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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou neste domingo (26) sua confiança no líder norte-coreano Kim Jong Un, apesar dos recentes testes de armas conduzidos por Pyongyang, no segundo dia de sua visita oficial ao Japão.

Antes de uma partida de golfe e de uma luta de sumô com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, Trump recorreu ao Twitter para evocar o assunto.

"A Coreia do Norte lançou algumas armas pequenas, o que incomodou alguns no meu país e em outros países, mas não a mim", lançou Trump.

Ele obviamente estava se referindo aos comentários de seu conselheiro para a segurança nacional, John Bolton, que considerou no sábado que os dois testes de mísseis de curto alcance realizados no início de maio por Pyongyang constituíam, "sem dúvida", uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

"Eu confio no presidente Kim em manter sua promessa", insistiu o inquilino da Casa Branca.

Uma primeira cúpula histórica entre os dois homens, em junho de 2018 em Singapura, terminou em uma declaração conjunta evocando a "desnuclearização completa da península coreana", formulação vaga que permitiu que ambos os lados fizessem interpretações muito diferentes.

Mas a segunda cúpula em Hanói, em fevereiro, terminou em um fiasco retumbante.

- Comércio, não antes do verão -

O assunto provavelmente será discutido na segunda-feira durante a reunião oficial entre Trump e Abe.

Os dois líderes também abordarão a questão do comércio, enquanto os Estados Unidos, a maior economia do mundo, e o Japão, em terceiro lugar, tentam chegar a um acordo bilateral.

Mas anúncios não são esperados nesta ocasião. "Avançamos muito em nossas negociações", mas "o essencial vai esperar" as eleições marcadas para julho no arquipélago japonês, alertou o presidente americano.

Rumores indicam que Abe estaria tentado a convocar eleições antecipadas.

Desde que chegou em solo japonês no sábado, Donald Trump não poupou palavras, criticando um comércio, segundo ele, desequilibrado em benefício do Japão.

Vai se tornar "um pouco mais justo", assegurou numa alusão às discussões em andamento.

Antes de se reunir na segunda-feira com o novo imperador Naruhito, este domingo foi dedicado a fortalecer a relação entre os dois países e a "amizade" entre seus dois líderes.

Sob um sol escaldante, Trump e Abe jogaram, sorridentes, uma partida de golfe perto de Tóquio.

Depois seguiram para a final do torneio de sumô de Tóquio, onde Trump entregou solenemente o imponente "Troféu Presidencial", de cerca de 30 kg e 1,4 m de altura, ao vencedor, o japonês Asanoyama.

Acompanhado por sua esposa Melania, ele assistiu algumas disputas entre os colossos desta luta milenar depois de fazer sua entrada sob os aplausos do público no enorme recinto de mais de 10.000 lugares, o Ryokoku Kokugikan.

Muito sério durante os combates, relaxou uma vez na arena sagrada, na qual calçou chinelos para a ocasião.

Este templo do sumô foi colocado sob forte esquema de segurança. Algumas pessoas acenavam pequenas bandeiras americanas na chegada do cortejo. Mas a polícia afastou um punhado de manifestantes com faixas e cartazes com insultos ao presidente dos Estados Unidos, constatou um fotógrafo da AFP.

Os fãs foram avisados: era estritamente proibido jogar suas almofadas - como a tradição dita quando um grande campeão, um "yokozuna", é derrubado por seu oponente - para que não atingissem acidentalmente o chefe de Estado americano.

Se alguns franziram a testa, ao final a multidão se mostrou entusiasmada. "É uma oportunidade rara, tem uma aura", disse Masamitsu Kurokawa, de 56 anos.

"Eu queria agradecer a vocês. Foi uma tarde incrível de sumô", disse mais tarde em um restaurante Donald Trump, sentado com sua esposa e o casal Abe.

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