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A Gerência de Políticas Educacionais de Educação Inclusiva, Direitos Humanos (GEIDH), da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, abre inscrições para o concurso de redação “Educação em Direitos Humanos: a linguagem e os direitos às diversidades”. A iniciativa é direcionada para estudantes dos ensinos fundamental, médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e estudantes do atendimento socioeducativo de instituições estaduais.

Os interessados em participar do concurso podem se inscrever até 29 de outubro por meio do envio dos textos, digitalizados, para o e-mail emancipacaoeducacao@gmail.com. As redações devem conter o nome completo do aluno, idade, ano ou módulo que está cursando, nome da escola e da Gerência Regional de Educação (GRE).

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Como previsto no edital, o resultado será divulgado partir de 3 de dezembro e a premiação será no dia 10 do mesmo mês. “A importância deste certame se dá pelo incentivo à discussão de temas em Direitos Humanos como o respeito e a valorização do idoso, a inclusão, as relações de gênero e sobre o racismo", ressalta a gerente da GEIDH Vera Braga, por meio de assessoria.

 

O Instituto International Paper (AIPI), em parceria com o projeto Redação Online, promove a 46ª edição do Concurso de Redação. Com o tema “Como os livros podem contribuir para a educação no Brasil e serem agentes transformadores no ensino e na sociedade?”, o evento é voltado para estudantes do ensino médio de escolas públicas de todo o território nacional. As inscrições são gratuitas e unicamente de forma virtual e o até o dia 10 de setembro.

O concurso tem por objetivo auxiliar os estudantes a fortalecer seus conhecimentos em redação por meio de um treinamento com videoaulas sobre as provas aplicadas em edições passadas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o edital, os participantes receberão um acesso virtual para realizar as atividades.

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Após a preparação, os concorrentes terão até o dia 15 de setembro para fazer o envio de sua produção escrita. A partir do 21 de outubro, serão divulgados os 27 vencedores, sendo um por estado e o Distrito Federal, e suas respectivas escolas e professores, bem como a lista dos 100 melhores ranqueados no concurso de redação. Os vencedores participarão de uma etapa final nos dias 27 e 28 de outubro, pelo aplicativo Google Meet, composta por professores do Redação Online.

O vencedor nacional ganha um vale de R$ 1.500,00 para a compra de livros e materiais escolares, e os melhores estudantes de cada Estado e Distrito Federal receberão um vale de R$ 500,00 com as mesmas finalidades. Além disso, os 100 melhores estudantes ranqueados  serão contemplados com um plano de videoaulas e correções de textos do Redação Online, com duração de 12 meses a partir da entrega dos prêmios.

Já os 20 professores que tiverem o maior número de alunos inscritos no concurso serão contemplados com um curso virtual de treinamento para correção de redações no modelo Enem, juntamente com um vale-compras no valor de R$ 300,00 para aquisição de livros e materiais escolares. As três escolas com o maior número de estudantes participando do certame ganharão dez caixas de papel A4 da marca Chamex e também a doação de livros valendo até R$ 5.000,00 por escola.

Dúvidas podem ser sanadas pelo e-mail contato@redacaonline.com.br.

A professora de Linguagens e redação Fernanda Pessoa promove, entre os dias 2 e 4 de agosto, a segunda edição do workshop 'Enem sem Mistério'. A formação é gratuita e os interessados devem realizar inscrições através do site

Todas as aulas são on-line e transmitidas pelo canal do YouTube. Nelas, os estudantes verão assuntos como planejamento de texto e estratégias para a avaliação de Linguagens, dicas para construir um boa redação e História do Brasil e música do século 20 na redação. Além disso, os participantes do workshop receberão cronograma de estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), elaborado pela docente. 

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A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) precisa, assim como qualquer outra, ser desenvolvida com atenção e cuidado, a fim de que o aluno possa obter o melhor desempenho. E para que isso seja possível, é preciso respeitar alguns critérios. Um deles é saber quais são os elementos que não podem ser deixados de fora da conclusão da redação do Enem.

Na prova de produção textual, o candidato deve elaborar um texto dissertativo-argumentativo, defendendo uma tese acerca do tema proposto – que deverá ser de cunho científico, cultural, social ou político. A tese, por exemplo, deve estar embasada em argumentos pertinentes. O candidato precisa, ainda, desenvolver uma proposta de intervenção social de forma que o problema mostrado no texto respeite as diretrizes dos direitos humanos.

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Já no que tange a proposta de intervenção, o professor de redação Diogo Xavier destaca que ela é um ponto importante no texto. “Para o Enem, o elemento básico obrigatório é a Proposta de Intervenção Social para o problema abordado no texto, resumido de forma simples como "solução". Não precisa, necessariamente, estar na conclusão, mas é a parte mais indicada, após a discussão do problema", explica. 

O docente ainda complementa: "Mas, considerando a estrutura lógica da dissertação argumentativa em geral, é interessante que a conclusão sirva como um fechamento do que foi discutido". Diogo Xavier ainda esquematiza uma estrutura de conclusão que funciona na produção textual. Confira abaixo:

- Reafirmação de tese: em um período, não muito longo, resume a opinião discutida no texto (problema, causa, consequência...).

- Intervenção: se possível em um ou dois períodos, deve contemplar a AÇÃO, o AGENTE, o MEIO de viabilizar, a FINALIDADE (consequência pretendida) e um DETALHAMENTO, como exemplo, justificativa, efeito (derivado da finalidade), etc. Se fizer duas intervenções, apenas uma precisa estar completa, com esses 5 elementos.

- Perspectiva futura: o que é provável que aconteça caso a intervenção seja colocada em prática - não precisa ser muito específico e pode fazer um "gancho" com a referência apresentada na introdução.

Exemplo: 

São evidentes, destarte, os entraves enfrentados pelos indígenas [resumo da tese, que apresentou os desafios enfrentados pelos indígenas]. Cabe, portanto, ao Ministério da Educação [agente], por meio de consulta a antropólogos e historiadores [meio], a elaboração e distribuição de cartilhas para todas as escolas [ação], com informações atualizadas e aprofundadas a respeito das condições de vida dos índios [detalhamento], visando a combater a ignorância nesse assunto [finalidade]. Além disso, a sociedade civil organizada deve, em parceria com o Ministério Público, exigir judicialmente à União o cumprimento da lei, a fim de efetivar as demarcações territoriais, devolvendo as terras aos ocupantes originais [segunda intervenção, menos completa]. Com isso, a população poderá se orgulhar em dizer que país é este. [perspectiva futura - gancho com a introdução, que citou o fim da música Que País é Este, de Legião Urbana]”, explica.

A professora Amanda Batista destaca: “O objetivo da conclusão é resolver os problemas discutidos ao longo do texto, então, normalmente, o texto dissertativo-argumentativo vai ser composto por dois desenvolvimentos. Cada desenvolvimento vai ter um problema relacionado ao tema. Logo, a conclusão precisa ter a resolutiva desses dois problemas discutidos ao longo do desenvolvimento”, pontua.

“Para que isso seja feito de forma organizada, coesa, o aluno precisa responder algumas perguntas. Normalmente, ele responde duas vezes essas perguntas porque são dois problemas, foram dois problemas levantados em cada desenvolvimento. Então nós teremos aí quem vai fazer, que é o nosso querido agente interventor, que também deve ser pensado de uma forma criativa, de uma forma política. A maioria dos adolescentes que vão fazer a redação colocam somente o Governo Federal, esquecem que nós temos uma Câmara dos Deputados, esquecem que nós temos ministérios e é interessante que o aluno conheça o funcionamento do governo na nação brasileira para que ele saiba desenvolver outros agentes interventores e não fique restrito somente ao Governo Federal. Lembrando que muitos também não sabem qual é a função do Governo Federal e às vezes podem colocar algo que é de responsabilidade do governo estadual no Governo Federal, como, por exemplo, a relação do transporte público", explica a docente.

Para além do agente interventor, existe um detalhamento importante a ser feito no texto - e que é o que mais demanda do estudante, de acordo com a docente. “Interessante é que esse detalhamento, que vai ser a chave na realidade para a conquista desses bons pontos aí na C5 (competência 5), é o que o aluno tem mais dificuldade de fazer, justamente por causa desse impasse em não entender muito sobre política, por isso que é muito bom que o aluno dê uma olhadinha nos vídeos do plano piloto, que inclusive é um projeto do governo, está disponível no YouTube, você pode aprender mais sobre vários agentes interventores da redação e como eles funcionam", ressalta a professora Amanda Batista.

“Logo, a nossa proposta de intervenção vai responder algumas perguntas e essas perguntas são: quem vai fazer, o que e como. Então é interessante que o aluno pense em responder duas vezes essas três perguntas, cada uma para um problema levantado em um desenvolvimento. E essas são as dicas da conclusão”, finaliza a docente.

A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é um dos momentos mais importantes para garantir a aprovação em uma instituição de ensino superior. Estudantes se desdobram para se manter atualizados sobre os temas que podem ser abordados e estruturas do texto, a fim de garantir nota máxima.

Uma das partes do texto, o desenvolvimento, precisa reunir elementos específicos. Segundo o professor de redação Felipe Rodrigues, existem quatro características que devem estar nas produções textuais.

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 "O desenvolvimento precisa ter tópico frasal, repertório sócio-cultural, opinião crítica e, falando de aspectos gramaticais, deve cumprir a obrigação da competência 4 que se refere ao uso dos conectivos e da coerência textural. Não podem faltar essas conexões de ideias estipuladas e atribuídas através da gramática”, aponta o professor.

Beth Andrade, professora de redação, detalha como o estudante pode trabalhar melhor esses quatro elementos: “O tópico frasal é um período síntese que vai servir como norte, vindo da ideia da tese na introdução, para o corretor perceber do que vai se tratar aquele determinado parágrafo de desenvolvimento. Ele é bastante necessário, pois é um período curto que vai definir o que aquele parágrafo e desenvolvimento vão abordar”, explica a professora.

Com relação à argumentação ou fundamentação, a professora explana: “O parágrafo deve possuir esses dois elementos para que a ideia fique mais consistente. Essa argumentação precisa ser de acordo com o tópico frasal, precisa ser consistente e baseada em uma fundamentação. Na argumentação é o momento que o aluno vai expor seu senso crítico e seu posicionamento diante de determinada tese. A fundamentação é importante para comprovar esse posicionamento, podendo ser um documentário, alusão a um período histórico ou estatístico, tudo de forma consistente e relevante”, explica Beth Andrade.

Felipe Rodrigues indica como trabalhar com os aspectos gramaticais da competência 4, que é responsável pela micro e macro estrutra textural, sendo elas, as estratégias coesivas, elementos que o estudante vai utilizar para fazer a conexão de ideias entre o texto. “Sinônimos, anáforas, catáforas , elipses, uso de diversos operadores argumentativos, desde conjunções à pronomes, conectivos em geral. Isso tudo é respectivo na competência 4 onde cada um que for utilizado terá um sentindo e um intuito e, a partir deles, uma análise da coerência”, afirma.

“Para cumprir a competência 4, o estudante deve evitar: repetir palavras, trazer consigo elementos que quebram a coerência das frases e somar a isso conectivos que vão de conjunções a expressões, no caso locuções conjuntivas até pronomes. Prestar atenção na macro estrutra do texto, os períodos não devem ser muitos longos, os parágrafos devem ser constituídos por frases, são algumas dicas para um bom desenvolvimento”, aconselha o professor.

Rodrigues também relembra que apesar desses aspectos gramaticais, como os operadores, serem mais perceptíveis no desenvolvimento, eles estão presentes em todo o texto. Para finalizar o parágrafo de forma que a ideia fique fechada, a professora Beth Andrade indica: “Pode se utilizar uma frase final para fechar a ideia naquele determinado parágrafo. Cada parágrafo tem uma ideia e estrutura, que é importante finalizar para a continuação a seguinte”, completa.

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--> Enem: veja o que não pode faltar na introdução da redação

Quem vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sabe que uma das principais e mais importantes provas é a da redação. A pontuação na área pode ser definitiva para a aprovação em uma instituição de ensino superior.

E, por isso, o desejo de muitos estudantes é saber o tema da redação antecipadamente. Nesta semana, muitos alunos especularam, no Instagram do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) sobre a  possível temática da edição 2021: "Assédio moral".

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Recentemente, o órgão publicou duas postagens sobre o assunto. Nos comentários, os vestibulandos supõem: "Será tema da redação?", perguntou uma internauta. “Dois post sobre isso [assédio moral], será o tema?”, questiona outra. "Estou de olho nessas indiretas, Inep", disse mais uma.

Será mesmo spoiler?

O possível “spoiler” que anda intrigando os estudantes pode não ser o tema da redação deste ano. O professor de português e redação Diogo Xavier explica que “diferentemente do processo de elaboração e seleção das questões, o Inep não dá detalhes sobre a escolha do tema. Mas sabemos que a redação é escolhida em consenso por especialistas selecionados pelo órgão, e que eles têm preferência por temas de cunho social, embora não seja regra”.

O educador aconselha continuar de olho não apenas nas postagens do Inep, mas também do Ministério da Educação (MEC). “Só para ter um norte sobre o estudo de temas”, disse. Ele destaca: “A prioridade é se preparar para planejar e estruturar um bom texto dissertativo-argumentativo, independentemente de qual seja o tema. O estudo de vários eixos temáticos ajudará a ampliar o repertório sociocultural”, afirmou Xavier.

O Enem 2021 será realizado nos dias 21 e 28 de novembro. As inscrições para o exame podem ser feitas até o dia 15 deste mês, por meio da Página do Participante.

Confira, abaixo, as postagens que andam intrigando os estudantes:

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Estudantes que farão a edição 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sabem que garantir uma boa nota na redação pode ser um grande passo para a tão sonhada aprovação em uma instituição de ensino superior no próximo ano. Por isso, vale ficar atento a alguns elementos que não podem ficar de fora da produção textual, principalmente na introdução.

O texto dissertativo-argumentativo cobrado no Enem é dividido em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução nada mais é do que “uma estrutura que abre o texto com o intuito de resumir e dar uma prévia do que será tratado na redação”, explica o professor de redação Felipe Rodrigues.

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De acordo com a também professora de redação Fernanda Bérgamo, há, na introdução, dois elementos obrigatórios: o posicionamento da compreensão do tema pelo produtor de texto e a opinião do estudante em forma de teses.

“Um exemplo clássico: o aluno tem que desenvolver uma redação sobre ‘O caos do sistema penitenciário brasileiro’. Ele posiciona o tema, que é o sistema penitenciário brasileiro, mostrando que compreende que a temática é um problema, confirmando a palavra ‘caos’, e, logo em seguida, apresenta as teses que vai desenvolver. Ele pode dizer, por exemplo, que há duas grandes causas que são as superlotações dentro dos presídios e a proliferação de doenças. São esses elementos obrigatórios da introdução” explica Bérgamo.

Quem deseja conquistar a nota 1000 na redação do Enem precisa, segundo a educadora, não se prender somente a esses dois elementos obrigatórios, mas também enriquecer a introdução com repertório sociocultural. “O vestibulando precisa colocar como plano de fundo na apresentação do tema o repertório sociocultural, que pode ser dados estatísticos, alusão histórica, uma citação de autoridade, menção a livros ou a filmes. Então, ele precisa enriquecer o posicionamento do tema como problema e com repertório para ter um ótimo primeiro parágrafo”, detalha.

Para exemplificar, o professor Felipe Rodrigues compartilhou, em entrevista ao LeiaJá, algumas introduções de redação com temas variados que abrangem, além dos elementos essenciais, repertório sociocultural. Confira abaixo:

Tema: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.

“No filme brasileiro Nise - O coração da loucura, baseado em fatos reais, a história de uma psiquiatra que trabalha os estigmas e tratamentos mentais rudimentares, com amor e arte, revoluciona a década de 50. Fora das telas, essa realidade ainda é perpetuada na contemporaneidade, de maneira contraditória, haja vista que o preconceito à manutenção da saúde mental do país ainda é o cerne do problema. Nesse viés, a estigmatização pertencente ao ambiente escolar, além da questão do capacitismo são embates nacionais.”

Tema: As consequências da biopirataria no Brasil.

“A lenda do Curupira representa a cultura aborígene e proteção da fauna e flora nacionais, através de um ser mítico que defendia os valores tradicionais contra os exploradores. Essa realidade, para além do folclore, é um reflexo da cultura de exploração, inerente ao Brasil, cuja traz reflexos até a contemporaneidade. Nesse prisma, a biopirataria é um embate nacional, principalmente nos tocantes do desmatamento e tráfico de animais, congruentes à extinção.”

Tema: Alternativas para a ressocialização do menor infrator brasileiro

"O menino do pijama listrado, filme que retrata os impactos do nazismo, arremete o contexto visceral de uma criança presa num campo de concentração alemão, em confronto as suas nacionalidades e infância. Esse retrato cinematográfico reproduz uma realidade diferente, mas semelhante ao contexto nacional: o aprisionamento do infanto. Nesse prisma, deve-se avaliar que a educação, em formato de ressocialização, assim como o tratamento psicológico são embates a serem superados pela realidade carcerária brasileira, voltada aos menores infratores."

Uma jovem de 17 anos estuda para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), como outros candidatos brasileiros. Mas, para a pernambucana Ana Luiza Borges, a preparação para o vestibular também inclui ajudar outros alunos a exercitarem a redação.

Em sua página no Instagram, a jovem compartilha curiosidades e dicas de estudos. Depois que saiu o resultado do Enem 2020, em que ela alcançou 960 na redação, muitos seguidores a procuraram para que ela desse algumas mentorias. E assim ela exercita os aprendizados.

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Ana conta que a ideia de começar a dar as orientações veio de sua própria vivência com os estudos. “Apenas no meu terceiro ano eu tive a oportunidade de fazer um cursinho, que foi em Nazaré, e eu me esforcei bastante. Até porque é uma redação complicada a do o Enem, então a gente sempre tem esse medinho. E aí, a ideia surgiu quando eu percebi, depois do resultado, que o pessoal ainda tinha muita dúvida e muita gente que eu conheço não tinha tanta condição de pagar cursinho. E eu vi que podia ajudar de alguma forma. Eu gosto muito de ajudar as pessoas, então queria dar a oportunidade que eu não tive no meu ensino médio, porque eu só consegui ter essa oportunidade no meu terceiro ano”, conta. Ana estudou o ensino médio na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Professora Benedita de Morais Guerra, em Macaparana, Zona da Mata Norte de Pernambuco.

A estudante quer passar em medicina, e para isso se mudou para o Recife, onde faz cursos preparatórios. Mesmo com o cronograma intenso de estudos, ela se organiza para produzir os conteúdos. “Morando em Recife agora é muita coisa, eu tenho um tempo muito limitado. Mas, durante o momento de descanso que eu tenho entre as aulas, boto essas 'aulinhas', entre aspas, porque eu digo às meninas que não são aulinhas, porque eu não sou professora. Aí, tem um horário de almoço, que elas estão disponíveis e é um dos únicos horários que eu também tenho. Aí eu coloco para a gente fazer uma mentoria, para corrigir, ver o que errou”, ela explica.

A estudante sempre se considerou esforçada nos estudos, e no final do ensino médio, reforçou mais ainda a rotina de preparação. “Eu fazia duas redações por semana, uma eu enviava para a minha professora do cursinho, e a outra enviava para minha plataforma on-line", comenta Ana Luiza.

Mesmo com os esforços e a rotina do ano passado, a pandemia do novo coronavírus atingiu o rendimento da estudante. No entanto, ela percebe que 2021 tem sido diferente. “A pandemia não ajudou muito porque, de longe das aulas presenciais, a gente se sente um pouquinho desmotivada mesmo. Eu estudava bastante, mas fazia poucas questões. Eis o meu erro do ano passado. Eu acho que nesses dois meses que eu estou aqui em Recife, eu já fiz mais questões, mais simulados, mais fichas do que eu fiz ano passado inteiro. Então, aí eu percebo que foi isso que eu errei”, reflete.

Ana Luiza ainda disponibiliza algumas vagas para suas orientações e trocas de conhecimentos sobre a redação do Enem. Basta o aluno estar concluindo o ensino médio e entrar em contato com ela pelo Instagram.

A professora Fernanda Pessoa realizará um curso on-line e gratuito para estudantes que almejam a nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. A ‘Operação Redação nota 1000’ ocorrerá de 31 de maio até 2 de junho, sempre a partir das 20h08.

Entre as atividades propostas, os alunos aprenderão técnicas de escrita para uma boa redação, estratégias por trás de uma boa produção textual, além de dicas de como começar a escrever textos que podem garantir o mil na prova. O interessados podem fazer a inscrição exclusivamente de forma virtual; no mesmo site é possível obter mais informações sobre a capacitação.

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Milhares de pessoas estão acompanhando os últimos momentos do Big Brother Brasil. A edição 21ª é um dos assuntos mais comentados no País, seja nas redes sociais ou em rodas de conversa.

O reality, que foi palco de grandes competições, também se destacou pelos debates intensos levantados pelos participantes. O que para muitos é apenas entretenimento, o BBB pode se tornar, ainda, uma fonte de argumentação para os estudantes que farão a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, a depender do tema proposto.

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O texto dissertativo-argumentativo exigido é avaliado em cinco competências: domínio da língua portuguesa; compreensão do tema e desenvolvimento da argumentação a partir de um repertório sociocultural; uso de informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos; e proposta de intervenção. De acordo com a professora de redação Fernanda Bérgamo, citar acontecimentos vivenciados dentro do BBB pode render aos vestibulandos pontos na segunda competência, desde que estejam relacionados com o tema.

“Como estamos falando de um programa de repercussão fortíssima, nós sabemos que temas, teses e argumentos precisam ser baseados em informações verdadeiras e de domínio público, e o BBB tem tudo isso. Eu acredito que podem ser citados os participantes e os exemplos protagonizados por eles em cima de várias e várias temáticas”, explica.

Fernanda Bérgamo diz que grandes momentos na “casa mais vigiada” do Brasil podem ampliar o repertório dos estudantes e fortalecer a argumentação nas produções textuais. “Muitas temáticas do Enem podem ser enriquecidas com repertório sociocultural advindo do BBB. Por exemplo, temáticas sobre preconceito linguístico, bullying, homofobia, preconceito contra os nordestinos, entre outras situações”, diz a docente.

A professora de redação Suelen Oliveira explica que a banca de correção considera como repertório sociocultural “informações, fatos, citações que contribuem para a construção do argumento na discussão proposta pelo participante.” Ela ainda afirma que os estudantes, ao selecionar argumentos que sustentem seu posicionamento, podem ganhar pontos na competência três, mas devem ficar ligados, pois, “não adianta citar por citar, é necessário que esteja bem relacionado com a argumentação desenvolvida no texto”.

A professora Suelen Oliveira listou, em entrevista ao LeiaJá, alguns desses momentos, confira:

Cultura do cancelamento - intolerância pode acabar igualando canceladores e cancelados. A exemplo de Karol Conká que excluiu Lucas Penteado do convívio da casa por um erro dele.

Transfobia – os homens foram maquiados pelas mulheres e em seguida começaram a desfilar e fazer pose na frente do espelho forçando personagens afeminados. O gesto pode representar uma violência contra pessoas trans.

Xenofobia - o termo entendido como rejeição ao estrangeiro foi um processo vivido pela paraibana Juliette Freire, quando participantes fizeram piada com seu sotaque. Ela acusou os outros confinados de a tratarem de forma diferente simplesmente porque é nordestina.

Machismo – as falas consideradas homofóbicas do participante Arthur, assim como o comentário feito por Fiuk sobre Juliette “estar na seca”, em referência à vida amorosa da participante no reality, fizeram a busca pelo termo aumentar no Google.

Racismo – a questão foi levantada após Rodolffo fazer um comentário sobre o cabelo black power de João como sendo um penteado, desconsiderando toda uma luta antirracista de resistência.

Saúde mental – depressão e bullying – essas questões atingiram diretamente o participante Lucas que, após tentar jogar pretos contra brancos, acabou sendo punido por outros participantes e ficou basicamente isolado. O fato acabou gerando sua saída precoce do programa.

Uma das etapas mais importantes em um vestibular é a redação. Por ela enriquecer a nota final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estudar a produção textual deve ser uma prática constante. Em sua última edição, o Enem contabilizou apenas 28 candidatos que tiraram o tão sonhado 1000 na redação.

Para auxiliar os estudantes que almejam a nota máxima, o professor de redação Eduardo Pereira, do Colégio Boa Viagem, situado no Recife, dá dicas para atingir o melhor resultado. De acordo com o professor, para atender aos critérios exigidos pelas bancas avaliadoras, é preciso de organização e estar sempre por dentro dos assuntos gerais, não apenas das regras textuais.

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“Durante muito tempo, estudar redação significava apenas compor um texto. Hoje, entende-se que, para conquistar um bom resultado, é preciso um pouco mais de esforço, já que uma redação de sucesso é a composição de uma série de fatores (...) Primeiro, o aluno precisa conhecer as regras do jogo e as exigências de cada banca. Enem e UPE [Universidade de Pernambuco], por exemplo, exigem algumas competências diferentes, então é preciso saber o que entregar e a quem para atingir as notas mais altas”, afirma Pereira.

Outra dica do docente é sobre a adequação à norma culta padrão, que deve ser estudada pelo candidato. Coesão e coerência são elementos fundamentais que devem ser respeitados no texto. “O aluno deve ter domínio linguístico, para que não erre e comprometa a nota, mas também precisa saber fazer construções sintáticas mais complexas e usar um vocabulário mais sofisticado. O uso correto de conectivos, preposições e pronomes relativos é bem visto no texto”, explica Eduardo.

O professor ainda afirma que é preciso acumular conhecimento sobre diversos temas, enriquecendo o repertório sociocultural do estudante. “Indico sempre que o aluno comece o ano letivo colocando como meta ampliar o seu capital intelectual. Vale assistir filmes, séries, documentários, ler livros. Tudo isso vai ajudar muito na construção de um repertório amplo. Mas não basta só nisso. Tem que fazer anotações, colocar no papel suas impressões, fazer análises, encontrar as problemáticas e pensar em propostas para resolvê-las”, ele sugere.

Por fim, o professor observa que uma boa redação não é algo que surge instantaneamente; é preciso de prática constante para alcançar os melhores resultados. “A prática é o que leva à perfeição. Então, o aluno precisa estar, constantemente, treinando seu texto. Claro que ninguém consegue escrever uma redação todo dia, mas ajuda e muito tentar colocar no papel, diariamente, um parágrafo sobre assuntos diversos - saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia – e formatar um banco de dados interessante para consultas futuras”, indica.

Com informações da assessoria 

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