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Deflagrada nesta quinta-feira (25), a operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal (PF), investiga o uso criminoso de ferramentas de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades. O principal alvo é o ex-diretor da Abin e amigo pessoal da família Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL).

Buscas foram realizadas no gabinete do parlamentar e em seu apartamento funcional. Sob comando de Ramagem, a Abin teria monitorado - sem autorização judicial - os ministros do STF, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ex-governador do Ceará, Camilo Santana, atual ministro da Educação.

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A operação é um desdobramento da operação Primeira Milha, de outubro do ano passado, que apurava se as autoridades foram espionadas através da ferramenta de geolocalização FirstMile, que monitora celulares e outros dispositivos móveis.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apontou que a operação se trata de perseguição política contra a oposição.

 

Mesmo após os resultados das eleições deste ano, os casos de pessoas sendo perseguidas - principalmente por eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas, se tornaram recorrentes. O que talvez esses bolsonaristas não saibam, é que eles correm o risco de serem presos, além de pagar multa, se tipificado o crime de stalking.

Nas últimas semanas, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o deputado federal Rodrigo Maia (PSDB), o cantor e compositor Gilberto Gil e a sua esposa Flora Gil foram duramente atacados, nenhum de forma física, pelos bolsonaristas. Maia, inclusive, pediu investigação à Polícia Civil da Bahia após sofrer ameaças e ser chamado de "ladrão".

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Ele e sua esposa, a advogada Vanessa Canado, estavam em um resort de luxo na Praia do Forte, quando o episódio aconteceu no dia 20 de novembro. 

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Os autores dessas perseguições correm o risco de serem presos. Isso porque, em 2021, o presidente Bolsonaro sancionou a lei que tipifica o crime de perseguição, prática também conhecida como stalking. A norma prevê pena de reclusão de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. 

O crime de stalking, segundo o Código Penal, é definido como "perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. 

O cyberstalking, que usa a internet para perseguir e expor as vítimas nas redes sociais, também pode ser penalizado perante essa lei, que é de autoria da senadora Leila Barros (PDT), que na época destacou que o avanço das tecnologias e o uso em massa das redes sociais trouxeram novas formas de crime. 

"É um mal que deve ser combatido antes que a perseguição se transforme em algo ainda pior. Fico muito feliz em poder contribuir com a segurança e o bem estar da sociedade. Com a nova legislação poderemos agora mensurar com precisão os casos que existem no Brasil e que os criminosos não fiquem impunes como estava ocorrendo", disse.

De acordo com o doutor em ciência política e professor Antônio Lucena, perseguições sempre ocorreram no meio político, mas estão ocorrendo com mais intensidade há um certo tempo. “Durante o petismo era comum as pessoas criticarem e ‘esculhambarem’ quando foram identificadas a corrupção da Lava Jato, da Petrobras. Vários atores já sofreram com isso também, como José de Abreu e Chico Buarque, por exemplo”, informou. 

Lucena chamou atenção para o aumento desses “esculachos” feitos pela extrema direita brasileira que foi incentivado pelo próprio presidente Bolsonaro e pelo ex-deputado estadual Arthur do Val, mais conhecido como Mamãe Falei. “Essa é uma estratégia muito utilizada pelos grupos de extrema direita e consiste em, como eles não rebatem em termos ideológicos, no plano das ideias, eles desqualificam a pessoa para atacá-la, e termina sendo algo extremamente importante”, explicou.

Questionado se os ataques poderiam ser, de alguma forma, considerados como liberdade de expressão, o cientista político garantiu que não. “Existe uma linha muito tênue entre liberdade de expressão e você cometer crimes. Você não pode simplesmente pegar um microfone, chegar em frente ao apartamento da pessoa e ficar ameaçando ela de morte. Isso é crime. Então, esses esculachos feitos são estratégias como forma de atingir as pessoas. Além de tudo, ele pode ser classificado como crime a depender do caso”, afirmou. 

Segundo Antonio Lucena, é difícil que essas perseguições e xingamentos aconteçam no próximo ano, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar posse, com o mesmo nível de intensidade. “No ano que vem teremos uma alteração significativa da liderança e geralmente esses eventos ocorrem por causa de incentivos da liderança, e teve, especificamente o caso de Bolsonaro. Nos Estados Unidos, com Donald Trump, também acontecia, mas de outro nível”. 

“A gente precisa acompanhar um pouco mais, ver como vai ser o início do próximo governo, ver como essas pessoas, inclusive as que estão em frente aos quartéis, vão reagir. Ainda é um momento muito delicado em que os ânimos estão aflorados por causa das eleições, mas é uma tendência. Acredito que diminua, mas não se extinga completamente”, detalhou o especialista.

O texto do Código Penal prevê que a pena será aumentada em 50% quando for praticado contra criança, adolescente, idoso ou contra mulher por razões de gênero. O acréscimo também pode acontecer mediante concurso de duas ou mais pessoas ou com emprego de arma. 

Confira os ataques sofridos por Ciro e Gil

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*Com Alice Albuquerque

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB) pediu investigação à Polícia Civil da Bahia por uma ameaça e por perseguição registrados em um resort de luxo na Praia do Forte, na região metropolitana de Salvador. A Delegacia de Proteção Ambiental (DPA) apura o caso. O episódio ocorreu no dia 20 de novembro.

Maia, que estava com sua companheira, a advogada Vanessa Canado, foi abordado por um casal no café. O homem, então, passou a hostilizar o deputado, chamado de "ladrão." Como reação às ofensas, Maia fez a letra L com a mão, em uma referência ao símbolo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como reação às ofensas. O caso foi noticiado pelo jornal O Globo e confirmado pelo Estadão.

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"A representação do parlamentar é aguardada para prestar depoimento. A unidade já solicitou informações ao estabelecimento, para a identificação dos envolvidos", diz o comunicado da Delegacia de Proteção Ambiental.

O crime de perseguição foi tipificado na legislação nacional em março do ano passado, no artigo 147-A do Código Penal. A punição é adotada para quem "perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade". A pena é de seis meses a dois anos de prisão e multa.

O ex-ministro Ciro Gomes, candidato derrotado à Presidência em 2022, também foi vítima de ataques no fim de semana. Em um aeroporto para Miami, uma mulher o chamou de "traidor" por apoiar Lula no segundo turno da eleição presidencial. Ao lado da esposa, Ciro apenas ignora as ofensas. A reportagem procurou contato e não teve resposta.

O deputado federal pelo Rio de Janeiro e ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB) publicou em sua conta no Twitter uma foto de seu comprovante de votação ao lado de um sinal de "L" feito com a mão. "Acabei de votar", escreveu.

O sinal de "L" é frequentemente associado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato do PT à Presidência da República.

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O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PSDB), rebateu Jair Bolsonaro (PL) e disse que o próprio presidente é o "pai do Orçamento Secreto". O deputado publicou um vídeo na noite desse domingo (16), após ser citado por Bolsonaro como o criador da proposta de emendas do relator que, na prática, diminuiu transparência na distribuição de recursos federais aos parlamentares.

Maia chamou Bolsonaro de mentiroso e apontou que o Orçamento Secreto foi assinado pelo presidente e pelo ex-ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

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"Mais uma mentira do presidente Bolsonaro [...] Pelo jeito nem é tão secreto, ele tem a lista de quem recebe. Não diz os nomes, mas diz o número que os deputados de esquerda teriam recebido. Quer dizer, está secreto para a gente, está secreto para a imprensa. Para ele, claro que não, ele que executa o orçamento", apontou no conteúdo publicado nas redes sociais.

A criação desse mecanismo, batizado como RP-9, foi proposta pela Presidência através do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 51/2019 para Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. O ex-presidente da Câmara ressaltou que a LDO foi aprovada em sessão unicameral, presidida pelo presidente do Senado.

“O Congresso tentou. Sessão do Congresso, o LDO não passa pela Câmara. Sessão do Congresso presidida pelo presidente do Congresso, senador, não tem nada a ver com a Câmara. Ele vetou, o veto foi mantido, e ele criou o RP9 por uma mensagem assinada por ele e pelo ministro Ramos. Essa é a verdade. Infelizmente, de verdade, eles conhecem pouco", criticou Rodrigo Maia.

As emendas do Orçamento Secreto foram aprovadas para as LDOs de 2020, 2021 e 2022. Bolsonaro chegou a vetá-las apenas para 2021, mas o Congresso derrubou o veto e seguiu com o texto original.

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Secretário de Ações Estratégicas do Governo de São Paulo, Rodrigo Maia (PSDB) anunciou o seu desligamento da pasta após o governador do Estado, Rodrigo Garcia, declarar o seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa de segundo turno contra o ex-presidente Lula (PT).

Maia, que é ex-presidente da Câmara dos Deputados e fazia oposição ao Bolsonaro durante a sua gestão no parlamento brasileiro, se tornou secretário ainda na gestão João Doria (PSDB), que já afirmou que não vai votar em nenhum dos candidatos no 2º turno e anulará o seu voto.

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"Informo que na data de hoje deixo a Secretaria de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo. Agradeço aos governadores João Doria e Rodrigo Garcia pela oportunidade", publicou Rodrigo Maia em sua conta oficial do Twitter.

Outros secretários do governo paulista também estão cogitando entregar suas pastas por conta do apoio dado publicamente por Garcia a Bolsonaro. 

Depois de seis mandatos consecutivos no Congresso, o deputado licenciado Rodrigo Maia (PSDB) desistiu de concorrer novamente ao Legislativo e abriu caminho para sua irmã gêmea, Daniela Maia (PSDB), que deixou a presidência da RioTur. Maia chegou a se licenciar do governo paulista, mas, anteontem, reassumiu o cargo de secretário de Projetos e Ações Estratégicas.

Em entrevista ao Estadão no Palácio dos Bandeirantes, o ex-presidente da Câmara disse que segue como coordenador do plano de governo de João Doria, pré-candidato tucano ao Planalto. Para ele, que rejeita o rótulo de terceira via, o PSDB deve se posicionar como partido de centro-direita.

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Por que desistiu de tentar o 7.º mandato de deputado?

Quero uma experiência fora do Legislativo. Tive a experiência com Doria e agora com o Rodrigo (Garcia), que é meu amigo, e vejo a possibilidade de ajudar no governo dele. Quero aprender mais sobre gestão e orçamento público para no futuro ter outros desafios na política ou no setor privado.

O sr. segue como coordenador do plano de governo de Doria. Vai haver sinergia entre a campanha dele e a de Garcia à reeleição?

Na campanha do João eu coordeno o plano de governo. Quero me restringir a isso. Entrei no PSDB, mas existem muitos conflitos dos quais não quero participar. Já em relação ao Rodrigo Garcia, é uma eleição diferente. Ele é meu amigo. Na eleição nacional vou me ater a temas técnicos para construir um plano transformador da vida das pessoas.

Como o sr. vê o cenário no PSDB?

Teve prévias e foram questionar. Isso deve ser tratado por quem está no partido há mais tempo. Doria se viabilizou como candidato. O PSDB tem um problema de aceitar que está à direita do Lula. Se a sociedade entende que o Lula é esquerda, então o adversário tem que estar no outro polo. Precisamos resgatar nosso eleitor.

Como avalia os encontros de tucanos como FHC, Aloysio Nunes e outros com Lula?

Como todos foram para a oposição ao Bolsonaro, que é considerado uma direita não democrática, isso confundiu a cabeça do eleitor. Se você olhar o cruzamento de pesquisas na avaliação positiva de Doria, vai ver que o Lula tem 40% das intenções de voto. Nacionalmente, nosso eleitor tem hoje mais restrição ao Bolsonaro do que vontade de apoiar uma candidatura fora da polarização. Temos que dizer aos eleitores que se decepcionaram com Bolsonaro que temos uma alternativa que não seja o PT e a volta ao passado.

O sr. não gosta do termo terceira via?

Não tem terceira via. O eleitor de centro pode decidir a eleição, mas não é majoritário no processo eleitoral em nenhuma democracia. A polarização comanda o processo político brasileiro desde 1994.

A tendência então é a polarização se repetir esse ano?

Se nós não entendermos que o nosso campo é à direita do Lula, estaremos fora do segundo turno. Não é fácil ocupar esse espaço porque estamos no campo da direita com o Bolsonaro à nossa direita. Precisamos buscar esse 1/3 do eleitor do presidente Lula que não sairá com ele sendo agredido.

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) decidiu se filiar ao PSDB. O deputado licenciado e secretário de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo estava sem partido desde junho do ano passado, quando saiu do DEM.

A informação foi confirmada pelo Estadão com o próprio Maia e com o presidente do PSDB, Bruno Araújo. De acordo com Araújo, Maia será o presidente estadual do PSDB no Rio e também vai comandar a federação do partido com o Cidadania. O ex-presidente da Câmara é aliado do presidenciável e governador de São Paulo, João Doria, e coordena o plano de governo do pré-candidato.

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A saída de Maia do DEM foi articulada ainda em fevereiro de 2021, logo após ele ver a maioria da bancada do partido na Câmara apoiar o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) para comandar a Casa, e não Baleia Rossi (MDB-SP), que era o seu candidato à própria sucessão.

O deputado chegou a criticar duramente o então presidente do DEM, ACM Neto. Não apenas o chamou de "malandro baiano" como o acusou de ter um acordo com o governo federal para eleger Lira.

Antes de optar pelo PSDB, o deputado do Rio negociou com o PSD, para onde foram alguns de seus aliados, como o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o secretário municipal de Fazenda do Rio, Pedro Paulo. Após uma reaproximação com ACM Neto, Maia também considerou ir para o União Brasil, nova legenda que nasceu da fusão do DEM com o PSL.

Uma articulação comandada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) tentou colocar Maia no comando do diretório estadual do União, mas não obteve sucesso. No Rio, a nova sigla é comandada pelo prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner dos Santos Carneiro, conhecido como "Waguinho". Com o fracasso da operação, Sóstenes, que também era do DEM, foi outro a se desfiliar e entrou no PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

No ano passado, antes do surgimento do União Brasil, o DEM perdeu outros quadros relevantes. Além de Eduardo Paes integra essa lista o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que também trocou a legenda pelo PSD. No DEM, Maia assumiu cargos de destaque, como a própria presidência nacional do partido. Foi durante a gestão do deputado que a sigla deixou de se chamar PFL e passou adotar o nome Democratas.

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (sem partido-RJ), avalia que a suspensão pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender os pagamentos do governo Jair Bolsonaro feitos por meio do orçamento secreto retira a expectativa de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios tenha um "objetivo relevante".

Para Maia, a votação da PEC foi completamente ilegal ao quebrar o rito do regimento para a aprovação de mudanças no texto da Constituição. Ao Estadão, Maia antecipa que vai apresentar no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança para derrubar a votação.

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Além de permitir que deputados votassem do exterior, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), aceitou que fosse votada uma emenda aglutinativa alterando o texto do relatório aprovado pela comissão especial para permitir um acordo para o pagamento de precatórios devidos aos Estados relativos ao Fundef, fundo ligado à educação.

A decisão da ministra Rosa Weber altera os rumos da PEC?

Reorganiza a institucionalidade da Câmara e do Senado, que estavam numa posição distorcida. De desconexão das bancadas com as suas direções partidárias, com as linhas ideológicas dos partidos. A decisão reorganiza isso, sem dúvida alguma. Tira certamente de alguns a expectativa de que a PEC tenha um objetivo agora relevante para aqueles que tinham interesse nas RP-9, as emendas de relator. O motivo relevante para eles não era resolver precatório, resolver o auxílio, era exatamente resolver a RP9. Essa coisa "relevante" (para eles) deixou de existir. Para resolver os precatórios (dívidas que o governo é obrigado a pagar depois de decisões judiciais), já foi enviado pelo governo o projeto de lei orçamentária. Para resolver o auxílio, se querem algo estruturante tem o projeto do Tasso Jereissati. Se não, tem a alternativa que o governo está avaliando que uma Medida Provisória, que eu espero que se acontecer seja limitada aos R$ 47 bilhões do auxílio.

Na votação da PEC, a mesa diretora disse que havia precedente para as manobras regimentais.

Não é verdade. Nunca teve. É gravíssimo. A mudança de rito e a autorização para deputados que estavam no exterior pudessem votar é um desrespeito à Câmara. Não tem voto? Encontra-se alternativa. Do ponto de vista institucional, a votação da PEC dos precatórios é um desastre sem precedentes. Nunca vi isso.

Qual foi a ilegalidade na mudança de rito?

É possível depois de 40 sessões levar o relatório da PEC ao plenário. Mas depois do relatório aprovado na comissão, o relator não tem mais poder nenhum. Tem que se votar o texto do relatório aprovado na comissão. Do contrário, não precisaria ter mais comissão especial. Faz como eles fizeram. Inventa-se uma emenda fantasma e aglutina-se ela no texto principal. Isso é completamente ilegal. Um rito de uma emenda constitucional não é uma coisa qualquer. Não se pode tratar o rito de uma emenda constitucional como uma coisa banal. Arthur Lira e o presidente Bolsonaro trabalham contra as instituições. Trabalham pelo poder individual de cada um.

Quais são as consequências?

Aqueles votaram e deram presença, e ficaram de forma remota votando, não tiveram a compreensão do que foi feito. Não entenderam o que está se tirando de poder do próprio parlamentar. Desfizeram o rito de uma comissão especial e aceitaram emenda fantasma ao texto para aglutinar coisas que não existem.

Na votação em segundo turno, marcada para terça-feira, a PEC tem chances de ser derrotada?

Eu acho que dá para reverter, tanto a posição do ex-governador Ciro Gomes, do presidente do PDT, Carlos Lupi, como do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, anunciando que a bancada do partido no Senado vai votar contra, são informações importantes para mostrar que a repercussão da votação da PEC não apenas do mérito, mas da forma como foi construída a maioria, é um precedente horrível para o nosso País tanto do ponto de vista fiscal e institucional.

Se aprovada pelo Congresso, a PEC pode cair no STF?

Sim, pelo rito e pelo mérito. A tramitação de emenda constitucional é diretamente relacionada com a atribuição do STF, que é o guardião da Constituição. Se o rito da Constituição (emenda constitucional), que era uma coisa consolidada no Parlamento brasileiro, está sendo destruído por decisões da mesa diretora, sendo desrespeitado por uma decisão individual do presidente da Câmara, é óbvio que isso gera uma insegurança jurídica. O Supremo tem que analisar isso com extremo cuidado. É inconstitucional inclusive da forma como foi redigida, além do rito que também precisa ser questionado.

Além do PDT, quais outros partidos podem dar mais votos contrários à PEC ou reforçar ou votos a favor?

Cada partido agora vai analisar dos dois lados. Quem é favor ou quem é contra.

Estão chamando a PEC de Auxílio Centrão.

Na verdade, está se abrindo espaço para colocar emendas de relator. Não se está cortando despesa para se colocar outra. Por isso, o deboche é grande. A desmoralização da Câmara é grande. Todos os partidos devem questionar o rito.

Nesta quinta-feira (2), o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido) disse acreditar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é homossexual. Segundo Maia, por conta da formação militar, o chefe do Executivo não tem “coragem de assumir”. A suposição foi feita durante uma entrevista ao podcast “Derrete Cast” e não foi bem recebida nas redes sociais.   

Para justificar o raciocínio, Maia destacou que Bolsonaro “não admira” as mulheres, apenas homens: “não tem uma mulher que ele [Bolsonaro] admire, ele não gosta”. “Acho que esse debate tem que fazer. Ele não consegue assumir o que ele é. Falo sério. As pessoas acham que falo brincando, mas depois me dão razão", acrescentou.  

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No Twitter, o ex-deputado federal Jean Willys discordou da suposição do político, e explicou o porquê: "O genocida é seguramente misógino, sexista e machista, e tem doentia fixação no coito anal e inveja do gozo da homossexualidade. Tudo isto faz dele um homofóbico, não um gay. Gay sou: ser gay tem a ver com tem a ver com o orgulho de ser", publicou Willys na rede social.   

Em resposta, Maia disse que ele “pode ter razão”. Em seguida, Jean complementou a explicação. "Nem todo homem que tem fantasias sexuais com a homossexualidade masculina, reprimidas ou não, é homossexual. Quase todos os héteros que têm essa fantasia reagem a ela com a homofobia; daí esta ser tão presente na socialização e construção da identidade masculina heterossexual", continuou.   Segundo Willys, “os elementos” que compõem a trajetória de Bolsonaro são suficientes apenas para classificá-lo “como um misógino, machista e homofóbico”. Ademais, o ex-parlamentar definiu o comportamento do presidente enquanto uma “fixação doentia no coito anal e uma performance de masculinidade tóxica, como a maioria de seus (dele) seguidores”.   

Acompanhe no Twitter: 

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No momento em que o governador João Doria disputa prévias no PSDB para ser candidato à Presidência em 2022, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido), assumiu, nesta sexta-feira (20), o cargo de Secretário de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo em uma cerimônia formatada para ser uma demonstração de força do tucano.

Em seu discurso, Maia disse que é "natural" que o PSDB tenha candidato ao Palácio do Planalto, declarou apoio a Doria e defendeu que o paulista seja o representante da terceira via na disputa. "Não teremos cinco caminhos (em 2022). Teremos um caminho. Está na hora de fortalecer um projeto no nosso campo. Minha sinalização política está clara", afirmou o deputado fluminense.

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Maia disse, ainda, que além de Doria também considera natural a candidatura de Ciro Gomes (PDT). "Fora isso corremos o risco de deixar Bolsonaro chegar ao 2° turno", afirmou. Quando questionado se ele estaria na chapa do tucano no ano que vem e se pretende entrar no PSDB, o ex-presidente da Câmara afirmou que pretende se candidatar a deputado federal pelo Rio de Janeiro, onde seu projeto político está "vinculado" ao do prefeito Eduardo Paes.

Para dar peso ao evento de posse, Doria convocou seu secretariado e convidou o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que estava na plateia. Ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, Henrique Meirelles (PSD) fez um discurso no qual enalteceu o papel de Maia como presidente da Câmara e elogiou o "estilo Doria de governar".

O vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que deve ser candidato ao governo paulista no ano que vem, também discursou. "Já estamos ganhando esse jogo. Com Rodrigo Maia vamos ganhar de goleada", afirmou.

Além do caráter administrativo da função, Maia, adversário de Jair Bolsonaro, assim como Doria, vai ajudar na interlocução do governador de São Paulo com políticos de outros Estados.

O governador de São Paulo (SP), João Doria (PSDB), anunciou, na manhã desta quinta-feira (19), a nomeação do deputado federal Rodrigo Maia (sem partido) para o cargo de secretário de Projetos e Ações Estratégicas do Estado. A publicação no Diário Oficial deverá ocorrer ainda nesta semana.

Na prática, o cargo entregue ao ex-presidente da Câmara dos Deputados é responsável por cobrar celeridade nos projetos de desestatização, acelerando as parcerias público-privadas e as concessões já em andamento. Em nota, Doria elogiou a trajetória política de Maia.

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“A experiência do Rodrigo Maia à frente da Câmara fortaleceu nele a capacidade de dialogar com governos, sociedade civil e setor produtivo, com eficiência e credibilidade", disse. Para o governador, “todas as reformas que passaram sob sua liderança [de Rodrigo Maia] só foram possíveis por causa do diálogo, do senso de urgência e do olhar estratégico de quem sabe o que é verdadeiramente importante para o país”.

Rodrigo Maia tem 51 anos e exerce o sexto mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro (RJ), foi presidente da Câmara entre julho de 2016 e fevereiro de 2021, quando foi sucedido por Arthur Lira (PP-AL). Entre os projetos aprovados durante sua gestão, estão a reforma da previdência, reforma trabalhista, a lei da terceirização e o novo ensino médio.

Maia trabalhou também como secretário da Prefeitura do Rio de 1997 a 1998. Ele foi expulso do DEM em junho deste ano, após discordância com o presidente do partido, ACM Neto, que apoiou a campanha de Arthur Lira para a presidência da Câmara.

Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçar processar e pedir o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Senado, neste sábado (14), o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido), o comparou ao ex-estadista venezuelano Hugo Chávez. Ele disse que o mandatário brasileiro é um ditador.

Contrariado pela prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, Bolsonaro foi às redes e comentou sobre os riscos de uma ruptura institucional. Ele foi rebatido por Maia que, apesar de caducar dezenas de pedidos de impeachment contra o presidente na sua gestão, tece duras críticas ao Governo desde o fim do mandato no comando do Congresso.

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"Assim atuam os populistas. Depois de eleitos, atacam as instituições democráticas e tentam destruir a democracia representativa e o Estado democrático. É, na verdade, um ditador igual a Chávez", repreendeu o deputado.

A reação contra os ministros Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes é o estopim do desalinho da gestão federal com as instituições democráticas. A ala que apoia o presidente da República costuma estimular o uso de força para fechar o Congresso e o STF, e defende o retorno do regime militar de exceção. Essas pautas são consideradas antidemocráticas pela Constituição e indicam incentivo ao golpe de Estado.

A crise com Moraes foi amplificada no inquérito das fakes news, especialmente com a investigação contra a organização de milícias digitais que compõem o suposto 'Gabinete do Ódio". Assim como Roberto Jefferson, outros representantes do bolsonarismo virtual foram presos por ordem do STF, que enfraqueceu a divulgação de informações falsas contra adversários políticos do presidente.

Já com o Barroso, o desagrado se dá pela oposição veemente à obrigatoriedade do voto impresso. Ele também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fez uma ampla campanha contra a tentativa de alteração da regra eleitoral.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido-RJ) é o novo vice-líder da Oposição na Casa ao lado de outros oito parlamentares: Tadeu Alencar (PSB-PE), Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Jorge Solla (PT-BA), Leônidas Cristino (PDT-CE), Enio Verri (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Chico D'Angelo (PDT-RJ).

Maia presidiu a Câmara de 2016 a 2019, quando foi sucedido pelo deputado Arthur Lira (PP-AL).

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Desde março, o líder da Oposição é o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

*Da Agência Câmara de Notícias

O apresentador de TV José Luiz Datena assinou sua ficha de filiação ao Partido Social Liberal (PSL) nessa segunda-feira (5). De acordo com informações do jornal O Globo, Datena deve ser lançado como pré-candidato da “terceira via” para a Presidência da República em 2022.

As movimentações políticas ao redor do apresentador tornaram-se mais intensas no último dia 28, quando Datena participou de um jantar com o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente nacional da sigla. Na ocasião, também estiveram presentes o deputado Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido-RJ).

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José Luiz Datena já foi filiado a inúmeros partidos, inclusive ao Partido dos Trabalhadores (PT), onde permaneceu por 13 anos. Também já esteve entre os nomes do Progressistas (PP), Partido Republicano Progressista (PRP), Democratas (DEM), e mais recentemente no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

 

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido) se ofereceu para apoiar a articulação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022. A oferta teria acontecido durante uma conversa fechada no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (11). A informação é da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Também participaram da reunião o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Rodrigo Maia foi expulso do Democratas nessa segunda-feira (14), após conflitos de interesse com o presidente da sigla, ACM Neto. Dos vários partidos querendo recrutar o deputado federal, desponta o PSD, que também acolheu Paes no fim de maio deste ano.

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Segundo a coluna, na conversa de 20 minutos com Lula, Maia disse que poderia ajudar a fazer a interlocução de sua campanha com políticos e setores da sociedade que hoje rejeitam o PT, em razão do histórico de escândalos e problemas econômicos dos últimos anos de governo do partido. Também se ofereceu para organizar debates e discutir soluções para a crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Aliados dizem que o ex-presidente considera o apoio estratégico para trazer o apoio de eleitores de centro, e vai trabalhar para incorporar Maia ao time. Especula-se, no entorno de Lula, que Maia deseja uma vaga de vice na chapa petista. Por enquanto, porém, não há discussões a respeito, uma vez que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, defende publicamente a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para o Palácio do Planalto.

Lula, por sua vez, procura um empresário para compor a chapa. Seu preferido é Josué Alencar, dono da Coteminas e filho do ex-vice de Lula, José Alencar, morto em 2011. 

Depois da conversa a portas fechadas, Maia se juntou aos secretários de Paes para participar do almoço que o prefeito do Rio ofereceu a Lula e sua comitiva.  Não houve registro fotográfico e nem declarações públicas dos dois a respeito do encontro. Procurado, Maia também não comentou a conversa com Lula.

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia se manifestou em publicação no Twitter, após a executiva nacional do Democratas anunciar, nesta segunda-feira (14), que optou pela sua expulsão do quadro do partido.

"O DEM decidiu me expulsar de seus quadros. O presidente Torquemada Neto, usando o seu poder para tentar calar as merecidas críticas à sua gestão, tomou essa decisão. É lamentável o caminho imposto pelo Torquemada para o partido. Não só por isso, mas também pela sua deslealdade e falta de caráter, pedi a minha desfiliação. O partido diminuiu. Virou moeda de troca junto ao governo Bolsonaro. Agora é virar a página e juntar forças para um projeto de desenvolvimento do Brasil e em prol dos brasileiros", escreveu o deputado federal pelo Rio de Janeiro.

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Desde as eleições que renovaram a presidência da Câmara e do Senado, Maia tem aumentado o tom com relação ao presidente nacional do DEM, ACM Neto. Em sua mensagem, logo após o anúncio de sua expulsão, Maia compara Neto com Tomás de Torquemada, um inquisidor geral espanhol no século XV.

A executiva nacional do Democratas anunciou nesta segunda-feira, 14, que optou pela expulsão do ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (RJ). Em nota, o partido informou que, "após garantir o amplo direito de defesa ao parlamentar, os membros da Executiva apreciaram o voto da relatora, deputada Prof. Dorinha". "A comissão nacional, à unanimidade de votos, deliberou pelo cometimento de infração disciplinar, e consequente expulsão do deputado", comunica o texto.

Os atritos entre Maia e o partido, presidido pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, cresceram desde que a sigla decidiu apoiar para a sucessão de Maia na presidência da Casa o indicado pelo Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), no lugar de Baleia Rossi (MDB-SP). No mês passado, o deputado Arthur Maia (DEM-BA) havia indicado que a situação havia se tornado insustentável após fortes críticas de Maia ao dirigente da sigla. "Mesmo sendo expulso, Rodrigo Maia deverá perder o mandato, pois é óbvio que a agressão gratuita e grosseira contra o presidente do partido configura uma desfiliação indireta", declarou na ocasião Arthur Maia nas redes sociais.

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À época do pedido de desfiliação do partido, Maia se referiu a ACM Neto como "malandro baiano" e disse que "esse baixinho não tem caráter".

Considerando os meses recentes, Rodrigo Maia é a terceira autoridade a deixar o DEM: em maio, tanto o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, quanto o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciaram que se desligariam da sigla. Na sequência, Garcia anunciou a filiação ao PSDB, enquanto Paes foi para o PSD. (Colaboraram: Pedro Venceslau e Matheus de Souza)

Na manhã desta segunda-feira (7), o ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, em um eventual segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido), votaria no petista. A declaração aconteceu durante uma conversa no programa UOL Entrevista.

“Se esse fosse o segundo turno, com certeza [votaria em Lula]”, ratificou Maia, classificando Bolsonaro como um “não democrata”. Na sequência, o parlamentar afirmou ainda que não costuma anular o voto: “Eu não tendo a votar nulo ou branco, tenho sempre posições. No segundo turno, entre o candidato que eu considero democrático - que tem avanços importantes no Brasil, mas cometeu erros também - e outro que eu acho que não respeita as instituições democráticas, é óbvio que vou votar pela democracia”.

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Justificando o raciocínio, Maia declarou não possuir dúvidas de que “não há um respeito do presidente da República em relação ao Supremo [Tribunal Federal] e em relação ao Congresso Nacional, que são as bases da democracia brasileira”. Contudo, o ex-presidente da Câmara relembrou o voto em Bolsonaro no segundo turno contra Fernando Haddad (PT).

“Achava que o ministro Paulo Guedes [Economia] poderia apresentar as mudanças que o Brasil precisa, e não achava que o presidente tinha essa rede toda autoritária'', disse. Concomitantemente, o deputado disse não estar arrependido da escolha. “Eu não tinha as informações de 2018. Eu não sabia que ele tinha essa estrutura na mão”, garantiu.

Terceira via e polarização

Ainda sobre as prováveis opções para derrotar Bolsonaro nas urnas, Rodrigo Maia enfatizou que votaria em nomes como João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) para evitar a reeleição do atual presidente. Segundo Maia, todavia, não existe espaço para mais de um candidato no mesmo campo político.

“Quem quer construir quatro candidaturas vai destruir o centro e favorecer a polarização. Sei que é difícil, mas está na hora de todo mundo sentar à mesa, construir uma regra, um programa e [com isso] basear depois a escolha de um nome. Ninguém pode imaginar que Bolsonaro terá menos de 20% [das intenções de voto] no 1° turno, e Lula menos de 30%”, contextualizou.

Citando a repressão policial a um ato contrário ao atual presidente no dia 29 de maio, na área central do Recife, em Pernambuco, como exemplo do que pode acontecer nas eleições de 2022, o parlamentar mostrou-se preocupado com os desdobramentos “violentos” das eleições. Para ele, “aquilo não aconteceu sem motivação. Quem está na política acompanha o que o presidente faz de forma permanente na relação dele com as polícias militares”.

Após as fortes críticas do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), ao presidente nacional do DEM, ACM Neto, a sigla deliberou pela expulsão de Maia do partido. A informação é do deputado Arthur Maia (DEM-BA), que em publicação no Twitter afirma ainda que Rodrigo Maia deve perder o mandato.

"O DEM deliberou pela expulsão de Rodrigo Maia. Depois que perdeu todo o apoio dentre os deputados, não havia mais clima para ele no partido", afirmou Arthur. "Mesmo sendo expulso, Rodrigo Maia deverá perder o mandato, pois é óbvio que a agressão gratuita e grosseira contra o presidente do partido configura uma desfiliação indireta", declarou.

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Na publicação, Arthur insulta o ex-correligionário chamando-o de "Nhonho" - referindo-se ao personagem da série mexicana "Chaves" - e afirma que o ex-presidente da Câmara virou "figura odiada pelos brasileiros".

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Nesta sexta-feira Rodrigo Maia decidiu formalizar seu pedido de saída do DEM, após a decisão, Maia usou suas redes sociais para fazer fortes críticas a ACM Neto. "Malandro baiano", "Esse baixinho não tem caráter" e "Bolsonaro presidente e ACM Neto vice-presidente. Não sobrou nada além disso" foram alguns dos ataques postados pelo deputado.

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