais."

Menor apelo

Bentes lembra que a inflação de alimentos acumulada em 12 meses está acima de 10% e a inflação dos combustíveis está voltando com o fim das isenções tributárias. Além disso, a data não tem um apelo tão forte de vendas como o Natal e o Dia das Mães, por exemplo. É apenas a sexta data mais importante para o varejo. Desemprego e inadimplência elevada das famílias também esfriam o consumo.

Reajustes

Nas contas da CNC, considerando a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (que é a prévia da inflação oficial apurada pelo IBGE) nos últimos 12 meses, a cesta de produtos de Páscoa deste ano deve ficar 8,1,% mais cara. Esse resultado supera a inflação média geral do período, que foi de 5,5%.

"Se a projeção for confirmada, essa será a maior variação da cesta de Páscoa desde 2016", afirma Bentes. Naquele ano, a alta havia sido de 10,3%. Bolos (alta de 15,9%) e chocolates (13,9% mais caros) são os focos de inflação da cesta de Páscoa deste ano. A cesta é composta por oito itens mais consumidos na data.

O economista observa que a inflação global elevada também deve ter impactos no desempenho da Páscoa. As importações de bacalhau, por exemplo, um produto que costumava ser o carro-chefe das compras no exterior ao lado do chocolate, caíram 32,7% em quantidade na comparação com a Páscoa de 2022, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior. No caso do chocolate, houve aumento das importações - de 6,5% em relação ao ano passado - sem, no entanto, igualar os volumes de 2020, de 3 mil toneladas.

Tanto o chocolate quanto o bacalhau importados tiveram alta em dólar - de 10,9% e 86%, respectivamente - no período. Isso explica, segundo Bentes, a baixa predisposição do comércio para ampliar as importações desses itens. "A aposta do varejo é no produto mais popular", afirma o economista, destacando que os importados carregam inflação em dólar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo pode esperar até o dia 1.º de maio, Dia do Trabalhador, para anunciar o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320. O adiamento da medida está em discussão e é defendida pela área econômica.

Segundo apurou o Estadão, o assunto já foi levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda não bateu o martelo.

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A postergação do anúncio daria tempo para o governo monitorar a evolução do comportamento da folha do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teve a base de beneficiários elevada rapidamente na reta final da campanha eleitoral pelo governo de Jair Bolsonaro.

Técnicos do governo disseram que reajustar agora seria muito difícil, porque não há todo o orçamento necessário. Os números, porém, foram revistos em função do crescimento da estimativa de gastos atrelados ao salário mínimo, como benefícios previdenciários.

O custo adicional inicialmente estimado pelos técnicos do governo é de R$ 7,7 bilhões, além do que foi previsto no Orçamento de 2023. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, aprovada no final do ano passado, já constava com um adicional de R$ 6,8 bilhões para garantir o aumento real (acima da inflação) do salário mínimo.

Como esse gasto extra não está previsto no Orçamento, se o governo anunciasse o reajuste em janeiro, teria que se comprometer com uma ampliação da dotação orçamentária, segundo técnicos envolvidos na discussão. Na prática, essa situação poderia levar o governo a fazer um contingenciamento de despesas no primeiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do Orçamento, em 22 de março, data do seu envio ao Congresso.

O presidente Lula prometeu que aumentaria o valor do benefício, mas ainda não editou uma medida provisória (MP) formalizando o novo patamar do piso e nem sancionou o Orçamento de 2023.

Até lá, fica valendo o valor do salário mínimo de R$ 1.302, segundo MP editada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em dezembro do ano passado.

Sem filtros

Antes mesmo assumir no cargo, Haddad, vinha alertando para afrouxamento dos filtros do INSS na concessão dos benefícios previdenciários. "No INSS, foram retirados os filtros para acabar artificialmente com a fila. Essa é a real. É isso que vamos ter que resolver ano que vem e vamos trabalhar para resolver", disse Haddad depois de ser anunciado como ministro da Fazenda, em dezembro de 2022.

O Congresso chegou a aprovar o Orçamento deste ano com a previsão de recursos para o pagamento do salário mínimo em R$ 1.320, segundo o relator-geral, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Na segunda-feira (9), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, daria uma entrevista sobre o tema, mas a coletiva foi cancelada por causa dos ataques e depredações às sedes dos três Poderes em Brasília no domingo (8), por golpistas apoiadores de Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 28, a estimativa para a população atual do Brasil, com base nos dados prévios do Censo 2022, que ainda está na fase de coleta de informações. O número de habitantes é de 207.750.291, abaixo do total de 213 milhões projetado pelo próprio órgão federal no ano passado. Mas o que explica essa diferença? Mais de 5,2 milhões de brasileiros desapareceram?

Segundo o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, eventuais problemas nos censos anteriores, as mortes causadas pela pandemia de covid-19 e a defasagem em relação ao Censo 2010 são alguns dos motivos por trás da diferença entre a estimativa de 2021 e a informada nesta quarta-feira.

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Pelo calendário tradicional do IBGE, a mais completa pesquisa populacional do País é realizada a cada dez anos, com uma contagem populacional, mais simples, no meio do período. Mas a atualização prevista para 2015 não foi feita, diante de restrições orçamentárias. Para piorar, o Censo 2020 foi postergada por causa da crise sanitária do coronavírus. Após sucessivos adiamentos e problemas orçamentários, a pesquisa foi finalmente confirmada para este ano.

De acordo com Azeredo, essa discrepância já ocorreu outras vezes. "No Censo de 1980, tínhamos um 'Maranhão' a menos", afirma o diretor do IBGE. Os primeiros dados definitivos do Censo, conforme o instituto, devem ser divulgados apenas em março. A etapa de coleta de dados também sofreu atrasos.

"A pandemia aumentou a mortalidade e diminuiu a natalidade", afirma José Eustáquio Diniz Alves, professor aposentado da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, ligada ao IBGE. Além dos óbitos - foram 693 mil em menos de três anos -, muitos casais adiaram a gravidez, com medo do cenário incerto e das dificuldades de acesso aos serviços de saúde, como o pré-natal.

"Todas as projeções são feitas com base no Censo de 2010. Se tivéssemos feito ao menos a contagem de 2015, poderíamos ter atualizado. Estamos muito longe de 2010, muita coisa mudou. Houve uma bruta recessão de 2014 a 2016. Depois, outra recessão brutal com a pandemia. As coisas mudaram muito", afirma Diniz Alves.

Foram necessários milhares de anos para que, por volta de 1804, a humanidade atingisse o marco de 1 bilhão de pessoas. Quase dois séculos depois, em 1985, o número bateu os 5 bilhões. Com avanços da Medicina, que causaram declínio da mortalidade e aumento da expectativa de vida, só 12 anos foram necessários para passar de 7 bilhões para 8 bilhões, atingidos neste mês, segundo as projeções da Organização das Nações Unidas (ONU).

Se o número assusta ou parece inimaginável - para se ter ideia, seria preciso ter 103 mil Maracanãs para acomodar tanta gente -, a tendência é de que a população siga crescendo e atinja os 10 bilhões em 2058. Porém, com a redução na fertilidade, a velocidade do crescimento será menor. Em 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus, pela primeira vez desde 1950 a taxa de incremento anual ficou abaixo de 1%.

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Segundo as Nações Unidas, há 50% de chance de que a população mundial chegue ao pico - e que seu tamanho estabilize ou comece a cair - antes do fim do século. Embora a ONU destaque que a crise da Covid-19 afetou "todos os componentes da mudança populacional", com queda da expectativa de vida para 71 anos em 2021 - era de 72,8 em 2019 -, o real impacto ainda não é claro, pois a pandemia prejudicou operações de coleta de dados.

Para António Guterres, secretário-geral da ONU, o marco expõe a urgência do combate às desigualdades. "A menos que superemos o abismo entre os que têm e os que não têm, estamos nos preparando para um mundo de 8 bilhões de pessoas cheio de tensões e desconfiança, crise e conflito." Uma melhor distribuição de riquezas, segurança alimentar, produção de energia limpa e controle de epidemias são alguns dos principais desafios.

"Não podemos confiar em soluções de tamanho único em um mundo onde a idade média é de 41 anos na Europa, ante 17 na África Subsaariana", afirma a diretora executiva do Fundo de População das Nações Unidas, Natalia Kanem.

Considerando o cenário previsto para julho de 2023, quase seis de cada dez pessoas no mundo estarão na Ásia. Índia e China serão as nações mais populosas, concentrando cerca de 35% da população mundial. Só uma a cada dez pessoas tem 65 anos ou mais. Crianças de até 14 anos representam quase um quarto da população. Adultos, de 25 a 59 anos, respondem por pouco mais de 34%.

Cerca de oito em cada dez pessoas vivem em uma nação com renda média-baixa, média ou média-alta. Segundo a classificação do Banco Mundial, significa que elas estão em países com renda nacional bruta anual por habitante de US$ 1.086 a US$ 13.205 (de R$ 5,8 mil a R$ 70,4 mil).

Que o mundo continua a crescer não há dúvida, mas isso não é regra para todos os países. Mais da metade da alta projetada até 2050 será em apenas oito países: República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia.

O incremento populacional será puxado por nações menos desenvolvidas, o que impõe desafios para atingir metas sustentáveis, como frear a crise climática, em cenários de menor disponibilidade de verba e estrutura. Enquanto isso, 61 países devem encolher 1% ou mais entre este ano e 2050. As maiores reduções, com perdas de 20% ou mais, devem ser de Bulgária, Letônia, Lituânia, Sérvia e Ucrânia, que neste ano virou o centro de uma guerra após invasão pela Rússia.

As faixas de idade também mudam. Em 2018, pela primeira vez, idosos superaram as crianças menores de 5 anos. A ONU espera que haja 1,6 bilhão de idosos em 2050 - 16% dos moradores da Terra. Essa transformação muda as demandas de políticas públicas, como da rede hospitalar, da assistência social (como abrigos, moradias para idosos e na necessidade de cuidadores), previdência social (com elevação de gastos em aposentadorias) e de educação (com turmas menores diante da redução do número de crianças e adolescentes e uma janela de oportunidade para elevar investimentos na qualidade do ensino, por exemplo). Em relação ao gênero, hoje o número de homens é 0,5% maior do que o de mulheres. Em 2050, se iguala.

Brasil

Já a população brasileira será de 216,42 milhões em julho. O ritmo de crescimento já está abaixo de 1 ponto porcentual desde 2008. Com isso, deve atingir o pico populacional, com 231 milhões ainda em 2046 e, a partir daí, começa a decrescer. Em 2100, a ONU estima 184,54 milhões de habitantes. Se, por ora, pessoas com 65 anos ou mais representam cerca de 10,2% do País, a mesma taxa deve ser de 33% em 2100.

Para especialistas, o Brasil vem falhando em aproveitar o bônus demográfico das últimas décadas, quando houve uma proporção mais alta de jovens em idade economicamente produtiva. A maior fatia populacional nessa faixa etária, segundo economistas, deveria ser uma oportunidade para elevar a geração de riquezas.

Independentemente do resultado da eleição presidencial, a polarização entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva deve seguir no Congresso. Projeção feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que os partidos dos dois candidatos - PL e PT - devem eleger as maiores bancadas na Câmara dos Deputados.

Os dados indicam ainda que o número de partidos com representantes eleitos deve cair de 30 para 23; o perfil dos eleitos deve seguir como liberal em relação à economia e conservador nos assuntos sociais; e as bancadas ruralista, da segurança e evangélica devem sair das urnas fortalecidas.

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Patriota, PTB e PROS são os partidos com maior risco de não eleger deputados federais para a próxima legislatura. O prognóstico foi feito com base no resultado da última eleição, financiamento da campanha, pesquisas eleitorais, projeções dos próprios partidos e novas regras da legislação. O Diap, que há 32 anos faz o levantamento, com taxa de 90% de acerto, definiu um mínimo e um máximo de deputados que podem ser eleitos de cada sigla por Estado e calculou uma média para o resultado final.

Concentração

A federação formada por PT, PCdoB e PV, que atualmente tem 68 deputados, deve eleger de 65 a 75 parlamentares. O PL, por sua vez, que hoje conta com um grupo de 76, pode emplacar de 70 a 80 integrantes. De acordo com os dados, o poder ficará concentrado nas mãos de sete partidos (PT, PL, União Brasil, PP, PSD, Republicanos e MDB), que devem eleger 80% da Câmara. Nesse cenário, o Centrão, o bloco formado majoritariamente por PP, PL, Republicanos e União Brasil, manterá a força para dominar o Legislativo com um grupo de até 298 deputados, ou seja, quase dois terços da Casa.

Na esquerda, partidos alinhados ao PT devem crescer moderadamente, podendo chegar a 162 eleitos, 30 a mais do que a quantidade atual.

Na prática, o presidente da República eleito em outubro precisará negociar com o Centrão e com o grupo que domina a Câmara atualmente para governar. As pesquisas indicam favoritismo de Lula, o que forçaria o petista a compor com os partidos que hoje estão ao lado de Bolsonaro.

Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), por exemplo, precisa de, no mínimo, 308 votos favoráveis para ser aprovada na Câmara. Esse tipo de medida é necessário para alteração no teto de gastos públicos, âncora fiscal que Lula promete revogar, e para a aprovação de reformas no sistema tributário e administrativo, temas que o petista também propõe mexer se for eleito. Em busca da reeleição, Bolsonaro também indica que deve propor mudanças nessas áreas em um eventual novo mandato.

Força

"A missão do Centrão é manter a bancada atual, formada após a última janela partidária, e se fortalecer a partir do próximo ano. O grupo deve querer manter a espinha dorsal da estrutura que eles conquistaram, avançando no Orçamento e no financiamento público de campanha. Se for confirmado, o número da eleição na Câmara garante a manutenção desse modelo, seja qual for o próximo presidente", disse o analista do Diap e coordenador do estudo, Neuriberg Dias.

Com uma renovação entre 40% e 45% menor do que na última eleição, a dança das cadeiras na Câmara deve se dar com a vitória de políticos que já tiveram mandato no Congresso ou foram governadores. O pleito tem uma quantidade recorde de candidatos à reeleição, e abastecidos com recursos do orçamento secreto e do fundo eleitoral, que limitam a renovação.

Estados

O Diap fez uma estimativa em cada Estado. Em São Paulo, o PL tem chance de eleger de 15 a 17 deputados federais, seguido de PT/PCdoB/PV (9 a 12), Republicanos (7 a 9) e União Brasil (7 a 9).

Para o coordenador do estudo, o resultado das urnas em outubro deve pavimentar o caminho para a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) ao comando da Câmara, um dos principais líderes do Centrão e o político que hoje tem a maior influência na distribuição do orçamento secreto. O projeto de Orçamento do ano que vem prevê um total de R$ 19,4 bilhões em emendas secretas a serem distribuídas. O deputado já articula a entrega desses recursos em troca de apoio.

O prognóstico do Diap indica que apenas 12 partidos devem cumprir a cláusula de barreira, necessária para garantir o recebimento de Fundo Partidário e o tempo de TV e rádio nas eleições. Pela cláusula, cada legenda precisa ter votos de pelo menos 2% do eleitorado nacional em seus candidatos, distribuído em nove Estados, ou eleger 11 deputados por diferentes regiões.

Horas antes de o presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), discursar na Assembleia-Geral das Nações Unidas na manhã desta terça-feira, 20, críticas contra ele foram projetadas na lateral da sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. A intervenção, que foi organizada pelo U.S. Network for Democracy in Brazil, chamou o presidente de "Brazilian shame" ("vergonha brasileira", em tradução livre), além de "mentiroso" e "desgraça".

Segundo a organização, a projeção foi feita em contraponto ao discurso do candidato à reeleição. "Se Bolsonaro vai usar o prédio da ONU como palanque, nós vamos usá-lo para denunciar esse homem que é uma verdadeira vergonha nacional."

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O termo "Bolsonaro Vergonha Mundial" entrou para os trending topics do Twitter nesta terça-feira, um dia após a hashtag "Bolsonaro World Shame" (Bolsonaro vergonha mundial, em tradução livre) também entrar para os trending topics.

O aperto monetário colocado em marcha pelos principais bancos centrais para tentar controlar a alta da inflação pode deflagrar um cenário de recessão global em 2023, alertou o Banco Mundial em relatório divulgado na semana passada. O estudo adverte para o crescente risco de crises financeiras em economias emergentes e em desenvolvimento.

Segundo estimativas da entidade, para controlar a escalada dos preços, os BCs ao redor do mundo terão que subir juros em uma média de 2 pontos porcentuais. Se acompanhado por estresse nos mercados financeiros, esse ritmo desaceleraria o crescimento do PIB do planeta a 0,5% em 2023 e de 0,4% em termos per capita.

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Esse resultado cumpriria os critérios técnicos para definir uma recessão. O documento destaca ainda uma série de evidências que apontariam para um quadro recessivo no horizonte. Segundo a análise, a economia global registra a mais acentuada desaceleração desde os anos 1970.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A melhoria do mercado de trabalho e o aumento da demanda do setor de serviços fizeram a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevar a projeção de crescimento da economia neste ano. Segundo o Informe Conjuntural do 2º Trimestre, divulgado nesta sexta-feira (8) pela entidade, a estimativa passou de 0,9% em abril para 1,4% em julho.

No fim do ano passado, a CNI tinha projetado crescimento de 1,2%. No entanto, a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China levaram a instituição a reduzir a previsão para 0,9% há três meses. As previsões foram baseadas no desempenho da economia no primeiro trimestre. No entanto, o gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, diz que os dados do segundo trimestre, disponíveis até o momento, permitem esperar a continuidade do desempenho.

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De acordo com a CNI, a recuperação do mercado de trabalho continua, com o emprego formal em elevação desde 2020, com 97,5 milhões de pessoas ocupadas. Apesar da inflação elevada, o rendimento médio real também está crescendo. Esses dados fizeram a entidade reduzir, de 12,9% para 10,8%, a expectativa da taxa média de desemprego em 2022. A previsão de crescimento da massa salarial real (acima da inflação) subiu de 1,4% para 1,6% neste ano.

Setores

Em relação aos setores da economia, a CNI também revisou para cima as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) de alguns segmentos. Para os serviços, a previsão de crescimento aumentou de 1,2% para 1,8%, impulsionada pela normalização pós-pandemia.

Em relação à indústria, a estimativa passou de queda de 0,2% para alta de 0,2% em 2022. Segundo a entidade, o setor industrial registrou altas moderadas na produção no primeiro trimestre, com maior dinamismo em indústrias ligadas ao processamento de commodities (bens primários com cotação internacional).

O destaque negativo ficou com a agropecuária, cuja projeção passou de expansão de 1,3% para estabilidade (0%). Segundo a CNI, a revisão para baixo decorre por causa de eventos climáticos adversos que prejudicaram a safra de soja no início do ano.

Inflação e juros

A estimativa para a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,3% para 7,6% em 2022. A nova projeção considera o barateamento de preços decorrente da redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo.

Em relação aos juros básicos da economia, a CNI acredita que o aperto monetário promovido pelo Banco Central ainda não chegou ao fim. A instituição acredita que a taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano, subirá 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e encerrará 2022 em 13,75% ao ano.

Fatores Transitórios

Segundo o gerente executivo de Economia da CNI, alguns fatores transitórios ajudaram a aquecer a economia no primeiro trimestre. Ele cita o adiantamento do décimo terceiro para aposentados e pensionistas da Previdência Social, a liberação de saques de R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, a retomada do pagamento do abono salarial (suspenso no ano passado) e o aumento das transferências diretas de renda, provocado principalmente pelo benefício de R$ 400 do Auxílio Brasil.

Desde 2006, quando Luiz Inácio Lula da Silva se reelegeu, as disputas presidenciais nos Estados seguem um padrão mais ou menos previsível. O candidato do PT se sai melhor no Norte, no Nordeste e na parte "de cima" da região Sudeste, enquanto os adversários se destacam em São Paulo, no Sul e no Centro-Oeste.

É muito provável que esse desenho se repita em 2022, com algumas mudanças sutis, se for mantida até o final da campanha a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. Projeção feita pelo Estadão Dados com base em pesquisas eleitorais e resultados de votações indica que o petista lidera em 15 das 27 unidades da Federação, enquanto o atual presidente está à frente em oito. Em quatro Estados, a distância entre os dois é pequena e não permite apontar favoritismo.

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No Nordeste, onde desde 2006 o PT conquista vitórias por larga margem, a tendência é de manutenção do quadro. Há evidências de que hoje Lula esteja liderando em todos os nove Estados da região, e com vantagem significativa. Lá vivem cerca de 27% dos eleitores do País.

A transformação da região Nordeste em reduto petista ocorreu nas gestões de Lula e Dilma Rousseff. Na época, uma das hipóteses aventadas para explicar o fenômeno foi a de que os eleitores da região estariam mais inclinados a votar no partido do governo, independentemente de qual fosse, por causa da maior dependência de programas sociais e repasses federais. Mas o PT saiu do poder e o eleitorado, até o momento, não aderiu ao novo ocupante do Planalto.

Na região Norte, que tem cerca de 8% do eleitorado nacional, é provável que o ex-presidente esteja na liderança em quatro dos sete Estados - entre eles Pará e Amazonas, os mais populosos. Acre, Rondônia e Roraima, que se mostraram redutos antipetistas em eleições anteriores, dão vantagem a Bolsonaro.

Com economias centradas no agronegócio, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são dois Estados do Centro-Oeste onde o candidato à reeleição leva vantagem sobre o principal adversário. Em Goiás, a distância é pequena demais para se apontar um favorito, e no Distrito Federal Bolsonaro lidera. Apesar de ter área bem menor, o Centro-Oeste tem peso eleitoral similar ao da região Norte: 7,5% dos votantes.

No Sul, que concentra 15% do eleitorado brasileiro, a maioria da população dos Estados do Paraná e Santa Catarina está na coluna bolsonarista, segundo indicam pesquisas. O retrospecto para o PT nesses Estados é bem ruim: o partido não vence uma disputa presidencial desde 2002. No primeiro turno de 2018, os catarinenses deram a Bolsonaro a maior vantagem contra o então adversário do PT, Fernando Haddad: 66% a 15%.

No Rio Grande do Sul, porém, a tendência não é clara. O PT venceu no Estado nos primeiros turnos de 2010 e 2014, quando a candidata era Dilma Rousseff. Em 2018, Bolsonaro ganhou de Haddad por 53% a 23%. A projeção do Estadão Dados indica que não há um líder isolado na região atualmente.

É no Sudeste que podem aparecer as principais novidades da geografia eleitoral neste ano. O PT não vence uma eleição presidencial em São Paulo desde 2002. Neste momento, segundo os cálculos, não é possível apontar quem lidera entre os paulistas, mas o simples fato de Lula se apresentar como competitivo no maior colégio eleitoral do País é um sinal de mudança importante.

Minas Gerais, que tem o segundo maior eleitorado do País, se inclina pelo candidato petista neste momento, assim como o Espírito Santo. No Rio de Janeiro, terceiro no ranking do peso eleitoral, não é possível apontar com segurança quem está na ponta. A região Sudeste concentra praticamente o mesmo número de eleitores que a soma de Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Tem quase 43% dos votantes.

Metodologia

Para desenhar o mapa eleitoral dos Estados, o Estadão Dados se baseou na média de todas as pesquisas nacionais recentes que informam como está a distribuição das intenções de voto em cada região do País. O cálculo da média é importante porque há muitas variações nos resultados regionais. Isso se explica em parte pelo fato de a margem de erro em cada região ser bem maior do que a nacional, já que a amostra de eleitores é menor.

Uma pesquisa com 2 mil entrevistas, por exemplo, tem margem de erro de três pontos porcentuais. Nesse levantamento, cerca de 300 pessoas são ouvidas no Sul. Quando a amostra é desse tamanho, a margem de erro vai a seis pontos.

Depois de estimar quantos eleitores os candidatos têm em média em cada região, foi preciso projetar a distribuição desses votos pelos Estados. Se Lula tem 55% no Nordeste, por exemplo, isso não significa que ele terá 55% em todos os Estados da região. O retrospecto desde 2006 mostra que o partido sempre tem porcentagens maiores no Piauí do que em Alagoas, por exemplo. A projeção de 2022 foi feita com base na proporção média de cada Estado no voto petista em cada região do País, considerando os resultados das últimas quatro eleições.

No caso de Bolsonaro, o modelo supõe que a distribuição de seus votos dentro de cada região seguirá padrão similar ao de 2018.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estimou nesta quarta-feira (23) que entre 7 mil a 15 mil soldados russos foram mortos em quatro semanas de guerra na Ucrânia, onde a resistência feroz dos defensores do país negou a Moscou a vitória relâmpago que buscava.

A título de comparação, a Rússia perdeu cerca de 15 mil soldados ao longo de dez anos no Afeganistão. Um alto funcionário militar da Otan disse que a estimativa da aliança foi baseada em informações de autoridades ucranianas, o que a Rússia divulgou - intencionalmente ou não - e informações coletadas de fontes abertas. O funcionário falou sob condição de anonimato sob as regras básicas estabelecidas pela Otan.

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A Ucrânia divulgou poucas informações sobre suas próprias perdas militares, e o Ocidente não deu uma estimativa, mas o presidente Volodymr Zelenskyy disse há quase duas semanas que cerca de 1.300 militares ucranianos foram mortos.

Quando a Rússia desencadeou sua invasão em 24 de fevereiro na maior ofensiva da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, uma rápida queda do governo da Ucrânia parecia provável. Mas com a quarta-feira marcando quatro semanas completas de combates, Moscou está atolada em uma campanha militar opressiva.

Com suas forças terrestres desaceleradas ou detidas por unidades ucranianas atropeladas e armadas com armas fornecidas pelo Ocidente, as tropas do presidente russo Vladimir Putin estão bombardeando alvos de longe, recorrendo às táticas que usaram para reduzir cidades a escombros na Síria e na Chechênia.

A inflação na casa de dois dígitos deve provocar a primeira queda real nas vendas da Black Friday desde 2016. A megapromoção, marcada para a última sexta-feira de novembro, deve movimentar R$ 3,93 bilhões. A cifra é recorde desde que o evento começou no País em 2010, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e 3,8% acima das vendas do ano passado, mas, se descontada a inflação acumulada em 12 meses, que chegou a 10,67% pelo índice oficial, o IPCA, a receita do varejo com a data deve encolher 6,5% ante 2020.

Com custos pressionados de várias matérias-primas e falta de componentes, as chances de o consumidor encontrar barganhas no evento deste ano deverão ser menores.

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DESCOBERTAS

Para avaliar o potencial de descontos efetivos na data, a entidade coletou diariamente mais de 2 mil preços no varejo agrupados em 34 linhas de produtos durante 40 dias até 16 de novembro e comparou com a cotação mínima encontrada. Constatou que 26% dos itens revelaram tendências de redução de preços no período, uma fatia menor do que a registrada na mesma pesquisa feita no ano passado: 46%.

Fábio Bentes, economista-chefe da entidade e responsável pelo estudo, lembra que a inflação em 12 meses naquele período era de 3,9%, bem distante da atual. Ele observa que um determinado produto que apresenta altas expressivas, na faixa de 10%, no preço mínimo durante as semanas que antecedem a Black Friday tende a apresentar um baixo potencial de ser vendido com desconto efetivo na megapromoção. Entre os produtos com maiores chances de descontos reais neste ano estão headset (fones com microfone), perfume feminino, hidratante, protetor solar e bronzeador e caixa de som bluetooth.

SEGMENTOS

A Black Friday brasileira, que começou em 2010 no varejo online e depois foi adotada pelas lojas físicas, ganha cada vez mais a adesão do varejo. Neste ano, mais da metade do faturamento deve ficar concentrada nos segmentos de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e utilidades domésticas, com vendas somadas de mais de R$ 2 bilhões, segundo a CNC.

São Paulo é a unidade da federação que é o carro-chefe das vendas, com faturamento esperado de R$ 1,360 bilhão, seguido por Minas Gerais (R$ 377 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 357 milhões).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Instituições que representam os consumidores de energia do País cobram medidas efetivas do governo para resolver o que chamam de caos financeiro no setor.

O coordenador do programa de energia do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Clauber Leite, afirma que o governo tem falhado em apresentar um planejamento que evite déficits como o atual. "O caminho para mais uma solução insustentável está posto, e isso vemos com a notícia do rombo que ficará para o setor elétrico, após esse acionamento indiscriminado de térmicas. Já tínhamos alertado para esse risco de um novo empréstimo a ser tomado em nome dos consumidores, e parece que temos mais um elemento para irmos nessa direção", afirmou.

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Já o presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, chama a atenção para o custo médio das térmicas, um triplo acima do normal. "A Abrace vem alertando seus associados há muito sobre a explosão do custo da energia para o próximo ano. Só em relação aos Encargos de Serviço do Sistema (ESS), térmicas contratadas emergencialmente e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) podem superar o preço de R$ 130 por megawatt-hora em 2022, quando não deveria ultrapassar R$ 40", afirma.

"É quase o custo de uma energia nova. É importante atacar a raiz dos males que comprometem o setor elétrico. O preço equivocado da energia esvazia os reservatórios e depois cobra caro dos consumidores para enchê-los de novo."

CUSTOS

A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluiu que, até abril de 2022, as "melhores estimativas" apontam para um rombo da ordem de R$ 13 bilhões, valor que já desconta o que será cobrado do consumidor por meio das chamadas bandeiras tarifárias - uma taxa extra incluída na conta para bancar os custos das usinas térmicas.

O acionamento das térmicas, porém, não é o único fator que explica o rombo financeiro do setor elétrico. Outra fatura, estimada em mais R$ 9 bilhões, que será paga pelo consumidor tem origem nas contratações "simplificadas" de energia feitas pelo governo no mês passado. Trata-se de uma "energia de reserva" que será entregue a partir de maio do ano que vem, para dar mais segurança e evitar o racionamento.

IMPORTAÇÃO

Os reajustes são puxados ainda pelo aumento de importação de energia, por meio de contratos firmados com a Argentina e o Uruguai. Como os reajustes de tarifas são feitos anualmente pela Aneel, após analisar os custos de cada distribuidora de energia do País, o porcentual de aumento varia de Estado para Estado.

Cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam que o aumento no preço da energia elétrica resultará em uma queda de R$ 8,2 bilhões no PIB neste ano, em comparação com o que ocorreria sem a crise energética.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Riscos fiscais elevados, deterioração dos termos de troca do Brasil e um ambiente externo menos favorável devem levar o real a se enfraquecer ainda mais em 2022, avalia o economista da Capital Economics Joseph Marlow. "Esperamos que o real continue sob pressão ao longo do próximo ano. Nossa projeção é de taxa de câmbio a R$ 6,00 no fim de 2022", afirma Marlow, em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira, 4.

O economista avalia que, com o presidente Jair Bolsonaro atrás nas pesquisas eleitorais, é improvável que o governo adote medidas na área fiscal capazes de melhorar a trajetória da dívida pública. A austeridade fiscal, ressalta Marlow, também não é a prioridade para o principal concorrente de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"A despeito de quem vencer a eleição, achamos que será difícil para o governo introduzir medidas de austeridade", afirma o economista da Capital Economics, ressaltando que a economia brasileira estará enfraquecida e que há muita rigidez nos gastos públicos. "Isso pode impedir o governo de retornar a níveis de dívidas sustentáveis ao longo dos próximos dois anos".

Marlow também vê uma piora dos termos de troca do país, por conta de novas quedas do preço do minério de ferro em particular. Ele destaca que o real já mostra uma fraqueza superior ao que sugeriria o atual nível dos termos de troca. A moeda brasileira, observa, pode até não ser tão fortemente afetada por essa piora como se viu historicamente, mas será de alguma forma abalada.

Além da questão fiscal e da queda dos preços de produtos exportados pelo Brasil, o economista também acredita que o ambiente externo será desfavorável para o real. Embora a economia mundial apresente uma retomada após o tombo provocado pela pandemia do novo coronavírus, o ritmo da recuperação vai desacelerar, com o crescimento nos Estados Unido e na China menores do que se espera. Ao mesmo tempo, o Federal Reserve e outros bancos centrais de países desenvolvidos devem continuar o processo de normalização de suas políticas monetárias.

Marlow destaca que muitas notícias ruins já foram incorporadas nos preços e que o descolamento do real em relação aos fundamentos dos termos de troca já é acentuado. Os prêmios de risco, nota o economista, também são relativamente altos. "Um aperto monetário maior provavelmente dará algum suporte ao real. No entanto, duvidamos que uma recuperação da moeda brasileira ocorra durante as eleições e esperamos que o real permaneça sob pressão no próximo ano e depois", afirma.

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