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O artista britânico Jamie Reid, que desenhou as capas dos álbuns do grupo de punk rock Sex Pistols, incluindo o famoso "God Save The Queen", de 1977, morreu na terça-feira aos 76 anos, anunciou seu galerista nesta quarta-feira (9).

Além desta conhecida capa em que uma foto da rainha Elizabeth II aparece com uma bandeira britânica ao fundo, Reid também foi autor das capas de "Never Mind the Bollocks" (1977) e de "Anarchy in The UK". Todas elas se destacaram por sua estética original.

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"Anunciamos com tristeza o falecimento de Jamie MacGregor Reid (16 de janeiro de 1947 - 8 de agosto de 2023)", informou, em nota, o galerista John Marchant.

"Artista, iconoclasta, anarquista, punk, hippie, rebelde e romântico. Jamie deixa uma filha, a quem amava muito, Rowan, uma neta, Rose, e um imenso legado", acrescentou no comunicado, sem dar detalhes sobre as causas da morte.

Reid "fazia parte da paisagem cultural", destacou Marchant em declarações à AFP.

O artista se formou em escolas de arte em Wimbledon e Croydon. Nesta última, conheceu Malcolm McLaren, que viria a ser agente dos Sex Pistols, e cuja colaboração marcou a história da música punk na década de 1970.

A trama de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso ainda não foi confirmada pelo estúdio, porém, alguns detalhes vêm sendo divulgados aos poucos. Na manhã desta segunda-feira (22) foram divulgadas novas imagens promocionais do longa, trazendo a presença da versão alternativa do herói conhecida como “Spider-Punk”.

O alter ego do super herói foi apresentado aos fãs nos quadrinhos em 2015. Spider-Punk foi concebido por Dan Slott e Olivier Coipel e conta com sua origem na Terra-138. Na trama, seus poderes surgiram após o contato com uma aranha radioativa, resultado de contato com lixo tóxico despejado em grandes quantidades pelo presidente Norman Osborn.

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Ainda não há detalhes se esta será a trama do longa, porém, diversos fãs vem especulando sobre os indícios que foram divulgados pelo estúdio nas imagens de divulgação. Este é um dos arcos mais celebrados entre os fãs do super-herói aracnídeo.

Diversos outros personagens do universo de Homem-Aranha já foram confirmados na sequência de Aranhaveso, como Homem-Aranha 2099, o Mancha e também o Aranha Escarlate.

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso tem sua estreia prevista para 2 de junho de 2023. Já o terceiro filme da franquia, intitulado de Beyond the Spider-verse, está com a data de lançamento planejada para 29 de março de 2024.

Com o passar dos anos o comportamento vai se moldando através das "tribos" (grupos sociais com identidade própria) que ganham espaço culturalmente, no mundo das artes e principalmente na moda é onde essas mudanças são primeiramente enxergadas e consequentemente atingidas. Por isso, o LeiaJá fez a lista de cinco tribos que mudaram a moda e o comportamento.  

Os Clubbers 

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Foto: Reprodução/Instagram

A comunidade surgiu em meados dos anos 1990 no Reino Unido com a popularização da música eletrônica. No Brasil, especificamente em São Paulo, a tribo ganhou força graças a casas como Madame Satã, Nation e Massivo, que foram palco para muitas personalidades que foram responsáveis por introduzir o neon na moda e humanizar a figura da Drag Queen, o que perpetua até os dias de hoje.

 

Os riquinhos Preppies

Foto: Wikimedia

O termo surgiu entre 1970 e 1980 e as grifes como Tommy Hilfiger e TOD’S especificam muito bem esse estilo dos garotos ricos de colégios estadunidenses. O estilo ficou muito famoso entre os adolescentes privilegiados de Nova York e é sensivelmente retratado na série de televisão "Gossip Girl". Tricôs, meias ¾ e saias plissadas são alguns dos elementos básicos desse estilo.

 

A vanguarda hippie

Foto: Pixabay

Nos anos 1970, a comunidade hippie surgiu como contracultura e espalhou sua ideologia de "paz e amor". O festival de música Woodstock foi o marco dessa comunidade, que logo infiltrou seu estilo nos desfiles de moda através do estilo boho chic, com materiais como penas, redes, pedraria e artesanato. O estilista francês Jean Paul Gaultier foi um dos pioneiros a enxergar a revolução hippie.

 

A galera Hip-Hop

Foto: Pixabay

Dentes de ouro ou diamantes, correntes e ostentação. Essa era a marca principal da tribo que nasceu nas comunidades periféricas do Bronx, em Nova York, e logo atingiram a ilha de Manhattan. Através de sua grife Yeezy, o cantor Kanye West levou o estilo ao que conhecemos hoje como street style (moda de rua) e nas coleções masculinas da Louis Vuitton, Virgil Abloh tem a assinatura do estilo despojado.

 

A dramaticidade e melancolia Punk

Foto: Pixabay

Os moicanos chamativos e coloridos, muito couro, correntes, unhas pintadas independente do gênero e um estilo de vida questionável. Os punks surgiram em meados dos anos 1980 como reação ao otimismo exacerbado dos hippies e carregam uma ideologia niilista e agressiva.

Após a repercussão da crítica ao presidente Jair Bolsonaro nos cartazes do festival paraense de música Punk, 'Facada Fest', e a solicitação para investigá-lo sob alegação de atentar contra a honra do ex-capitão, novas edições do evento foram agendadas em outras regiões do Brasil. O show ganhou repercussão por satirizar a figura presidencial.

Replicando o teor ácido dos cartazes, a versão carioca do 'Facada Fest' foi marcada para o dia 14 de março, no bairro da Lapa. A arte traz uma caricatura de Bolsonaro vestido como Hitler, o governador Wilson Witzel (PSC) sendo açoitado pelo ex-capitão e o prefeito, o bispo licenciado da Igreja Universal Marcelo Crivella (Republicanos), pregando com dinheiro nas mãos. Ao fundo, a cidade aparece em chamas. Um dos organizadores do evento no Pará, Jayme Neto, explicou ao Buzzfeed que os cariocas não o consultaram sobre o evento, contudo, isso não seria um problema.

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Também marcada pelo o dia 14 de março, a edição gaúcha ocorrerá em Caxias do Sul. O material de divulgação usa uma imagem de Bolsonaro, na época deputado, dormindo no Congresso Nacional. Ao lado, uma pequena foto de Adélio Bispo, o autor da famosa facada.

Em Araçatuba, no interior de São Paulo, um festival já estava marcado para o dia 18 de abril. Entretanto, o nome do evento foi alterado em apoio ao 'Facada Fest' original. "Aproveitando a ocasião da censura ocorrido com o pessoal de Belém-PA, decidi alterar o nome do evento como um ato de resistência a esse estado opressor e fascista", diz a descrição.

Maria 'Masha' Alyokhina, uma das integrantes da banda punk Pussy Riot, que passou dois anos presa na Rússia após uma performance crítica, aconselha os artistas brasileiros a não se deixarem abalar pelo conservadorismo do presidente Jair Bolsonaro.

"A prior prisão é a autocensura. Você pode passar alguns anos dentro de um presídio, mas na autocensura você pode permanecer preso a vida inteira", disse a artista russa, de 31 anos, antes de se apresentar em São Paulo na última quinta-feira à noite.

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Vestida toda de preto, com exceção do característico capuz amarelo que usava na cabeça, Alyokhina subiu ao palco durante o festival "Verão Sem Censura", organizado pela prefeitura paulistana com a proposta de exibir espetáculos que foram alvo de censura em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro.

À frente da performance, a jovem usou o espaço para apresentar a causa que defende, além de mostrar a trajetória da Pussy Riot desde o conhecido protesto contra o presidente Vladimir Putin, em 2012, em uma igreja ortodoxa de Moscou.

"Acreditamos na história que nos contaram, mas, onde está a revolução?", cantou Alyokhina e as outras três integrantes do grupo no show em São Paulo, cujo cartaz era uma ilustração no qual desenhos de lixo e resíduos tóxicos formam o rosto de Bolsonaro.

"Tenho certeza de que o Estado, o governo, não deveria dizer aos artistas o que devem ou não fazer, porque isso não tem a ver com eles. E é por isso que estamos em um festival contra a censura", ressaltou Alyokhina.

A artista lamenta as recentes tentativas de censura contra artistas brasileiros, mas considera que "o mais difícil foi saber do assassinato de Marielle", disse.

A agenda de Alyokhina, que segue viagem pelo país com seu filho adolescente, terá passagens por Recife e pelo Rio de Janeiro, onde lançará a edição brasileira do seu livro "Riot Days" (Título sem tradução para o português). A obra traz reflexões pessoais e apresenta a sua experiência durante o tempo em que esteve na prisão.

"A cultura e a arte representam perigo porque são (voltadas) para as pessoas. Por isso os ditadores têm tanto medo da arte. Mas isso não é motivo para pararmos (de agir) porque temos a responsabilidade de continuar", argumenta a ativista, que se mostra otimista ao notar sinais de maior resistência em seu país.

"Na Rússia está cada vez pior. O que há de positivo é que começamos a nos reunir e a protestar. Somos diferentes, temos visões políticas que às vezes são distintas, mas todos estamos em consenso quanto a liberdade de expressão e de imprensa. Não apenas os cidadãos comuns, mas também os artistas famosos se arriscam à prisão ao protestar. Mas ninguém deixa de fazê-lo", acrescenta.

Ao dividir o palco com a cantora Linn da Quebrada, Alyokhina gritou: "Sei que no inferno serei uma personalidade emérita".

RuPaul tornou-se uma das drag queens mais importantes do mundo ao liderar o reality RuPaul's Drag Race. O programa, além de ditar tendências, também tem funcionado como ferramenta de aceitação, inclusão e descoberta para seu público e o sucesso em caráter mundial é certo. O que alguns fãs talvez não saibam, é que RuPaul já teve passagens inimagináveis em sua vida artística, como, por exemplo, liderar uma banda de punk rock. 

Na década de 1980, muito antes do sucesso global como drag queen, RuPaul foi vocalista de uma banda punk. Ele liderava a Wee Wee Pole, em Atlanta, cidade onde morava antes de se mudar para Nova Iorque. A banda não durou muito tempo mas, alguns registros em vídeo podem ser vistos na internet.

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RuPaul já mencionou sua incursão pela cena punk em um dos episódios do Rupaul's Drag Race. Ele comentou sobre as influências musicais em que se baseava para conduzir a banda. "Eu me inspirava em grupos como o The B-52's, Wendy O. Williams (vocalista do Plasmatics) e, é claro, o Blondie". 

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A banda Pin Up é quem anima o programa Som Pará, da TV UNAMA, nesta sexta-feira (20). Composta pelo baterista Adevaldo Fonseca e os irmãos Ingrid e Hugo Lima, o grupo musical falou da carreira e dos sucessos autorais.

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Rock and roll é o ritmo principal que a banda toca, principalmente o de garagem. Mas outras sonoridades também fazem parte dos repertórios, como punk, pós-punk, blues e MPB.

A ideia inicial era que o nome da banda fosse Pinups, que seria formada por três mulheres e um homem, mas fechou em Pin Up. Os membros se consideram uma família e dizem que ensaios e apresentações ocorrem de forma descontraída e natural.

Com influências musicais de Cazuza, The Cure, Legião Urbana, The Cramps e Renato Russo, a banda produz sons que alegram os fãs que curtem esses hits. As letras das composições falam do homem na sociedade, de questões políticas e existenciais.

O programa Som Pará, da TV UNAMA, abre espaço para que os artistas e bandas paraenses possam divulgar seus trabalhos para o público. As gravações são ao vivo, nos estúdios da TV UNAMA ou em uma área externa do campus Alcindo Cacela, em Belém. A primeira temporada, com 38 programas, está disponível no canal do Youtube do LeiaJá. Esta é a segunda temporada, que vai ao ar às quintas e sextas-feiras, sempre às 19 horas.

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A banda Nicobates e Os Amadores embalou o programa Som Pará, da TV UNAMA, na sexta-feira (6). Nas apresentações, os músicos cantam suas músicas sem esquecer a paixão pelos tributos e covers.

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Dando os primeiros passos em 2011, a banda Nicobates e Os Amadores busca ter identidade "orgânica", passeando por estilos como o punk brega e o folk brega. Segundo Nicobates, vocalista, a banda surgiu depois que ele saiu do projeto Norman Bates, em 2011. "Eu criei esse nome Nicobates e Os Amadores em referência à minha banda antiga e ao meu nome artístico", disse o músico.

Após sair da Norman Bates, o artista passou dois anos estudando música e trabalhando na criação de Nicobates e Os Amadores. "Primeiro teve uma formação mais enxuta, uma banda de rock com quatro instrumentistas, e depois eu chamei duas vocalistas que me acompanham até hoje. Já tem um ano e meio mais ou menos que elas estão comigo", concluiu Nicobates.

O programa Som Pará, da TV UNAMA, abre espaço para que os artistas e bandas paraenses possam divulgar seus trabalhos para o público. As gravações são ao vivo, nos estúdios da TV UNAMA ou em uma área externa do campus Alcindo Cacela, em Belém. A primeira temporada, com 38 programas, estará disponível no canal do Youtube do LeiaJá, às quintas e sextas-feiras, sempre às 19 horas. A segunda temporada começou em agosto.

Admiradores do metal, punk e hardcore se encontram neste sábado (7) para prestigiar artistas locais e interagir pessoalmente na primeira edição do Pantanoso Fest, às 19h, no Darkside Studio. Com shows da Dom Lodo, Slowner, ambas de doom metal, e Brutal Order, calcada no thrash metal. O DJ Osman Frazão completa a programação da noite.

No local haverá ainda venda de comida vegana, sorteio de uma bolsa de viagem da Fag e de um Kit Vegano. Os ingressos custam R$ 10. Mais informações sobre o evento estão disponíveis no DarkSide Recife.

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Serviço

Pantanoso Fest

Sábado (7) | 19h

Darskside Studio (Rua Barão de São Borja, 89 - Soledade)

R$ 10

Amy Lee, Pitty, Cássia Eller (1962-2001), Rita Lee e Janis Joplin (1943-1970) são algumas das musas que conquistaram o público fã de rock 'n' roll. Mas não é só no mainstream que elas tocam um som pesado. Na atual cena underground e independente, vertentes do gênero, muitas mulheres estão cravando seu espaço, liderando suas bandas e conquistando seguidores.

A Cosmogonia é uma banda punk/hardcore formada no início dos anos 1990 por Elisangela Souza e Renata Tolli, em Osasco, na Grande São Paulo. Entre 1998 e 2006, o conjunto participou de festivais em São Paulo, Brasília, Salvador e Rio de Janeiro. Ao defender seu som, o grupo sofreu preconceito pelo fato de ter apenas integrantes mulheres. "E também por sermos da periferia, pois sempre foi difícil o acesso a instrumentos, estúdio, aulas de música. Naquela época, as integrantes já trabalhavam, algumas já eram mães, e era bem complicado conciliar tudo", lembra a vocalista Gabi Delgado.

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Além de Gabi, a formação atual da Cosmogonia reúne Maria Esther Rinaldi (guitarra), Fernando Hernandez (baixo) e os bateristas substitutos, Felipe Fregnani e Roberto Salgado. A banda está em busca de uma nova baterista. "O Fernando, apesar de estar a pouco tempo conosco, já é alguém que temos contato e amizade de longos anos. É alguém que soma, que nos ajuda sempre. Cremos que precisamos de aliados para tudo que acreditamos e lutamos, então o Fernando é alguém que sempre está conosco e é muito bom ter alguém como ele para nós apoiar em nossa caminhada e projetos", conta.

Show da banda Cosmogonia | Foto: Morts HC

As artistas Alê Labelle (guitarra e vocal), Dani Buarque (guitarra e vocal) e Joan Bedin (baixo) participavam da banda BBGG e, após a saída do baterista, Daniely Simões juntou-se ao grupo para assumir o instrumento e o projeto mudou totalmente, sendo rebatizado de The Mönic. "Todas nós nunca tivemos uma banda só de mulheres e temos muita certeza que esse foi o modelo que mais deu certo em termos de convivência, a gente se entende muito bem. Não temos um propósito de ter uma banda apenas com mulheres, o propósito é fazer música e fazer rock", conta Dani.

Com um ano e meio na estrada, The Monic lança seu primeiro álbum, "Deus Picio", com faixas em inglês e português. O show de lançamento acontece neste sábado (13), Dia Mundial do Rock, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na capital paulista.

As integrantes da banda The Monic | Foto: Divulgação

Já Ana Morena é produtora musical, baixista e fundadora da Camarones Orquestra Guitarrística, uma banda de rock instrumental que em 11 anos já lançou sete discos. O grupo é de Natal (RN) e já fez turnê pelo Brasil, Estados Unidos e Europa. "Natal é uma cidade que sempre teve muitas mulheres tocando, se compararmos as outras. Mesmo assim, quando comecei, havia poucas mulheres em bandas, principalmente musicistas. Em muitos momentos, eu notava que era a única mulher no palco em shows e festivais com várias bandas tocando", conta Ana.

Em quase 20 anos tocando pelos palcos, Ana se lembra do preconceito que já sofreu. "Tudo o que é diferente rola um estranhamento. Se os homens são difíceis hoje, quem dirá há 20 anos. Mulher em banda era exótico e, às vezes, acontecia dos músicos homens e técnica [que sempre era homem], querer nos ensinar algo óbvio e inerente a qualquer pessoa que toca, como se fôssemos imbecis. Rolava um descrédito e, depois, um 'poxa é mulher, mas sabe tocar', bem típico."

Tocando ao lado de três homens, Ana acredita que a sociedade evoluiu bastante, mas ainda precisa melhorar em muitos quesitos, como aceitar mais a mulher na cena muscial ocupada em sua maioria por homens. "A importância da mulher no cenário musical é a mesma da mulher na sociedade. Fundamental e essencial. Ninguém pergunta a importância dos homens em canto nenhum porque é óbvio que eles são importantes. Então, eu considero a mesma coisa para as mulheres", conclui.

A banda Camarones Orquestra Guitarrística | Foto: Mylena Sousa

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Blocked Bones é a sexta banda a se apresentar no programa Som Pará, da TV UNAMA. Liderado por Fil Alencar, músico paraense que toca desde os 14 anos, o grupo traz influências do blues dos Estados Unidos, passando pelo grunge até o stonner.

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Blocked já tocou em grandes festivais no Pará, como o Mongoloid, e do exterior, Canadian Music Week, em Toronto, no Canadá.

Fil Alencar, vocalista e guitarrista da banda, que mora em São Paulo há dois anos, já tocou com artistas de Belém como Liège, Gael Conhece o Mar, Thunderjonez e outros. Além de cantor, o artista é sócio proprietário da agência de comunicação e selo de música Urtiga.

Para o artista, a música sempre foi um aspecto muito importante  em sua vida. “Acho que o sonho de qualquer pessoa que tem o pé na música, e leva a sério, é conseguir viver da profissão. Hoje em dia eu trabalho somente com música, seja na Urtiga, que é minha agência de comunicação que trabalha com artistas e festivais, ou com a minha banda, Blocked Bones. Acho que sempre foi um caminho natural pra mim”, afirmou o cantor.

A banda toca rock de garagem e pop punk. Para o cantor, apresentar-se no Som Pará foi de grande significado. “Foi uma experiência muito gratificante participar do programa. Eu fiz duas gravações na UNAMA, fiz muitos amigos lá, entre alunos, professores e coordenadores. A minha banda, Blocked Bones, foi formada enquanto eu ainda era aluno, então foi muito legal rever todo mundo e voltar às instalações da Universidade. Foi um dia especial”, disse Fil Alencar, que se formou em Artes visuais e Publicidade e Propaganda na UNAMA, em 2011 e 2015, respectivamente.

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A banda americana Dead Kennedys, que estava com shows agendados no Brasil no mês de maio, cancelou sua turnê brasileira. O motivo foi a grande 'confusão' que se instaurou na internet após a produtora nacional da tour publicar um cartaz que foi apontado pelos internautas como uma crítica ao governo do atual presidente do país, Jair Bolsonaro. O comunicado foi feito, nesta sexta (26), pelo Facebook da banda.

Em menos de uma semana, o Dead Kennedys (DK) passou por uma montanha russa com os fãs brasileiros. Na última segunda (22), o pôster produzido pelo ilustrador Cristiano Suarez, que anunciava os shows dos americanos em solo nacional, caiu nas graças dos internautas que apontaram na arte inúmeras referências à atual situação política do país. Horas mais tarde, o perfil oficial do DK no Facebook postou um comunicado afirmando não ter nenhuma relação com a iniciativa. Prontamente, os fãs se revoltaram com o posicionamento da banda e teceram inúmeras críticas ao grupo.

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Já nesta sexta (26), a banda de hardcore americana informou ao público sobre a decisão de cancelar a turnê brasileira. também através de seu Facebook, eles disseram que o momento não é oportuno para a sua vinda ao país - seria a quarta -, e que eles estariam preocupados com a segurança de seus fãs. Segundo o post, "ações estúpidas foram tomadas" o que fez "com que os pregadores de ódio se manifestassem por todos os lados"; e que apesar do cartaz ter ficado "bem legal" as "consequências criaram uma situação bastante perigosa" para os fãs. Parte da renda da venda dos ingressos será doada a uma instituição de caridade.

Confira a nota na íntegra.

Ok Pessoal; o promotor no Brasil realmente não soube como gerenciar as coisas da forma correta. Sem nos contatar sobre o assunto, ações estúpidas foram tomadas e que fizeram com que os pregadores de ódio se manifestassem por todos os lados. Mesmo assim, nós consideramos que o pôster ficou bem legal e nós concordamos com a ideia; as consequências criaram uma situação bastante perigosa para nossos fãs que frequentam nossos shows. Nós nunca colocamos nosso público em risco, visto que isso não representa o que somos. Por esta razão, infelizmente estamos bastante tristes em informar que a banda não mais poderá tocar no Brasil este ano; sentimos que esta é realmente a única alternativa de manter as pessoas seguras. Nós faremos uma doação da porcentagem dos rendimentos que nos foram antecipados para uma instituição de caridade.

O pôster de divulgação da turnê brasileira da banda Dead Kennedys (DK) - apontado como uma crítica ao governo do atual presidente do país, Jair Bolsonaro - continua rendendo na internet. Após sua divulgação na última segunda (22), a arte colocou a banda norte-americana nos Trending Topics, motivou uma reação dos músicos contrária à sua publicação e, então, o desgosto de inúmeros fãs que, como sempre, acabaram transformando o assunto em memes. A banda brasileira de hardcore, Ratos de Porão, também entrou na história e pediu para si o cartaz.

Horas após a divulgação do cartaz, ilustrado por Cristiano Suarez, a banda americana publicou uma nota, em sua página do Facebook, esclarecendo não ter nenhuma participação na iniciativa. O público do grupo, conhecido por seu posicionamento político, não gostou e choveram comentários negativos na postagem. Pouco tempo depois, ela foi apagada. Enquanto isso, no Instagram, Cristiano Suarez publicava em seus stories provas de que os DK haviam compartilhado a arte em seu Instagram mas teriam apagado o post após as reações dos seguidores. "Foi postada no perfil oficial da banda e removido logo após o boom das publicações e dos trending topics do Twitter, logo depois foi liberada uma nota, que também foi apagada quando se deram conta que muitas pessoas já tinham visto", esclareceu o ilustrador.

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Nesse meio tempo, o público tratou de fabricar memes e elaborar piadas em relação ao recuo do Dead Kennedys. "Nem de direita, nem de esquerda, Dead Kennedys"; "Todo mundo sabe que o dead Kennedys mamou desde sempre na Lei Rouanet, vai"; "Dead Kennedys não assumiu o pôster, que pi*** mixuruca, por isso o rock morreu"; "Arregada do Dead Kennedys apenas confirma a minha teoria de que punk só tem sentido na juventude. O punk velho quer pagar os boletos e andar em casa de cueca". 

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Além disso, uma outra banda, também conhecida pela sua acidez e ativismo político, a Ratos de Porão, reclamou o pôster para si. Nos comentários do Instagram de Suarez, João Gordo, vocalista do RDP disse: "Muda, em vez de Dead Kennedys põe Ratos de Porão". E o pedido foi prontamente atendido.

 

A turnê brasileira da banda punk americana Dead Kennedys ainda nem começou e já está arrebatando os fãs, além de chamar a atenção de quem nem conhece o grupo. Isso porque um pôster exclusivo para a passagem dos caras pelo país ‘causou’ na internet pela eloquência de suas ilustrações. Os internautas apontaram diversas críticas sociais no desenho e colocaram a banda entre os assuntos mais comentados da internet, nesta segunda (22).

Nele, uma família caracterizada como palhaço, inclusive o famoso Bozo, segura armas, em meio a tanques e uma favela em chamas. O desenho é uma criação do ilustrador Cristiano Suarez. Na internet, os comentários apontaram críticas sociais presente na ilustração. "Acho que tem uma pequena provocação do Dead Kennedys com o presidente eleito, coisa leve, quase imperceptível"; "O pôster é lindo, uma porrada na fuça dos fascistas"; "A quantidade de detalhes e críticas específicas nesse pôster me surpreendeu bastante, não é apenas uma crítica barata jogada de qualquer jeito, teve um trabalho e cuidado de pesquisa real. Nada além de admiração".

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Esta é a quarta vez que os americanos tocam em solo brasileiro. Eles fazem quatro shows, passando pelo Rio de Janeiro (23 de maio); São Paulo (25 de maio); Brasília (26 de maio) e Belo Horizonte (28 de maio).

Um dos eventos mais aguardados pelo público pernambucano que curte rock divulgou nesta terça-feira (15) quais atrações darão vida ao festival. Amorphis, Nuclear Assault e Eskröta foram confirmados na line-up da festa.

O Abril pro Rock está em sua 27º edição e na mesma pegada do ano passado a identidade visual, a cargo da designer pernambucana Hallina Beltrão, será mantida e trará a valorização da luta feminista.

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O evento acontece nos dia 12 e 20 de abril, no Baile Perfumado. Os ingressos em lote promocional limitado, podem ser adquiridos a R$ 50 na Sympla

Serviço

Festival Abril pro Rock 2019

12 e 20 de abril

Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390, Prado- Recife)

Ingressos: R$ 50 (lote promocional limitado)

Quem viveu o início da década de 1990 conhece muito bem o nome Supla. O artista de pegada punk, com pinta de Billy Idol, e sotaque meio gringo, lançou seu primeiro disco homônimo em 1989 e até co-estrelou um filme ao lado de Angélica e os Trapalhões - rota obrigatória para os artistas de destaques daquela época -, Uma escola atrapalhada, em 1990.

Porém, as novas gerações não precisam olhar para trás para conhecer Eduardo Smith de Vasconcelos Suplicy, o Supla. Aos 53 anos de idade, 30 de carreira, o artista continua ativo como nunca, dono de seus próprios caminhos e botando o dedo em várias feridas, sem filtro e sem melindres de qualquer ordem. O músico falou, com exclusividade, ao LeiaJá, sobre seu trabalho e revelou o que tem aprontado na cena musical brasileira.

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Nesses 30 anos de carreira, Supla já fez de um tudo. O roqueiro já tocou com a banda Tokyo; com o irmão João Suplicy, na dupla Brothers of Brazil; atuou no cinema, como dito anteriormente; escreveu livro (Crônicas e fotos do Charada Brasileiro); lançou inúmeros clipes (o mais recente, da música If you accept me, saiu na última sexta); e participou de um dos primeiros realities shows brasileiros, a Casa dos Artistas, no SBT.

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Durante esse tempo, se apresentou com os maiores, como os Ramones, e foi figurinha conhecida entre ídolos como Iggy Pop, Patti Smith e Debbie Harry. Dizem até que ele teve um namoro com Nina Hagen, com quem trabalhou na música Garota de Berlim. Tudo sempre feito com seu inconfundível e autêntico estilo punk brazuca. "Eu me seguro no meu carisma", brinca.  No início de 2018, ele lançou Illegal, 10° disco de sua carreira solo. O álbum duplo e bilíngue, trata de temas atuais e ácidos, como a questão dos imigrantes em todo o mundo; o presidente dos EUA, Donald Trump; e até o prefeito de São Paulo, João Dória.

Sobre o tema central do novo trabalho, Supla desabafa: "É o tema mais atual agora. Você vê na Europa, muitos brasileiros sendo barrados como nunca teve, vi falar do bloqueio na Venezuela. Se você não quiser pensar no outro e pensar só na sua bunda.. É isso, né?  É só você se colocar no lugar da outra pessoa. Pergunta pro governador de Roraima: 'e se fosse alguém da sua família?”, diz em referência ao episódio de expulsão de imigrantes venezuelanos em agosto deste ano naquele Estado.

Supla tem viajado pelo país divulgando o novo trabalho e como todo artista independente, "arregaça as mangas" e corre atrás. É ele quem faz a coisa acontecer nos bastidores, atuando como seu próprio assessor de imprensa, produtor e empresário. É ele também quem cuida de suas redes sociais, nada que o salte aos olhos, no entanto: "Eu faço o que todo mundo faz, né, senão você fica pra trás mas não acho nada demais, é só uma forma de divulgar o que você faz". E apesar de se reconhecer um privilegiado, o artista nunca se escorou na sua condição de membro de família nobre paulistana (ele é filho de Eduardo e Marta Suplicy). "Nem sei se eu vou herdar alguma coisa e nem fico pensando nisso. Se vier é lucro se não vier..."

Supla no Recife

Com a experiência de três décadas de estrada, e muito rock'n'roll, Supla prova, a cada novo trabalho, que não está na cena para ser uma repetição de si mesmo. "Eu estou sempre lançando coisa nova, não fico vivendo do passado, respeito meu passado, tanto que eu vou aí cantar alguma coisas das antigas". Supla se refere ao show que faz no próximo sábado (22), no Dowtown Pub, ao lado da banda Anabela. Será uma participação em que o cantor dividirá o palco com os pernambucanos. "Vai ser mais uma festa, pra se divertir mesmo", promete.

Ao falar sobre sua vinda à capital pernambucana, o músico se derrete pela cidade; diz que vai "matar a saudade" e que tem muitos amigos por essas bandas para rever. Sobre a possibilidade de trazer o show de Illegal para terras recifenses, Supla se mostra animado, não antes de deixar registrada a decepção de ainda não ter sido chamado para o maior festival de rock local: "Aquele Abril pro Rock lá não me contratou até hoje, não sei porquê". A observação fez a repórter lembrar de uma antiga canção que rolava nas rodas punks 'das antigas' no Recife: "Paulo André não me ouve".

*Paulo André é o produtor do festival Abril pro Rock.

*Fotos: Divulgação

A banda punk russa Pussy Riot lançou uma nova música nesta terça-feira (17) na qual imagina policiais amigáveis com os manifestantes, depois que quatro de seus integrantes foram presos por entrar em campo durante a final da Copa do Mundo.

"Track About a Good Cop" marca uma nova direção musical para as roqueiras feministas, que desta vez passam pelos ritmos e sintetizadores do house para fazer uma sátira sobre os policiais.

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No vídeo, quatro oficiais de polícia russos, três homens e uma mulher, experimentam uma transformação: de parados firmes na neve eles passam a dançar de forma insinuante como se estivessem em uma boate.

Em um comunicado, Pussy Riot disse que o single é "um sonho utópico sobre uma realidade política alternativa em que, em vez de deter ativistas e encarcerá-los, os policiais se unem aos ativistas".

A banda acrescentou que imagina um "mundo onde os policias deixaram a homofobia, pararam a guerra contra as drogas e entenderam que é muito melhor ser alegre e agradável com as pessoas".

Também publicou uma lista de demandas que incluem a liberdade de seus quatro integrantes presos por 15 dias por interromper a final de domingo em Moscou entre França e Croácia transmitida para o mundo todo.

As roqueiras também pediram a liberdade do cineasta ucraniano Oleg Sentsov, condenado a 20 anos por crime de terrorismo, e que a Rússia pare de dispersar manifestações e de agir contra o líder opositor Alexei Navalny.

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A banda de punk rock americana NOFX teve todos os shows cancelados nos Estados Unidos. Fat Mike, baixista e vocalista do grupo, anunciou através de uma postagem no Instagram que o motivo do cancelamento das apresentações se deu por conta de piadas feitas por ele e o colega Eric Melvin durante um show.

Segundo o músico, as declarações polêmicas no início de junho foram referentes ao massacre que resultou na morte de 50 pessoas e mais de 500 feridos em Las Vegas, no final de dezembro de 2017.

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“Eu não deveria falar sobre isso, mas por causa dos nossos comentários em Las Vegas todos os shows do NOFX nos Estados Unidos foram cancelados. "Nos disseram que a NOFX não é mais bem-vinda em nenhum lugar nos Estados Unidos. Isso não é uma piada! O NOFX foi efetivamente banido de seu próprio país. Não é uma decisão nossa, mas é a nossa realidade", comunicou Mike.

O cantor confirmou na rede social que os shows no México, Canadá e na Europa ainda serão realizados. 

Lou Reed, o lendário músico de rock morto em 2013, falou muito pouco sobre o ano após sua saída do Velvet Underground para viver com seus pais. Mas ele estava escrevendo poemas, que em breve serão publicados como um livro, anunciou nesta sexta-feira (2) o Arquivo Lou Reed.

O anúncio da edição do primeiro livro do artista, "Do Angels Need Haircuts?", ("Os anjos precisam de cortes de cabelo?"), uma compilação de poemas escritos entre 1970 e 1971, foi feito no dia em que Reed teria comemorado seu aniversário de 76 anos.

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O livro, que sairá à venda em abril, oferece "uma janela sobre um capítulo pouco conhecido da vida de uma das vozes mais intransigentes da cultura popular americana", indicou a editora.

O texto estará acompanhado de uma gravação de Reed recitando seus poemas na igreja de São Marcos do East Village de Nova York.

The Velvet Underground, que lançou seu primeiro disco em 1967, produzido por Andy Warhol, comoveu a cena musical mundial com uma nova sensibilidade artística e com temas como as drogas e os desvios sexuais, até então impensáveis.

Reed abandonou o Velvet Underground pouco antes do lançamento do quarto álbum de estúdio do grupo, "Loaded", em 1970. As tensões tinham ido aumentando entre ele e o baixista Doug Yule, que o substituiu como vocalista.

Reed, que então já era famoso na cena underground mas tinha ganhado pouco dinheiro, voltou em 1970 à casa da sua família em Long Island e trabalhou como datilógrafo na empresa de contabilidade de seu pai.

Em 1972, começou uma bem-sucedida carreira solo, gravando em Londres com o apoio de outra estrela do rock, David Bowie.

Reed morreu de doença hepática em 2013, quando tinha 71 anos.

Contrariando a possível falta de perspectivas, uma banda de hardcore criada na periferia do Recife, na comunidade do Alto José do Pinho, em 1988, encontrou espaço no cenário da música local, conquistando os mais diversos públicos e consolidando o seu som até tornar-se uma das mais importantes bandas do rock pernambucano, 30 anos depois. O Devotos abriu 2018 celebrando três décadas de trabalho e até o fim do ano continuará desenvolvendo atividades para comemorar, incluindo o lançamento de um disco de inéditas. Este trabalho chegará com a missão de 'zerar o cronômetro' e trazer novas possibilidades para que a banda possa se reinventar e assim dar conta de outros longos anos de hardcore.

Cannibal, Neílton e Celo eram três adolescentes do Alto Zé do Pinho quando se juntaram, no fim da década de 1980, para fazer música rápida e alta na cena punk do Recife. Entre baculejos da polícia e shows que só saberiam que estavam escalados ao se deparar com cartazes que os anunciavam pelos muros da cidade, o então chamado Devotos do Ódio foi percorrendo seu caminho. Nos primeiros nove anos, a banda ficou restrita à cena punk, como relembra o baixista e vocalista Cannibal, mas em 1994 uma noite no antigo Circo Maluco Beleza derrubaria a primeira (falsa) previsão pára a banda.

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A festa, promovida pelo produtor Paulo André (do Abril pro Rock), Rock’n Roll Circus, tinha em seu headline Mundo Livre S.A e Chico Science e Nação Zumbi, além de uma plateia bem diferente daquelas para as quais o Devotos costumava tocar. Entrando meio que “de penetra” no evento, apesar do receio do produtor e do desconhecimento do público, os rapazes transformaram uma participação de três músicas em um minishow com mais de cinco, que teve de ser encerrado para que as bandas escaladas pudessem tocar. Chico Science, ao ouvir o hardcore do grupo “começou a dançar” e, naquele momento, um novo caminho se abriu para o Devotos: “Acho que se a gente não tivesse agradado naquela noite a gente não teria se integrado”, diz Neílton, guitarrista do grupo.

A integração a que ele se refere é o movimento Manguebit, que já chegou com força no início da década de 1990, encabeçado por Chico Science e, pouco mais tarde, tornou-se um dos mais importantes movimentos musicais do século 20, no Brasil. O Devotos vinha de outra cena e fazia um som bem diferente do que se ouvia no Mangue, mas havia algo que os ligava ao novo movimento: “A gente falava exatamente o que Chico falava também, esse foi o elo. A mesma informação que Chico pregava nas músicas dele eram as informações que a gente tinha nas nossas, e ele percebeu isso”, relembra Neílton. A partir daí, a banda punk da periferia passou a se apresentar em eventos mais estruturados, ganhando visibilidade e angariando fãs dos mais diferentes estilos, lugares e classes sociais.

Os anos seguintes foram de consolidação de um trabalho expressivo e forte que derrubou as demais (falsas) previsões para o grupo. O Devotos se desfez do ‘Ódio’ e, com o novo nome, ganhou respeito e credibilidade no meio musical nacional e internacional. Sem deixar sua comunidade e, sobretudo, zelando por ela, a banda conseguiu também valorizá-la e abrir as portas para “as pessoas subirem o Alto Zé do Pinho pra saber o que tava acontecendo lá”, como diz Cannibal. “O que a gente tinha antes era uma mídia sensacionalista que ia para o subúrbio cobrir os crimes e o tráfico, enquanto tinha os movimentos culturais rolando na comunidade e ninguém falava nada. Essa coisa da mídia começar a abraçar e passar a mostrar o que tinha de positivo na comunidade, acho que essa foi uma mudança forte que a gente conseguiu com a nossa música”, completa o vocalista.

Em três décadas de som alto, rápido e pesado, o Devotos conquistou seu lugar e hoje é referência e inspiração para “a pirralhada que está começando”, como diz o baterista Celo. E, apesar de terem alcançado amadurecimento e estabilidade na carreira musical, este trio ainda zera o relógio a cada novo trabalho, criando novas possibilidades e novo gás para continuar na ativa: “Eu acredito que uma banda sobreviva de perspectivas para poder ter continuidade. Devotos tem milhões de planos ainda.”, entrega Celo. É como diz o primeiro disco da banda, ‘Agora tá valendo’.

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