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Por conta do isolamento social causado pelo coronavírus (Covid-19), eventos, casamentos e festas foram suspensos, o que obrigou os serviços de bufê a se reinventarem e adotarem novas estratégias para lidar com a crise.

O bufê Trevo Mirrasol, de Itaquera (SP), adotou o sistema delivery e trouxe novos pratos para o cardápio, como hambúrgueres artesanais e comida japonesa. "Todos os nossos pratos tem bastante procura, porém, os mais pedidos são combos de hambúrguer, que tem uma média de preço de R$ 25 e inclui lanche, batata frita e refrigerante", diz o chef Fernando Amancio, 37 anos.

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Hambúrguer artesanal do cardápio do bufê Trevo Mirrasol | Foto: Divulgação

A confeitaria Sonhos de Açúcar, do Rio de Janeiro, é especializada em bolos para casamento, mas por conta da nova realidade, decidiu apostar em uma estratégia chamada "só um bolinho". Trata-se de um kit para comemorações de familiares que moram na mesma residência. "Nossos principais produtos são mini bolos em embalagem especial para presente de R$ 60, e o Kit Festejar, que vem com um bolo, 20 brigadeiros e dez doces à escolha por R$ 165", conta a confeiteira artesanal Fabiana Santos, 33 anos.

A confeiteira artesanal Fabiana Santos, da Sonhos de Açúcar | Foto: Divulgação

Já a empresa de delivery Thai Fit, do Rio de Janeiro, que sempre trabalhou com refeições congeladas, passou também a oferecer kits para datas comemorativas e para o café da manhã. "Lançamos uma linha de bolos de pote fit, porque muitos clientes pediram por doces. Houve um aumento na procura considerável, e a linha tem sido um sucesso", afirma a CEO Thaiz Barde.

Entre os kits disponíveis da Thai Fit estão o Bolo Fit Foundue, de R$ 70, que acompanha um bolo, doces e frutas; os Kits Jantar Saudável de frango (R$ 180), carne (R$ 190) e camarão (R$ 195). Mas de acordo com a Thaiz, o kit de maior procura é o Combo Baratíssimo, onde a pessoa pode escolher 20 "marmifits" por R$199,00.

Embora em sua maneira pessoal de se vestir Karl Lagerfeld fosse facilmente reconhecido, suas criações eram caracterizadas por seu ecletismo e sua capacidade de se reinventar a todo tempo, capturando o espírito da época.

O estilista foi responsável por três marcas (Chanel, Fendi e a grife homônima), mas seu nome é principalmente associado à maison Chanel, onde ele não hesitou em revolucionar os códigos existentes e para a qual ele organizou desfiles espetaculares.

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Com ironia, costumava dizer que Gabrielle Chanel "odiaria" o trabalho dele.

Quando chegou a Chanel, em 1983, a marca estava em um momento ruim.

"Todos me disseram: 'não mexe nisso, está morto, acabou' e foi isso que me divertiu, foi um desafio e funcionou cem vezes melhor do que eu pensava", afirmou Lagerfeld.

O estilista lembrava do que Alain Wertheimer, coproprietário de Chanel e seu irmão Gérard, haviam dito a ele: "Faça o que quiser. Eu venderei a maison de qualquer maneira, não funciona. E eu respondi: 'escreva isso em um pedaço de papel'".

Lagerfeld adotou os clássicos da marca, como os tweeds, as pérolas e as correntes de ouro.

"Ele foi o primeiro a repensar todos os códigos da casa para usá-los de outra maneira", explica a historiadora de moda Catherine Örmen.

Segundo ela, o toque de Lagerfeld era mais um estado de espírito do que um estilo reconhecível e estava em constante evolução.

"Na década de 1980, suas silhuetas tinham costas muito largas. Na década de 1990, elas eram muito 'skinny', sempre de acordo com a época", explica.

Em 2014, ele apresentou um vestido de alta-costura com bordados de concreto e, em 2015, ternos tridimensionais.

"No entanto, ele cometeu alguns sacrilégios", recorda Örmen, citando um modelo de alta-costura de 1986 com crinolina, aquelas armações sob as saias rodadas para dar volume.

"A senhorita Chanel certamente se revirou em seu túmulo!", acrescentou.

Mas a liberdade foi o que o estilista alemão sempre reivindicou para sua arte.

"Karl era insaciável, sempre curioso, tomando emprestado de diferentes áreas, especialmente a rua ou o universo dos motociclistas, do surfe", lembra a britânica Emma Baxter-Wright, autora de "Little Book of Chanel", que destaca "insolência" do criador.

Seus desfiles eram esperados como shows de Chanel e sempre tiveram cenários grandiosos.

Cada desfile tinha um tema e seu universo, recriado no Grand Palais de Paris, em um museu, um supermercado, um aeroporto, um jardim zen, uma floresta, um iate de luxo, etc.

Nos desfiles, Lagerfeld tinha a seu lado Virginie Viard, diretora do estúdio que supervisiona oito coleções por ano.

Uma fiel colaboradora com quem trabalhou por mais de trinta anos.

"Sem Virginie, o desfile não existiria. Ela está por trás de todas as coleções. É um dos elementos essenciais da Chanel, juntamente com Bruno [Pavlovsky, presidente de atividades de moda da Chanel] e Eric [Pfrunder, diretor de imagem]", assegurou o "Kaiser" em maio de 2018.

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