Tópicos | reforma administrativa

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou, no período da tarde desta terça-feira, 12, a importância de se avançar com a PEC da reforma administrativa. Classificando a aprovação da PEC 32 como "o último pilar das reformas que o Brasil precisava fazer", Lira avaliou que a reforma é um dos caminhos para garantir mais espaço no Orçamento.

Em defesa da PEC 32, Lira afirmou, durante evento promovido pela Febraban, que o texto, que ainda pode ser modificado, não mexe em direitos adquiridos de quem está hoje no serviço público. "Essa vendeta de que nós estamos a terceirizar, a acabar, exterminar o serviço público no Brasil não é verdade", disse.

##RECOMENDA##

Segundo o presidente da Câmara, a reforma é um "convite à transformação" e é preciso vender essa ideia para a população. "Ao analisarmos as diversas nuances da PEC, vemos que ela vai muito além de ajustes técnicos, ela delineia uma visão de administração pública que prima pela eficiência operacional e também pela qualidade dos serviços oferecidos à população".

A flexibilização das contratações e o estímulo ao governo digital foram citadas por Lira como exemplos que podem trazer modernização para a máquina pública. O presidente da Câmara também afirmou que a matéria vem sendo discutida e ponderada "com muita atenção e responsabilidade".

Reforma tributária

Sobre a reforma tributária, que o líder prevê que pode ser concluída ainda nas próximas duas semanas, ele afirmou que líderes estão reunidos nesta tarde na Residência Oficial para debater o texto.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse anteontem que deve encaminhar à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) uma reforma administrativa com redução de 5 mil cargos em comissão, com possibilidade de chegar a 10 mil cargos a menos.

O governador afirmou, durante o ExpertXP, que recursos privados são necessários para o Estado. "Temos limitação de ordem fiscal muito severa. Não tem outra opção se quisermos impulsionar investimentos. Temos de buscar investimentos privados", disse.

##RECOMENDA##

Tarcísio afirmou ainda que o programa estadual de parcerias e investimentos mira a expansão do metrô para a região metropolitana, das linhas da CPTM, bem como a privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mostrando-se satisfeito com os resultados da Câmara e do Executivo nas votações do arcabouço fiscal e da reforma tributária em segundo turno, o presidente da Casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que um dos próximos passos agora é aprovar a reforma administrativa.

"Vamos tratar da reforma administrativa, ela está pronta", disse Lira durante almoço oferecido nesta segunda-feira, 24, em São Paulo pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em ele assunto foi a reforma tributária.

##RECOMENDA##

O presidente da Câmara foi bastante aplaudido ao falar que a Casa dará andamento na reforma administrativa e em sequência ganhou o apoio público do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidnei, que colocou a entidade à disposição para ajudar a sensibilizar os parlamentares da necessidade de se aprovar a reforma administrativa.

"Quando falo da reforma administrativa, é porque, de todas as reformas estruturantes, é a única que falta. A reforma administrativa que está pronta, com alguns ajustes que podem ser feitos no plenário, não tira direito adquirido de ninguém" insistiu o deputado.

De acordo com Lira, a proposta de reformulação da administração pública tem um corte para trás e não prejudicará quem já tem seus direitos adquiridos.

"Com muita transparência e de maneira institucional, esse assunto precisa ser discutido porque vai gerar piso de despesa, vai ter diminuição de custos a longo prazo, com programação para qualquer governo", descreveu Lira.

Para o parlamentar, a reforma administrativa é uma matéria que está pronta para plenário e que precisa só se construir narrativas e apoios importantes para que seja levada com êxito ao plenário.

"A reforma administrativa não rouba, não prejudica. Ela é necessária porque é o povo que paga os custos administrativos", disse.

Por essas razões Lira disse ser importante que todos se mobilizem para que seja feita uma discussão como a que foi feita agora na reforma tributária e que parecia improvável.

"Com a mesma ajuda, a gente pede que a administrativa possa ser discutida com imparcialidade. É uma PEC, precisa de apoio de todo mundo. vamos lutar para que isso aconteça naturalmente", disse o presidente da Câmara ponderando que ainda não há cronograma para a aprovação da reforma administrativa.

Após o atual governo se comprometer a pedir a retirada da proposta de reforma administrativa que a gestão anterior enviou ao Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (6), que está sempre disposto a combater privilégios no serviço público.

"Sempre estamos dispostos a cortar privilégios, mas precisamos de mais apoio. Quanto mais transparência tivermos sobre os privilégios que existem, mais fácil será a nossa tarefa de convencer o Congresso a cortar. O governo não paga porque quer, paga porque uma lei exige", afirmou, em entrevista à BandNews.

##RECOMENDA##

Ele ponderou, no entanto, que esses eventuais abusos são muito menores do que os privilégios tributários concedidos a grandes empresas - que estão na mira da equipe econômica. "Abusos também acontecem, mas é um pingo no oceano perto do gasto tributário que algumas pouquíssimas empresas conseguiram no Congresso", completou.

Para o ministro, se o governo e o Parlamento tiverem medo de enfrentar grandes interesses, o País vai continuar "patinando". "Se acabarmos com os privilégios de quem não precisa, sociedade terá ambiente econômico muito melhor. Não podemos continuar punido trabalhadores para privilegiar meia dúzia de tubarões", concluiu.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, sancionou, nesta quarta-feira (18), a Lei da Reforma Administrativa, permitindo ao novo governo a composição de uma nova estrutura. O texto foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em duas sessões, na última terça-feira, com os votos favoráveis de 39 deputados estaduais. A lei estadual n° 18.139, de 18 de janeiro de 2023, faz alterações na estrutura governamental para atender áreas estratégicas da administração estadual, como Recursos Hídricos, Saneamento, Transformação Digital e Desenvolvimento Metropolitano.

“Sancionamos a nossa Reforma Administrativa que vai nos permitir colocar em prática os compromissos que temos para melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos. Aproveito para agradecer a Alepe, que entendeu a necessidade destas mudanças para o novo momento que Pernambuco começar a viver”, enfatizou a governadora Raquel Lyra. 

##RECOMENDA##

Entre os destaques da reforma está a valorização dos professores e servidores da rede pública estadual de ensino, com o aumento em 43% a gratificação das funções técnico-pedagógicos das escolas. O teto das gratificações passa de R$ 2,1 mil para R$ 3 mil. A partir de agora, o detalhamento desses benefícios será normatizado via decreto, seguindo critérios de acordo com os cargos exercidos e o porte da escola. Na prática, a mudança irá beneficiar 3.681 servidores efetivos da educação estadual.

A Lei também tem foco em outras áreas estratégicas para o desenvolvimento do estado, como Mobilidade, Recursos Hídricos e Saneamento, Defesa Civil, Desenvolvimento Regional e Metropolitano e Transformação Digital. A partir de agora, a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos terá uma pasta designada para priorização de cada tema. O texto da reforma ainda contempla a criação da Secretaria Executiva de Transparência e Controle e a Diretoria de Transparência e Participação Cidadã, ambas na Secretaria da Controladoria-Geral do Estado de Pernambuco (SCGE). Os dois órgãos irão assegurar o compromisso de fortalecer a confiança do cidadão pernambucano na gestão pública, garantindo a criação de ferramentas e soluções que fortaleçam o acesso às informações da administração estadual.

Com foco em um programa mais articulado de prevenção aos desastres, a Defesa Civil será transferida da Casa Militar para a Secretaria de Defesa Social. O reforço nas estratégias de desenvolvimento regional e metropolitano será efetivado por meio da Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional. A nova Secretaria de Comunicação substituirá a de Imprensa, e irá executar as políticas de transformação digital do governo. O novo organograma ainda prevê que a política de prevenção às drogas seja vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas.

De acordo com a proposta aprovada pela Alepe, o ajuste no quadro de servidores é de 2,1%, sendo o impacto de R$ 25 milhões. Segundo a gestão, o gasto a mais será absorvido pela economia de R$ 150 milhões, já em execução, comandada pela Secretaria da Fazenda através do Plano de Qualidade do Gasto Público.

*Da assessoria de imprensa

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) comemorou a aprovação da Reforma Administrativa na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Em meio a polêmicas, a matéria foi aprovada, nesta terça-feira (17), contou com apenas três votos contrários dos deputados João Paulo (PT), José Queiroz (PDT), Jô Cavalcanti (Juntas). 

Em suas redes sociais, a governadora disse que a aprovação da Reforma "cria as condições necessárias" para implementar os principais projetos da sua gestão, dentre os quais: o combate à fome, segurança pública e melhoria do abastecimento de água. "Vamos em frente, que a gente tem pressa e o trabalho tá só começando", assegurou a gestora.

##RECOMENDA##

[@#video#@] 

Além dos auxílios aprovados para os deputados pernambucanos, nesta terça-feira (17), a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou também a reforma administrativa prevista da resolução nº 3841/2023, proposta pela governadora Raquel Lyra (PSDB). O texto, que gerou debates desde a posse da gestora, teve voto favorável de quase toda a Casa, com exceção dos deputados José Queiroz (PDT), Jô Cavalcanti (Juntas) e João Paulo (PT). 

A sessão extraordinária foi virtual e transmitida no YouTube oficial da Alepe. Nos comentários, espectadores expressaram descontentamento com a falta de diálogo acerca da apresentação da resolução. A mesma queixa foi apresentada pelos deputados que votaram de forma contrária. Ao todo, 49 legisladores compõem a Alepe, mas a maioria não participou da reunião. 

##RECOMENDA##

"Estamos decidindo o destino do estado por quatro anos. Tem uma preliminar: para qualquer governo que se propõe a fazer uma reforma, nada menos comum ter uma equipe de governo que vai dialogar com os deputados, explicar a proposta, argumentar suas medidas. Não fui procurado por secretários ou pela vice-governadora para justificar as medidas implementadas e que justificariam uma mudança. Tentei incluir três emendas para contribuir com o projeto, para responder às grandes dificuldades de Pernambuco”, argumentou João Paulo, durante discussão da matéria. 

O projeto de lei foi analisado pelas Comissões de Justiça, Finanças e Administração Pública. Três emendas apresentadas por João Paulo foram rejeitadas. O petista pediu a inclusão do nome "trabalho" na Secretaria de Desenvolvimento e Empreendedorismo. "Colocar de forma expressa e taxativa o trabalho - e o trabalhador - é lembrar aos neoliberais de plantão que esta deve ser a razão principal das políticas da secretaria", argumentou o petista.  

O parlamentar propôs também que Fernando de Noronha continue vinculada à governadoria e não à Secretaria de Meio Ambiente, como aponta a reforma. "Entendemos que a gestão da ilha é complexa e precisa atender de forma ampla às necessidades da população e dos turistas", justificou. 

O texto mantém em 27 o número de secretarias da gestão anterior, mas faz algumas alterações na estrutura. A Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos é desmembrada, passa a ser duas secretarias: Mobilidade e Infraestrutura e Recursos Hídricos e Saneamento, seguindo a promessa de campanha de priorizar o transporte público e o abastecimento d'água.  

A antiga pasta de Planejamento e Gestão inclui agora o Desenvolvimento Regional. Projetos Estratégicos, antes vinculado ao gabinete do governador, ganha oficialmente status de secretaria. A Secretaria de Política de Prevenção às Drogas se fundiu à de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude. 

A administração de Fernando de Noronha passa a compor a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, mas o arquipélago tem uma administradora, como já acontecia. A Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo substituiu a de Trabalho, Emprego e Qualificação.  

O PL cria a Secretaria Executiva de Transparência e Controle e a Diretoria de Transparência e Participação Cidadã, ambas ligadas à Controladoria-Geral do Estado. A ideia é assegurar o compromisso de fortalecer a confiança do cidadão na gestão pública, garantindo ferramentas que fortaleçam o acesso às informações do Estado. 

O texto também aponta mudanças na Defesa Civil, que sai da Casa Militar para a Secretaria de Defesa Social. A nova Secretaria de Comunicação – que substituirá à de Imprensa – também vai executar as políticas de transformação digital do governo através da criação de uma nova Secretaria Executiva.    

Assista à sessão na íntegra 

[@#video#@] 

 

Com a Reforma Administrativa enviada para a aprovação da Assembleia Legislativa, o Governo de Pernambuco pretende criar a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e Saneamento, que terá sob sua influência, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

A promessa é promover melhorias no tratamento e fornecimento de água, além de uma eficiente malha de esgotamento sanitário.

##RECOMENDA##

Enquanto no Brasil há o registro de 64,1% atendidos com rede de esgoto, em Pernambuco esse índice chega a 30,8%, de acordo com o Sistema Nacional de Informação sobre o Saneamento (2021). Segundo o Instituto Trata Brasil, municípios da Região Metropolitana do Recife aparecem entre os 20 piores no quesito saneamento entre as 100 maiores cidades do país.

“A escassez de fontes hídricas sempre foi um problema no nosso estado. A partir das obras de transferência de água do Rio São Francisco e das barragens que precisam ser concluídas ou que ainda iremos construir, haverá água suficiente. O desafio será fazer com que essa água efetivamente chegue nas residências das pessoas”, afirma José Almir Cirilo, o indicado para o cargo.

Ainda de acordo com Cirilo, o trabalho dos órgãos vinculados à secretaria também será fundamental.

“Cabe à Apac o planejamento dos recursos hídricos, a previsão de tempo e clima e a gestão dos múltiplos usos da água. E cabe à Compesa melhorar a prestação de serviços para a população, principalmente para quem mais precisa”, completa.

Da assessoria

A Reforma Administrativa do Governo de Pernambuco, que está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desde a última sexta-feira (6), pretende criar a Secretaria Executiva de Transparência e Controle e a Diretoria de Transparência e Participação Cidadã, ambas na Secretaria da Controladoria-Geral do Estado de Pernambuco (SCGE). 

As unidades do órgão irão assegurar o compromisso de fortalecer a confiança do cidadão pernambucano na gestão pública, garantindo a criação de ferramentas e soluções que fortaleçam o acesso às informações da administração estadual.

##RECOMENDA##

A proposta da Reforma também prevê a criação de mais 168 vagas de cargos comissionados, além das 2.585 existentes, e aumento de salários para os trabalhadores. E já que houve a exoneração de todos os cargos de comissão, o atual governo pretende ocupar os 2,7 mil cargos, além de fixar em R$ 18 mil os vencimentos para os 27 secretários do governo. 

Segundo a controladora geral do Estado, Érika Lacet, as estruturas propostas permitem uma articulação estratégica e uma coordenação de diversas ações de controle interno da Controladoria. “Promovendo o monitoramento, a normatização e a orientação dos gestores públicos sobre as melhores práticas de transparência pública. Já estão em estudo ações estruturadoras que serão postas em prática, tais como o monitoramento contínuo dos requisitos legais e dos rankings de transparência, o fomento do uso das ferramentas pelos cidadãos e provedores de dados, a avaliação dos serviços públicos e a realização de parcerias e eventos com a sociedade civil organizada”.

A proposta de criação de novas secretarias executivas visa otimizar os trabalhos da gestão estadual em áreas estratégicas para o desenvolvimento do Estado, como Transparência, Desenvolvimento Metropolitano, Saneamento, Recursos Hídricos e Transformação Digital, por exemplo. Além disso, o texto ainda propõe o aumento de 43% no valor da gratificação das funções técnico-pedagógicas da rede pública estadual de ensino. Para tal, há um ajuste de 2,1% no quadro total, com custo anual de R$ 25 milhões, que serão absorvidos sem impacto fiscal em reflexo da economia de R$ 150 milhões já anunciada pela Secretaria da Fazenda a partir do Plano de Qualidade do Gasto Público. 

O ranking divulgado no início do ano pelo Núcleo de Estudos da Transparência Administrativa e da Comunicação de Interesse Público (Netacip), da Universidade de São Paulo (USP), Pernambuco está em 17° lugar no que se refere ao grau de transparência administrativa do Portal da Transparência entre todos os estados brasileiros. “O incremento à transparência pública irá fortalecer a percepção de um governo mais transparente e democrático, visto que a abertura de informações por parte do governo aproxima os cidadãos pernambucanos das ações governamentais”, finaliza Lacet.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) subiu o tom, nesta quarta-feira (11), ao responder às críticas que sua gestão vem recebendo desde os primeiros dias que tomou posse. A reforma administrativa proposta por ela, através da PL 3841, vem sendo ataca por parlamentares pernambucanos. Nas suas redes sociais, a nova governadora disse que "mudança incomoda". 

Na semana passada, a demissão em massa de cargos comissionados gerou muitos ataques à tucana e a crítica neste momento envolve a proposta de reforma administrativa que a gestora apresentou à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O texto prevê um aumento de cargos comissionadosNa gestão do ex-governador Paulo Câmara o número de comissionados era de 2.612 e Raquel quer ampliar para 2.780.

##RECOMENDA##

Raquel afirmou, sem citar nomes, ser "mais confortável ficar como está". Dando sinais de que não voltará atrás em sua decisão de ampliar o número de cargos comissionados no seu governo, ela mandou um recado aos opositores: "A mudança incomoda. É mais confortável para alguns que tudo fique como está. Mas pra maioria das pessoas, não dá mais pra Pernambuco seguir do mesmo jeito. É por isso que vamos seguir em frente, fazendo as reformas e os ajustes necessários para que o Governo chegue na vida das pernambucanas e dos pernambucanos que mais precisam".

[@#video#@]

A mensagem ocorre após o deputado estadual pelo PT, João Paulo comentar que a reforma proposta pela governadora não apresenta "indício de melhoria nas condições de trabalho"“Ao mesmo tempo que aumenta os cargos comissionados e as gratificações, não olha para o conjunto dos servidores. Nenhum indício de melhoria nas condições de trabalho, concurso público ou do piso da enfermagem”, escreveu o petista. 

O acréscimo do número de comissionados também gera mais gastos para o Executivo. O valor total por ano passará a ser de 160 milhões. Para o seu secretariado composto por 27 pessoas, ela sugeriu que o novo valor da remuneração seja fixada em 18 mil.

A tucana já havia se reunido com os deputados estaduais na última sexta-feira (6) para tratar sobre o mandato e falar sobre a reforma, mas agora terá que lidar com as repercussões da matéria até que seja votada. 

O deputado estadual João Paulo (PT) voltou a fazer críticas públicas à proposta de reforma administrativa (PL 3841) do Governo Raquel Lyra (PSDB). O plano foi enviado para apreciação dos parlamentares da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta semana e, desde então, tem rendido debate acerca das exonerações e do maior número de cargos comissionados que deverão surgir com a aprovação da reforma. 

Em seus comentários, João disse que, na prática, a proposta oferece pouca diferença em comparação ao Governo Paulo Câmara, do PSB, que foi principal alvo de oposição da atual governadora. “Ao mesmo tempo que aumenta os cargos comissionados e as gratificações, não olha para o conjunto dos servidores. Nenhum indício de melhoria nas condições de trabalho, concurso público ou do piso da enfermagem”, escreveu o petista. 

##RECOMENDA##

A proposta de reforma administrativa prevê o preenchimento de 2,7 mil vagas de cargos comissionados e aumento de salários para esses trabalhadores. Também fixa em R$ 18 mil os vencimentos para os 27 secretários. 

Entre as mudanças estruturais, se destacam transições como a da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação, que será agora Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo, e também a criação da Secretarias de Mobilidade e Infraestrutura, para a qual se deslocam órgãos como o Detran-PE, o Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife (CTM) e a Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI). 

Sobre essas mudanças, comentou João Paulo: “Pernambuco não terá mais a Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação. Agora será Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo. A troca de trabalho por empreendedorismo parece boba, mas mostra o perfil neoliberal – que retira direitos e precariza relações”. 

Confira o posicionamento na íntegra 

“Curiosamente depois de severas críticas à gestão Paulo Câmara, o projeto de reforma administrativa apresentado pela governadora Raquel Lyra não propõe grande mudança estrutural. 

Ao mesmo tempo que aumenta os cargos comissionados e as gratificações, não olha para o conjunto dos servidores. Nenhum indício de melhoria nas condições de trabalho, concurso público ou do piso da enfermagem. 

Pernambuco não terá mais a Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação. Agora será Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo. A troca de trabalho por empreendedorismo parece boba, mas mostra o perfil neoliberal – que retira direitos e precariza relações. 

Outro ponto: enquanto o governo Lula fortalece a política de redução de danos e a luta antimanicomial, a governadora Raquel extingue a Secretaria de Prevenção às Drogas - que será absorvida pela de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude. Um retrocesso. 

Fernando de Noronha passa integrar a Secretaria de Meio Ambiente. E deixa de estar ligada à governadoria, como determina a Lei 11.304/95. Sem minimizar a importância de preservar nosso patrimônio natural, Noronha precisa ser vista de forma ampla - incluindo saúde, educação etc. 

A boa notícia ficou para a criação da Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento - separada de Infraestrutura -, o que sugere o cumprimento da promessa de campanha de garantir o abastecimento de água para população. 

Nossa intenção vai além da crítica, queremos contribuir e pautar temas importantes para população. Continuaremos estudando a proposta e trabalhando para contribuir com o melhor para Pernambuco.” 

[@#video#@] 

LeiaJá também 

- - ‘Raquel Lyra altera decreto sobre exonerações em PE’ 

- ‘João Paulo critica demissões e fala de impacto no Carnaval’ 

 

Em entrevista concedida à Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou não ter dúvidas de que o governo federal dará andamento à reforma administrativa após as eleições de outubro.

"Não tenho dúvida que nós iremos fazê-la (a reforma administrativa) depois das eleições, é um debate importante, nós temos que voltar", afirmou ele, em conversa com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, à qual o Broadcast teve acesso.

##RECOMENDA##

Segundo Nogueira, o processo eleitoral deste ano foi "muito antecipado", o que travou as discussões das reformas tributária e administrativa no Legislativo. Ele acredita que após o pleito as discussões andarão e que projetos que visem uma gestão pública mais eficiente sairão vencedores em outubro, com base nos resultados das eleições municipais de 2020.

O ministro da Casa Civil afirmou ainda que esteve nesta semana com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pedir prioridade da Casa à reforma tributária. "Eu espero que o mais rapidamente possível o Congresso, no que diz respeito ao Senado, vote a reforma tributária", disse ele, sem especificar a qual das propostas tributárias pediu prioridade.

Nogueira pontuou que o atual Congresso é "o mais reformista da nossa história", mas que oportunidades de aprovação mais rápida de reformas estruturantes foram perdidas. Ele acredita, entretanto, que o governo conseguirá aprovar os principais projetos. "Nós iremos implementar essas reformas que são importantes para atrair investimentos, atrair confiança internacional."

Marco das garantias

Na entrevista, Nogueira afirmou também que o governo vai priorizar o marco legal das garantias, visto com bons olhos pelo setor financeiro. O projeto, apresentado pelo governo federal, prevê mudanças nas regras para o uso de ativos como imóveis como garantia em financiamentos, além de facilitar a recuperação de ativos dados como garantia.

"Eu acho que vamos priorizar, isso é fundamental, e não acho que exista muita divergência quanto a elevar o crédito às pessoas", disse Nogueira.

Sidney, da Febraban, disse que a aprovação do novo marco traria grandes contribuições ao crédito no País. "O sistema bancário brasileiro é o que menos recupera garantias no mundo, é o que mais tempo leva para recuperar uma garantia e o que mais custos tem para recuperar uma garantia. Isso impacta no custo do spread bancário (diferença entre o custo de captação e os juros dos empréstimos)", pontuou.

[@#galeria#@]

Servidores e diferentes entidades sindicais de Pernambuco se reuniram, na tarde desta terça-feira (7), no centro do Recife, para mais um ato em desfavor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, que pauta a reforma administrativa. O ato unificado ocorre mensalmente desde que a matéria ganhou passe positivo no Congresso Nacional. Tradicionalmente realizado todo dia 8, o protesto foi antecipado em função do feriado de Nossa Senhora da Conceição, que ocorre nesta quarta-feira (8).

##RECOMENDA##

A PEC da Reforma altera regras sobre servidores públicos e modifica a organização da Administração Pública direta e indireta de qualquer um dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A proposta altera 27 dispositivos da Constituição e introduz 87 novos, sendo quatro artigos inteiros. As principais medidas tratam de contratação, remuneração e desligamento de servidores públicos. Para os contrários à emenda constitucional, a Proposta representa um retrocesso dos direitos ao trabalho conquistados por servidores e homologados na Constituição Federal de 1988.

"O que mais incomoda [na PEC] é o que não está dito, e o que está dito já é muito ruim. Eles escondem o que está por trás. Coisas escritas dizendo que pode contratar pessoas de forma temporária, precária, durante 10 anos. Isso acaba com o concurso público. Significa, por exemplo, que um prefeito, um governador, pode colocar para dentro do serviço quem ele quiser, alguém que seja da confiança de quem 'manda'. Isso é retrocesso, é voltamos ao que acontecia nos anos 60 e 70, antes da Constituição. E pior, a PEC abre espaço para a privatização de terras indígenas; não no sentido da venda, mas do acesso à iniciativa privada. Ele [Bolsonaro] quer que as pessoas tenham acesso à educação, à saúde, através de voucher. Corremos o risco de sermos atendidos num hospital, na educação, através do voucher; e se o voucher for pequeno, a gente vai ter que tirar do próprio bolso", afirmou Paulo Rocha, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco e organizador do ato, ao LeiaJá.

A PEC segue a passos lentos no Congresso Nacional, já que o Governo ainda não conseguiu os 308 votos plenos necessários à aprovação. No entanto, há uma maioria parlamentar favorável à reforma. “Há uma frente parlamentar em Brasília que está de mãos dadas com a gente na luta pelo serviço público. Não é necessariamente a maioria. Grande parte dos deputados de Pernambuco são contra o povo, estão votando a favor da reforma administrativa. Inclusive, o presidente da comissão especial é daqui de Pernambuco e não diz um "ai" na defesa do serviço público. Infelizmente, a maior parte da bancada daqui e de outros estados, estão tendentes a votar com a reforma. Felizmente, nacionalmente, eles estão sem conseguir isso, porque para votar é qualificado, não pela maioria simples. Eles não estão conseguindo isso [os 308 votos]”, continuou Rocha. 

O presidente da Comissão Especial da reforma administrativa é o deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE). O colegiado foi definido em junho, para analisar a matéria, e é composto de 34 membros titulares e igual número de suplentes. Após ser analisado pela comissão especial, o texto ainda será votado em dois turnos no Plenário e, para ser aprovado, precisará do apoio, em cada um deles, de pelo menos 308 votos dos 513 deputados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que não vê mobilização nem do governo nem da sociedade para enfrentar o tema da reforma administrativa neste ano. Segundo ele, o texto está pronto para ir ao Plenário, mas o governo não demonstra interesse em votar a matéria. As afirmações foram feitas em entrevista nesta terça-feira (16) à CNN. Lira está em Lisboa participando do 9º Fórum Jurídico Brasileiro.

“O Congresso Nacional brasileiro foi o único do mundo que, no período de pandemia, votou matérias importantes. Há a necessidade de se completar o ciclo de reformas, como a administrativa e a tributária”, disse ele.

##RECOMENDA##

Em seguida, por meio de suas redes sociais, Lira cobrou a votação da reforma tributária, que está no Senado. “Há a necessidade de se completar o ciclo de reformas, como a administrativa e a tributária. Estamos esperando os senadores avaliarem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/19. Na Câmara, a criação do CBS [Contribuição sobre Bens e Serviços] ainda está sendo discutida pelo relator”, destacou.

Lira também cobrou agilidade do Senado na votação da PEC dos Precatórios. Segundo ele, a proposta vai garantir a previsibilidade que o mercado espera para que o Auxílio Brasil chegue aos brasileiros que necessitam do benefício.

“Precisamos de pressa, porque mais de 20 milhões de pessoas passam fome”, afirmou.

Questionado sobre a votação da proposta que altera a composição do Conselho do Ministério Público, rejeitada há 15 dias, Lira afirmou que o retorno da proposta à pauta vai depender de um acordo com os líderes. Segundo ele, é preciso punir os excessos de quem descumpre leis.

*Da Agência Câmara de Notícias

Nesta quinta (28), quando se é celebrado o Dia do Servidor Público, servidores de diversas áreas se concentraram em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), para um ato contra a reforma administrativa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020. Convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais de Pernambuco, a mobilização teve como objetivo chamar atenção da população e de parlamentares para a defesa dos direitos desses profissionais. 

Com faixas e cartazes, os servidores reuniram-se em frente da Alepe por volta das 9h desta quinta (28) em uma mobilização que acontece a nível nacional. A aposentada da área da educação e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de PE, com mais de três décadas de serviço público, Ivete Caetano, falou sobre a importância do ato. “Hoje é o Dia do Servidor e da Servidora Pública que colocam todo seu fazer profissional à serviço da população, à serviço das políticas públicas, às serviço de todas as políticas sociais que são direito da população. Esse direito tá sofrendo um ataque como nunca sofreu na nossa história. Um ataque aos direitos fundamentais, aos direitos humanos nesse momento, principalmente da saúde e da educação”. 

##RECOMENDA##

A presidente disse também que “a luta em defesa do serviço público” tem sido constante e que em 31 anos de atuação viu diferentes governos praticarem ataques aos direitos previstos na Constituição de 1988. “A gente vê como uma coisa muito permanente que a luta pela defesa das políticas públicas e sociais não acaba, é permanente. Em alguns governos, como nos governos Lula, a gente respirou porque teve mais avanços que a constituição de 88 já havia consolidado. Mas os governos que se sucederam foram governos de retirada de direitos, de sucateamento, de estado mínimo de privatização. Nós estamos à disposição da sociedade para garantir esse bem maior à sociedade que são os direitos sociais”. 

[@#galeria#@]

Também presente no ato, o presidente da CUT, Paulo Rocha, afirmou que a reforma da PEC 32 atinge não só aos servidores, mas também, à população. “Pode todo o serviço público ser repassado para a iniciativa privada com fins lucrativos. A iniciativa privada não vai fazer pra não ter lucro. Então vai ter escola lá no interior, hospital lá longe sem perspectiva de lucro? Isso prejudica a população”. 

Para Rocha, o objetivo da reforma seria “acabar com o serviço público” e “retroagir ao que era antes da Constituição de 1988”. Ele falou, ainda, sobre a estabilidade dos servidores, ameaçada pela proposta. “O servidor público precisa de estabilidade para garantir que o serviço continue, independente de quem for. Retirar a estabilidade é impedir que o servidor público faça as coisas como tem que ser feita. (Veja) o exemplo do delegado que denunciou a venda ilegal de material, o exemplo do fiscal que autuou Bolsonaro quando era candidato porque tava pescando em local proibido. Eles querem retirar a estabilidade para permitir que determinados políticos e pessoas de poder econômico façam e desfaçam do Brasil, independente do povo”. 

Participam do ato no Recife profissionais da administração, educação, assistência social e metalúrgicos. Eles fizeram uma breve caminhada até à Rua da Aurora como parte da mobilização que acontece a nível estadual e nacional articulada com os sindicatos em Brasília, que fazem pressão no Congresso nesta quinta (28). 

A reforma, proposta pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido), já foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara) e agora precisa ser aprovada em dois turnos no plenário, com três quintos dos votos. Em caso de aprovação, ainda será necessário passar pelo Senado Federal. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), promete colocar a PEC 32 em votação no plenário da Casa até novembro. 

*Com informações de Vitória Silva

Em busca de apoio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe prepararam uma cartilha com uma espécie de bê-á-bá das principais mudanças aprovadas na reforma administrativa.

Foram listadas 21 mudanças, que na avaliação da equipe econômica trazem avanços no RH do serviço púbico brasileiro caso o texto seja aprovado pelo plenário da Câmara e do Senado.

##RECOMENDA##

Entre as mudanças, a eliminação de benefícios para novos servidores, como férias superiores a 30 dias e promoções baseadas exclusivamente em tempo de serviço. A proposta não retira dos atuais servidores esses direitos já adquiridos.

O texto foi aprovado na comissão especial da Câmara, na semana passada, mas enfrenta resistências não só de categorias do funcionalismo público, mas também de apoiadores históricos da reforma que chamaram de antirreforma a proposta do relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA).

A proposta inclui novos benefícios para os policiais, grupo de servidores que tem sido favorecido pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início do seu governo.

Depois de um vaivém de alterações no parecer, o relator apresentou o relatório final na véspera da votação, sem tempo para uma ampla discussão, que deve se intensificar a partir de agora para as próximas votações. O projeto precisa passar ainda por dois turnos de votação no plenário da Câmara, com a necessidade de 308 votos favoráveis, antes de ir para o Senado.

A lista foi disparada neste domingo (26) pelo WhatsApp do próprio ministro Paulo Guedes. Ela foi acompanhada de perguntas e respostas sobre as principais dúvidas.

A proposta prevê, em caso de crise fiscal, a possibilidade de a jornada de trabalho dos servidores da União, Estados e municípios ser reduzida em até 25%, com correspondente redução da remuneração.

Um dos pontos polêmicos é a contratação temporária. O texto prevê regras comuns nacionais e ingresso por meio de processo seletivo, define em até 10 anos o prazo para duração dos contratos, deixando expressa a possibilidade de contratação para atividades permanentes.

Veja a lista do ministro Paulo Guedes:

1. eliminação de distorções e benefícios para novos servidores, como férias superiores a 30 dias e promoções baseadas exclusivamente em tempo de serviço (XXIII, art. 37, CF).

2. extinção de parcelas indenizatórias que não tenham sido instituídas por lei (art. 7º, PEC).

3. estabelecimento de regra geral para não pagamento de remuneração de cargo em comissão, de função de confiança, de bônus, de honorários, de parcelas indenizatórias ou de qualquer parcela que não se revista de caráter permanente durante os afastamentos e licenças do servidor por prazo superior a trinta dias (§ 17, art. 37, CF).

4. prevê que lei poderá estabelecer indenizações passíveis de inclusão no limite do teto remuneratório. No texto constitucional atual, nenhuma indenização é computada no teto (§ 11-A, art. 37, CF).

5. aprimoramento das regras de avaliação de desempenho individual, que deverão contribuir para o alcance dos resultados institucionais do órgão ou entidade, com definição de parâmetros claros e objetivos (art. 39-A, CF, e § 3º, art. 3º, PEC).

6. definição de critérios objetivos para demissão do servidor por baixo desempenho, já sendo possível a perda do cargo nessa hipótese, independentemente da regulamentação posterior sobre o modelo de gestão de desempenho (art. 41, CF; art. 11, PEC).

7. o servidor em período de experiência (estágio probatório) terá o desempenho avaliado em ciclos semestrais, admitida sua exoneração no caso de resultado insatisfatório em dois ciclos de avaliação, e não somente após cumpridos os três anos de estágio, como ocorre atualmente (§ 4º, art. 41, CF).

8. eficiência para a atuação da Administração Pública: dá flexibilidade para ajustes dos quadros de pessoal, mediante desligamento de futuros servidores que exerçam atividades obsoletas ou desnecessárias (§3º, art. 41, CF).

9. possibilidade de aproveitamento de servidores, inclusive atuais, que ocupam cargos em extinção em outras funções de complexidade compatível (art. 12, PEC). Somente no Executivo civil federal são 69 mil servidores nessa situação, que custam ao contribuinte R$ 8,2 bilhões ao ano.

10. profissionalização dos cargos em comissão: previsão de definição, em lei de âmbito nacional, de critérios de seleção e requisitos para investidura (XXX, art. 22, CF).

11. regras mais claras e ampliação das possibilidades de contratação temporária. Retira a subjetividade presente na atual redação constitucional e deixa expressa a possibilidade de contratação para atividades permanentes, desde que de natureza estritamente transitória (IX, art. 37, CF).

12. estabelece prazo máximo de 10 anos na contratação por prazo determinado, com ganhos de flexibilidade para o gestor público, inclusive no âmbito municipal. Além disso, prevê prazo máximo de 2 anos para as contratações excepcionais em que houver dispensa de processo seletivo (art. 4º, PEC).

13. segurança jurídica para contratos temporários: com o estabelecimento de regras comuns nacionais e direitos mínimos para esses profissionais, corrige-se problema jurídico recorrente para a gestão pública (XXXI, art. 22, CF; art. 4º, PEC).

14. em situação de crise fiscal, inclusão de medida que permite a redução da carga horária no limite de 25%, com correspondente redução de remuneração, antes que seja aplicada medida mais drástica de demissão de servidor, hipótese já prevista no texto atual da Constituição (art. 169, CF).

15. definição das atividades exclusivas de Estado: resolve lacuna existente no texto constitucional desde 1998 (art. 247, CF). 16. previsão de regras gerais de âmbito nacional sobre temas de gestão de pessoas, uniformizando diretrizes, eliminando lacunas e reduzindo distorções entre Poderes e entre União, Estados e Municípios (XXX e XXXI, art. 22, CF). 17. introdução de regras sobre gestão de desempenho institucional, mecanismo essencial à gestão pública e que passa a ser obrigatório para todos os entes e Poderes (§ 2º, art. 3º, PEC).

18. previsão de instrumentos de cooperação entre setor público e privado, criando ferramentas para a prestação de serviços públicos (art. 37-A, CF).

19. obrigatoriedade de adoção de plataforma eletrônica para acesso e avaliação dos serviços pelos cidadãos e reforço da transparência das informações sobre a gestão de recursos públicos (XXIV, art. 37, CF).

20. estabelecimento de extinção do vínculo e aposentadoria compulsória para empregados públicos da administração direta, autárquica e fundacional que atingirem 75 anos, padronizando a regra já aplicável a outros empregados (art. 201, CF).

21. vedação da concessão de estabilidade para empregados públicos, promovendo isonomia em relação aos empregados do setor privado (art. 173, CF).

Em defesa dos direitos do servidor público, manifestações espalhas pelo país contrariam a Reforma Administrativa nesta terça-feira (14). A mudança é defendida por deputados governistas através da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32. No Recife, o ato se concentra em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na área Central.

"Bolsonaro diz que quer acabar com os privilégios dos servidores. Isso é balela. Tem um vídeo dele dizendo 'o que eu quero é que os prefeitos tenham condição de tirar e botar quem ele queira', ou seja, não é um problema com privilégio. O que ele quer é reduzir os gastos com o serviço público", afirmou o presidente estadual da Central única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Rocha. 

##RECOMENDA##

"Como ele não tem coragem de dizer que quer acabar com o serviço público, ele coloca a culpa nos servidores", disparou. A mobilização desta terça (14) deve seguir em Brasília com atividades até a quinta (16).

[@#video#@]

O representante estadual do movimento acredita que a intenção do presidente é repassar recursos públicos para a iniciativa privada e aumentar o número de cargos comissionados, uma forma de dificultar o controle de casos de corrupção.

"Ele não quer que alguém fiscalize. O fim da estabilidade não é um problema para os servidores, é um problema para a sociedade", denunciou.

Rocha ressalta que a Reforma almeja aumentar a jornada de trabalho, reduz salários dos servidores e acaba com as carreiras. Contudo, a pauta da PEC 32 não atinge altos cargos como generais do Exército e juízes, por exemplo.

Na rede estadual de Pernambuco, cerca de três mil servidores recebem abono para que o salário atinja o salário mínimo, situação que se repete em outros Estados, de acordo com o líder sindical.

Outra proposta criticada é a distribuição de vouchers de R$ 100 para extinguir o pagamento de auxílios em despesas médicas. O 'cupom' também teria a finalidade de custear gastos escolares no ensino particular, o que Paulo prevê como o fechamento de escolas públicas.

Além de frente sindicais, também participaram do ato os deputados Isaltino Nascimento (PSB), Teresa Leitão (PT), a co-deputada do Justas, Carol Vergolino (PSOL), e o ex-prefeito do Recife João Paulo (PCdoB).

O relator da reforma administrativa, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), apresentou substitutivo em que mantém a estabilidade de servidores públicos, admite o desligamento de servidores estáveis que ocupam cargos obsoletos, exclui a possibilidade de vínculo de experiência como etapa de concursos públicos e acaba com vantagens para detentores de mandatos eletivos e ocupantes de outros cargos. A proposta (PEC 32/20) deve ser votada entre os dias 14 e 15 de setembro na comissão especial.

O texto do relator também assegura a preservação de direitos de servidores admitidos antes da publicação da futura emenda constitucional. No caso de redução de jornada, com respectiva redução de salário, os servidores e empregados públicos admitidos até a data de publicação da emenda poderão optar pela jornada reduzida ou pela jornada máxima estabelecida para o cargo ou emprego.

##RECOMENDA##

Das 45 emendas apresentadas à proposta na comissão especial, o relator acolheu totalmente 7 e parcialmente 20. Arthur Oliveira Maia alerta que, se o texto original do Poder Executivo fosse aprovado, a administração pública brasileira recomeçaria do zero e os servidores atuais "teriam o mesmo destino dos dinossauros". Segundo ele, "o resultado concreto seria a colocação de todos os atuais servidores em um regime em extinção, como se nenhuma contribuição mais pudessem dar para o futuro da administração pública".

Estabilidade

O relator apoiou a manutenção da estabilidade de servidores públicos por entender que o instrumento defende os cidadãos. "O mecanismo inibe e atrapalha o mau uso dos recursos públicos, na medida em que evita manipulações e serve de obstáculo ao mau comportamento de gestores ainda impregnados da tradição patrimonialista", argumentou. Na proposta original do Poder Executivo, apenas as carreiras típicas de Estado manteriam a estabilidade.

Arthur Oliveira Maia admitiu a hipótese de desligamento de servidores estáveis que ocupam cargos que se tornaram desnecessários ou obsoletos. Neste caso, o servidor receberá pagamento de indenização. No entanto, a hipótese não será aplicada a servidores que foram admitidos antes da publicação da emenda constitucional.

O relator ainda manteve texto da proposta original que anula a concessão de estabilidade no emprego ou de proteção contra a despedida para empregados de empresas públicas, sociedades de economia mista e das subsidiárias dessas empresas e sociedades por meio de negociação, coletiva ou individual, ou de ato normativo que não seja aplicável aos trabalhadores da iniciativa privada.

Avaliação de desempenho

O relator introduziu regras específicas para avaliação de desempenho de servidores. "A avaliação de desempenho não será mais utilizada com o propósito de desligar servidores, mas para incentivar a melhoria na prestação de serviços", disse.

No substitutivo, a avaliação periódica será realizada de forma contínua e com a participação do avaliado. Ela terá o objetivo de aferir a contribuição do desempenho individual do servidor para o alcance dos resultados institucionais do seu órgão ou entidade e possibilitar a valorização e o reconhecimento dos servidores que tenham desempenho superior ao considerado satisfatório. O resultado poderá ser usado para fins de promoção ou progressão na carreira, de nomeação para cargos em comissão e de designação para funções de confiança.

Outra finalidade da avaliação é adotar medidas para elevar desempenho considerado insatisfatório. O substitutivo destaca que o procedimento observará os meios e as condições efetivamente disponibilizados ao servidor para desempenho de suas atribuições.

Ainda haverá a possibilidade de perda de cargo estável em decorrência de resultado insatisfatório em procedimento de avaliação de desempenho. As condições para perda do cargo ainda serão regulamentadas por lei.

Enquanto a lei não entrar em vigor, o processo administrativo voltado à perda do cargo somente será instaurado após três ciclos consecutivos ou cinco ciclos intercalados de avaliação de desempenho em que se obtenha resultado insatisfatório.

Cargos exclusivos

O substitutivo define as atividades de cargos exclusivos de Estado, que no texto original eram chamados de cargos típicos. Segundo a relatório, são funções finalísticas e diretamente afetas à segurança pública, à representação diplomática, à inteligência de Estado, à gestão governamental, à advocacia pública, à defensoria pública, à elaboração orçamentária, ao processo judicial e legislativo, à atuação institucional do Ministério Público, à manutenção da ordem tributária e financeira ou ao exercício de atividades de regulação, de fiscalização e de controle.

Estes cargos não poderão ter contratação por tempo determinado, nem terão redução da jornada de trabalho ou de remuneração. A legislação deverá estabelecer critérios e garantias especiais para a perda do cargo pelo servidor público estável investido em cargo exclusivo de Estado.

Também não atinge essas funções o dispositivo que permite firmar instrumentos de cooperação com órgãos e entidades, públicos e privados, para a execução de serviços públicos, inclusive com o compartilhamento de estrutura física e a utilização de recursos humanos de particulares, com ou sem contrapartida financeira.

Este dispositivo, mantido pelo relator para outras carreiras, é um dos itens da PEC mais criticados por deputados da oposição. Em uma audiência pública, representantes de policiais afirmaram que temiam a entrega de serviços de segurança para iniciativa privada.

Vantagens

O substitutivo acaba com uma série de vantagens para cargos e carreiras que não estavam contempladas inicialmente na proposta original do Poder Executivo. Segundo o texto, ficam vedadas:

As novas regras vão ser aplicadas a detentores de mandatos eletivos, membros dos tribunais e conselhos de Contas, ocupantes de cargos e titulares de empregos ou de funções públicas da administração direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, assim como aos dirigentes dos órgãos e das entidades integrantes da respectiva estrutura.

Recursos eletrônicos

O substitutivo inclui na Constituição o uso de recursos eletrônicos no funcionamento do aparato estatal. "Trata-se de caminho sem volta, que precisa ser incentivado e disciplinado", analisa Arthur Oliveira Maia. No texto, será obrigatória a utilização de plataforma eletrônica de serviços públicos, na forma da lei, que permita:

Polícia Federal

O substitutivo transfere ao Supremo Tribunal Federal o processo e julgamento de infrações penais comuns e crimes de responsabilidade que possam ter sido cometidos pelo diretor-geral da Polícia Federal. Atualmente, este foro é reservado apenas para ministros de Estado e comandantes das Forças Armadas, além de membros de tribunais superiores, do TCU e chefes de missão diplomática.

O substitutivo também estabelece que inquéritos policiais relacionados ao exercício das funções institucionais da Polícia Federal serão conduzidos por delegados integrantes da carreira e designados pelo diretor-geral da Polícia Federal.

Estimativa de impacto

No relatório, Arthur Oliveira Maia afirma que a proposição não cria despesas ou gera receitas que possam ser "quantificadas objetiva e imediatamente". "Produz alterações em regimes jurídicos cujo impacto financeiro e orçamentário não se revela passível de dimensionamento", ponderou. O argumento é que os efeitos concretos só serão produzidos depois da regulamentação dos dispositivos modificados pela proposta.

A ausência de uma estimativa de impacto gerou polêmica nas audiências públicas da comissão. Deputados da oposição chegaram a defender que a tramitação da PEC fosse interrompida até que o governo informasse ao Tribunal de Contas da União (TCU) projeções mais precisas de redução de gastos públicos com a reforma administrativa. O Ministério da Economia apresentou à imprensa estimativas que variam de R$ 300 bilhões a R$ 816 bilhões de economia com gastos obrigatórios no longo prazo.

Regulamentação

O substitutivo propõe a criação de quatro novas leis para regulamentar a administração pública:

*Da Agência Câmara de Notícias

 

A Comissão Especial da Reforma Administrativa promove nesta sexta-feira (20) mais um seminário regional, desta vez na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com o tema "A PEC 32/20 e o Estado Brasileiro".

O evento será realizado às 9h30, na sede da Alepe, no Centro do Recife. O coordenador do debate será o deputado Milton Coelho (PSB-PE).

##RECOMENDA##

Foram convidados para o seminário: o presidente da comissão especial, deputado Fernando Monteiro (PP-PE); o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros (PP); o professor titular de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti; o auditor do Tribunal de Contas do Estado e ex-secretário de Assuntos Jurídicos do Recife,  Cláudio Ferreira; e o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Fernando da Silva Filho.

*Da Agência Câmara de Notícias

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando