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Projeto apresentado no Senado Federal quer mudar a regras sobre vagas no Legislativo de todo o País destinando 30% das vagas obrigatoriamente para candidatas mulheres. Só na Câmara dos deputados seriam eleitas a cada eleição pelo menos 154 mulheres. A cota também serve para a composição de Assembleias Legislativas e Câmaras municipais. No caso do Senado, o texto determina que no ano em que estiverem em disputa 54 vagas, 27 terão que ser destinadas a mulheres.

O texto, de autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT) e de relatoria de Zenaide Maia (PSD-RN). Zenaide afirmou que a proposição é "relevante e digna de acolhimento". Atualmente, já há obrigação de que os partidos lancem pelo menos 30% de candidatas mulheres, mas não há obrigatoriedade em relação a quantas vagas deve ser preenchidas pelo sexo feminino.

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"Entendemos que as cotas de gênero na política representam avanço significativo para equilibrar a balança de representatividade feminina no cenário político nacional", disse. "Os avanços legais brasileiros voltados ao incentivo das candidaturas femininas não têm se mostrado suficientes para a construção de nova práxis associada à participação mais equitativa das mulheres no Parlamento."

Ela aponta que as mulheres são 51,8% do eleitorado, mas ocupam apenas 17,7% das cadeiras na Câmara e 14,8% no Senado. "É preciso desnaturalizar a ausência feminina no exercício de direitos político-eleitorais", argumentou. Atualmente, a Câmara tem 99 deputadas e o Senado 15 senadoras.

A proposta está na Comissão de Direitos Humanos do Senado e será votada em duas semanas. O projeto seria votado nesta quarta-feira, 8, e mas foi retirado de pauta a pedido da relatora. O governo pretende analisar o texto para tratar de possíveis alterações.

O presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS), acredita que a matéria deverá ser aprovada. Caso seja, ela irá para a Comissão de Constituição e Justiça.

Neste ano, a Câmara tentou avançar com dois projetos que afetariam negativamente as candidaturas femininas. A primeira foi a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Anistia, que visava perdoar as infrações impostas aos partidos que não cumpriram, em duas eleições, o envio de 30% dos recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral para candidaturas femininas.

A PEC não avançou pela articulação de algumas legendas que pediam justamente uma reserva de 20% a mulheres para os Legislativos, em todos os níveis. Partidos do Centrão foram contra. O texto aguarda aprovação na comissão especial.

A segunda iniciativa foi a minirreforma eleitoral, desmembrada em dois projetos de lei. As matérias permitiam que os partidos federados não precisassem apresentar nenhuma mulher como candidata, desde que o resto da federação cumprisse preencher 30% do total de vagas reservadas.

De olho numa vaga de deputado federal, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, deu início aos procedimentos de aposentadoria do Exército. Segundo aliados, ele pretende disputar uma das 46 cadeiras do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados. Pazuello ainda conversa com alguns partidos, sendo o PL, escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro, seu destino mais provável.

General de Divisão, Pazuello atingiu em 2018 o posto máximo de sua carreira no Exército, o Serviço de Intendência. Ele só poderia permanecer na ativa até 31 de março, quando seria transferido à reserva compulsoriamente, depois de quatro anos no cargo.

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O general de três estrelas, no entanto, protocolou no Exército um requerimento de aposentadoria de sua iniciativa. O documento chegou nesta segunda-feira (21) ao setor responsável, a Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social (DCIPAS).

Na prática, com a aposentadoria "a pedido", Pazuello deve antecipar a passagem à reserva remunerada, por um período curto. Ele já realizou procedimentos administrativos e burocráticos, entre eles a inspeção de saúde. Colaboradores de Pazuello dizem que ele esperava uma decisão publicada até o fim de fevereiro.

O Exército não tem uma data ainda. Caso fique para depois do carnaval, cenário realista, segundo oficiais consultados pelo Estadão, o ex-ministro será "liberado" apenas em março para se filiar e participar de atividades partidárias, o que é vedado aos militares da ativa. Para se candidatar, um militar deve comunicar a intenção ao Comando do Exército e se licenciar no prazo de seis meses antes das eleições.

Apesar do pedido de antecipação, Pazuello estava também próximo de completar dois anos afastado da caserna, em funções civis no governo, situação em que seria obrigado a encerrar a carreira militar na ativa e se transferir à inatividade.

Pazuello entrou no Ministério da Saúde como secretário executivo em abril de 2020 e em junho assumiu o comando da pasta. Em março do ano passado, foi demitido do cargo, sendo substituído pelo atual ministro, Marcelo Queiroga.

Em junho, depois de um período ligado à Secretaria-Geral do Exército, Pazuello retornou ao Executivo, sendo agora assessor especial de Assuntos Estratégicos, com escassos compromissos públicos. O ex-ministro recebe atualmente R$ 10,1 mil pelo cargo na Presidência da República e mais R$ 32,6 mil do orçamento da Defesa.

Ao passar à inatividade, ele tem direito a receber oito vezes a remuneração do Exército, a título de ajuda de custo, um benefício dobrado pelo governo Jair Bolsonaro. O valor deve ficar em torno de R$ 260 mil.

Antes dos cargos políticos no governo Bolsonaro, o ex-ministro foi comandante da Operação Acolhida, que recebe refugiados venezuelanos, e secretário estadual de Fazenda em Roraima. Ele desempenhou parte de sua trajetória verde-oliva no Amazonas, Estado pelo qual cogitou concorrer ao Legislativo.

Obediência a Bolsonaro

Pazuello permaneceu dez meses como ministro, atravessando o período mais crítico da pandemia da covid-19. Ele se notabilizou pela obediência total aos desejos do presidente Bolsonaro, num estilo que contrastava com seus antecessores, explicado por ele por meio da frase: "um manda, outro obedece".

O ex-ministro é investigado pela Polícia Federal por sua atuação no colapso hospitalar de Manaus, quando pessoas morreram por falta de oxigênio. Ele também é alvo de ações de improbidade administrativa. Demora e suspeitas na aquisição de vacinas, além da insistência em tratamentos com medicamentos ineficazes, ocorreram durante a gestão do general.

CPI da Covid

O militar foi um dos 80 nomes sugeridos pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid no rol de indiciamentos. A ele, foram imputadas cinco condutas criminosas, entre elas causa epidemia com resultado em morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime, todos do Código Penal Brasileiro, além de crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos.

O ex-ministro não retornou as tentativas de contato da reportagem. O espaço está aberto para manifestações.

O presidente Jair Bolsonaro editou decreto que modifica regras relacionadas a militares da reserva que voltam a atuar na ativa. O decreto 10.973, publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (21), prevê, entre outros pontos, que o militar da reserva designado para o serviço ativo terá "os direitos e os deveres previstos na legislação nas mesmas condições dos militares em serviço ativo".

O texto estabelece que esse grupo de militares poderá receber adicional de permanência, um "bônus" pago a servidores que já atingiram o tempo para a aposentadoria (ou transferência para a reserva), mas continuam trabalhando. Esse adicional corresponde a um porcentual do salário do servidor e será pago para os militares que completarem na ativa 720 dias de trabalho a mais do que o tempo requerido para a inatividade remunerada.

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O texto também facilita a convocação de militares da reserva ao acabar com restrições previstas no decreto anterior, como a de que o servidor só poderia voltar a atuar se não houvesse militar da ativa habilitado para exercer a mesma função.

O decreto não cria novos cargos e nem acarreta aumento de despesas, de acordo com nota da Secretaria-Geral da Presidência da República. "A proposta não cria cargos, altera efetivos militares ou acarreta aumento de despesas, tratando-se de mera atualização do regulamento vigente", informa a nota do governo. O decreto é uma regulamentação do Executivo de um dispositivo do Estado dos Militares, que estabelece a convocação de integrantes da reserva em caráter transitório e mediante aceitação voluntária.

  Depois de ser acusada de racismo, a grife Reserva retirou um manequim preto que foi colocado na frente da unidade localizada no Barra Shopping, em Salvador, Bahia. O boneco foi colocado como se estivesse quebrando a vidraça para entrar na loja.  Desde o início da semana que as imagens do manequim "invadindo" a Reserva estão viralizando nas redes sociais.

Boa parte da população preta associou a "ação de marketing" como um gesto de racismo da Reserva e questionou porque a loja não escolheu um manequim branco. 

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Confira alguma postagens do Twitter 

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A plataforma de streaming conhecida como Reserva Imovision lançou uma promoção para todos aqueles que desejam assinar o plano anual. Anteriormente o valor correspondia a R$ 245 mas agora, em virtude da temporada de Black Friday, o custo passou a ser R$ 122,50. A promoção estava em vigor até o final de novembro, mas a plataforma decidiu estendê-la até esta quarta-feira (1°).

Justamente por uma questão de acessibilidade, a empresa passou a implantar o novo sistema de pagamento, via PIX. Para aqueles que desejarem assinar o plano anual desta forma, é necessário solicitar a chave por meio do e-mail: contato@reservaimovision.com.br. Além disso, também é possível realizar a transação por meio de boleto bancário ou cartão de crédito.

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Reserva Imovision é uma plataforma que estreou em maio deste ano no Brasil e seu acervo é especializado em produções independentes da América Latina. Em grande parte, os filmes também já estiveram presentes em grandes festivais de cinema, como “Félicité” (2017), vencedor do Grande Prêmio de Júri no Festival de Berlim, e “Entre os Muros da Escola” (2008), vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

 

 

Um homem, que ainda não teve o nome revelado, está sendo investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina após um vídeo, onde ele assume ser racista e chama uma mulher de macaca, viralizar nas redes sociais nesta sexta-feira (17).

O Globo conseguiu confirmar que o racista é um policial militar da reserva de Santa Catarina. O vídeo, que circula na internet, começa com o suspeito falando que o filho da mulher que está gravando "é um maldito de um negro desgraçado, que é pirracento".

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A mulher pergunta porque ele tem tanto ódio de "moreno" e ele responde: "Porque eu tenho ódio, porque eu sou racista, porque eu não suporto negro. Eu tenho amigo negro, mas amigo decente, não essa negrada do caral** que é marrento que nem tu", responde.

Ele ainda ameaça bater na mulher e a chama de macaca. Confira o vídeo:

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Uma adolescente de 14 anos, da etnia indígena Kaingang, foi encontrada morta na última quarta-feira (4) em uma reserva da cidade de Redentora, no Noroeste gaúcho, e também tida como a maior terra indígena de todo o estado. Identificada como Daiane Griá Sales, a menina foi vista por um agricultor local, que percebeu aves sobrevoando uma região de mata, onde estava o corpo, que teve sua parte inferior dilacerada. Segundo informações do Sul 21, a hipótese policial é de o crime se trata de um homicídio.

Daiane saiu de casa sábado passado (31), por volta das 16h, e encontrou amigos em uma reunião na localidade conhecida como Vila São João, onde dançaram e ouviram músicas. Após o encontro, a jovem não voltou para casa. Sem atualizações até então, lideranças indígenas e organizações pedem atenção ao caso por parte da Justiça e da mídia.

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A família deu falta da menina no dia seguinte, mas não chegou a registrar o desaparecimento dela, achando que regressaria, segundo relatos feitos à investigação. Eles só voltaram a ter notícias dela quando o corpo foi localizado pelo agricultor.

A principal linha de apuração é a de homicídio, mas a polícia busca apurar se a menina foi ainda vítima de crime sexual e se houve ocultação do cadáver, devido ao local onde o corpo foi encontrado. ​No corpo da jovem, de acordo com informações preliminares passadas pelo médico legista à investigação, não havia sinais de ferimentos por arma branca ou arma de fogo.

A Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) publicou uma nota em redes sociais repudiando a violência contra mulheres indígenas e pedindo justiça pela jovem, qualificando a morte como crime bárbaro.

"A Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em conjunto com todas as organizações regionais de base, repudiam toda e qualquer violência contra mulheres indígenas e exige que a justiça seja feita a quem cometeu tal atrocidade".

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), também por meio de nota, manifestou indignação pelo caso e pediu que a Fundação Nacional do Índio (Funai) e órgãos de investigação federal promovam ações para coibir violências e responsabilizar autores dos crimes, além de verificar se eles estão vinculados à intolerância e ao racismo contra os povos indígenas.

Antes de ser nomeado assessor da Diretoria de Logística do Ministério da Saúde pelo então ministro Eduardo Pazuello, o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes chegou a indicar que mataria e faria coisas que não podem ser listadas para defender sua Pátria. Mesmo após indícios de superfaturamento e propina na compra de vacinas pelo governo Bolsonaro, o militar reforçou apoio ao presidente e vai assumir a direção do setor responsável pela aquisição de imunizantes no combate à pandemia.

"[...] Por minha Pátria em morro. E também mato e faço coisas que não vou listar aqui, para não provocar chiliques", escreveu Ridauto, que criticava um artigo publicado pelo ex-deputado federal Fernando Gabeira. "Acha que o Exército mudou em 50 anos? Adoraria mostrar que não mudou”, acrescentou em tom ameaçador.

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A posição contra o texto "O perigoso esporte de humilhar generais", publicado pelo O Globo, foi exposta em uma mensagem compartilhada em listas de WhatsApp com oficiais e policiais militares. O material desenvolvido por Gabeira em novembro do ano passado sugeria que o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebaixava o alto escalão das Forças Armadas ao desautorizar Pazuello em negociações das vacinas.

O general da reserva vai ser nomeado para o posto de Roberto Dias na Diretoria de Logística da Saúde. O ex-diretor foi exonerado no último dia 29 após ser denunciado por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, que relatou ter sido pressionado para pagar a propina de US$ 1 - equivalente a R$ 5,21 - por vacina comprada de um lote com 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca. 

Em maio do ano passado, período de maior atrito entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF), marcado por manifestações antidemocráticas com a participação de Jair Bolsonaro, Ridauto defendeu a decretação de estado de sítio, quando o presidente centraliza o poder e suspende temporariamente a atuação dos Poderes Legislativo (deputados e senadores) e do Judiciário.

Confira a íntegra da mensagem de Ridauto Fernandes à lista de oficiais e PMs publicada pelo O Globo:

"Militares de carreira são escravos de seus valores. Isso é o que a sociedade não entende. E, como seres humanos, são diferentes uns dos outros. Inclusive quanto à escala de valores, que varia de um para o outro. De um modo geral, varia pouco. O que quero dizer com isso, em relação ao tema abordado pelo ex-MR-8 Gabeira, é que, por alguns valores, um militar passa (facilmente) por cima de muita coisa. Desculpem os que se sentirem ofendidos, mas por minha Pátria em morro. E também mato e faço coisas que não vou listar aqui, para não provocar chiliques. Se eu achar que minha Pátria estiver precisando, aceito de cabeça erguida humilhações e cusparadas. E, se achar que minha Pátria estiver precisando, providenciarei para que aquele que a esteja agredindo seja neutralizado. Adoro essa palavra, neutralizado. Que ideia essa, Gabeira. Pensar que a imagem do Exército e das Forças Armadas será arranhada, triscada sequer, porque o Presidente da República mandou um de seus ministros, que também é militar, fazer algo com que não concorda e o ministro, DISCIPLINADO, aceitou. Que ideia, Gabeira. Essa convivência próxima que vc mesmo diz que teve com certas lideranças militares não lhe ensinou nada? Mas não sou ingênuo de achar que vc apenas se enganou. Ah, não. Cada palavra sua é medida e pensada. E visa colocar integrantes das Forças Armadas, os menos experientes e menos preparados, contra seus Chefes. Tem coisa bem mais perigosa que humilhar generais, posso te assegurar. Quando vc diz que derrotará Bolsonaro e quantos militares estiverem a seu lado, estou imaginando que será pelo voto e pela via legal. É isso? Porque, se a ideia for outra forma QUALQUER, confesso que teria um grande prazer em estar ao lado do Presidente. Nem sempre cumprir o dever é algo sacrificante. Acha que o Exército mudou em 50 anos? Adoraria mostrar que não mudou. Gen Ridauto."

O coronel Vanildo Maranhão, ex-comandante da Polícia Militar de Pernambuco, foi transferido para a reserva remunerada. O ato assinado pelo governador Paulo Câmara (PSB) foi publicado no Diário Oficial de terça-feira (15), mas tem efeito retroativo a 2 de junho.

A aposentadoria de Maranhão ocorre após ele ter sido exonerado em consequência da ação do Batalhão de Choque durante protesto de 29 de maio no Recife. A desastrosa ação policial resultou em duas pessoas com a perda de visão de um dos olhos após serem atingidas por bala de borracha. 

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O ato ocorria de forma pacífica, mas a Polícia Militar interveio com uso de balas de borracha, bombas e spray de pimentas. Além dos dois homens que perderam parte da visão, a vereadora Liana Cirne (PT) foi agredida com spray de pimenta. 

Um documento interno da Polícia Militar indica que foi Vanildo Maranhão quem deu a ordem para que os manifestantes fossem dispersados. Ele não se manifestou sobre o episódio.

Conforme dados do Portal da Transparência de Pernambuco, Vanildo Maranhão recebeu uma remuneração de R$ 31.211,30 em maio. A parcela fixa da remuneração é de R$ 23.238,00.

O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foi transferido para a reserva, segundo decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (27).

De acordo com o ato, a transferência é válida desde o dia 20 de abril, data em que foi oficializada a troca no comando do Exército, com a saída do general Edson Pujol.

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Reservar vagas nas unidades públicas e em instituições técnicas de ensino para atletas que comprovem alto rendimento. Essa é a proposta do Projeto de Lei 302/21, em tramitação na Câmara dos Deputados.

De autoria da deputada Celina Leão (PP-DF), o PL quer incluir os atletas na Lei de Cotas, que reserva metade das vagas nas unidades para alunos oriundos de escolas públicas e que comprovem renda familiar baixa. Também são beneficiados estudantes autodeclarados negros, pardos e indígenas, além dos com deficiência.

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Ao defender sua proposta, Celina diz que o texto é uma forma de garantir a esse público o acesso ao ensino superior. “Na maioria dos casos, aqueles que possuem um bom desempenho dentro do esporte, às vezes, não possuem condições de garantir uma vaga nas instituições públicas existentes”, acrescentou, conforme informações da Agência Câmara de Notícias.

O PL ainda passará por análise de conclusões. Se for aprovado, poderá ser encaminhado para sanção.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

A exoneração do médico Marco Polo Freitas, após pedido para laboratórios brasileiros reservarem 7 mil doses de vacina contra coronavírus para imunizar ministros, servidores e familiares, causou uma nova crise no Superior Tribunal Federal (STF). Presidente da Corte, Luiz Fux foi alvo de críticas de outros ministros por ter retirado Freitas do cargo de secretário de Serviços Integrados de Saúde.

Na terça, o médico afirmou que nunca realizou "nenhum ato administrativo sem ciência e anuência" dos seus superiores hierárquicos.

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Ministros ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo elogiaram a atuação profissional de Freitas nos 11 anos em que esteve no Supremo - desde 2014 à frente da secretaria.

Eles lembraram, ainda, que Fux havia defendido o pedido de reserva de imunizantes para a Corte em uma entrevista veiculada pela TV Justiça na semana passada.

A demissão de Freitas foi interpretada, nos bastidores, como uma tentativa de achar um "bode expiatório" para acalmar a opinião pública.

Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o ofício com o pedido de vacinas enviado à Fiocruz, no dia 30 de novembro, é assinado pelo diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho. A Fiocruz já negou a solicitação do Supremo. Ainda falta manifestação do Instituto Butantan, também acionado pela Corte.

Na frente da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde, Freitas fazia o acompanhamento médico dos ministros. Além de ter acesso às fichas dos magistrados, ele indicava, nas viagens oficiais dos integrantes da Corte, hospitais de referência para urgências de saúde. Foi ele quem viajou a Paraty (RJ) após o acidente aéreo que levou à morte do ministro Teori Zavascki, em 2017.

"O médico Marco Polo Dias Freitas é um dos mais renomados clínicos do Brasil. Conduziu com absoluta maestria a adaptação da rotina do STF no início da pandemia. A responsabilidade pela infeliz requisição de vacinas não pode ser atribuída a um profissional da saúde", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro Gilmar Mendes.

O ministro Marco Aurélio Mello, por sua vez, apontou que o ofício foi assinado pelo diretor-geral, que somente atua, externamente, "em nome do tribunal, com o conhecimento do presidente". "A exoneração implica o afastamento de um bom profissional. Fica no ar a pergunta: a corda estourou no lado mais fraco?", questionou. "A presidência, de viva voz, na TV Justiça, ante o noticiado pela imprensa, defendeu o ato. Arrependimento ante as críticas? Não sei não!"

Ricardo Lewandowski também saiu em defesa de Freitas, por quem disse ter "grande admiração". "O considero um excelente médico e competente gestor, que goza da admiração e carinho de todos os integrantes do STF", disse à reportagem.

Freitas ocupava o cargo de secretário desde o período em que o ministro presidiu a Corte, em 2014.

Procurado, Fux não quis comentar a demissão de Freitas nem as críticas dos colegas.

Desgastes

Em três meses e meio no comando do Supremo, Fux tem acumulado desgastes e tentado administrar cismas internas por decisões e atos administrativos tomados durante a sua gestão. No curto período, Fux enfrentou interesses de colegas para evitar novas derrotas da Lava Jato e ao barrar a reeleição no Congresso, contrariando a ala garantista da Corte.

Os contratempos começaram já no dia 10 de setembro, quando o ministro tomou posse. Na solenidade, o cerimonial do Supremo utilizou placas de acrílico entre as cadeiras dos magistrados para reduzir o risco de contágio, mas, mesmo assim, pelo menos nove autoridades foram diagnosticadas com covid-19 após participarem do evento.

Em outubro, Fux foi chamado de "autoritário" por Marco Aurélio ao derrubar uma liminar do colega e determinar o retorno à prisão do narcotraficante André do Rap. O plenário do STF acabou confirmando o entendimento do presidente da Corte, mas o julgamento foi pontuado por recados dos magistrados ao chefe do tribunal. "Eu não tenho nenhuma pretensão de ter superpoderes, mas eu tenho a pretensão de manter a imagem do Supremo", rebateu Fux, na ocasião.

Os conflitos internos no tribunal se aprofundaram após o julgamento sobre a recondução dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ministros ouvidos pela reportagem dizem que Fux se comprometeu a votar a favor da tese da reeleição, mas desistiu da ideia após a enxurrada de críticas recebidas pelo STF.

"Essa crise de liderança lembra muito o cenário da presidência da ministra Cármen Lúcia, no qual os conflitos dentro e fora do tribunal aumentam porque não existe uma diretriz muito clara", disse Rubens Glezer, professor de Direito Constitucional da FGV.

Agora, durante o recesso do Judiciário, quatro ministros se recusaram a sair de férias, o que na prática esvaziou os poderes de Fux. Em tese, durante o plantão, ele seria o responsável pela análise de todos os casos urgentes, inclusive dos que estão sob a relatoria dos colegas. Marco Aurélio, Gilmar, Lewandowski e Alexandre de Moraes, no entanto, comunicaram que vão despachando normalmente.

Moraes é o relator de uma outra dor de cabeça para Fux: um habeas corpus apresentado por um grupo de renomados advogados, cujo efeito poderá levar à soltura de criminosos condenados e presos no País. Em uma ofensiva contra Fux, os criminalistas querem derrubar a liminar do magistrado que suspendeu por tempo indeterminado a implementação do juiz de garantias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) aumentou de 4 mil para 7 mil o número de doses de vacinas contra a covid-19 que pediu para o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reservarem para seus servidores, apontam documentos internos da Corte obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo os registros, o médico Marco Polo Freitas preparou duas minutas com pedidos de vacina às duas instituições. Nas solicitações, Freitas fazia menção a uma quantidade menor de imunizantes. No entanto, a versão final dos documentos, enviada pelo diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, aos dois institutos, pede doses para 7 mil pessoas.

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Em 16 de novembro, Freitas escreveu ao diretor-geral do STF um pedido de reserva de 4 mil doses do imunizante que seria feito ao Butantã. Dois dias depois, ele preparou uma minuta similar que seria enviada para a Fiocruz. No dia 23 de novembro, o próprio Freitas sugere ao diretor-geral a inclusão de dependentes econômicos dos servidores do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos pedidos, o que foi atendido.

O STF e o Butantan não se manifestaram até a conclusão desta edição. A Fiocruz recusou-se a atender, na semana passada o pedido do STF de "reserva" de vacina para 7 mil pessoas.

Demitido pelo presidente do Supremo, Luiz Fux, Freitas disse que soube da exoneração pela imprensa e que não tomou nenhuma decisão sozinho.

"Respeito rigorosamente a hierarquia administrativa do Supremo. Nesses 11 anos no STF, nunca realizei nenhum ato administrativo sem a ciência e a anuência dos meus superiores hierárquicos", escreveu o médico, em resposta enviada por e-mail ao jornal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após ver seu pedido de reserva de 13 mil vacinas para a Covid-19 negado pela Fiocruz, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, disse, nessa segunda-feira (28), que o objetivo do requerimento era promover uma campanha de imunização entre os ministros, servidores e colaboradores da Corte e do Conselho da Justiça Federal.

"Nos mesmos moldes das campanhas que foram realizadas rotineiramente contra gripe em anos anteriores", afirmou em entrevista ao Estadão.

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Ainda segundo o ministro, a proposta foi elaborada pela Secretaria de Serviços Integrados de Saúde do tribunal e aprovada pela presidência sem passar pelos demais ministros por se tratar de 'questão administrativa de rotina'.

"No âmbito do STJ, as questões de saúde - como a proposta de aquisição de vacinas - são de competência da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS), que são aprovadas pelo Presidente do Tribunal, cabendo a parte operacional à Direção-Geral da instituição", disse. "Ao presidente do STJ compete decidir as questões administrativas de rotina - como essa, de aquisição de vacinas", acrescentou.

Na semana passada, a Fiocruz rejeitou tanto a proposta do STJ quanto uma solicitação semelhante do Supremo Tribunal Federal (STF). A instituição afirmou não caber a ela 'atender a qualquer demanda específica' e informou que as doses produzidas serão encaminhadas para distribuição pelo Ministério da Saúde.

Enquanto o presidente do STJ reconheceu ter aprovado a proposta, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, decidiu exonerar o médico Marco Polo Freitas do cargo de secretário de Serviços Integrados de Saúde da Corte após a repercussão negativa dos pedidos na imprensa, nas redes sociais e entre os colegas.

Leia a entrevista completa com o presidente do STJ, ministro Humberto Martins:

ESTADÃO: Por que o STJ pediu à Fiocruz a reserva de 13.145 unidades de vacina? Como se chegou a esse número?

Ministro Humberto Martins: O pedido dirigido à Fiocruz, de vacinas contra Covid-19, quando estivessem disponíveis para uso, teve como objetivo realizar uma campanha de imunização no âmbito do STJ, contemplando ministros, servidores e colaboradores deste tribunal e do Conselho da Justiça Federal (CJF), nos mesmos moldes das campanhas que foram realizadas rotineiramente contra gripe, em anos anteriores, segundo dados levantados pela Secretaria de Serviços Integrados de Saúde - SIS deste tribunal.

ESTADÃO: O Sr. deu aval ao pedido de reserva de vacinas feito pelo diretor-geral, Marcos Antonio Cavalcante?

Ministro Humberto Martins: No âmbito do STJ, as questões de saúde - como a proposta de aquisição de vacinas - são de competência da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS), que são aprovadas pelo Presidente do Tribunal, cabendo a parte operacional à Direção-Geral da instituição.

ESTADÃO: O sr. consultou os demais ministros da Corte antes de pedir a reserva de vacinas à Fiocruz?

Ministro Humberto Martins: Ao presidente do STJ compete decidir as questões administrativas de rotina - como essa, de aquisição de vacinas -; as que necessitam de prévia aprovação dos demais ministros são levadas ao Conselho de Administração, o que tem sido feito rotineiramente na atual gestão, quando necessário (por meio de videoconferência, em razão da pandemia de Covid-19).

ESTADÃO: O sr. tomou alguma medida interna depois que a imprensa revelou o pedido do Tribunal à Fiocruz?

Ministro Humberto Martins: A Fiocruz informou a este Tribunal que a sua produção da vacina conta o Sars-Cov-2 será integralmente destinada ao Ministério da Saúde, razão pela qual não poderia atender o pleito do STJ, não restando nenhuma medida a ser adotada internamente, no momento.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, exonerou do cargo o secretário de Serviços Integrados de Saúde da Corte, Marco Polo Dias Freitas, servidor que teria sido responsável pelo pedido feito à Fundação Oswaldo Cruz de 'reserva' de vacinas contra a covid-19 para 7 mil funcionários da Corte. Fux diz que Freitas enviou o documento à Fiocruz sem seu conhecimento.

A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão.

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Como mostraram os repórteres Rafael Moraes Moura e Fabiana Cambricoli, o STF alegou, no documento à Fiocruz, que a reserva das vacinas permitiria a 'destinação de equipamentos públicos de saúde para outras pessoas, colaborando assim com a Política Nacional de Imunização'.

"Considerando se tratar de um produto novo e ainda não autorizado pela Anvisa, gostaria de verificar a possibilidade de reserva de doses da vacina contra o novo coronavírus para atender a demanda de 7.000 (sete mil) pessoas", escreveu o diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, em documento assinado no dia 30 de novembro. O ofício dizia ainda que a Secretaria de Serviços Integrados de Saúde - SIS ficaria responsável pela realização da campanha de vacinação.

No entanto, em resposta enviada à Corte na quarta-feira, 23, a Fiocruz negou o pedido apontando ainda que não possui autonomia 'nem para dedicar parte da produção' para a imunização de seus próprios servidores. O Superior Tribunal de Justiça fez um pedido semelhante à fundação, o qual também foi negado.

O pedido gerou reação de ministros, como o decano, Marco Aurélio Mello, que disse ao Estadão estar "envergonhado" com a solicitação do tribunal. Na mesma linha, o relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, afirmou: "Considero fora de propósito qualquer iniciativa que neste momento não siga as orientações das autoridades sanitárias."

À TV Justiça, o presidente do STF, Luiz Fux, havia defendido o pedido. Na ocasião, o ministro sustentou que uma das preocupações é não parar instituições fundamentais do Estado, de todos os Poderes, compostas por homens e mulheres que "já têm uma certa maturidade".

"Nós por exemplo pedimos, de toda forma educada, ética, um pedido dentro das possibilidades quando todas as prioridades forem cumpridas de que também os tribunais superiores tenham meios para trabalhar. E para isso precisa vacinar. Não adianta vacinar os ministros e não vacinar os servidores. A difusão da doença seria exatamente a mesma", afirmou o ministro.

Em resposta enviada nesta quarta-feira, 23, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Fiocruz negou o pedido para "reservar" vacinas a 7 mil servidores da Corte e alegou que não possui autonomia "nem para dedicar parte da produção" para a imunização de seus próprios servidores. O ministro Marco Aurélio Mello disse ao Estadão estar "envergonhado" com a solicitação do tribunal.

Na corrida pela imunização contra o novo coronavírus, o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) procuraram a Fiocruz para acertar a "reserva" de vacinas, o que permitiria que os tribunais fizessem as suas próprias campanhas de saúde. Os dois pedidos foram negados.

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"Em relação ao pleito formalizado pelo STF, vimos informar que toda a produção da Fiocruz será integralmente destinada ao Ministério da Saúde. Infelizmente, a Fiocruz não possui autonomia nem para dedicar parte da produção para a imunização de seus servidores. Isto posto, sugerimos que o Superior (sic) Tribunal Federal encaminhe um ofício, diretamente para o Ministério da Saúde, formalizando o legítimo pleito de imunização de seus quadros", escreveu o chefe de gabinete Valcler Rangel Fernandes da presidência da Fiocruz.

Em ofício obtido pelo Estadão, o STF afirma que a reserva das doses possibilitará o cumprimento de dois objetivos: imunizar o maior número possível de trabalhadores do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e "contribuir com o País nesse momento tão crítico da nossa História", ajudando a acelerar o processo de imunização dos brasileiros.

"Na qualidade de integrante do Supremo, peço desculpa aos contribuintes, lembrando que todo privilégio é odioso. Os brasileiros ombreiam", criticou o ministro Marco Aurélio. "Super inadequado. Sinto-me, frente aos concidadãos, envergonhado."

Nesta quarta-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) também confirmou que procurou a fundação.

"O Tribunal Superior do Trabalho informa que também solicitou à Fiocruz a compra de doses de vacina contra a covid-19 para realização de vacinação interna com o intuito de colaborar e acelerar o processo de imunização da população", informou o TST, em nota.

De acordo com o TST, a iniciativa segue protocolo já adotado pelo tribunal, "que realiza campanhas de vacinação contra a gripe anualmente a fim de reduzir o contágio da doença no ambiente de trabalho".

Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou à reportagem que não pediu reserva de vacinas contra covid-19 e nem fez solicitação de compra a entidades ou fundações.

Contribuição. A reserva das vacinas, segundo o STF, permitiria a "destinação de equipamentos públicos de saúde para outras pessoas, colaborando assim com a Política Nacional de Imunização".

"Considerando se tratar de um produto novo e ainda não autorizado pela Anvisa, gostaria de verificar a possibilidade de reserva de doses da vacina contra o novo coronavírus para atender a demanda de 7.000 (sete mil) pessoas", escreveu o diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, em documento assinado no dia 30 de novembro.

"Informo que a Secretaria de Serviços Integrados de Saúde - SIS ficará responsável pela realização da campanha de vacinação e, caso seja possível o fornecimento, esta secretaria enviará um servidor para a retirada das vacinas nas dependências da Fiocruz", acrescentou.

Procurado pela reportagem, o STF informou que mantém uma política de promoção da saúde e que realiza ações anuais de vacinação desde 1999.

"A intenção não é se antecipar ao plano nacional de imunização, mas sim dar sequência à política supramencionada, preparando-se tempestivamente para a imunização de seus trabalhadores. Além disso, tais ações também contribuem com o país, pois permitem a utilização dos recursos humanos e materiais disponíveis no Tribunal para ajudar a desafogar outras estruturas de saúde e acelerar o processo de imunização da população", alegou o Supremo.

De acordo com o STF, "como se trata de produto que aguarda aprovação pelos órgãos competentes", ainda não há uma previsão exata de gastos. "Também existem outras opções de fornecimento, e a decisão final considerará o custo total, que pode ser inclusive inexistente, como já ocorreu no caso de campanhas de vacinação anteriores", observou o STF.

O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) procuraram a Fiocruz para acertar a "reserva" de vacinas, o que permitiria que os tribunais fizessem as próprias campanhas de saúde, destaca o Estadão. No caso do STF, o pedido foi para "verificar a possibilidade de reserva de doses" para 7 mil pessoas, incluindo ministros e servidores .

A Fiocruz deve enviar a resposta ao Supremo nesta quarta-feira, mas um pedido similar, feito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), já foi negado pela instituição. A Fiocruz informou à reportagem que não cabe à fundação "atender a qualquer demanda específica"."A produção dessas vacinas será, portanto, integralmente destinada ao Ministério da Saúde, não cabendo à fundação atender a qualquer demanda específica por vacinas", alegou à reportagem.

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Em ofício obtido pelo Estadão, o STF afirma que a reserva das doses possibilitará o cumprimento de dois objetivos: imunizar o maior número possível de trabalhadores do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e "contribuir com o País nesse momento tão crítico da nossa História", ajudando a acelerar o processo de imunização dos brasileiros. A medida, segundo o documento do STF, "permitirá a destinação de equipamentos públicos de saúde para outras pessoas, colaborando assim com a Política Nacional de Imunização".

Procurado, o STF informou que mantém uma política de promoção da saúde e "a intenção não é se antecipar ao plano nacional de imunização". "Mas sim dar sequência à política supramencionada, preparando-se tempestivamente para a imunização de seus trabalhadores"

De acordo com a assessoria do STJ, ao procurar a Fiocruz, o tribunal "pediu a reserva de doses por se tratar de produto novo, ainda não autorizado definitivamente pela agência reguladora, pois há expectativa de grande demanda à rede privada, quando houver a disponibilidade". "A nossa intenção inicialmente era de se habilitar junto aos laboratórios para adquirir por compras as vacinas", disse ao Estadão o presidente do STJ, Humberto Martins. "Sem furar fila e dentro dos mesmos critérios do STF!"

Mas o pedido do STJ, já recusado pela Fiocruz, dividiu integrantes do tribunal. Um ministro, que pediu para não ser identificado, disse que o ideal é seguir a ordem que for estabelecida para todos os brasileiros. Um outro magistrado apontou que o pedido poderia soar como um privilégio. 

O Grupo Reserva, marca especializada em roupas e acessório, divulgou, nesta quarta-feira (18), 450 vagas de trabalho. Vendedor, caixa e estoquista são as funções disponíveis no processo seletivo.

Os selecionados atuarão nas lojas da marca espalhadas pelo Brasil. De acordo com a Reserva, as contratações começam neste mês de novembro e seguirão até 10 de dezembro.

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Ter perfil criativo está entre as características exigidas na seleção. Os salários, segundo a empresa, serão combinados com os aprovados.

As inscrições estão abertas e devem ser feitas pelo site da Reserva. Na mesma plataforma, os candidatos podem conferir, de forma detalhada, os requisitos para cada função.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a reserva de recursos para candidatos negros já seja válida para as eleições de 2020. O entendimento do ministro altera a decisão do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que no mês passado determinou a aplicação das novas regras somente a partir das eleições de 2022.

Lewandowski submeteu a liminar para referendo do plenário. Ainda não há previsão de quando o tema vai ser discutido pelos 11 ministros do STF, mas a determinação do ministro vai obrigar as legendas a já fazerem ajustes na definição dos recursos públicos destinados para o financiamento das campanhas de vereadores e prefeitos neste ano - o valor do Fundo Eleitoral é de R$ 2 bilhões para este ano.

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"Para mim, não há nenhuma dúvida de que políticas públicas tendentes a incentivar a apresentação de candidaturas de pessoas negras aos cargos eletivos, nas disputas eleitorais que se travam em nosso País, prestam homenagem aos valores constitucionais da cidadania e da dignidade humana, bem como à exortação, abrigada no preâmbulo do texto magno, de construirmos, todos, uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social, livre de quaisquer formas de discriminação", observou Lewandowski em sua decisão.

"O incentivo proposto pelo TSE, ademais, não implica qualquer alteração das 'regras do jogo' em vigor. Na verdade, a Corte Eleitoral somente determinou que os partidos políticos procedam a uma distribuição mais igualitária e equitativa dos recursos públicos que lhe são endereçados, quer dizer, das verbas resultantes do pagamento de tributos por todos os brasileiros indistintamente. E, é escusado dizer, que, em se tratando de verbas públicas, cumpre às agremiações partidárias

alocá-las rigorosamente em conformidade com os ditames constitucionais, legais e regulamentares pertinentes", concluiu Lewandowski.

A decisão de Lewandowski atende a um pedido do PSOL, que acionou o Supremo após a decisão do plenário do TSE. Para o partido, diante de uma situação em que se verifica manifesta "violação a princípios e direitos constitucionalmente previstos, é plenamente possível admitir que os incentivos às candidaturas de pessoas negras, nos termos delimitados pelo TSE, sejam aplicados desde já".

Na época do julgamento do TSE, cerca de 1/3 dos partidos já havia informado ao tribunal os critérios de divisão do fundo eleitoral - esse foi um dos motivos para que o novo entendimento fosse aplicado apenas a partir de 2022. Um integrante do TSE ouvido reservadamente pela reportagem considerou a decisão de Lewandowski "um golpe".

No mês passado, o TSE decidiu que o dinheiro do fundo eleitoral e o tempo de propaganda no rádio e TV sejam divididos na mesma proporção de candidatos negros e brancos de cada partido.

A discussão, iniciada em junho, avaliou uma consulta apresentada ao TSE pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ). A parlamentar pediu ao tribunal para estabelecer uma cota de 30% de candidaturas negras em cada partido - numa analogia ao mesmo porcentual reservado às candidaturas femininas. Atualmente, os partidos não são obrigados a lançar um número mínimo de candidatos negros e negras.

Os ministros do TSE, no entanto, acolheram outro pedido da parlamentar, de que o dinheiro do fundo eleitoral e o tempo de rádio e TV sejam divididos na mesma proporção de candidatos negros e brancos em cada sigla. O entendimento da Corte Eleitoral, no entanto, foi o de que as novas regras somente seriam aplicadas nas eleições de 2022.

"De resto, a obrigação dos partidos políticos de tratar igualmente, ou melhor, equitativamente os candidatos decorre da incontornável obrigação que têm de resguardar o regime democrático e os direitos fundamentais (art. 16, caput, da CF) e do inarredável dever de dar concreção aos objetivos fundamentais da República, dentre os quais se destaca o de 'promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade", destacou Lewandowski.

Como o Estadão antecipou, dirigentes de partidos de diferentes matizes ideológicas resistem à iniciativa da Justiça Eleitoral. Mesmo os que concordam com a tese de Benedita, agora parcialmente encampada pelos ministros do TSE, argumentam que seria necessário o Congresso Nacional se manifestar, pois o assunto deveria ser tratado por meio de lei.

Desigualdade. Na atual legislatura, as mulheres negras representam apenas 2,5% do total de eleitos na Câmara dos Deputados, enquanto as mulheres brancas são 12,28%, os homens negros 22,02% e os homens brancos 62,57%, segundo o estudo "Democracia e representação nas eleições de 2018". O levantamento apontou que 26% das candidaturas a deputado federal eram de homens negros, mas esse grupo recebeu apenas 16,6% do total dos recursos

Segundo o Estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no ano passado, enquanto 9,7% das candidaturas de pessoas brancas a deputado federal tiveram receita igual ou superior a R$ 1 milhão, entre pretos ou pardos, 2,7% receberam pelo menos esse valor.

A permanência dos banhistas nas praias do Rio de Janeiro, proibida desde março, será liberada nos próximos dias, mas a pessoa deverá reservar por aplicativo um trecho da areia, para evitar aglomeração. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (10), pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).

"As pessoas vão poder ocupar essas demarcações pelo horário que chegarem e também reservando no aplicativo", afirmou Crivella durante cerimônia de apresentação da equipe médica que será enviada a Beirute, capital do Líbano, onde na semana passada uma explosão deixou mais de 150 mortos e 300 mil desabrigados.

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O sistema de ocupação das areias deve ser detalhado nesta semana. "Esta semana nós vamos fazer a organização das praias para que as pessoas mantenham o afastamento na areia. A ideia é que assim a gente consiga organizar melhor o que hoje não está bom", afirmou Crivella.

"O que a gente pode fazer é o apelo que sempre fazemos: não podemos aglomerar. Peço que quem está indo à praia para tomar banho que não aglomere nas areias", pediu o prefeito, que não divulgou a partir de quanto a permanência nas areias será autorizada.

Embora proibida, tem sido comum a presença de muitos banhistas nas areias, principalmente aos finais de semana. A Guarda Municipal e a Polícia Militar, embora eventualmente apliquem multas, não têm conseguido evitar as ocupações.

O banho de mar foi autorizado a partir de 1º de agosto, e desde então o número de pessoas na areia tem aumentado. Neste último domingo, 9, as praias do Arpoador e do Leme foram as mais lotadas da zona sul, com muita gente praticando esportes (o que está proibido aos finais de semana) e vendedores ambulantes oferecendo bebidas alcoólicas e alimentos como queijo coalho, camarão e milho, produtos que também estão proibidos.

Em 9 de julho, Crivella chegou a anunciar que só permitiria a permanência nas areias das praias do Rio quando houvesse uma vacina de eficácia comprovada contra a covid-19. "A tendência é manter a proibição até que tenhamos uma vacina. Se a gente libera a praia e faz sol no fim de semana, a areia pode ficar lotada do Leme ao Pontal. Os índices de contaminação estão caindo e não podemos pôr isso em risco", afirmou, na ocasião.

O prefeito mudou de ideia e agora anuncia um plano de ocupação organizada das areias.

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