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Trabalhadores do setor ferroviário francês e funcionários públicos aprovaram nesta quinta-feira (13) a adesão à paralisação de funcionários de refinarias, despertando temores de que a revolta com o aumento crescente do custo de vida possa resultar em uma série de bloqueios.

Funcionários do setor ferroviário e servidores públicos civis, representados pelo sindicato CGT, o maior do setor público, irão paralisar suas atividades na próxima terça-feira, enquanto alguns grupos de trabalhadores convocam um dia de greve geral.

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O CGT informou que está pressionando por aumentos mais altos para os trabalhadores ferroviários, mas também quer protestar contra os esforços governamentais para suspender uma greve de trabalhadores de reginarias que causou escassez nacional de combustíveis.

"Os trabalhadores ferroviários querem pressionar novamente por melhorias salariais e denunciar a repressão e o ataque ao direito de greve", informou o sindicato em um comunicado.

O governo recorreu a poderes emergenciais para forçar alguns trabalhadores de refinarias a voltar a seus postos de trabalho com vistas a liberar estoques de combustíveis armazenados dentro de instalações, alvos de bloqueios.

Seis em sete refinarias foram afetadas por greves que agora estão na terceira semana, provocando enormes engarrafamentos em frente a postos de gasolina e uma frustração crescente entre os motoristas.

"Chegou o momento de confronto (com o governo)", disse nesta quinta-feira à emissora France 2 a parlamentar Clementine Autain, do partido França Insubmissa (esquerda).

Sandrine Rousseau, uma líder dos Verdes na Assembleia Nacional, disse na quarta-feira esperar que o impasse nas refinarias seja "a faísca que dê início a uma greve geral".

Contudo, nem todos os sindicatos aderiram à convocação de greves na próxima terça-feira. O CFDT, o maior do país, ficou de fora.

Espera-se que partidos de esquerda realizem uma marcha de protesto contra as políticas do presidente Emmanuel Macron e o aumento do custo de vida no domingo.

- Simpatia e revolta -

Até a terça-feira, o governo estava relutante em alimentar o desacordo salarial no grupo francês de energia TotalEnergies e na gigante americana Esso-ExxonMobil, cujas refinarias foram afetadas.

A TotalEnergies obteve lucro líquido de 5,7 bilhões de dólares entre abril e junho e está distribuindo bilhões a acionistas, gerando alguma simpatia aos funcionários que pressionam por maiores salários.

Mas com 30% dos postos de gasolina na França com pouco ou nenhum combustível, particularmente na região de Paris e no norte da França, o governo começou a requisitar a volta de alguns trabalhadores de depósitos de combustível na terça, sob o risco de serem processados caso se neguem a retornar ao trabalho.

Depois de um depósito da ExxonMobil na terça, uma instalação da TotalEnergies no norte da França foi requisitada nesta quinta e os primeiros caminhões-tanque escoltados pela polícia foram vistos saindo do local durante a tarde.

O gabinete da primeira-ministra, Elisabeth Borne, informou que as medidas emergenciais se justificavam pela "ameaça econômica real" para o norte da França, que depende fortemente da agricultura, da pesca e da indústria.

Mas os sindicatos reagiram furiosamente à intervenção do governo.

"O que estamos vendo aqui é a ditadura de Macron", disse à AFP Benjamin Tange, do CGT. A atual ação industrial, afirmou, despertou "a raiva de vários meses, vários amos de uma ruptura do diálogo social".

Trabalhadores em greve na refinaria da Esso-ExxonMobil em Fos-sur-Mer, nos arredores de Marselha, no sul da França, votaram nesta quinta-feira pela suspensão do bloqueio depois de alcançarem um acordo salarial com a administração.

A TotalEnergies também anunciou que manteria conversações com representantes de sindicatos pela primeira vez desde o início das paralisações, gerando esperanças de um avanço.

O grupo propôs um aumento de 6% no próximo ano, abaixo da demanda do CGT de uma alta imediata de 10%, retroativa a 1º de janeiro.

A companhia tem estado sob pressão crescente do governo para chegar a um acordo.

O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, disse à rádio RTL que em vista dos enormes lucros deste ano, a empresa tinha "a capacidade e, portanto, uma obrigação" de aumentar os salários dos trabalhadores.

A Petrobras anunciou na segunda-feira (27) que reiniciou os processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, além dos ativos logísticos integrados a essas refinarias.

Segundo a estatal, os teasers com as principais informações sobre os ativos e os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes estão disponíveis no site da Petrobrás.

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As próximas etapas dos processos serão informadas oportunamente.

No comunicado, a empresa informou que seu plano de desinvestimento em refino representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado, e considera a venda integral das três refinarias acima e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), da Refinaria Gabriel Passos (Regap), da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor).

"A venda dessas oito refinarias está sendo conduzida de acordo com o Decreto 9.188/2017 e a Sistemática de Desinvestimentos da Petrobras, por meio de processos competitivos independentes, os quais se encontram em diferentes estágios, conforme amplamente divulgados pela companhia", disse a estatal no documento.

A Petrobras concluiu a venda da Rlam em novembro do ano passado e já celebrou contrato de compra e venda das refinarias Reman, Lubnor e SIX, aguardando agora o cumprimento das condições precedentes, dentre elas, a obtenção de aprovações regulatórias, para serem concluídas. A Regap está em fase vinculante.

Os preços da gasolina e do óleo diesel vendidos nas refinarias da Petrobras aumentam a partir desta terça-feira (26), segundo anúncio feito nessa segunda-feira (25) pela estatal.

O litro da gasolina pura (ou seja, antes da mistura obrigatória com etanol anidro), sobe R$ 0,21 e chega a R$ 3,19 em média.

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Considerando-se a gasolina já misturada ao álcool, a alta é de R$ 0,15. Com isso, o litro do combustível passa a custar R$ 2,33 em média.

Já o óleo diesel puro (antes da mistura com biodiesel) teve aumento médio de R$ 0,28 por litro e passa a custar R$ 3,34. O litro do diesel já misturado ao biodiesel fica R$ 0,24 mais caro, passando a custar R$ 2,94 em média.

Os preços do litro da gasolina e do óleo diesel ficam R$ 0,11 mais baratos a partir de hoje (25) nas refinarias da Petrobras. Com isso, o litro da gasolina está sendo vendido a R$ 2,59 para as distribuidoras (uma queda de 4,1%).

Já o óleo diesel está sendo comercializado nas refinarias pelo valor de R$ 2,75 por litro (uma queda de 3,8% no preço anterior).

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A Petrobras ressalta que o valor do combustível para os consumidores finais ainda sofre a influência de tributos, da adição obrigatória dos biocombustíveis e da margem de lucro das distribuidoras e postos.

Os preços da gasolina e do óleo diesel ficam mais caros a partir desta terça-feira (9) para as distribuidoras que forem comprar os combustíveis nas refinarias da Petrobras. A gasolina ficou 8,8% mais cara, ou seja, o preço do litro subiu R$ 0,23 e passou a custar R$ 2,84.

Já o preço do litro do óleo diesel subiu 5,2%, ou R$ 0,15, e passou a custar R$ 2,86, de acordo com informações divulgadas nessa segunda-feira (8) pela Petrobras. 

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A estatal lembra que o preço da gasolina e do diesel vendidos nos postos para o consumidor final é diferente daquele cobrado nas refinarias. O preço final inclui tributos, custos para aquisição, mistura obrigatória de biocombustíveis e margem de lucro das distribuidoras e dos postos de combustível.

Os valores cobrados nas refinarias dependem dos preços e oferta no mercado internacional e da taxa de câmbio.

Pivô de um embate entre caminhoneiros e o governo federal, a alta recente do preço do óleo diesel tem sido puxada desde o ano passado pelo primeiro elo da cadeia de venda do produto, formada pelas refinarias da Petrobras e por importadores, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No quarto trimestre do ano passado, quando as cotações do petróleo começaram a se recompor após o pior momento da crise causada pela Covid-19, o valor cobrado no primeiro elo subiu 16,6%. É mais que o triplo do reajuste nos postos de gasolina, de 4,4%, no mesmo período. Também ficou acima da alta verificada na distribuição, segmento que compra dos produtores e importadores e repassa para o varejo, com preços 10,8% maiores.

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Nesta semana, a Petrobras anunciou mais um reajuste nas refinarias, de 4,4%, o primeiro do ano. A remarcação serviu de estopim para uma nova crise com os caminhoneiros, que ameaçam promover uma greve, nos moldes do movimento que parou o País em meio de 2018.

A estatal, produtora de quase todo o combustível consumido no Brasil, já havia revisado o preço do diesel em suas refinarias em R$ 0,31 (de R$ 1,68 para R$ 2,02) de outubro a dezembro, uma alta de 20%. As remarcações seguem a recuperação das cotações internacionais do petróleo e o aumento da taxa de câmbio, conforme as políticas de preços adotadas desde o governo Michel Temer.

A Petrobras afirmou que, ao formular os preços em suas refinarias, considera as cotações internacionais, os custos de importação e o câmbio. Diz também que a quantia paga pelo consumidor final é resultado das políticas de preços seguidas por ela e também por outros agentes comercializadores, sobre os quais não tem ingerência.

Segundo Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), ao longo da cadeia de comercialização do diesel, os aumentos de preços são diluídos por outros fatores e, por isso, a alta no refino e na importação é mais aparente.

Em resposta às recentes reivindicações sobre o preço do combustível, a estatal publicou em seu site um levantamento da Global Price que conclui que, no início deste mês, o preço do diesel vendido nos postos custava, no Brasil, 27,4% menos do que a média mundial. O levantamento, no entanto, é formulado em dólar e não reflete os efeitos do câmbio no mercado interno.

Paulo Miranda, presidente da Fecombustíveis, que reúne cerca de 40 mil postos de gasolina, diz que seus associados "reduziram tudo o que podiam no diesel, e a margem de lucro gira atualmente em torno de 3%, 4%". Hoje, acrescenta ele, o preço praticado no Brasil é inferior ao da maioria dos países.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras anunciou aos seus clientes um reajuste médio de 4% (R$ 0,07) da gasolina e de 5% (R$ 0,08) do óleo diesel em suas refinarias, a partir deste sábado, 10. Com essa alta, o litro da gasolina será vendido às distribuidoras a R$ 1,82, em média, e o do diesel a R$ 1,76.

Em comunicado, a Petrobras informa que, de janeiro até este último reajuste, a gasolina acumula queda no mercado interno de 5,3% e o diesel, de 24,3%. Em julho e agosto, o preço médio da gasolina na produção correspondeu a cerca de 30% do preço cobrado nos postos revendedores de combustíveis. No caso do óleo diesel, a participação foi de 49%.

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"Os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para menos associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência bastante limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais. O preço do diesel e da gasolina vendidos na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias da Petrobras", afirmou a empresa.

A petrolífera destaca que, até chegar ao consumidor final, são acrescidos aos valores de refinaria tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis. "Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis", acrescenta.

A Petrobras, no comunicado, ainda ressalta pesquisa da Globalpetrolprices.com realizada em 127 países, que aponta que o preço médio do diesel ao consumidor final no Brasil está 32% inferior à média global e ocupa a 24ª posição do ranking sendo, portanto, inferior aos preços observados em 103 países.

De acordo com a pesquisa, para a gasolina, o preço final no Brasil está 23% inferior à média global e ocupa a 31ª posição do ranking, ou seja, inferior a 96 países. Nos dois casos, os preços médios no Brasil estão abaixo dos preços registrados no Reino Unido, Canadá, China, Chile e Alemanha.

O presidente Jair Bolsonaro parabenizou o Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta sexta-feira (2), pela decisão de liberar o plano de venda de refinarias da Petrobras sem o aval do Legislativo. Na quinta-feira, por seis votos a quatro, a Corte autorizou a estatal a vender refinarias sem necessidade de licitação ou autorização do Congresso.

"Parabenizo o STF, que no dia ontem, por 6 x 4, autorizou a Petrobras liberar venda de refinarias, sem o aval do Congresso", disse o presidente em sua conta no Twitter e no Facebook. A decisão do Supremo representa uma vitória para o governo e às intenções de desinvestimento da estatal, que pretende vender oito refinarias, mais da metade de seu parque de refino, que conta com 13 unidades.

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Os ministros analisaram a ação de forma cautelar. Assim, a Corte ainda terá de debater novamente o assunto no futuro. A questão foi discutida no STF após pedido liminar do Legislativo para suspender a negociação dos ativos.

Os parlamentares argumentaram que, para a venda das refinarias, a Petrobras estaria burlando decisão do STF tomada no ano passado. Em 2019, a Corte proibiu o governo de vender uma 'empresa-mãe' sem autorização legislativa e sem licitação, mas autorizou esse processo no caso das subsidiárias.

A maioria dos ministros do STF avaliou que o entendimento anterior não foi descumprido pela Petrobras, e que as operações representam um desinvestimento por parte da estatal e não uma fraude para repassar o controle acionário ao setor privado.

Por seis votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou nesta quinta-feira, 1º, o plano de venda de refinarias tocado pela Petrobras, sem necessidade de autorização pelo Congresso. A decisão representa uma vitória para o governo e aos propósitos de desinvestimento da estatal, que pretende vender oito refinarias, mais da metade de seu parque de refino, que conta com 13 unidades.

Os ministros analisaram a ação de forma cautelar, ou seja, a Corte ainda terá de se debruçar novamente sobre o assunto no futuro. O plano da estatal foi debatido na Suprema Corte por uma provocação do poder Legislativo. Em julho, as mesas do Senado, Câmara e Congresso pediram ao STF que impedisse a venda das refinarias da forma planejada pela petroleira.

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Os parlamentares reclamaram que, para alienar esses ativos, a Petrobras burla uma decisão do STF tomada no ano passado. Na ocasião, a Corte proibiu o governo de vender uma 'empresa-mãe' sem autorização legislativa e sem licitação, mas autorizou esse processo no caso das subsidiárias. A alegação é de que a estatal manobra a determinação do STF ao transformar as refinarias em subsidiárias para então vendê-las. Por isso, pediram que a Corte explicitasse que a "criação artificial" de subsidiárias, constituídas a partir de desmembramentos da empresa-matriz com interesse de venda, deve ser proibida.

Depois do pedido, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mudou de posição e desistiu de participar do processo. Segundo Maia, a Câmara fez uma consulta ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - com quem a Petrobras firmou termo de compromisso para suspender multas em troca do compromisso de venda das refinarias.

Primeiro a votar para negar a ação do Congresso, o ministro Alexandre de Moraes explicou não ter visto qualquer desvio de finalidade na criação de subsidiárias para que as unidades de refino sejam vendidas. "A Petrobras não pretende perder valor na bolsa (com a venda), ou perder controle acionário, mas pretende otimizar sua atuação e garantir maior rentabilidade à empresa", disse Moraes.

No mesmo sentido, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que não há fraude na escolha feita pela estatal, nem desrespeito ao que decidiu o STF no ano passado. O ministro pontuou que há como uma estatal precisar de autorização legislativa a cada decisão de venda de ativo. "Não tem como funcionar como empresa privada se tiver que seguir esses ritos", disse.

A venda de refinarias é parte do plano de desinvestimentos da Petrobras, anunciado em 2016, por meio do qual a companhia informou que iria focar sua atuação nas atividades de exploração de petróleo e gás em águas profundas. O debate em torno das unidades de refino envolve a negociação de valores entre R$ 63,6 bilhões a R$ 83,6 bilhões, pelas contas da XP Investimentos.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, marcou para a quarta-feira da próxima semana, dia 30, o julgamento que discute a venda de refinarias da Petrobras. O caso começou a ser analisado na último dia 18 pelo plenário virtual da Corte, mas, depois de um pedido do destaque do ministro Gilmar Mendes, foi retirado o julgamento virtual no último dia 21 (segunda-feira). Agora, a discussão começará do zero e se dará em sessão plenária da Corte a ser transmitida ao vivo pela TV Justiça.

Os ministros irão julgar um pedido das Mesas do Congresso Nacional, Senado e Câmara para impedir a venda das refinarias da Petrobras na Bahia e no Paraná. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), consideram que a companhia burlou a legislação ao transformar essas empresas em subsidiárias para repassar os ativos à iniciativa privada sem aval do Legislativo. Antes da retirada do plenário virtual, havia três votos contrários ao governo. Os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello seguiram o voto do relator, Edson Fachin.

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A venda de refinarias é parte do plano de desinvestimentos da Petrobras, anunciado em 2016, por meio do qual a companhia informou que iria focar sua atuação nas atividades de exploração de petróleo e gás em águas profundas. Utilizando-se da Lei das Estatais (Lei 13.303/2016) e de um entendimento anterior do próprio Supremo, que deu aval prévio à venda de subsidiárias pela empresa-mãe sem que seja necessário autorização do Congresso, a companhia deu início às tratativas para a venda dessas duas refinarias. O problema é que, tecnicamente, elas não seriam subsidiárias separadas - como a transportadora TAG e a BR Distribuidora, já privatizadas - e, sim, ativos da holding Petrobras.

Para o Congresso, a companhia não poderia ter transferido as refinarias para novas empresas criadas apenas para serem vendidas ao setor privado. Isso seria uma infração à Lei do Petróleo para driblar outra lei, a que criou o Plano Nacional de Desestatização, que veda a privatização de estatais que exploram e refinam petróleo.

Na terça-feira, um dia depois da retirada do caso do plenário virtual, Senado e Câmara reforçaram o pedido ao Supremo para que suspenda a venda de refinarias pela Petrobras.

Os Ministérios da Economia e de Minas e Energia já disseram que a venda de refinarias está alinhada às diretrizes e objetivos estratégicos da Petrobras. As pastas avaliam também que essa medida da estatal promove a livre concorrência no setor e preserva os interesses do consumidor.

A negociação da refinarias envolve valores entre R$ 63,6 bilhões a R$ 83,6 bilhões, pelas contas da XP Investimentos, que divulgou relatório sobre o desinvestimento da estatal no início deste mês. Esse é o valor total que pode ser levantado pela petrolífera caso consiga levar adiante o plano de se desfazer de metade do seu campo de refino.

A Petrobras cortou em 5% o preço do diesel comum e em 4% o preço da gasolina nas refinarias. Os novos valores, anunciados ontem (28) pela estatal, passaram a valer hoje (29).

Os preços do diesel S500 para térmicas e do diesel marítimo caíram 5,1%. Já o diesel S10 para térmicas teve redução de 5,2% no seu valor.

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A queda foi decidida em um cenário de desvalorização do petróleo no mercado mundial. Os contratos do petróleo Brent para abril estavam cotados a US$ 50,52 no fechamento do mercado ontem. Esse valor representa uma queda de 13,64% em uma semana.

O petróleo Brent é um tipo extraído principalmente do Mar do Norte e cotado na Bolsa de Valores de Londres. Ele é a referência no cálculo do valor de cerca de dois terços do petróleo mundial.

A desvalorização é influenciada pelo avanço dos casos de coronavírus pelo mundo, o que gera no mercado o receio de uma eventual desaceleração da economia mundial e, consequentemente, de uma menor demanda por combustíveis.

Por meio de suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro destacou hoje a decisão da estatal brasileira. "Este ano, a Petrobras reduziu quatro vezes o valor dos combustíveis nas refinarias e este é o quinto anúncio. Seguimos fazendo nossa parte e trabalhando para melhorar a vida dos brasileiros", disse ele.

Preços nos postos

Apesar dos novos valores praticados nas refinarias, não há impacto imediato no preço final pago pelo consumidor nos postos de combustíveis. A variação, nesse caso, depende ainda de outros fatos como o consumo dos estoques armazenados, impostos, margens de revenda e percentual da mistura dos biocombustíveis.

Em virtude do feriado de carnaval, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) irá divulgar o novo Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis somente na próxima terça-feira (3).

Serão apresentados os resultados do período entre 23 e 29 de fevereiro, o que ainda não deverá mostrar reflexos da decisão da Petrobras.

A Petrobras faz a divulgação de oportunidades de venda (teasers) de oito refinarias e ativos de logística associada, em duas etapas. Conforme comunicado, essas unidades representam 50% da capacidade de refino nacional, com 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado.

Serão vendidas integralmente a Refinaria Abreu e Lima (RNEST, Pernambuco), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX, no Paraná), a Refinaria Landulpho Alves (RLAM, Bahia), a Refinaria Gabriel Passos (REGAP, MG), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR, Paraná), Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP, Rio Grande do Sul), Refinaria Isaac Sabbá (REMAN, AM) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) e os ativos logísticos integrados.

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A venda se dará por processos competitivos independentes, em duas fases. A primeira, com o início dos teasers hoje, inclui as refinarias RNEST, RLAM, REPAR e REFAP. Na segunda fase, ainda sem data, mas prevista para este ano, estão REGAP, REMAN, SIX e Lubnor.

A Petrobras espera concluir a venda de oito refinarias de petróleo e da infraestrutura logística associada a elas em 2021. À medida que as negociações avançarem, as unidades vão ser transformadas em empresas independentes, que poderão contratar os empregados da estatal. Esse detalhamento de como acontecerá a privatização faz parte de um comunicado da diretora de Refino e Gás, Anelise Lara, aos funcionários, ao qual o 'Estadão/Broadcast' teve acesso.

No documento, a executiva afirma que, mesmo com a venda de oito refinarias - as usinas que transformam o óleo bruto em produtos como diesel, gasolina e querosene de aviação, por exemplo -, a Petrobras continuará dominando o setor, uma atividade considerada estratégica. A diferença é que os investimentos, após a venda dos ativos, serão focados nas unidades da Região Sudeste, onde estão localizados os grandes campos produtores de petróleo e gás natural, nas Bacias de Campos e Santos.

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A expectativa é que a divulgação oficial para o mercado das informações preliminares sobre cada um dos ativos de refino aconteça no fim do primeiro semestre deste ano. Ao longo do segundo semestre de 2019 e nos primeiros seis meses de 2020, prosseguirão as negociações. Passada essa fase, as refinarias que despertarem o interesse de compradores vão ser separadas do parque de refino estatal e serão transformadas em empresas independentes. A partir daí, será iniciada a fase de transferência da operação, até que a venda seja concluída, o que deve acontecer em 2021.

Aos empregados das refinarias, a diretora informou que a empresa oferecerá um "cardápio de opções", que inclui o programa de desligamento voluntário (PDV) já em curso e a realocação interna, se houver interesse da companhia. Ainda deve ser oferecido um plano de desligamento via acordo e a possibilidade de os funcionários migrarem para a empresa que vai ser criada.

Após a conclusão da venda, será iniciado um período de transição, cuja duração vai ser negociada com os compradores. Durante esse período, os empregados continuarão a trabalhar na refinaria como parte da equipe da Petrobras. Nesse momento, o comprador poderá convidar alguns dos profissionais a fazer parte da nova empresa. Caberá ao funcionário decidir se vai aceitar ou se prefere continuar na estatal. Mas a Petrobras também terá a opção de escolher com quais empregados quer ficar. "As refinarias que serão mantidas vão implantar, de modo intensivo, novas tecnologias de transformação digital, incluindo a geração de produtos mais sustentáveis e de alto valor agregado", acrescentou a diretora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A greve dos caminhoneiros colocou em xeque a política de preços da Petrobrás e levou a estatal a congelar o valor cobrado pelo diesel nas refinarias, mas os reajustes diários da gasolina seguem a todo vapor. Ontem, o litro da gasolina tipo A passou a R$ 2,0113 nas refinarias da Petrobrás, alta de 2,2% em relação aos preços de quinta e Sexta-feira.

Foi a segunda elevação seguida na gasolina, depois de cinco quedas. Ao longo da semana em que os protestos dos caminhoneiros pararam estradas em diversos pontos do País, o combustível acumulou redução de 6,4%. Com as elevações da última quinta-feira até ontem, a alta acumulada ficou em 3%.

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Em outubro de 2016, cinco meses após a chegada do ex-presidente Pedro Parente à Petrobrás, a estatal anunciou mudanças em sua política de preços. Um comitê de executivos foi formado apenas para definir valores, que passaram a ser alinhados aos preços internacionais, incluindo a variação cambial.

A primeira decisão do comitê foi por baixar os preços nas refinarias, já que, desde o início de 2016, a cotação do barril de petróleo vinha em queda.

Até outubro daquele ano, enquanto o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff provocava a mudança do governo federal, a Petrobrás manteve seus preços, aproveitando para engordar o caixa. Só que a redução dos preços lá fora incentivou distribuidoras privadas a importar combustíveis, já que a Petrobrás, única produtora nacional de derivados, comanda os preços domésticos. A estatal reduziu os preços para não perder mercado.

Em julho de 2017, a Petrobrás introduziu os reajustes diários. A lógica da política ficou mantida, conforme o anunciado em outubro de 2016, mas a estatal passou a anunciar o valor nas refinarias a cada dia.

Não é possível saber se os movimentos recentes na gasolina chegaram ao consumidor nos postos, pois a Agência Nacional de Petróleo (ANP) ainda não publicou em seu site o levantamento de preços referente à semana iniciada na última segunda-feira, dia 28. Na semana até o sábado, dia 26, o litro da gasolina nos postos custava R$ 4,435 na média nacional.

A diferença em relação aos valores cobrados pela Petrobrás nas refinarias se deve aos impostos e às margens de distribuição. Segundo a própria estatal, o preço na refinaria responde por 33% do valor na bomba. Tributos federais são 15%, enquanto o ICMS, imposto estadual, pesa 28%, na média nacional. O etanol adicionado à mistura da gasolina responde por 12%, enquanto os outros 12% se referem às margens de distribuição e revenda desse produto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nota enviada anteriormente contém uma incorreção no título. Segue o texto corrigido:

A Petrobras informou que todas as suas unidades estão em operação e que busca apoio das autoridades para que sejam tomadas medidas que garantam a circulação nas refinarias onde há bloqueio nas vias de acesso.

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"A partir das refinarias, os combustíveis seguem para as distribuidoras, que estão gradativamente retomando o abastecimento, priorizando os serviços essenciais. O apoio recebido das forças de segurança tem se configurado essencial para o esforço necessário neste momento", informou a empresa em resposta à Agência Estado sobre a presença do Exército e da polícia em suas unidades produtivas.

Então vamos aos registros recentes em prazos curtos de menos de dez dias. A Petrobras promoveu o aumento de 0,95% para o preço do diesel e elevou em 1,80% o preço de gasolina comercializados nas refinarias. Segundo a empresa, o preço do diesel A nas refinarias passará de R$ 2,3082, hoje, para R$ 2,3302 o que significa uma alta de 0,95%. Já o preço da gasolina A nas refinarias passará de R$ 2,0046 para R$ 2,0407 o litro, no mesmo período, o que representa um aumento de 1,80%. Anote isso pois este é o 4º reajuste já anunciado nesta semana. Na véspera, a companhia elevou em 1,82% o preço da gasolina, e subiu 1,76% o preço do diesel, nas refinarias. A escalada nos preços acontece em meio à disparada nos preços internacionais do petróleo. Nesta quinta, o barril de petróleo Brent superou US$ 80 pela 1ª vez desde novembro de 2014. Em março, a petrolífera mudou sua forma de informar os reajustes, e passou a anunciar os preços do litro da gasolina e do diesel vendidos pela companhia nas refinarias - e não mais os percentuais. Registremos também que a Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente. A decisão de repassar o aumento do valor do combustível cobrado pela Petrobras para o consumidor final é dos postos de combustível. Afora isso, alta na tarifa de energia elétrica, e todos os serviços básicos para a população. O que mais impacta é que a sociedade está inerte, calada, e parece ser conivente em tudo de ruim que está acontecendo neste país.

Números preocupantes

A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui os desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais e aqueles que desistiram de buscar emprego, bateu recorde no primeiro trimestre, chegando a 24,7%, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Alarmante

Ao todo, são 27,7 milhões de pessoas nessas condições – maior contingente desde o início da série histórica, em 2012. Destes, 13,7 milhões procuraram emprego, mas não encontraram. O restante são subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, pessoas que gostariam de trabalhar mas não procuraram emprego ou não estavam disponíveis para trabalhar.

Números

No trimestre, a taxa de desemprego foi de 13,1%, crescimento de 1,3 ponto percentual ante o trimestre anterior, frustrando expectativas de recuperação sustentável do mercado de trabalho.

Foro privilegiado

Membro da Comissão Especial da Câmara que discute o foro privilegiado, o deputado Tadeu Alencar (PSB) apresentou requerimento para que sejam ouvidos representantes da sociedade civil cuja atuação não seja apenas restrita à área jurídica. Ele indicou a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a ONG Transparência Brasil para que sejam convidadas a participarem das audiências sobre o tema.

Projeto de Divisão de pobreza passa na Câmara dos deputados

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16), por 337 votos a 36 e 2 abstenções, o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 137/15, que regulamenta a criação de municípios no Brasil.

Votação

A votação do mérito ficará para outro dia devido ao esvaziamento do quórum. Para ser aprovado, um texto de projeto de lei complementar precisa do apoio de 257 deputados.

Urgência

O requerimento de urgência foi apresentado pela deputada Marinha Raupp (PMDB-RO). A urgência foi votada no painel a pedido do líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ). Ele disse que a medida foi incluída em pauta sem a devida análise do Colégio de Líderes. “Não podemos vender ilusões de que mais de 400 municípios novos possam resolver os problemas reais de falta de recursos, de falta de saneamento”, disse.

Finanças públicas

A aprovação da urgência, no entanto, teve grande apoio dos parlamentares. Alguns deputados chegaram a pedir que a votação do mérito fosse realizada nesta quarta-feira, mas não houve consenso. Para o deputado Edmar Arruda (PSD-PR), alguns dos municípios criados não teriam autonomia financeira. “Precisamos enxugar o estado”, disse.

Outra fala

Já o deputado Weverton Rocha (PDT-MA) disse que não haverá novos custos a partir do projeto. "Esta nova regra não onera a União, ela é dura, ela é rígida, não vai haver farra de criação de municípios. Há plebiscito para os dois lados – o que vai deixar de ter o distrito e a população que vai criar o novo município – além de estudos", afirmou.

A Petrobras anunciou nesta sexta (20), no Rio de Janeiro, a elevação no preço da gasolina e do diesel nas refinarias. A partir de amanhã (21), a gasolina passará de R$ 1,7199 para R$ 1,7391. O diesel vai subir de R$ 1,9822 para R$ 2,0045.

A gasolina e o diesel comercializados para as distribuidoras nas refinarias são do tipo A. Os produtos vendidos ao consumidor final, nas bombas dos postos, são uma composição que mistura esses combustíveis do tipo A com biocombustíveis. Os preços médios divulgados pela Petrobras para as refinarias também não contabilizam a incidência de tributos.

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O reajuste não necessariamente chegará ao consumidor final porque o preço nas refinarias não é o único fator determinante do preço final, uma vez que distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis têm liberdade de preço no mercado de combustíveis.

Na nota que anuncia o reajuste, a Petrobras explica que os preços para a gasolina e o diesel têm como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais desses produtos, mais os custos que importadores teriam.

"A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos", diz o texto.

A Petrobrás anunciou na segunda-feira (17) a venda de sua refinaria localizada na ilha de Okinawa, no Japão, para a Taiyo Oil Company, por US$ 129,2 milhões. A estatal comprou 87,5% da refinaria em 2008, pelo equivalente a cerca de US$ 72 milhões - depois, compraria a fatia restante -, com o argumento de que a usaria como base de sua expansão na Ásia. Mas o projeto nunca foi levado adiante e, atualmente, a unidade está com as operações paralisadas desde o ano passado.

A compra da refinaria gerou polêmicas. Em um dos depoimentos da sua delação premiada na Operação Lava Jato, o ex-senador Delcídio Amaral afirmou que o negócio "seguiu o mesmo 'modelo' do adotado para a refinaria de Pasadena (nos Estados Unidos), gerando propinas para funcionários do alto escalão da Petrobrás".

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A estatal já fala em vender sua unidade japonesa pelo menos desde 2011, quando decidiu congelar os planos de investimento na refinaria. A negociação atual, que foi aprovada pelo conselho de administração da empresa, prevê que o valor de venda será pago integralmente no fechamento da operação, previsto para dezembro.

A refinaria Nansei Seikyu (NSS) é detida integralmente pela Petrobrás International Braspetro, possui uma refinaria com capacidade de processamento de 100 mil barris por dia de petróleo, 36 tanques que armazenam 9,5 milhões de barris de petróleo e derivados, além de três píeres para carga e descarga de navios e uma monoboia - equipamento que permite a ancoragem de navios em alto mar. De acordo com a Petrobrás, a NSS, por meio da prestação de serviços de terminal, atende a cerca de 50% do mercado de Okinawa.

A venda integra o plano de venda de ativos da Petrobrás, que chega a mais de US$ 15 bilhões no período 2015-2016. Para 2017 e 2018, a meta é ainda mais ambiciosa, de US$ 19,5 bilhões em desinvestimentos. Essas negociações são uma forma de abater parte de sua enorme dívida - que somou em termos líquidos R$ 332,39 bilhões em 30 de junho, a maior de uma petroleira no mundo.

A Taiyo, que comprou a refinaria de Okinawa, é uma empresa japonesa de capital fechado, de importação, exportação, refino e venda de produtos petrolíferos, com sede em Tóquio. Possui uma refinaria e oito terminais de petróleo e derivados no Japão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Conforme o governo da China se torna mais rígido em padrões ambientais para o setor de refino de petróleo doméstico, muitas refinarias independentes menores não serão capazes de fazer melhorias em suas instalações para atingir os níveis exigidos.

Com isso, essas refinarias falirão ou serão compradas por outras maiores, avalia Nelson Wang, economista do banco de investimento CLSA, que espera uma onda de consolidação entre as refinarias independentes no futuro próximo no país.

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Wang também acredita que as refinarias maiores poderiam ser absorvidas pelas companhias estatais. "Contanto que não seja uma aquisição hostil, o governo não deve apresentar objeções a isso", avalia ele. Fonte: Dow Jones Newswires.

O aumento no estoque de petróleo da China continua a ocorrer neste ano, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). A entidade diz que o país aumenta sua reserva estratégica da commodity, algo que tem sido um fator crucial para a demanda forte pelo petróleo nos mercados internacionais.

A AIE disse também que o aumento de 5 milhões de barris no estoque flutuante global, agora em 94 milhões de barris, ocorre em grande medida graças a navios-tanque que esperam para descarregar em Qingdao, na China, o petróleo destinado a refinarias independentes chinesas.

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Ainda segundo a AIE, as compras chinesas de petróleo do Irã diminuíram em maio, para cerca de 640 mil barris por dia, após baterem em abril o recorde de quase 900 mil barris por dia. O Japão comprou cerca de 250 mil barris por dia do Irã em maio, uma alta mensal de 75 mil barris por dia. No caso da Índia, as compras de petróleo iraniano diminuíram 25 mil barris por dia, para 330 mil barris por dia. A Coreia do Sul teve os maiores ganhos, com as compras quadruplicando para 255 mil barris por dia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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