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Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro vão começar, neste domingo (19), com tributos a duas figuras emblemáticas e queridas do samba carioca: Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho.

O Império Serrano será a primeira escola a desfilar, e trará a homenagem ao compositor e cantor de sambas icônicos Arlindo Cruz. Entre suas obras mais famosas está a canção Meu Lugar, em que o sambista exalta o bairro de Madureira, terra natal da verde e branco, que ainda é citada na letra da música.

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O carnavalesco Alex de Souza é o responsável pelo desenvolvimento da homenagem, que marca a volta do Império Serrano ao Grupo Especial, depois de ter sido campeão da Série Ouro.

“O desfile conta a trajetória musical de como ele se transformou nesse grande compositor e intérprete”, explica Souza. “Mostramos, a partir da música Meu Lugar, tudo que é relacionado à história dele. Os lugares de Arlindo”.

Escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Grande Rio vai trazer Zeca Pagodinho para a avenida. O sambista é famoso por promover churrascos em Xerém, bairro de Caxias, e seu repertório também fará parte do desfile, com versos em referência a hinos como Deixa a vida me levar e Quando a gira girou.

A cerveja, marca dos shows de Zeca Pagodinho, também não vai ficar de fora do desfile, assim como sua devoção por São Jorge e Ogum, entidades celebradas nas religiões de matriz africana e na Igreja Católica. A trajetória do cantor vai ser contada desde seu passado, quando foi feirante e apontador do jogo do bicho.

Bahia na Sapucaí

A noite deste domingo também terá como grande homenageada a Bahia, presente nos enredos da Unidos da Tijuca e da Mangueira. A Tijuca fará carnaval sobre as águas da Baía de Todos Santos, que banha Salvador, enquanto a Verde e Rosa vem para a Sapucaí com o enredo As Áfricas que a Bahia canta, tratando da ancestralidade negra na terra em que nasceu o samba, que, segundo a Mangueira, “foi morar onde o Rio é mais baiano”.

A Unidos da Tijuca será a terceira escola a entrar na avenida e contará toda a história que se passou na Baía de Todos os Santos, terra dos indígenas tupinambás, da primeira capital do Brasil Colônia, lugar de muita resistência e de uma rica contribuição para a cultura nacional. O samba da escola promete “um banho de axé, para purificar, um banho de axé, nas águas de Oxalá”.

Já a Mangueira pretende focar na construção da musicalidade e das instituições carnavalescas negras, processos que tiveram protagonismo de mulheres negras nas lutas contra intolerância, racismo e pelo fortalecimento da identidade afrobrasileira. A história do carnaval e a trajetória de luta por dignidade e direitos antes e depois da abolição se misturam no desfile e chegam aos blocos afro da atualidade.

O Salgueiro também atravessa a Marquês de Sapucaí no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial e traz sua cor em destaque no enredo Delírios de um Paraíso Vermelho, que fala sobre liberdade e imagina os tambores de sua bateria substituindo as trombetas do apocalipse na chegada de um paraíso sem culpa e moralismos. O desenvolvimento do tema fica a cargo do carnavalesco Edson Pereira, que preparou um desfile com referências religiosas, como a maçã de Adão e Eva, vermelha, e imagina um novo Éden, em êxtase, como uma interminável noite de carnaval.

Confira o horário em que cada desfile começa:

Império Serrano: 22h

Grande Rio: 23h

Mocidade: 0h

Unidos da Tijuca: 1h

Salgueiro: 2h

Mangueira: 3h

Liberdade e sonho. As palavras que se fundiram em versos atravessaram as “duas vidas” da enfermeira-sambista Ivone Lara (1922 - 2018). Ou seria sambista-enfermeira? A artista, que usou musicoterapia no cuidado com pacientes psiquiátricos ou nas composições marcantes que a tornaram uma musicista singular, faria 100 anos de idade nesta quarta-feira (13). 

“Ela  é um caso único na história da música brasileira. Isso porque, antes de lançar o primeiro disco, Dona Ivone dedicou 37 anos no trabalho como enfermeira e assistente social no serviço de doenças mentais”, afirma o biógrafo Lucas Nobile. Ele é o autor de Ivone Lara: a Primeira-dama do Samba, livro que conta uma das histórias mais complexas de uma personagem longeva da cultura brasileira. Ela morreu com 96 anos de idade.

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“Felizmente, a gente tem pelo menos dez grandes sucessos de Dona Ivone que são tocados até hoje em toda roda de samba. Ela teve sua obra gravada pelos maiores cantores e cantoras do Brasil. Isso não é nenhum exagero dizer”, afirma o biógrafo. A música Sonho Meu, por exemplo, integrou o histórico disco Álibi, de Maria Bethânia, o primeiro álbum de uma cantora brasileira a ultrapassar 1 milhão de cópias. 

A primeira vida profissional de Ivone Lara (de 37 anos de serviços) é igualmente marcante. Ela trabalhou na equipe da médica Nise da Silveira, que revolucionou o tratamento psiquiátrico no Brasil com ações humanizadas em contraste aos procedimentos agressivos como eletrochoques e lobotomia. “A doutora Nise passou a tratar aqueles pacientes com a utilização das artes [como visuais e plásticas]. A Dona Ivone Lara chega pra ela e sugere que ela crie uma salinha com instrumentos musicais lá no Hospital do Engenho de Dentro”, afirma o biógrafo.

Nise da Silveira acatou essa sugestão da Dona Ivone e passou a organizar o "tratamento com música" também na década de 1940, uma época em que mal se falava de musicoterapia.  A enfermeira, de maneira intuitiva, começou a aplicar aquele tratamento diferente ao longo de 37 anos.  A música não era apenas uma intuição para a enfermeira.

Influências por todos os lados

Ivone Lara nasceu em um berço musical. “Os pais eram músicos amadores. A mãe cantava e o pai tocava violão. Dona Ivone recebeu essas influências musicais dentro da família e não é exagero nenhum a gente dizer que também tem uma trajetória única na história da música brasileira”, afirma Nobile.

Dos pais, ela herdou a melodia dos “ranchos carnavalescos”, agremiações de carnaval anteriores às escolas de samba. Da tia, Vovó Tereza, ícone do Morro da Serrinha, recebeu a herança das matrizes africanas. Tereza era mãe dos dois primos sambistas, Hélio e Fuleiro.

“Com 12 anos de idade, ela compôs sua primeira música. Foram os primos que a levaram para o ambiente de carnaval e para a escola de samba Prazer da Serrinha.” Lá, ela conheceu o Oscar (filho do dono da agremiação), com quem se casaria em 1947. “Assim ela entra no ambiente do carnaval, que ainda era muito masculinizado, machista e misógino.” Para driblar os obstáculos e participar com sua música, ela mostrava as composições como se fossem feitas pelos primos. 

Ivone Lara ficou órfã cedo (na infância, perdeu o pai; na adolescência, a mãe). Aliás, foi a mãe que, para garantir uma boa educação formal para as filhas (para Ivone e para a irmã, Elza), teve a ideia de matriculá-las em uma escola pública que funcionava em regime de internato. Para isso, precisou declarar que Ivone tinha um ano a mais. Está registrada como nascida em 1921. “Ela mesma, em depoimento de viva voz, contou essa história de que a mãe dela aumentou a idade dela.”

Na escola, as alunas, naquele tempo, eram ensinadas a fazer trabalhos manuais como artesanato e costura. Mas foi lá também que ela aprendeu o canto orfeônico com a prática de canto em grupo. Teve professoras como a pianista Lucília Guimarães, que foi companheira de Heitor Villa-Lobos.

“Depois que Ivone perdeu a mãe, ela foi morar com o tio Dionísio, que tocava trombone e violão na sua escola e promovia saraus na casa dele”. Nos encontros, chegavam por lá músicos como Pixinguinha, Jacob do Bandolim e o Candinho do Trombone. “Dona Ivone assistia a essas pessoas no quintal da casa dela.”

Eram influências por toda a parte que iriam escrever a história da artista. Ela trabalhou por 37 anos com enfermagem em paralelo ao aprender musical, e cuidando dos doentes psiquiátricos. Em 1978, ela se aposentoou. O marido, que era muito ciumento, havia morrido. Ela tinha 56 anos de idade. “Aí finalmente ela gravou o seu primeiro disco. É um ano de estreia dela nessa carreira exclusivamente artística de forma muito impressionante”. Com Délcio Carvalho, ela compôs o grande sucesso Sonho Meu. “A estreia foi arrebatadora”, detalha Nobile.

O desaguar

O escritor entende que a experiência na área da saúde tem uma influência central na música da Dona Ivone. “O trabalho de Dona Ivone era o da inclusão. Muitos pacientes ficavam abandonados pela própria família. Então Dona Ivone tinha um papel de fazer contato com essas famílias para quando eles saíssem dali. Esse olhar doce de cuidar de outra pessoa sempre foi muito presente. Então, pra mim, é muito natural que quando ela partisse para a carreira artística, todo esse humanismo fosse desaguar na obra dela.”

Dona Ivone é responsável por quase 200 composições. “Em uma quantidade considerável de músicas, ela fala de sonho e de imaginação. O trabalho com aqueles pacientes era com o inconsciente. Não é obra do acaso que a música mais conhecida dela tenha no título a palavra sonho”. As memórias faziam parte do enredo de seus sambas.

Um dos principais sucessos históricos da compositora é Cinco Bailes da História do Rio, que a consagrou como a primeira mulher a vencer uma disputa de samba enredo. “Este samba que ela fez em 1965 para a Império Serrano é considerado por muita gente como o mais bonito de todos os tempos. É uma parceria com Silas de Oliveira e Bacalhau”, afirma o escritor.

 Era também a primeira mulher a tocar um instrumento e a cantar e a dançar de um jeito especial. “Ela está em outro patamar no sentido de criação artística", diz. "Ela deve ser espelho e inspiração não só no centenário e como referência do feminismo negro. Devemos celebrar Dona Ivone todos os dias”, completa.

A atriz Paolla Oliveira e o cantor Diogo Nogueira assumiram publicamente o namoro nesta sexta-feira (23). Enquanto acompanhava o sambista retornar aos palcos em uma casa de shows do Rio de Janeiro (RJ), Oliveira confirmou os rumores de que os dois estariam juntos.

“Estamos felizes e agradecemos todas as vibrações e manifestações de carinho”, declararam eles em uma foto publicada nas redes sociais do site Hugo Gloss. A união recebeu a “benção” de famosos como Mumuzinho, Monique Alfradique e Giovanna Lancelotti, que comentaram a postagem.

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Os rumores de que Paolla e Diogo estariam juntos começaram em junho, quando os dois foram fotografados em uma padaria no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Na época, contudo, as assessorias dos artistas não confirmaram o affair.

A atriz estava solteira desde o término de seu relacionamento com o coach Douglas Maluf, em abril. Já Nogueira se separou em fevereiro da advogada Jéssica Vianna.

O samba perdeu, nesta quinta (27), um de seus mais importantes representantes: Nelson Sargento. Diagnosticado com Covid-19, o sambista foi hospitalizado na última quinta (20) e não resistiu às complicações da doença. Sargento já havia sido vacinado contra o coronavírus e, inclusive, foi o escolhido para simbolizar o início da imunização de idosos no Rio de Janeiro.  

Nelson Sargento tinha 96 anos e foi internado no Instituto Nacional de Câncer (INCA), na última quinta (20), com quadro de desidratação, anorexia e significativa queda no estado geral. Após a internação, o sambista foi diagnosticado com a Covid-19. Na manhã desta quinta (27), sete dias após a hospitalização do Sargento, ele não resistiu às complicações da doença e veio a óbito. Seu falecimento foi anunciado através de sua página oficial do Instagram. 

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Embora tenha testado positivo para Covid, o sambista, presidente de honra da Mangueira, já havia completado o esquema de imunização. Ele havia recebido a segunda dose da vacina contra o coronavírus no dia 26 de fevereiro, em sua residência. Em janeiro, Nelson marcou o início da vacinação dos idosos no Rio de Janeiro, quando recebeu a primeira dose do imunizante. Ainda não há informações sobre velório e enterro do sambista.

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Baluarte

Nelson Sargento sambista, cantor, compositor, artista plástico, ator e escritor. Considerado um dos nomes mais importantes do samba, ele era presidente de honra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira. 

Sargento compôs ao lado de outras grandes figuras da música brasileira, como Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim, Daniel Gonzaga e Rô Fonseca. Ele ainda atuou no cinema, nos filmes O Primeiro Dia, de Walter Salles e Daniela Thomas; Orfeu, de Cacá Diegues; e Nélson Sargento da Mangueira, de Estêvão Pantoja. No último 12 de fevereiro, o sambista participou de um ato simbólico em defesa do Carnaval, no Museu do Samba. Foi uma de suas últimas aparições públicas. 

Na última terça-feira (25), foi informado que o sambista Nelson Sargento foi internado por complicações da Covid-19 no Instituto Nacional de Câncer, localizado no Rio de Janeiro. Nessa ocasião, as informações fornecidas pela equipe do artista em suas redes sociais era que seu quadro clínico era estável.

Já na noite da última quarta-feira (26), a assessoria de imprensa do sambista publicou novas informações, revelando que Nelson estava internado desde o último dia 20 e que seu quadro clínico havia evoluído negativamente. A publicação ainda informa que Sargento foi transferido para a UTI no último sábado (22).

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"O Instituto Nacional de Câncer (INCA) informa que o paciente Nelson Matos, 96 anos, está em estado grave e inspira cuidados na Unidade de Terapia Intensiva. O paciente foi transferido para a UTI, apresentando piora do padrão ventilatório e hipertensão, assim respirando com auxílio de máscara de oxigênio. O Instituto ainda esclarece que o paciente foi internado no último dia 20, com quadro de desidratação, anorexia e significativa queda do estado geral. Ao chegar na unidade, foi realizado o teste de Covid-19, que apontou positivo", diz o comunicado.

O post esclarece que o sambista é matriculado na instituição médica desde 2005, época em que foi diagnosticado com câncer de próstata - mas que já foi tratado. A equipe do presidente de honra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira pede, ainda, orações pela melhora do artista.

O sambista Nelson Sargento, de 96 anos de idade, foi internado depois de testar positivo para a Covid-19. No Instagram, a equipe do sambista divulgou um comunicado oficial no dia 25 de maio com a informação:

A família do mestre Nelson Sargento comunica a todos os amigos e fãs sua internação hospitalar por ter contraído a Covid. A família pede reserva e orações nesse momento difícil.

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E continuou:

Segundo o mais recente boletim médico, o quadro clínico é estável, apesar da preocupação com a situação pulmonar, em função da Covid. Continuemos em orações e, tão logo tenhamos novas informações, levaremos ao conhecimento de todos!

O Dia do Samba, comemorado nesta quarta-feira (2), é uma celebração para os adeptos do mais brasileiro dos ritmos. A data, instituída na década de 1960, foi uma homenagem à primeira visita do emblemático compositor Ary Barroso (1903-1964) ao estado da Bahia, e é festejada, desde então, em todo o território nacional.

As comemorações que envolveriam shows e a tradicional reunião de sambistas e ritmistas nas quadras das escolas de samba, no entanto, vão ficar para outra oportunidade. Com a chegada da pandemia, pouco tempo depois do último Carnaval, muitas agremiações suspenderam as atividades. Esse que seria um período de ensaios, ajustes e muito trabalho nos barracões Brasil afora, virou incerteza e tirou a alegria de quem vive o samba e celebra a cultura carnavalesca.

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Angústia e saudade na UPM

No bairro suburbano de Padre Miguel, no Rio de Janeiro, nada de comemoração pelo Dia do Samba em uma das mais tradicionais escolas da região. Para o autônomo Leandro Pascoal, 39 anos, diretor de alegoria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Padre Miguel (UPM), a pandemia trouxe dias de aflição para os entusiastas do Carnaval. Segundo ele, embora a grande maioria da comunidade tenha que ficar fora dos festejos e dos preparativos para os desfiles da agremiação, a distância é a saída em tempos de crise. "Estão sendo dias angustiantes e de muita saudade. Estamos longe do que lutamos e amamos, mas temos a consciência que, mediante a esse vírus, se faz necessário esse sacrifício", declara Pascoal, que ocupa há dez anos o cargo de dirigente da escola des samba carioca.

Ainda segundo o líder, o corpo diretivo da agremiação luta para manter o trabalho de quem tira da folia anual o sustento da família. De acordo com Pascoal, o contingente foi reduzido e os protocolos de saúde são respeitados. "A escola vem mantendo, com muita luta e resistência, poucos colaboradores em seus ateliês e no barracão para não deixar o projeto parado, mas mantemos todas as regras de segurança e prevenção", destaca.

Além disso, o diretor de alegoria da UPM afirma que a comunidade da Vila Vintém, no bairro de Padre Miguel, foi orientada pela própria escola para manter as normas sanitárias e evitar a Covid-19. "Desde o começo da pandemia, nossa escola procurou orientar e aplicar atividades sociais para diminuir os impactos e manter os colaboradores devidamente antenados e conscientes para as regras básicas de prevenção", explica Pascoal.

De acordo com o diretor de alegoria, a preocupação com a saúde da comunidade é tanta que a UPM inovou e apresentou a eliminatória da escolha de sambas-enredo por uma transmissão ao vivo. "Nossa escola foi pioneira em fazer a primeira live para uma disputa de samba".

Silêncio na Paulicéia

Na cidade de São Paulo, a celebração do Dia do Samba também não vai acontecer como os sambistas gostariam. De acordo com o vigilante patrimonial William Tarso, 26 anos, membro da Harmonia da Unidos de Vila Maria e diretor de alegoria no Morro da Casa Verde, ambas da região norte, a primeira semana de dezembro é sempre especial para as escolas paulistanas. "Hoje estaríamos a todo vapor, entre ensaios, reuniões e nos preparativos para a festa de lançamento dos sambas-enredo das agremiações, que sempre ocorre no 1º sábado do mês de dezembro", lamenta o folião, que tem 12 anos de vivência no Carnaval.

William Tarso é diretor de alegoria no Morro da Casa Verde | Foto: Morro da Casa Verde

Segundo Tarso, para preservar o trabalho dos funcionários e nutrir a força das comunidades, alguns eventos restritos ajudam a manter as escolas de samba em atividade. Além das iniciativas em benefício de moradores dos arredores das sedes, reuniões no ambiente virtual garantem a execução dos planos da agremiação. "Estão sendo feitas ações sociais em datas específicas com todos os cuidados e protocolos de saúde, e também reuniões online entre os setores da agremiação", comenta.

De acordo com ele, além de São Paulo ter recuado nas normas de flexibilização da quarentena, ainda não há perspectiva de normalização relacionada ao Carnaval. Mesmo saudoso do clima e da responsabilidade do trabalho nos desfiles, Tarso prefere manter os cuidados e cumprir as recomendações sanitárias. "Está sendo difícil, pois sinto falta do calor humano, mas o momento requer cuidados e vidas importam. Espero que acabe logo", comenta.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Carnaval movimentou mais de R$ 8 bilhões na economia brasileira no ano passado.

O sambista Neguinho da Beija-flor foi internado em um hospital da zona sul do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (26). Neguinho foi diagnosticado com Covid-19. 

Através dos stories em seu Instagram o filho do sambista, Jr. Beija-flor, informou aos seguidores que a internação foi necessária devido a desidratação apresentada por Neguinho.

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“Não é nada grave. É mais pelo quadro de desidratação. Vai ficar dois dias internados no máximo. Daqui a pouco ele está aí", explicou Jr.

De acordo com informações da TV Globo, a expectativa da família é que o sambista tem alta neste sábado (28).

Neguinho havia usado suas redes sociais para compartilhar que estava fazendo um teste de detecção da Covid em 19 de novembro, devido a sintomas gripais que estava sentindo. Mas não havia publicado nada sobre o resultado do teste.

O sambista Jorge Aragão, que testou positivo para Covid-19, está internado desde terça-feira (13) no hospital Unimed-Rio, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação é do jornal O Dia. A assessoria de imprensa do hospital confirmou que o cantor está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e responde bem ao tratamento, mas ainda sem previsão de alta. 

“O paciente Jorge Aragão da Cruz foi admitido em nosso hospital em 13 de outubro com quadro de pneumonia viral Covid-19. Desde então, encontra-se em unidade de terapia intensiva sob monitorização contínua e cuidados específicos para a condição clínica, apresentando boa resposta ao tratamento. Ainda não há previsão de alta da UTI", diz o boletim assinado pelo médico Paulo Henrique Ribeiro Bloise, diretor médico do Hospital Unimed-Rio.

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Em agosto de 2018, Jorge Aragão também chegou a ser internado e foi submetido a uma cirurgia para desobstrução de artérias. O cantor também já foi internado devido a problemas cardíacos em 2007, quando passou mal com quadro de hipertensão e dores no peito. Em 2013, ele foi submetido a um cateterismo, procedimento para identificar e corrigir obstruções de vasos sanguíneos e em 2014 passou 13 dias internado após sofrer um infarto.

Zeca Pagodinho é, sem sombra de dúvidas, um dos artistas mais queridos do Brasil. Autêntico, sincero e muito ‘gente como a gente’, ele costuma encantar os fãs com suas declarações descontraídas e até mesmo, comportamentos inusitados - como quando morreu de medo ao ter que subir no Bondinho do Rio. Neste sábado (26), foi a vez do sambista dar uma aula de vida, através de uma postagem no Instagram,  mostrando qual seu segredo da felicidade. 

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O músico decidiu compartilhar com os seguidores como aproveita um belo sábado de sol como o de hoje. Ele postou algumas fotos em que aparece curtindo a piscina de sua casa com os netos. De óculos escuros e com bóias, Zeca não só relaxou - estirado em uma espreguiçadeira inflável -, como também brincou com os pequenos. Na legenda, ele escreveu: “A felicidade está nas pequenas coisas da vida! Como curtir um sábado de sol com os netos e sobrinhos aprendendo com a alegria contagiante das crianças. E se tiver um samba tocando, aí então é perfeição”. 

Em menos de 15 minutos, a publicação já tinha mais de cinco mil curtidas. Os comentários também foram inúmeros e os fãs se divertiram. “Melhor pessoa”; “Esse é um grande exemplo de simplicidade”; “Trabalhar para ter um futuro igual ao do Zeca”; “Não tem como não amar”; “Eu só queria ser neta do Zeca Pagodinho”; “Deixa a vida me levar, vida leva eu”. 

O polêmico presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez uma série de publicações em ataque à cantora Alcione, nessa quinta-feira (4). Ele classificou o trabalho da artista como "pesadelo auditivo" e a chamou de "barraqueira". O desabafo foi uma resposta às críticas feitas pela maranhense, que o havia chamado de "Zé ninguém".

Na clara tentativa de menosprezar a sambista, Sérgio Camargo publicou fotos das cantoras norte-americanas Ella Fitzgerald e Jessye Norman, e disse que a música da Marrom era "insuportável". O gestor ainda acrescentou que não suporta 30 segundos da voz de Alcione.

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Conhecido por declarações controversas para a condição de presidente da Fundação Palmares, Camargo é repetidamente acusado de enfraquecer o movimento negro no Brasil em diversos episódios. Ele se defende ao se dizer "antivitimista" e rebateu um comentário feito por Alcione durante uma live com a cantora Teresa Cristina.

 Na oportunidade, a Marrom traçou um paralelo com o contexto de luta antirracial norte-americano, que foi estimulado após um policial assassinar George Floyd, e afirmou: "a gente vê uma pessoa da nossa cor falando uma besteira daquelas, tenho vontade de arrancar da televisão e encher de porrada pra virar gente".

Dentre os vários profissionais que estão na linha de frente do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, estão também, os bancários. Parte da categoria continua trabalhando de forma presencial, atendendo à população sobretudo no que diz respeito ao recebimento do auxílio emergencial do governo, tão procurado e necessário nesses tempos em que milhares de pessoas estão desempregadas. Para homenagear a classe, a sambista pernambucana Karynna Spinelli, que tem como segunda profissão a rotina de um banco, brindou os colegas com uma surpresa cheia de música.

Além de sambista, Karynna também trabalha como gerente de banco, e em tempos de pandemia, em que muitos de seus colegas continuam com suas funções de atendimento ao público, a artista decidiu levar uma palavra de apoio a eles em forma de canção. A idealizadora do Clube do Samba do Recife foi até uma agência localizada no Recife, para tocar e cantar uma versão de Smile, canção que fala de esperança e otimismo. 

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O momento foi compartilhado pela própria cantora em suas redes sociais. Na legenda, ela falou sobre o trabalho da categoria: “Bancária com Muito Orgulho. Homenagem carinhosa a todes funcionaries que estão na linha de frente atendendo a população neste momento difícil de Pandemia. Gratidão , pessoal “.

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Clementino Rodrigues, mais conhecido como Riachão, morreu na madrugada do dia 30 de março aos 98 anos de idade. Segundo informações do G1, a notícia foi confirmada pela família do músico, mas ainda não se sabe a causa da morte.

Riachão era considerado um dos sambistas mais importantes do país e estava preparando um álbum inédito para 2020, que seria chamado de Se Deus quiser eu vou chegar aos 100.

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O artista gravou com nomes importantíssimos como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Cássia Eller, e um de seus sucessos é a canção Cada Macaco no seu Galho.

A sambista Karynna Spinelli enfrenta um novo desafio na próxima sexta-feira (15). Ela é uma das finalistas no concurso que escolherá o samba enredo para o Carnaval 2020 da Escola de Samba Galeria do Ritmo, do Recife. Spinelli disputa com outros dois compositores, Nininho do Pandeiro e Silvio Bibo, sendo a única representante feminina da disputa. 

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Karynna Spinelli tem uma forte atuação no sentido de inserir as mulheres cantoras e compositoras no mundo do samba. Ela é a criadora do Clube do Samba do Recife, projeto que, em 2019, completou 10 anos promovendo artistas locais do gênero e também tem sido presença absoluta no movimento Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba, que reúne sambistas de todo o país. 

Única mulher na disputa pelo enredo Galeria do Ritmo, ela falou no seu perfil do Instagram sobre o orgulho de representar a presença feminina no samba: "Muito indignada com o machismo que impera dentro do nosso samba. Sou compositora, cantora, mulher. Não acha que sou capaz? Converse comigo feito gente, olho no olho, sem covardia", disse a cantora.  

A última terça-feira, dia 3, foi de muita tristeza para os amantes do samba. Isso porque Elton Medeiros, autor de clássicos como Pressentimento, Peito Vazio e O Sol Nascerá, morreu aos 89 anos.

A notícia foi dada apenas na manhã desta quarta-feira, dia 4, afirmando que ele foi vítima de complicações decorrentes de uma pneumonia no dia 3 de setembro.

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Segundo o jornal O Globo, a morte foi confirmada por Vidal Assis, parceiro do sambista. Elton estava afastado dos palcos desde 2014, quando teve um problema de visão que o levou à cegueira.

Para comemorar os 33 anos de carreira, o cantor Péricles vai gravar em julho um DVD na cidade de Salvador (BA), onde reunirá grandes sucessos que deu voz ao longo de sua trajetória no samba. Em entrevista ao LeiaJá, o ex-Exaltasamba contou que chega a essa fase da carreira solo com o fôlego de um novato.

"Estou feliz em ter chegado até aqui. Muitas vezes, as pessoas me olham e dizem que sou veterano. Não quero ser visto como veterano, quero ser olhado como alguém que ainda tem muita coisa para mostrar. Eu tenho muito o que comemorar, mas também tenho muita coisa pela frente", afirmou.

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Segundo Péricles, a ideia de gravar o DVD surgiu como uma forma de dar continuidade ao projeto "Em Sua Direção", turnê realizada pelo sambista no ano passado para divulgar seu 5º álbum solo. O atração foi dirigida pelo ator Lázaro Ramos, que deu um toque teatral as apresentações.

"O intuito é fazer com que o projeto chegue a mais pessoas, sem restringir ao ambiente do teatro, que é legal também, mas que nem todo mundo tem acesso. E hoje com os streamings, todo mundo pode ver no celular, então é uma maneira de ficar mais próximo ao público também", explicou.

Os fãs também terão a oportunidade de ver o músico mais disposto no palco, isso porque Péricles está mais disposto depois de ter passado, em agosto de 2018, por uma cirurgia para corrigir uma hérnia na região lombar, diagnosticada há anos e que foi causada por um acidente de ônibus.

"Minha mobilidade hoje é muito maior, eu estou me movimentando mais e conseguindo acompanhar todo mundo na dança", disse. "Se eu soubesse que me faria bem assim, eu teria operado antes", brincou.

A filha mais nova do sambista Arlindo Cruz está grávida. Aos 15 anos, Flora Cruz, comemorou a novidade e disse que será um ‘renascimento para família’. Esse será o segundo neto do músico.

O anúncio foi feito pela esposa de Arlindo, Babi Cruz, nas redes sociais. Ela falou que todos ficaram muito felizes e surpresos com a novidade, inclusive o sambista, que está se recuperando de Acidente Vascular Cerebral há mais de um ano.

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No instagram, Flora comentou a nova fase que se inicia. “Então, como a maioria deve saber, a grande novidade da minha vida, é que estou gerando uma vida, um ser iluminado que está chegando pra renovar as energias de uma família que pediu tanto por VIDA!...Independente de qualquer comentário, o amor é bem vindo em qualquer momento, e pra mim chegou mais cedo. É o renascimento da nossa família”, escreveu.

Por Lídia Dias

Sem condições de ficar sentada por conta de fortes dores provocadas por uma inflamação na parte inferior da coluna, a sambista Beth Carvalho realizou um show deitada na noite deste sábado (1º). Há anos convivendo com a doença, que já a obrigou a colocar pinos ortopédicos na região lombar, a cantora já havia anunciado que faria a apresentação deitada como única alternativa para evitar o cancelamento. Beth se apresentou, no KM de Vantagens Hall, Rio de Janeiro, junto com o Grupo Fundo de Quintal para celebrar o disco “De pé no chão”, de 1978.

"Estou muito feliz por estar aqui comemorando os 40 anos deste disco. Mas eu não posso ficar muito tempo sentada, então pedi à produção para trazer esta chaise longue. Assim como existe 'Na cama com Madonna', agora tem 'Na cama com Beth Carvalho'", disse a cantora ao conversar com o público. Após o cumprimento, a cantora deitou e iniciou a apresentação ouvindo aplausos e saudações.  

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Nas redes sociais, vários fãs da artista registraram o momento. Confira uma das postagens: 

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A cantora e compositora Dona Ivone Lara morreu na noite dessa segunda-feira (16), aos 97 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde a última sexta-feira (13)  no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) da Coordenação de Emergência Regional (CER), no Leblon, com um quadro de anemia.

O corpo será velado agora de manhã na quadra da Império Serrano, sua escola do coração, em Madureira, na zona norte da cidade. O sepultamento está marcado para a tarde, no cemitério de Inhaúma.

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A Portela, outra escola tradicional de Madureira, divulgou nota chamando dona Ivone Lara de "patrimônio do Império, da Portela e da cultura brasileira". Considerada um dos maiores nomes da música popular brasileira em todos os tempos, a cantora sempre foi muito ligada também aos compositores da Portela. Era grande amiga de Candeia, Monarco e Paulinho da Viola, por exemplo.

O sambista Dudu Nobre usou o seu perfil no facebook para homenagear a artista. "Obrigado por tudo dona Ivone Lara. As bênçãos, os ensinamentos,as conversas, os sambas, a poesia. Descanse em paz, Grande Dama do Samba".

Nascida em 13 de abril de 1921, no Rio de Janeiro, dona Ivone Lara compôs seu primeiro samba aos 12 anos, "Tiê, tiê", depois de ganhar de seus primos um pássaro da espécie tiê. Aprendeu a tocar cavaquinho com o tio  Dionísio Bento da Silva, que tocava violão de sete cordas e integrava o grupo de chorões que reunia Pixinguinha e Donga.

Sua primeira escola de samba foi a Prazer da Serrinha, que começou a frequentar em 1945 e para quem compunha sambas que eram assinados pelo seu primo Fuleiro, devido ao preconceito contra as mulheres que existia nas agremiações naquela época.

Enfermeira e assistente social, trabalhou com pacientes que tinham doença mental. Ingressou na Império Serrano em 1965 e gravou seu primeiro disco, "Samba minha verdade, samba minha raiz", em 1974. Ao se aposentar da área da saúde em 1977, passou a se dedicar integralmente à música.

Entre suas composições mais conhecidas estão "Sonho meu" e "Acreditar", ambos em parceria com Délcio Carvalho.

Internado desde março, após um AVC hemorrágico, o sambista Arlindo Cruz teve uma foto vazada nas redes sociais no início desta semana. Na última segunda-feira (9), a família do músico prestou queixa. No instagram, o filho do músico, Arlindinho lamentou o fato.

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Durante as investigações, a delegada titular da 6ª DP, de Cidade Nova, Maria Aparecida Mallet, identificou o massoterapeuta do cantor, Ivan de Albuquerque, como autor da fotografia. Câmeras registraram a entrada e saída do profissional e mostraram, inclusive, o momento em que Ivan tira a selfie.

De acordo Mallet, o massoterapeuta será indiciado pelo crime de difamação e a pena pode variar entre seis meses e um ano. Ivan, que foi contratado pela família de Arlindo Cruz, responderá ao inquérito em liberdade. A família do músico não se manifestou sobre o caso.

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