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Na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os candidatos precisam redobrar a atenção ao se depararem com questões de química. A matéria é peça importante para a construção da nota dos participantes. É importante lembrar também que a disciplina, para alguns estudantes, é considerada difícil.

Para o professor Francisco Coutinho, porém, é possível dominar a matéria, desde que haja um intenso estudo. O professor de química é o convidado desta semana do programa Vai Cair No Enem, do LeiaJá, que reúne dicas e aulas exclusivas para a prova.

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Os estudantes também podem ficar muito bem informados seguindo o Instagram Vai Cair No Enem. Confira, a seguir, o programa desta semana, que aborda o tema ‘radioatividade’:

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O jornalista da Rádio Jovem Pan Carlos Aros esteve nesta segunda-feira (5) falando para os alunos da UNG sobre os desafios da carreira, contando suas experiências de vida durante coberturas como repórter e como os meios de comunicação estão convergindo para o universo da internet. Isso e muito mais rolou na palestra intitulada "O papel do radiojornalismo no século 21", ministrada a convite do professor Vitor Guedes, que trabalhou na emissora nos anos 90. Além de comandar o programa "Radioatividade" ao lado da jornalista Madeleine Lacsko, Aros começou como redator do site e também é responsável pela produção do programa, coordenador da Jovem Pan News e cobre os assuntos relacionados a tecnologia.

O jornalista exemplificou o quão um profissional de comunicação tem que ser diversificado e versátil na atualidade para enfrentar um mercado que diminui cada vez mais o número de envolvidos na produção de conteúdo. Aros falou de suas missões de trabalho na rua quando precisa, sozinho, produzir pautas, matérias, se desdobrar com edições e saber separar, enquanto produz, o que é relevante para o ouvinte. “Mesmo trabalhando no rádio, hoje é preciso saber como se portar em frente à câmera, porque estamos ao vivo pela web ao mesmo tempo em que transmitimos pelo dial. Mas, também é preciso se policiar para passar ao ouvinte aquilo que vemos, porque podemos ter dezenas de milhares de espectadores, mas temos centenas de milhares de ouvintes”, afirmou o jornalista.

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Carlos Aros destacou também as diferenças entre o descartável e o que é ultrapassado. Com a popularização e consolidação da internet e das redes sociais como principal instrumento de divulgação de notícias, é preciso entender que o que se produz pela manhã torna-se velho em questão de horas, senão minutos. Porém, aquela informação ou conteúdo não deixou de ser relevante quando se monta o cenário como um todo. No rádio, assim como na internet, o imediatismo não deve ser confundido com falta de qualidade. “Só porque aquele conteúdo está no twitter, por exemplo, não quer dizer que ele não deva ser pesquisado, checado e confirmado como nos meios tradicionais” completou.

Por Wagner Silva

"Fomos abandonados. Não há mais médicos nem hospitais. E logo não haverá mais medicamentos". Aos 70 anos, Anna Vendarenko se preocupa com os cortes orçamentários do Estado russo nas ajudas às vítimas das radiações de Chernobyl, 30 anos depois do acidente.

O povoado onde mora Anna, Starye Bobovichi, que seus habitantes se negaram a abandonar, era até agora considerado "zona proibida", mas viu seu nível de radioatividade reduzir após um decreto presidencial.

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Com a mudança, a ajuda financeira do Estado, que consiste em subvenções para gastos médicos, estadia em sanatórios para crianças e programas sócio-econômicos, diminuirá drasticamente.

Especialistas afirmam, no entanto, que houve apenas uma leve redução no nível de radioatividade no local desde a explosão da central nuclear de Chernobyl, no dia 26 de abril de 1986.

Alexei Kiselev e Rachid Alimov, especialistas em radioatividade de ONG Greenpeace, usam um aparelho para medir o nível de partículas radioativas na praça principal da cidade.

"1,7 microsieverts por hora... é mais de 30 vezes a dose máxima recomendada", alerta Rachid. "É melhor não demorarmos. E pensar que há pessoas que vivem aqui...", lamenta Alexei.

Das 4.413 localidades russas afetadas pelo acidente de Chernobyl, 383 verão suas subvenções diminuírem por cortes orçamentários, como o povoado de Starye Bobovitchi. Outras 558 cidades serão simplesmente retiradas da lista.

"Com este decreto, o Estado se nega a reconhecer que são necessários 2.000 anos, e não 30, para descontaminar uma zona", denuncia Anton Korsakov, biólogo e especialista nas consequências de Chernobyl para a região de Briansk.

"Mesmo que consigamos descontaminá-la, terão que se passar várias gerações até que as crianças voltem a nascer saudáveis", afirma, lembrando que o índice de mortalidade infantil na região é cinco vezes maior que a média nacional.

Quando as crianças sobrevivem, 80% delas desenvolvem uma ou várias doenças crônicas, de acordo com estatísticas oficiais, citadas pelo especialista.

Ir embora da região

Em Novozybkov, cidade a 180 km de Chernobyl cujos 30.000 habitantes nunca chegaram a ser retirados como era previsto, os corredores do hospital estão cheios de crianças e idosos que esperam durante várias horas.

O cirurgião Viktor Janaiev estima que um terço dos seus pacientes vem ao hospital por doenças causadas ou pioradas pela radiações.

"Muitos não podem se cuidar, visto que os medicamentos subvencionados não são os mais eficazes", e seriam necessários outros remédios, mais caros, explica. O salário mínimo russo é de 6.204 rublos (81 euros).

A partir de julho, Novozybkov passará de "zona a ser evacuada" para "zona habitável", e as ajudas econômicas serão reduzidas.

"É uma má notícia", lamenta Janaiev. "As pessoas terão que pagar pelos seus medicamentos, que até agora eram gratuitos. E as crianças não poderão ir ao sanatório no verão", afirma, lembrando que sair da cidade na estação mais quente do ano, quando as radiações são mais fortes, é uma necessidade.

Aleksander, seu paciente, confirma a observação: "Tenho a saúde boa? Depende. Quando estou em outra região, estou ótimo. Aqui, noto as radiações todos os dias", conta. Esse homem de 30 anos, pai de uma menina, gostaria de "ir embora da região". "Mas com que dinheiro? Ninguém nos ajuda", diz com tristeza.

Viver com as radiações

Viver em uma zona contaminada pelas radiações de Chernobyl tem consequências na saúde; porém, é possível limitá-las sempre e quando "se esteja informado", afirma Liudmila Komorgotseva, da ONG russa União pela Segurança Radioativa.

"Mas o governo não faz nada e as pessoas colhem frutas e cogumelos no bosque contaminado", alerta.

Em 2011, os controles de radioatividade de grande parte dos alimentos e líquidos russos foram suprimidos, e hoje se pode comprar muitos produtos radioativos da região de Briansk nos mercados de todo o país, segundo o Greenpeace.

Nas casas, há inclusive móveis radioativos: as empresas utilizam madeira das florestas russas situadas em "zona proibida", garante o advogado Aleksander Govorovski, que interpôs uma demanda ao departamento florestal da região.

O presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso na manhã dessa terça-feira (28), no Rio, foi transferido para Curitiba, escoltado por agentes da Polícia Federal (PF). Também embarcou o empresário Flávio Barra, presidente da AG Energia, subsidiária da Andrade Gutierrez. Ambos foram presos na décima sexta fase da Operação Lava Jato.

Othon e Flávio embarcaram separadamente dos demais passageiros. Ele foram colocados em um ônibus da Empresa Brasileira de Intraestrutura Aeroportuária (Infraero), na companhia de sete agentes federais. Também foram embarcados malotes e cerca de 15 caixas de papelão apreendidos durante a operação.

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Os dois presos não estavam algemados. O advogado do presidente licenciado da Eletronuclear, Helton Pinto, disse que não poderia se pronunciar sobre a prisão do cliente, pois ainda não tinha tido acesso aos autos do processo. "Não temos como nos pronunciar no momento, porque ainda não tivemos acesso aos autos. Como não temos conhecimento da acusação, não temos como nos pronunciar. Eu tenho que analisar o caso. Não li nada do processo ainda".

Othon foi preso em casa, no Rio de Janeiro, e depois levado para a sede regional da PF no Rio. Ele se afastou do cargo em 29 de abril, após ser citado na Lava Jato por suspeita de irregularidades em contratos para a construção de Angra 3.

Na ocasião em que foi citado nas investigações da Lava Jato, Othon Silva negou ter participado ou ter conhecimento de qualquer irregularidade. Em nota à época, ele afirmou que jamais recebeu propina e que vive de sua aposentadoria como vice-almirante da Marinha e de seus vencimentos como presidente da Eletronuclear.

Procurada pela Agência Brasil, a Eletronuclear informou que a Eletrobras é que deve se pronunciar sobre o caso. Em comunicado ao mercado, divulgado ontem à tarde, a Eletrobras disse que está buscando as informações para defesa de seus interesses e investidores, e que vai manter o mercado informado "oportunamente". A seguir, a íntegra da nota:

"Em atenção ao procedimento realizado, nesta data, pela Polícia Federal, na 16ª Fase da Operação “Lava Jato”, denominada “Radioatividade”, que culminou na prisão temporária do Sr. Othon Luiz Pinheiro, diretor presidente licenciado da controlada Eletrobras Termonuclear S.A – Eletronuclear, a Companhia vem esclarecer aos senhores acionistas e mercado em geral o que se segue: Os trabalhos de investigação interna independente conduzidos pelo escritório Hogan Lovells - objeto de comunicados ao mercado divulgados em 29 de abril de 2015, 14 de maio de 2015, 10 de junho de 2015, 13 de julho de 2015 e 21 de julho de 2015 - os quais incluem o empreendimento da Usina Nuclear de Angra 3, desenvolvidos pela Eletronuclear, ainda não foram concluídos. Quanto à Operação citada, a Eletrobras está buscando obter as informações necessárias à defesa de seus interesses e de seus investidores e manterá o mercado informado oportunamente".  O texto é assinado pelo diretor Financeiro e de Relação com Investidores da empresa, Armando Casado de Araújo.

A Andrade Gutierrez, também em nota, informou que está acompanhando a décima sexta fase da operação e destacou “que sempre esteve à disposição da Justiça”. Os advogados da empresa estão analisando a ação da PF para se pronunciar.

 

A força-tarefa da Operação Lava Jato identificou que a empresa Aratec Engenharia Consultoria e Representações, do presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pereira da Silva, recebeu depósitos das empreiteiras que compõem o Consórcio Angramon, montador da Usina Angra 3, desde às vésperas da publicação do edital de pré-qualificação até meados de 2015. O almirante Othon Luiz Pereira da Silva e o presidente da Unidade Negócios Energia da Andrade Gutierrez, Flavio David Barra, foram presos temporariamente nesta terça-feira, 28, na 16ª fase da Lava Jato, batizada de Radioatividade.

"Trata-se de esquema criminoso atual, o que se corrobora em virtude de os contratos celebrados pelo consórcio Angramon e a Eletronuclear para construção de Angra 3 estarem na fase inicial de execução, e, portanto, as propinas prometidas pelas empreiteiras e solicitadas pelo agente público devem estar sendo hodiernamente a este repassadas", afirmam os procuradores da força-tarefa em documento anexado aos autos da investigação.

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Os procuradores suspeitam que Othon Luiz recebeu R$ 30 milhões em propinas, valor equivalente a 1% dos contratos da estatal com as empresas consorciadas.

Chamou atenção dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato o fato de que, em 25 de fevereiro de 2015, após a divulgação de notícias envolvendo empreiteiros denunciados pela Lava Jato com contratos em Angra 3, o almirante tenha se retirado formalmente do contrato social da Aratec. A empresa atualmente possui como administradora a filha de Othon Luiz.

"Mas os indícios dão conta que o real controlador da Aratec é o representado Othon Luiz que se retirou formalmente da sociedade apenas para preservar sua imagem", sustentam os procuradores. "Há consistentes indícios de que Othon Luiz tenha efetivamente se valido da empresa Aratec para receber os valores de propina anteriormente combinados - sem prejuízo da posterior identificação de outros meios de pagamento."

O ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini revelou, em delação premiada, que às vésperas das assinaturas dos contratos entre o Consórcio e a Eletronuclear foi realizada uma reunião, na sede da UTC Engenharia - apontada como líder do cartel de empreiteiras -, em que foi discutida a sistemática de pagamento de propinas de Angra 3, em agosto de 2014. A convocação do encontro foi dirigida a "alta administração" das empresas envolvidas.

"O ajuste entre as empreiteiras para o pagamento das propinas ocorreu em reunião na sede da UTC, em 26 de agosto de 2014, da qual participaram, segundo Dalton Avancini, os executivos Flávio David Barra (Andrade Gutierrez), Ricardo Ouriques Marques (Techint), Ricardo Ribeiro Pessoa (UTC), Fabio Gandolfo(Odebrecht), Petrônio Braz Júnior (Queiroz Galvão) e Renato Ribeiro Abreu (EBE), a quais, em sua maioria, viriam a assinar pelas respectivas empresas os contratos com a Eletronuclear para construção da usina de Angra 3?, apontam os procuradores.

Ao mandar prender o presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o presidente global da Andrade Gutierrez Energia, Flávio David Barra, na Operação Radioatividade, nesta terça-feira (28), o juiz federal Sérgio Moro se valeu de relatório da força-tarefa da Lava Jato, segundo a qual os "investigados se associaram para praticar em série crimes de gravidade". "A prisão temporária é, nesse período, imprescindível para evitar concertação fraudulenta de versões entre os investigados, garantindo que sejam ouvidos pela autoridade policial separadamente e sem que recebam influências indevidas uns dos outros."

Moro mandou prender o almirante e o executivo em regime temporário, por cinco dias - prazo que pode ser prorrogado. Em sua decisão, o juiz destaca que o crime de corrupção atribuído ao almirante pela Operação Lava Jato "não tem qualquer relação com atividade militar". Moro assinala que os fatos sob investigação não são crimes militares, submetidos a processo na Justiça Militar, de acordo com o artigo 9.º do Código Penal Militar.

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"Não passa sem atenção o fato de Othon Luiz ser militar da reserva", escreveu o juiz da Lava Jato. "Apesar do prestígio das Forças Armadas, o fato é que as provas indicam possíveis crimes de corrupção em tempo muito posterior à passagem dele (Othon) para reserva e no exercício de atividade meramente civil. Então, a investigação não tem qualquer relação com atividade militar."

Othon Luiz foi preso na manhã desta terça-feira, no Rio. O executivo da Andrade Gutierrez também foi preso no Rio. A Radioatividade, 16.ª etapa da Lava Jato, concentra suas forças exclusivamente em contratos das obras da Usina Nuclear de Angra 3.

O presidente licenciado da Eletronuclear teria recebido R$ 4,5 milhões em propinas de um grupo de empreiteiras. As negociações para discutir o valor da corrupção teriam sido conduzidas pelo executivo Flávio Barra, presidente global da Andrade Gutrierrez Energia, que também foi preso pela Polícia Federal nesta terça, 28.

Othon Luiz virou alvo da Radioatividade depois que seu nome foi denunciado pelo ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini. Delator da Lava Jato, Avancini revelou a propina para o almirante.

"Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente da Camargo Correa, relatou, em acordo de colaboração premiada, acertos para pagamento de propina em licitações e contratos de obras em Angra 3, após a tomada de medidas pela Eletronuclear para restringir a concorrência do certame", assinalou o juiz Moro.

Para o juiz da Lava Jato, "a adoção da medidas de restrição à concorrência foram confirmadas documentalmente, o que levou ao êxito no certame das empreiteiras Camargo Correa, UTC Engenharia, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Techin e EBE, que formaram o Consórcio Angramon".

Sérgio Moro avalia existência de "prova relevante de crimes de fraude a licitações, corrupção e lavagem de dinheiro". Ao mandar prender o presidente licenciado da Eletronuclear e o alto executivo da Andrade Gutierrez, o juiz destacou que "investigados teriam se associado para praticar em série crimes de gravidade".

"A prisão temporária é, nesse período, imprescindível para evitar concertação fraudulenta de versões entre os investigados, garantindo que sejam ouvidos pela autoridade policial separadamente e sem que recebam influências indevidas uns dos outros."

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) divulgou, através do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (21), a abertura de concurso público para provimento de 86 vagas de níveis médio/técnico e superior. O certame é organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan).

Os cargos são para integrar as áreas de desenvolvimento tecnológico e de gestão, planejamento e infraestrutura em ciência e tecnologia do CNEN. Há cargos para técnico (10), assistente (20), analista (18) e tecnologista (38) em ciência e tecnologia. A carga horária é de 40 horas semanais nos municípios de Caetité (BA), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Poços de Caldas (MG), São Paulo (SP), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), a depender da vaga preterida. 

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A remuneração para os profissionais conta com, além do salário básico, Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e Tecnologia (GDACT), Retribuição por Titulação (RT) e Gratificação de Qualificação (GQ). Os salários variam de R$ 2.866,00 a R$ 4.628,00 para técnico e assistente; no caso de analista, pode variar de R$ 5.206,16 a R$ 8.405,16; para os tecnologistas, os valores podem ser de R$ 5.206,16 a R$ 10.752,87.

As inscrições vão de 11 a 25 de março e devem ser feitas pelo site do Idecan. As taxas custam R$ 50 e R$ 96. A seleção será através de provas objetivas e análise de título e curricular para todos os cargos. Para tecnologista, há, também, prova oral; e para analista será aplicada prova discursiva. O certame será aplicado no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP). 

O concurso tem validade de seis meses, podendo ser prorrogada. Para outras informações, consulte o edital.

A operadora da central nuclear Fukushima, TEPCO, anunciou ter detectado uma pequena quantidade de césio em amostras obtidas no Oceano Pacífico, fora do porto da central.

De acordo com documentos, a Tokyo Electric Power detectou 1,6 becquerel de césio 137 por litro de água do mar, em uma amostra de 18 de outubro obtida a um quilômetro da central afetada em março de 2011 por um tsunami.

A empresa não sabe exatamente a causa do aumento da radioatividade, mas destacou que não encontrou nada nas outras amostras obtidas de locais diferentes, o que atenua os temores de propagação.

O nível é inferior ao limite estabelecido para a água potável (10 becquerels por litro) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, contradiz declarações recentes do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Ele afirmou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) em setembro, e repetiu em outras ocasiões desde então, que os efeitos da radioatividade estavam "bloqueados a 0,3 quilômetro quadrado do porto da central".

Mas o local de onde foi retirada a amostra e onde foi detectado o césio radioativo pela segunda vez (em 8 de outubro a medição foi de 1,4 becquerel por litro), fica justamente fora do porto.

Níveis muito elevados de radioatividade foram medidos neste sábado (31) na central nuclear de Fukushima, perto dos depósitos de água radioativa, semelhantes aos produzidos recentemente por um grande vazamento, anunciou a companhia Tepco.

"As patrulhas de controle registraram radioatividade muito elevada em quatro locais", explicou a Tokyo Electric Power, a empresa que administra a central, em um comunicado.

A radioatividade média é tão alta que, se um homem se expor desprotegido a ela por uma hora, receberia nesse curto período a dose máxima autorizada em um ano para um funcionário da usina devidamente protegido.

A companhia acrescentou em seu comunicado que nenhum vazamento foi encontrado. "Nós não detectamos diminuição alguma no nível de água em qualquer um dos depósitos, e as torneiras estão bem fechadas", assegurou a Tepco.

Na segunda-feira, 19 de agosto, a Tepco anunciou a descoberta de "poças de água contaminada com radioatividade perto de depósitos", informando que a quantidade vazada chegava a 300 toneladas. O tanque com problemas foi localizado, mas não o ponto exato onde ocorreu o vazamento, que provavelmente durava várias semanas.

Mais de mil depósitos de vários tipos, e de vários fabricantes, estão instalados em áreas abertas em torno da central. Cerca de 350 são do mesmo modelo do que registrou o vazamento. Os vazamentos de água altamente contaminada começaram em março de 2011, devido a danos causados à usina nuclear de Fukushima Daiichi no terremoto seguido de tsunami de março de 2011.

Coreia do Sul diz que até agora não conseguiu detectar elementos radioativos que podem ter vazado de terceiro teste nuclear da Coreia do Norte. O governo de Seul afirmou nesta sexta-feira que vai interromper as operações marítimas de coleta de amostras, mas vai continuar a acompanhar o processo em estações terrestres. China e Japão também têm coletado amostras de ar, mas até agora não relataram sucesso.

A análise de amostras de ar é crucial para determinar se a detonação de terça-feira usou urânio ou plutônio. Um teste de urânio seria visto como um grande passo para o programa nuclear de Pyongyang.

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A coleta de subprodutos radioativos é uma corrida contra o tempo, porque urânio altamente enriquecido degrada rapidamente. Os locais de teste podem ser selados para evitar vazamentos. Nenhuma radioatividade foi detectada após o segundo teste de Pyongyang em 2009.

O Ministério de Defesa do Japão afirma que seus jatos de combate devem continuar a recolher amostras de ar. As informações são da Associated Press.

Estudo mostra que os acidentes nucleares no Japão, em março deste ano, lançaram na atmosfera o dobro de substâncias radioativas do que foi divulgado oficialmente pelas autoridades japonesas. Por esse estudo, a elevação equivale a 40% do total emitido no acidente de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. As explosões e os vazamentos na Usina de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, foram provocados pela sequência de tremores de terra seguido por um tsunami.

O autor do estudo, Andreas Stohl, do Instituto Norueguês de Pesquisa Aérea, disse que os cálculos das autoridades do Japão desconsideraram as emissões que afetaram o mar. Segundo ele, a estimativa sobre os níveis da substância radioativa césio 137 se baseiam na análise de uma rede mundial de sensores.

Pelo estudo, os efeitos a longo prazo dos acidentes nucleares de Fukushima não podem ser avaliados como um todo por causa da dificuldade de medir a radiação recebida ou absorvida pelas pessoas. Segundo Stohl, as estimativas em termos da emissão de radiação são imprecisas.

O jornal científico Atmospheric Chemistry and Physics publicou o estudo, que aguarda mais observações para ser considerado oficial. Os acidentes radioativos no Japão, ocorridos há sete meses, provocaram uma reação entre os especialistas mundiais em busca da ampliação do sistema de segurança para o setor.

No Japão, os vazamentos e as explosões de Fukushima fizeram com que as autoridades determinassem a retirada dos moradores das cidades vizinhas à usina. Muitos ainda estão em abrigos provisórios aguardando autorização para o retorno. Produtos e mercadorias da Região Nordeste do país foram proibidos para a venda e consumo na tentativa de evitar riscos de contaminação.

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