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Há um ano, as mesas de bares e salões de festas de todo o país ficaram mais tristes. No dia 20 de dezembro de 2013, o ‘Rei do Brega’, Reginaldo Rossi, não resistiu e morreu por falência múltipla de órgãos, em decorrência de complicações de um câncer de pulmão. Dono de uma carreira musical de sucesso, o cantor lançou 50 álbuns, recebeu 14 discos de ouro, dois de platina, um de platina duplo e um de diamante.

Brega perde sua majestade: morre Reginaldo Rossi

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A música de Reginaldo se eternizou na vida de muitas pessoas. Embalou casamentos, festas de aniversário, inícios de namoro, nostalgia em relacionamentos. O rei foi um anti-herói do romantismo moderno. Em seus versos, buscava exaltar seu lado romântico e cafajeste, um tremendo paquerador. Hoje, após um ano de sua perda, Reginaldo deve estar em sua lambreta animando outras dimensões.

O rei começou a carreira artística em 1964, quando ainda imitava Roberto Carlos em bares e clubes do Recife. Na época, ele era acompanhado pelo conjunto The Silver Jets. Em uma dessas noites, ele se deparou com Edmilson, conhecido como Macaquito.

"Eu estava tocando escondido do meu pai, numa boate na Rio Branco. Eu ainda era de menor quando Reginaldo passou por lá e a gente se conheceu. Muito simpático, Reginaldo me convidou para fazer um show com ele em Maceió", conta Macaquito. Depois desse show, o menino da Rio Branco se tornaria o baterista que acompanhou o rei até seus últimos dias.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o baterista explica a relação com Reginaldo. "Ele era um irmão, foram 43 anos juntos. Não era um patrão. Um cara muito simples, não tinha luxo. Uma vez, estávamos fazendo uma apresentação em um circo e no meio do palco havia um buraco coberto, que fazia parte do número do mágico. Por alguns minutos, procuramos Reginaldo em todo canto, só nos demos conta depois que ele havia caído dentro do buraco", relata em Macaquito em meio a risadas de saudade.

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Reginaldo faleceu aos 70 anos. Em sua carreira musical, o Rei do Brega emplacou muitos sucessos. Se Meu amor não chegar, A raposa e as uvas, O pão, Deixa de banca, Tô doidão, Era Domingo, Ai Amor, Em Plena Lua de Mel, Tenta Esquecer e Garçom. Esta última é o principal sucesso de Reginaldo Rossi, uma composição que fala de dor de cotovelo e que era uma das mais pedidas pelos fãs durante os shows.

A saudade de Reginaldo ainda ecoa nos quatro cantos do Recife, cidade que ele tanto amava. A autônoma Luciene Oliveira, de 62 anos, fã declarada do homem que levou o brega a todo Brasil, fala sobre a paixão pelo rei. "Nos tempos de Natal, quando eu era adolescente, eu ficava sozinha em casa e a minha única companhia era a música de Reginaldo", explica Luciene. 

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"Há um ano, eu fiquei muito abalada quando recebi a notícia da morte dele. Hoje, encaro a dor como uma saudade gostosa. Ele sempre esteve presente nos momentos mais felizes da minha vida. Namoros, festas e o meu Natal. O brega de Reginaldo será, com certeza, eternizado no coração de todo recifense", conta Luciene.

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Em 2011, Rossi venceu o Prêmio da Música Brasileira na categoria de melhor cantor popular, pelo álbum ao vivo Cabaret do Rossi, que também rendeu um DVD, em que fazia releituras de sucessos como  Taras & Manias, Dama de Vermelho, Boate Azul, Amor I Love You, Só Você e I Will Survive

Reginaldo reiventou o entendimento do que era ser corno. Corações partidos e paquera se uniam em sua música, que emocionava e animava qualquer ambiente em que era tocada. Hoje, após um ano da partida do rei, a sua sagacidade e autenticidade segue ecoando nos versos de suas músicas. 

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