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A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) afirmou, nesta quarta-feira (10), que a base governista ainda não conquistou os apoios necessários para que a reforma da Previdência seja aprovada na Câmara dos Deputados. Às vésperas da reabertura da sessão que deverá votar o texto, a petista salientou que o clima na Casa é de articulações constantes e de arrependimento e confusão entre alguns parlamentares que se comprometeram com o governo Bolsonaro em troca da liberação de emendas.

“O que aconteceu é que trocaram os votos por um aumento nas emendas e pagaram com moedas podres, uma espécie de cheque sem fundos, e isso gerou uma crise entre os parlamentares que haviam se comprometido em votar pelo reforma e eles tiveram que ter mais tempo para negociar”, disse Marília em conversa com o LeiaJá

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“Na verdade o governo ainda não conseguiu os votos necessários para a aprovação”, emendou a deputada, que já aguarda a retomada dos trabalhos em Brasília. Segundo ela, a previsão é de que a reforma seja votada nos dois turnos ainda nesta semana. 

Sobre a projeção do deputado Onyx Lorenzoni (DEM), que é ministro da Casa Civil, mas foi exonerado para a votação, de um placar de 330 votos favoráveis a reforma, Marília observou que “não é real”, principalmente pelo resultado da “manobra que eles fizeram para publicar as emendas”. “Foi uma [manobra] que não tem como pagar”, disse, pontuando que não há previsão orçamentária no governo para tal. 

Indagada se a oposição ainda estava otimista para uma eventual rejeição da reforma, ela disse que sim. “Otimista temos sempre que ser, mas sabemos que é difícil. Estamos em um momento que é necessário explicar o óbvio, como a terra plana não é plana, o trabalho infantil é ilegal e um juiz precisa ser imparcial”, considerou.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, acredita que a reforma da Previdência será aprovada com mais de 320 votos. O texto deve ser votado na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (10). Para a aprovação são necessários, no mínimo, 308 apoios. A base governista já chegou a contabilizar 330 votos favoráveis. 

Ressaltando que o PSDB foi “o primeiro partido a fechar questão” a favor da proposta, Bruno também fez questão de usar as redes sociais para listar as contribuições da legenda tucana para a construção do texto que muda as regras da aposentadoria.

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“O PSDB além da entrega do votos ajudou de modo especial com dois de seus melhores quadros. Rogério Marinho [secretário da Previdência e Trabalho] no convencimento e na construção de uma proposta viável”, pontuou. “E o relator, Samuel Moreira, que conduziu a discussão de maneira democrática e corajosa, apresentando um texto justo e coerente com os princípios do PSDB, de defesa dos mais pobres e pelo fim dos privilégios”, emendou.

Bruno Araújo, que foi ministro das Cidades no governo Temer, também disse que o país será “o primeiro país do mundo a aprovar uma Reforma da Previdência com apoio popular”. “As pesquisam indicam que a maioria dos brasileiros entenderam a necessidade e importância da reforma, que corta privilégios e protege os mais vulneráveis”, ressaltou. Um levantamento do Datafolha desta semana aponta que 47% dos brasileiros são a favor da reforma.

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