Tópicos | reeducandos

O Presídio de Vitória de Santos Antão (PVSA) inaugurou uma escola prisional nesta sexta-feira (29). A unidade disponibiliza 272 vagas para novos alunos, divididos em turmas dos ensinos fundamental e médio.

O espaço utilizado passou por uma requalificação e funcionava como anexo da Escola Estadual ASP Aldo José da Silva. A ação vem da parceria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através da Executiva de Ressocialização (Seres), junto com a Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE-PE).

##RECOMENDA##

“O estudo é um dos pilares da ressocialização, é o meio que oportuniza as pessoas privadas de liberdade a pensarem e projetarem suas vidas além do ambiente carcerário. É através do estudo que se desenvolve o espírito crítico diante do que se apresenta na vida e a sociabilidade tão necessários ao exercício da cidadania”, pontuou Cloves Benevides, secretário de Justiça e Direitos Humanos.

No Recife, um grupo de 20 reeducandos tem atuado no trabalho de arborização da capital. Com a supervisão da unidade de socioeducação, os internos já trabalharam, desde junho deste ano, em 19 bairros da cidade, deixando mais verdes localidades como San Martin e Afogados, na Zona Oeste, e Boa Viagem, na Zona Sul. 

De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), a equipe trabalha no cultivo de mudas na Sementeira do Sítio da Trindade, em Casa Amarela, onde aprendem o processo de preservação das árvores e também questões ambientais envolvidas no projeto de arborização. 

##RECOMENDA##

Após o treinamento, os reeducandos são encaminhados às ruas e praças municipais, seguindo as solicitações enviadas à prefeitura. Os serviços são realizados graças ao convênio entre o Patronato Penitenciário, órgão da SJDH, e a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). 

Os alunos que participam da ação cumprem o regime aberto e livramento condicional, e recebem um salário-mínimo (R$ 1.212,00), com ajuda de alimentação e transporte, pela atividade realizada.

O Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) contrata reeducandos do regime aberto e livramento condicional, acompanhados pelo Patronato Penitenciário, órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). Através de um convênio entre entre o Patronato e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), os novos contratados realizam serviços de limpeza e capinação da área externa do equipamento cultural.

“A contratação de mão de obra carcerária contribui diretamente para a redução dos índices de violência. Os reeducandos exercem atividades diversas em ruas, praças e nos equipamentos culturais, como os museus, dando apoio significativo na limpeza dos espaços”, afirmou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Marcelo Canuto, através da assessoria de imprensa.

##RECOMENDA##

De acordo o MEPE, a carga horária dos novos trabalhadores vai das 8h às 16h, com horário de almoço, e a remuneração é um salário mínimo, ou seja, R$ 1.212. Além do museu, outros equipamentos culturais, como como o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe), em Olinda, e a Casa da Cultura, no bairro de São José, área central do Recife, possuem no quadro de funcionário reeducandos e ex-reeducandos.

Um convênio entre o Patronato Penitenciário e a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), está renovando os brinquedos de parques e praças do Recife. Reeducandos do regime aberto estão atuando no conserto, pintura e montagem dos equipamentos públicos de lazer.

Eles pintam, consertam, soldam, montam os brinquedos usados no lazer de crianças em praças e parques, como, balanço, escorrego, gangorras, entre outros equipamentos. O grupo formado por oito homens deixam os equipamentos prontos para serem reinstalados, mas também atuam no conserto e pintura de gradis de praças, além de fabricar traves de futebol.

##RECOMENDA##

“Com essa atividade de recuperação dos brinquedos eles prestam um grande serviço à comunidade e, ao mesmo tempo, são resgatados através do trabalho, para recuperar sua cidadania”, explica Josafá Reis, superintendente do Patronato Penitenciário.

Os reeducandos trabalham das 7h às 11h e das 12h às 16h, de segunda a sexta-feira, e pelos serviços recebem um salário mínimo (R$ 1.212,00), auxílio de transporte e alimentação.

“O trabalho deles é muito importante aqui, eles recolhem o brinquedo ou o gradil quebrado, levam de dois a três dias para consertar, e ainda fazem a reinstalação na praça”, ressalta Luís Carlos de Abreu e Lima, gerente de Parques da Emlurb.

[@#galeria#@]

Com informações da assessoria

O registro de reeducandos do regime aberto e livramento condicional que estão empregados em Pernambuco cresceu neste início de 2022 em comparação com o ano de 2021. No momento, há 1.438 indivíduos empregados, por meio do convênio entre o Patronato Penitenciário, órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), e empresas privadas.

Além do crescimento no número de participantes, também aumentou o número de instituições privadas que absorvem o programa , um total de 36. “Nossos números indicam que o índice de reincidência no crime daquele que sai do sistema e encontra emprego é de 1%, o que comprova a importância de políticas voltadas para a reinserção", diz a secretária executiva de Justiça e Promoção dos Direitos do Consumidor, Mariana Pontual, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa.

##RECOMENDA##

Esses reeducandos atuam nas prefeituras do Recife, de Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru e Petrolina e também em empresas como Pórtico, Algo Bom e  Granplast, em funções como pedreiro, auxiliar de produção, eletricista, encanador, pintor e recepcionista, por exemplo.

O destaque de contratação vai para Olinda, com 344 reeducandos empregados  exercendo atividades remuneradas em áreas como serviço limpeza de ruas e da orla, manutenção de barreiras, muros de arrimo, manutenção de praças, espaços de lazer, academia, serviços administrativos e reforçando as equipes.

    A ponte de pedestres da comunidade de Tabajara, em Olinda, foi reformada. O trabalho foi feito por um grupo de reeducandos, acompanhados pelo Patronato Penitenciário e pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), vinculados à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). 

Com duração de um mês, os reeducandos tiveram que construir duas cabeceiras para ponte, instalar barras de ferro para a instalação da passarela, concretagem, colocação do asfalto e instalar corrimões. 

##RECOMENDA##

Segundo o diretor Administrativo da Secretaria Executiva de Defesa Civil, Isaías Gomes da Silva, “os apenados vêm com uma qualificação, e na secretaria é feita uma entrevista para saber o perfil do trabalhador”. As próximas pontes de pedestres a serem reformadas são a da comunidade V 8 e a que fica por trás do Matadouro de Peixinhos.  

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio do setor de educação do Patronato Penitenciário, promove cursos para reeducandos do regime aberto. Ao todo, a iniciativa conta com 125 alunos e as formações oferecidas são de encanador, pintor, mecânico de motos, fabricação de doces e salgados, produção de bolos e tortas, realizadas no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

De acordo com o órgão, os cursos são para preparar os reeducandos para o retorno à sociedade, como também, diminuir os casos de reincidência criminal. Cada formação terá uma carga horária de 60 horas/aula e duração de 15 dias. As turmas são compostas por 25 alunos, nos horários da manhã e tarde.

##RECOMENDA##

“Uma qualificação profissional é o divisor de águas na vida dos reeducandos do regime aberto, eles aprendem um ofício e não caem na reincidência criminal”, ressalta, por meio da assessoria, o superintendente do Patronato Penitenciário, Josafá Reis.

Os reeducandos do regime aberto e livramento condicional interessados em participar das  qualificações devem se inscrever no setor educacional do Patronato Penitenciário.

Ao total, 173 reeducandos da Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), em Caruaru, do Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB) e do Presídio Juíz Antônio Luiz Lins de Barros - ambos situados no Complexo do Curado - realizam, nesta quarta-feira (20), prova do Projeto Remissão de Pena pela Leitura, inciativa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio de sua Executiva de Ressocialização (Seres). As provas são realizadas pela manhã e à tarde, na quadra do presídio, e os participantes têm um período de duas horas para fazê-las. Se o reeducando obtiver a média estipulada, 7, terá sete dias reduzidos em sua pena.

Do total de participantes, 22 são da PJPS, 51 do PFDB e 100 são do Presídio Juíz Antônio Luiz Lins de Barros. A Pessoa Privada de Liberdade (PPL) que possui ensino fundamental deve fazer um resumo do livro que leu, enquanto a que tem o ensino médio precisa fazer uma resenha.

##RECOMENDA##

No projeto - criado há cinco anos, em outubro de 2016 -, cada PPL escolhe um livro e tem um período de 21 dias para lê-lo. Oito dias antes das provas, elas participam de um aulão, com um professor dando dicas sobre como escrever o texto. A aplicação do exame é feita por um docente da Secretaria de Educação do Estado, enquanto a correção fica a cargo de outro. O Remição de Pena já inscreveu 8.683 PPLs e já obteve mais de 72% de aprovação.

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco (SJDH-PE) renovou o convênio, até 2023, com a Pórtico Esquadrias, empresa metalúrgica, para a contratação de reeducandos do regime fechado. A parceria foi feita pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), pertencente à SJDH.

No Presídio de Igarassu (PIG), na Região Metropolitana do Recife, há uma fábrica da empresa, onde trabalham 23 pessoas privadas de liberdade. Já a cadeia pública de Gravatá, no Agreste do Estado, conta com 15 trabalhadores vinculados à empresa.

##RECOMENDA##

Celso Maranhão, diretor da Pórtico, comemora o convênio com a Seres, iniciado há 13 anos. “Muito nos orgulha os empregos e oportunidades que oferecemos aos reeducandos, acredito que até o final de 2021 aumentaremos nossa mão de obra para 55 detentos”, informou.

O trabalho envolve a produção de esquadrias de alumínio e quadros de fachadas. A jornada de trabalho é de segunda à quinta-feira, das 7h30 às 17h30, e nas sextas-feiras, até as 16h30.

O convênio traz benefícios para os reeducandos por meio da Lei de Execuções Penais, que assegura o pagamento de 75% do salário mínimo, estando os demais 25% retidos para serem liberados após a liberdade concedida. Além disso, o trabalhador pode ter diminuição da pena em um dia, a cada três trabalhados.

A empresa também encontra vantagens, visto que a contratação não fica acobertada pela consolidação das leis trabalhistas (CLT), ficando isenta de pagar férias, 13º salário, contribuição previdenciária e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, vê a parceria como uma renovação na geração de oportunidade. “Apostamos na educação e no trabalho como grandes aliados no processo de ressocialização. Não é todo dia que encontramos empresas com o espírito solidário”, ele afirma.

Com informações da assessoria 

 Nesta segunda (3), são retomadas as aulas presenciais da rede estadual de ensino para jovens e crianças privados de liberdade nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em todo o estado de Pernambuco. De acordo com o governo do Estado, a medida considera os protocolos de convivência com a Covid-19 em vigor e possui um documento específico, elaborado pela Secretaria de Educação e Esportes (SEE), com orientações para o acolhimento de professores e alunos. Assim, cerca de 750 estudantes em internação ou internação provisória poderão voltar às aulas de forma escalonada, obedecendo a rodízios de turmas.

Por meio de sua assessoria, a Funase informou que a SEE realizou formações com professores e coordenadores educacionais das escolas que funcionam nas unidades socioeducativas, na tentativa de garantir uma melhor aplicabilidade das orientações. As instalações receberam totens de álcool em gel e demarcações relativas ao distanciamento social. O processo de retomada é acompanhado pela Superintendência da Política de Atendimento e pelo Eixo Educação da instituição.

##RECOMENDA##

“Em algumas unidades de internação, como Petrolina, Garanhuns e Santa Luzia, no Recife, os professores da Secretaria de Educação e nossos profissionais técnicos já vinham trabalhando esse acolhimento desde a semana passada, em sala de aula. Mas na maior parte das unidades da Funase, as aulas presenciais serão retomadas, de forma propriamente dita, neste início de maio. É um momento muito esperado pelos estudantes e por todos nós. A escola é um espaço de trocas e diálogo por excelência, algo tão necessário no caminho desses adolescentes no sistema socioeducativo”, destaca a presidente da Funase, Nadja Alencar.

Já a gestora da Gerência de Direitos Humanos e Educação Inclusiva (GEIDH) da SEE, Vera Braga,  frisa a importância da escuta ativa dos estudantes. “A nossa proposta é que se faça uma roda de diálogo com as turmas, com orientações, com escuta qualificada. Estamos em outro cenário, lidando com jovens privados de liberdade que não tinham acesso à educação remota por cumprimento ao protocolo de medidas socioeducativas. São indivíduos isolados da sociedade e da escola, um espaço fundamental na construção de laços afetivos”, comenta.

Pelo terceiro mês consecutivo, os dados do Patronato Penitenciário, órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), indicam aumento no número de contratações de reenducandos que cumprem pena nos regimes aberto e liberdade condicional. Eles exercem atividades remuneradas em empresas públicas e privadas de Pernambuco.

A última análise feita foi do mês de março, com um total de 1.275 ressocializados com vínculo empregatício, tendo sido registrado, em janeiro e fevereiro, 1.251 e 1.266 contratações, respectivamente. A SJDH é responsável por realizar atendimento psicossocial a esse público, além de ter cooperações de trabalhabilidade com 30 empresas no Estado.

##RECOMENDA##

As Prefeituras de Olinda e do Recife são as que mais contratam, entre as parceiras públicas, somando 470 oportunidades ofertadas. As atividades mais atribuídas são de limpeza de ruas e praças, serviços gerais, pedreiro, soldador, pintor, entre outras.

De acordo com a SJDH, só a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) admitiu, no mês de março, 50 homens. As Prefeituras de Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Caruaru e Petrolina também oferecem vagas para ressocialização.

No setor privado, as indústrias de materiais de construção são as que mais acolhem pessoas privadas de liberdade para contratação. O Setor de Empregabilidade do Patronato Penitenciário informa que um banco de talentos concentra os dados dos candidatos e, de acordo com o perfil buscado pela empresa parceira, eles são selecionados para uma entrevista no órgão, onde é verificada sua situação, e depois encaminhado para a empresa.

Seguindo a Lei de Execução Penal, as empresas vinculadas ao convênio de empregabilidade ficam isentas de encargos trabalhistas, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), 13º salário e férias. Os gastos com o reeducando reduzem em até 40%.

A jornada de trabalho pode ser de até 40 horas semanais, e a prática ainda é contada como iniciativa de responsabilidade social por parte da empresa. "Apesar do momento de crise que estamos passando a empregabilidade entre os reeducandos aumentou porque o Governo de Pernambuco tem investido na educação e qualificação profissional dos cumpridores de pena acompanhados pelo Patronato, por isso essa mão de obra se tornou mais atrativa para contratação pelo mercado de trabalho. As  empresas  estão reconhecendo a importância de ressocializar pelo trabalho, e a contratação não tem tanto ônus trabalhistas", explica Pedro Eurico, secretário de Justiça e Direitos Humanos.

O secretário de Gestão Urbana de Olinda, Marconi Madruga, observa que “o objetivo da contratação dos reeducandos não é apenas usar a mão de obra deles, é ensiná-los  e colaborar para que eles possam voltar a viver socialmente”. No município, os contratados estão alocados em diferentes setores, como defesa civil, drenagem, recuperação do sítio histórico, entre outros trabalhos.

Carlos José Gomes da Silva, 33, cumpre o regime aberto e também faz faculdade de análise de desenvolvimento de sistemas. “O Patronato Penitenciário me deu uma oportunidade que nunca tive na vida, fiz o curso de eletricista e trabalho no próprio órgão como auxiliar administrativo, onde sou muito grato”, ele declara.

Regime fechado

Além dos programas de ressocialização para os que estão em regime aberto e liberdade condicional, são oferecidas atividades remuneradas para os reeducandos do fechado e semiaberto. A Secretaria Executiva de Ressocialização mantém convênios com empresas de diversos segmentos, possibilitando oportunidades de trabalho para 360 detentos.

Conforme a Lei de Execuções Penais, eles ganham remição de pena e salário, além do resgate da cidadania. Entre as atividades que contam com o trabalho deles estão: confecção de artigos para cama, mesa e banho; produção de esquadrias de alumínio, telhas e chapas para revestimento; serviços gerais como, capinação, jardinagem, pintura, varrição, manutenção e recuperação de praças, prédios e logradouros.

Oito egressos do sistema prisional de Pernambuco receberam bolsas de estudos de nível superior. As oportunidades são fruto de uma parceria entre o Patronato Penitenciário, órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), o Instituto Recomeçar e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Os cursos oferecidos são recursos humanos, análise de desenvolvimento de sistema e gastronomia. As aulas são realizadas de forma remota há um mês, em razão da pandemia da Covid-19, na sala de informática do Patronato, no Recife.

##RECOMENDA##

Um dos beneficiados é Clodoaldo Martins, 45. Acompanhado há três anos pelo Patronato Penitenciário, ele celebra a oportunidade de ingressar em uma graduação. “É o acontecimento mais importante da minha vida, sem sombra de dúvidas. Estou adquirindo conhecimento para em um futuro breve ser um profissional capacitado no ramo da gastronomia”, disse Martins, conforme informações da assessoria de imprensa da SJDH.

De acordo com a Secretaria, os egressos foram escolhidos após análise psicológica e da assistência social do Patronato. “Esses reeducandos estão aproveitando essa oportunidade para melhorar o seu futuro profissional, como pessoa e como cidadão”, comemorou o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou, nesta segunda-feira (9), o edital da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade e sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL). As provas serão realizadas nos dias 23 e 24 de fevereiro do próximo ano.

Segundo o Inep, as inscrições ocorrerão de 30 de novembro a 11 de dezembro, devendo ser feitas pelos responsáveis pedagógicos das instituições prisionais. Os candidatos devem ter idade mínima de 18 anos e poderão usar o desempenho no Enem para ingressar em cursos de nível superior.

##RECOMENDA##

Reeducandos ou socioeducandos menores de 18 anos poderão fazer a prova como treineiros. O Exame, nesse caso, apenas terá a função de autoavaliação de conhecimentos.

“Os órgãos de administração prisional e socioeducativa que desejarem indicar unidades para aplicação do Enem PPL devem encaminhar, por e-mail, um ofício firmando a adesão com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e indicar um responsável pedagógico. Este terá a função de acompanhar todos os trâmites do exame, desde a inscrição até os resultados, além de determinar as salas de provas dos participantes; a transferência entre as unidades, quando necessário, dentro do prazo previsto; e excluir aqueles que tiverem sua liberdade decretada. O termo de adesão deverá ser enviado entre os dias 16 e 27 de novembro”, informou o Inep.

Conforme o Instituto, o Enem PPL tem questões com o mesmo nível de dificuldade da prova tradicional. “A única diferença é a aplicação, que acontece dentro de unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional e socioeducativa de cada unidade da Federação”, explicou o Inep.

Para assegurar a limpeza da faixa de areia e do calçadão no município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, devido ao grande movimentação nas praias com a retomada das atividades e a proximidade do verão, a quantidade de reeducandos que realizam as atividades na área subiu de 36 para 54 homens, o que significa um reforço de 50% da mão de obra. Supervisionados pelo Patronato Penitenciário, entidade da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, eles cumprem regime aberto e livramento condicional.

Durante toda a semana, os reeducandos, que são distribuídos em dois turnos – o primeiro das 7h às 12h e o segundo das 12h às 14h -, realizam a limpeza da área que vai da Paia dos Milagres até Rio Doce. Por meio de parceria com a Prefeitura de Olinda, a ação objetiva empregar os reeducandos e reinserí-los à sociedade por meio do trabalho, que oferece um salário mínimo, alimentação e transporte.

##RECOMENDA##

"Os reeducandos que trabalham na limpeza das praias de Olinda fazem um trabalho indispensável para a sociedade, que encontra o local limpo no horário de lazer. Através da empregabilidade a cidade também promove o resgate deles como cidadãos, hoje o convênio com a prefeitura de Olinda emprega 272 reeducandos”, conta o superintendente do Patronato Penitenciário, Josafá Reis, de acordo com a assessoria de comunicação do Patronato Penitenciário. 

No próximo Dia de Finados, 2 de novembro, 82 reeducandos do regime aberto vão auxiliar nas atividades administrativa, de limpeza e manutenção, nos cemitérios de Santo Amaro, Parque das Flores, Várzea, Casa Amarela e Tejipió, no Recife. 

Cada colaborador receberá equipamentos de proteção individual, além de passar por capacitação e orientação antes de começar o trabalho. “É um trabalho que tem contribuído para ressocialização, além de garantir uma renda para que eles possam ajudar suas famílias”, é o que diz o gerente geral de cemitérios da Emlurb, Luciano Nascimento. 

##RECOMENDA##

Serão 17 mulheres e 65 homens auxiliando no trabalho através de uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) em parceria com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). Cássia Fernandes, de 33 anos, é reeducanda e colabora administrativa do cemitério de Santo Amaro. Ela afirma que o trabalho é como uma segunda chance. “É uma forma de me reintegrar na sociedade. O pessoal aqui não tem preconceito, sou tratada como igual”, contou ela.

Os reeducandos serão acompanhados pelo Patronato Penitenciário, órgão de execução penal da SJDH que, além de viabilizar vagas de trabalho e cursos profissionalizantes, oferece assistência psicossocial e jurídica aos reeducandos. Atualmente, cerca de 1.200 reeducandos do regime aberto estão trabalhando em Pernambuco, ganhando um salário mínimo, alimentação e transporte, conforme a Lei de Execuções Penais. 

Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, oportunidades de trabalho podem ajudar a mudar a vida de pessoas que passaram pelo sistema prisional. “Os reeducandos estão transformando suas vidas através do trabalho. É importante quebrar o preconceito e abrir as portas para a ressocialização”, declarou Pedro Eurico. 

LeiaJá também

--> Projeto usa astrologia na ressocialização de ex-detentas

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) está recebendo obras literárias para incrementar o acervo do projeto “Entre livros e textos: leitura, diálogo e relações sociais”, que busca estimular o contato dos reeducandos com a leitura. A instituição está com dois pontos de doação, um no Recife e outro em Caruaru, no agreste do estado. O projeto, que existe há um ano, reúne, duas vezes por semana, os adolescentes no Centro de Internação Provisória (Cenip) Caruaru, onde eles aguardam até 45 dias pela sentença judicial.

Nos encontros, os participantes recebem livros emprestados, para, na semana seguinte, discutirem sobre os temas abordados. Os jovens também são estimulados a produzir redações, anexadas aos relatórios encaminhados ao Judiciário, contribuindo com a avaliação de seus processos.

##RECOMENDA##

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Funase informa que mais de 120 pessoas já foram contempladas pela iniciativa de adesão voluntária, desenvolvida pela pedagoga Maurinúbia Moura e pela assistente social Natália de Melo, servidoras da Funase e integrantes da equipe técnica do Cenip Caruaru. Dentre as obras disponíveis estão clássicos da literatura nacional “Triste Fim de Policarpo Quaresma” e “A Batalha dos Mamulengos”. 

“Devido ao curto período que os adolescentes ficam na unidade, temos muita rotatividade. Por isso, é importante que a gente possa diversificar as obras disponibilizadas. Todo mundo que tem um livro paradidático em casa, que não utilize mais, pode fazer uma doação e contribuir com esse trabalho. Devolver ao convívio social adolescentes em condições diferentes daquelas que os levaram à Funase é um interesse que toda a sociedade pode abraçar”, afirma a coordenadora geral do Cenip Caruaru, Maria Clara Amorim.

Em Caruaru, os interessados em realizar doações devem procurar a portaria do Cenip Caruaru, na Fazenda Alagoinha, Estrada Carroçável, Sítio Lagoa dos Porcos, Boa Vista II ou combinar outras formas e pontos de coleta através dos telefones (81) 3725.7594, 3725.7596 ou 99488.2274. Já no Recife, o público pode fazer doações de livros na sede da Funase, que fica na Av. Conselheiro Rosa e Silva, 773, Aflitos, ou buscar informações pelos telefones (81) 3184.5477 ou 3184.5478.

SERVIÇO

Pontos fixos de coleta de doações

- Cenip Caruaru: Estrada Carroçável, Sítio Lagoa dos Porcos, Boa Vista II, Caruaru-PE – (81) 3725.7594/7596 ou 99488.2274

- Sede da Funase: Av. Conselheiro Rosa e Silva, 773, Aflitos, Recife-PE – (81) 3184.5477/5478

Pontos volantes de coleta de doações - Em Caruaru, pontos alternativos de coleta de livros podem ser combinados com o interessado em fazer a doação por meio do telefone (81) 99488.2274

Empresas do ramo da construção civil em Pernambuco têm se beneficiado do Patronato Penitenciário, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco que possibilita a contratação de reeducandos. O patronato acompanha os egressos do sistema prisional para verificar itens como as condições de trabalho e comportamento em parceria com as prefeituras, enquanto cada empresa paga um salário mínimo (R$ 1.045,00), vale transporte e alimentação, ajudando no sustento e ressocialização dos reeducandos. 

Na empresa Portela Distribuidora, que fica no Recife, há reeducandos trabalhando no setor operacional, expedição e estoque, na conferência de 35 mil itens de construção, entre materiais elétricos, como tomadas, fios e conexões; e hidráulicos. Todos recebem também capacitação sobre a logística da empresa e um curso de empilhadeira.

##RECOMENDA##

“Temos 14 apenados e um mix muito grande de produtos, eles dão uma grande ajuda. Temos um, inclusive, que está conosco há cinco anos, e atualmente exerce uma função de extrema confiança. Estamos muito satisfeitos com o trabalho”, explicou o supervisor de logística, Jamilson Aureliano. 

Em Abreu e Lima, a fábrica Granplast tem funcionários que são dos regimes aberto e semiaberto, estes com acompanhamento da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). Ao todo são 37 apenados no setor de produção, montagem e embalagem dos produtos, setor que conta com 31 mulheres produzindo caixa de descarga de plástico, assento sanitário, tubo de descarga, caixinha de luz, calhas e eletrodutos. 

“No período de abril até setembro, tivemos um aumento de 90% na demanda e eles têm contribuído de maneira satisfatória, demonstrando interesse e motivação para o trabalho”, comemora o supervisor de Produção, Carlos Alberto da Silva.

De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, o convênio de empregabilidade, regulamentado pela Lei de Execução Penal,isenta o empregador de encargos trabalhistas como FGTS, 13º salário e férias. “Além de apoiar a ressocialização, o empregador é beneficiado com uma redução de aproximadamente 40% na despesa com o contratado. Podendo promover jornadas de trabalho de até 40 horas/semanais e utilizar a iniciativa como prática de responsabilidade social da empresa”, explicou ele.

LeiaJá também

--> Detentos de PE começam a receber salário em conta bancária

Dois reeducandos pernambucanos venceram o 5º concurso de redação promovido pela Defensoria Pública da União, na categoria Educação de Jovens e Adultos (EJA). A competição teve como tema "Defender Direitos, Evitar Desastres: Como o Acesso à Justiça Contribui para o Desenvolvimento Sustentável". 

Ruan Rodrigo Pereira e Izorildo Francisco dos Santos, primeiro e segundo colocados, cumprem pena na Penitenciária Agroindustrial São João (PAISJ), em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e são alunos da Escola Juiz Antonio Luiz Lins de Barros, localizada na penitenciária. No concurso, eles concorreram com estudantes de escolas da rede municipal, estadual e federal. 

##RECOMENDA##

Ruan Rodrigo Pereira tem 27 anos e está na fase 4B do EJA, equivalente ao último ano do ensino fundamental. A gestora da escola, Caroline Paiva, o definiu como um aluno excelente. “Muito inteligente, sempre gostou de ler, tocar violão e cantar", disse ela. Segundo o próprio Ruan, que receberá um tablet como prêmio por vencer o concurso, “só a educação me deu visibilidade pra que eu pudesse conseguir um emprego". 

Izorildo Francisco dos Santos, de 62 anos, é o segundo colocado e está na fase 4A da Educação de Jovens e Adultos, que também equivale ao final do ensino fundamental. Segundo a gestora da escola, ele é “muito esforçado, participava das aulas e não faltava”. O reeducando receberá como prêmio pela sua colocação no concurso uma câmera fotográfica.

“A educação e o trabalho são os grandes aliados da ressocialização. Esse resultado é fruto do trabalho intenso que vem sendo desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação no sistema prisional”, garante o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico. A entrega dos prêmios será na próxima quinta-feira (11).

LeiaJá também

--> Detentos do Sertão de PE fabricam mais de 28 mil máscaras

--> Presos trabalham em cemitério após aumento de demanda

[@#galeria#@]

Pela primeira vez em Pernambuco, reeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) passaram por teleaudiências. Nessa quarta-feira (15), quatro adolescentes, entre 15 e 17 anos, foram interrogados à distância durante duas horas e meia.

##RECOMENDA##

O projeto remoto já era desenvolvido para reduzir custos dos processos judiciais, mas acabou sendo posto em prática diante das restrições impostas pelo novo coronavírus. A sala virtual teve a presença de, no máximo, cinco pessoas, entre parentes, juízes, promotores, defensores públicos e operadores do software.

Os reeducandos estão desde o início do mês no Centro de Internação Provisória (Cenip), no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife. Até a primeira quinzena de maio, eles participação de, pelo menos, mais uma sessão judicial por videoconferência antes de receberem a sentença.

A expectativa é que nos próximos dias o projeto se estenda pela Região Metropolitana do Recife e chegue ao Litoral Sul, com audiências relativas a processos que tramitam nos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. “Conseguimos garantir o direito do adolescente de ser ouvido individualmente e também a questão de saúde, já que evitamos a exposição dele e dos profissionais envolvidos em ambientes externos durante a pandemia”, afirma a coordenadora geral do Cenip Recife, Anny Sales. 

O número de empresas em Pernambuco que integraram ex-presidiários aos seus quadros de funcionários aumentou em 52%. De acordo com dados da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) do Estado, o quantitativo saiu de 23 para 35 em 2019.

São beneficiados, ao todo, 1.107 apenados que cumprem pena em regime aberto. Para a SJDH, empregar pessoas oriundas do sistema carcerário pode render economia às empresas, tendo em vista que, em média, companhias privadas e órgãos públicos nesse contexto pouparam quase R$ 10 milhões.

##RECOMENDA##

“Economia gerada porque os contratos são regidos pela Lei de Execuções Penais, desobrigando os empregadores de encargos trabalhistas como 13° salário, férias e Fgts. Os novos convênios trazem empresas dos mais variados segmentos: corte e costura, logística, alimentos e órgãos estaduais e municipais. Quanto à economia, os dados foram extraídos com base na remuneração de um salário mínimo (R$ 998) e no número de egressos trabalhando, 1.107. Considerando os 12 meses do ano, a poupança foi de exatamente R$ 9.998.999”, explica a Secretaria por meio da sua assessoria de comunicação.

Aos 48 anos, José Fábio deixou a prisão há seis meses. Atualmente, ele cumpre pena no regime aberto e conseguiu ser inserido ao mercado de trabalho. “A essa altura da minha vida, é difícil conseguir trabalho, ainda mais por ser reeducando. Essa nova chance representa minha reconstrução pessoal e familiar”, comentou José, conforme a assessoria.

Segundo a SJDH, o Patronato Penitenciário, um dos órgãos da pasta, faz o acompanhamento dos reenducandos oferecendo assistências jurídica e psicossocial, bem como é realizado o fomento de novas empresas que podem se tornar empregadoras. Fazer os ex-detentos se afastarem do mundo do crime é um dos intuitos da iniciativa. “Nosso principal objetivo é garantir que os reeducandos consigam mudar de vida. Quanto mais instituições sensíveis, teremos mais postos de trabalho e consequentemente, menos violência. Dificilmente essas pessoas irão voltar para o crime”, diz o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

De acordo com o diretor administrativo da Carapitanga, companhia produtora de camarão, Gustavo do Vale, a empresa projeta aumentar o número de contratações em 2020. “Estamos em um momento de expansão da nossa empresa e com isso, contratamos 15 reeducandas. Muitas dessas mulheres não são criminosas, cometeram delitos por influência de seus companheiros. O trabalho já tem dado tão certo que estamos com planos de aumentar as contratações em 2020”, garante o diretor.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando