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Paleontólogos apresentaram nesta quinta-feira (17) os restos fossilizados de um basilossauro, uma "baleia primitiva" que habitou os mares há 36 milhões de anos, encontrado no final de 2021 num deserto no Peru, anunciaram os pesquisadores.

"Apresentamos o novo basilossauro peruano, é o crânio completo de uma baleia arcaica que viveu há 36 milhões de anos", disse à AFP o paleontólogo Mario Urbina, chefe da equipe que descobriu os restos mortais do animal.

Urbina indicou que a descoberta do cetáceo foi no final de 2021 no deserto de Ocucaje, na região de Ica, cerca de 350 km ao sul de Lima.

O "Predador de Ocucaje", como seus descobridores o batizaram, tinha cerca de 17 metros de comprimento e usava poderosos dentes para se alimentar de atum, tubarões e grandes quantidades de sardinhas.

"Esta descoberta é muito importante porque não há outros espécimes semelhantes descobertos no mundo", explicou o pesquisador da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, a mais antiga da América.

- "O mar era quente" -

O paleontólogo Rodolfo Salas-Gismondi explicou que o basilossauro difere de outras espécies conhecidas pelo grande desenvolvimento de seus dentes e seu tamanho.

Essas características sugerem que esse animal provavelmente estava no topo da cadeia alimentar.

"Esta é uma descoberta extraordinária devido ao seu grande estado de conservação. É um predador dos mares do mundo, este animal foi um dos maiores predadores do seu tempo. É uma baleia primitiva", afirmou Salas-Gismondi à AFP.

"Naquela época o mar do Peru era quente, não era frio como é hoje. Graças a esse tipo de fóssil podemos reconstruir a história do mar peruano", acrescentou o responsável pelo Departamento de Paleontologia de Vertebrados do Museu de História Natural.

Os primeiros cetáceos evoluíram de animais terrestres há cerca de 55 milhões de anos.

No final do Eoceno (entre 56 milhões e 34 milhões de anos atrás), os cetáceos estavam totalmente adaptados à vida marinha e vagavam por quase todos os oceanos do mundo. Naquela época, as baleias ainda não haviam evoluído e quase todos os cetáceos eram macropredadores marinhos, segundo os estudiosos.

O deserto de Ocucaje é um lugar rico em fósseis, segundo os pesquisadores.

"Graças aos fósseis de Ocucaje podemos redescobrir a história do mar peruano. Temos um registro de 42 milhões de anos de evolução e de espécies marinhas", explicou Salas-Gismondi.

Fósseis de baleias anãs de quatro patas, golfinhos, tubarões e outras espécies do período Mioceno (entre 5 e 23 milhões de anos atrás) foram descobertos no mesmo deserto há mais de duas décadas.

A Estação Espacial Internacional (ISS) teve que fazer uma manobra nesta terça-feira (22) para evitar uma colisão com restos de um antigo foguete japonês, a terceira manobra deste tipo em 2020, informou a Nasa, que pediu mais recursos para monitorar o número crescente de objetos na órbita da Terra.

Os escombros teriam passado a 1,39 km da estação, segundo a Nasa, e a órbita da mesma foi elevada como medida de precaução. Uma cápsula de carga russa (Progress) atracada à ISS impulsionou a estação para cima acionando seus propulsores, durante dois minutos e meio, em operação monitorada pelas salas de controle russa e americana.

Segundo o astrônomo Jonathan McDowell, o objeto no caminho da ISS eram restos de um foguete japonês lançado em 2018 e que se desintegrou em 77 partes em fevereiro de 2019. Os tripulantes da estação, dois russos e um americano, tiveram que permanecer temporariamente na parte russa da ISS, para poderem realizar uma evacuação urgente na cápsula Soyuz se fosse necessário.

A ISS se desloca a 27.500 km/h, velocidade em que mesmo um pequeno objeto pode danificar gravemente ou até mesmo destruir um painel solar ou outro componente da estação.

A manobra realizada hoje é periódica e deveria se tornar mais frequente, devido à contaminação crescente do entorno da Terra por restos de foguetes e satélites lançados por seis décadas e por milhares de fragmentos gerados por colisões acidentais ou deliberadas, como o envio, por exemplo, de mísseis antissatélite pela Índia, em 2019, e China, em 2007.

A estação teve que evitar restos deste tipo 25 vezes entre 1999 e 2018, segundo a Nasa. "A ISS manobrou três vezes em 2020 para evitar escombros. Nas últimas duas semanas, houve três conjunções potenciais de alto risco. Os escombros estão piorando!", tuitou o chefe da Nasa, Jim Bridenstine.

O administrador pediu 15 milhões de dólares ao Congresso para que o Escritório de Comércio Espacial, um serviço civil, cuide da vigilância dos objetos espaciais e coordene as advertências às operadoras de satélites privados em caso de risco de colisão. Até o momento, uma unidade militar é responsável pela vigilância espacial.

O Vaticano esclareceu em um comunicado oficial o seu posicionamento sobre a exumação dos restos mortais de Francisco Franco e desaprovou a posição do núncio Renzo Fratini, que estimou que tal operação terminaria por "ressuscitar" o ditador espanhol.

"Por ocasião da partida da Espanha do monsenhor Renzo Fratini, após a conclusão do seu mandato, enfatizamos que suas recentes declarações sobre o assunto da exumação dos restos mortais de Francisco Franco foram expressas a título pessoal", declarou o porta-voz interino do Vaticano, Alessandro Gisotti.

"Também lembramos que o ex-núncio apostólico na Espanha já negou, por meio da imprensa, qualquer intenção de emitir um julgamento sobre questões políticas internas", ressaltou.

Com esta declaração, o Vaticano responde às queixas oficiais apresentadas pelo governo socialista espanhol no início de julho.

As declarações do núncio à imprensa espanhola acusando o executivo de Pedro Sánchez de querer exumar o ditador de seu mausoléu por "razões especialmente políticas", foram consideradas "uma ingerência" nos assuntos internos espanhóis.

A Santa Sé aproveitou a ocasião para esclarecer sua posição sobre o tema e, desta forma, pretende encerrar o caso.

"Reiteramos que a posição da Santa Sé sobre a exumação de Franco é clara e foi expressa oficialmente na carta que o secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, enviou em fevereiro à vice-presidente do governo espanhol, Carmen Calvo, e posteriormente reafirmada pelo secretário geral da Conferência Episcopal espanhola", ressalta a nota.

"Esta posição se baseia no respeito total à soberania do Estado espanhol e de seu sistema legal", conclui a nota de Gisotti.

Em uma entrevista à agência Europa Press, Fratini declarou que "sinceramente, há tantos problemas no mundo e na Espanha. Por que ressuscitá-lo? Digo que ressuscitaram Franco. Deixá-lo em paz seria melhor, a maioria das pessoas pensa assim, porque 40 anos se passaram, ele fez o que fez, Deus irá julgá-lo. Não ajuda a viver melhor recordar algo que provocou uma guerra civil", afirmou o então embaixador do papa.

O governo socialista tenta há um ano retirar os restos do ditador da basílica onde se encontra nos arredores de Madri para enterrá-lo em um lugar mais discreto.

A Suprema Corte espanhola decidiu nesta terça-feira (4) suspender por precaução a exumação dos restos mortais do ditador Francisco Franco de seu mausoléu, enquanto o recurso apresentado pela família é examinado.

A exumação, marcada para a próxima segunda-feira pelo governo, está no centro de uma batalha judicial entre o governo socialista e os descendentes do ditador que governou a Espanha com mão de ferro de 1939 a 1975 e está enterrado em um mausoléu faraônico perto de Madri.

A Suprema Corte apontou em um comunicado que uma de suas câmaras "decidiu por unanimidade suspender por precaução a exumação dos restos mortais de Francisco Franco Bahamonde que ocorreria em 10 de junho".

Para a mais alta instância judiciária da Espanha, a suspensão visa evitar "danos" que poderiam ser causados à família do ditador, mas também ao Estado, se o recurso dos descendentes de Franco for finalmente aceito. O que forçaria a devolução do corpo para onde está atualmente.

O governo do socialista Pedro Sánchez quer enterrar Franco em um lugar mais discreto, no cemitério do Pardo em Madri.

Uma juíza de Madri ordenou a exumação dos restos do pintor espanhol Salvador Dalí, morto há 28 anos, com o objetivo de determinar se o artista é pai biológico de uma mulher da Catalunha, região onde ele nasceu.

"O juizado de Primeira Instância nº 11 de Madri ordenou a exumação do corpo do pintor Salvador Dalí, com o objetivo de obter amostras dos restos mortais para determinar se ele é pai biológico de uma mulher de Gerona", indica o serviço de comunicação do Tribunal Superior de Justiça de Madri.

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Pilar Abel Martínez apresentou uma queixa para ser reconhecida como filha do célebre artista, que está enterrado em sua cidade natal de Figueras.

"O estudo do DNA do cprop do pintor é necessário ante a falta de outros restos biológicos ou pessoais com os quais realizar a comparação", afirmou a justiça.

A família Dalí pode recorrer desta decisão.

O artista catalão Salvador Dalí, uma das figuras mais destacadas do surrealismo, morreu aos 84 anos em 24 de janeiro de 1989 em um hospital de Figueras depois de uma vida intensa e agitada, alimentada por suas criações geniais e suas extravagâncias.

Rico e desesperado, viveu seus últimos sete anos recluso em seu castelo de Púbol, a poucos quilômetros de Gerona, rodeado de cuidadores e ajudantes.

Mudou para lá para não se separar de sua esposa Gala, que morreu em 1982 e está enterrada em uma cripta especialmente preparada para ela. Ao lado, havia outro túmulo para o artista, mas por fim foi enterrado em seu museu em Figueras, já que esse era seu desejo.

Os restos de aviadores americanos desaparecidos há 72 anos durante uma perigosa missão sobre o Himalaia voltaram para casa nesta quarta-feira, graças às minuciosas tarefas de busca de uma equipe do Pentágono na selva do norte da Índia.

O secretário americano de Defesa, Ashton Carter, assistiu nesta quarta-feira em uma cerimônia em uma base aérea de Nova Délhi à partida do caixão com os ossos encontrados em 2015 na selva montanhosa do Estado indiano de Arunachal Pradesh (nordeste), e de outro com os restos de mais aviadores.

Uma corneta tocou "Taps", a melodia habitual dos funerais, diante dos caixões metálicos cobertos com a bandeira americana, que foram carregados em um avião militar rumo ao Havaí.

Os restos do primeiro caixão foram encontrados por uma equipe da agência de prisioneiros de guerra e desaparecidos em combate (POW/MIA), dependente do Pentágono, que se dedica a buscar por todo o mundo restos de soldados americanos desaparecidos.

Esta equipe, composta por 10 membros civis e militares da agência, acompanhada de outros tantos membros das equipes locais, se dirigiu em setembro de 2015 ao local onde o avião caiu.

"Eles levaram três dias de caminhada para chegar ao local e montar seu acampamento" no coração da selva, explicou o capitão de marines Greg Lynch, acostumado a essas tarefas de busca. Posteriormente, durante oito horas por dia, a equipe rastreou um terreno difícil.

Com a ajuda de cordas, a equipe fez um verdadeiro trabalho arqueológico, retirando a camada superior do solo para peneirá-la e tentar encontrar os ossos dos aviadores desaparecidos, perto dos destroços de sua aeronave, um bombardeiro B-24.

No entanto, o risco de um deslizamento de terra nesta zona úmida impediu que o equipamento rastreasse toda a zona prevista.

Finalmente, os ossos encontrados no local "cabem em uma pequena bolsa", explica Gary Stark, responsável para a Índia da agência POW/MIA.

Os ossos pertencem a um ou dois dos oito aviadores que estavam a bordo, que agora serão analisados no Havaí para ser identificados graças ao seu DNA. Posteriormente serão entregues às famílias, 72 anos mais tarde.

Os ossos encontrados são escassos, mas para as famílias são muito valiosos, já que "ter algo para colocar em um caixão, formalmente identificado como procedente do avô Joe e enterrado em um cemitério com honras militares, permite encerrar" por fim um longo parênteses, explica Gary Stark.

Esta é a primeira vez em que a agência consegue encontrar restos na Índia, embora neste país ainda existam 350 desaparecidos americanos da Segunda Guerra Mundial.

A Secretaria de Imprensa de Pernambuco divulgou, na manhã deste sábado (16), um novo percurso do translado dos restos mortais do ex-governador do Estado, Eduardo Campos, e dos componentes da sua equipe. Segundo a nota enviada à imprensa, no caminho da Base Aérea do Recife ao Palácio do Campo das Princesas, a grande alteração é que o transporte não passará pela Avenida Boa Viagem. Entretanto, o horário da chaga dos restos mortais ainda não está definido. Confira abaixo como será o deslocamento:

Deslocamento Base Aérea do Recife ao Palácio do Campo das Princesas:

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Base Aérea, Rua Maria Irene, Avenida Mascarenhas de Moraes, Ponte Motocolombó, Largo da Paz, Avenida Sul, Rua Nicolau Pereira, Estrada dos Remédios, Avenida Visconde de Albuquerque, Rua José Bonifácio, Rua Cônego Barata, Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, Avenida Cruz Cabugá, Rua do Hospício, Rua Princesa Isabel, Praça da República, Palácio do Campo das Princesas.

De acordo com a Secretaria, o percurso do Palácio do Campo das Princesas ao Cemitério de Santo Amaro continua o mesmo: Ponte Princesa Isabel, Rua da Aurora, Av. Mário Melo, Rua Treze de Maio, entrada principal do Cemitério de Santo Amaro. O sepultamento está previsto para este domingo (17).

Uma nova espécie de dinossauro descoberta em Portugal se encontrava no topo da cadeia alimentar há 150 milhões de anos, o que faz dele o Tiranossauro Rex de sua época - de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira nos Estados Unidos.

Os ossos fossilizados desse dinossauro carnívoro, que media cerca de dez metros de comprimento e pesava entre quatro e cinco toneladas, foram descobertos ao norte de Lisboa.

Inicialmente atribuídos a um Torvosaurus tanneri, que viveu na América do Norte, os paleontólogos determinaram, finalmente - após analisar a tíbia, a mandíbula superior, os dentes e uma parte das vértebras da cauda -, que se tratava de uma de espécie nova. O animal foi batizado de Torvosaurus gurneyi.

Esse temido dinossauro possuía dentes afiados de dez centímetros, o que indica que estaria no ápice da cadeia alimentar da península ibérica há 150 milhões de anos, disseram os autores do estudo, Christophe Hendrickx e Octavio Mateus, da Universidade Nova e do Museu da Lourinha, em Lisboa.

O trabalho foi publicado no periódico americano PLOS ONE. O número de dentes, o tamanho e a forma da mandíbula parecem diferenciar o Torvosaurus europeu daquele que viveu na América do Norte, afirmaram. "Era, sem dúvida, um feroz predador", disse Mateus à AFP.

"Aonde chegava, era amo e senhor. O Torvosaurus não tinha rival durante o Jurássico tardio. É o equivalente ao T. Rex, mas 80 milhões de anos antes", comentaram.

"Não se trata, porém, do maior dinossauro predador conhecido", esclareceu Hendrickx, citando o tiranossauro e o gigantossauro, os mais importantes carnívoros do Cretáceo, período geológico entre 145,5 milhões e 65,5 milhões de anos atrás, quando os dinossauros desapareceram.

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