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O árbitro Ricardo Tavares, que apitou o Clássico dos Clássicos do último domingo, no qual o Sport derrotou o Náutico, por 2x1, comentou as declarações dos jogadores do Timbu, de que ele teria proferido palavras de baixo calão aos atletas alvirrubros. Segundo o juiz pernambucano, ele não comentou nada com os jogadores.

“O meu trabalho é o de arbitrar e levar o jogo numa boa, sem denegrir a imagem de nenhum clube. Quem me conhece sabe do meu caráter. Em nenhum momento eu fiz este tipo de comentário. Em alguns momentos eu até os separei de confusões, pois eles queriam discutir e ficavam se empurrando. O jogador que falou isso de mim é um mau-caráter”, disse.

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Ricardo aproveitou para fazer uma autoanálise da sua arbitragem. “Eu me preparei bastante e fui muito bem. Foi muito difícil, pois muitos atletas não queriam jogar e só faziam atrapalhar a arbitragem, mas acho que fui muito bem na partida. Eu tenho muito tempo de arbitragem e sei absorver as críticas. Eu estava concentrado”, afirmou o árbitro pernambucano.

O vice-presidente executivo do Náutico, Toninho Monteiro, respondeu ao árbitro Ricardo Tavares com mais críticas. Segundo ele, não tem como saber o que foi dito e o que não foi dito em off, dentro de campo, pois ninguém estava com um gravador na hora. Mas continuou com as críticas de que houve muitos erros

“É um direito que ele tem de chamar os meus atletas de mau-caráter. Mas eu não vou discutir isso. O que eu queria que ele explicasse eram os lances, por que ele não expulsou o Renê e expulsou o Elicarlos. Por que ele não deu pênalti em cima de Elicarlos. Eu estou orgulhosos dos meus atletas”, finalizou Toninho Monteiro.

A diretoria do Náutico tem uma reunião marcada com o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, na tarde desta segunda-feira (23), para debater a respeito da arbitragem de Ricardo Tavares no Clássico dos Clássicos do último domingo (22) e dos próximos jogos da fase final do estadual.

Depois do jogo com o Sport, de cabeça quente após a derrota em pleno estádio dos Aflitos, por 2x1, a diretoria alvirrubra veio a público para criticar a atitude de Ricardo Tavares no comando da partida. Com a cabeça mais fria, hoje pela manhã, o presidente do clube, Paulo Wanderley, não quis falar sobre a arbitragem e disse que só volta a falar depois da reunião.

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Mesmo sem antecipar nada, o mandatário alvirrubro deverá aproveitar o bate-papo com o presidente da FPF para pedir um árbitro da FIFA para o jogo da volta com o Leão, na Ilha do Retiro, no próximo domingo (29), às 16h. Vale lembrar que, em Pernambuco, o único árbitro que possui o escudo da FIFA é Sandro Meira Ricci.

Foram 15 cartões amarelos, um vermelho, dois pênaltis e muita polêmica na arbitragem do Clássico dos Clássicos deste domingo, nos Aflitos. Mesmo com sete homens no apito, comandados por Ricardo Tavares, não conseguiram fazer uma boa arbitragem no jogo vencido pelo Sport por 2x1 contra o Náutico. Entretanto, a diretoria alvirrubra afirmou que as falhas vão além do problema técnico.

O diretor de futebol Armando Ribeiro, representando os gestores do clube, acusou de forma enfática: “já estava tudo certo”. De acordo com o dirigente, vários lances da partida podem comprovar isso. “Podemos falar principalmente das expulsões. Renê fez falta no primeiro tempo e ele não deu cartão. Em lance mais tranquilo ele botou o Elicarlos para fora”, disse.

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Questionado se a diretoria do Náutico estava arrependida pelo pedido de arbitragem local, Armando Ribeiro foi enfático. “Não nos arrependemos de forma alguma, mas não podemos ficar calados com um assalto desses. Ele jogou lama nos árbitros locais. Na hora do pênalti, por exemplo, ele chamou alguns jogadores do nosso time de marginal”, contou.

Porém, a declaração mais forte ficou para a parte final da entrevista. Se referindo as reclamações da diretoria do Sport pela escolha de arbitragem local, Armando Ribeiro foi irônico com os rivais. “Não sei se foram declarações ou simulações. Acho que foi um teatro do lado de lá, já estava tudo armado, tudo certo”, acusou.

Em Clássico dos Clássicos com 15 cartões amarelos, um vermelho, dois pênaltis, sete homens do apito e uma arbitragem completamente confusa, o Sport largou na frente contra o Náutico na semifinal do Campeonato Pernambucano. Com dois gols de Marcelinho Paraíba, os rubro-negros quebraram um tabu de não vencer o rival nos Aflitos, que já durava desde 2008. Ronaldo Alves descontou para os alvirrubros.

Os 90 minutos finais e decisivos serão no próximo domingo, às 16h, na Ilha do Retiro. Com o resultado e melhor classificação na primeira fase, o Sport joga pelo mesmo resultado na partida de volta. Para conseguir a classificação para a final, o Náutico precisa de uma vitória por dois ou mais gols de diferença.

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O JOGO

O árbitro Ricardo Tavares antes mesmo de a bola rolar foi em cada área técnica e pediu calma aos treinadores. Prognóstico de um jogo pegado. Um clássico eletrizante. Logo no primeiro minuto, na primeira falta o juizão deu cartão amarelo para Marcelinho Paraíba. E assim foram outros seis nos 45 minutos iniciais.

O clima da partida esquentava a cada chance, a cada vez que a rede balançava. O Náutico, que entrou em campo no 4-4-2, pressionava mais o Sport do retrancado 3-5-2. Foi assim nas oportunidades desperdiçadas por Rodrigo Tiuí e Jefferson. O “dono do apito”, auxiliado por seis auxiliares, seguia bem no comando e no controle do jogo. Até os 17 minutos, quando o já amarelado Renê deu carrinho em João Ananias. Ricardo Tavares deu vantagem no lance e “esqueceu” do cartão vermelho. Erro carimbado por Mazola Júnior, que tirou o garoto para entrada de Julinho.

Apesar da pressão do Náutico, o time rubro-negro apostava e chegava com perigo nos contra-ataques. Na primeira oportunidade faltou crueldade para Jael. O próprio atacante puxou a jogada do campo defensivo, tabelou com  Jheimy, saiu cara a cara com Gideão, mas bateu fraco para defesa do camisa 1. Porém, logo em seguida o arqueiro alvirrubro não conseguiu evitar o primeiro gol da decisão. Julinho cobrou lateral despretensioso para Jheimy, que fez o pivô em cima de Elicarlos e achou Marcelinho Paraíba dentro da área. O camisa 10 conseguiu fugir da marcação individual de Derley, encher o pé direito de primeira e estufar as redes do Náutico. 1x0.

Os rubro-negros não tiveram nem muito tempo para comemorar. A pressão alvirrubra continuou e minutos depois foi recompensada na principal jogada da equipe: a bola parada. Aos 31, Souza cobrou falta na ala esquerda, Ronaldo Alves subiu mais que a marcação adversária e empatou. 1x1.

Em seguida, a bola parada seguiu dando a tônica do clássico. Entretanto, com intervenções (diretas ou não) dos goleiros. Aos 33, Cesinha puxou Jael dentro da área. Pênalti. Na cobrança, Marcelinho Paraíba chutou quase no meio do gol. Gideão pulou no lado esquerdo, mas com grande reflexo esticou a perna e defendeu. Já aos 45, Magrão contou com a sorte. Souza cobrou falta com categoria, a bola explodiu na trave e “andou” pela linha.

Na volta para a segunda etapa, Mazola Júnior optou pela continuidade da retranca. Aliás, por uma postura ainda mais defensiva, tirando o atacante Jheimy  para entrada do volante Rivaldo. E o que deveria ser predominante, aos oito minutos, aparentemente “nada mudou”. Elicarlos fez falta em Julinho, recebeu o segundo cartão amarelo e foi para o chuveiro mais cedo.

Apesar disso, o Sport seguiu sem atacar. Incentivados pelos gritos de protesto dos torcedores contra a arbitragem e de “time de guerreiros”, o Náutico criava as melhores oportunidades. Porém, Magrão “trocou” a sorte pela competência. O goleiro rubro-negro parou as investidas de Ramon, Siloé e Cesinha.

O Sport continuava retrancado. Mas, verdade seja dita, muito paciente. Apostando na individualidade, os rubro-negros conseguiram mais um pênalti. Moacir foi derrubado por Jefferson. Gideão até tocou na bola, mas dessa vez não impediu o 14ª gol de Marcelinho Paraíba no Campeonato Pernambucano e o fim de um jejum de vitórias nos Aflitos que já durava quatro anos.

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Ficha do jogo

Estádio dos Aflitos, Recife-PE

Náutico: Gideão; João Ananias, Marlon (Cesinha), Ronaldo Alves e Jefferson; Elicarlos, Derley, Souza e Ramon; Siloé (Lenon) e Rodrigo Tiuí (Léo Santos). Técnico: Alexandre Gallo.

Sport: Magrão; Bruno Aguiar, Tobi e Edcarlos; Moacir, Hamilton, Marquinhos Paraná, Marcelinho Paraíba (Ruan) e Renê (Julinho); Jheimy (Rivaldo) e Jael. Técnico: Mazola Júnior.

Árbitro: Ricardo Tavares              Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral

Assistentes adicionais: Giorgio Wilton e Anderson Freitas

Cartões amarelos: Elicarlos, Cesinha, Derley, Rodrigo Tiuí, Jefferson, Léo Santos, Souza (Náutico); Marcelinho Paraíba, Renê, Moacir, Hamilton, Edcarlos, Tobi, Julinho, Ruan (Sport)

Cartão vermelho: Elicarlos (Náutico)

Gols: Ronaldo Alves, aos 31 minutos do primeiro tempo (Náutico); Marcelinho Paraíba, aos 22 minutos do primeiro tempo e aos 36 minutos do segundo tempo (Sport)

Público: 12.644                 Renda: R$ 220,025

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