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Nesta quarta-feira (1º), Raquel Lyra (PSDB) completou seu primeiro mês no governo em meio a polêmicas, iniciativas apoiadas pelos pernambucanos e agendas junto à população. Como prometido, a chefe do Executivo Estadual não se distanciou do compromisso de "arrumar a casa", mas toda essa vontade resultou em alguns equívocos que fizeram ela voltar atrás. 

Um dia após assinar a posse ao lado da vice Priscila Krause (Cidadania), Raquel decretou a exoneração de  2.754 cargos comissionados e dispensou as funções gratificadas de uma só vez. Os efeitos desse primeiro ato travaram as funções mais básicas do serviço público, como a emissão de carteiras de habilitação pelo Detran. 

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O decreto manteve dirigentes de áreas essenciais como hospitais, presídios e escolas foram mantidos, mas, ainda assim, a matrícula de alunos na rede estadual de ensino também foi comprometida. A exoneração em massa foi duramente criticada por órgãos, entidades e pela população, com a limitação do acesso aos serviços mantidos pelo estado. Os prejuízos da sua primeira medida fizeram a governadora voltar atrás e incluir as funções gratificadas dos gestores escolares para normalizar o cadastro dos estudantes.

Corte de gastos da máquina- No dia 5, o "Plano de Qualidade de Gastos" foi lançado com o objetivo de economizar R$ 150 milhões até o fim do ano. Esse dinheiro ficaria nos caixas através de cortes em contratos públicos com combustível, diárias e veículos. Essa movimentação foi fundamental para ela estruturar os eixos da sua Reforma Administrativa. Os primeiros dias de governo também serviram para Raquel mostrar o compromisso com a pauta do abastecimento de água e começar a regularizar a distribuição na Zona Norte do Recife.

Tentativa de golpeO ataque golpista à Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal, no dia 8, repercutiu na agenda da gestora com uma reunião virtual de emergência com os governadores e líderes do governo federal. No dia seguinte, ela anunciou o envio de 50 policiais militares para reforçar a segurança de Brasília e viajou à capital federal para encontrar pessoalmente com o presidente Lula (PT) e debater com os demais governadores sobre as medidas tomadas por cada estado para conter as manifestações que pediam um golpe de estado. 

Reforço nas policiais- No dia 12, foi apresentada a Operação Pernambuco Seguro,  com o  aumento diário de 30% do efetivo policial lançado às ruas. A iniciativa com interesse em oferecer uma sensação de segurança aos pernambucanos foi viabilizada pelo investimento de R$ 7,5 milhões nas policiais Militar, Civil, Científica e no Corpo de Bombeiros.

Inércia diante do aumento dos salários- O início da segunda quinzena do mês foi marcado por uma nova polêmica sobre o aumento de 126% no salário da própria governadora. Raquel teve o prazo de 15 dias, mas não se manifestou sobre o projeto que reajustou a quantia de R$ 9,6 mil para R$ 22 mil. A lei também subia os salários da vice Priscila e do seu secretariado para R$ 18 mil.

Sem qualquer objeção da gestão estadual, a lei proposta pelo legislativo foi sancionada automaticamente com a assinatura do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Eriberto Medeiros (PSB). Também foi reajustada a remuneração dos deputados de R$ 25 mil para R$ 29,4 mil já em janeiro, com a previsão de um novo reajuste para R$ 31,2 mil em abril. A estimativa é que os novos salários custem R$ 25 milhões no orçamento do Estado neste ano. A norma ainda deixou programado os aumentos dos salários dos deputados para R$ 33 mil em fevereiro do próximo ano e R$ 34,7 mil em fevereiro de 2025.

No mesmo dia em que os parlamentares criaram os auxílios saúde, moradia e alimentação, que superaram R$ 12.377 mensais para cada um, 39 deputados estaduais aprovaram a Reforma Administrativa de Raquel. A proposta da governadora é reestruturar a organização das secretarias, o que gerou o aumento de servidores comissionados em relação à antiga gestão. O número de funcionários nomeados por indicação do secretariado passou para  2,7 mil, sendo 168 cargos novos. Entre as mudanças também foi estabelecido o aumento do teto de gratificações para R$ 3 mil e o ajuste no quadro de servidores de 2,1%, com o aumento de gastos do estado em R$ 25 milhões.

Diálogo com Prefeituras e pedidos a Lula- No meio dessa articulação com as Prefeituras, a governadora fez uma nova viagem para Brasília onde expôs ao presidente Lula que as pautas prioritárias para Pernambuco são a requalificação do metrô do Recife, o investimento em habitação de interesse social, a continuidade das obras da Transnordestina e a conclusão da transposição do Rio São Francisco.

O União Brasil (UB) declarou o voto dos seus deputados estaduais para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no deputado Alvaro Porto (PSDB). Com a decisão do partido, anunciada nesta sexta-feira (27), Álvaro Porto ganha cinco votos. Os deputados que compõem a bancada da legenda são: Antonio Coelho, Cleber Chaparral, Romero Albuquerque, Romero Sales Filho e Socorro Pimentel.   

A nota do União Brasil também fdestaca o voto para a Primeira-Secretaria em Gustavo Gouveia (Solidariedade). O partido diz acreditar que os dois parlamentares, se eleitos, "vão trabalhar por uma Assembleia Legislativa mais fortalecida, com uma atuação compromissada e em sintonia com os anseios da sociedade pernambucana". 

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A eleição está prevista para ser realizada no dia 1 de fevereiro, quando inicia a atividade legislativa da Casa em 2023 e já tem o nome do tucano como forte candidato a presidir a Casa na nova legislatura que vai de 2023 a 2027. 

 Confira a nota na íntegra: 

A bancada do União Brasil votará unida na eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, marcada para o próximo dia 1º de fevereiro. Os cinco deputados eleitos que compõem o grupo manifestam apoio conjunto em favor das candidaturas dos deputados Álvaro Porto (PSDB) e Gustavo Gouveia (Solidariedade) para, respectivamente, a Presidência e a Primeira-Secretaria da Casa Joaquim Nabuco no biênio 2023-2024.

A capacidade de diálogo com os pares e com o Poder Executivo, bem como a relevante atuação na Casa Joaquim Nabuco dos postulantes foram apontados pelos parlamentares do União Brasil como alguns dos principais elementos para a consolidação desse apoio. 

O grupo consolida o apoio aos colegas, ressaltando a confiança de que ambos vão trabalhar por uma Assembleia Legislativa mais fortalecida, com uma atuação compromissada e em sintonia com os anseios da sociedade pernambucana. 

Recife, 27 de janeiro de 2023 

Antonio Coelho Cleber Chaparral

Romero Albuquerque

Romero Sales Filho

Socorro Pimentel

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, formalizou sua saída do cargo que ocupava desde 2019. Por meio de carta aberta divulgada nesta terça (24), o tucano relembrou o início da sua trajetória no partido e destacou que muitos avanços sociais, econômicos e institucionais que o Brasil tem são frutos do trabalho realizado pelo PSDB ao longo do tempo..

Após o fim do mandato da atual Executiva Nacional, uma nova composição será construída a partir do dia dois de fevereiro, com a presidência do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

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“Tenho a consciência da nossa importância para a história e o desenvolvimento do Brasil. Orgulho, porque sei que passarão décadas e décadas, e nossa marca, nossas conquistas e valores ficarão”, exclamou Bruno.

“O momento agora é de novos desafios. Temos nomes, temos entregas, temos conquistas que nos colocam novamente na disputa pela Presidência da República. Podemos, sim, sonhar alto”, ressaltou. O pernambucano frisou ainda que o novo presidente terá ao seu lado os governadores Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul).

*Da assessoria 

Pernambuco avançou com a representatividade feminina no poder ao empossar, neste domingo (1º), a primeira governadora do Estado, Raquel Lyra (PSDB), ao lado da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania). A solenidade da posse aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), na área central do Recife.

O novo comando de Pernambuco fará a transmissão de cargo no Palácio do Campo das Princesas, também na área central, após a posse na Casa de Joaquim Nabuco.

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Agora governadora empossada, Raquel Lyra chegou acompanhada do pai, João Lyra, ex-governador de Pernambuco, e dos filhos, João e Nando.

"Se alguém duvida do poder da democracia, do voto e acha que na política nada muda, o dia de hoje é uma resposta: uma mulher governadora e vice-governadora. É uma grande honra estar aqui hoje, mas governar não é privilégio, é responsabilidade. Vou dedicar toda a minha energia ao nosso povo. Regresso hoje a esta Casa com o mesmo espírito que sentei pela primeira vez na cadeira de deputada estadual", disse Raquel Lyra, no discurso de posse na tribuna da Alepe. 

A ex-prefeita de Caruaru destacou que Pernambuco vive em um "momento crítico" e que é preciso fazer diferença na vida de quem mais precisa.

"Esse início de ano marca um período de renovação e desafios. Nos últimos 16 anos, Pernambuco conheceu ciclos diferentes em sua trajetória. Foi de entusiasmo ao mais profundo desalento. Nos últimos anos, vimos a miséria e a perda do protagonismo que sempre foi nossa marca. Pernambuco deixou de ter uma postura altiva para virar lembrança", observou. 

O PSDB encerra amanhã quase três décadas de poder em São Paulo sem uma liderança paulista forte e cada vez mais distante das decisões nacionais. A vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos) não apenas pôs fim à era tucana como deixou o partido refém de alianças para se manter influente no Estado que lhe deu sete vitórias eleitorais consecutivas, desde Mário Covas.

Após obter 18,4% dos votos válidos em sua tentativa de reeleição, o futuro do atual governador, Rodrigo Garcia, é incerto. Filiado ao PSDB apenas para disputar o pleito, o tucano que fez sua vida política no antigo DEM tem dito que fica, mas sem a garantia de liderar qualquer processo de reestruturação - o plano é deixar o País em 2023 para estudar.

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Ao apoiar o presidente Jair Bolsonaro no pleito nacional, Garcia expôs os recorrentes rachas tucanos, antecipou a saída de João Doria da sigla, que já havia perdido Geraldo Alckmin (eleito vice-presidente da República pelo PSB), e não conseguiu eleger José Serra como deputado federal. Sem os chamados cabeças brancas, os tucanos de São Paulo têm hoje na senadora Mara Gabrilli sua principal representante. Mas até ela pensa em deixar a sigla.

Divisões

"Vejo como obscuro o futuro do partido. Nem mesmo eu tenho certeza se fico. O PSDB desrespeita os próprios tucanos, que não são ouvidos. Essa eleição foi muito injusta, vi muita gente perdendo a calma. E, nós, na eleição presidencial, não tivemos apoio", disse ela, em referência à sua candidatura a vice na chapa de Simone Tebet (MDB). "O que mais desanima no PSDB são as disputas internas. É muita vaidade. Não está favorável seguir no partido. Estou pensando, avaliando possibilidades e o quanto vale a pena ficar."

As vaidades citadas por Mara se revelaram em lutas fratricidas que ajudaram a reduzir o peso do partido nos últimos anos, na avaliação da professora de Ciência Política Tathiana Chicarino, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp). O racha se acentuou com a eleição de Doria, em 2018, colado na imagem do então candidato ao Planalto Jair Bolsonaro.

Naquele ano, a eleição já foi a mais apertada, com o ex-prefeito saindo-se vitorioso sobre Márcio França (PSB) com uma diferença de 741 mil votos. Depois, o avanço da direita mais radical acabou por diminuir a sigla especialmente em São Paulo, que fez só três deputados federais. "Com a perda do governo, o partido fica ainda mais fragilizado", disse Tathiana.

Para o cientista político Bruno Silva, a perda do Estado reduz automaticamente a relevância do PSDB. "Estar à frente de São Paulo conferia importante peso político à sigla, oferecendo-lhe condições de produzir lideranças nacionais."

Segundo o presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, o partido pretende, agora, resgatar suas raízes. O plano, disse, é estar mais próximo do "pulsar das ruas".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Estado de Pernambuco diplomou, nesta segunda-feira (19), três mulheres para ocupar os cargos de governadora, vice-governadora e senadora. A solenidade que registrou o momento histórico foi realizada no Centro de Convenções, em Olinda, e também graduou dois senadores suplentes, 25 deputados federais e 49 deputados estaduais de Pernambuco. 

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), André Guimarães, presidiu a sessão que reconheceu a vitória dos candidatos das eleições de 2022 pela Justiça Eleitoral para que exerçam os respectivos mandatos.

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Guimarães destacou o marco histórico para Pernambuco com a eleição e diplomação de três mulheres representando o Estado. "Este dia é um marco para Pernambuco, pois estamos diplomando, pela primeira vez na história do nosso estado, uma governadora eleita, Raquel Lyra, e uma senadora eleita, Teresa Leitão. E também, de forma inédita, uma chapa composta só por mulheres, tendo Priscila Krause na vice. Não tenho dúvidas que hoje a democracia sai ainda mais fortalecida", afirmou. Ele também elogiou  a condução que os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes fizeram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nestas eleições atribuladas e expressou o sentimento de que a democracia “saiu ainda mais fortalecida”. 

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A governadora eleita e diplomada, Raquel Lyra, se emocionou quando recebeu o diploma de governadora. Ela destacou que Pernambuco “inaugura um novo tempo no Estado” ao eleger uma governadora e uma vice-governadora “de maneira inédita no Brasil”, e que a principal missão delas é mudar o momento que o Estado vive cuidando de gente. “Vamos tirar de Pernambuco esse momento que vive de desalento, de desesperança. Unir a todos, construir as pontes necessárias com os municípios, nossos cidadãos, governo federal e parlamentares e a sociedade pernambucana para fazer a gente voltar a ser um Estado mais inclusivo, mais igual e que permita aos nossos filhos terem o direito de sonhar”, salientou a tucana. 

A vice-governadora eleita, Priscila Krause, recebeu o diploma ao lado do pai, o ex-governador de Pernambuco, Gustavo Krause, que se emocionou ao graduar a filha. Priscila, por sua vez, falou sobre a expectativa para o governo, o sentimento de “gratidão e de responsabilidade imensa”. Assim como Raquel, Priscila informou que os nomes para compor as secretarias do governo serão anunciados “no momento certo”, e que o anúncio deverá ser feito pela tucana. “O que a gente pode dizer é que a gente está trabalhando, Raquel está dialogando, conversando e construindo, e a gente vai apresentar um time de primeira para nos ajudar em Pernambuco. A gente precisa de gente competente, com preparo técnico e sensibilidade política”. 

O deputado estadual eleito Lula Cabral (Solidariedade) não teve os votos contabilizados no pleito por estar com a candidatura indeferida porque teve as contas rejeitadas pela Câmara Municipal do Cabo em 2017. No entanto, após uma nova totalização dos votos, o TRE-PE informou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu o registro da candidatura do ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, que passou a constar como deputado estadual eleito no site do TSE. 

Na cerimônia de diplomação, Lula afirmou estar feliz com o reconhecimento da Justiça. “O TSE mandou nos diplomar hoje e empossar no dia 1º de fevereiro”. Questionado sobre um possível medo do TSE recuar com a decisão, ele disse que, caso aconteça, a questão deve ser vista pelos advogados. 

Mesmo tendo feito campanha para a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) ao Governo de Pernambuco, o ex-prefeito detalhou que a expectativa com o governo Raquel Lyra “será ótima” e que todos torcem por Pernambuco. “A querida governadora Raquel Lyra já foi deputada e sabe muito bem que aquela Casa vota as matérias de interesse do povo e de Pernambuco. E eu sou mais um soldado de Pernambuco. Com certeza absoluta, Raquel Lyra será uma excelente governadora”. 

A deputada estadual eleita Dani Portela (PSOL) salientou a importância do espaço ocupado por mulheres para governar o Estado. “É um espaço muito importante para a gente numa eleição que é histórica para Pernambuco, teremos a primeira governadora da história de Pernambuco diplomada, numa chapa composta só por mulheres, com a vice-governadora. Teremos a primeira senadora eleita”. 

Dani chamou atenção para a pouca representatividade de mulheres no legislativo, sobretudo mulheres negras. “Apesar de termos eleito mulheres para o majoritário, eu vou tomar posse, ser diplomada hoje no legislativo que tem menos mulheres, e principalmente mulheres negras que vêm de lugares que eu venho e com os grupos que eu construo. É importante a gente ampliar as vozes entendendo que eu vou ser deputada no 4º Estado mais desigual do Brasil, e que essas desigualdades são de classes sociais, gênero e raça. Enfrentar essas desigualdades é promover e garantir direitos”. 

Em reunião convocada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os deputados federais Adolfo Viana (PSDB-BA) e Alex Manente (Cidadania-SP) garantiram o apoio da federação ao qual fazem parte na votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição no Congresso, mas sinalizaram ter divergências com um dos pontos centrais do texto: a retirada do Auxílio Brasil por quatro anos do teto de gastos.

Os parlamentares das duas siglas defendem que o programa de transferência de renda fique fora da âncora fiscal vigente por apenas um ano. Eles defendem ainda que a PEC da Transição antecipe para o ano que vem as discussões de revisão do teto de gastos - que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação - e da regra de ouro para que seja formulada uma nova âncora fiscal.

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"Eu disse isso ao presidente: 'Nós temos a missão de rever o teto de gastos e a regra de ouro, porque nós não podemos sempre ficar no penduricalho para ter condições de dar auxílio. Ou nós antecipamos essa revisão prevista para daqui cinco anos ou nós vamos sempre ter de fazer algo que é exceção para aquilo que é obrigação", disse Manente, que, apesar disso, reforçou o apoio à PEC. "Apoiaremos (a PEC), independentemente de qualquer questão, e nós teremos a independência de divergir naquilo que não concordamos."

No Senado, MDB, PSD e União Brasil já tinham declarado apoio à PEC também depois de se reunir com Lula.

Nessa quarta-feira (30), o petista se reuniu pela segunda vez com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para dar continuidade às negociações do novo governo. Os encontros individuais foram a portas fechadas, fora da agenda oficial, no hotel em que Lula está hospedado, em Brasília.

"Foi positivo, amadurecimento de questões", disse Pacheco a jornalistas no Senado. Ao ser questionado sobre se já há um valor definido para a PEC, o senador disse que "ainda não".

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, cotado para assumir a Fazenda, disse que a discussão sobre a nova âncora fiscal deve ficar para depois. "É muito pouco tempo de tramitação da PEC para fazer uma substituição (da regra fiscal). A PEC é para, justamente, ganhar o tempo necessário para fazer a reforma tributária e encaminhar o novo arcabouço fiscal."

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) multou o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), por uso da máquina pública em sua campanha pela reeleição. O valor fixado foi de R$ 21.282,00. Seu candidato a vice, Eugênio Zuliani, foi multado em R$ 5.320,50.

A decisão atendeu a pedido da coligação Juntos por São Paulo, que apoiou o candidato Fernando Haddad (PT) ao governo. A coligação alegou que Garcia transformou visitas a prédios estaduais, como hospital, ambulatório, escola e quartel da Polícia Militar, em atos de campanha eleitoral, veiculando fotos e vídeos em suas redes sociais.

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Garcia ainda poderá recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Eleita como a primeira governadora de Pernambuco com 58,85% dos votos, Raquel Lyra (PSDB) assume a cadeira do Palácio do Campo das Princesas no dia 1º de janeiro, depois de oito anos da gestão de Paulo Câmara, e 16 do PSB no Estado. A governadora eleita tem como prioridades de governo o combate à fome e a pobreza, e a ampliação da oferta de serviços públicos de qualidade para as populações mais vulneráveis. 

Segundo informações enviadas pela assessoria, para o combate à fome, a tucana tem como plano instituir o programa Mães de Pernambuco, que visa oferecer, a curto prazo, R$ 300 às mães e filhos de até seis anos de idade. Além disso, uma rede de restaurantes populares para ofertar refeições saudáveis e nutritivas a preços simbólicos, o Bom Prato Pernambucano, também faz parte da sua prioridade. 

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“Paralelo a isso, também será retomado o investimento público, gerando empregos e melhoria da qualidade de vida para todos os pernambucanos e pernambucanas, além de programas que irão estimular a geração de oportunidades, como o Trilhatec, que irá integrar a Educação Profissional e Tecnológica ao Ensino Médio, e o Bora Empreender!, que oferecerá consultoria e crédito desburocratizado para pequenos empreendedores”, informou a assessoria.

A ampliação da oferta de serviços para crianças, mães e pessoas com deficiência é um dos objetivos da governadora eleita. Ela assegura a criação de 60 mil novas vagas de creche, construção de cinco grandes maternidades em locais estratégicos do estado, e a garantia de políticas de inclusão para pessoas com deficiência.

Reeleito governador do Rio Grande do Sul no segundo turno, Eduardo Leite (PSDB) vai ser convidado pelo presidente do partido, Bruno Araújo, para assumir o comando nacional da legenda a partir do dia 31 de maio de 2023, quando termina o mandato da atual direção tucana.

A expectativa é de que Leite esteja na linha de frente das negociações com outros partidos para discutir uma eventual fusão ou a ampliação da federação com o Cidadania, e represente os tucanos caso se consolide um novo bloco com o Podemos e o MDB. As articulações partidárias ainda são embrionárias e dificilmente estarão concluídas até maio.

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Como presidente do PSDB ou representante da sigla em uma aliança mais ampla, Leite teria um lugar de destaque no debate nacional e poderia despontar como um líder de centro para a disputa presidencial de 2026.

Além de Leite, o PSDB elegeu mais dois governadores, Eduardo Riedel (MS) e Raquel Lyra (PE), mas perdeu a hegemonia em São Paulo após 28 anos. Na Câmara, o PSDB encolheu e virou uma sigla nanica. Elegeu apenas 13 dos 18 parlamentares da federação com o Cidadania.

Antes de tentar a reeleição, Leite renunciou ao comando do Executivo estadual para concorrer nas prévias presidenciais do PSDB contra o ex-governador de São Paulo João Doria. O paulista venceu a disputa interna, mas acabou desistindo da candidatura ao Palácio do Planalto após uma crise na legenda.

O PSDB e o Cidadania discutem a possibilidade de uma fusão com outras siglas ou a ampliação da federação já existente com a incorporação do MDB e do Podemos. Nesse cenário, Leite e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) despontam como os quadros mais importantes no xadrez nacional.

Como presidente do PSDB ou representante da sigla em uma aliança mais ampla, Leite teria um lugar de destaque no debate nacional e poderia despontar como um líder de centro para a disputa presidencial de 2026.

Além de Leite, o PSDB elegeu mais dois governadores, Eduardo Riedel (MS) e Raquel Lyra (PE), mas perdeu a hegemonia em São Paulo após 28 anos. Na Câmara, o PSDB encolheu e virou uma sigla nanica. Elegeu apenas 13 dos 18 parlamentares da federação com o Cidadania.

Antes de tentar a reeleição, Leite renunciou ao comando do Executivo estadual para concorrer nas prévias presidenciais do PSDB contra o ex-governador de São Paulo João Doria. O paulista venceu a disputa interna, mas acabou desistindo da candidatura ao Palácio do Planalto após uma crise na legenda.

O PSDB e o Cidadania discutem a possibilidade de uma fusão com outras siglas ou a ampliação da federação já existente com a incorporação do MDB e do Podemos. Nesse cenário, Leite e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) despontam como os quadros mais importantes no xadrez nacional.

O governador Paulo Câmara (PSB) assinou, nesta segunda-feira (31), o ato que nomeia a Comissão de Transição Governamental para repassar as informações oficiais à equipe da governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB). A tucana foi eleita com 58,70% dos votos válidos, nesse domingo (30), em uma disputa contra Marília Arraes (SD) que conquistou 41,30% do eleitorado pernambucano.

A comissão será coordenada pelo secretário da Casa Civil, José Neto, e contará ainda com os secretários Alexandre Rebelo (Planejamento), Décio Padilha (Fazenda), Marília Lins (Administração) e Ernani Médicis (Procuradoria Geral do Estado).

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"Nosso governo está à disposição para assegurar uma transição transparente e profissional à equipe de Raquel Lyra", afirmou o governador Paulo Câmara.

Fim da hegemonia

O PSB geriu o Estado nos últimos 16 anos e o candidato da legenda nesta disputa, Danilo Cabral, ficou em quarto lugar no primeiro turno com 18,06% dos votos válidos, ou seja o apoio de 885.994 pernambucanos.

Ainda na noite desse domingo (31), Paulo Câmara falou por telefone com a governadora eleita. Ele parabenizou Raquel e desejou sucesso na nova missão.

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Após pedir votos à Marília Arraes (SD), com a derrota da candidata ao Governo de Pernambuco para Raquel Lyra (PSDB), o prefeito João Campos (PSB) ligou para a governadora eleita nesta segunda-feira (31). A ex-prefeita de Caruaru se tornou a primeira mulher eleita governadora de Pernambuco com 58,70% dos votos. 

O prefeito frisou que a capital pode ajudar Raquel a construir uma relação para melhorar o estado e frisou que o resultado das urnas deve ser respeitado. Ao todo, 3.113.415 de votos garantiram a vitória da tucana no estado. 

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João também aproveitou para parabenizar Lula (PT) e os representantes do PSB que saíram vitoriosos no segundo turno, com destaque ao vice do petista, Geraldo Alckmin, e os governadores João Azevedo, na Paraíba, e Renato Casagrande, no Espírito Santo. 

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Após o resultado das eleições deste ano, o Republicanos e o PT são os que mais irão governar o maior número de habitantes a partir de 2023. Ao todo, serão 48,2 milhões de habitantes em dois estados comandados pelo Republicanos: São Paulo e Tocantins. Já o PT estará à frente de quatro estados, onde moram 31 milhões de pessoas: Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Para fazer o cálculo é considerado as projeções populacionais do IBGE e o resultado das eleições deste ano. Seguindo a linha do número maior de habitantes, o terceiro partido da lista é o PL, que possui 24,8 milhões de pessoas que vivem nos dois estados que elegeram governadores da sigla: Rio de Janeiro e Santa Catarina.

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Já em quarto lugar aparece o PSDB, que elegeu três governadores que comandarão uma população de 23,9 milhões no Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.

 

Presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, esteve no Recife para participar da festa da vitória de Raquel Lyra e aproveitou para comemorar o desempenho do partido nesse domingo (30). Sem fazer nenhum governador no primeiro turno, o PSDB saltou para a sigla com mais gestores estaduais eleitos na noite do segundo turno e deixou a eleição como a terceira com mais governadores no país. 

Depois de perder São Paulo, considerado o reduto dos tucanos no país, o PSDB protagonizou uma noite histórica com a volta de Eduardo Leite no Rio Grande do Sul, a conquista de Eduardo Riedel no Mato Grosso do Sul e a chegada de Raquel Lyra como a primeira governadora da história de Pernambuco. 

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O presidente disse que resultado representa a "virada geracional" do partido, que passa a se apresentar com uma nova forma de se comunicar com o eleitor e posicionado em um campo onde os extremos não dominam a cena política. 

"Na noite de hoje, o PSDB saiu das eleições estaduais com o maior vitorioso das eleições no país, três governadores e um vice-governador e, mais do que a relação numérica e importância dos estados, são quadros de renovação que demonstram que o país tem esperança de ter um novo conjunto de lideranças", comemorou Bruno. 

A direita democrática foi engolida no primeiro turno pelo União Brasil e PT, ambos com quatro governadores eleitos em 2022. Sem fechar apoio com os candidatos à Presidência, o partido liberou o voto de seus representantes, mas o posicionamento em favor de Lula (PT) de uma das suas principais lideranças, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, estimulou as campanhas diante da alta rejeição aos bolsonaristas no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul. Ainda assim, o PSDB deve manter a posição histórica de oposição ao petista, dessa vez, com o antagonismo fortalecido com um Congresso de centro-direita.

Em Pernambuco, mesmo com o sabor especial de levar o estado de volta a um governo de direita após 16 anos do PSB, Bruno não colocou Raquel Lyra como prioridade. Ele elogiou a a governadora eleita e afirmou que ela sempre teve a confiança da direção. 

"Raquel foi prioridade em uma aposta quando muitos achavam que, dada a polarização, era difícil. Eu não tô falando de aposta econômica do PSDB, tô falando em algo mais. Ela sempre foi vista como uma mulher de vibra, de posição e de comprometimento com a vida pública", comentou.  

Sobre uma possível indicação ou até mesmo integrar o secretariado do Palácio do Campo das Princesas, o presidente nacional da legenda indicou que não deve participar diretamente da gestão. "Tenho um ciclo cumprido. Eu não tenho nenhuma outra pretensão agora que não seja continuar ajudando como puder no propósito dessa coisa tão bonita que tem Raquel e nos eleitos no Brasil", concluiu.  

Um dos principais derrotados no primeiro turno, com destaque para a perda de São Paulo, o PSDB sai como principal vencedor do segundo turno, levando 3 dos 12 dos governos em disputa: Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Isso apesar de a maior parte das disputas regionais espelhar a acirrada eleição federal entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

No Rio Grande do Sul, Eduardo Leite teve 57,12% dos votos válidos, ante 42,88% de Onyx Lorenzoni (PL). A campanha foi marcada pela animosidade e pela troca de acusações, com os candidatos nem se cumprimentando antes e após os debates. O tucano buscou certa neutralidade da disputa nacional, apesar de receber o apoio "crítico" do PT. "Agradecemos o voto crítico do Partido dos Trabalhadores. A campanha foi de convergência. Com democracia e respeito", disse, após ser reeleito. "Tenho consciência de que as motivações de eleitores são diversas."

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Há quatro anos, Leite havia obtido 3.128.317 votos na disputa contra José Ivo Sartori (MDB); neste domingo, 30, tinha 3,68 milhões apurados até 20h30. A expectativa no início do ano, era que ele buscasse a reeleição. Mas confrontos internos no PSDB, sobretudo com o grupo do ex-governador paulista João Doria, o levaram a renunciar e, posteriormente, a retomar os planos estaduais.

Também Raquel Lyra, em Pernambuco, conseguiu vitória tucana com folga, buscando manter certa neutralidade da disputa entre Lula e Bolsonaro e angariando apoios de todos os lados. Isso permitiu que lideranças de esquerda, rivais a Marília Arraes (SD), se reunissem no seu palanque. Parte do PT, que oficialmente apoiava Marília, esteve com a tucana, assim como a maioria do PSB e alguns políticos da Rede Sustentabilidade. No fim, ela obteve 58,70% dos votos válidos, ante 41,30% de Marília.

"Vamos precisar dar as mãos, não enxergar as cores partidárias, que eventualmente podiam nos dividir, de buscar construir as pontes que Pernambuco tanto sonha entre os municípios, seu povo, entre o Brasil e com o futuro'', disse Raquel Lyra.

Em Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel teve 56,90% dos votos válidos, superando o Capitão Contar (PRTB), com 43,10%. Empresário do agronegócio, ele destacou ontem ter um projeto para o Estado - "de desenvolvimento, distribuição de renda, inclusão e qualificação para pessoas entrarem nas oportunidades oferecidas". "Agora é arregaçar as mangas."

Mas vale registrar que não houve só vitórias para os tucanos: Pedro Cunha Lima teve 47,49% dos votos válidos na Paraíba, perdendo para o governador João Azevêdo (PSB), que teve 52,51% dos votos válidos. "Obrigado, Paraíba. Obrigado por confirmar que nosso trabalho vai continuar e nosso Estado seguirá avançando, mudando verdadeiramente a vida das pessoas."

OUTROS ESTADOS

Entre os locais mais afetados pela polarização, o destaque fica para a vitória de Tarcísio de Freitas em São Paulo, com 55,27% dos votos válidos, ante 44,73% de Fernando Haddad. Apesar de líderes históricos do PSDB anunciarem voto em Lula, o governador Rodrigo Garcia rapidamente anunciou apoio irrestrito ao ex-ministro de Bolsonaro no fim do primeiro turno. Interlocutores de Tarcísio disseram não esperar uma "destucanização" do governo.

Já no bloco da atual oposição, a principal vitória ocorreu na Bahia, onde Jerônimo teve 52,78% dos votos válidos, ante 47,22% de ACM Neto. O petista não compareceu a debates e buscou manter a distância obtida no início do mês. Em seu discurso de vitória, agradeceu ao atual governador Rui Costa (PT) e ao ex-governador Jacques Wagner (PT). "A palavra a partir de agora é avançar, nas políticas públicas de saúde, de estradas, de juventude. Teremos de governar em mutirão com Lula no Brasil."

No entanto, mesmo em um Estado em que Lula venceu por ampla vantagem, Sergipe, houve derrota do PT. Rogério Carvalho teve 48,30% dos votos válidos, ante 51,70% de Fábio Mirtidieri, do PSD - "Nós mostramos a força desse agrupamento", disse, em Aracaju.

Em Alagoas, mesmo após ser alvo de uma ação policial federal e chegar a ser afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça, Paulo Dantas (MDB) foi reeleito com 52,33% dos votos válidos, superando Rodrigo Cunha, do União Brasil, que teve 47,67%. Ele havia assumido o posto após eleição indireta em maio. "Vencemos no voto. Obrigado a todos", postou no Instagram.

Ainda no Sudeste, em outra disputa no bloco mais polarizado, Renato Casagrande (PSB) teve 53,80% dos votos válidos, ante 46,20% de Manato, do partido do presidente Bolsonaro (PL). O Estado foi o primeiro a concluir a totalização de votos. "Meus adversários não existem mais com o fim da eleição e se quiserem ajudar serão muito bem-vindos", disse ao site G1, após a vitória.

Por regiões, Norte e Sul, aliás, consolidaram o avanço do bloco denominado Centrão. Wilson Lima (União Brasil) foi reeleito no Amazonas, com 56,67% dos votos válidos, ante 43,33% de Eduardo Braga do MDB. O governador reeleito disse no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) local que manterá "o compromisso de continuar trabalhando pelo povo, fazendo entregas que mudam a vida das pessoas".

Em Rondônia, numa disputa dentro do mesmo espectro político, o União também se manterá no poder, com a reeleição de Marcos Rocha, que teve 52,47% dos votos válidos, ante 47,53% de Marcos Rogério (PL). Rocha não se pronunciou até as 21 horas de ontem.

VITÓRIA AMPLA

No Sul, em Santa Catarina, Jorginho Melo teve a maior vitória do segundo turno, com 70,69% dos votos válidos, superando o petista Décio Lima - 29,31%. O senador ligou diretamente toda a sua campanha a Bolsonaro, se apresentando como o candidato do presidente no Estado. Ele não se pronunciou até as 21 horas de ontem.

CENTRÃO

A exemplo do que se viu no Legislativo, o bloco de partidos do chamado Centrão sai como grande vencedor também das eleições para os governos estaduais. PP, PL e Republicanos terão seis governadores: Gladson Cameli (AC), Antonio Denarium (RR), Wanderlei Barbosa (TO), Jorginho Mello (SC), Cláudio Castro (RJ) e Tarcísio de Freitas (SP).

Por partidos, a maior vitória estadual ficou para o União Brasil, que governará Amazonas (Wilson Lima), Rondônia (Coronel Marcos Rocha), Goiás (Ronaldo Caiado) e Mato Grosso (Mauro Mendes) e para o PT, que governará Bahia (Jerônimo Rodrigues), Ceará (Elmano de Freitas), Piauí (Rafael Fonteles) e Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra).

Aparecem na sequência, com três vitórias para o Executivo estadual, MDB (AL, PA e DF), PSDB (PE, RS e MS) e PSB (PB, MA e ES).

O PSD governará Sergipe e Paraná, enquanto o Solidariedade elegeu o chefe do Executivo no Amapá e o Novo teve a reeleição de Zema em Minas. No total, foram reeleitos 18 governadores em 2022.

Em reunião no sábado, 22, a maioria dos integrantes do diretório estadual do PSDB paulista decidiu declarar apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial no segundo turno. A informação foi enviada a reportagem por integrantes da Executiva tucana.

Após a divulgação da informação, o presidente estadual do partido, Marco Vinholi, enviou outra nota na qual afirma negando que tenha havido uma declaração de apoio oficial. O diretório decidiu liberar os filiados. O desencontro causou mal-estar na cúpula do partido.

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Em sintonia com a ala dos chamados "cabeças brancas" do partido - grupo dos tucanos históricos que apoiam o petista - parte da direção da legenda contrariou o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que se apressou em declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sem o consentimento partidário.

O diretório já havia definido apoio ao ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa estadual. Em nota, a direção tucana ressaltou que nomes como Aloysio Nunes, José Aníbal, o secretário-geral Carlos Alberto Balotta e o presidente municipal da legenda na capital, Fernando Alfredo, defenderam apoio ao ex-presidente.

"A defesa da democracia foi foco central no debate e ponto defendido pelo ex-senador José Aníbal ao pontuar o apoio a Lula. Aloysio Nunes declarou que essa posição representa a maior parte dos tucanos históricos e Balotta relembrou o apoio a Lula em 1998", disse o partido.

Também houve manifestações a favor da neutralidade e a favor de Bolsonaro, como do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando. O direito aos filiados para tomarem sua posição individual foi garantido pela deliberação da executiva nacional no dia 4 de outubro.

A candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) entra na reta final da campanha eleitoral para o Governo de Pernambuco com mais uma vitória na Justiça contra Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (Cidadania) por divulgação de fake news em propaganda eleitoral na TV.   

O desembargador Dario Rodrigues Leite de Oliveira determinou, neste fim de semana, a retirada de uma peça publicitária caluniosa contra Marília Arraes. A Justiça entendeu que Raquel Lyra e Priscila Krause lançaram mão de "propaganda irregular e divulgação de fato sabidamente inverídico divulgado em 22/10/2022 na propaganda eleitoral da TV (inserções) com ofensa à honra da candidata Marília Arraes, imputando-lhe condutas criminosas". 

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 A decisão determina que a campanha de Raquel e Priscila deixe de veicular a fake news "seja por meio de inserção ou quaisquer outras formas de divulgação de propaganda eleitoral sob pena de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por descumprimento e per capita". 

 Há, ainda, a intimação das emissoras de televisão pernambucanas para que não mais veiculem a propaganda eleitoral em questão em no máximo quatro horas após o recebimento da decisão da Justiça Eleitoral sob pena de multa de R$ 10.000,00 por dia de descumprimento.

*Da assessoria 

Sem interesse em polarizar a disputa em Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) ainda preserva a neutralidade na escolha do presidente, mas apareceu neste sábado (22) com um adesivo de Jair Bolsonaro (PL) no braço, em Petrolina, no Sertão. Apoiada por Lula (PT), Marília Arraes (SD) vem apontando a adversária como candidata do atual mandatário para se beneficiar com a rejeição dele no Estado. 
Imagens que circulam nas redes sociais mostram a candidata com o número do candidato à reeleição no braço direito enquanto discursava. Procurada pelo LeiaJá, a campanha de Raquel enviou o vídeo em que flagra o momento que um eleitor colou o adesivo sem que a tucana percebesse.

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Na reta final da campanha, Raquel começou a receber apoio de eleitores e políticos que defendem Bolsonaro como os casais evangélicos Tércio e Collins. Na última visita do presidente a Pernambuco, seus militantes cravaram apoio à candidata para evitar a eleição de Marília. 

Em Petrolina, a ex-prefeita de Caruaru caminhou ao lado do ex-concorrente Miguel Coelho (UB), que também evitou nacionalizar a disputa estadual no primeiro turno, mas confirmou voto em Jair Bolsonaro quando saiu da disputa. 

 

A candidata a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) iniciou o debate desta sexta-feira (21) falando sobre a importância de um novo tempo para Pernambuco e alertou sobre a grande quantidade de fake news que estão sendo espalhadas pela campanha da sua adversária.   

Para Raquel, diante de tantas mentiras a adversária deveria se chamar “Mentirília”.  “Eu venho aqui me apresentar, buscando fazer um debate de alto nível. As pessoas estão cansadas de brigas, querem saber exatamente como é que nós vamos resolver o problema da falta de água, o problema do aumento da criminalidade, o problema da falta de habitação, das mortes que acontecem nos morros do Recife, na região metropolitana”, apontou Raquel. 

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A candidata da oposição, porém, não respondeu às perguntas sobre propostas para transformar Pernambuco e continuou a focar em fake news. Coube então à Raquel continuar a discutir Pernambuco, relembrando, antes, que Marília conta uma mentira por minuto. 

 “Ela não disse quantos reais ela indicou dos mais de R$ 40 milhões que ela teria de direito de emenda parlamentar para os morros, encostas e habitação, no Recife, na região metropolitana; não respondeu sobre o saneamento básico. Garanto que liderarei pessoalmente e todo dia nós vamos caminhar para frente para garantir que Pernambuco possa ter água. Água para beber, para o pernambucano água para se banhar, água para cozinhar e, sobretudo, água para sobreviver. Mas essa água, ela também vai trazer desenvolvimento”, apresentou Raquel.

A postulante também abordou o Juntos pela Segurança Pernambuco, que visa diminuir a criminalidade no estado com a participação das diversas forças de segurança, assim como fez enquanto gestora de Caruaru.  

*Da assessoria 

Em crise de identidade e após ter se tornado nanico no Congresso, o PSDB começou a discutir como se posicionará no jogo político para sobreviver, a partir de 2023. Uma das ideias é formar uma federação com o MDB e outros partidos que estiveram unidos na coligação de apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) ao Palácio do Planalto.

A proposta começou a ser discutida nesta quarta-feira, 19, em reunião entre os presidentes do PSDB, Bruno Araújo; do MDB, Baleia Rossi; do Cidadania, Roberto Freire; e do Podemos, Renata Abreu. Atualmente, o PSDB e o Cidadania já fazem parte de uma federação. Juntos, os dois partidos elegeram 18 deputados federais (foram 13 do PSDB), no último dia 2, apenas sete a mais do que o exigido pela cláusula de barreira.

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Agora, se MDB e o Podemos entrarem na federação, o grupo reuniria a maior bancada do Senado, com 21 parlamentares, e a terceira maior da Câmara, com 72 deputados. Somente ficaria atrás da federação PT-PV-PCdoB, que tem 79 deputados eleitos, e do PL, com 99.

Os presidentes do MDB e do Cidadania confirmaram as negociações, mas destacaram que a discussão ainda está no estágio inicial e não envolve fusão. "Não existe nenhuma discussão sobre fusão. Há conversas sobre integração do MDB na federação PSDB-Cidadania, mas apenas tratativas iniciai, ainda não colocadas nos coletivos partidários. Talvez isso possa ser em breve efetivamente discutido", disse Roberto Freire. Baleia Rossi adotou a mesma linha. "Estivemos conversando, sim. (A discussão) é sobre bloco parlamentar ou federação", afirmou.

Apesar de se classificar como independente, o PSDB tem agido como base do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o início do governo, votando a favor da maior parte das pautas do Planalto. O resultado do primeiro turno das eleições aumentou ainda mais a crise no PSDB.

Com o apoio público a Bolsonaro por parte do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e de deputados da legenda - como o líder da bancada na Câmara, Adolfo Viana (BA), e o deputado Carlos Sampaio (SP) -, uma ala do partido passou a dizer que o PSDB foi "sequestrado" pelo bolsonarismo.

A tentativa de união de PSDB, Cidadania, MDB e Podemos é uma forma de reaglutinar as forças de centro, que perderam espaço com a popularidade do bolsonarismo. "Ainda está cedo, ainda está no processo eleitoral, mas é uma hipótese. O resultado eleitoral gerou a necessidade de reorganização partidária. Acho que o PSDB tem um bom diálogo hoje com o MDB", disse ao Estadão o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB-RJ).

O deputado não descartou nem mesmo uma fusão entre o PSDB e o MDB mais adiante, mas ressalvou que não falava em nome da direção do partido. Maia era do DEM e se filiou ao PSDB neste ano.

"É importante que o PSDB se reorganize, reafirme tudo aquilo que construiu com o PFL (hoje União Brasil), desde a época da redemocratização. Infelizmente, uma parte ficou no caminho, mas ainda tem um legado importante no PSDB em muitos Estados brasileiros e em algumas ações importantes no Congresso Nacional", afirmou Maia.

O ex-presidente da Câmara virou desafeto de Bolsonaro e apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, mas evitou comentar o comportamento governista de seus colegas de bancada.

O PSDB nasceu em 1988 de uma ala do antigo MDB. Na época, o partido em formação avaliava que o MDB tinha um comportamento "fisiológico" de adesão a governos. Hoje são os tucanos os acusados de ter uma relação fisiológica com o governo Bolsonaro.

O Estadão ouviu um deputado tucano que é crítico da guinada bolsonarista. Sob a condição de anonimato, o parlamentar disse que o PSDB perde ao apoiar Bolsonaro, independentemente do resultado da eleição. A avaliação é a de que se Lula ganhar, os tucanos ficariam "a reboque" do bolsonarismo, que teria o verdadeiro protagonismo da oposição para enfrentar o petismo em 2026. No outro cenário, caso o presidente se reeleja, o partido também teria um papel irrelevante. Os críticos da guinada bolsonarista admitem que são minoria e que hoje não há ninguém dentro da legenda com força suficiente para fazer um contraponto a isso.

Ex-ministro das Comunicações, ex-prefeito de Belo Horizonte e da ala tucana a favor de Lula no segundo turno, Pimenta da Veiga também é a favor de que os partidos se unam. "Eu penso que o quadro partidário passará por muitas alterações nos próximos tempos, com federações, fusões e incorporações. E é bom que ocorra para redução do número de partidos", disse.

Cabeças brancas

No caso mais recente de adesão tucana a uma pauta bolsonarista, o ex-senador e ex-chanceler Aloysio Nunes (PSDB-SP) criticou abertamente o partido após a sigla orientar a favor de um conjunto de projetos que estabelece punições a institutos de pesquisas que não acertarem o resultado das eleições. A iniciativa tem sido usada por Bolsonaro para questionar a legitimidade desses institutos.

Nunes disse que a ideia é uma das mais "obscurantistas e liberticidas do bolsonarismo" e que a bancada tucana "sequestrou" o PSDB. "Quando se pensa que os que sequestraram o partido da social democracia já atingiram o fundo do poço do opróbio, eles dão um jeito de cavar mais um pouquinho", argumentou o ex-chanceler.

O ex-senador faz parte da ala dos "cabeças brancas" do PSDB. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os senadores Tasso Jereissati e José Serra também integram esse grupo. Ao contrário dos deputados tucanos, essa ala declarou votou em Lula para presidente e rejeita Bolsonaro.

Em mais um capítulo do desgaste do PSDB, o ex-governador de São Paulo João Doria anunciou na quarta-feira, 19, a desfiliação do partido. A saída não foi surpresa para os colegas, mas a forma como se deu, em pleno processo eleitoral de segundo turno, provocou críticas.

Doria nunca foi próximo da cúpula tucana e entrou em diversos embates para ter influência no partido. Tentou ser candidato a presidente, mas foi rifado pelo PSDB após ter vencido um processo de prévias e recebido uma carta do presidente da legenda, Bruno Araújo, garantindo que ele seria o candidato. Apesar de ter sido eleito governador de São Paulo associando seu nome ao de Bolsonaro, em 2018, Doria virou rival do presidente durante a pandemia do coronavírus.

O ex-deputado Marcus Pestana, que foi candidato do PSDB ao governo de Minas, é apoiador de Lula, mas admite haver uma influência bolsonarista no partido. Pestana avaliou, porém, que ainda é preciso esperar o segundo turno das eleições para saber qual direção o partido tomará.

"É preciso saber quem terá hegemonia e o rumo depende de quantos e quais governadores faremos", afirmou o ex-deputado. O PSDB perdeu a eleição para o governo de São Paulo pela primeira vez em 28 anos, mas ainda tem candidatos no páreo no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Paraíba. "Vamos aguardar. O jogo não acabou. Há uma ala bolsonarista e outra, não. Tudo depende dos resultados", destacou Pestana.

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