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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou o pedido de incorporação entre as legendas Pros e Solidariedade. A fusão permite que ambos somem votos para fins de computação de recursos do fundo partidário e tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão - direitos que as legendas perderam ao não atingir a cláusula de barreira nas eleições de 2022.

Nas últimas eleições, a cláusula de barreira estabeleceu restrições a partidos que não receberam pelo menos 3% dos votos válidos, de no mínimo 14 unidades da federação, com no mínimo 2% dos votos válidos em cada uma.

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido do candidato à Presidência da República Pablo Marçal (PROS) para proibir o partido de apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A decisão foi tomada na terça-feira (23) pelo ministro na condição de relator do registro de candidatura de Marçal. 

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O candidato ainda queria garantir acesso ao tempo no horário eleitoral no rádio e na TV e a validação de sua candidatura, que foi revogada pelo partido.

Além de ter o pedido rejeitado, Moraes ainda determinou que o tempo no horário eleitoral destinado ao Pros fosse distribuído para a Coligação Brasil da Esperança, formada pelo partidos que apoiam a campanha de Lula. 

Após a determinação, Marçal ficou fora da distribuição do tempo.

Apesar da decisão, o nome de Pablo Marçal, que é coach e influenciador digital, continua no sistema DivulgaCand, plataforma que reúne os registros dos 12 candidatos à Presidência. 

De acordo com Moraes, a questão deve ser resolvida quando o registro de candidatura for julgado definitivamente.

Entenda 

No início deste mês, o registro de candidatura de Marçal foi feito quando o Pros estava sob o comando de Marcus Holanda, líder de uma ala da legenda que se opõe ao atual presidente, Eurípedes Júnior. 

Após uma disputa judicial pelo comando da legenda, o TSE concedeu liminar para determinar que Júnior deve ficar na presidência do partido. 

Com a decisão, a direção da sigla convocou nova convenção partidária para revogar a candidatura de Marçal e apoiar campanha do ex-presidente Lula. 

Inconformado com a medida, Marçal recorreu ao TSE para tentar derrubar a deliberação. 

Com a retirada da candidatura presidencial do Pros, com o coach motivacional Pablo Marçal, a sigla decidiu, nesta segunda-feira (15), apoiar a candidatura de Lula (PT) à Presidência. Com isso, o petista soma 10 partidos o apoiando e configura a maior coligação da história, seguido por Dilma Rousseff (PT), em 2010. 

O tempo de rádio e TV, que já é o maior das candidaturas postas nesta corrida, também vai aumentar. 

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O Pros, no entanto, passa por uma disputa interna de poder, que já envolveu decisões judiciais que ora colocam uma ala no comando, ora outra. 

Na última, o ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu a liminar devolvendo a sigla ao seu fundador, Eurípedes Jr, no dia 5 de agosto. A decisão foi referendada pelo plenário do TSE, por quatro votos a três. Até então, o presidente do Pros era Marcos Holanda, que havia bancado a candidatura presidencial de Marçal. 

O coach, que teve a candidatura retirada, informou, em nota, que haverá uma renúncia coletiva dos candidatos do Pros caso o partido “retira a sua postulação e se curve ao PT”. 

“Os 91 candidatos que vieram ao meu convite sairão do partido. Isso inviabilizará todas as nominatas homologadas na convenção e será a última eleição do Pros”, disse o coach. 

Se não houver reviravolta no comando do partido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a Justiça Eleitoral deve ratificar a retirada da candidatura de Marçal e o apoio da sigla a Lula. A campanha começa oficialmente nesta terça-feira (16). 

Sem Marçal, agora serão 11 candidatos à Presidência. No entanto, Roberto Jefferson (PTB) corre o risco de não ter o pedido acatado pela Justiça por ser condenado no escândalo do mensalão. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, nessa quarta-feira (10), a decisão liminar concedida no último dia 5 de agosto pelo ministro Ricardo Lewandowski que determinou o retorno de Eurípedes Junior ao cargo de presidente do Diretório Nacional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS).

Eurípedes Junior ajuizou reclamação no TSE para anular acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que declarou Marcus Vinícius Chaves de Holanda presidente da agremiação, “usurpando a competência da Justiça Eleitoral, a quem compete processar e julgar as controvérsias internas de partido político sempre que delas advierem reflexos no processo eleitoral”.

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Na ação, Eurípedes Junior também sustentou que a falta de reconhecimento dele como presidente do partido tem impactos diretos no processo eleitoral, podendo resultar em consequências irreversíveis, como a anulação de convenções e o indeferimento das candidaturas e coligações da agremiação para as Eleições de 2022.

Voto dos ministros

Em seu voto, o relator da ação, ministro Ricardo Lewandowski, ressaltou que a jurisprudência da Corte é no sentido de que a Justiça Eleitoral possui competência para apreciar as controvérsias internas de partido político, no período de um ano antes da eleição, sempre que delas advierem reflexos na esfera jurídica dos participantes do pleito. Ele destacou que o TSE estabeleceu, com fundamento no artigo 16 da Constituição Federal, que o processo eleitoral inicia-se um ano antes da data do pleito, razão pela qual qualquer divergência partidária interna tem, presumidamente, a faculdade de impactar a competição eleitoral.  

Segundo o relator, a decisão do TJDFT foi publicada dentro do período de um ano que antecede as próximas eleições gerais. “Diante desse quadro, há plausibilidade na alegação do ora reclamante, no sentido de que o acórdão do TJDFT, à revelia da Justiça Eleitoral, teria influenciado em temas estritamente relacionados às Eleições Gerais de 2022, a exemplo da escolha dos candidatos, da formação de coligações e da distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas”, pontuou o ministro. 

Lewandowski também destacou que ao fato de terem sido proferidas decisões contraditórias pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), alterando a composição partidária em um espaço de três dias, militam a favor de Eurípedes Junior, “ante o quadro de instabilidade e insegurança jurídica que se cria no cenário das eleições gerais, especialmente quando a legislação processual busca garantir segurança jurídica, proteção à confiança e preservação da estabilidade das relações jurídicas”.

O entendimento do relator foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Mauro Campbell Marques e Benedito Gonçalves. Ficaram vencidos os ministros Edson Fachin, Carlos Horbach e Sérgio Banhos, que divergiram do relator. 

*Do site do TSE

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Ricardo Lewandowski decidiu, nesta sexta-feira, 5, devolver o comando do PROS a Eurípedes Júnior. Com a decisão, a direção do partido volta ao grupo que firmou aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana.

No despacho, o ministro lembrou de decisões "contraditórias" do STJ que "alteraram a composição partidária em um espaço de três dias". E, que há um "quadro de instabilidade e insegurança jurídica que se cria no cenário das eleições gerais".

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"No tocante ao risco da demora, tenho que este se encontra evidenciado ante a iminência do fim do prazo para a realização das convenções partidárias, nos termos do Calendário Eleitoral", afirmou Lewandowski. A guerra de liminares que tem mudado, nos últimos dias, a direção do partido tem tornado incerta a aliança com o PT.

Até o dia 31, o comando da legenda estava nas mãos de Marcus Holanda, responsável por lançar a candidatura do influencer Pablo Marçal à Presidência. Foi neste dia que o vice-presidente do STJ, Jorge Mussi, decidiu, em meio ao plantão, devolver o partido a Eurípedes. O dirigente logo reassumiu a legenda e fez uma reunião com o ex-presidente Lula para declarar apoio à sua candidatura.

No dia seguinte, o ministro Antonio Carlos, que é relator da ação, decidiu reformar a decisão e dar o PROS de volta a Marcus Holanda. Com a decisão de Lewandowski, o partido volta a ser comandado por Eurípedes.

Uma gravação de conversa do presidente nacional do Pros (Partido Republicano da Ordem Social), Marcus Holanda, indica que ele teria feito pagamentos à irmã de um desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) em troca de decisão que o colocou no comando da sigla em março deste ano. O áudio, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, 4, revela uma conversa na qual Holanda afirma que uma mulher "tem recebido pagamentos picados". Marcus Holanda e Eurípedes Júnior disputam judicialmente o comando do Pros e a formalização ou não da candidatura de Pablo Marçal à Presidência, em embate que deve ser definido até esta sexta-feira, 5.

"Eu nunca falei e nem vou falar disso." "Ela recebeu?", questiona a mulher com quem Holanda conversa. "Tem recebido, sim. 'Chu, chu, chu.' Picado", ele responde. E segue: "Não adianta eu te falar 'vou mandar 250' (mil reais) porque eu não consigo mandar, porque eu estou devendo já muita coisa que ficou definida e a gente não pagou. Esses 500 mil reais do DF foi para ajudar a pagar - você já sabe quem e o quê", diz Holanda na gravação vazada. A irmã do magistrado com quem o acordo teria sido feito negou ter recebido qualquer valor. Ela foi candidata a deputada federal em 2018, pelo PR (Partido Republicano), mas não se elegeu.

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Procurado pela reportagem, Marcus Holanda e sua assessoria de comunicação não atenderam ligações nesta quinta-feira. Em entrevista coletiva na noite desta quarta-feira, 3, em Barueri (SP), Pablo Marçal afirmou que áudios de Holanda foram vazados pela ex-mulher do dirigente e que considera as reportagens sobre a disputa no partido "uma palhaçada".

"Quem gravou de maneira indevida o presidente do Pros, o Marcus Holanda, foi a ex-esposa dele. E aquilo era uma conversa informal", disse, em resposta a uma jornalista sobre reportagem da terça-feira, 2, do portal Metrópoles. Marçal negou, sobre citação em áudio divulgado anteriormente, que tenha prometido ao Pros "fazer uma vacona de R$ 200 milhões" em troca da candidatura. Ele também afirmou que abriu mão do fundo partidário e negou a existência de um suposto acordo financeiro para mantê-lo na disputa pelo Palácio do Planalto.

"Não faz sentido. Já tem um fundo eleitoral de R$ 90 milhões. De 12 pré-candidatos, só dois abriram mão do fundo partidário. O (Luiz Felipe) D'Ávila abriu mão porque é obrigatório no Novo. Eu abri mão porque eu quis. Eu tenho direito a R$ 10 milhões de fundo partidário. Eu abri mão e ainda ouço áudio que vou dar R$ 200 milhões? Daonde? Depois que baixar a poeira, o áudio fica mais limpo", disse o pré-candidato à Presidência.

Na coletiva, Marçal ainda afirmou que não sabe como a disputa judicial vai se desenrolar, mas reforçou a intenção de concorrer, defendeu propostas para um eventual governo e disse que o PT estaria "desesperado" por alianças para evitar um segundo turno.

"O PT está desesperado porque sabe que qualquer pessoa que for pro segundo turno o PT não leva. Se a Simone Tebet for pro segundo turno, vai vencer. O (André) Janones não está escolhendo apoiar o Lula. Ele está aproveitando a oportunidade porque vai perder o mandato dele por causa do partido em MG", afirmou, em referência ao apoio costurado pelo também pré-candidato à Presidência André Janones (Avante-MG) com a chapa Lula-Alckmin. Como mostrou o Estadão nesta quarta-feira, Janones pode ficar inelegível devido a uma decisão do TJ-MG que cassou o mandato dos deputados federais eleitos pelo Avante no Estado.

Vaivém na presidência do Pros

Uma decisão do ministro Antonio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), instância superior ao TJ-DF, suspendeu na noite desta quarta-feira, 3, a liminar do presidente da Corte, Jorge Mussi, que faria Eurípedes Júnior voltar à presidência do Pros. Eurípedes foi quem anunciou, nesta semana, que a sigla retiraria a pré-candidatura do coach Pablo Marçal à Presidência para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

Já Marcus Holanda, no comando da sigla desde março, é quem costurou o nome de Marçal como presidenciável pela legenda. Se confirmada sua permanência à frente do Pros, a tendência é de que ele desfaça o acordo com o PT e oficialize o candidato próprio ao Planalto. O prazo do calendário eleitoral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para formalização das candidaturas termina nesta sexta-feira, 5.

O PROS decidiu apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo informação divulgada pela Fundação Perseu Abramo. A oficialização da negociação foi feita após reunião entre o presidente do PROS, Eurípedes Júnior, e o coordenador de programa da campanha de Lula e presidente da Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, e o candidato a vice na chapa petista, Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira, 3.

Segundo relatos, o PROS indicou que, com o apoio a Lula, a indicação do coach e influencer Pablo Marçal para concorrer à Presidência será retirada em convenção na sexta-feira, 5. Com isso, a chapa Lula-Alckmin conta agora com o apoio de oito partidos: PT, PSB, PC do B, PV, REDE, PSOL, Solidariedade e PROS; além de setores do MDB e do PSD. A campanha de Lula conversa ainda com o Avante e há expectativa de que o partido anuncie apoio ao petista nesta quinta-feira, quando o ex-presidente se reunirá com o deputado federal André Janones. O PT já indicou que irá aceitar as propostas que Janones quer ver encampadas no plano de governo de Lula e Alckmin.

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Responsável pela aliança com o PT, o presidente do PROS, Eurípedes Júnior, reassumiu a legenda após obter uma liminar do vice-presidente do STJ, Jorge Mussi, proferida no domingo, 31. Até então, o partido estava nas mãos do grupo do advogado Marcus Hollanda, que lançou como presidenciável o influenciador Pablo Marçal. As decisões se dão em meio a uma disputa judicial que se arrasta desde 2021 pelo comando do partido, que envolvem trocas de acusações, inclusive sobre o uso de verbas públicas destinadas a bancar a legenda.

Se a liminar for reconsiderada ou cassada até o dia 5, prazo limite para que os partidos registrem suas coligações, o PT corre o risco de perder a legenda do seu arco de alianças. No entanto, se nada acontecer até lá, o partido terá o benefício de somar seu tempo de TV na coligação, mesmo que a diretoria antiga reassuma e se torne um coligado rebelde.

"Os representantes do PROS apresentaram como proposta para o programa de governo a necessidade de auxiliar os brasileiros endividados. São cerca de 66 milhões de pessoas. O tema que já consta nas diretrizes do programa será discutido com mais profundidade em parceria com a Fundação da Ordem Social que também está debruçada sobre o tema. A fundação integra o Observatório da Democracia, desde o seu início, juntamente com a Fundação Perseu Abramo", diz a nota da Perseu Abramo, sobre a decisão do PROS. Participaram da reunião desta quarta-feira também o presidente da Fundação da Ordem Social, e Bruno Pena, advogado do PROS.

No texto de divulgação, a Perseu Abramo afirma ainda que o apoio do PROS "está sendo alinhado na maioria dos Estados da federação" e que a formalização deste apoio irá ocorrer na convenção do partido, que acontecerá na sexta-feira.

Nesta quarta-feira, 3, em coletiva de imprensa após evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o candidato ao governo estadual pelo PT, Fernando Haddad, disse que recebeu a informação de que o PROS pretende apoiar, além da candidatura de Lula no plano nacional, os candidatos do PT ao governo de São Paulo e de Santa Catarina. Haddad teve reunião com dirigentes do PROS nesta quarta-feira.

Confirmado na disputa à Presidência pelo Pros, Pablo Marçal calibrou seu discurso de estreia como candidato em ataques aos principais concorrentes, nesse domingo (31). Alinhado com uma parcela do eleitorado de Jair Bolsonaro (PL), ele amenizou as críticas ao presidente e foi mais duro com Lula (PT) e, principalmente, Ciro Gomes (PDT). 

Com o desejo de quebrar o cenário polarizado, Marçal defende o slogan “chega desses 2” e se colocou como o candidato da terceira via "que ninguém tem coragem de assumir". De olho na posição de Ciro Gomes, ele lembrou dos insucessos do pedetista nas tentativas de ser Presidente e propôs que o concorrente "vá caçar outra coisa para fazer". 

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“Ciro Gomes, se desde 2011 você tenta ser Presidente e o povo não quer saber de você, vá caçar outra coisa pra você fazer. Se o povo não quer, acabou”, afirmou durante a convenção do partido, em São Paulo. 

Ainda em seu discurso, Pablo Marçal destacou que era cristão e estigmatizou o aborto. O candidato do Pros também incentivou a venda de empresas públicas, como a Petrobras, e deixou um recado para Lula (PT): “o Brasil não quer mais o senhor como Presidente”. 

Conhecido na internet por vídeos motivacionais, o "coach messiânico" arriscou a vida de 32 pessoas quando desrespeitou as recomendações da Defesa Civil e subiu a Serra da Mantiqueira, em São Paulo, no início de janeiro. Antes da caminhada, ele fez uma oração para que o clima melhorasse e, mesmo assim, encarou as péssimas condições climáticas. Na madrugada do dia 6, após alguns integrantes desistirem, o grupo pediu socorro aos bombeiros devido ao risco de hipotermia. 

Em tom mais ameno ao citar Bolsonaro, Marçal indicou que não enxerga possibilidade de crescimento com o atual governo. “Bolsonaro deu o melhor que pôde, mas não pode levar o Brasil para o próximo nível. Por isso me coloquei a disposição da nação”, apontou. 

O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) oficializou, neste domingo (31), a candidatura do empresário e influenciador digital Pablo Marçal à Presidência da República. Não ocorreu anúncio do nome do vice. 

A confirmação do nome de Marçal, que destacou que é cristão, ocorreu em meio a hinos de louvor; discursos de membros da diretoria nacional do Pros e gritos de "eu acredito". O evento serviu também para que o partido pedisse que as pessoas votem também nos candidatos a cargos proporcionais da legenda - que, pela primeira vez, tenta chegar à presidência da República. Em todo o país, mais de 1,5 mil filiados ao Pros disputarão os votos dos eleitores brasileiros nas próximas eleições, em 2 de outubro. 

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"As polarizações nunca vão acabar. Elas têm que ser perfuradas", disse Marçal sobre uma de suas motivações para ingressar na política. Classificando a si próprio como "o candidato de terceira via que ninguém tem a coragem de assumir", Marçal diz já ter um plano de governo com 90 diretrizes. Entre suas prioridades está a mudança das regras tributárias e eleitorais. "Não se faz uma reforma tributária se não fizer uma eleitoral primeiro", comentou Marçal, prometendo que, se eleito, estimulará as empresas e as exportações brasileiras. 

"Temos que focar absolutamente nas empresas, pois são elas que geram empregos, não [o setor] político", ponderou Marçal, antes de se posicionar favoravelmente à "desestatização" da Petrobras e da Eletrobras. "Se você desestatiza uma companhia e a entrega a grupos empresariais, eu mesmo quero ser o primeiro da fila a comprá-la. Porque a Petrobras, por exemplo, é a companhia energética que dá o maior lucro em todo o mundo". 

Marçal também afirma que, se eleito, vai estimular à participação política dos cidadãos e defender o direito do feto à vida. "Vamos fazer uma pequena mudança no Código Penal e aborto passará a ser chamado de assassinato de vida inocente", disse, declarando, contudo, que é favorável à manutenção dos caso em que a lei permite o aborto (em casos da gestação ser resultado de estupro ou ofereça risco de vida à mulher). 

Perfil

Esta é a primeira vez que Marçal disputa a um cargo público. Bacharel em Direito e empresário, o goiano de 35 anos é casado e tem quatro filhos. Ele é conhecido como autor de livros de "auto gestão" e por palestras e vídeos motivacionais. Em sua página na internet, ele também se apresenta como empreendedor imobiliário e digital, estrategista de negócios e especialista em gestão de marcas (branding).

Em uma briga judicial pelo comando do Pros, o grupo do atual presidente, Marcus Holanda, teria alcançado a sentença favorável no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) por meio de influência política e pagamentos em dinheiro. O nome do senador Flávio Bolsonaro (PL) e da advogada da família, Karina Kufa, são citados em mensagens e áudios publicados pela Folha de S. Paulo. 

As conversas ocorreram no ano passado, quando Holanda tentava tirar Eurípedes Jr. da presidência do Pros através do reconhecimento de uma convenção extraordinária entre os dissidentes. No mesmo período, a família Bolsonaro negociava a filiação com um novo partido após a criação do Aliança pelo Brasil ser frustrada. 

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De acordo com as mensagens, Holanda sabia que não conseguiria a vitória na Justiça e teria se encontrado com o filho mais velho do presidente e a advogada para ajustar um contrato. 

"A Karina Kufa me levou na reunião e sentou eu, ela e o Flávio Bolsonaro, então eles têm interesse [...] Além disso, tem um contrato que assinei lá, absurdo lá, com ela. Então vão ganhar dinheiro e vão ganhar força política e espaço político. Então eles têm interesse, total. Por isso, eles estão com a gente senão não estariam. E ainda tem a desembargadora federal, muita gente", disse Marcus, conforme a reportagem. 

O atual presidente da legenda também menciona a advogada Renata Gerusa, filha da juíza federal do TRF-1 Maria do Carmo Cardoso, amiga de Flávio, e lembra que ela é casada com o deputado Kassyo Ramos. A advogada defendeu Holanda na primeira etapa do caso e seria uma espécie de representante de Kufa, como sugeriu o secretário-geral do Pros, Edmílson Boa Morte. 

Boa Morte indicou que Gerusa atuou formalmente para "não dar na cara" e que a advogada "representa a Karina Kufa, todo mundo". Em outra mensagem, ele relata que Holanda estava em reunião "com a turma do Bolsonaro e os advogados e os desembargadores". 

 “A turma do Bolsonaro estava trabalhando na segunda instância, você lembra? Com o desembargador Mario-Zam - ex-relator do caso relativo ao litígio do Pros -, que teve a reunião na casa da desembargadora”, apontou. Flávio não se manifestou sobre o envolvimento na compra de sentenças. Karina Kufa confirmou que esteve na reunião com o senador e o presidente do Pros, mas que a proposta de filiação não evoluiu e que não houve contrato assinado.  

 "Desconheço qualquer negociação. Não tenho qualquer vínculo com o Pros, aliás, nunca tive. Em 2020 e 2021 falei com diversos partidos, mas todas as conversas foram dentro da normalidade", disse. 

Boa Morte afirmou à reportagem que não conhece Kufa nem Flávio, e que seus próprios áudios se tratam de falácia. O presidente do Pros, Marcus Holanda, que nega a negociação para compra de sentença e não se pronunciou sobre os áudios. O desembargador Mario-Zam Bellmiro, cujas decisões foram contrárias a Marcus Holanda e seus aliados, não se manifestou. 

Na manhã desta segunda-feira (16), a pré-candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade) firmou mais um apoio à sua corrida eleitoral. Descartado pela Frente Popular de Pernambuco, o deputado André de Paula (PSD) vai disputar o Senado na majoritária de Arraes. A parlamentar destaca que a vontade é fazer uma campanha de respeito e com "um nível mais alto" do que Recife vivenciou em 2020, quando Arraes disputou o Executivo municipal contra o seu primo João Campos (PSB). 

Antes da chegada do PSD Marília tinha conseguido o apoio do PROS. "Nós consideramos que a nossa chapa é a melhor para Pernambuco", afirma. Arraes destaca que o PSB "perdeu o rumo na direção do Estado e está aí no poder pelo poder".

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Pernambuco, reduto eleitoral do PT e, principalmente do ex-presidente Lula, será palco da disputa do nome de Lula. Marília, que saiu recentemente do PT para tentar ocupar o Palácio do Campo das Princesas, declarou que o ex-presidente fez um acordo com o PSB, que Danilo Cabral era o seu candidato, mas que vão existir dois palanques que vão levar o nome do petista. 

"Eu acho que quem quer eleger o ex-presidente Lula tem que buscar mais apoios possíveis. Essa é minha preocupação. Se o ex-presidente Lula tivesse quatro ou cinco palanques em Pernambuco eu iria achar ótimo porque o que a gente quer é eleger Lula, mas tem gente que não tem esse objetivo". 

André é considerado um político conservador devido às suas votações na Câmara dos Deputados. Ele chegou a votar a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

No entanto, para Marília isso não é um problema, desde que exista a possibilidade de vitória e governança. Ela lembra que o seu avô Miguel Arraes também se alinhou com políticos de centro e da direita para conseguir governar Pernambuco.

"Não foi o fato de estar alinhado a representantes da centro-direita que fez com que ele tomasse atitudes diferentes. O fato dele ter a capacidade de agregar pensamentos diferentes, linhas de atuação diferentes e manter algo com os setores da sociedade que é necessário facilitou que ele tivesse um governo que colocasse a máquina do Estado para aqueles que mais precisavam", argumentou.

Confiante na vitória, André de Paula assegurou que "vai ser o senador de todos os pernambucanos. Ser o senador de todos os pernambucanos não significa que eu não tenha lado. Significa que eu tenho a clara ideia que eu quero trabalhar por todos, que quero ouví-los", destaca.

O parlamentar destaca que “a minha candidatura ao Senado é um bom indicativo do que vem pela frente". Eu não estou sozinho e vou terminar essa eleição caminhando ao lado de uma multidão. 

O PROS anunciou que terá candidato próprio à Presidência da República. O escolhido pela legenda é o coach e influenciador digital Pablo Marçal. A decisão foi revelada em encontro da sigla em São Paulo, no sábado, 14, mas o lançamento oficial da pré-candidatura está marcado para quarta-feira, dia 18, em evento da executiva nacional da sigla, em Brasília.

Marçal ficou conhecido após precisar ser resgatado pelos bombeiros junto a um grupo de 32 pessoas na Serra da Mantiqueira sob condições climáticas desfavoráveis, em janeiro. Ele liderava os turistas como parte de um treinamento que estimula pessoas a enfrentarem situações desafiadoras, mas a chuva e o vento forte fizeram o grupo se perder.

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Com 2.420 metros de altitude, o local, na região do Vale do Paraíba, é conhecido para turismo montanhoso no Estado de São Paulo, mas a Defesa Civil alertava para as condições impróprias para a escalada naquela ocasião.

Marçal se apresenta como "cristão, filantropo, empreendedor imobiliário e digital, mentor, estrategista de negócios, especialista em branding e jurista por formação". Natural de Goiânia, ele costuma realizar palestras sobre empreendedorismo em diversas cidades.

Após o resgate, Marçal passou a vestir uma bandeira do Brasil e se engajar politicamente. No Instagram, onde tem mais de 2,2 milhões de seguidores, mistura conteúdos de suas palestras com materiais da pré-campanha.

Em evento em Barueri (SP) no começo do mês, ele pediu que os presentes repetissem frases como "a minha ideologia é o reino, é a família, é a liberdade" e "eu sou a nação brasileira".

Divergências

Em 2014 e 2018, o PROS compôs a coligação do PT ao pleito presidencial. Em 2020, dissidências internas colocaram a cadeira de presidente da sigla em disputa. A Executiva Nacional destituiu o então presidente Eurípedes de Macedo Júnior do cargo, ato tomado como "golpe partidário" pelo grupo que o apoiava.

Macedo Júnior chegou a recuperar o posto, mas uma decisão da 8ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios conduziu Marcus Holanda à presidência em 8 de março deste ano. O grupo contrário ao ex-presidente o acusava de usar recursos do fundo partidário para interesses pessoais e negociar alianças com o mesmo fim.

Em 22 março, a briga levou o partido a retirar a pré-candidatura de Cabo Daciolo ao governo do Rio de Janeiro. Após o diretório regional do PROS anunciar que ele disputaria o cargo, a executiva nacional do partido contestou a legitimidade da escolha do candidato. Hoje, a bancada da sigla na Câmara dos Deputados tem quatro parlamentares, a metade do total eleito em 2018.

A pré-candidata ao Governo de Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), anunciou que terá apoio do PROS oficializado nesta terça-feira (10). Ao lado de Paulinho da Força, presidente do seu novo partido, a parlamentar vai confirmar a aliança com o presidente do PROS, Marcus Holanda, em um evento marcado às 11h, em Brasília.

Fundado em 2010, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) já foi casa dos senadores Fernando Collor de Melo, Eduardo Girão, e da ex-deputada estadual Clarissa Garotinho. A legenda se apresenta como integrante do Centrão e defende a agenda neoliberal. 

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"O apoio do PROS à nossa pré-candidatura é muito importante para fortalecer a nossa caminhada. Agradeço aos presidentes Marcus e Bruno pela confiança que eles estão depositando no nosso nome", comentou Marília, ao citar o presidente estadual do PROS, Bruno Rodrigues.

O líder estadual do partido retribuiu a gentileza e avaliou a importância da deputada para a disputa em Pernambuco. "Marília irá ajudar a resgatar o nosso estado e devolver a esperança aos pernambucanos. Tenho certeza que a partir do ingresso do PROS nessa caminhada, outros partidos também farão o mesmo", considerou.

Mesmo com os direitos políticos cassados em 2016, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha quer voltar à atividade partidária. Seu nome foi levantado como novo gestor do PROS em São Paulo, mas o ex-deputado ressaltou que ainda conversa com outras siglas para definir seu futuro.

Nessa quinta-feira (17), Cunha se reuniu em Brasília com o presidente nacional do PROS, Marcus Holanda, mas não selou a gerência do diretório paulista da legenda.

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"Apenas conversei com a direção nacional do partido de forma publica, daí o vazamento da notícia", publicou. "A possibilidade veiculada na mídia de filiação ao Pros, muito me honra, mas ainda não existe qualquer definição", continuou. 

Lideranças protestaram contra a chegada de Cunha

O retorno junto ao PROS era dado como certo, mas seu nome foi recusado por deputados e senadores. De acordo com o colunista Guilherme Amado, Holanda preferiu não rachar o partido e aceitou a posição das lideranças internas.

Conversa com outros partidos

Ainda em seu perfil, o ex-integrante da bancada evangélica que chancelou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e, em seguida, foi preso no âmbito da Lava Jato, demonstrou estar interessado em voltar à ativa e movimentar os bastidores já nas eleições. 

"Só para esclarecer, ainda não defini o meu futuro partidário, estando apenas conversando com vários partidos. No momento em que eu definir, serei o primeiro a anunciar", reforçou.

O PROS anunciou que Cabo Daciolo será o pré-candidato do partido ao governo do Rio de Janeiro. O ex-deputado federal, candidato derrotado à Presidência em 2018 pelo Patriota, quando se tornou mais conhecido, se encontrou com lideranças estaduais da sigla nesta segunda-feira, 14, para firmar sua entrada na disputa. O lançamento da pré-candidatura deve ocorrer em 30 de março, dia de seu aniversário.

Daciolo retirou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em dezembro de 2021. Naquela ocasião, disse que apoiaria a campanha de Ciro Gomes (PDT) e chegou a declarar seu "amor" pelo presidenciável. A aproximação dos dois ficou evidente em imagens postadas nas redes sociais do ex-deputado, que disse ter "orado" pelo pedetista.

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Entretanto, na figura de pré-candidato ao governo, Daciolo ainda não definiu qual será seu palanque em outubro. Segundo sua assessoria, o fato de ele ter "verbalizado" voto em Ciro não significa necessariamente que haverá apoio formal ao projeto do PDT, e isso será acertado com o PROS.

Na campanha de 2018, Daciolo protagonizou momentos marcantes por suas declarações sobre religião - ele é pastor evangélico. Um desses momentos foi com o próprio Ciro Gomes, a quem ele questionou durante um debate sobre uma suposta ordem mundial chamada Ursal, cujo objetivo seria submeter a América Latina ao comunismo.

Deputado estadual de Goiás, Cairo Salim (Pros) criticou qualquer medida que for pensada para restringir a circulação de pessoas que não foram vacinadas contra Covid-19. Na última segunda-feira (25), durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do estado, o político taxou a exigência, por exemplo, do chamado passaporte vacinal como “questão doentia” e uma “ditadura nazista”.

A audiência da fala polêmica de Cairo Salim foi promovida por ele mesmo para discutir o “passaporte sanitário” e contou com a presença de dezenas de pessoas contrárias a medida e também a imunização. “Primeiro nos pressionaram a utilizar máscara, depois a vacinação e agora essa questão doentia do passaporte sanitário, proibindo a circulação de pessoas”, iniciou. “Você não consegue mais ir num voo internacional se não tiver a vacinação, muitas empresas já vão demitir os funcionários que não se vacinaram”, completou.

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O deputado atacou a imposição da vacina e disse que o Brasil está sofrendo um “emburrecimento” causado pela mídia. “Contem comigo para que nós defendamos o estado de Goiás dessa ditadura nazista sanitária que estão querendo impor no mundo afora. Falar isso na grande mídia a gente é chamado de ‘burro’, chamado de ‘gado’. Nós estamos vivendo é um emburrecimento da população que é contaminado pela grande mídia”, desabafou.

O passaporte sanitário ou passaporte da vacina é um comprovante de que o indivíduo já tomou a primeira dose ou completou seu esquema vacinal, mostrando data de aplicação, nome completo, CPF, data de nascimento e um QR Code que pode ser utilizado para adentrar em locais que pedem a obrigatoriedade do comprovante.

Com a repercussão e gerando várias críticas, o deputado voltou a se manifestar nas redes sociais nessa terça-feira (26) e afirmou que o direito de locomoção da população é de suma importância. “Para mim, a liberdade de ir e vir é muito importante e não podemos abrir mão disso por causa de uma vacina”, escreveu.

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O deputado Emerson Miguel Petriv, conhecido como Boca Aberta (PROS-PR), foi protagonista de mais um episódio de violência, desta vez verbal, dentro das dependências do Legislativo. Nessa quarta-feira (15), o parlamentar fez ameaças e teceu xingamentos ao também deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que é relator do processo de cassação do deputado Boca Aberta no Conselho de Ética da Casa. Em vídeo que circula nas redes sociais e que foi gravado pela assessoria de Leite, o conservador é visto perseguindo o colega, sob tom de intimidação, no Anexo 2 da Câmara, onde ocorrem os debates.  

Petriv dispara xingamentos ao parlamentar como, "cafajeste", "vagabundo", "bandido" e "ordinário". Ao ser abordado pela Polícia da Casa, que tentava conter a situação, o parlamentar questionou "Vai fazer o quê? Eu sou deputado". A cena aconteceu após a reunião do Conselho de Ética onde seria analisado o parecer de Leite pela cassação de Boca Aberta. O parlamentar responde por ter invadido uma unidade de saúde, filmado o médico plantonista e divulgado o vídeo em suas redes sociais. 

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Boca Aberta é também alvo de processo de cassação pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em 2019, foi protagonista de cenas similares às ocorridas ontem (15). À época, ele acusou o vereador Amauri Cardoso (PSDB-PR) de tê-lo acertado um soco no rosto. Vídeos que circularam pelas redes sociais mostram o vereador sendo atendido por socorristas em um ponto de ônibus. 

A agressão ocorreu nos arredores do Colégio Londrinense, onde é realizada a 14ª Conferência Municipal de Saúde. O vereador se irritou com as provocações do deputado e acabou desferindo o golpe. Boca Aberta havia, uma outra vez, feito ameaças e xingado o outro parlamentar, também por um caso de processo aberto contra sua conduta.

 

Segundo um relatório feito pelos sites Rainmaker e Stream Elements, a plataforma líder do mercado no segmento de stream de jogos, Twitch, atingiu recorde de 12,2 bilhões de horas assistidas pelos usuários, número que representa um aumento maior que 50% em relação ao mesmo período de 2020. Assim, abre-se a discussão sobre  as consequências para os usuários que ficam horas seguidas em frente ao videogame.

De acordo com a psicóloga cognitivo-comportamental Rosana Cibok, o aumento do consumo de videogame “com certeza” aumentou por causa do isolamento social. “Por outro lado, os jogos de computador/games trazem benefícios à cognição e atuam em ambientes que favorecem as relações sociais dos jogadores”. Rosana ressalta que além de unir as pessoas com os mesmos interesses, é possível que haja uma interação pelas salas de bate-papo, em que os gamers compartilham conversas além do jogo. Assim, cria-se uma rede de amizade e cooperação que sai do computador e transforma-se em real.

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Além das questões sociais, a psicóloga conta que existem estudos sobre como a prática gamer pode estar atrelada a desenvolvimentos pessoais. “Os jogos exigem um certo nível de concentração e fazem com que os gamers tenham que ter tomada de decisões rápidas, o que estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico. Os jogos também podem desenvolver a capacidade de tolerância, pois é preciso paciência para entender e ganhar o jogo”. Rosana completa dizendo que as perdas constantes, aumentam a capacidade de lidar com frustrações.

Apesar de se tratar de uma realidade alternativa, a especialista explica que em alguns casos é possível trabalhar a autoestima, já que os personagens jogáveis possuem poderes e, quando o usuário assume o controle, ele deixa de ser ele mesmo para vivenciar uma outra postura e personalidade, o que pode ser um bom treino para exercer as estratégias interiores. “Mas tudo deve ser na medida certa. O que vimos hoje em dia são crianças e adolescentes deixando o convívio social para viverem seus avatares, sem limites”, alerta a psicóloga.

Malefícios do excesso de videogames

Rosana esclarece que tudo pode ter um benefício, desde que seja feito com moderação. “A prática do jogo em excesso pode sim causar malefícios físicos, psíquicos e intelectuais. Quando falamos em malefícios físicos, observamos a postura corporal utilizada na hora do jogo, pois muitas horas na mesma posição gera danos nas articulações e postura”. Rosana conta que também existem os malefícios comportamentais, quando o usuário consome o produto em excesso, podendo-se transformar em um elemento de exclusão social.

De acordo com a psicóloga, este fenômeno pode ser explicado da seguinte maneira: “todo comportamento que traz prazer leva à repetição. O jogo traz satisfação/prazer, acionando o chamado sistema de recompensa que é o circuito que processa a informação relacionada à estas sensações, liberando a dopamina. Portanto, o gamer tende a repetir o comportamento em busca de mais prazer e satisfação, podendo transformar-se em vício”. E assim, o corpo pode deixar de produzir a melatonina, influenciando na qualidade do sono, fazendo com que ocorra a mudança do ciclo circadiano, afetando o humor e as relações.

O oftalmologista e deputado estadual no Rio Grande do Norte, Albert Dickson (Pros), vem oferecendo 'tratamento precoce' para a Covid-19 em troca seguidores no YouTube e nas redes sociais. Embora a plataforma de vídeos tenha excluído 12 publicações do seu canal por fake news, ele segue multiplicando o público virtual e se diz "acima de tudo que é médico".

"Como que vocês vão ter direito à consulta? Vocês vão se inscrever no nosso canal, ganhando uma etapa no atendimento. Vocês vão printar e mandar para o meu WhatsApp. Quando você mandar, você já vai começar a ter o acesso à consulta comigo [...] o segredo é mandar o print", orientou o deputado em um vídeo publicado no Facebook no dia 7 de março.

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Já no dia 15, em sua conta no Instagram, reiterou que o envio do print "é a chave, vamos dizer assim, para entrar no nosso atendimento". Conhecido em grupos bolsonaristas no Telegram, o mesmo contato que divulga em seus vídeos é repassado pelos fóruns. Após a mensagem chegar ao médico evangélico, uma resposta automática confirma o atendimento em troca dos prints.

Em outro registro, Dickson aponta que "atende 500 pessoas por dia, de domingo a domingo, de 7h da manhã até 3h da manhã, todos os dias". No Instagram, alguns seguidores reclamaram que não foram sequer respondidos, mesmo com o print para comprar a inscrição no Youtube. "Acho que o senhor só tá querendo audiência porque a gente morre de mandar mensagem no seu zap e nunca responde", escreveu um deles.

Pacientes que chegaram a ser respondidos disseram à BBC que, após repassar dados pessoais e sintomas, receberam apenas um receituário, sem uma consulta médica de fato. Em três receituários supostamente encaminhados pelo oftalmologista, a única diferença aparente é o nome do paciente e a data.

Em resposta por e-mail, o deputado disse que “antes de enviar a receita com nome e data direcionado ao paciente, o paciente passa sintomas solicitados e após isso enviamos a receita”. Ele destacou que a inscrição em seus perfis não é obrigatória para o ‘atendimento’.

Questionado sobre a postura negacionista, já que nenhuma das substâncias que defende possui eficácia contra a Covid-19, Dickson afirmou que apenas sugere que acompanhem seus canais porque costuma publicar "pesquisas atualizadas" e "explica a doença de forma detalhada e nossa experiência com a mesma, além de tirar dúvidas ao vivo".

O deputado também disse ser "acima de tudo médico, e o tratado internacional e o Conselho Federal de Medicina na resolução 04/20 nos dá direito médico de medicar contra a covid e nele prevalece a autonomia médica".

Ainda no e-mail, confirmou que defende o tratamento precoce desde o início da pandemia e garantiu que vai continuar apresentando os medicamentos como solução à infecção, pois afirma que existem "várias pesquisas já preconizadas e publicadas".

Com seus vídeos semanais, Dickson conseguiu multiplicar os seguidores na pandemia. No Youtube, o canal bateu 100 mil inscritos e depois saltou para 202 mil seguidores. A plataforma informou que já removeu 12 conteúdos com informações médicas incorretas com recomendações de uso de ivermectina e hidroxicloroquina.

Embora não tenha apagado publicações dessa natureza, um porta-voz do Facebook, empresa dona do Instagram, aponta que "remove alegações comprovadamente falsas sobre a doença". A empresa disse ter anunciado um novo rótulo para publicações que informa que "alguns tratamentos não aprovados podem causar danos graves".

A candidatura da coligação a Mudança Continua, composta pelo atual prefeito Bruno Pereira (MDB) e Manoel Jerônimo (Pros), está ameaçada em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Nesse domingo (1º), o Ministério Público (MPPE) ingressou com um pedido de cassação da chapa junto à Justiça Eleitoral, por desrespeitar a determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) de evitar atos de campanha com aglomeração.

A promotora Ana Cláudia de Moura Walmsley, responsável por protocolar o pedido de cassação, ainda pede que uma investigação judicial eleitoral seja instaurada e que os candidatos percam a elegibilidade nas eleições, "a se realizarem nos oito anos subsequentes à eleição em que se verificaram os abusos acima narrados”.

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De acordo com a denúncia, durante os atos da última sexta-feira (30) e domingo (1º) houve "promoção organizada de propaganda eleitoral em clara demonstração de desrespeito à Corte Superior deste Estado, na certeza da impunidade". Além de aglomeração de correligionários, pessoas foram vistas com camisas padronizadas, adesivos, ônibus fretados e tendas.

No sábado (31), "fiscais da Prefeitura que organizam a feira e os vendedores ambulantes efetivavam a colocação de adesivos com o número de urna dos candidatos, verificando-se que os representados promovem o uso de servidores públicos para fins de campanha eleitoral", destacou a promotora.

Segundo ela, Bruno Pereira aproveitou da atual posição como prefeito e "abusou de seu poder político ao induzir na população menos esclarecida um sentimento de normalidade, inexistente".

"Como gestor responsável pela saúde da população e detentor de autoridade para promover o cumprimento de normas sanitárias no município, agiu de forma a banalizar ditas normas, criando sentimento de desnecessidade de cuidados, tudo com o intuito meramente eleitoral de promover sua campanha política", critica.

Os candidatos acusam a oposição de desespero

Em nota, a coligação disse que respeita e cumpre rigorosamente as orientações dos órgãos fiscalizadores. "Nossos candidatos não praticaram nenhum ato em contrariedade com a lei, inclusive não participando de nenhum ato político, que gere aglomeração de pessoas", informa.

Em um vídeo gravado pelos candidatos, ambos negam o descumprimento. "A oposição está querendo judicializar o processo eleitoral", afirma Bruno, que acrescenta, “a gente vê o desespero da oposição. Não tem propostas, tanto que só fazem fake news e mentir para a população", manifestou.

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