Tópicos | remédios

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para a escassez de medicamentos como um problema global, sobretudo em países de baixa e média renda. Segundo a entidade, desde setembro de 2021 o número de insumos em falta em dois ou mais países cresceu 101%.

“Essa escassez de medicamentos é uma força motriz reconhecida para remédios falsificados ou de qualidade inferior e acarreta o risco de muitos procurarem obter medicamentos através de meios não oficiais, como a internet”, destacou a OMS, em nota.

##RECOMENDA##

O comunicado cita especificamente a escassez global - registrada em 2023 - de produtos indicados para o tratamento do diabetes tipo 2 e utilizados também para a perda de peso, como o semaglutida. A substância é o princípio ativo do Ozempic, caneta de aplicação na pele para controle do apetite.

“A escassez tem um impacto negativo no acesso a produtos médicos e cria um vazio que é muitas vezes preenchido por versões falsificadas”, disse a OMS, ao aconselhar pacientes a comprarem medicamentos através de fornecedores autorizados e regulamentados e a serem diligentes ao comprarem de fontes secundárias.

“Os perigos associados ao fornecimento de produtos médicos através de canais de fornecimento não autorizados ou informais podem ser considerados um comportamento de risco com consequências graves”, completou.

Anvisa

Este mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou um lote irregular do Ozempic no Brasil. De acordo com o sistema de notificação, a própria empresa detentora do registro - Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda - identificou unidades com características divergentes do medicamento original e comunicou à agência. O lote em questão é o MP5A064.

“Sabe-se que os produtos médicos falsificados não têm eficácia e/ou causam reações tóxicas. Não são aprovados, nem controlados pelas autoridades competentes, e podem ter sido produzidos em condições pouco higiênicas por pessoal não qualificado, conter impurezas desconhecidas e podem estar contaminados com bactérias”, finalizou a OMS.

Um técnico de enfermagem do Hospital da Retauração (HR) foi preso em flagrante, nessa quinta (25), por falsificar receitas médicas para desviar remédios. A denúncia feita por servidores da unidade no Centro do Recife aponta que ele usava o carimbo de um médico que não trabalhava no local para retirar a medicação.

A direção do HR informou que os próprios servidores acionaram a Polícia Civil ao identificar que o plantonista de 25 anos usava a identidade do profissional para solicitar a retirada das substâncias.

##RECOMENDA##

O caso foi registrado na Central de Plantões da Capital (Ceplac) como falsidade ideológica e peculato. O suspeito teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia e deu entrada no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

Aos 69 anos de idade, Oprah Winfrey deu aquela repaginada no visual e a mudança chamou a atenção do público. Após algumas especulações, a apresentadora admitiu à revista People que usou remédios para emagrecer.

Agora eu uso quando sinto que preciso, como uma ferramenta para evitar o ioiô. O fato de haver uma receita médica aprovada para controlar o peso e permanecer mais saudável, durante a minha vida, parece um alívio, uma redenção, um presente, e não algo para me esconder e mais uma vez ser ridicularizada. Estou absolutamente cansada de sentir vergonha de outras pessoas e, principalmente, por mim mesma, disse.

##RECOMENDA##

E continuou:

Percebi que estava me culpando todos esses anos por estar acima do peso e tenho uma predisposição [para ganhar peso] que nenhuma força de vontade conseguirá controlar.

Oprah ainda disse que não chegou no peso que deseja, 70 quilos, mas que nem tudo se trata de números, mas sim que recebeu uma nova chance de viver a vida mais vibrante.

O Procon-PE, órgão ligado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), realizou, entre os dias 12 e 15 de setembro, uma pesquisa de medicamentos genéricos, onde foram pesquisados 26 tipos de medicamentos. Durante a pesquisa foram identificadas diferenças de valores para um mesmo medicamento, que chegaram a até 544,13%, a exemplo do Hemitartarato de Zolpidem, de 10mg, com 30 comprimidos, que pôde ser encontrado em farmácias diferentes nos valores de R$ 8,00 e R$ 51,53.

Os fiscais do órgão de defesa do consumidor passaram por 13 farmácias nos bairros de Boa Viagem, São José, Encruzilhada, Casa Amarela, Torre, Madalena e Iputinga.

##RECOMENDA##

Um outro exemplo é o Cloridrato de Fluoxetina, utilizado para tratar transtornos como: humor, síndromes psicóticas, depressão e ansiedade. A caixa de 20 mg, com 30 comprimidos, varia entre R$ 6,00 e R$ 38,05. Uma diferença percentual de 534,17%.

Outros medicamentos também chamaram a atenção com variações que ultrapassam 400%:

O Maleato Enalapril, usado para controle da pressão arterial, a caixa de 20mg, com 30 comprimidos, apresentou uma variação de 495,42%.

O Ácido acetilsalicílico- ASS, a cartela do analgésico, com dez comprimidos, chegou a apresentar uma variação de 460%.

A Rosuvastatina Cálcica, utilizada na redução dos níveis elevados de colesterol total e gordura no sangue, encontrada por R$ 11,99 em uma farmácia, e por R$ 61,93, em outra representando uma diferença percentual de 416,51%.

“O objetivo da pesquisa é oferecer ao consumidor pernambucano um instrumento auxiliar para a determinação de compras mais racionais do ponto de vista do preço”, explicou Hugo Souza, Gerente Geral do Procon - PE.

A diretoria colegiada da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma medida que permite que farmácias e drogarias façam entregas em domicílio de medicamentos sujeitos a controle especial. A agência reguladora decidiu na quarta-feira passada, dia 30, alterar a norma e incorporar a medida que havia sido adotada para atender a necessidade de pacientes durante a pandemia da Covid-19. Até 21 de setembro deste ano, a entrega de medicamentos controlados de forma remota já estava permitida, de forma temporária.

"Considerando os benefícios para a população e o atendimento dos requisitos de controle estabelecidos, a Anvisa decidiu incorporar a medida à legislação vigente. Para isso, a permissão de entrega remota por farmácias será incluída em portaria, que regulamenta a entrega e a venda de medicamentos sujeitos a controle especial no País", afirmou a Anvisa.

##RECOMENDA##

Veja como funciona a regra para a entrega remota:

- Segundo a Anvisa, para fazer a entrega, valem as mesmas regras da venda presencial, ou seja, o estabelecimento deve conferir e reter a via original da prescrição médica.

- O estabelecimento deve buscar antes a receita médica ou solicitar o envio de forma eletrônica (quando se tratar de prescrição eletrônica).

- O farmacêutico deve conferir as informações da receita (tipo, quantidade e validade) e orientar o paciente sobre os cuidados necessários.

Na entrega do medicamento, serão colhidas as assinaturas necessárias.

"As farmácias e drogarias devem ainda manter os registros para acompanhamento do paciente e fiscalização pelas autoridades sanitárias. A entrega remota passa a ser permitida para estabelecimentos dispensadores privados, públicos e para programas governamentais", afirmou a Anvisa.

A venda de medicamentos controlados pela internet, no entanto, continua proibida.

A nova geração de medicamentos contra a obesidade gera grandes expectativas e oportunidades de mercado que os investidores querem aproveitar para tratar uma doença que afeta boa parte da população mundial.

A obesidade é uma doença crônica que aumenta o risco de problemas cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer, e causa complicações em quadros de infecção respiratória, como a covid-19.

Suas causas não se devem apenas ao tipo de alimentação e ao estilo de vida, pois podem estar relacionadas à genética.

Se a prevenção e os cuidados médicos não melhorarem, a Federação Mundial de Obesidade prevê que, até 2025, metade da população mundial estará em sobrepeso. Segundo seus cálculos, isso acarretará um custo econômico muito alto, de até 4 trilhões de dólares por ano (R$ 196 trilhões na cotação atual), cifra próxima ao PIB da Alemanha.

A ciência avançou na busca de remédios e desenvolveu uma nova geração de medicamentos. Estes novos tratamentos permitem uma perda de peso muito maior do que os anteriores e com menos efeitos colaterais, como diarreia, ou náuseas. Também ajudam a tratar o diabetes e a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares.

- Sensação de saciedade -

Com essas drogas, imita-se um hormônio secretado pelos intestinos (GLP-1), criando no cérebro a sensação de saciedade que a comida dá.

A farmacêutica americana Eli Lilly e a dinamarquesa Novo Nordisk aumentaram significativamente suas vendas no segundo trimestre deste ano, graças a moléculas que estimulam a perda de peso.

Depois que a Eli Lilly confirmou que seu medicamento para diabetes, Mounjaro, também funciona para perda de peso, seu faturamento com esse produto se aproximou de US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões na cotação atual) no período de abril a junho.

E o número pode disparar ainda mais se a FDA, a agência americana reguladora do setor de remédios e alimentos, autorizar o Mounjaro, este ano, como uma molécula específica contra a obesidade. Nos EUA, 40% da população sofre de sobrepeso.

"A terapia será, sem dúvida, uma alternativa à cirurgia bariátrica, dado que Mounjaro permite uma perda de peso similar", disse Akash Patel, analista farmacêutico da GlobalData.

- Forte demanda -

O futuro também parece promissor para o laboratório dinamarquês Novo Nordisk.

Um estudo mostrou, esta semana, que seu tratamento de obesidade Wegovym, cujas vendas quadruplicaram no segundo trimestre, reduz o risco de acidentes cardiovasculares em 20%.

No entanto, "uma das principais barreiras que os pacientes têm no acesso a estes medicamentos é seu custo", afirma a Associação Americana de Farmacêuticos.

Uma injeção subcutânea de um desses medicamentos uma vez por semana custa mais de US$ 10.000 por ano (R$ 49,1 mil na cotação atual).

Segundo especialistas, uma forma de reduzir seu preço seria fornecê-lo por meio de comprimidos. A Eli Lilly e a também americana Pfizer já estão tentando desenvolver remédios nesse formato.

Os investidores calculam que essas pílulas contra a obesidade podem gerar um mercado mundial de até 54 bilhões de dólares (R$ 265,1 bilhões) até 2030. E isso alimenta o interesse dos laboratórios em desenvolver esse remédio.

Por muito tempo considerada mortal, a aids se tornou uma doença crônica, graças à terapia tripla, enquanto se espera por uma vacina que demora a ser produzida dada a capacidade de mutação do vírus HIV.

- AZT

Quando o HIV (vírus da imunodeficiência humana) apareceu no início dos anos 1980, os pacientes estavam condenados a morrer no curto e no médio prazos, e nenhum medicamento parecia funcionar até a chegada do AZT.

Na realidade, a azidotimidina foi inicialmente sintetizada na década de 1960 como um potencial tratamento contra o câncer, mas foi abandonada por falta de resultados convincentes.

Contra a aids, o laboratório americano Burroughs Wellcome, proprietário da molécula, testou-a em um ensaio clínico que se deteve na fase 2, um a menos do que a fase 3 – a última antes da comercialização –, porque os resultados foram bons.

Em 20 de março de 1987, foi autorizado nos Estados Unidos o primeiro tratamento antirretroviral AZT, que agia sobre a atividade de uma enzima chamada "transcriptase reversa", que retarda a replicação do vírus.

Infelizmente, o AZT tinha efeitos colaterais significativos. Posteriormente, foi considerado insuficiente para tratar o HIV, pois agia apenas em uma fase da replicação do vírus.

- Terapias triplas

Em janeiro de 1996, registrou-se um acontecimento importante na conferência internacional sobre retrovírus em Washington, D.C.. Foram apresentados resultados positivos de vários testes realizados por laboratórios.

Era a chegada de uma nova classe de medicamentos, as antiproteases. Essas moléculas impedem outra etapa da replicação do HIV, ao bloquear a maturação de novas proteínas do vírus.

Combinadas com outros antirretrovirais, as antiproteases mudaram completamente o jogo.

“Ao mirar em três etapas, três alvos moleculares, fica muito mais difícil para o vírus escapar do tratamento”, explica o pesquisador Victor Appay, imunologista e diretor de Pesquisa do Inserm francês (Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde e Medicina).

Inicialmente muito caras e reservadas aos países ricos, as terapias se tornaram mais acessíveis, graças a um compromisso assinado em 2001 na Organização Mundial do Comércio (OMC) para permitir que os países em desenvolvimento produzissem medicamentos genéricos.

Hoje, existem cinco tipos principais de drogas antirretrovirais que atuam em diferentes fases da replicação viral. E, cada vez mais, trabalha-se para que o tratamento seja bem menos pesado, com doses menos frequentes.

- PrEP

Em 16 de julho de 2012, um primeiro tratamento chamado PrEP (profilaxia prévia à exposição), o coquetel antirretroviral Truvada, foi autorizado nos Estados Unidos. Desde então, esse tipo de tratamento provou sua eficácia e permitiu que pessoas em risco se protegessem, tomando um comprimido preventivo.

- Transplantes

Houve três recuperações totais de pacientes com HIV por meio de transplante. Pacientes que sofriam de câncer no sangue receberam transplantes de células-tronco que renovaram completamente seu sistema imunológico.

O doador tinha uma mutação rara em um gene chamado CCR5, que impede o HIV de entrar nas células. Esses transplantes foram feitos apenas em casos raros, não em todos os pacientes.

- Possível vacina

É o Santo Graal esperado há quatro décadas.

A dificuldade é que o HIV tem uma poderosa capacidade de mutação e inúmeras subvariantes, o que lhe permite escapar dos pequenos soldados do sistema imunológico.

Pode se tornar invisível, esconder-se em reservatórios e aparecer anos depois.

Até agora, as tentativas de desenvolver uma vacina falharam. Mas o trabalho continua. Uma nova abordagem é a indução de anticorpos na pessoa por meio de uma vacina que a proteja da infecção.

"Essa é a principal esperança", diz Victor Appay, acrescentando que "muitas pesquisas estão sendo feitas para gerar anticorpos de amplo espectro que visem ao maior número possível de cepas do HIV".

Um dia após o deputado estadual Gilmar Júnior (PV) denunciar que mais de 100  medicamentos e materiais médico-hospitalares simplismente não estão disponíveis ou há em número reduzido na unidade da Farmácia de Pernambuco do Arquipélago de Fernando de Noronha, a Superintendência de Saúde de Fernando de Noronha se posicionou justificando a falta dos medicamentos.

Entre os remédios em falta, 21 são de uso controlado. No entando, medicamentos básicos como Paracetamol, Ibuprofeno, Nimesulida e itens como seringa e agulha também estão na relação como zerados. A gestão atribui a situação crítica, a demora que há nos processos licitatórios relacionados a medicamentos e materiais médico-hospitalares.

##RECOMENDA##

De acordo com a nota, assinada pelo gestor de Assistência Farmacêutica, Carlos Eduardo José da Silva Santos, a maioria dos medicamentos foram solicitados nos meses de fevereiro, março e abril e a gestão está "aguardando o fornecedor entrega".

"Por fim, esclarecemos que já estamos agilizando todo esses processos para que possamos voltar a atender normalmente a USF em Fernando de Noronha", diz a nota.

Veja a relação completa dos medicamentos em falta e o posicionamento do governo sobre a compra e entrega dos itens:

Produto/ Estoque Atual  

 

HIDROCLOROTIAZIDA  25MG COMPRIMIDO 0

10000 no pedido de abril (Aguardando o fornecedor entregar)

 

NIMESULIDA 100 MG COMPRIMIDO 0

4000 no pedido de março (Aguardando o fornecedor entregar)

 

GLIBENCLAMIDA 5 MG COMPRIMIDO 0 3000 no pedido de março (Aguardando o fornecedor entregar)

 

IBUPROFENO  600 MG COMPRIMIDO 0

Pedimos em fevereiro 3000. O fornecedor cancelou (Compra direta)

 

ENALAPRIL, MALEATO 10 MG COMPRIMIDO ELENCO ESTADUAL 0

2000 no pedido de fevereiro  (Aguardando o fornecedor entregar)

 

SERTRALINA, CLORIDRATO 50 MG COMPRIMIDO ELENCO ESTADUAL 0

Compra direta

 

ANLODIPINO, BESILATO 5 MG COMPRIMIDO 0

3000 no pedido de março (Aguardando o fornecedor entregar)

 

ATENOLOL 50 MG COMPRIMIDO 0 2000 no pedido de fevereiro cancelado pelo fornecedor (Compra direta)

 

PARACETAMOL  750 MG COMPRIMIDO 0

3360 no pedido de abril (Aguardando o fornecedor entregar)

 

SERINGA 10 ML POLIPROPILENO + AGULHA 25 MM X 7 MM BISEL

 

TRIFACETADO 0

Pedido de abril pregão (Aguardando o fornecedor entregar)

 

Confira a nota na íntegra: 

A Superintendência de Saúde de Fernando de Noronha informa que os processos licitatórios para o fornecimento de medicamentos e materiais médico-hospitalares costumam ter um prazo de conclusão acima da média dos procedimentos regulares. Isso se deve, dentre outras razões, ao baixo retorno de cotações do mercado, da oscilação de valores e da constante desistência de fornecedores. Fatores esses que atrapalham o andamento do procedimento, fazendo com que o mesmo se prolongue mais do que o habitual. Ainda há as questões que envolvem o fornecimento em si, como atrasos e ausência de produto, que contribuem para a dificuldade de execução contratual. Por fim, esclarecemos que já estamos agilizando todo esses processos para que possamos voltar a atender normalmente a USF em Fernando de Noronha. 

[@#galeria#@]

A Polícia Federal (PF) encontrou cerca de 2.500 unidades de medicamentos armazenadas em, ao menos, sete tambores plásticos na farmácia central e na Secretaria de Saúde de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. As buscas foram realizadas na sexta-feira (17), após denúncia do vereador Agaeudes Sampaio. 

##RECOMENDA##

Caixas, doses, unidades e ampolas foram apreendidas durante as diligências. Segundo a PF, os remédios seriam descartados com a justificativa de estarem foram da validade, mas foram identificados lotes com prazo para 2024.  

Além da má gestão dos recursos públicos em torno da compra e não distribuição dos medicamentos, a PF apura os crimes de peculato eletrônico, caracterizado na inserção de dados falsos em sistema de informações com o fim de obter vantagem indevida, e fraude em licitação através de fornecimento inservível para consumo ou com prazo de validade vencido, cujas penas variam de 2 a 20 anos de reclusão aos responsáveis.

  A Prefeitura de Salgueiro foi procurada pela reportagem, mas ainda não se pronunciou. Um comunicado oficial foi publicado um dia após a operação. Confira na íntegra:

"A Prefeitura do Salgueiro, através da Secretaria Municipal de Saúde, vem a público esclarecer os recentes fatos ocorridos durante essa semana. Em relação ao descarte de medicamentos, ressaltamos que os mesmos estavam armazenados em local apropriado, lacrado, fechado a chave e de acordo com as normas regulamentadas para o seu descarte. Estavam aguardando a empresa especializada e responsável pelo lixo hospitalar realizar a coleta, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde.

Quanto à ação da Polícia Federal, até o momento, não fomos notificados sobre a natureza da operação, trata-se de um inquérito ou algo de natureza criminal. Os agentes da Polícia Federal recolheram o lixo hospitalar que estava devidamente registrado para descarte no HÓRUS - Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, que registra as entradas e saídas de medicamentos.

Em relação à medicação recolhida fora do prazo de validade, informamos que o valor correspondente é de R$ 16.875,77 em uma compra geral de R$ 2.094.147,62, realizada em 2021, o que representa uma porcentagem de aproximadamente 0,8 %.

Além disso, é de comum saber que medicamentos vencidos são, na verdade, lixo químico cuja utilização é proibida e representa um risco à saúde da população. Ora, se os medicamentos atingiram a data de validade e estão com sua eficácia comprometida, é óbvia, coerente e prudente a conduta de descartá-los.

Reafirmamos o nosso compromisso em apurar todos os fatos e responsabilizar as possíveis irregularidades, principalmente se comprovado qualquer dano ao erário público. Estamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas adicionais."

Remédios contra a malária que deveriam estar sendo usados no povo yanomami estariam sendo desviados para garimpeiros que atuam ilegalmente no território indígena. A denúncia foi feita ao Ministério da Saúde (MS) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e confirmada nesta segunda-feira (30) à imprensa.

“No dia 18 de janeiro, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) enviou um ofício à Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, da Secretaria de Ciências, Tecnologias e Insumos Estratégicos (MS), para notificar o órgão a respeito de informações sobre a comercialização ilegal de um lote de medicamento (artesunato + mefloquina) produzido pelo instituto para o tratamento de malária. O medicamento em questão estaria sendo vendido por garimpeiro em localidade próxima ao território indígena yanomami”, informou a Fiocruz em nota.

##RECOMENDA##

Segundo a fundação, o lote foi integralmente entregue ao Centro de Distribuição e Logística do MS, e a notificação por meio de ofício ocorreu como parte do protocolo interno, a fim de que o órgão esteja ciente e possa tomar as medidas que julgar cabíveis frente às informações compartilhadas.

As informações foram obtidas pela Fiocruz a partir denúncia. Questionado, o Ministério da Saúde informou que irá investigar junto aos órgãos competentes.

Operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), em novembro de 2022, mirou suspeitas de desvio no uso de verba para remédios na área Yanomami, onde foi decretada na sexta (20), emergência de saúde pelo governo federal. A suspeita era de que só 30% de mais de 90 tipos de medicamentos fornecidos por uma das empresas contratadas pelo distrito sanitário indígena local (DSEI-Y) teriam sido devidamente entregues.

Inspeção do MPF em julho apontou que a entrega do vermífugo albendazol, por exemplo, ocorreu em quantidade bastante inferior ao que constava em nota fiscal, relata a Procuradoria em documento ao Ministério da Saúde, em novembro. O MPF diz ainda que foi preciso cobrar várias vezes para que a direção do DSEI-Y providenciasse nova compra de remédios.

##RECOMENDA##

"Dados relativos à cobertura de tratamento para verminose demonstram que o esquema implementado no DSEI-Y deixou 10.193 crianças desassistidas, aprofundando a tragédia humanitária dos Yanomami", diz o MPF, que pediu a nomeação de interventor para gerir o distrito sanitário.

Conforme o MPF, havia "claras evidências de que a mesma prática estenda-se a outros dos 95 medicamentos licitados", prejudicando a distribuição de outros itens, como Aciclovir, Ácido Fólico, Ácido Valpróico, Amoxicilina, Cefalexina, Cetoconazol, Clorexidina digluconato e Lidocaína. Segundo o documento, os indícios sugerem a participação de agentes públicos e privados em práticas fraudulentas. Entre 2020 e o ano passado, diz o MPF, o DSEI-Y recebeu mais de R$ 200 milhões.

A Operação Yoasi, da PF e do MPF, incluiu a expedição de 10 mandados de busca e apreensão pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

Aumento da desnutrição desde 2021

O MPF alertava para a crise de saúde no território Yanomami pelo menos desde 2021. Em recomendação de novembro daquele ano, o órgão já cobrava ações do Ministério da Saúde para melhoria no atendimento à população indígena e solicitava a reformulação do plano de trabalho que vinha sendo adotado até então. Como causas para o pedido, destacou a piora nos quadros de desnutrição, mortalidade infantil e malária.

Assinado pelos procuradores da República Alisson Marugal (Roraima) e Fernando Merloto Soave (Amazonas), o documento traz uma série de indicadores. Em 2021, destaca, a taxa de mortalidade infantil atingiu o maior nível em mais de década e cerca da metade das crianças de até cinco anos tinha quadro de desnutrição.

As informações compiladas pelo MPF indicavam que, em 2019, foram registrados 117 óbitos infantis e 1.329 crianças nascidas vivas na reserva Yanomami, uma taxa de mortalidade nfantil (TMI) de 88,04. Em 2020, esse índice saltou para 112,38. Já no ano seguinte, apenas nos três primeiros meses do ano, foram 20 óbitos para 150 nascimentos, taxa de 133,33, afirma o documento.

A Terra Indígena Yanomami é a maior do País, com área de 9,6 milhões de hectares (equivalente à de Portugal). Nela, vivem 30,4 mil indígenas das etnias Yanomami - considerados de recente contato - e Ye'kwana, de cinco troncos linguísticos. O atendimento básico é feito pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami por meio de 37 Polos Bases, 78 unidades básicas de saúde e uma Casa de Saúde Indígena.

O documento do MPF aponta ainda queda de médicos para o DSEI. Em 2019, eram 21, total que caiu para 20 em 2020. Já em 2021, eram somente 16 (o ideal são 23). Após a cobrança do MPF, a pasta chegou a aumentar esse efetivo.

No sábado, 21, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que uma das prioridades era ampliar a capacidade da pista de pouso local, para facilitar o transporte de equipes. Em visita a Boa Vista, ele também prometeu eliminar o garimpo ilegal na região, apontado como uma das principais ameaças aos povos originários da Amazônia.

O ministério disse que estuda acelerar edital do Programa Mais Médicos para recrutar formados no País ou no exterior para atuar em distritos indígenas.

O Estadão tentou contato nesse domingo (22), com o ex-ministro Marcelo Queiroga, do governo Jair Bolsonaro (PL), para comentar as suspeitas de irregularidades e as medidas tomadas, mas não obteve retorno. A atual gestão do ministério afirma, em nota, que, além de declarar emergência, instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública "como mecanismo nacional da gestão coordenada da resposta à emergência no âmbito nacional".

Flávio Dino, ministro da Justiça, determinou que haja um inquérito para apurar genocídio na área indígena. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi criticado durante seu mandato por enfraquecer os órgãos de apoio aos indígenas e por defender a liberação do garimpo ilegal em territórios cuidados pelos povos originários.

Depois de se envolver em uma baita polêmica com Fabio Porchat, Gkay passou mal em sua mansão e foi levada às pressas ao hospital em uma ambulância chamada por amigos. Segundo o Metrópoles, a influenciadora não se sentiu bem durante a tarde da última terça-feira, dia 27, depois de receber uma sequência de críticas na internet sobre seu comportamento nos bastidores.

A atriz foi encaminhada para um hospital em São Paulo, onde está internada sob o efeito de remédios e deve receber alta ainda nesta quarta-feira, dia 28.

##RECOMENDA##

A polêmica envolvendo nome de Gkay começou após uma piadinha feita por Fabio Porchat durante a premiação Melhores do Ano, onde o humorista comentou que Jô Soares, morto em 2022, teria nos deixado para que não precisasse entrevistar pessoas como a influenciadora.

A dona da Farofa da Gkay não ficou nada feliz com a fala e foi às redes sociais desabafar, mas parece que as coisas saíram do controle, já que horas depois do início do bafafá, o ex-professor da atriz em Dança dos Famosos, também veio à público falar sobre o comportamento dela.

Na publicação, Rodrigo Thomaz detonou Gkay e não poupou palavras para expor suas experiências com a influenciadora. Ele chegou a chamá-la de pior ser humana que já pude conhecer.

O coordenador dos grupos de trabalho do gabinete de transição do Governo Lula, Aloizio Mercadante, ficou emocionado ao revelar, nesta sexta-feira (25), o diagnóstico parcial de dados e recursos do Ministério da Saúde do Governo Bolsonaro. Ao lado dos ex-ministros Arthur Chioro, José Gomes Temporão e do senador Humberto Costa, figuras que coordenam o grupo de Saúde da transição, o petista ficou com a voz embargada e relembrou o tratamento contra o câncer da sua ex-esposa, que foi feito pelo SUS.  

A lembrança surgiu enquanto Mercadante citava os brasileiros que estão com dificuldade para obter tratamento contra câncer ou remédios via Farmácia Popular, programa cujo orçamento sofreu corte de 59% no governo de Jair Bolsonaro (PL). 

##RECOMENDA##

"Eu fiquei viúvo e minha primeira esposa morreu de câncer. Eu acordava às cinco da manhã para pegar uma guia todo dia no SUS. Esse tempo passou. O Estado brasileiro tem que prover o tratamento. Tem que ter responsabilidade pública, é disso que estamos falando aqui, dessas pessoas que estão na fila do câncer e não conseguem pegar um remédio na farmácia popular. Que país que a gente quer construir? Nós não vamos aceitar essa situação e vamos reverter essa situação da saúde e atenção básica, porque o país tem condições de enfrentar e de superar”, declarou. 

[@#video#@]

O GT de Saúde do governo de transição pede que o Congresso aprove um acréscimo de 22,7 bilhões de reais para a Saúde em 2023. Sem isso, o setor entrará em colapso, disseram os três ex-ministros. 

Mercadante passou a falar do orçamento e do “enfrentamento ao desmonte do Estado brasileiro” quando a imprensa questionou o que a equipe de Lula fará caso o Congresso aprove uma rubrica menor do que a esperada, ao votar a chamada PEC da Transição. 

LeiaJá também 

- - ‘Saúde tem sigilo sobre estoque de vacinas, diz ex-ministro’ 

 

 

O Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (29) um lote de Paxlovid, antiviral de uso oral indicado para tratamento inicial da Covid-19. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro Marcelo Queiroga disse que o medicamento será distribuído para as unidades básicas de saúde e ficará disponível para pacientes acima de 65 anos de idade com alto risco de desenvolver formas graves da doença.

O remédio, composto por nirmatrelvir e ritonavir, é indicado para o uso nesses pacientes, assim que possível, a partir do resultado positivo para Covid-19 e no prazo de cinco dias após início dos sintomas, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento foi aprovado pela Anvisa, para uso emergencial, em março deste ano.

##RECOMENDA##

“Agora, com a chegada dessa medicação, teremos mais um medicamento para os médicos que, com autonomia, poderão prescrever naqueles casos que estão indicados dentro do manual do uso”, disse Queiroga.

Poliomielite

Na entrevista à Voz do Brasil, Queiroga também falou sobre campanha de vacinação contra a poliomielite. Ele disse que apenas 6,2 milhões de crianças, de um total de 15 milhões de menores de cinco anos de idade, foram vacinadas contra a pólio, também conhecida como paralisia infantil. A meta do Ministério é imunizar pelo menos 14,3 milhões, ou seja, 95% do público-alvo, portanto ainda falta aplicar a vacina em cerca de 8 milhões para se atingir a meta.

“Ainda está muito aquém dessa meta e é necessário um empenho redobrado para trazermos essas crianças para a sala de vacinação. Essa doença foi erradicada no Brasil em 1994. E nós não queremos mais poliomielite”.

A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite foi estendida até a sexta-feira (30). Queiroga explicou, no entanto, que mesmo após o fim da campanha, as vacinas continuarão disponíveis nos postos de saúde. “É inaceitável que crianças sofram por doenças que são evitáveis por vacinas”, disse.

Multivacinação

“O sarampo foi reintroduzido [no país] em 2019. Temos trabalhado fortemente para erradicar o sarampo no Brasil. A febre amarela também é motivo de preocupação”, disse o ministro.

Queiroga afirmou ainda que 50 mil doses de vacina contra varíola dos macacos estão chegando ao Brasil, para serem aplicadas em um grupo específico de pessoas.

 A polifarmácia é o nome dado à situação em que um paciente precisa tomar pelo menos mais de cinco diferentes remédios por dia. A interação medicamentosa só é segura quando acompanhada por um médico. O problema é que tem crescido o hábito do uso de vários remédios ao mesmo tempo por pacientes que o fazem por conta própria. Nos últimos anos, esse fenômeno tem crescido no mundo todo e deixado especialistas da saúde em alerta.

É possível praticar polifarmácia saudável, mas apenas com acompanhamento e receita médica. Sem isso, a prática é inadequada e pode trazer novos riscos para quem faz uso. É muito comum que adultos, geralmente, se sintam tentados a tomarem uma série de remédios para combater vários problemas do dia a dia. Segundo os especialistas, o risco aumenta ainda mais entre pacientes de doenças crônicas, que precisam desses tratamentos.

##RECOMENDA##

Ter muitos médicos diferentes para tratar diversos problemas de saúde, estar com a saúde mental fragilizada, viver em instituições de longa permanência, como casas de repouso, também são fatores que contribuem para o fenômeno. “Alguns pacientes precisam de muitos medicamentos por terem doenças como diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia associados simultaneamente e ainda podem precisar de suplementos nutricionais e outros medicamentos”, explica o professor do curso de Farmácia da UNG, Anderson Carniel. 

Uma questão que pode influenciar alguns casos das pessoas tomarem muitos remédios é a falta de atualização dos prontuários médicos. Sem atualização dos registros, muitos pacientes acabam presos a um remédio que nem precisam mais. “A consequência do uso de muitos medicamentos são efeitos colaterais previstos por cada um deles além de queda imunitária, pois alguns deles podem gerar interações farmacológicas”, ressalta a coordenadora de Farmácia da Universidade Guarulhos (UNG), Anna Cristina Duarte.

Só é possível a redução de alguns remédios a critério médico para avaliar os riscos, benefícios e inclusões de tratamentos complementares e outras práticas visando a melhoria de vida do paciente. Somente um profissional de saúde pode avaliar os riscos e benefícios causados pelos medicamentos. O uso de muitos remédios pode ser necessário para tratar certas condições de saúde e manter o alívio dos sintomas.  

Os especialistas chamam esse efeito de interação medicamentosa. Ela pode levar aos danos colaterais, como problemas de memória, fragilização dos ossos, falência renal, insuficiência hepática e até risco de morte. Apesar disso, ninguém deve interromper um tratamento prescrito por um médico por conta própria, já que isso pode piorar ainda mais as condições de saúde.

No caso de suspeitas, a melhor solução para o problema é buscar um profissional de saúde. Um especialista tem a formação adequada e é capaz de dizer quais medicamentos interagem entre si e quais são seguros para serem tomados de forma combinada. Para isso, entretanto, é preciso que o paciente informe a ele com sinceridade todos os remédios em que faz uso. “São muitos que dão interação. Acho importante orientar que é sempre neecessário procurar orientação do farmacêutico”, indica a professora Anna.  

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, nesta sexta-feira (19), a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas destinados à prevenção ou ao tratamento da varíola dos macacos. Na prática, a resolução simplificará a análise documental e facilitará o acesso da população brasileira aos medicamentos ou vacinas para tratamento ou prevenção da doença, diante da situação de emergência de saúde pública de importância internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo decisão, a norma, que terá caráter excepcional e temporário, permitirá que o Ministério da Saúde solicite à agência a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados para prevenção ou tratamento da varíola dos macacos por autoridades internacionais especificadas na respectiva resolução.

##RECOMENDA##

“É importante deixar claro que a Anvisa está exercendo seu papel de agência reguladora. A dispensa de registro é um ato regulatório. E esse ato não significa a aprovação tácita do que vier. Diante de mais um desafio, estamos utilizando uma ferramenta que faz parte do exercício pleno de nossa função”, disse o diretor presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registra até o momento 3.450 casos confirmados de varíola dos macacos. Os estados de São Paulo (2.279), Rio de Janeiro (403), Minas Gerais (159) e o Distrito Federal (141) lideram o ranking de casos no país.

Condições

A agência ressalta que as condições do medicamento ou da vacina, em caso de importação, devem ser as mesmas aprovadas e publicizadas pelas respectivas autoridades reguladoras. “O medicamento ou vacina deve ter todos os locais de fabricação, incluindo linhas e formas farmacêuticas, aprovados por autoridades reguladoras integrantes do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S)”, destacou a agência.

A norma prevê também um rito simplificado semelhante ao modelo já adotado para as importações por meio do Covax Facility, a aliança internacional formada para acelerar o desenvolvimento, a produção e a distribuição de vacinas contra a covid-19. O pedido de dispensa de registro será avaliado, com prioridade, pelas áreas técnicas da Anvisa e a decisão deverá ocorrer em até 7 dias úteis.

Os grupos vulneráveis e prioritários para uso do medicamento ou vacina ficarão a critério do Ministério da Saúde. A pasta também fará o monitoramento dos medicamentos ou vacinas importados e gerenciará as orientações para notificações de eventos adversos e queixas técnicas e as orientações aos serviços de saúde. Outra atribuição do Ministério da Saúde será assegurar que os medicamentos ou vacinas atendam às condições aprovadas pela autoridade sanitária internacional, garantindo que as vacinas somente sejam utilizadas após a liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

A diretora relatora da matéria, Meiruze Freitas, ressaltou que a Anvisa acompanhará as discussões sobre farmacovigilância e os estudos de efetividade junto à OMS e às autoridades reguladoras internacionais.

Referências internacionais

Pela decisão de hoje serão consideradas as aprovações de medicamentos ou vacinas emitidas pelas seguintes autoridades internacionais:

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Agência Europeia de Medicamentos (EMA)

Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA/EUA)

Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA /UK)

Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos/Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão (PMDA/MHLW/JP)

Agência Reguladora do Canadá (Health Canada)

O governo federal formalizou no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (1º) o aval para um reajuste de 10,89% nos preços dos medicamentos no País a partir de 31 de março.

O porcentual, que já havia sido divulgado pelo Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) no início da semana, consta de resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que é o órgão interministerial responsável pela regulação do segmento.

##RECOMENDA##

Segundo o Sindusfarma, o aumento dos preços deve atingir cerca de 13 mil apresentações de remédios disponíveis no varejo brasileiro.

O tamanho do reajuste de 2022 foi levemente superior ao permitido no ano passado, quando o governo autorizou um aumento máximo de 10,08% no preço dos remédios.

[@#galeria#@]

A automedicação é um problema que assola o Brasil. De acordo pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, tomar remédio sem orientação médica é um hábito comum a 77% dos brasileiros. Dentre os tipos de substâncias procuradas, o consumo exacerbado de remédios e chás emagrecedores tem se tornado, cada vez mais, um perigo para a população.

##RECOMENDA##

Com a supervalorização da imagem e da estética, fenômeno da sociedade contemporânea, a procura por substâncias emagrecedoras que prometem resultados rápidos se dá, muita das vezes, por recomendação de amigos, vizinhos e até mesmo de propagandas encontradas nas redes sociais. Foi o que aconteceu com a técnica em saúde bucal Elaine Rodrigues. “A minha busca por medicamentos para emagrecer se deu por ver amigas que se submetem e conseguiram ter bons resultados, no curto período da dosagem”, conta a técnica.

Todo remédio possui efeitos colaterais, principalmente aqueles consumidos sem a prescrição individualizada. Elaine fala que teve algumas reações e preferiu não continuar com a medicação. “Percebi mudança no meu organismo, reagindo de forma muito rápida. Tive dores de cabeças fortes, sudorese, tonturas e por esse motivo não levei adiante”, descreve.

Nos últimos meses, dois casos de morte após complicações hepáticas causadas pelo consumo de remédios que prometem emagrecimento milagroso chamaram a atenção da mídia. A cantora Paulinha Abelha, da Banda Calcinha Preta, morreu com uma lesão aguda no fígado. Na receita do medicamento consumido por Paulinha constava a presença de substâncias com objetivo de inibir a absorção de carboidratos, gordura e aumentar o ganho de massa muscular. Outro caso foi o da enfermeira Mara Abreu, que tomou cápsulas de um chá emagrecedor com 50 ervas diferentes. Submetida ao transplante de fígado após ter uma hepatite fulminante, ela morreu depois da cirurgia.

O uso de emagrecedores deve ser feito a partir de um acompanhamento médico, de forma individualizada. A autônoma Nayara Gonçalves diz que, apesar de ter tentado de tudo, não conseguia perder peso e, com a ajuda de um nutricionista, pôde recorrer ao medicamento. “Eu estava muito acima do meu peso. Estava pesando 95 quilos e isso estava me deixando muito triste”, relata Nayara.

O uso do remédio, aliado à reeducação alimentar e exercícios físicos, fez com que, em três meses, Nayara tivesse uma perda significativa de 27 quilos. A autônoma fala que em alguns momentos teve dor de cabeça e alerta as pessoas que pretendem usar os emagrecedores. “Eu não indico a ninguém ficar tomando remédio sem orientação médica. E sempre procurar ver o procedimento dos medicamentos, ver se são liberados pela Anvisa”, aconselha.

Orientação profissional

A nutricionista, professora e coordenadora do curso de Nutrição da Universidade da Amazônia – UNAMA, Danielle Farias, diz que falar de alimentação saudável, inclusive de redução de peso, é muito simples se as pessoas entenderem o conceito. De acordo com a especialista, é possível perder peso se houver aumento do gasto energético por meio de uma atividade física ou se a alimentação for reduzida.

A nutricionista afirma que dietas ou alimentos que podem e devem substituir qualquer tipo de medicamento devem ter o acompanhamento de um profissional, de acordo com o perfil do paciente, os padrões alimentares e os objetivos dele. “O nutricionista vai calcular uma dieta adaptada ao paciente e assim não precisa utilizar recursos que, ao invés de melhorar a saúde, podem colocar em risco”, explica.

Segundo Danielle, muitos pacientes que buscam a reeducação alimentar já utilizaram outras ferramentas para emagrecer, principalmente dietas “milagrosas”, forte restrição alimentar, medicamentos, chás e outras substâncias. “A partir disso, eles conseguem entender um pouco mais sobre os cuidados da alimentação e nutrição, e as sequelas que o uso indiscriminado de medicamentos ou de uma dieta restritiva pode causar”, conta.

O consumo equivocado de chás, diuréticos, medicamentos inibidores de apetite e controladores da insulina do corpo pode provocar danos sérios à saúde, como a eliminação de micronutrientes e de algumas substâncias, como os eletrólitos – minerais responsáveis por transportar água para as nossas células e pelos impulsos elétricos do nosso corpo que são importantes para o movimento muscular, entre outros.

Danielle acrescenta que esse uso também pode gerar desidratação e sobrecarga renal e hepática. Ela reforça a importância de contar com um especialista que seja ético e que consiga estabelecer ferramentas e estratégias nutricionais que acelerem o emagrecimento sem colocar em risco a vida do paciente. “Existem, sim, diversos riscos acompanhados da utilização de chás, de sucos detox, por exemplo, que são consumidos de forma desenfreada”, alerta.

Por Even Oliveira e Isabella Cordeiro (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel)

As polêmicas ao redor da vida de Britney Spears parecem longe de acabar. Após a Princesa do Pop ter dito no tribunal em junho que as medicações que tomava por anos foram tiradas pelos responsáveis por sua tutela, sua ex-empresária Lou Taylor decidiu se pronunciar e contrariou a cantora. A revista People obteve documentos judiciais em que Lou, junto de sua equipe, dá outra versão dos fatos.

"Ninguém na Tri Star [empresa] jamais teve qualquer controle sobre o tratamento médico de Spears ou sugeriu monitorar as comunicações eletrônicas dela. Jamais tivemos autoridade para aprovar protocolos de segurança ou estivemos cientes de qualquer dispositivo de vigilância eletrônico escondido colocado no quarto da Sra. Spears".

##RECOMENDA##

O time de Lou ainda alega que eles não representavam a cantora quando a tutela de Jamie Spears, pai de Britney, começou em 2008. Eles teriam começado a trabalhar com a estrela apenas em 2009, durante a turnê Circus.

"Ninguém na Tri Star jamais recebeu qualquer compensação relacionada à Sra. Spears ou ao seu patrimônio que não esteja refletida com precisão nas contas arquivadas ou a serem arquivadas neste caso", complementa o documento.

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) deve retomar na próxima sexta-feira (1º) a produção de radiofármacos usados em tratamentos contra o câncer, segundo informou nesta segunda-feira (27) o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. Por falta de dinheiro, a produção foi interrompida no dia 20 - se mantida a previsão, serão dez dias de interrupção, portanto. A falta desses produtos prejudica o tratamento de saúde de 700 mil pessoas em todo o País, estimou o ministro. Nesta segunda-feira, ele participou como convidado de uma reunião da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados para debater a falta de dinheiro para fabricar os radiofármacos.

A retomada da produção será possível a partir do aporte de R$ 19 milhões para a compra de insumos importados necessários para a produção desses medicamentos. Esse dinheiro estava reservado para outras áreas do próprio Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Com a autorização do Ministério da Economia, foi transferido na semana passada, mas garante a retomada da produção por apenas duas semanas. O ministro aguarda a aprovação, pelo Congresso Nacional, de dois projetos de lei que transfiram mais dinheiro para a compra dos insumos.

##RECOMENDA##

O PLN 16/21, que complementa o orçamento do MCTI em R$ 34 milhões, foi apresentado pela Presidência da República ao Congresso Nacional no dia 27 de agosto. Ainda não foi votado. Nesta segunda-feira, houve sessão do Congresso, mas o projeto não foi incluído na pauta. A previsão é que seja votado na próxima quinta-feira, 30. Esse dinheiro garantirá a produção dos medicamentos por um mês e meio, calcula Pontes.

O ministro afirmou ter alertado o governo federal sobre a necessidade de votar e aprovar o mais rápido possível esse projeto. Mas, segundo o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), um dos autores do convite para o ministro comparecer à reunião da comissão parlamentar, os líderes do governo no Congresso demonstraram não ter pressa para votar a proposta. Alegaram que a transferência dos R$ 19 milhões resolveria temporariamente o problema.

Segundo o ministro, depois do PLN 16 será necessária a aprovação de outro PLN, que transfira mais R$ 55 milhões para a compra de insumos. Esse dinheiro será necessário para garantir a produção até o final deste ano e para repor os R$ 19 milhões remanejados de forma emergencial de outros projetos do próprio MCTI.

Pontes disse que os radiofármacos são vendidos pelo Ipen, e o valor arrecadado é maior do que o gasto para comprar insumos. No entanto, esse dinheiro não retorna para o Ipen, mas vai para a conta única do Tesouro Nacional. Por isso, todo ano o Ipen depende do valor reservado no Orçamento da União para comprar os insumos.

O ministro afirmou também que desde junho de 2020 sabia que ao longo deste ano faltaria dinheiro para a produção de radiofármacos pelo Ipen. Alertou o Ministério da Economia, mas não foi atendido.

"Há mais de um ano nós estamos tentando evitar o que aconteceu agora", disse. "Em junho de 2020, o Ministério da Economia enviou o valor de referência para o orçamento do MCTI em 2021, insuficiente para a produção dos radiofármacos", contou o ministro. Ele disse desde então ter solicitado ao Ministério da Economia, pessoalmente e por meio da secretaria-executiva do Ministério, o reajuste do orçamento. Isso não aconteceu.

O Congresso só votou o Orçamento da União em abril de 2021. Em vez de ampliar a verba do MCTI, reduziu-a. Passou a ser necessária então uma complementação orçamentária. Em julho, a Junta de Execução Orçamentária aprovou a criação de um projeto de lei (PLN 16/21) que garantiria mais R$ 34 milhões ao MCTI. Mas esse projeto até agora não foi votado. Será necessário outro, reservando mais R$ 55 milhões ao Ministério comandando por Pontes.

Segundo ele, a previsão orçamentária de 2022 aumenta a verba para a produção de radiofármacos. Mas será preciso que o valor seja mantido, quando o projeto do Orçamento de 2022 for debatido pelo Congresso.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando