Tópicos | protestos antirracismo

Após um tempo fechada por causa da pandemia de coronavírus, uma catedral do Reino Unido passou a exibir uma pintura da Santa Ceia em que Jesus é retratado como um homem negro.

O quadro é da inglesa Lorna May Wadsworth e foi exposto no Altar dos Perseguidos, na ala norte da catedral anglicana de Saint Albans, cidade que se localiza cerca de 35km de Londres, na Inglaterra.

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Durante a paralisação por conta da pandemia ocorreu o assassinato de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial em Minnesota, nos Estados Unidos, e a exibição do quadro está, de certa forma, relacionada ao caso. Desde o assassinato de Floyd, manifestações tomaram conta das ruas de várias cidades no mundo inteiro, incluindo Londres e Bristol, ambas na Inglaterra.

A igreja britânica diz que a escolha por retratar um Jesus negro vai ao encontro das manifestações e demonstra o apoio da entidade aos protestos antirracistas. ‘’Uma declaração ousada’’, comentou uma ativista.

Em uma nota oficial, a catedral informou: “Nós apoiamos o movimento 'Black Lives Matter' como aliados em prol da mudança, construindo uma comunidade forte e justa onde a dignidade de todos os seres humanos é honrada e celebrada, onde as vozes pretas são ouvidas, e onde vidas negras importam”.

O quadro exposto na catedral inglesa é uma cópia da obra original, que foi vandalizada com um tiro em sua primeira exposição, em 2010, na igreja de Gloucestershire.

O Departamento americano de Segurança Interna anunciou, nesta quarta-feira (1o), uma nova força especial para proteger monumentos históricos, depois que alguns deles foram atacados por glorificarem o passado racista do país.

Em um comunicado, o secretário interino de Segurança Interna, Chad Wolf, disse estar destacando "equipes de mobilização rápida" em todo país para proteger monumentos e estátuas durante o 4 de Julho, feriado nacional pelo Dia da Independência.

Muitos monumentos foram atacados, e alguns derrubados, neste último mês, durante manifestações contra a violência e o abuso policiais em relação à população negra. Nos protestos, várias estátuas de figuras do sul pró-escravagismo na Guerra Civil de 1860 e outros símbolos do legado de escravidão do país foram alvo dos manifestantes.

Entre elas, estátuas dos venerados presidentes George Washington e Thomas Jefferson (1801-1809), ambos donos de escravos.

Em alguns casos, os próprios governos locais decidiram retirar os monumentos, cedendo à pressão das ruas.

O presidente Donald Trump expressou sua indignação em 22 de junho, quando os manifestantes tentaram derrubar uma estátua, diante da Casa Branca, do presidente Andrew Jackson. Também proprietário de escravos, ele comandou a expulsão em massa de nativos americanos de suas terras de origem, na década de 1830.

Trump exigiu que a polícia prenda e leve a julgamento qualquer pessoa que danificar monumentos, exigindo que receba uma pena de até dez anos de prisão.

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