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Este é o último mês para contribuintes fazerem a declaração do Imposto de Renda. Informar rendimentos a partir de investimentos em ações, títulos e até mesmo ganhos com trabalho em aplicativos são alguns dos itens que mais causam dúvidas na hora de preencher a declaração. 

Nesta semana, a Agência Brasil separou algumas das principais dúvidas acerca do tema. As questões foram selecionadas por meio de entrevistas com a população e foram respondidas pelo professor de Ciências Contábeis Deyspson Carvalho, do Centro Universitário do Distrito Federal.

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O material faz parte de um guia publicado pelo veículos da Empresa Brasil de Comunicação com algumas das principais orientações para declarar ao Fisco.

Para escutar as respostas completas em áudio, clique nos players. Para ouvir o tema da semana passada, publicado na Agência Brasil, clique aqui. É possível também acompanhar a série completa na Radioagência Nacional clicando aqui.

O que preciso declarar para não cair na malha fina?

De acordo com o professor, a omissão de ganhos da declaração do Imposto de Renda é um dos principais motivos de retenções na malha fiscal, mais conhecida como malha fina. “Isso muitas vezes acontece com aqueles rendimentos recebidos eventualmente, por um trabalho temporário ou um serviço prestado ocasionalmente”, conta Deypson Carvalho.

Caso a pessoa se enquadre em uma das regras que a obrigam a declarar o Imposto de Renda (veja detalhes aqui), ela precisa declarar ganhos recebidos de Pessoas Jurídicas (como, por exemplo, salários e benefícios trabalhistas), pensões, aposentadorias, investimentos, valores recebidos do exterior e até alguns valores recebidos de pessoas físicas.

O professor alerta que ganhos obtidos por dependentes no Imposto de Renda também devem ser declarados. “Muitas vezes, filhos, mesmo menores, fazem trabalhos temporários e recebem remuneração. Toda remuneração recebida pelo dependente também deve ser declarada”, completa.

É preciso fazer a declaração de ganhos em bolsa? Há isenção neste ano de algum valor?

Um dos tipos de ganhos mais complexos de se declarar no Imposto de Renda é de rendimentos com investimentos. Enquanto ganhos com poupança e com algumas modalidades de renda fixa (como a Letra de Crédito Imobiliário) são isentos e devem ser declarados como tal, há ganhos passíveis de cobrança de impostos.

Uma das principais mudanças no IRPF 2023 está relacionada à declaração de alguns destes ganhos, mais exatamente em Bolsa de Valores. A mudança tem suscitado dúvidas em algumas pessoas.

Uma delas é a Patrícia Kawamoto. Ela fez investimentos em 2022 e têm dúvidas sobre como fazer a declaração. “Eu gostaria de saber como e o que devo declarar no IR2023”, indaga. Outro contribuinte com dúvidas é o James Franco. “Eu sei que existe um limite para declaração de ganhos sobre ações. Qual seria esse limite”, pergunta.

De fato, nem todo mundo que investiu em ações precisa declarar o Imposto de Renda. Não estará obrigado a entregar a Declaração do Imposto de Renda em 2023, o contribuinte que comprou ações ou outros ativos negociados em bolsa e não vendeu nada em 2022, ou, se vendeu, não superou R$40 mil no somatório anual ou, ainda, teve isenção durante todos os meses de 2022. “Daí a importância e necessidade de o contribuinte conhecer todos os critérios de obrigatoriedade antes de saber se precisará declarar ou não as suas ações no imposto de renda anual”, explica Deypson Carvalho.

Para quem precisa declarar, o professor aponta que é importante se basear em documentos consolidados para não errar nos valores. “O contribuinte deverá se basear nas informações contidas nas notas de corretagens dos investimentos em ações realizadas em 2022, documentos de arrecadações de receitas durante o ano, os informes de rendimentos das empresas nas quais investiu, os extratos bancários contendo as movimentações e também utilizar como apoio auxiliar o controle pessoal das operações”, diz.

Os ativos em custódia em 31/12/2022 devem informados na ficha de Bens e Direitos (código 03 – participações societárias) pelo custo de aquisição. Os dividendos recebidos decorrentes de ações devem ser lançados na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis.

No caso da venda de ações, o campo depende do valor. Se o valor for menor de R$ 20 mil, deve ser lançado como Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. Se o valor for maior de R$ 20 mil, deverá ser preenchido o demonstrativo de apuração de ganhos variáveis.

Em relação aos Juros sobre o Capital Próprio, deverá ser registrado na ficha de Rendimentos sujeitos à Tributação Exclusiva, se tiver sido recebido em 2022. Se o contribuinte ainda não recebeu, deve lançar na ficha de Bens e Direitos como “valor a distribuir”.

Quem trabalha nas horas vagas com aplicativos precisa declarar os ganhos?

Muita gente está exercendo, como atividade principal ou secundária, um trabalho como motorista por meio de plataformas digitais, os chamados aplicativos de mobilidade. O leitor Alex Ramaldes tem dúvidas de como declarar os ganhos. “Na hora de declarar, como eu trabalho nas horas vagas com aplicativo, sou obrigado a declarar isso ao Fisco?”, indaga.

A resposta é sim. Se a pessoa está obrigada a declarar o Imposto de Renda  e recebeu os valores como Pessoa Física, ela precisa prestar contas dos ganhos como motorista de aplicativos.

O uso do carnê-leão ajuda na hora de declarar estes ganhos. Mensalmente, o contribuinte pode declarar os ganhos com aplicativos de mobilidade no carnê-leão para, na hora de declarar, exportar estes dados para o programa do Imposto de Renda, que fará o ajuste e verificará se o contribuinte tem imposto a pagar ou a restituir.

O professor da UDF alerta, inclusive, que a não declaração pode implicar em problemas para o contribuinte: “A Receita Federal recebe antecipadamente as informações fornecidas pelas fontes pagadoras e informações sobre os pagamentos efetuados pelos contribuintes pessoas físicas a outras pessoas físicas. Portanto, quem recebe renda extra, seja qual for a fonte, deverá informá-la na sua declaração de ajuste anual sob pena da declaração ficar retida em malha fiscal”.

É preciso declarar a venda de produtos usados?

Ok, ganhos com atividades laborais devem ser declarados. Mas e aquele dinheiro que às vezes ganhamos por vender um produto usado (como uma televisão ou geladeira)? Até isso precisa declarar?

O professor Deypson Carvalho explica que a obrigatoriedade de declaração depende de alguns fatores. Um deles é a frequência da atividade. Se a venda for exercida de forma eventual, o lucro auferido na venda é tributado como ganho de capital da pessoa física. Se a atividade for exercida de forma habitual, a pessoa física é considerada empresa individual equiparada a pessoa jurídica, sendo seu lucro tributado nessa condição.

“Ocorre que, normalmente, veículos e eletrodomésticos são vendidos por valor abaixo do custo de aquisição, não gerando, dessa forma, ganho de capital passível de tributação, o que dificilmente acontece com os imóveis”, diz. Ou seja: se não há lucro, não há imposto a pagar.

Por fim, há a questão do valor do bem. “Caso a venda de bens de pequeno valor seja superior a R$35.000,00, o ganho de capital deverá ser apurado e o imposto pago de acordo a legislação vigente”, completa o professor.

Como declarar ganhos com aposentadoria, previdência e pensões?

Uma dúvida frequente dos contribuintes é em relação à declaração de aposentadoria, previdência e pensões. Estes ganhos são considerados, até o valor mensal de R$1.903,98, como isentos para quem tem mais de 65 anos. Com isso, ganhos até este valor devem ser computados na aba de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis do programa de declaração.

“O programa da declaração verificará de forma automática o limite anual de isenção e do 13º salário e informará ao contribuinte caso ele exceda o valor de isenção permitido pela legislação”, diz Deypson Carvalho.

Para quem acaba exercendo uma segunda atividade, é importante ficar atento. Isso porque apesar de cada fonte pagadora aplicar a isenção mensal, será preciso fazer o ajuste de pagamento na hora da Declaração Anual do Imposto de Renda. “Caso o cálculo não seja aceito pelo contribuinte, a declaração ficará impedida de ser entregue à Receita Federal”, alerta o professor.

Como declarar ganhos com pensão alimentícia?

A pensão alimentícia judicial sob o ponto de vista de quem recebe passou a ser considerada, após decisão de 2022 do Supremo Tribunal Federal, como rendimento isento de tributação do Imposto de Renda. Com isso, houve mudanças na declaração do Imposto de Renda. Para 2023, o programa da declaração foi adaptado para que esse tipo de rendimento seja informado pelo contribuinte beneficiário na ficha de Rendimentos Isentos e Não tributáveis.

Só é preciso fazer a declaração dos ganhos com pensão alimentícia as pessoas que estão, por algum motivo, obrigadas a realizar declaração do Imposto de Renda 2023.

Para ler e ouvir todas as matérias da série Tira-Dúvidas do IR 2023, acesse a página do especial.

As famílias da classe C, que ganham entre R$ 5,2 mil e R$ 13 mil mensais, gastam em média um terço, o equivalente a 33,3%, dos rendimentos com alimentação, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (25) pelo Instituto Locomotiva. Entre as famílias da classe B, com rendimento de R$ 13 mil a R$ 26 mil, o percentual da renda comprometida com alimentação cai para 13,2%.

Para as famílias com rendimentos entre R$ 1,3 mil e R$ 5,2mil, classificadas como classes D e E, mais da metade do dinheiro recebido mensalmente (50,7%) é gasto com comida.

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O estudo foi encomendado pela empresa de benefícios VR. De acordo com o estudo, para a classe C, os benefícios como vale-refeição e vale-alimentação representam, em média, entre 3% e 8,5% dos gastos com alimentação. Para as classes D e E, esses benefícios chegam a cobrir 33% dessas despesas.

A classe C, segundo a pesquisa, representa no Brasil aproximadamente 109 milhões de pessoas, a maioria negras (60%). Quase a metade dessas famílias são chefiadas por mulheres (49%) e 52% dessa população não concluiu o ensino médio.

“Chefiados por mulheres porque parte é mãe solteira”, detalha o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles.

Poder de compra

Nos últimos anos, em um processo agravado pela pandemia da covid-19, Meirelles disse que houve perda do poder de compra dessas famílias.

“Há cinco anos, com 40% do valor de um salário mínimo dava para comprar uma cesta básica. Hoje, 59% do valor do salário mínimo dá para comprar uma cesta básica. Ou seja, o poder de compra de alimentos, dos itens básicos, diminuiu”, explicou.

Por isso, de acordo com ele, esses consumidores se tornaram ainda mais atentos aos produtos que consomem. “Uma radicalização do custo-benefício, que passa a ser muito mais exigente nos produtos que ele está comprando, na relação qualidade versus preço do que ele tá comprando”, ressalta.

Nessa camada da população, estratégias, como adotadas por várias marcas, de reduzir o tamanho das embalagens ou a qualidade da composição dos produtos como forma de disfarçar aumento de preços tendem, segundo Meirelles, a ser especialmente mal vistas.

“O custo do erro na classe C é muito maior. Então, se o consumidor da classe C compra um produto que está mais barato, mas não entrega o que promete, ele vai ter que comer aquele produto o mês inteiro, porque a grana que ele tinha para aquele produto era contada”, explica sobre o impacto da redução da qualidade nessas famílias.

“Dentro do que cabe no bolso, ele vai buscar a melhor qualidade, é esse o movimento que veio para ficar, isso não vai mudar”, acrescenta o pesquisador.  Endividamento Segundo a pesquisa, oito em cada dez famílias da classe C têm dívidas em aberto, sendo que um em cada três está inadimplente.

De acordo com Meirelles, muitas vezes as dívidas são contraídas como forma de garantir o consumo de itens básicos. “Quando o salário acaba e o mês não, a classe C que tem cartão de crédito vai no supermercado ou na farmácia e compra com o cartão de crédito para ganhar 20 dias para pagar”, disse.

As empresas e fontes pagadores precisam repassar aos funcionários os informes de rendimento de 2021 até esta segunda-feira (28). O documento serve para preencher a declaração do Imposto de Renda, que pode ser enviada de 7 de março até 29 de abril.

A orientação é que os contribuintes comecem a separar a documentação e entregue o Imposto de Renda nos primeiros dias do prazo para entrar nos primeiros lotes de restituição.

-->Receita publica regras para declaração do Imposto de Renda

Receita pode ser acionada caso haja atraso

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Quem não receber os informes com o detalhamento dos vencimentos e descontos da Previdência Social devem procurar o departamento de recursos humanos da empresa. Se o material ainda não for enviado, a Receita Federal poderá ser acionada pelo funcionário.

--> Vídeo: passo a passo de como declarar o Imposto de Renda

Aposentados e pensionistas

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem pegar seus comprovantes pela internet no site ou no aplicativo da entidade, disponível desde o dia 18 de fevereiro.

Instituições financeiras e previdenciárias particulares também devem repassar os informes de rendimento até o fim do mês, com as informações sobre aplicações financeiras e saldos existentes até 2021 de todas as contas e investimentos.

As empresas e instituições financeiras têm até o próximo dia 28 para enviar aos contribuintes os comprovantes de rendimentos referentes ao ano passado. Os informes são usados para o preenchimento da declaração do Imposto de Renda (IR) Pessoa Física 2022, cujo prazo de entrega está previsto para começar em 2 de março.

O calendário de entrega da declaração deste ano será divulgado pela Receita nos próximos dias. Tradicionalmente, o prazo começa no primeiro dia útil de março e vai até o fim de abril. Por causa da pandemia de Covid-19, o prazo final de entrega foi adiado nos últimos anos. A declaração pôde ser entregue até 30 de junho em 2020 e 31 de maio em 2021.

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Em relação aos comprovantes de rendimentos, os dados não precisam ser enviados pelos Correios. As empresas e as instituições financeiras podem mandar as informações por e-mail, divulgar links para serem baixados na internet ou fazer a divulgação em aplicativos para dispositivos móveis. Os documentos de rendimento servem para a Receita Federal cruzar dados e verificar se o contribuinte preencheu informações erradas ou sonegou imposto.

Os documentos fornecidos pelos empregadores devem conter os valores recebidos pelos contribuintes no ano anterior, assim como detalhar os valores descontados para a Previdência Social e o Imposto de Renda recolhido na fonte. Contribuições para a Previdência Complementar da empresa e aportes para o plano de saúde coletivo devem ser informados, caso existam.

Comprovantes na internet

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem pegar os comprovantes na internet. O documento está disponível na página Meu INSS  ou no aplicativo de mesmo nome disponível para os sistemas Android e iOS. O segurado deve digitar a mesma senha para consultar os demais extratos. Caso não tenha senha, basta seguir os passos informados pelo site.



Planos de saúde individuais e fundos de pensão também são obrigados a fornecer comprovantes, cujos dados serão usados para o contribuinte deduzir valores cobrados no Imposto de Renda. Os bancos e corretoras devem informar valores de todas as contas correntes e investimentos. Caso o contribuinte tenha conta em mais de uma instituição, deve obter os comprovantes de todas elas.

Atraso e erros

Se não receber os informes no prazo, o contribuinte deve procurar o setor de recursos humanos da empresa ou o gerente da instituição financeira. Se o atraso persistir, a Receita Federal pode ser acionada. Em caso de erros ou de divergência de dados, é necessário pedir novo documento corrigido.

Se não receber os dados certos antes do fim de abril, dia final de entrega da declaração, o contribuinte não precisa perder o prazo e ser multado. É possível enviar versão preliminar da declaração e depois fazer declaração retificadora.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), e determinou que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato entregue ao STF cópia de declarações de rendimentos de sua esposa, Andrea Eunice Haas. A PGR quer que seja esclarecido se Pizzolato agiu com o objetivo de burlar o pagamento de multa imposta a ele pela condenação no mensalão.

Em liberdade condicional desde dezembro, uma das condições para Pizzolato ficar fora da prisão era o pagamento dos débitos de sua multa, fechada em torno de R$ 2 milhões.

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A decisão de Barroso foi assinada na última sexta-feira, 29. Pizzolato tenta desde o início do ano ser dispensado de apresentar uma garantia para formalização do pagamento da multa. Em função disso, a PGR afirmou ao ministro que deve ser esclarecida uma transferência de "parcela significativa" de Pizzolato a Andrea.

A procuradoria pede que Pizzolato entregue ao STF cópia das declarações de rendimentos de Andrea, referentes aos anos de 2004, 2005, 2006, 2016 e 2017. Entre outras providências, a PGR também quer que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) disponibilize registros de informações financeiras de Pizzolato e Andrea, desde julho de 2005. O ministro atendeu as solicitações.

"A Procuradoria-Geral da República demonstrou a presença de indícios de condutas que podem caracterizar o objetivo de frustrar o pagamento da multa imposta por esta Corte", afirma Barroso na decisão.

"Ademais, as providências requeridas pelo MPF são necessárias para a análise do próprio pleito defensivo de reconsideração da decisão que impôs a formalização do ajuste perante a Fazenda Nacional como condição para a manutenção do sentenciado no livramento condicional", continuou o ministro.

Condenado em 2012 por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato passou um ano e sete meses cumprindo pena em regime fechado na Papuda e, desde maio de 2017, estava no semiaberto. Ele conseguiu liberdade condicional em dezembro do ano passado, por uma decisão de Barroso, que impôs o pagamento da multa como uma das medidas condicionais para sua soltura.

Ao se manifestar sobre os pedidos da PGR, a defesa de Pizzolato afirmou ao STF que a PGR não pode "exigir que a privacidade e o sigilo fiscal da Sra. Andréa Eunice Haas sejam devassados nos presentes autos", uma vez que ela faz parte do processo.

"Acrescenta-se que a partilha de bens é anterior à citação do executado no processo criminal e ao recebimento da denúncia, sendo indiferente a data do protocolo da petição inicial", afirma o advogado Hermes Guerrero.

O dólar avançou em relação a outras moedas principais nesta quarta-feira, 25, à medida que os rendimentos dos títulos americanos voltaram a ganhar força, em meio a especulações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá elevar as taxas de juros com mais agilidade.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 109,34 ienes, o euro recuava para US$ 1,2174 e a libra cedia para US$ 1,3934. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, fechou em alta de 0,45%, aos 91,241 pontos.

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O juro da T-note de 10 anos novamente subiu acima da marca simbólica de 3% nesta quarta-feira, atraindo investidores que buscam ativos que geram maior rendimento e tornando mais cara a moeda dos Estados Unidos, disseram os investidores. Nos últimos dias, o dólar está apoiado por expectativas crescentes de que o Fed irá elevar os juros um total de quatro vezes neste ano.

De acordo com o CME Group, os futuros dos Fed funds, usados por investidores para fazer apostas para a política futura do banco central americano, sugerem que a chance de quatro elevações nos juros em solo americano em 2018 aceleraram para 47%. Um mês atrás, o valor estava em 33%. Taxas de juros mais altas nos EUA costumam atrair investidores para o dólar com as promessas de retornos maiores.

À medida que os yields dos Treasuries aumentaram, ficou mais caro para os investidores a aposta contra o dólar em relação a outras moedas, como o euro, enquanto outros grandes bancos centrais, como o Banco Central Europeu (BCE), ainda não retiraram a acomodação na política monetária. "A grande vantagem de rendimento que o dólar acumulou nos últimos meses está finalmente começando a ter importância", afirmou o diretor de estratégia cambial na América do Norte do BNP Paribas, Daniel Katzive.

Discursos de dirigentes do BCE corroboraram a tese de que a autoridade monetária da zona do euro deve demorar a retirar estímulos. Para Yves Mersch, que integra o conselho executivo do banco, um amplo grau de acomodação continua necessário para garantir inflação próxima a 2%. Já o presidente do Banco da Lituânia, Vitas Vasiliauskas, foi mais positivo, ao afirmar que o fortalecimento da expansão econômica na região "aumentou minha confiança de que é hora de fazer a transição do programa de compra de ativos". No entanto, ele disse que o encerramento das compras "não deve ser abrupto". (Com informações da Dow Jones Newswires)

A Agência Tributária espanhola denunciou a estrela pop colombiana Shakira à Procuradoria do país por crime fiscal entre 2011 e 2014 - noticiou o jornal "La Vanguardia". Após uma inspeção, a denúncia foi apresentada à Procuradoria no fim do ano, alegando-se que a cantora deveria ter declarado seus rendimentos durante todos esses anos como residente da Espanha, indicou o jornal.

Agora, cabe à Procuradoria decidir se apresenta uma ação contra Shakira. O valor do caso passaria de "vários milhões de euros", informou o jornal neste domingo, citando fontes próximas ao caso. Solicitada pela AFP, a Agência Tributária não quis comentar as informações.

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Segundo o "La Vanguardia", a ação declara que a cantora deveria ter tributado às autoridades fiscais espanholas a maior parte de seus rendimentos no mundo entre 2011 e 2014 e, ao não fazê-lo, teria incorrido em um crime que pode ser punido com dois anos de prisão.

"Trata-se de uma diferença de critério, não de ocultamento fiscal", indicaram ao jornal fontes do entorno de Shakira, acrescentando que a artista está disposta enfrentar as "consequências econômicas das discrepâncias técnicas que tem com a inspeção".

De acordo com as fontes, durante vários dos anos referentes à inspeção, Shakira não tinha casa própria em Barcelona e, em 2013, teve seu primeiro filho com Piqué.

Também indicam que, nesse intervalo, a artista recebia grande parte de sua renda de suas turnês mundiais, que a obrigavam a ficar a maior parte do ano fora da Espanha. Nesse sentido, afirmam, não teria cumprido no país o mínimo de 183 dias que a obrigaria a ter sua residência fiscal na Espanha.

A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram hoje (26) a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) relativa ao mês de setembro deste ano. O nível de ocupação diminuiu na indústria de transformação (responsável por lidar com a matéria-prima), no comércio de reparação de veículos e no setor de serviços. A construção civil foi o setor que impediu uma maior queda. Com isso, a taxa de desemprego, que em agosto era de 17,2%, passou para 17,5% em setembro.

A pesquisa mostra que 1,926 milhões de pessoas estão desempregadas nos 39 municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo. Isso significa 12 mil desempregados a mais que no mês anterior e uma eliminação de 131 mil postos de trabalho. Desde o início do ano, a taxa subiu 3,5%, com 14% em janeiro, com um pico de 17,6% em maio, chegando ao patamar atual de 17,5%. O nível dos rendimentos também caiu: no acompanhamento anual divulgado pela pesquisa, entre agosto de 2015 e agosto de 2016, os assalariados tiveram uma retração de 2,3%, e os ocupados, que são os trabalhadores que exercem algum tipo de trabalho regular ou não, mas, que não estejam buscando emprego, de 4,3%.

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Por setor, o panorama ficou da seguinte forma: comércio e reparação de veículos sofreu retração de 12% na oferta de vagas (redução de 214 mil postos), indústria de transformação, -10,5% (redução de 154 mil postos), construção civil, queda de 9,5% (redução de 61 mil postos), e serviços, com queda de 0,6% (redução de 35 mil postos).

Qual o número da sua independência financeira? Foi esta a pergunta que o consultor financeiro Reinaldo Domingos respondeu no livro Terapia Financeira, e que muitas pessoas nunca pararam para se questionar, e muitas vezes, criam o hábito de poupar, mas de forma desordenada, e outras acreditam que a previdência pública pode resolver esta questão. Ele desenvolveu uma fórmula que permite calcular com mais precisão qual o valor de sua aposentadoria.

“O INSS é uma ótima garantia, mas não representa uma aposentadoria satisfatória, principalmente pela redução drástica nos ganhos da família, em função de vários motivos. É preciso que paralelamente se tenha um planejamento que permita a manutenção do padrão de vida e possibilite viver com qualidade”, acredita Domingos.

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Para o consultor, o indivíduo deve encontrar o número que se pretende atingir e a data desejada a se tornar independente, na qual ela passa a trabalhar somente por prazer, mantendo o padrão de vida.

De acordo com a fórmula desenvolvida por ele, que consiste em obter dados pessoais, como idade desejada e o ganho atual, a pessoa deve guardar mensalmente um número que proporcione um ganho mensal do dobro de seu padrão atual, e pode sacar apenas 50% destes juros mensais, guardando o restante como reserva acumulada.

A partir daí, caso queira, a pessoa trabalhará apenas por prazer, podendo aproveitar a vida sem se preocupar com os rendimentos. “Essa metodologia não é benéfica apenas para a pessoa que a aplica, mas também para toda a família, pois, mesmo no caso da morte de quem a aplica, o rendimento se manterá para os demais”, afirma.  

Assim se multiplica a idade estimada para a aposentadoria com o ganho no último ano. Em seguida, deve-se multiplicar este número por 40%, obtendo o valor que deverá ter para aposentadoria, em uma aplicação com rendimento mensal com juros de 0,65% ao mês.

Nos casos em que as taxas de juros mensais praticadas no mercado forem menores de 0,5%, o percentual de 40% deverá ser aumentado. No site da editora do livro, os interessados encontram uma planilha para ajudar no controle. "Disponibilizei esta fórmula para atingir a missão de disseminar a educação financeira no Brasil e nada mais justo do que possibilitar às pessoas o acesso a essas informações", finaliza o consultor.

Com informações da assessoria

A participação das mulheres no mercado de trabalho formal cresceu mais que a dos homens no último ano, mas os salários delas aumentaram menos. É o que apontam dados divulgados nesta sexta-feira, 11, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Em 2012, os rendimentos médios dos homens cresceram 3,35% e os das mulheres, 2,62%. A média do que os homens com carteira assinada receberam passou de R$ 2.177,43, em 2011, para R$ 2.250,40, em 2012. No mesmo período, a média do que receberam as mulheres foi de R$ 1.802,97 para R$ 1.850,26.

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O mesmo documento aponta que a participação das mulheres no total da mão de obra brasileira cresceu mais que o dobro em relação aos homens: 3,89% para elas e 1,46% para eles. Com isso, as mulheres passaram a representar 42,47% da força de trabalho. Mesmo com o pequeno aumento, o ministério aponta que ainda há uma disparidade, já que a quantidade de mulheres na população em idade ativa supera o número de homens.

Nos empregos com carteira assinada, a participação da mulher nas vagas com graus de instrução mais elevados é maior que a masculina. Nos postos de trabalho para ensino superior incompleto, as mulheres ocupam 52% e os homens, 48%. No ensino superior completo, participação feminina é de 59% e dos homens, 41%.

"A mulher vem aumentando consistentemente a sua participação no mercado de trabalho formal e o vem fazendo, sobretudo, no ensino médio completo e incompleto e no ensino superior completo", aponta o governo. O MTE divulgou hoje que o Brasil gerou 1,148 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, o que representa uma queda de 48,8% em relação às vagas geradas em 2011, que foram de 2,242 milhões.

Uma pesquisa divulgada pela IDC e App Annie nesta quarta-feira (21) revelou que a receita gerada pelos jogos no Android superou a dos lançados para portáteis como Nintendo 3DS e PS Vita, segundo análise do segundo trimestre deste ano.

De acordo com o relatório, a renda gerada pelos jogos de iOS e Android quando vistas em conjunto chega a ser quatro vezes superior a dos portáteis. É a primeira vez que os rendimentos do Android superam o dos consoles de mão, embora isso já tenha ocorrido com o iOS, que apenas aumentou a distância durante o período.

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Confira os mais populares em suas categorias:

Top 5 na App Store

1 – "Clash of Clans" (Finlândia)

2 – "Puzzle & Dragons" (Japão)

3 – "Candy Crush Saga" (Reino Unido)

4 – "Hay Day" (Finlândia)

5 – "The Simpsons: Tapped Out" (Estados Unidos)

Top 5 na Google Play

1 – "Puzzle & Dragons" (Japão)

2 – "Candy Crush Saga" (Finlândia)

3 – "Windunner" (Coreia do Sul)

4 – "Cookie Run" (Coreia do Sul)

5 – "Fives" (Coreia do Sul)

Top 5 para consoles portáteis

1 – "Tomodachi Collection: Shin Seikatsu" (Japão)

2 – "Animal Crossing: New Leaf" (Japão)

3 – "Luigi’s Mansion: Dark Moon" (Japão)

4 – "Donkey Kong Country Returns 3D" (Japão)

5 – "New Super Mario Bros 2" (Japão)

A uma semana do feriado paulistano do Dia da Consciência Negra, comemorado no próximo dia 20, pesquisa realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados referentes a 2011, mostra que os trabalhadores negros são maioria em setores como construção civil e serviços domésticos, que pagam menos, exigem menor qualificação profissional e têm relações trabalhistas mais precárias. Já em setores como serviços, indústria e comércio, os não negros predominam. O resultado é que o rendimento médio por hora dos trabalhadores negros (R$ 6,28) representa apenas 61% do rendimento dos não negros (R$ 10,30).

Os números da Seade e do Dieese, divulgados nesta terça-feira, são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), retratam a situação do trabalho na região metropolitana de São Paulo e mostram que, apesar da redução das desigualdades ao longo das últimas décadas, ainda existem diferenças significativas nas condições de trabalho vivenciadas por negros (pretos e pardos) e não negros (brancos e amarelos).

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O estudo analisou cinco setores econômicos: serviços, indústria, comércio, construção civil e serviços domésticos. De acordo com o levantamento, 8,4% dos trabalhadores negros estão na construção civil, enquanto a parcela de não negros empregados neste setor é de 4,9%. Serviços domésticos empregam 10,1% dos negros, ante 5,4% de não negros.

No setor de serviços está a maior parcela de trabalhadores não negros (54,6%), enquanto a dos negros chega a 48,8%. Na indústria, estão empregados 18,4% dos não negros e 17,2% de negros. No comércio, as vagas estão com 16,2% dos não negros e 15% de negros.

Em 2011, na Grande São Paulo, os negros representavam cerca de 34% tanto da População em Idade Ativa (PIA) quanto da População Economicamente Ativa (PEA).

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