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Diante de uma prova com 90 questões, cuja duração é de cinco horas e 30 minutos no primeiro dia de avaliação, saber administrar o tempo é mais do que primordial. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), um dos processos seletivos educacionais mais aguardados do Brasil, o relógio pode ser o principal inimigo dos candidatos, quando não gerido da maneira indicada.

O professor de matemática Ricardo Rocha acredita que o tempo gasto por cada estudante em uma questão vai variar conforme o perfil e desempenho do fera. Em sua disciplina, por exemplo, o docente aposta em uma média de três minutos por quesito. “Como estratégia, o candidato deve avaliar quais são as questões que tem mais afinidade para resolver primeiro”, orienta Rocha.

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Ciências Humanas, Linguagens e redação. Todas essas áreas serão cobradas no dia 3 de novembro, data que abre as provas do Enem 2019. Como de praxe, o Exame deverá apresentar questões com textos longos; o estudante que perder tempo de maneira desnecessária poderá ter um desempenho ruim. Em meio a esse contexto, na hora da prova, o aluno deve fazer primeiro a redação ou responder os quesitos das outras disciplinas?

Para o professor de redação Vinicius Oliveira, é mais indicado que o estudante comece o Enem pela produção textual. O educador concedeu entrevista exclusiva ao LeiaJá e defendeu o seu argumento. Confira no vídeo a seguir:

O segundo dia de provas do Enem será em 10 de novembro. Durante cinco horas, os feras responderão questões de Ciências da Natureza e matemática.

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Nesta quinta-feira (24), o Ministério da Educação (MEC) divulgou comentários de especialistas a respeito de redações. Os textos alcançaram nota máxima na edição 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o MEC, o objetivo é fazer com que as análises ajudem os candidatos que enfrentarão o processo seletivo deste ano nos dias 3 e 10 de novembro.

Vinculados ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização da prova, os especialistas analisaram sete redações que obtiveram nota mil. Os analistas identificaram as seguintes características nas produções textuais:

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possuem uma proposta de intervenção para o problema apresentado no tema;

têm repertório sociocultural produtivo no desenvolvimento da argumentação do texto;

respeitam os direitos humanos;

apresentam as características textuais fundamentais, como coesão e coerência;

demonstram domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;

atendem ao tipo textual dissertativo-argumentativo.

No ano passado, a “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet” foi o tema da redação. Veja, a seguir, os textos avaliados pelos especialistas do Inep e seus respectivos comentários:

Redação 1

Redação 2

Redação 3

Redação 4

Redação 5

Redação 6

Redação 7

A última aula do aulão gratuito do Vai Cair no Enem, realizado na UNIVERITAS, no Rio de Janeiro, foi ministrada pelo professor de redação Vinícius Oliveira, neste sábado (19). Durante o encontro, o docente estimulou o pensamento crítico dos alunos que vão realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Temas como adoção, violência nas escolas, trabalho voluntário, doação de sangue, mobilidade urbana e a importância do civismo foram apostas de serem cobrados no Exame.

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Com várias dicas e ideias para citações na redação do Enem, todo o material apresentado pelo professor no aulão já está disponível online. A transmissão do evento foi realizada pelo Instagram (@vaicairnoenem) e canal do Youtube (youtube.com/vaicairnoenem) do Vai Cair No Enem. Confira as dicas:

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Uma das cidades mais belas do mundo é palco, neste sábado (19), de mais um aulão gratuito do projeto multimídia Vai Cair No Enem. A partir das 8h, o Rio de Janeiro recebe os professores André Luiz (biologia), Everaldo Chaves (história), Vitor Ricci (física), Sandro Curió (matemática) e Vinícius Oliveira (redação); os educadores selecionaram dicas essenciais para os candidatos que vão encarar, nos dias 3 e 10 de novembro, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio.

Em aulas dinâmicas e interativas, os professores explicam, com exclusividade direto da UNIVERITAS, temas frequentemente abordados no Enem. “Vou mostrar os principais assuntos de biologia. Com certeza, será um grande evento”, comentou o professor André Luiz. Todas as aulas serão transmitidas, em parceria com o LeiaJá, pelo Instagram @vaicairnoenem e youtube.com/vaicairnoenem. Veja, a seguir, os temas escolhidos por cada convidado:

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De acordo com o editor do LeiaJá Nathan Santos, os seguidores do Vai Cair No Enem contarão com um aulão especial. “Posso considerar especial porque é um evento que reúne grandes professores. Sandro Curió, por exemplo, professor de matemática, tem um projeto com mais de 100 mil seguidores no Instagram, além da vasta experiência dos demais educadores”, destacou o jornalista.

Estudantes interessados em participar do encontro podem se inscrever de maneira gratuita. A UNIVERITAS fica na Rua Marquês de Abrantes, 55, bairro do Flamengo, no Rio.

Confira a transmissão ao vivo no vídeo abaixo:

A redação é uma das etapas mais temidas para o candidato que irá realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), visto que ela avalia o texto dissertativo-argumentativo em cinco competências que o participante deve dominar.

A primeira consiste no candidato demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Já na segunda, ele deve compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema. Na terceira, o aluno deve selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Na quarta, deve demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e na quinta e última, é necessário elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado. 

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Tantas competências podem fazer com que o fera considere quase impossível conseguir tirar a nota máxima na redação do Exame, no entanto, o professor de linguagens e redação Vinícius Oliveira de Lima (@profviniciusoliveira), que é o único docente do Brasil com redação nota mil no Manual do Enem, revelou ao LeiaJá cinco dicas importantes para que os candidatos alcancem o feito. Confira:

Repertório nas áreas de conhecimento

É importante que o estudante demonstre repertório nas áreas de conhecimento apresentando dados, fatos e alusões históricas. “Escrever uma redação sem mostrar conhecimento é um problema, pois a segunda competência avalia a capacidade que o aluno tem de demonstrar o conhecimento que possui”, declara Oliveira. 

Para o estudante que não tem um repertório e encontra dificuldade para construir um texto, o docente dá uma orientação importante. “O candidato pode utilizar ideias que sirvam para diversos temas, como por exemplo, as dos contratualistas da filosofia: John Locke, Thomas Hobbes e Jean Jacques Rousseau”, explica. Os três contratualistas falam sobre assuntos como contrato social, vida em sociedade, problemas sociais, conflitos sociais.

Utilizar palavras que possuem juízo de valor

De acordo com Oliveira, os candidatos possuem muita dificuldade em opinar sobre um determinado tema, principalmente se ele for relacionado ao meio ambiente, o que não é bom. “Uma forma simples do aluno garantir que está sendo argumentativo é utilizar algumas palavras com juízo de valor, como indiferente, negligente, impróprio, inadequado.”, comenta. Ainda segundo o professor, estas palavras expressam opinião e forçam o aluno a ser argumentativo. 

Utilizar conectivos nos parágrafos

De acordo com Oliveira, caso o estudante não utilize conectivos no topo dos parágrafos, perde 40 pontos na quarta competência na correção da prova.  “Pode parecer bobo, mas os candidatos esquecem que deve haver conectivo no início do parágrafo, declara.

Durante a introdução, o candidato não tem como colocar conectivos, no entanto, é necessário que coloque nos parágrafos que vierem a seguir, por isso o professor indica quais termos podem ser utilizados. “No segundo parágrafo, ele pode começar com ‘a princípio ou em primeiro plano’, já no terceiro, pode ser ‘de outra parte ou ademais’ e na conclusão, ele pode utilizar ‘assim’ ou ‘portanto’”, explica.

Introdução com antecipação argumentativa e retomada

Na introdução, o aluno deve dar uma dica de quais serão os argumentos trazidos ao longo do texto para que ele se torne organizado. “Vão ser dois argumentos que devem ser trabalhados ao decorrer do desenvolvimento, o que não deixa o texto previsível, mas organizado”, fala o professor.

Ainda para manter a organização, o estudante pode apostar na retomada, que é quando o escritor da redação expõe uma ideia na introdução e ela aparece outras vezes no texto. “Quando o aluno coloca uma ideia no início da introdução, ela tem que ser retomada na conclusão.”, expõe Oliveira.

Proposta de intervenção com detalhamento

É na conclusão que o participante deve desenvolver uma proposta de intervenção, na qual, de acordo com o professor, é necessário que sejam utilizadas palavras como forma de detalhamento desta proposta. “Se o candidato utilizar termos como ‘com urgência’ e ‘com prioridade’, estará mostrando o modo em que a ação será feita e isso já serve como detalhamento.”, fala.

Veja na íntegra a redação do professor Vinícius Oliveira de Lima, que alcançou nota mil no Enem edição 2016:

Tolerância na prática 

A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro – assegura a todos a liberdade de crença. Entretanto, os frequentes casos de intolerância religiosa mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito na prática. Com efeito, um diálogo entre sociedade e Estado sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa é medida que se impõe. 

Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma reprodução da casa colonial , como disserta Gilberto Freyre em “Casa-grande e Senzala”. O autor ensina que a realidade do Brasil até o século XIX estava compactada no interior da casa-grande , cuja religião oficial era católica , e as demais crenças – sobretudo africanas – eram marginalizadas e se mantiveram vivas porque os negros lhes deram aparência cristã , conhecida hoje por sincretismo religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja uma religião que subjugue as outras, o que deve , pois, ser repudiado em um Estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença. 

De outra parte , o sociólogo Zygmunt Bauman defende , na obra “Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós – modernidade , e , consequentemente , parcela da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças. Esse problema assume contornos específicos no Brasil , onde , apesar do multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma postura religiosa e seja intolerante àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para combater a rejeição à diversidade de crença é desconstruir o principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bauman: o individualismo. 

Urge , portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a intolerância religiosa. Cabe aos cidadãos repudiar a inferiorização das crenças e dos costumes presentes no território brasileiro, por meio de debates nas mídias sociais capazes de desconstruir a prevalência de uma religião sobre as demais. Ao Ministério Público, por sua vez, compete promover as ações judiciais pertinentes contra atitudes individualistas ofensivas à diversidade de crença. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, alçará o país a verdadeira posição de Estado Democrático de Direito.

O programa desta terça-feira (15) do Vai Cair no Enem já está no ar. Nesta edição, a digital influencer recebe o professor Diogo Didier, que discute quais temas de redação podem ser cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio. A aula especial traz também explicações e detalhadas sobre as apostas cotadas para uma das provas mais importantes do Enem.

O Vai Cair no Enem é produzido em parceria com o LeiaJá e conta com o apoio da UNINASSAU. Confira o vídeo abaixo do aulão exclusivo.

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Quando o assunto é celular na sala de aula, não é difícil perceber uma divisão de opiniões, ao mesmo tempo em que diariamente são lançadas ferramentas tecnológicas voltadas para o ensino, não apenas com o celular como também em outras plataformas e dispositivos. Para o professor de literatura, gramática e redação Isaac Melo, já passou - muito - da hora de implementar uma mudança de perspectiva sobre a tecnologia na mão dos estudantes, a fim de que as escolas não se tornem ambientes chatos e anacrônicos para jovens nascidos em uma era digital. 

O assunto foi tema de uma palestra realizada na 12ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco na manhã desta quinta-feira (10). Isaac argumenta que a internet surgiu como uma arma de comunicação de guerra, mas à medida que industrialização e globalização avançaram, levando as tecnologias de comunicação online para o cotidiano das pessoas com outros usos, a educação não poderia ficar à margem desse processo. 

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Questionado sobre como o debate a respeito da integração da tecnologia ao ensino e estudo se iniciou no Brasil, o professor explicou que, a princípio, o tema começou a ser falado sem debate algum, pois a primeira postura diante da presença de celulares nas aulas foi a de veto. "O Brasil já começa proibindo por várias razões. A primeira é que a tecnologia num primeiro momento não é pensada para a educação. Quando a educação vai percebendo que não vai dar conta de dominar a tecnologia, começam a perceber que tem que tomar uma atitude em relação a ela. O mais fácil e simplista é proibir", explicou Isaac.

Essa tentativa de banir os celulares de sala de aula, conta o professor, chegou a virar até projeto de lei. Isaac é contrário à postura tanto por enxergar o potencial educativo que a integração dos celulares pode proporcionar quanto por entender que tentar manter jovens que estão imersos em uma sociedade conectada apartados dessa lógica no momento de aprender gera prejuízos, além de não ser mais possível. 

"Como é que a tecnologia cada vez mais presente na vida da gente, com dados estatísticos mostrando que jovens de 15 a 29 anos passam 12 horas por dia conectados ao celular, isso vai, claro, fazer parte da formação dessa pessoa desde a menor idade. Quando o celular está na mão, a educação também precisa estar, sob pena de a gente ter uma formação perigosa moral e intelectual dessa pessoa", defendeu o professor que também destaca a importância da alfabetização digital.   

O primeiro motivo que o professor Isaac enxerga como causador desse problema é a formação dos professores não incluir a integração de ferramentas digitais no ensino desde o princípio. Para ele, isso faz com que profissionais ensinados a dar aula em uma lógica de educação tradicional tenham resistência ou dificuldades de mudar de parâmetro. "Eu, por exemplo, fui formado para gramática, para questão de vestibular e em provas no papel, então tudo direciona o professor para pensar em de forma tradicional. Tive que aprender com colegas, trabalhando em um local de grande engajamento tecnológico", contou o professor.

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Esse comportamento, na opinião de Isaac, leva a uma perda de possibilidades em sala. "No livro tem muita coisa, tem uma imagem, trinta, quarenta, mas a internet tem milhões. 'Vamos ver um depoimento de uma pessoa que mora no RS', eu abro a internet coloco uma reportagem com uma pessoa de lá e o aluno ouve a voz dela, posso trabalhar variação linguística", explicou ele.

Os profissionais e escolas que preferem vetar os celulares, segundo o professor, muitas vezes o fazem pela dificuldade de controlar o seu uso e garantir que os aparelhos não virem instrumentos de distração com estudantes acessando outros conteúdos ou "batendo papo". Nesse sentido, Isaac afirma que o problema se resolve através do processo formativo e do apoio das famílias.

Perguntado sobre como a integração entre tecnologia e ferramentas tradicionais de ensino podem se mesclar com sucesso em sala de aula, Isaac citou como exemplo a experiência do curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares no qual ele trabalha. "Temos uma plataforma onde o aluno acessa a redação corrigida, notas, pode assistir a aula gravada depois quando quiser e exercícios online ou presenciais”, contou ele. 

Para o professor Isaac, uma possível solução a longo prazo para a falta de integração entre tecnologia e formas tradicionais de ensino passa pela inserção de matérias ligadas ao ensino com tecnologia nos cursos de graduação que formam professores, como pedagogia e as licenciaturas, fazendo os professores enxergarem celulares e outros equipamentos como aliados e não inimigos do ensino. 

“Seria extremamente importante ensinar na faculdade como criar aplicativos, conhecer sites, perfis de redes sociais com bons conteúdos e ferramentas de celulares. Sem isso, a educação mais uma vez se tornará chata e antiquada. Quando a gente percebe o aluno torcendo para que o terceiro ano acabe, que as férias cheguem, que a aula termine, é porque a escola virou um saco”, sustenta o professor. 

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Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a questão da saúde mental e combater o preconceito relacionado à saúde psicológica, a Federação Mundial de Saúde Mental instituiu o dia 10 de outubro como o Dia Mundial da Saúde Mental, em 1992. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada quarenta segundos, uma pessoa morre por suicídio. No Brasil, 9,3 % da população convive com o transtorno de ansiedade.

Diante destes fatos, o professor de redação Diogo Didier, acredita que saúde mental pode ser tema da redação da edição 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  “É uma discussão super interessante e o mais esperado é que caia algo ligado ao suicídio, pela questão do viés juvenil, além da depressão, que é um mal que acomete a sociedade. Já a ansiedade, pode cair também como um outro ponto correlato.”, explica o docente.

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De acordo com Felipe Rodrigues, professor de linguagens e redação, na presença desse tema na prova, é muito importante que, primeiramente, o aluno tenha consciência dos problemas e das consequências trazidas pelas doenças relacionadas à saúde mental. “A depressão, por exemplo, é uma doença que pode levar o indivíduo a uma consequência drástica, que é a morte”, declara o docente.

A estrutura da redação

Para uma boa introdução, Didier conta que o ideal é que o aluno comece como, em suas palavras, "o Enem gosta": com uma alusão histórica. “Para não ficar tão comum, o fera pode ligar história e literatura em um único enunciado ao citar, por exemplo, a segunda geração do romantismo e o byronismo, que está ligado ao mal do século”, explica.

“Na argumentação é importante que o aluno fale sobre determinados problemas relacionados à saúde mental, mas que foque em apenas um, para não fugir do seu argumento”, declara Rodrigues sobre como o fera deve realizar o desenvolvimento da redação, além de alertar sobre a importância dele não deixar de falar sobre o Sistema Público de Saúde (SUS). 

Segundo Diogo Didier, a argumentação é a parte que mais interessa para a banca, já que é nela que o candidato mostra seus conhecimentos para o corretor. Por isso, ele deve ser inovador. “Colocar estudos ligados à análise do suicídio, depressão e ansiedade é uma boa alternativa, além de citar obras literárias também.”, comenta.

Já sobre a proposta de intervenção, o professor Felipe Rodrigues conta que é o ideal é que ela esteja presente na conclusão, para que, assim, não tome o espaço da argumentação. No entanto, ressalta que o estudante não pode esquecer a estrutura do texto. “É importante que o aluno fale sobre criar uma proposta de intervenção em que o assunto seja trabalhado dentro do ambiente escolar, com oficinas e gincanas, por exemplo, mas ele também não pode esquecer que precisa fechar a conclusão dos problemas que já foram pontuados.”, esclarece.

Após a divulgação da Cartilha de Redação 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nesta quinta-feira (10), o professor Digo Xavier fez uma observação que pode ajudar os candidatos. Para o educador, neste ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização do Enem, deu indicativos mais claros de como deverá ser a proposta de intervenção, assim como as competências avaliadas.

“Este ano eles deram mais pistas sobre as competências avaliadas. Especialmente a proposta de Intervenção, veio mais explicado o que é esperado dela”, opina o professor de redação. A produção textual será cobrada em 3 de novembro, primeiro dia do processo seletivo.

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Diogo Xavier explanou, com exclusividade para o LeiaJá, as pistas da Cartilha de Redação 2019. “Primeiro, detalham que é necessário não só dar uma sugestão ou dizer que o que já existe é insuficiente. É preciso indicar a ação, concreta e relacionada ao que foi discutido, que deve ser feita por um agente. É necessário dizer, também, o meio para se colocar isso em prática e, por fim, dizer o resultado que se espera com essa intervenção”, explicou Xavier.

De acordo com o educador, os candidatos precisam evitar determinados tipos de intervenções. “O candidato deve estar atento para evitar intervenções que envolvam censura prévia ou perda de direitos / liberdades em caráter puramente preventivos, pois sugerir algo contra os Direitos Humanos pode zerar essa competência. Já são 200 pontos a menos”, alerta Xavier.

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), divulga cinco competências exigidas dos estudantes que fazem a prova de redação. A entidade explica quais são as habilidades que os alunos devem demonstrar em seus textos, cada uma valendo 200 pontos. A divulgação da correção dos textos também tem por objetivo dar transparência e mostrar objetividade na correção. 

No entanto, a correção é frequentemente questionada por estudantes e professores de língua portuguesa devido a uma insatisfação com o detalhamento dos critérios de correção, diante de notas apontadas por algumas pessoas como discrepantes para textos de qualidade igual ou semelhante. Para candidatos e docentes, essa percepção cria não somente insatisfação, mas também suspeita sobre a possibilidade da prevalência da subjetividade dos corretores dos textos. 

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Durante a 12ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em Olinda, o professor de redação, gramática e literatura Isaac Melo realizou uma palestra sobre o tema e concedeu uma entrevista ao LeiaJá. Questionado sobre como é feita a correção das redações, ele explicou que os textos são corrigidos por dois professores que não se conhecem nem sabem a nota que o outro atribuiu ao estudante. 

Havendo discrepância maior que 100 pontos na nota global ou que 80 pontos em uma ou mais competências, a redação passa para um terceiro avaliador que também não tem informações a respeito das notas atribuídas pelos demais. Se ainda assim as diferenças continuam grandes, uma banca formada por três professores avalia o texto e decide a nota do estudante. “O problema é que a maioria das redações morre, ou aparenta morrer, na primeira correção, por dois corretores”, afirmou o professor.

Para o professor Isaac, o texto que descreve as competências que os alunos devem ter não são bem detalhados e deixam lacunas interpretativas, gerando subjetividade e deixando a decisão de quantos pontos atribuir em cada competência para o avaliador, sem clareza quanto aos motivos quando a correção é divulgada. 

"Por exemplo: demonstrar domínio da norma culta e da língua portuguesa. Se você for lá na competência 1 não descreve a quantidade de erros. Erro reincidente, o que seria isso? Eu erro uma vírgula, erro mais uma, perco quarenta pontos se eu errar uma terceira eu reincidir de novo e perco mais 40 ou somente se eu errar mais vezes?", questiona o professor.  

Isaac também explicou, durante sua fala na Bienal do Livro, que o Inep paga aos professores que realizam a correção não por dia de trabalho, mas por texto corrigido. Na opinião dele, essa maneira de operar cria uma ânsia por corrigir o maior número possível de textos por dia e reduz a qualidade da avaliação devido ao cansaço mental e visual.

Por fim, um dos problemas que o professor aponta como sendo de maior gravidade é o treinamento dos corretores das redações e os critérios seguidos por eles não serem de conhecimento público. Para a convocatória do Inep podem se inscrever profissionais formados em letras, língua portuguesa ou linquística. 

“A partir daí é um processo de treinamento online, ele precisa corrigir várias redações online para mostrar que sabe. Existe um processo interno que o Inep não divulga”, explicou Isaac.

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A relação da família com a escola, o cursinho pré-vestibular e o tratamento dado ao estudante exercem influências no emocional do aluno que vai fazer o Enem e pode impactar a nota da redação. O professor Isaac Melo, que se dedica ao ensino de literatura, gramática e redação em escolas e cursos preparatórios, defende essa ideia e, nesta segunda-feira (7), concedeu uma entrevista ao LeiaJá após realizar uma palestra sobre o tema durante a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco.

Isaac explicou que tanto as cobranças excessivas quanto a omissão por parte da família no processo de construção de aprendizagem do estudante que está sonhando com uma vaga no ensino superior são posturas negativas que prejudicam o processo de aprendizagem de escrita do aluno. A pressão para que o estudante escolha um curso que a família considera de prestígio e alto retorno financeiro é um exemplo de conduta a ser evitada pelas famílias, disse o professor. 

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A necessidade de chegar junto dos educadores e dos estudantes para entender como a prova de redação se estrutura e quais estão sendo as dificuldades do filho, buscar ajudar o aluno a ampliar sua visão de mundo e conhecimento, por outro lado, são condutas estimuladas pelo professor Isaac. Ele afirma que os pais devem buscar conversar com os filhos sobre notícias, levantar debates com eles e entender junto aos professores em quais competências da redação o estudante tem mais dificuldade e como corrigir os erros, por exemplo.

Porém, é preciso atenção para não adotar uma postura de rigidez excessiva com o estudante e terminar criando um ambiente de ansiedade, estresse e cobrança demais que, no lugar de melhorar o desempenho, tanto pode levar a uma queda de rendimento quanto ao adoecimento mental do aluno. Isaac lembra que “ninguém nasce um Machado de Assis” pois a escrita é um processo de construção e aprendizado de longo prazo e constante, que exige dedicação, esforço e atenção.

Para auxiliar bem os filhos, ele recomenda que os pais não somente o estimulem desde cedo mas também entendam que é preciso haver equilíbrio entre momentos de esforço e lazer para uma vida saudável, ou podem surgir problemas como estresse, depressão e ansiedade, muitas vezes vistos pelos pais como uma fase passageira ou como “frescura”. O professor lembra que além de uma queda de rendimento na prova e adoecimento físico e mental, essa postura da família pode até levar os filhos a se tornarem futuros profissionais bem-sucedidos, porém nada realizados e infelizes. 

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Dentre as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro, está a redação, que equivale a uma fração importante da nota final do candidato. A produção textual dos alunos é avaliada e recebe nota, de 0 a 1000, de acordo com cinco competências, valendo 200 pontos, cada.

Em uma palestra realizada neste sábado (5), na XII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em Olinda, o professor de biologia Arthur Costa questionou o modelo atual de avaliação da redação. Segundo ele, que também faz orientações pedagógicas relacionadas ao Sistema Seriado de Avaliação (SSA), da Universidade de Pernambuco (UPE), a correção feita por dois corretores pode gerar consequências desastrosas na classificação dos alunos no vestibular. 

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“O objetivo [da palestra] é mostrar o tamanho da influência de erros cometidos por corretores que não sabem matemática pode causar”, disse o educador. “Eu acredito que um passo importante seria a opção ‘apto’ e ‘inapto’, como forma de avaliação [...] O TRI [Teoria de Resposta ao Item] consegue avaliar os estudantes, nas provas objetivas, de forma justa, o que não acontece com a redação”, acrescentou.

Para o professor, a importância dada à redação não condiz com a forma que ela é avaliada, já que os corretores podem errar a nota atribuída ao texto por não saber matemática. “Um aluno que foi prejudicado na correção, que poderia ficar no primeiro lugar do vestibular de medicina, pode até ficar fora da lista de aprovados”, disse. 

Ainda de acordo com Arthur Costa, a palestra pretende estimular nos estudantes a reflexão sobre como a prova é realizada. “Quando a gente entende a regra do jogo, a gente joga bem”, disse, se referindo a entender o que as competências da redação solicitam de quem produziu o texto. “O conceito ‘apto’ ou ‘inapto’ diminuiria essa distância de nota  entre as avaliações das provas objetivas e da redação”, concluiu. 

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Uma das dúvidas estudantes que estão concentrados em escrever uma boa redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ser realizado nos dias 3 e 10 de novembro, é sobre o uso de citações contendo trechos bíblicos para ajudar na argumentação do tema proposto. O questionamento surge, pois, há uma linha tênue entre fundamentação religiosa e uma simples citação de uma passagem da bíblia.

De acordo com a cartilha do participante desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), reflexões religiosas no texto não despontuam o candidato, desde que ele as use de maneira totalmente articulada com o tema.

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O professor de redação Diogo Didier, complementa dizendo que nada é proibido na redação. O aluno pode usar de várias possibilidades, desde que deixe suas ideias organizadas e bem fundamentadas.

Pode, mas há ressalvas

“Primeiro que o tema tem que estar muito ligado a isso. Há um tempo, por exemplo, o tema foi sobre intolerância religiosa. Então, coube, sim, citar algum trecho bíblico sobre igualdade, respeito e tolerância para esse sentido. Mas em outras discussões pode não ser relevante, pois, fico pensando, por exemplo, quem é o leitor. Se ele é cristão, se não é, e qual é a percepção que ele tem da religiosidade”, acrescenta Didier.

Outro ponto trazido pelo docente é o risco da dissertação se tornar tendenciosa, porque não se sabe qual a intenção do participante em introduzir uma citação bíblica em um determinado assunto. “Nem sempre o aluno que utiliza esse tipo de ferramenta faz uso dela apenas como uma mera citação ou como apenas um repertório cultural para apresentar. Muito alunos podem usar essa citação de cunho bíblico e exaltar a questão bíblica e terminar se perdendo na argumentação”, alerta.

Se for usar, faça paralelos

Ainda na opinião do professor, outra dica para quem costuma ou cogita escrever alguma parte da bíblia é complementar com outras abordagens religiosas, como o alcorão (livro sagrado do Islã) ou de outras religiões para que não fique centrado apenas na bíblia. "Isso, claro, de forma curta e bem precisa para não se alongar e perder pontos na redação", pondera.

A professora de redação Mariana Pestana também concorda que não há mal em citar algum trecho bíblico, mas, assim como Diogo Didier, ela diz que que deve escrito com cautela para que que a abordagem não se torne uma "verdade absoluta" do redator. "Assim como outros livros, o candidato que quiser utilizar a Bíblia deve entender que no propósito da redação, é um livro como qualquer outro, formador de opinião e que tem sua influência dentro da sociedade. A grande falha que há ao trazer uma citação da bíblia é deixar o texto taxativo e tendencioso" complementa.

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O programa especial do Vai Cair No Enem desta semana está no ar. A influencer digital Thaliane Pereira recebe o professor de Linguagens e redação Diogo Xavier. Nesta edição, destrinchamos os principais pontos do tema ‘variação linguística’: o jeito que você fala pode cair no Exame Nacional do Ensino Médio?

Direto das ruas histórias de Salvador, o Vai Cair No Enem, em parceria com o LeiaJá, exibe uma aula dinâmica e cheia de dicas que contribuem bastante para a preparação dos candidatos. Confira, a seguir, o programa desta semana:

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Todas as terças-feiras, a partir das 16h30, o Vai Cair No Enem exibe suas edições especiais no Instagram, bem como aqui no LeiaJá e no youtube.com/vaicairnoenem. Thaliane Pereira sempre aborda um tema que mistura assuntos da prova com o cotidiano.

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Um mar de questionamentos invadiu as salas de aula nos últimos dias. Após a declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, enfatizando que a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não terá questões de cunho ideológico, professores e estudantes passaram a se perguntar como deverão ser as questões da edição 2019 do processo seletivo?

“Não vai cair ideologia, a gente quer saber de conhecimento científico, técnico, de capacidade de leitura, de fazer contas, de conhecimentos objetivos”, afirmou o ministro da Educação. Muito além das questões objetivas, a declaração do Weintraub tem um peso significante para a redação, considerada um dos momentos mais importantes do Enem. Como é possível escrever um texto dissertativo-argumentativo sem ideologia?

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Em participação na live do Vai Cair No Enem produzida pelo LeiaJá, o professor de redação Diogo Xavier analisou a declaração do ministro. Para Diogo, toda redação tem aspectos ideológicos e, dessa forma, é impossível construir um texto sem incluir ideologias.

Xavier, em sua análise, afirmou que os candidatos podem sim citar pensadores ideológicos em seu texto, apesar da afirmação do ministro da Educação, desde que estejam em conformidade com o tema proposto. O professor alerta, porém, que é necessário ter equilíbrio no texto e evitar o que ele chama de “panfletário”.

“Você tem que argumentar seguindo um contexto ideológico que o próprio candidato vai levar. Use, mas não seja panfletário. Use de maneira consciente, com argumentação formal. Panfletário vai simplesmente atacar, levantar uma bandeira. Mas se ele argumentar que tal decisão, de tal governo, ou de governos em geral, pode prejudicar a sociedade de tal forma, ele está argumentando”, esclarece o professor de redação. Confira, no vídeo a seguir, os comentários de Xavier e de outros professores sobre como deverão ser as questões do Enem 2019:

Na manhã deste sábado (28), estudantes que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) puderam assistir ao aulão promovido pelo Vai Cair no Enem, sediado na UNINASSAU Pituba, em Salvador, na Bahia. As disciplinas abordadas foram química, redação e linguagens.

A apresentação ficou a cargo do jornalista Nathan Santos e da influencer Thaliane Pereira. Os professores convidados foram Valter Júnior e Luís Krause, ambos de química, Carla Grimaldi de linguagens e Diogo Xavier de redação. 

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A primeira aula de química, comandada por Valter Júnior, teve paródias e um experimento com elementos químicos que geraram fogo. Valter Júnior fez referências à cultura baiana para ajudar na compreensão dos estudantes.

Em seguida, os feras ficaram com uma aula de linguagens cheia de significados. A professora Carla Grimaldi falou da importância dos dialetos e do uso das charges, além de reforçar a leitura e a interpretação de texto. 

A penúltima aula, também de química, foi ministrada por Luís Krause, que destrinchou assuntos ligados a hidrocarbonetos. O docente ainda opinou sobre a abordagem da prova deste ano, a qual ele acredita que deve ser valorizado o conteudismo, mas sem perder a contextualização. 

Por último, Diogo Xavier deu dicas para uma boa redação, usando de elementos que ajudam na introdução, desenvolvimento e conlusão. Para o docente, temas que estejam relacionados ao governo de uma forma negativa, não deverão ser pautadas na redação.

Para ter acesso às apostilas com os assuntos abordados baixe nos links abaixo:

Química

Química

Redação

O próximo aulão será no dia 19 de outubro, na  UNIVERITAS do Rio de Janeiro. Clique aqui para realizar a sua inscrição

E no dia 26 de outbro será o último aulão do Vai Cair no Enem. O evento será realizado na UNINASSAU Recife. Clique aqui e se inscreva de forma gratuita.

A disciplina de redação foi a última do aulão do Vai Cair no Enem que esteve, neste sábado (28), em Salvador, na Bahia. O professor Diogo Xavier deu diversas dicas de introdução, desenvolvimento e conclusão para os estudantes que querem alcançar a tão sonhada nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio. 

Letra legível e como abordar o tema proposto para o texto dissertativo-argumentativo foram duas das instruções dadas pelo docente, que enfatizou a importância do foco no assunto principal. "Na introdução deve estar explícito o tema", recomendou o Xavier. 

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Os estudantes presentes puderam tirar dúvidas sobre a construção da problematização da redação como o uso das citações. Diogo Xavier aproveitou para orientar os alunos que estão apreensivos com a redação, que leiam e se situem com o texto que vai ser oferecido como base e já o contextualize na introdução para depois escrever a tese no desenvolvimento.

Sobre o tema da redação deste ano, Diogo acredita que assuntos que comprometem o governo, como a questão ambiental, não caírão no Enem. Por outro lado, o educador aposta como possíveis temas a criminalidade juventil e saúde física ou mental. 

Confira os demais aulões do Vai Cair no Enem em Salvador

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O Vai Cair no Enem está exibindo ao vivo, na manhã deste sábado (28), o quarto Aulão pelo Brasil que desta vez está na UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, em Salvador-BA. A transmissão é realizada simultaneamente no perfil do Instagram e no Youtube.

Participam do aulão os professores convidados Valter Júnior (química), Carla Grimaldi (Linguagens), Luiz Krause (química) e Diogo Xavier (redação). Confira ao vivo:

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Os próximos aulões serão realizados nas cidades do Rio de Janeiro e Recife. Clique nos links abaixo para se inscrever.

19/10: UNIVERITAS Rio de Janeiro - Clique aqui

26/10: UNINASSAU Recife (Graças, Bloco B) - Clique aqui 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas privadas de liberdade (PPL) será realizado nos dias 10 e 11 de dezembro. Na edição anterior, quase 30 mil detentos compareceram às provas cujo resultado pode propiciar ingresso em instituições de ensino de nível superior. 

A reportagem do LeiaJá esteve no Presídio de Igarassu (PIG), na Região Metropolitana do Recife, onde acompanhamos presos que almejam participar do Enem. Cerca de mil reeducandos da unidade prisional devem ser inscritos para o Enem PPL. 

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Além de acreditarem em notas altas nas áreas de Humanas, Matemática e Natureza, muitos detentos arriscam palpites para o tema da redação do Enem 2019. De acordo com o professor de redação Moacir José da Silva, que atua com reeducandos no PIG, há um sério problema de produção textual entre eles, porém, o próprio docente realiza atividades que tentam diminuir os buracos educacionais da população carcerária. 

“Primeiro que você encontra um ambiente totalmente diferente de uma escola fora do presídio. O espaço fica limitado aqui, você não tem condições de fazer uma aula de campo, até mesmo para você trazer alguns recursos, porque muita coisa não pode entrar na unidade. Temos uma disparidade muito grande em relação à faixa etária. Existem alunos que estão sem estudar há 20 anos. A maioria tem muita dificuldade na produção textual. No caso dos alunos que têm perfil de ensino médio, eles se saem bem, mas é uma quantidade pequena”, descreve o professor de redação. 

Moacir traça estratégias para diminuir as dificuldades pedagógicas dos alunos. “Geralmente trago vídeos, a gente faz debates em sala de aula, trago textos recentes que estão sendo debatidos na sociedade. Escuto as opiniões de cada um e a partir dos debates lançamos temas”, explica o docente. 

Entre as apostas de muitos reeducandos, a Amazônia pode nortear uma temática da redação. O professor discorda: “Acho que o tema da Amazônia é recente e é muito polêmico. Ainda apostaria em algo que tenha mais relação com o sistema, como o processo de ressocialização”, justica o professor. Confira, a seguir, as apostas dos reeducandos para o tema da redação: 

O calendário é exato. Estamos a 41 dias de um dos momentos mais importantes para o cenário educacional do País. Nos dias 3 e 10 de novembro, são esperados mais de 5 milhões de estudantes na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerado hoje o principal canal de acesso ao ensino superior. Até lá, no entanto, as mentes dos candidatos são tomadas por um mar de sensações, sendo o principal delas a ansiedade, além de um questionamento claro: o que e como estudar nesta reta final? 

Ter a resposta correta para esse questionamento por ser o primeiro passo para uma estratégia de estudos inteligente. Entre os professores, é quase unanimidade o fato de que os feras precisam realizar exercícios de provas anteriores. Soma-se a isso a seleção de assuntos apontados como essenciais para o Exame, que apesar do tempo curto até a aplicação do processo seletivo, ainda podem ser revisados. Em entrevista ao LeiaJá, professores colaboradores do projeto multimídia Vai Cair No Enem revelaram, com exclusividade, quais temas devem ser priorizados neste momento. 

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  História, sociologia e filosofia 

  De acordo com a professora Thais Almeida, nesta fase final de preparação para o Enem 2019, uma série de tópicos ainda pode ser estudada pelos candidatos. Resumos e resoluções de questões das últimas edições da prova são atividades que, segundo a educadora, contribuem para o aprendizado dos participantes. 

  Em história do Brasil, Thais escolheu os seguintes assuntos para serem priorizados: escravidão nas Américas, estrutura socioecômica colonial, crise do segundo reinado, primeira república e Era Vargas. Já em história geral, o aluno precisa revisar "revolução industrial, pós Primeira Guerra Mundial e pós Segunda Guerra Mundial, crises econômicas, políticas e problemas sociais". 

  Outra disciplina cobrada no Enem é a sociologia. Para ter um bom desempenho em Humanas, o candidato deve, a 41 dias do Exame, intensificar a leitura de alguns temas. Democracias, mundo do trabalho, racismo, pensadores clássicos da sociologia: Durkhein, Webber e Marx. Essas são as pautas indicadas pela professora. 

  Filosofia, área importante para a formação crítica dos estudantes, merece a atenção dos candidatos. Segundo Thais Almeida, os pontos que carecem de revisão são escolas helenísticas, filosofia moderna: empiristas versus racionalistas, contratualistas e existencialismo sartreano. 

  Português e redação 

  O professor de Linguagens Diogo Xavier destacou, em entrevista ao LeiaJá, quais assuntos os candidatos devem priorizar nesta fase final de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio. Focar nessas pautas faz com que o estudante valorize seu tempo de estudos e não reserve atenção para assuntos que não são cobrados com frequência na prova. 

  "É importante revisar algumas regras básicas de regência, concordância, crase, acentuação e usos da vírgula. São os erros mais comuns na redação. Escrever novos textos é o principal procedimento, mas também é bom rever alguns mais antigos, entender os erros e, se possível, reescrever”, orienta o educador, focando na preparação para a redação. 

 Xavier ainda indica que os candidatos devem revisar, para a prova de Linguagens, elementos da comunicação e funções, além de literatura dos séculos XIX e XX, e variação linguística. “É importante entrar mais na prática do que na teoria, no caso resolver questões, principalmente interpretação, que mais pesa em Linguagens”, finaliza. 

 Geografia e atualidades 

 Espaço agrário brasileiro e relação do Brasil com o agronegócio. Essas são pautas iniciais que o professor Hedmu França indica para que os estudantes revisem. O professor de geografia também destaca impactos ambientais e questões do clima, como o aquecimento global, elevação da temperatura e do nível do mar. 

 Outro tema relevante é água. “Estude recursos hídricos, uso da água e até o desperdício”. França aumenta sua lista de revisão com aspectos físicos, biomas, formações geomorfológicas e uso do solo. “Não perca a oportunidade de dar uma olhada em aspectos populacionais e urbanização. Como cresce a população? De que forma têm sido os números de filhos e a expectativa de vida? Estude também imigração”, acrescenta. 

 No que diz respeito a atualidades, o professor pede que os feras leiam sobre o presidente Donald Trump e os Estados Unidos, bem como sobre a relação dos americanos com o Brasil, China e Oriente Médio. “Não deixe de ver sempre o papel da ONU e os órgãos que estão inseridos nos fluxos de informação do mundo”, indica o docente de geografia.  

 Matemática 

 Um dos momentos mais importantes do Exame Nacional do Ensino Médio é a prova de matemática. O professor Daniel França também selecionou pautas que precisam da atenção dos candidatos. “Indico revisar aqueles assuntos de fácil entendimento: razão, proporção, escalas é regra de três simples, além de assuntos ligados a crescimento percentual, diminuição percentual, densidade, grandezas diretamente e inversamente proporcional”, destaca o professor. 

 Tópicos de aritmética básicos como progressão aritmética, noções de estatística (média moda e mediana), noções de probabilidade e gráficos são pontos que também merecem atenção. “Já em geometria, geometria plana é a bola da vez: semelhança triangular, áreas, relações trigonométricas”, crava o educador de matemática. 

 Química  

 Josinaldo Lins, professor de química, a pedido do LeiaJá, elencou temas da matéria que devem ser revisados pelos candidatos. “Em química geral estude estrutura atômica, tabela periódica e ligações químicas (intra e intermoleculares); em inorgânica revise reações químicas, compostos inorgânicos, reações orgânicas e estequiometria; já em físico-química estude equilíbrio químico, eletroquímica e radioatividade; na parte de orgânica, estude funções orgânicas, isomeria, propriedades dos compostos orgânicos e reações orgânicas”, orienta Lins. 

 Física 

 Com exclusividade para o LeiaJá, o professor de física Carlos Júnior fez uma lista em tópicos com os assuntos que devem ser revisados a 41 dias do Enem. “Os tópicos de física estão rigorosamente associados à frequência de questões no Exame”, comenta o docente. Confira a lista:  

 Mecânica 

 Estudo dos movimentos 

Análise gráfica 

Leis de Newton 

Trabalho, energia e potência mecânica 

Energia- aplicações e fontes 

Hidrostática 

 Eletricidade 

Domínio de elementos elétricos (Resistor,Gerador e Receptor) 

Instrumentos de medição 

Análise de circuitos 

Eletromagnetismo 

Ondulatória 

Fenômenos ondulatórios 

Acústica 

Efeito Doppler 

 Termologia 

Calorimetria 

Termodinâmica 

 Óptica 

 Espelhos (plano e esférico gaussiano) 

Refração e suas aplicações 

 Literatura 

 De acordo com o professor de literatura Felipe Rodrigues, ainda há tempo para que estudantes leiam pontos literários que, geralmente, são cobrados no Enem. “É válido que os alunos revisem algumas escolas literárias, autores e características que essas escolas podem trazer. É importante que eles escolham uma questão literária por dia para estudar: barroco, romantismo, parnasianismo, simbolismo e arcadismo. O aluno também não deve deixar de estudar o modernismo brasileiro e focar na Semana de Arte Moderna. “É relevante também analisa os aspectos da literatura contemporânea, além de vanguardas europeias. Dá tempo sim de estudar”, salienta Rodrigues.  

 Biologia 

O professor André Luiz Vitorino acredita que dois temas, nesta reta final, precisam ser priorizados. “Nestes 41 dias, resolva muitos exercícios, principalmente dos dois assuntos mais importantes: ecologia e citologia”, alerta o professor de biologia. 

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