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Gustavo Bebianno, Ricardo Vélez, Santos Cruz, Franklimberg Ribeiro, Juarez da Paula Cunha e Joaquim Levy: em cinco meses e meio de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), já são seis nomes grandes que deixaram ou foram demitidos de suas funções.

Entre chefes de ministérios, empresas públicas e órgãos ligados à administração federal, as seis saídas mexeram com o andamento do governo e, de alguma forma, parecem abalar a estrutura da gestão presidencial. A cadeira que ficou mais recentemente vazia foi a do ex-presidente do BNDES, Joaquim Levy.

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No último sábado (15) Bolsonaro havia concedido uma entrevista em que ameaçou demitir Levy pelo fato dele dizer que tinha a intenção de nomear um executivo que trabalhou na gestão petista. Entretanto, em seguida, Levy se adiantou e pediu demissão. O engenheiro e economista Gustavo Henrique Moreira Montezano foi escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para presidir o Banco.

“Essa troca de cadeiras mostra uma certa instabilidade do governo diante de sua administração. A saída de Levy aconteceu em meio a polêmicas que o presidente, às vezes sem querer, coloca na grande mídia. Possivelmente se ele não tivesse ameaçado demitir Levy durante entrevista coletiva, os encaminhamentos tivessem sido mais discretos”, explica a cientista política Larissa Leonel.

Pouco antes da saída de Levy, Bolsonaro havia anunciado a demissão do então presidente dos Correios, Juarez da Paula Cunha. A justificativa do presidente é que Cunha “foi ao Congresso e agiu como sindicalista” ao criticar a eventual privatização da estatal e tirar fotos com parlamentares do PT e do  PSOL. A demissão ocorreu durante um café com jornalistas, na última sexta-feira (14).

Com bastante interferência dos filhos do presidente, a cadeira vazia deixada pelo ex-ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, foi motivada por ataques do vereador Carlos Bolsonaro (PSC) e do escritor Olavo de Carvalho. Santos Cruz foi o primeiro ministro militar a sair do governo e ele foi intensamente criticado pela rede bolsonarista.

Santos Cruz deixou o governo na última quinta-feira (13) antecedendo a sequência de saídas formada por Juarez da Paula e Joaquim Levy. O substituto dele é outro militar, o general Luiz Eduardo Ramos Baptista. Bolsonaro informou, ainda, que convidou Santos Cruz para ocupar a vaga da Presidência dos Correios. Mas a proposta não foi para frente até então.

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“O governo precisa trabalhar mais em cima de estabilidade para que sua confiança diante da população possa evoluir. São quase seis meses de governo e muitas polêmicas, mas muitas delas poderiam ser diminuídas ou até evitadas. A falta da imagem amistosa de Bolsonaro atrapalha até o convencimento de que o governo vai retomar um trabalho próspero. Não basta apenas anunciar investimentos ou ações Brasil afora, a população quer ver uma equipe que não esteja envolvida constantemente em polêmicas negativas”, pontua Larissa Leonel.

Após reassumir a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) em janeiro, o general do Exército Brasileiro Franklimberg de Freitas deixou o cargo cinco meses depois. No começo do mês de junho, Freitas deixou o comando do órgão. Entre as seis saídas do governo, talvez a do ex-presidente da Funai tenha sido a mais discreta.

Ele passou a ser alvo de pressão de ruralistas liderados pelo secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura (Mapa), Luiz Antonio Nabhan Garcia. Ao deixar o cargo, Freitas disse que a Funai é alvo de interesses sem relação com a causa indígena.

O colombiano Ricardo Vélez, que ocupava o cargo de ministro da Educação, é responsável por uma das saídas mais tumultuosas do governo. O olho do furacão que Vélez se viu envolvido foi quando revelou-se um e-mail no qual o então ministro pedia para todas as escolas do Brasil lerem o slogan da campanha de Bolsonaro e filmarem as crianças cantando o Hino Nacional.

Porém, antes disso, o colombiano enfrentava uma crise que vinha desde a posse de Bolsonaro, com disputa interna entre grupos adversários no Ministério da Educação, medidas contestadas, recuos e quase 20 exonerações no ministério. A cadeira deixada por Vélez foi ocupada pelo - também polêmico - Abraham Weintraub.

Completando a lista dos seis afastados do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), há o nome do ex-secretário Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Ele foi o primeiro membro do governo a ser demitido, em 19 de fevereiro deste ano. Bebianno foi acusado de supostas irregularidades em campanhas eleitorais do PSL, mesmo partido do presidente.

Bebianno foi coordenador da campanha de Bolsonaro em 2018 e presidiu a legenda durante as eleições. Ele era o responsável legal por repasses para candidaturas pouco competitivas em Pernambuco, que ficaram conhecidas como candidaturas laranjas.

A história mais uma vez teve a participação de Carlos Bolsonaro, que na época chamou Bebianno de mentiroso e inflamou toda a situação. Jair Bolsonaro reafirmou a afirmação do filho e, no fim das contas, decidiu pela demissão do ex-secretário Geral da Presidência. A vaga foi ocupada pelo general da reserva Floriano Peixoto Neto.

“O caso de Bebianno precedeu uma série de outras polêmicas, mas o dele pareceu ser mais grave para o governo porque o presidente não tinha ainda nem dois meses de atuação à frente do Planalto. Como os fatos já mostraram, a forte interferência dos filhos de Bolsonaro no governo é uma característica nociva ao trabalho que o presidente tenta desenvolver. A partir de agora, mesmo que seja difícil, o Governo Federal deve tentar manter uma estabilidade para recuperar uma certa hegemonia que está em falta diante da grande mídia e diante dos brasileiros”, acrescenta a cientista política Larissa Leonel.

O polêmico deputado federal Alexandre Frota (PSL) utilizou seu perfil oficial no Twitter para comentar as manifestações que acontecem pelas cidades do Brasil contra os cortes anunciados pelo Ministério da Educação (MEC).

 Nesta quarta-feira (15), Frota teceu comentários e fez um comparativo com o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. “Corte de verbas na educação e saúde sempre existiram. Dilma fez uma das maiores. O contingenciamento sempre existiu nós sabemos”, disse o parlamentar.

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 Ainda em sua publicação, Alexandre Frota alfinetou o ex e o atual ministro da Educação, Ricardo Vélez e Abraham Weintraub, respectivamente. De acordo com ele, não são os melhores nomes para gerir a pasta.

 “A maneira como foi feita está errada, lembro aqui que as indicações de Vélez e Weintraub são de Olavo de Carvalho. Infelizmente”, lamentou.

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (30) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) trocou Ricardo Vélez do comando do Ministério da Educação (MEC), a quem chamou de “ridículo”, por Abraham Weintraub que, segundo o petista, tem um perfil "autoritário".

A análise de Haddad diz respeito à declaração de Abraham Weintraub ao jornal Estado de São Paulo de que as verbas destinadas para três universidades brasileiras serão reduzidas porque elas estão "fazendo balbúrdia" no lugar de “melhorar o desempenho acadêmico”.

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“Bolsonaro trocou um ministro da Educação ridículo por outro ridículo e autoritário”, disparou o ex-candidato à Presidência da República, em publicação nas redes sociais.

As unidades de ensino superior que vão sofrer os cortes de 30% no orçamento, segundo o ministro, são as Universidades Federal Fluminense (UFF), Federal da Bahia (UFBA) e a de Brasília (UnB).

O deputado federal Danilo Cabral (PSB), membro da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, comentou a substituição do ministro da Educação, anunciada nesta segunda-feira (8) pelo presidente Jair Bolsonaro no Twitter.

“Espero que o novo ministro consiga serenar o ambiente da Educação, área que deveria ser estratégica para o governo. Até agora, o que vimos foi uma briga interna por cargos entre militares, evangélicos e olavistas”, afirmou.

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Segundo o parlamentar, o ministro já vai tarde. “Infelizmente, o ministro não seguiu nosso conselho, ele se mostrou com apego ao cargo, indigno da função que ele ocupava”, disse Danilo Cabral. Durante audiência com o ministro Ricardo Vélez Rodríguez na Comissão de Educação, realizada no dia 27 de março, o deputado pediu que o ministro renunciasse ao cargo pela crise que foi instalada no Ministério da Educação.

A gestão do MEC, nesses primeiros meses do governo, foi uma tragédia. Não houve a divulgação de um projeto para o país e é urgente fazermos os investimentos necessários para a área. Torcemos para que não seja apenas uma troca de nomes, mas que agora o governo, finalmente, consiga dizer a que veio na educação, que seja prioridade para o país ”, acrescentou Danilo Cabral.

O novo ministro da pasta, Abraham Weintraub é economista, fez parte da equipe de transição do governo e era secretário-executivo da Casa Civil. “Ao que se sabe, ele não tem nenhuma ligação ou estudos na área de educação. Mas esperamos, sinceramente, que seja um bom gestor, o que já um avanço diante do que vivenciamos nesse período, e que nos surpreenda positivamente”, destacou Danilo Cabral.

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) afirmou, nesta segunda-feira (8), que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) vê o país "a partir de uma planilha de Excel". A prova disso, segundo o pedetista, está na escolha do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub. A demissão de Ricardo Vélez Rodríguez do cargo foi anunciada hoje pelo presidente.

“Vélez caiu. Deveria ter saído antes, se não fosse a manobra para desqualificar a imprensa. No seu lugar, o economista Abraham Weintraub, especialista em Previdência, o que mostra que esse governo observa o país a partir de uma planilha de Excel”, considerou o deputado pernambucano.

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Abraham Weintraub é economista e professor da Universidade Federal de São Paulo. Até agora, Weintraub era o chamado ‘número 2’ da Casa Civil, já que ocupava o cargo de secretário-executivo, e atuou na elaboração da proposta da reforma da Previdência. Antes disso, também integrou a equipe de transição de governo.

Lideranças que integram a bancada de oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional criticaram, nesta segunda-feira (8), a escolha do presidente pela indicação do economista e professor Abraham Weintraub para comandar o Ministério da Educação no lugar do agora ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez. O anúncio da demissão de Vélez e do novo titular da pasta foi feito pelo presidente em publicação no Twitter.

“Agora o mercado financeiro ocupa mais um posto no governo, e à frente da Educação - um homem do mercado assume a pasta. Bolsonaro quer acabar com a Educação pública?”, questionou a deputada federal Luiza Erundina (PSOL). Abraham Weintraub era secretário-executivo da Casa Civil e participou da elaboração da proposta da reforma da Previdência.

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“Bolsonaro indica Abraham Weintraub, amigo de Onyx Lorenzoni e extremamente reacionário. Um economista vinculado ao mercado financeiro cuidando da educação? Não pode dar certo!”, considerou o deputado federal Ivan Valente (PSOL). Apesar disso, na ótica dele,  “Vélez cai e já vai tarde”.

Já para o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), o MEC foi símbolo do que é a administração de Bolsonaro nos primeiros 100 dias de governo. “Nesses cem dias sem governo, o MEC se tornou símbolo do que é a presidência de Bolsonaro: trapalhadas, falta de projeto e defesa de uma agenda fanática. Agora, um presidente despreparado demite um ministro igualmente inepto para o cargo. Continuaremos de olho nos rumos do MEC”, salientou.

Para a líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Vélez não fará falta. “Velez demitido, como todo mundo sabia. A manobra de Bolsonaro para segurar o ministro por causa do furo de uma jornalista foi patética. Não fará falta e já vai tarde”, disse, referindo-se ao anúncio da demissão do então titular do MEC em 27 de março, feito pela jornalista Eliane Catanhêde, refutado por Bolsonaro como “fake news”.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem expressado cada vez mais sua insatisfação com a atuação do ministro da Educação, Ricardo Vélez. Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (5), o presidente indicou que pode demitir Vélez na próxima semana.

“Está bastante claro que não está dando certo o ministro Vélez. Na segunda-feira, vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta”, sinalizou Bolsonaro, segundo o jornal O Globo. Na semana passada, o presidente chegou a ficar em silêncio ao ser indagado, duas vezes, sobre a eventual demissão. 

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No último dia 27,  a jornalista Eliane Catanhêde chegou a divulgar que o ministro havia sido demitido, mas Bolsonaro disse que afirmação era “fake news”. Sob a condução de Vélez, o MEC vem passando por uma crise que vai desde a constante demissão de membros do alto escalão quanto decisões polêmicas e diversos recuos.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa afirmou, nesta quinta-feira (28), que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem arrastado o Ministério da Educação ao “esgoto”. De acordo com o petista, diversos conselhos ligados ao MEC estão paralisados, as ações da pasta estagnaram pelas brigas e constantes trocas de dirigentes e quase 500 mil livros estão com entrega atrasada para o início do ano letivo, que ocorreu em fevereiro.  

"O que está acontecendo no Ministério da Educação é um descalabro sem tamanho. É assombroso ver que uma das maiores pastas da Esplanada, que jamais gerou conflitos dessa natureza, seja puxada para o centro dessa crise em que Bolsonaro está lançando o Brasil. Isso terá reflexos diretos na educação dos brasileiros, reflexos que serão sentidos por muitos anos", avaliou Humberto.

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Para o senador, a crise aberta pelo que chamou de “gestão desastrosa” do  ministro Ricardo Vélez Rodriguez “tem incidência direta nas ações do ministério e vai prejudicar seriamente o desenvolvimento das políticas do MEC”.

"É lamentável observar que um ministério com essa sensibilidade esteja sendo alvo do tiroteio verbal e ideológico desse governo inconsequente. Vélez Rodriguez tem de ser demitido imediatamente. O presidente é irresponsável ao deixar que o MEC seja tragado para esse esgoto que ele abriu no coração do governo", criticou, lembrando que o próprio Jair Bolsonaro afirmou em entrevista que Vélez "não está dando certo".

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou, através de publicação no Twitter, que tenha demitido o ministro da Educação, Ricardo Vélez. A informação havia sido divulgada pela jornalista Eliane Catanhêde, na noite dessa quarta-feira (27). A notícia da demissão surgiu no mesmo dia em que o titular do MEC esteve em uma sabatina na Câmara dos Deputados e foi duramente criticado. 

“Sofro fake news diárias como esse caso da ‘demissão’ do Ministro Velez. A mídia cria narrativas de que NÃO GOVERNO, SOU ATRAPALHADO [sic], etc”, escreveu no microblog o presidente. Ao completar o comentário, Bolsonaro fez outra crítica direta à imprensa, pontuando que a população “sabe quem quer nos desgastar para se criar uma ação definitiva contra meu mandato no futuro”.

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O ministro também usou a rede social para negar a demissão e alfinetar a imprensa. “O jornalismo brasileiro se põe raivoso por estar, pela primeira vez, sem poder barganhar às custas de trocas de favores. Meu compromisso é com os brasileiros e seus representantes. Os veículos que busquem outras fontes de financiamento”, observou Ricardo Vélez.

Vélez tem sido alvo de críticas de parlamentares que integram a bancada de oposição no Congresso. Para endossar os argumentos, senadores e deputados têm apontado observações como a paralisação das atividades do MEC e as constantes demissões, além dos recuos em medidas polêmicas. O deputado Danilo Cabral (PSB-PE) chegou, inclusive, a aconselhar Vélez, nessa quarta, para que ele deixasse o cargo

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) pediu ao ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, que ele entregasse o cargo de auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Cabral encontrou Vélez nesta quarta-feira (27), durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados.  

“O próprio governo tem atacado diariamente sua dignidade como ministro. Avalie, em nome de sua dignidade pessoal e dos interesses do Brasil, se não está na hora de Vossa Excelência entregar o cargo”, disse o pessebista ao titular do MEC.

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O conselho de Danilo ao ministro foi dado no mesmo dia em que a imprensa nacional repercute mais uma demissão da pasta. Desta vez, do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinícius Rodrigues. Neste mesmo encontro, Vélez chegou a afirmar que Rodrigues foi demitido após ter “puxado o tapete” do ministério.

Falta de prioridade

Durante a audiência o ministro fez referências aos resultados positivos de Pernambuco na educação. Danilo Cabral, em sua participação, destacou que, para estar entre os estados com melhor Ideb no Brasil, o Estado tornou a educação uma política pública central desde a primeira gestão do ex-governador Eduardo Campos.

“E é exatamente isso que falta ao governo atual. Esse governo não coloca a educação como uma política estratégica para o país e o senhor não pode ficar omisso”, criticou Danilo Cabral, que é ex-secretário de Educação de Pernambuco e foi presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na última Legislatura. O deputado acrescentou que “quando avançamos em Pernambuco, fizemos com base em planejamento com metas, prazos, responsáveis e indicadores”.

Danilo Cabral frisou que o ministro sequer fez referência ao Ideb, que é o principal indicador de avaliação de resultado. Também criticou o fato de não haver informações sobre as posições do ministro em relação ao Fundeb (expirará em 2020), ao teto dos gastos, que tem reduzido os investimentos na área, e nem mesmo à Reforma da Previdência no que tange os professores. “Além de a proposta promover o aumento no tempo de contribuição para a carreira do magistério, iguala homens e mulheres em relação à idade mínima. É uma contradição, tendo em vista que a regra geral estabelece essa diferenciação. E não leva em consideração que é uma profissão muito desgastante e o estresse faz parte da realidade”, comentou.

A audiência pública foi realizada na Comissão de Educação, com o objetivo de que Ricardo Vélez Rodríguez falasse sobre o andamento dos trabalhos no MEC.

O ministro da Educação, Ricardo Vélez, repudiou o massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), ocorrido na manhã de hoje. Em mensagem no Twitter, o ministro se solidarizou com as famílias das vítimas e disse que acompanhará os desdobramentos da tragédia.

"Recebo com muita tristeza a notícia de que crianças e um funcionário foram brutalmente assassinados na escola Prof. Raul Brasil, em Suzano, SP. Meus sentimentos às famílias. Expresso meu repúdio a essa manifestação de violência. Acompanharei de perto a apuração dos fatos", disse o ministro na rede social.

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O número de vítimas do massacre está sendo contabilizado. Inicialmente, a Polícia Militar informou dez mortos e depois retificou para oito, inclusive os dois supostos atiradores. Há ainda feridos sendo atendidos em hospitais e clínicas da região.

O governador de São Paulo, João Doria cancelou a agenda desta quarta-feira e seguiu para o local com autoridades estaduais e municipais. “Estou muito impactado”, afirmou o governador. "Uma cena mais triste que assisti em toda a minha vida", disse. "Estou consternado, chocado", complementou Doria, prestando solidariedade às famílias das vítimas. O governador e as autoridades fazem uma segunda vistoria na escola, que foi isolada. A identidade das vítimas ainda está sendo levantada.

A Escola Estadual Raul Brasil atende os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio, com um total de 1.058 alunos matriculados. Oferece ainda cursos de línguas para 1.534 estudantes. Contando com a direção, tem 14 funcionários e 63 professores. Tem uma estrutura com 30 salas e espaços para aulas e atividades extra-curriculares, ambientes de leitura e laboratórios de química e de física.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, ainda não é possível afirmar quantos desses alunos estavam no local no momento em que ocorreu o tiroteio. Os tiros, conforme a secretaria, foram disparados durante o intervalo das aulas da manhã.

Em meio à polêmica envolvendo a carta do ministro da Educação Ricardo Vélez às escolas, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) criticou a postura do governo Bolsonaro no sentido de "instrumentalizar escolas, professores e alunos" para fazer propaganda política com o slogan de campanha. Gadêlha aproveitou o primeiro discurso na Câmara Federal, nessa quarta-feira (27), para também desafiar o presidente a cantar o hino nacional corretamente. 

Ao avaliar a gestão de Jair Bolsonaro, o pedetista destacou que todas as semanas ocorrem algum escândalo. “Essa semana a presepada foi a carta do Ministro da Educação aos diretores de escolas, solicitando que organizem professores e alunos perfilados para execução do hino nacional. Eu até acho uma boa ideia. Inclusive, desafio o presidente Jair Bolsonaro a cantar o hino corretamente”, declarou Gadêlha.

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O parlamentar sugeriu, então, que fossem filmadas as instalações precárias e as más condições das escolas e cobrou responsabilidade. “Nenhum governo pode estar acima de tudo e nenhuma crença, acima de todos”, afirmou. 

O ministro da Educação enviou nesta semana carta às escolas pedindo que diretores filmassem professores e alunos, sem autorização dos pais, cantando o hino nacional e gritando o slogan da campanha de Bolsonaro. Após a solicitação gerar polêmicas,  Ricardo Vélez editou a recomendação e desistiu das gravações

O ministro da Educação, Ricardo Vélez, desculpou-se hoje (18) pelo Twitter por uma declação dada em entrevista à revista Veja, na edição de 6 de fevereiro: "Amo o Brasil e o nosso povo, de forma incondicional, desde a minha chegada aqui, em 1979 e, especialmente, desde a minha naturalização como brasileiro, em 1997.  A entrevista à revista Veja colocou palavras minhas fora de contexto. Peço desculpas a quem tiver se sentido ofendido."

Na entrevista, Vélez disse que "o brasileiro viajando é um canibal". A declaração causou polêmica. Na semana passada, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber concedeu prazo de dez dias para que o ministro se manifeste sobre declarações dadas na entrevista. A manifestação do ministro é facultativa. 

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A solicitação foi motivada por uma interpelação judicial criminal protocolada na Corte pelo advogado Marcos Aldenir Ferreira Rivas. No entendimento do advogado, o ministro cometeu o crime de calúnia.

Por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), Vélez disse, também na semana passada, que ainda não havia sido notificado, mas que assim que fosse, responderia.

O ministro da Educação, Ricardo Vélez, garantiu nesta quarta-feira (13), pelo Twitter, que as universidades públicas não serão privatizadas. "As Universidades Públicas são patrimônio da Nação. Não serão privatizadas. Mas serão geridas com total transparência, a fim de que os brasileiros saibam, tintim por tintim, como é utilizado o suado dinheiro que sustenta essas instituições. Menos Brasília e mais Brasil!", escreveu no Twiter.

A privatização vinha sendo apontada como solução para a crise financeira pela qual passam essas instituições de ensino, mas o Ministério da Educação (MEC) ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre a questão.

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De acordo com o Censo da Educação Superior, o país tem hoje 2.448 instituições de ensino superior. Dessas, 296 são públicas e 63 são universidades federais, ligadas diretamente ao MEC. As públicas concentram mais de 2 milhões de matrículas, 24,7% do total dos universitários do país.

Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), a lei que estipula metas para melhorar a qualidade da educação brasileira até 2024, o Brasil deve incluir um terço, ou seja, 33% da população de 18 a 24 anos no ensino superior até o fim da vigência da lei. Atualmente, essa porcentagem é cerca de 23%, considerando também os que já se formaram.

Já a taxa bruta de matrícula, ou seja, total de estudantes matriculados, independentemente da idade, deve ser equivalente a metade da população total de 18 a 24 anos. Essa porcentagem é cerca de 35%.

Durante o programa "Bate-papo com o professor Vélez", produzido pelo Ministério da Educação (MEC), o ministro da pasta, Ricardo Vélez, afirmou que vai dar retomada à Educação Moral e Cívica (EMC) nas escolas. Segundo o representante do MEC, a disciplina é baseada em ensinar valores fundamentais para a vida cidadã.

"Havia, nas nossas antigas escolas, primárias e secundárias, no ensino fundamental e ensino médio, a educação moral e cívica. Isso foi esquecido, eu acho que seria necessário voltarmos a valorizar a educação cívica, a educação para a cidadania", disse o ministro. 

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Criada durante a ditadura militar, a Educação Moral e Cívica teve o objetivo de reforçar o civismo da população, o culto à pátria e ética, com base no ensino de hinos e símbolos nacionais. A disciplina se tornou obrigatória nas escolas de ensinos fundamental e médio no ano de 1969, substituindo as matérias de filosofia e sociologia. Junto a ela, também foi obrigatório o ensino de Organização Social e Político Brasileira (OSPB).

Mesmo com divergências políticas e ideológicas com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o governador Paulo Câmara (PSB) iniciou, na manhã desta segunda-feira (28), uma série de reuniões com ministros da gestão federal para apresentar pautas de Pernambuco. A agenda com os auxiliares de Bolsonaro deve durar toda a semana.

Na manhã de hoje, Paulo encontrou com o ministro da Educação, Ricardo Vélez, que está no Recife para a posse do novo presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Alfredo Bertini.  De acordo com a assessoria de imprensa do Estado, os dois trocaram ideias sobre a atual situação da Educação no Brasil e sobre os avanços de Pernambuco na área. Além de apresentar iniciativas como o Ganhe o Mundo ao ministro, o governador também expôs que uma das prioridades é o fortalecimento do Ensino Fundamental em Pernambuco.

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“A Educação é uma prioridade no nosso Governo, e Pernambuco tem mostrado ao Brasil como avançar na área. Hoje, temos a melhor Educação pública do País e vamos seguir trabalhando para melhorar ainda mais o ensino nas nossas escolas. O Governo Federal pode ajudar muito para atingirmos nossos objetivos, contribuindo para a ampliação do alcance de nossos programas e o reforço da educação nos municípios”, destacou o governador, afirmando que o ministro demonstrou interesse em um próximo encontro, dessa vez em Brasília, para alinhar parcerias.

Paulo segue para a capital federal ainda hoje, onde tem uma reunião marcada para às 17h com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. No encontro, serão tratados temas relacionados aos Portos de Suape e do Recife, à Ferrovia Transnordestina e à recuperação das BRs 232 e 423.

Além do governador, participam da audiência com o ministro os secretários de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo; Desenvolvimento Urbano, Marcelo Bruto; de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach e Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista.

Os encontros com os ministros atendem a um pedido de audiência feito por Paulo Câmara à Presidência da República no último dia 7. Em primeira instância, o gestor pernambucano gostaria de tratar diretamente com o presidente Jair Bolsonaro, no entanto, a Secretaria de Governo da Presidência encaminhou as demandas aos ministros ligados aos pleitos mencionados no ofício já que o presidente passa por uma cirurgia nesta segunda-feira e deve ficar afastado das atividades em Brasília por uns 10 dias. Durante o período, ele vai despachar do hospital Albert Einstein, em São Paulo.

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