Tópicos | recusa de Lula

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol disse, nesta segunda-feira (30), que o Ministério Público está apenas cumprindo a lei ao solicitar a progressão de pena para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Procuradores querem que Lula vá para o regime semiaberto, já que completa o cumptimento de um sexto da pena. A solicitação foi feita à Justiça na última sexta-feira (27). 

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“Quando uma pessoa cumpre os requisitos todos para a progressão de regime não tem só o direito, mas o Estado não pode exercer seu poder de prisão para além do que tem direito. Assim, uma vez cumpridos os requisitos, normalmente os réus pedem a progressão. Se o réu não pedir, é obrigação nossa, do Ministério Público pedir", explicou Dallagnol, que também assinou o pedido, durante entrevista à rádio Jovem Pan.

"O que estamos fazendo nesse caso é cumprir a lei como faríamos no caso dos demais presos. O ex-presidente Lula, como os demais, deve cumprir nem mais nem menos", emendou o chefe da força-tarefa. 

O ex-presidente já havia manifestado recusa para o regime semiaberto, quando o preso trabalha durante o dia e volta para cadeia à noite. 

A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (RS), e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad - que também são advogados de Lula, além do responsável oficial pela defesa dele, Cristiano Zanin, conversam hoje com o ex-presidente sobre o assunto, para definir como a defesa deve se portar diante do pedido dos procuradores. 

Nos bastidores, especula-se que o pedido dos procuradores da Lava Jato é uma espécie de manobra diante da julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro que proferiu a sentença contra Lula. A defesa do ex-presidente acusa o atual ministro da Justiça e Segurança Pública de agir com parcialidade na condução do processo e pedem que condenação seja cancelada.

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