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Realizado no Museu do Estado do Pará (MEP), em Belém, o Festival de Saberes Ancestrais tem por objetivo promover a discussão em torno da população indígena e do ativismo no Brasil. O evento começou com a oficina “Etnomídia e Empreendedorismo Indígena”, ministrada pelo líder indígena e ativista Anàpuaká Muniz Tupinambá. No primeiro dia, após o encerramento da reunião, houve a abertura de coletivos com mestres e mestras do carimbó e com presença de coletivos MST, Quilombo África, Rede RAMA e Lacitata.

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Anàpuaká destacou o protagonismo do indígena na sociedade brasileira. Segundo o comunicador, essas populações estão presentes na sociedade desde sempre e disse que a comunicação é uma ferramenta de empoderamento para as sociedades originais.

Para o ativista, a elaboração de políticas públicas é inerente aos cidadãos indígenas. “Trazer eles para debater e fazer parte de conselhos de entidade de Estado, participar. A solução é construir e dialogar”, explicou. “Não esqueça da população indígena em políticas públicas de editais, cotas de acesso a serviço público e educação.”

Dentre os projetos que administra, Anàpuaká citou a rádio Yangê, fundada em 2013 por ele com outros três colegas, fundamentada no conceito que ele define como “etnomídia indígena”. Segundo o líder, é a “aplicabilidade da comunicação aos povos indígenas”.

“Eu não conseguiria fazer em outras mídias, tive que reformular um projeto e espaço de desenvolvimento na nossa própria tecnologia comunicacional”, detalhou. “Hoje nós estamos em mais de 90 países, temos três milhões de ouvintes e mais de 180 línguas em conteúdo na nossa grade da rádio.”

O festival ocorreu nos dias 20, 21 e 22, no Museu do Estado do Pará (MEP), em Belém.

Por Sergio Manoel (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O Festival de Saberes Ancestrais reuniu, em palestras e rodas de conversa, no Museu do Estado do Pará (MEP), em Belém, temáticas sobre os povos ancestrais. Em seu segundo dia de encontro, o festival contou com a presença de diversos nomes reconhecidos, como o líder indígena e ambientalista Ailton Krenak, a escritora e ativista Márcia Mura, o escritor e ativista da causa quilombola Nêgo Bispo e a ativista ambiental e cultural Claudete Barroso.

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Ailton Krenak realizou o ato decisivo para a inclusão do Artigo 231 na Constituição de 1988, conhecido como “Capítulo dos Índios”, na Assembleia Nacional Constituinte, em 1987. Enquanto discursava, o líder indígena pintava seu rosto com pasta de jenipapo. Ao relembrar do ato, Krenak afirma que a fala foi espontânea, mas baseada na sua experiência de mobilização política com povos originários.

“Eu não imaginava que a gente fosse ter o desenvolvimento da história brasileira recente de ter um presidente da República que ameaça o povo indígena, um genocida que fica dizendo que nós não teremos mais nem um milímetro de terra indígena demarcada. Essa gente que não gosta do povo indígena, o tempo deles passa rápido. Eles passarão, nós passarinho”, disse, citando o poeta Mário Quintana.

Durante a mesa de conversa, Krenak abordou a naturalização do consumo de alimentos industrializados pelos brasileiros e frisou sobre o direito à vida que todos os serem têm. “Belém é cheia de ofertas interessantes para a cultura, para quem está aqui na cidade participar de todo tipo de evento”, declarou.

O líder indígena, que é, também, autor de cinco livros, falou que não se considera um escritor, visto que vem de uma tradição oral e, assim, seus primeiros livros foram feitos: ele falou, os textos foram gravados e, posteriormente, publicados. “Quando eles me designaram para aquele prêmio literário, o Juca Pato, em 2020/2021, eu disse: ‘Vocês estão querendo premiar um escritor? Eu não sou um escritor, eu sou um contador de histórias’. Mas, mesmo assim, eu tenho um bonequinho Juca Pato na minha prateleira”.

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O futuro é agora, de acordo com Krenak e Márcia Mura. Para a ativista, o futuro depende dos antepassados, da ancestralidade e dos saberes. Márcia luta pela existência do seu povo, os Mura, apesar de todas as camadas de colonização. “O nosso modo de ser Mura está vivo. Enquanto houver uma Mura lutando, vai haver resistência. E é assim que eu sigo, nessa resistência”, ressaltou.

Para Márcia, o festival foi uma grande realização de fortalecimento que trouxe a presença de ensinamentos de seus “parentes”, o que lhe deu força. Ela relembra da importância da valorização de tecnologias ancestrais – como casas de palha, esteiras e panelas de barro –, visto que não representam atraso ou empobrecimento, mas, sim, bem viver e saúde.

“É essa força, de toda essa ancestralidade, junto com outras pessoas, que Namãtuyky (o grande criador, na cultura Mura), os ancestrais e as ancestrais colocam no nosso caminho, que faz a gente se sentir vivo, viva; e tenha força para que, apesar de toda essa colonização, esses projetos de morte, a gente continue lutando para que o nosso bem viver se mantenha e a gente continue conectado com esse ambiente inteiro”, frisou.

Nêgo Bispo, piauiense, ativista da causa quilombola e uma das principais vozes do pensamento das comunidades do Brasil, disse que participar desse encontro é reviver sua ancestralidade. O ativista afirma que o sentimento de dever cumprido é satisfatório.

“A minha alegria é saber que a geração neta está dialogando com a minha geração avó e eu faço parte desse elo de ligação, através das oralidades e das escritas. Então, isso me deixa com a sensação de que a minha passagem por esse mundo é resolutiva, e eu me sinto uma pessoa que está conseguindo cumprir sua missão”

Kauacy Wajãpi, representante de etnia que vive na região do Oiapoque, no Amapá, faz parte da associação multiétnica Hykakwara e ressalta a relevância do Festival de Saberes Ancestrais, que traz a importância da identidade indígena que ressurge a partir das lutas dos povos em retomada e reconexão com seus territórios.

“Nós temos parente à frente de um evento muito importante, agregando personalidades indígenas e negras, e de pessoas que estão falando muito sobre o ecossistema, sobre a questão da nossa sobrevivência, não só questão da região Amazônica, mas mundial”, disse.

Kauacy também falou sobre o processo de apropriação e identificação indígena que ainda está sendo contido.

“Quando nós tentamos lutar e tentamos avançar, novamente somos reprimidos com as mortes, invasões de terras e os estupros que acontecem quase que sempre. Então, dói muito para nós como povos indígenas dentro desse território não poder nos afirmar como indígenas”, ressaltou.

A ativista ambiental e cultural Claudete Barroso faz parte do projeto Alegria com Água Doce Mirim, que tem o objetivo conscientizar crianças e adolescentes e garantir a valorização do patrimônio cultural da ancestralidade dos povos através das músicas de carimbó.

“O carimbó é um estilo de vida, não é apenas uma dança, não é apenas uma música, ele é a vida, é ancestralidade, é o toque do coração no próprio curimbó, é a força histórica ancestral. A gente canta em nossas músicas a nossa vida, nosso lugar de pertencimento, isso é necessário”, concluiu.

Por Amanda Martins, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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projeto “Moquém Mairi: diversos mundos, diversas economias” tem como objetivo debater e movimentar a economia a partir da cultura dos povos ancestrais, por meio das artes, pinturas, cultura alimentar, literatura e outras formas, trazendo como resultado uma economia coletiva que abraça e distribui saberes e a retomada de territórios. Em Belém, o encontro será realizado nos dias 20, 21 e 22 de outubro de 2022, no Museu do Estado do Pará (MEP), na praça Dom Pedro II.

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Com uma programação composta por palestras, rodas de conversas, vivências práticas e feira com produtos de cultura alimentar, o evento se volta para a sociobioeconomia em torno das produções indígenas, quilombolas, agroecológicas e culturais dos interiores.

Tainá Marajoara, idealizadora do projeto, é do povo originário Aruã Marajoara. Ativista e pensadora indígena, ela reforça a importância de manter viva a cultura e as técnicas dos ancestrais para o futuro: “No mesmo período em que batemos recorde de devastação da Amazônia e morte de lideranças, nós acendemos nosso moquém como um esperançar em defesa dos conhecimentos, saberes e de celebração da nossa existência enquanto artistas e fazedores culturais, que fazem do seu modo de vida os seus circulares econômicos”, declara.

Tainá também explica a escolha do nome do projeto criado em 2018: “Moquém chega para falar do tempo, da celebração da ancestralidade de ensinamentos para o futuro, vem para manter viva a técnica ancestral e o bem viver. E Mairi, por sua vez, celebra a permanência das culturas e a memória dos povos nessas terras”, finaliza.

Falar em culturas ancestrais é também falar de culturas alimentares, elas estão interligadas. O Moquém Mairi reafirma a importância de processos econômicos justos e descentralizados e da cultura alimentar para a justiça climática e defesa da Amazônia, com as raízes fincadas em comidas livres de agrotóxicos e transgênicos e repletos de sabedoria dos povos amazônicos. Durante o festival, haverá uma feira com produtos e alimentos elaborados com originalidade e afeto, produzidos por meio de base comunitária e agroecológica.

 Os participantes são lideranças indígenas, quilombolas, ativistas alimentares e renomados pesquisadores. Entre os convidados está o líder indígena, ambientalista e filósofo Ailton Krenak; a escritora e artivista Márcia Mura; Anapuaka Tupinambá, fundador da primeira rádio indígena do país; a pesquisadora e artista Naine Terena; o poeta e escritor quilombola Negô Bispo e muito mais.

A proposta do encontro é celebrar a ancestralidade, que cultiva as histórias originárias, populares e tradicionais, compartilhando saberes diversos e mantendo viva a técnica por meio de valorização das raízes da nossa cultura. E também pautar novos mercados, economias emancipatórias e novas formas de distribuição e geração de renda a partir dos ativos culturais

 O projeto é uma realização da Associação Folclórica e Cultural Pássaro Colibri de Outeiro e Ponto de Cultura Alimentar Instituto Iacitata Amazônia Viva e conta com apoio de Eliete Cozinha Paraense, Wika Kwara, Negritar, Ná Figueredo, Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida, Prefeitura de Belém e Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SECULT).

Os interessados devem realizar a inscrição por meio de formulário, no link aqui. 

Serviço

PROGRAMAÇÃO NO MUSEU DO ESTADO DO PARÁ (MEP):

 DIA 20/10 

Sala Moquém Mairi.

15h-18h: Oficina Etnomídia e Empreendedorismo Indígena, com Anapuaka Tupinambá - No Pátio do Palácio. 

18h: Abertura Moquém Mairi com Márcia Mura, Iacitatá e REDE RAMA.

 DIA 21/10 - Moqueadas 

 1. Sala Moquém Mairi: Valentias Poéticas.

10h-12h Ailton Krenak (líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor),  e Márcia Mura (escritora e artivista).

 14h-16h: Cultura Alimentar, Sistemas Alimentares Justos, Sociobioeconomia ou a Sindemia Global.

 16:30 -18h: Artes Cosmopolíticas, Outras Economias e Justiça Climática (Célio Torino, Naine Terena, Joyce Cursino e Magno Cardoso, Miguel Chikaoka)

 18:15 - 19:30h: Confluências da Contra Colonização Nêgo Bispo e Mestra Laurene Ataíde.

DIA 22/10 - Moqueadas

 1. Sala Moquém Mairi.

 09 -11h: Comunicação e narrativas contra-hegemônicas: Joio e o Trigo, Rádio Yande, Comunicadores Populares. 

 11 - 13h: Palavra de Mestra: roda de confluências entre Mestres e Mestras de Cultura.

 Sala Moqueada de Futuros

10h - 12h:

Contra Narrativas de Arte e Consumo - Pesquisa sobre consumo e conceitos da arte indígena - Oficina Naine Terena.

 Feira dos Povos

Produtos de cultura alimentar e da Agroecologia, livre de agrotóxicos, transgênicos e produzidos de modo justo e com respeito ao meio ambiente.

20/10: 15h 20h

21/10: 09h - 19h

22/10: 09h - 13h 

 Da assessoria do evento.

Com o tema "Artes de ser: entrelace de saberes", o VII Confluências será aberto nesta terça-feira (20), virtualmente, na plataforma Blackboard. O encontro é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da UNAMA - Universidade da Amazônia (PPGCLC/UNAMA) e tem o objetivo de proporcionar debates e reflexões entre pesquisas científicas que circundam a interdisciplinaridade de conhecimentos e de saberes nos campos social, comunicacional, linguístico, cultural e artístico.

Neste ano, o tema do VII Confluências visa entrelaçar saberes em uma perspectiva interdisciplinar tendo como ponto de partida a arte. A temática convida a discussões em torno de pesquisas que averiguem a arte como espaço de manifestação das diversas metamorfoses do ser contemporâneo, atravessado pela diversidade de saberes em diferentes contextos sócio-históricos-culturais.

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O evento também terá os pré-lançamentos virtuais dos livros "A mídia sob o império da lei: as políticas de regulação dos meios de comunicação no Brasil e na Argentina no século XXI", do professor doutor Rodolfo Marques; "Tu já viste um rei?", do professor mestre Antonio Carlos Pimentel Jr., ambos do corpo docente do curso de Comunicação Social da UNAMA; e "Um olho  o peixe e outro na...", reunião de ensaios em comemoração pelos quatro anos de existência do projeto de pesquisa Academia do Peixe Frito: negritude e rebeldia, que envolve pesquisadores da UNAMA, UFPA (Universidade Federal do Pará) e UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia).

Ouça, abaixo, entrevista com o Prof. Dr. Edgar Monteiro Chagas Junior, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA.

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Da Redação do LeiaJá Pará.

A UNAMA – Universidade da Amazônia realizou na terça-feira (20), no auditório David Mufarrej no campus Alcindo Cacela, em Belém, a palestra "Mulheres negras, saberes, resistência e ancestralidade na Amazônia". O evento faz parte do calendário de responsabilidade social da instituição.

O coordenador do curso de História, Diego Pereira, destacou que o objetivo da palestra é registrar, para a comunidade acadêmica, o Dia da Consciência Negra. "Esse tema não se remete apenas ao dia 20, por isso o nome 'Mulheres negras, saberes, resistência e ancestralidade na Amazônia”, expressou Diego

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A ativista Maria de Nazaré falou que a historiografia oficial não conta essa história da participação do negro na sociedade brasileira. “A gente vem provocando esse debate, atuando fortemente com a aplicação da lei, nas palestras, nos organizando e reivindicando nossas demandas e cada vez mais lutando para que a gente possa ter mais oportunidades. Nessa luta houve muitas mulheres negras, dentre elas Dandara, Aqualtune, Acotirene. Nada mais justo que mostrar que ao longo dessa história as mulheres negras se fizeram presentes”, disse Maria.

 A ativista também comentou sobre a participação de negros nas universidades. “Nós achamos necessário criar um NEAB (Núcleo de Estudantes Afro-Brasileiros), para que negros e negras entrem nesse espaço, para que eles possam pesquisar e falar sobre isso dentro das universidades. A gente ainda está numa discussão embrionária. Nós não somos iguais, nós somos diferentes e queremos ter direitos iguais e oportunidades iguais, tanto do poder público como da sociedade geral. As universidades privadas também precisam ter esse olhar diferenciado. Não basta falar sobre essas pessoas, essas pessoas precisam ser sujeitos de sua própria história, precisam falar de si, precisam estar também representadas no espaço de docência que eu considero de extrema importância”, declarou.

A professora Joana Carmen do Nascimento ministrou palestra e apresentou sua tese de doutorado sobre o tema “Mulheres do território amazônico". "Vai das mulheres urbanas a mulheres do campo, as quilombolas, as quebradoras de coco, as ribeirinhas, com toda a sua história de ocupação desses territórios tradicionais que é onde a gente reside. A nossa pesquisa sobre a ancestralidade localiza as mulheres negras. Nós não sabemos quem nós somos, de onde nós viemos; nós sabemos que contaram para nós o lugar da mulher negra”, reiterou Joana.

Joana também falou sobre a população negra na amazônia. “O Estado do Pará é o maior no número de população negra no Brasil, mas a gente acha que não tem negro na Amazônia, não tem negro no Pará. A importância desse debate é prioritariamente reconhecer, conhecer o que a historiografia não nos ensinou na escola e debater. Agora só precisa fazer uma nova forma de educar, um novo currículo educacional pra que a gente consiga se ver na formação, na formação do professor de História. Que História nós estamos aprendendo e que História nós estamos contando? Aproveita o mote da consciência negra e traz para o debate o espaço que nos trouxeram até aqui”, finalizou.

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O Bloco Nação Organ realizará seu primeiro cortejo cultural “Conexão de Saberes” no dia 30 de junho. O cortejo promete colorir as ruas do Guamá com música e alegria, tendo como partida inicial da Sede do Pássaro Junino Beija-Flor, localizado na rua Frei Daniel de Samarati, no bairro do Guamá, às 16h.

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O bloco nasceu há dois anos, com uma mistura de cultura do Pará/Pernambuco que se dedica a promover as bandeiras da arte musical e cênica e da cultura popular e tradicional dos estados brasileiros, com a junção de ritmos como: carimbo, o pássaro, samba-reggae, entre outros estilos.

A ação que faz parte do projeto “Conexão de Saberes” dividiu-se em dois momentos. O primeiro é de formação, realização de oficinas contemplando o bairro do Guamá e o segundo, de apresentações artísticas. As oficinas serão diárias e se iniciaram no dia 25 de junho, na quadra da Associação Carnavalesca Bole Bole.

Segundo a coordenadora Suellen Ferro, o projeto leva educação e mantém a cultura regional. “O cortejo vai mostrar às crianças e adolescentes inseridos ou não no projeto, a cultura, música, arte e educação e como esses elementos criam a consciência de caminhos melhores do que a criminalidade e drogas”, afirmou.

O cortejo será o momento de apresentar os resultados após o intenso período de formação ministrado. Para que o evento acontecesse, o bloco uniu forças com grupos e profissionais do mundo artístico e cultural de Belém, como o pássaro Junino Beija Flor e potencializar a vivência das tradições e manifestações culturais.

“Esperamos atingir um grande público e firmar a continuidade do projeto e manter forte as manifestações culturais que existe no bairro do Guamá e afastar ao máximo possível os jovens da criminalidade”, disse Suellen.

O projeto tem como objetivo a salvaguarda de saberes e fazeres de mestres da cultura popular e o envolvimento das novas gerações e estimular o ensino, reconhecimento, valorização e a mistura da cultura popular, como o carimbo. Com isso, fortalecer a identidade e estimular a troca de informações e experiências entre mestre, músicos, brincantes, pesquisadores, produtores culturais e comunidade em geral. Este projeto conta com o patrocínio do Banco da Amazônia por meio de Edital Público.

Para o coordenador de patrocínios do Banco da Amazônia, Ewerton Alencar, os projetos culturais, incentivados ou não por Lei Municipal, são voltados à Literatura, Eventos Culturais, Música, Audiovisual e Artes Cênicas. “A instituição é o maior incentivador da cultura e apoia todos os tipos e em todos os estados, é importante saber, que o projeto realiza ações voltadas para a educação e estimulo a cultura promovendo troca de experiências com os profissionais da área,” relatou.

Da assessoria do Banco da Amazônia.

 

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O primeiro encontro de pesquisadores e estudantes das Narrativas Amazônicas “Narramazônia” começou na terça-feira (29), no Sesc Boulevard. O evento intitulado “Círculo de Saberes” é um projeto de divulgação das pesquisas e descobertas do grupo de estudo que nasceu da parceria entre professores da Universidade da Amazônia (Unama) e da Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Pela manhã, professores doutores das duas instituições iniciaram o debate com as considerações da representante da coordenação do Narramazônia, Alda Costa. “Estamos aqui com a finalidade de discutir e refletir sobre a construção narrativa na Amazônia”, disse a professora.

Foram convidados para compor a mesa representantes da Unama e UFPA: Maria Betânia Fidalgo; vice-reitoria da Unama; professor Leandro Lage, coordenador do PPGCLC/UNAMA; Elaide Martins, do PPGCOM/UFPA; e Fátima Pessoa, da coordenação do ILC (UFPA).

Ainda durante a manhã, o professor Paulo Nunes homenageou a professora Maria do Socorro Simões, estudiosa das narrativas míticas amazônicas. Ela também recebeu, das mãos da professora Vânia Torres, o troféu estilizado com a imagem de um muiraquitã (conhecido como amuleto da sorte amazônico). O prêmio foi um símbolo das suas contribuições ao estudo das narrativas na região.

“Amazônia Rios de Saberes” foi a primeira palestra da manhã, realizada pela professora Rosa Acevedo Marin, seguida pela roda de conversa “Academia do Peixe Frito: Literatura e Negritude na Amazônia”. O bate-papo contou com a participação da filha do poeta Bruno de Menezes, Marília Menezes, que contou, em poesia, as experiências do pai na feira do Ver-o-Peso com seus amigos intelectuais. Bruno foi um dos principais poetas paraenses e integrante da academia que hoje é tema de estudo de um dos principais grupos de pesquisa sobre o Modernismo Paraense. O evento continuou na quarta-feira (30), pela manhã.

Por Alcione Nascimento, especialmente para o LeiaJá Pará.

Será realizado nos dias 29 e 30 de maio o I Círculo de Saberes do Narramazônia. O objetivo é reunir, durante dois dias, estudantes de graduação, pós-graduação, professores, pesquisadores e demais interessados em discutir e refletir sobre a construção de narrativas sobre e da Amazônia. O evento prevê conferência, mesas-redondas, rodas de conversa, performances e programação cultural.

Os pesquisadores do Narramazônia (Narrativas Contemporâneas na Amazônia Paraense) consideram que as narrativas literária e imagética são formas de expressão e comunicação na contemporaneidade. "São modos de narrar que ressignficam as interações e as relações em sociedade. Essas interpretações e representações, ao serem difundidas em determinada cultura, se transformam e se modificam, interferindo, de certo modo, no olhar que os sujeitos têm de si e do mundo em que vivem", informa o release de divulgação do projeto.

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O evento é resultado dos debates e reflexões empreendidos em dois anos de existência do grupo de pesquisa e de estudos. O Narramazônia é fruto de uma parceria entre Universidade Federal do Pará - UFPA (Faculdade de Comunicação e Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia - FACOM/PPGCOM) e Universidade da Amazônia - Unama (Programa de Pós-Graduação Comunicação, Linguagens e Cultura - PPGCLC). Os professores responsáveis pelo grupo são o professor dr. Paulo Nunes (PPGCLC/Unama), a prof. dra. Alda Costa (FACO/PPGCOM/UFPA) e a profa. dra. Vânia Torres Costa (FACOM/UFPA). 

 O Círculo de Saberes é uma realização da Unama e UFPA, com apoio do SESC Boulevard. Será realizado no SESC Boulevard ( Av. Boulevard Castilhos França, 522/523 - Campina, Belém - PA, 66010-020). As inscrições serão feitas no local, no dia 29 de maio, a partir das 8 horas, gratuitas e com direito a certificado de participação.

 Programação

 29 de maio - terça

8h – Credenciamento e inscrição gratuita

 9h – Mesa de abertura 

 9:30h – Homenagem à Professora Socorro Simões (IFNOPAP/UFPA)

 10 às 12h – Conferência de abertura: “Amazônia, rios de saberes” - Palestrante Profa. Dra. Rosa Acevedo Marín (UFPA)

  Local: Auditório do Sesc Boulevard

  12h – Encerramento

 14h00 – Roda de conversa: Academia do Peixe Frito: literatura e negritude na Amazônia – Prof. Dra. Marinilce Oliveira Coelho (UFPA), Prof. Me. Carla Pereira Soares (doutoranda/PPGCLC) e Marília Menezes (poeta e filha de Bruno de Menezes). Mediador: Prof. Me. Marcos Valério Reis (Doutorando PPGCLC/UNAMA)

Local: Hall do Sesc Boulevard

 16h00 – Mesa de Debate: “Amazônia Cultural: narrativas imagético-visuais”. Prof. Dr. Otacílio Amaral Filho (PPGCOM/UFPA), Prof. Dr. Manoel Ribeiro de Moraes Júnior (PPGCR/UEPA). Mediadora Profa. Dra. Alda Cristina Costa (PPGCOM/UFPA)

Local: Auditório do Sesc Boulevard

 18:30 – Programação Cultural: Show musical com Lídia Rodarte

Local: Hall do Sesc Boulevard

 30 de maio - quarta-feira

09 h – Mesa de Debate: “Narrativas da literatura contemporânea no Pará”. Escritores Salomão Laredo, Alfredo Garcia e Edyr Augusto Proença. Mediador: Prof. Dr. Paulo Nunes (PPGCLC/UNAMA)

Local: Auditório do Sesc Boulevard

 11h – Roda de conversa: “Narramazônia em caleidoscópio: dois anos de história” – Profa. Dra. Vânia Torres Costa (FACOM/UFPA), mestrando Sergio Ferreira Junior (PPGCOM/UFPA); graduanda Denise Salomão (Facom/UFPA); mestranda Alcione Nascimento (PPGCLC/UNAMA).

Local: Hall do Sesc Boulevard

 12h – Programação Cultural: Performance ‘Narrares’- Grupo Performance Poética (UNAMA)

13h – Encerramento.

 Mais informações: Dáleth Oliveira (988894178) e Wallace Júnior (991991181) – bolsistas do Grupo de Pesquisa Narramazônia.

Da Redação do LeiaJá Pará.

Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, os cursos extras podem se tornar um ponto a mais no currículo na hora de conquistar a tão sonhada vaga de emprego. Além de garantirem mais conhecimento nas áreas, a maioria das capacitações oferecem certificados de qualificação. É o caso dos cursos do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), Escola do Governo do Senado Federal, que está recebendo inscrições para oito capacitações nas áreas de economia, gestão administrativa, gestão do conhecimento, direito e comunicação e educação, até o dia 15 de oubturo.

Disponível na plataforma de educação Saberes, os cursos possuem cargas horárias que variam entre 10 e 60 horas-aula, dependendo do curso escolhido. E ao final, os alunos respondem a uma prova e, se aprovados, recebem um certificado digital. Para garantir uma vaga nas oportunidades abertas, os interessados precisam fazer o cadastro no site da ILB, apresentar CPF, e-mail e computador com acesso à internet. As aulas começam no dia 23 deste mês e vão até 1º de dezembro.

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Mais informações podem ser obtidas na plataforma de educação Saberes. 

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“Confluências: saberes e intersecções na cidade” é o tema da Semana de Integração que será realizada de 17 a 26 de fevereiro, no campus Alcindo Cacela da Universidade da Amazônia (Unama), em Belém. O evento resulta de uma ação conjunta entre mestrados de Comunicação e Desenvolvimento e as graduações em Comunicação, Letras e Artes Visuais, oferecidos pela Unama, em parceria com o PPGCom (Programa de Pós-graduação, Comunicação, Cultura e Amazônia) da Universidade Federal do Pará (UFPA).

A programação será dividida para dois públicos. Os painéis e bate-papos estarão abertos para todos os interessados e os minicursos são específicos para os alunos de mestrado. A entrada para o evento é gratuita. Para os alunos de mestrado interessados nos cursos ofertados é necessária a realização prévia da inscrição no campus Alcindo Cacela da Unama, 3º andar, bloco E, coordenação do mestrado de Comunicação (confira a programação na galeria abaixo).

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“Esse evento é a abertura do semestre do mestrado de Comunicação, Linguagens e Cultura, que serve não só para integrar os alunos que já estão cursando o mestrado com os novatos, mas também para integrar o mestrado em si com os demais alunos da Unama e com a comunidade em geral, porque é de acesso livre”, diz Analaura Corradi, coordenadora do mestrado de Comunicação Social da Unama e organizadora do evento. Segundo ela, as graduações dos cursos afins, Comunicação, Letras e Artes Visuais, estão participando ativamente da realização do evento. “Não é somente uma parceria de nome. Todo mundo vem, professores da UFPA darão palestra nas mesas-redondas”, afirma a professora.

Qualquer aluno que esteja fazendo mestrado, mesmo que seja de outras instituições, pode participar. O objetivo principal é integrar os mestrados e graduações, que antes realizavam sua própria semana da integração. “A intenção do evento é provar para os alunos que as pesquisas não são utópicas. Elas estão acontecendo, dando resultado para a vida da cidade, comunidade e cotidiano”, diz Alanaura. Segundo ela, os alunos, mesmo sendo de mestrado, possuem dificuldade de enxergar a relação entre a vida prática e a pesquisa. “Os alunos estão achando que a pesquisa é uma coisa que vem do mundo teórico e que não vai sair de lá. Eu acho que esse tipo de seminário junto com os minicursos vão conseguir provar que tudo que eles pesquisarem pode ser real, pode acontecer”, afirma.

A escolha das abordagens partiu do tema Belém 400 anos. “Pegamos trabalhos como o ‘Belém da Memória: intersecções entre literatura e urbanismo’, do José Fernandes Oliveira, que mostra o resultado de algo que ele pensou, executou e está funcionando até hoje. Na parte do mestrado de Desenvolvimento, também pegamos um antigo aluno que fez uma análise sobre a Cidade Velha”, diz Analaura. 

A professora de Comunicação e orientadora de mestrandos Danila Cal diz que, para os alunos de mestrado, essa programação é muito interessante. “A nossa ideia é começar o ano promovendo discussões de qualidade e abrindo espaço para que os alunos já comecem o mestrado com alguns conceitos básicos”, afirma.  

Por Julyanne Forte e Mirelly Pires.

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), realizarão nos dias 24 e 26 de agosto o Seminário PET/Conexões de Saberes. O tema do evento é Pesquisa e extensão: interfaces com a sociedade”, e o objetivo da ação é estimular o debate sobre a troca de saberes, dentro do contexto da educação pública como direito social e constitucional.

As inscrições para o seminário podem ser realizadas até o dia 8 deste mês através do site do evento. A ação é gratuita, entretanto, de acordo coma a UFPE, a confirmação da inscrição está condicionada ao envio e à aceitação, pela comissão científica, de resumos de trabalhos, escritos em língua portuguesa, dentro de uma das áreas temáticas do evento.

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O seminário ocorrerá na UFRPE, que fica localizada no endereço Dom Manoel de Medeiros, sem número, no bairro de Dois Irmão, no Recife. Mais detalhes informativos sobre a ação podem ser encontrados no site do seminário.

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