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O Conselho Europeu decidiu nesta segunda-feira (13), a título excepcional, prorrogar as suas medidas restritivas contra a Venezuela apenas por seis meses, em vez de um ano, até 14 de maio de 2024. Em comunicado, o organismo aponta que estas medidas restritivas incluem um embargo às armas e ao equipamento para repressão interna, bem como uma proibição de viagens e um congelamento de bens de 54 indivíduos listados.

"As medidas, em vigor desde novembro de 2017, foram impostas em resposta à contínua deterioração da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos na Venezuela, para ajudar a incentivar soluções democráticas partilhadas, a fim de trazer estabilidade política ao país e permitir-lhe dar resposta às necessidades prementes da população", afirma o Conselho. Estas medidas específicas são flexíveis e reversíveis e concebidas para não prejudicar a população venezuelana, diz o organismo.

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"As medidas são um meio de promover um processo credível e significativo que conduza a uma solução pacífica, negociada e liderada pela Venezuela", aponta o comunicado. O Conselho recorda que estas medidas são específicas, graduais e flexíveis e podem ser ampliadas ou revertidas em função dos progressos realizados no sentido da restauração da democracia, do Estado de direito e do respeito pelos direitos humanos na Venezuela.

O Conselho saúda o acordo político liderado pela Venezuela, em 17 de outubro de 2023, em Barbados, "que representa um passo positivo e necessário na continuação de um processo de diálogo inclusivo e no sentido da restauração da democracia na Venezuela", diz o organismo. Em consonância com os motivos declarados que conduziram à decisão desta segunda, o Conselho irá reavaliar o âmbito das suas medidas restritivas dentro de seis meses e está pronto a voltar a esta questão a qualquer momento com base em progressos concretos, sustentáveis e verificáveis no que diz respeito à situação na Venezuela.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comparecerá à reunião de cúpula do G7 em Hiroshima, onde as principais potências ocidentais definiram novas sanções contra a Rússia e os Estados Unidos abriram caminho para a autorização da entrega de caças F-16 de fabricação americana à Ucrânia.

A visita de Zelensky, que não havia sido anunciada, dará ao ucraniano a oportunidade de se reunir com os líderes das sete economias mais industrializadas (Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Alemanha e Itália), que apoiam financeira e militarmente seu país contra a invasão russa.

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O presidente ucraniano se reunirá, entre outros, com o colega americano, Joe Biden, que manifestou estar disposto a apoiar os programas de treinamento de pilotos ucranianos em caças F-16. "À medida que a capacitação se desenvolver nos próximos meses, nossa coalizão de países que participam deste esforço decidirá quando fornecer aviões, quantos serão fornecidos e para onde serão destinados", disse um funcionário do alto escalão da Casa Branca.

Zelensky expressou satisfação com o anúncio dos Estados Unidos. É "uma decisão histórica", que "reforçará nossas forças armadas" no espaço aéreo ucraniano, tuitou, afirmando que deseja "discutir a aplicação prática" do plano.

Vários países europeus, como Reino Unido e Holanda, anunciaram nesta semana que irão trabalhar em uma “coalizão internacional” para que a Ucrânia receba caças F-16. A entrega dos aviões, de fabricação americana, requer a autorização de Washington.

- Presença essencial -

Zelensky já deixou a Ucrânia e fez escala hoje na Arábia Saudita, para participar de uma reunião de cúpula da Liga Árabe e se encontrar com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, que mantém relações estreitas tanto com a Rússia quanto com a China.

"Coisas muito importantes serão decididas, por isso a presença do nosso presidente é absolutamente essencial para defender os nossos interesses", afirmou o secretário do Conselho de Segurança ucraniano, Oleksii Danilov.

Em Hiroshima, cidade vítima do primeiro bombardeio atômico da História, em 1945, os líderes do G7 anunciaram um endurecimento de suas sanções contra a Rússia e expressaram preocupação com o aumento do armamento nuclear chinês.

O G7 também anunciou medidas para "privar a Rússia da tecnologia, equipamento industrial e serviços do G7 que sustentam sua máquina de guerra" em território ucraniano. O pacote inclui restrições às exportações de produtos "críticos para a Rússia no campo de batalha", além de medidas contra entidades acusadas de transportar material para o front a favor de Moscou.

Horas antes, o governo dos Estados Unidos anunciou que restringiria o acesso da Rússia a "produtos necessários para suas capacidades de combate", com a proibição das exportações a 70 entidades russas e de outros países.

- Sanções contra os diamantes russos -

Reino Unido e União Europeia (UE) anunciaram restrições contra a indústria de diamantes da Rússia, que tem o comércio avaliado entre 4 e 5 bilhões de dólares por ano (19,8 e 24,8 bilhões de reais) e representa uma importante fonte de receita para o Kremlin.

O G7 se comprometeu, também, a "restringir o comércio e o uso de diamantes extraídos, processados ou produzidos na Rússia". Emirados Árabes, Índia e Bélgica, membro da UE, estão entre os principais importadores de diamantes russos.

Os líderes do G7 poderão apresentar seus argumentos a favor da medida diretamente ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, cujo país mantém relações militares estreitas com a Rússia e que se recusou a condenar a invasão da Ucrânia.

A Índia, ao lado do Brasil e da Indonésia, está entre os oito países não integrantes do fórum que foram convidados ao encontro de Hiroshima. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve na cidade japonesa uma primeira reunião bilateral com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

"Falamos sobre a ampliação das relações Brasil-Austrália, a Copa do Mundo de Futebol Feminino (que será disputada na Austrália e Nova Zelândia em julho e agosto) e recebi o convite para visitar a Austrália", afirmou Lula no Twitter.

Antes do início da reunião de cúpula, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, nascido em Hiroshima, recebeu os outros seis líderes do G7, um a um, no Parque Memorial da Paz, Juntos, os sete governantes prestaram uma homenagem às vítimas da bomba atômica lançada pelas tropas americanas na cidade em 6 de agosto de 1945.

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A União Europeia (UE) aprovou, nesta sexta-feira (24), a décima rodada de sanções contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia, que começou há exatamente um ano, anunciou a Presidência do bloco, exercida atualmente pela Suécia.

As medidas preveem "restrições contra indivíduos e entidades que apoiam a guerra, divulgam propaganda e abastecem a Rússia com drones usados na guerra", detalhou.

Um diplomata da UE revelou à AFP que a lista incluía 120 indivíduos e entidades, assim como três bancos russos.

Os detalhes serão publicados no Diário Oficial da União Europeia depois da aprovação definitiva das sanções neste sábado.

O anúncio da UE acontece depois de medidas similares de Estados Unidos e Reino Unido. O G7, que reúne as economias industrializadas mais avançadas do mundo, também ameaçou com "altos custos" países que ajudem a Rússia a driblar as sanções.

Diversos diplomatas da UE explicaram à AFP que as queixas da Polônia - que considerou as sanções insuficientes - acabaram atrasando o acordo desta sexta.

Em Kiev, o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, disse hoje que as propostas de Bruxelas eram "leves e fracas demais".

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos alertou as empresas e instituições turcas que têm relações comerciais com a Rússia que poderiam ser sancionadas, anunciou a principal organização de empregadores turca, Tusiad, na terça-feira (23).

"A Tusiad recebeu uma carta assinada pelo vice-secretário do Tesouro dos EUA, Adewale Adeymo, sobre o risco de sanção para as empresas na Turquia que mantêm relações com pessoas e instituições afetadas pelas sanções contra a Rússia", disse a organização patronal em comunicado.

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A carta, datada de segunda-feira e cujo conteúdo foi divulgado pelo jornal Wall Street Journal (WSJ), alerta que as empresas turcas correm um "risco maior" diante "das tentativas da Rússia de usar" a Turquia "para escapar das sanções".

“As empresas turcas não podem esperar poder negociar com indivíduos ou entidades russas sancionadas e manter laços com os Estados Unidos [...]. Os bancos turcos não podem esperar ter laços com bancos russos sancionados e manter seus relacionamentos com bancos mundiais nem podem ter acesso a dólares americanos", alertou o Departamento do Tesouro na carta enviada a duas organizações patronais turcas, segundo o WSJ.

O presidente russo Vladimir Putin e seu colega turco Recep Tayyip Erdogan haviam anunciado, no início de agosto, um acordo para reforçar a cooperação energética e econômica, após sua reunião na cidade russa de Sochi.

Turquia, um país-membro da Otan, também anunciou o pagamento parcial em rublos do gás russo e que o sistema russo de pagamentos "Mir" seria utilizado por mais bancos turcos.

Segundo dados oficiais, as exportações turcas para a Rússia entre maio e julho aumentaram quase 50% em relação ao ano anterior.

A Turquia, que rapidamente condenou a ofensiva russa na Ucrânia, optou pela neutralidade entre os dois países e não apoiou as sanções ocidentais contra Moscou.

No momento, as autoridades turcas não reagiram oficialmente à carta do Departamento do Tesouro.

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram por unanimidade, nesta terça-feira (23), que as sanções por desaprovação de contas de partidos serão estendidas a novas siglas que resultem de fusão. A decisão foi uma resposta à consulta apresentada pelo União Brasil.

O relator da consulta, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que não é "possível que eventual fusão resulte numa anistia a sanções aplicadas".

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Os ministros também decidiram que a penalidade será proporcional ao partido que teve as contas desaprovadas.

As clínicas de estética russas e seus clientes enfrentam o impacto das sanções ocidentais, que provocam uma redução dos estoques, uma disparada dos preços e o êxodo dos fabricantes de botox.

Anastasia Ermakova, de 37 anos, fez sua última injeção de botox para reduzir as rugas em fevereiro.

"Minha esteticista garante que ainda tem estoque e que as importações continuarão por terceiros países", diz, sem esconder sua preocupação.

Em março, a empresa americana Abbvie, exportadora de "Botox" - o produto número um à base de toxina botulínica -, retirou-se do florescente mercado russo, devido à aplicação de sanções ocidentais de retaliação por "eventos trágicos" na Ucrânia.

Consequentemente, "os estoques de botox estão diminuindo rapidamente, causando preocupação entre os responsáveis pelas clínicas acostumadas a usar esse produto de referência", ressalta Julia Frangulova, cofundadora da Associação Nacional Russa de Clínicas de Medicina Estética.

É um duro golpe para o setor, que em 2021 faturou US$ 969 milhões, 2% a mais do que em 2020, segundo um estudo da empresa Amiko Consulting.

Em 2020, foram realizados 621.600 procedimentos – estéticos, cirúrgicos e não cirúrgicos – na Rússia. O país ocupa a nona posição no mundo para esse tipo de intervenção, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Estética e Plástica (ISAPS, na sigla em inglês).

"Em março, vimos pânico entre pacientes, médicos e fornecedores. A demanda disparou, os estoques de botox evaporaram", explica Oksana Vlasova, diretora de desenvolvimento da clínica estética Grandmed, localizada em São Petersburgo (noroeste).

Não houve importações de toxinas botulínicas em abril e maio, ressalta Nikolai Bespalov, da empresa "RNC Pharma", que analisa o mercado farmacêutico russo e espera uma retomada "até ao final do verão (boreal)".

A situação também é difícil para preenchimentos faciais, incluindo injeções de ácido hialurônico para os lábios, um procedimento muito popular na Rússia.

"Também tivemos que nos despedir" dos produtos da gigante americana Abbvie, lamenta Vlasova, que espera que os produtores europeus possam substituí-los.

Os implantes mamários também estão em uma situação difícil, devido à falta de produtores russos. Todas as próteses são importadas. Destas, 60% vêm dos Estados Unidos, e 13%, da Alemanha, países que aplicam sanções à Rússia.

Embora as sanções não sejam direcionadas aos implantes em si, as cadeias logística e financeira do comércio internacional são parcialmente afetadas. Isso dificulta as importações e afeta tanto a reconstrução mamária quanto as cirurgias estéticas.

O presidente da Liga para a Defesa dos Doentes, Alexandre Saverski, teme que produtos baratos, mas potencialmente perigosos, cheguem em breve às clínicas e que esta situação se generalize para todo setor da saúde.

"Em alguns meses, a escassez de equipamentos médicos na Rússia, dos quais 80% são importados, será crítica", prevê.

O Reino Unido impôs, nesta quinta-feira (19) novas sanções contra o setor de aviação da Rússia, em mais uma etapa da campanha em retaliação pela guerra na Ucrânia. As medidas miram nas companhia aéreas estatais Aeroflot e Rossiya Airlines, além da Ural Airlines.

Segundo comunicado, as empresas ficam proibidas de vender seus slots de pouso lucrativos e não utilizados nos aeroportos britânicos, o que impediria Moscou de lucrar com cerca de 50 milhões de libras.

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A secretária do Tesouro do Reino Unido, Liz Truss, afirmou que o país manterá pressão sobre o Kremlin enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, insistir com o "bárbaro ataque" ao território ucraniano. "Toda sanção econômica reforça nossa mensagem clara a Putin - não vamos parar até que a Ucrânia prevaleça", disse a secretária.

A montadora francesa Renault anunciou nesta segunda-feira (16) que fechou acordos para vender 100% de suas ações na Renault Russia para o governo da cidade de Moscou e sua participação de 67,69% na AvtoVAZ, o maior fabricante de carros da Rússia, para a NAMI, um centro automotivo de pesquisa e desenvolvimento apoiado pelo governo russo.

A Renault não revelou detalhes financeiros das transações, mas fontes com conhecimento do assunto disseram que cada ativo será vendido pelo valor simbólico de 1 rublo.

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Em comunicado, a Renault disse que a conclusão dos acordos não está sujeita a quaisquer condições e que todas as aprovações necessárias já foram obtidas. A Renault também confirmou que espera contabilizar encargos no primeiro semestre do ano referentes ao valor de seus ativos russos, que, segundo a empresa, valiam 2,2 bilhões de euros no fim do ano passado.

A decisão da Renault vem num momento em que várias multinacionais resolveram deixar a Rússia em função da guerra na Ucrânia. Também nesta segunda, o McDonald's anunciou a venda de seus negócios russos. Com informações da Dow Jones Newswires.

Três décadas após entrar na Rússia como um símbolo do capitalismo nos escombros da União Soviética, o McDonald's anunciou, nesta segunda-feira (16), que iniciará o processo de saída do país com a venda dos negócios locais. Segundo comunicado, a medida é uma resposta à "crise humanitária" decorrente da invasão russa da Ucrânia.

A empresa espera incorrer em encargo entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão com os planos de desinvestimento. A rede americana venderá todas as filiais russas de seus restaurantes a um comprador local, embora pretenda manter a posse da marca comercial no país. A prioridade é assegurar que os 62 mil empregados continuem sendo pagos até o fim da eventual transação e que consigam posições no futuro, de acordo com a nota.

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Em março, poucas semanas após o início da ofensiva russa na Ucrânia, o McDonald's havia anunciado que fecharia temporariamente as mais de 800 lojas na Rússia. A decisão acompanhou um êxodo de empresas ocidentais do país, à medida que Estados Unidos e aliados adotaram uma série de sanções contra Moscou.

O CEO da companhia, Chris Kempczinski, afirmou que a decisão é difícil, mas inevitável. "Temos um compromisso com nossa comunidade global e devemos permanecer firmes em nossos valores. E nosso compromisso com nossos valores significa que não podemos mais manter os Arcos brilhando lá", disse, em referência aos arcos que são a marca registrada da multinacional.

Em Wall Street, a reação à notícia foi limitada. Por volta das 8h (de Brasília), a ação do McDonald's subia 0,35% no pré-mercado da Bolsa de Nova York.

O premiê do Japão disse nesta segunda-feira (9) que eliminará gradualmente e, eventualmente, proibirá a importação de petróleo russo, revertendo sua posição anterior após uma reunião dos líderes do G-7. "O Japão depende de importações para a maioria de seus recursos energéticos, então esta é uma decisão muito difícil, mas agora a unidade do G-7 é mais importante do que qualquer outra coisa", disse o primeiro-ministro Fumio Kishida. "Decidimos, em princípio, proibir as importações de petróleo russo".

Kishida participou de uma videoconferência de líderes dos países do G-7 no domingo (8) para discutir sanções à Rússia e outras questões relacionadas à Ucrânia. O país asiático ainda não decidiu com que rapidez eliminará as compras ou quando a proibição total entrará em vigor, disse Kishida.

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O Japão depende mais do gás natural russo do que do petróleo de Moscou. Kishida disse que a proibição de importação planejada se aplica, por enquanto, apenas ao petróleo porque o gás natural não foi especificamente mencionado na declaração do G-7, mas sugeriu que as importações de energia poderiam ser ainda mais reduzidas se o G-7 assim o exigir. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os Estados Unidos se concentrarão em impedir que as "grandes" sanções impostas à Rússia sejam contornadas, disse o assessor de Segurança Nacional do presidente Joe Biden nesta quinta-feira (14).

Washington e seus aliados reagiram duramente à invasão russa da Ucrânia ao sancionar o sistema financeiro russo, a aviação e outros setores de sua economia em uma tentativa até agora mal sucedida de pressionar o presidente Vladimir Putin a recuar.

"Achamos que demos os principais passos e nos próximos dias vamos nos concentrar na evasão", disse Jake Sullivan durante um fórum.

"Nas próximas duas semanas, faremos anúncios identificando alvos que estão tentando facilitar essa evasão dentro e fora da Rússia", disse ele.

No mês passado, os Estados Unidos anunciaram que suspenderiam as importações de petróleo, gás e carvão russos.

Enquanto isso, a União Europeia continua dividida sobre uma possível proibição das importações de energia russa.

Alguns países do bloco, como a Alemanha, têm se mostrado relutantes devido aos danos que isso causaria às suas economias.

"Claro, há essa questão de energia na Europa, e é uma conversa em andamento" entre as potências ocidentais, disse Sullivan.

Ele também se referiu aos bens de oligarcas russos que foram congelados por sanções e disse que, quando se trata de iates e outros bens, "nosso objetivo não é devolvê-los" aos seus proprietários quando a guerra acabar.

Alguns congressistas dos EUA pediram a venda ou liquidação de ativos russos que são alvos das sanções e que o dinheiro seja usado para a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra.

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), vai propor uma série de novas sanções à Rússia, em reação a evidências de matança de civis por forças russas na Ucrânia, segundo fontes diplomáticas.

As propostas incluem banir as importações de carvão da Rússia, limitar as compras de potássio russo e proibir exportações de máquinas e equipamento elétrico e de transporte no valor de 10 bilhões de euros, disseram as fontes.

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A comissão também quer bloquear o acesso rodoviário e marítimo da Rússia à UE e punir mais oligarcas russos e seus familiares, acrescentaram as fontes. As propostas vão exigir aprovação dos 27 países que integram a UE. Fonte: Dow Jones Newswires.

A União Europeia (UE) começou a debater com "urgência" nesta segunda-feira (4) uma nova rodada de sanções contra a Rússia, após a descoberta de centenas de corpos de civis na região de Kiev, em particular na cidade de Bucha, afirmou o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell.

"A União Europeia condena nos termos mais fortes as atrocidades relatadas cometidas pelas Forças Armadas russas em várias cidades ucranianas, que agoram foram libertadas", afirmou Borrell em um comunicado.

O bloco "avançará, em caráter de urgência, no trabalho para novas sanções contra a Rússia", acrescentou o diplomata.

Uma nova série de sanções está sendo debatida entre os 27 membros da UE, mas a unanimidade é necessária para a adoção de penalidades adicionais.

O presidente francês, Emmanuel Macron, falou nesta segunda-feira de sanções individuais e medidas contra "o carvão e o petróleo", mas não mencionou a compra de gás, um tema que divide os países europeus.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, também pediu novas sanções no domingo, depois de qualificar de "crimes de guerra" o assassinato de civis em Bucha.

No entanto, a Alemanha continua rejeitando as sanções que visam o setor de gás russo. "Temos que considerar sanções rígidas, mas em curto prazo o fornecimento de gás russo não é substituível" e cortá-lo "nos prejudicaria mais do que à Rússia", disse o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, antes de uma reunião com seus colegas da UE em Luxemburgo nesta segunda-feira.

Lindner não deu mais detalhes sobre a possibilidade de sancionar o setor de carvão e petróleo. A Áustria também não é a favor de sanções ao gás.

"Somos muito dependentes do gás russo na Áustria. As sanções não devem nos afetar mais do que afetam à Rússia", disse o ministro das Finanças austríaco, Magnus Brunner.

Uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE deve ocorrer em 11 de abril em Luxemburgo.

Uma cúpula europeia extraordinária está prevista para "o final de abril, início de maio" sobre o conflito na Ucrânia, a situação econômica e a defesa europeia, informou o gabinete de Josep Borrell.

O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki pediu nesta segunda-feira a criação de uma comissão internacional de inquérito sobre o que chamou de "genocídio" cometido pelo exército russo em cidades ucranianas, incluindo Bucha.

A retirada de Moscou desses locais revelou 410 corpos, segundo o procurador-geral da Ucrânia.

Moscou nega ter matado civis em Bucha e o Ministério da Defesa russo diz que as imagens dos corpos são "uma nova produção do regime de Kiev para a mídia ocidental".

A Nestlé deve reduzir significativamente o que vende na Rússia, suspendendo a produção de alimentos para animais de estimação, café e produtos de confeitaria, uma medida que ocorre depois que a fabricante enfrentou pressão de políticos, funcionários e consumidores por sua presença contínua no país.

A gigante suíça de alimentos embalados disse nesta quarta-feira (23) que se concentraria em fornecer alimentos essenciais enquanto a guerra continuar. Embora a Nestlé tenha suspendido anteriormente as importações e exportações de produtos considerados não essenciais, como cápsulas Nespresso e água San Pellegrino, a empresa manteve todas as seis fábricas russas abertas para produzir produtos para venda local, incluindo confeitos e café.

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O anúncio significa que a Nestlé suspenderá a "grande maioria de nosso volume pré-guerra" na Rússia, segundo um porta-voz. "Estamos no processo de identificar soluções para nosso pessoal e nossas fábricas na Rússia", disse ele. "Continuaremos a pagar ao nosso povo." A empresa tem cerca de 7 mil trabalhadores na Rússia.

A Rússia tem sido um mercado atraente para a Nestlé. No mês passado, a empresa creditou a forte demanda no país por ajudar a região da Europa, Oriente Médio e Norte da África a registrar seu maior crescimento de vendas em uma década. A Ucrânia, por sua vez, tem uma importância ainda maior para a Nestlé porque abriga um centro que suporta várias funções de negócios globais. Fonte: Dow Jones Newswires.

Quatro semanas após do início da ofensiva na Ucrânia, os primeiros efeitos concretos das sanções ocidentais e da repressão começam a ser notados no dia a dia dos russos. Confira abaixo alguns exemplos selecionados pela AFP:

- Açúcar -

As imagens de pessoas brigando por açúcar em supermercados foram muito compartilhadas nas redes sociais, com muitos russos correndo para comprar comida nos últimos dias por medo da escassez.

Nas lojas, o açúcar - cujo preço disparou - começou a ser racionado.

Uma parte da população, traumatizada pelas dificuldades dos anos 1990, busca estocar esse produto, muito usado para conservar alguns alimentos, assim como o trigo sarraceno.

As autoridades têm tentado tranquilizar a população, negando que estes produtos sejam escassos, dias depois de terem limitado as exportações. Nesse contexto, o Kremlin fez alusão a uma reação "emocional" por parte dos consumidores.

- Folha de papel -

Outro produto básico que está com o preço nas alturas e chegou a sumir de algumas prateleiras é a folha de papel. Seu preço dobrou, triplicou, ou até mais, nas vendas pela Internet.

Algumas fábricas, como a SvetoCopy, na região de São Petersburgo (noroeste), suspenderam sua produção por falta de clorato de sódio. Usada para branquear papel, esta substância é, em grande parte, importada.

Na segunda-feira (21), o ministro do Comércio disse que a situação "vai-se estabilizar" em breve.

- Viagens -

Há anos, surgiu uma classe média acostumada a viajar pela Europa e por outras partes do mundo. Agora, isso acabou, por causa das sanções, com os países ocidentais fechando seu espaço aéreo para as companhias aéreas, que também não conseguem obter peças de reposição do exterior, ou seguros válidos para fora do país.

Da Rússia, os voos internacionais são contados nos dedos de uma mão. Os voos domésticos podem acabar sendo feitos, em grande parte, por aviões russos, como o Superjet, cujo início foi marcado por acidentes. A segurança aérea pode se ver afetada como um todo pelas sanções.

Nas redes sociais, os russos brincam sobre suas futuras férias em casa, ou na Ásia Central. Uma piada com gosto amargo, pois remonta à União Soviética e às suas viagens impossíveis.

- Divisas e cartões bancários -

Com a suspensão das operações da Visa e do Mastercard para as contas russas, os russos no exterior ficaram sem acesso ao seu dinheiro. O ApplePay também parou de funcionar na Rússia. Com isso, os russos não podem mais comprar aplicativos de pagamento, jogos, ou outros bens digitais.

Com a medida, também ficam sem acesso a serviços como a Netflix. A empresa suspendeu seus serviços na Rússia, porque os pagamentos não podem ser feitos. Além disso, foram impostos rígidos controles de capital, tanto para a retirada e quanto para a compra de moeda estrangeira e para saques no país.

- Redes sociais -

A Rússia bloqueou o Facebook em seu território, em represália à decisão do grupo americano de proibir meios de comunicação próximos ao poder (como a emissora RT, ou o portal Sputnik) na Europa.

O acesso ao Twitter também foi fortemente restringido por motivos parecidos. E o mesmo aconteceu com o Instagram, usado como site por muitas pequenas e médias empresas (PMEs) russas. A Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, foi classificada como uma organização extremista pelo governo.

A Austrália ampliou sanções contra a Rússia nesta sexta-feira (18) incluindo mais 11 bancos e órgãos governamentais, assim como os bilionários Oleg Deripaska e Viktor Vekselberg.

De acordo com a ministra de Relações Exteriores australiana, Marise Payne, as sanções agora cobrem a maioria dos ativos bancários russos, assim como todas as entidades que lidam com dívida soberana russa.

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Anteriormente, a Austrália já havia imposto sanções a 41 oligarcas russos e parentes diretos, agindo de forma coordenada com países aliados para intensificar a pressão a Moscou após a invasão da Ucrânia. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente do gigante russo do setor de tecnologia, Tigran Judaverdian, renunciou ao cargo, após ser incluído em uma lista de sanções europeias.

"Tigran Judaverdian renunciou, com efeito imediato, de suas funções como diretor-executivo e vice-diretor-geral da Yandex", anunciou o grupo, em um comunicado divulgado na noite de terça-feira (15).

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Conhecida como "Google russo", a empresa está registrada na Holanda e conta com filiais europeias, britânicas e americanas. Suas principais atividades se dão, contudo, na Rússia e em países de língua russa.

O pacote de sanções contra Moscou anunciado ontem à noite pela União Europeia (UE) foi o quarto adotado desde o início da ofensiva militar russa contra a Ucrânia.

Quinze "oligarcas", ou industriais, entre eles o bilionário Roman Abramovich, dono do clube de futebol inglês Chelsea, foram incluídos na lista negativa de russos com bens confiscados na UE.

A UE justifica suas sanções à Yandex, acusando a empresa de ser responsável por omitir do público de língua russa informações sobre o conflito ucraniano.

A Yandex reagiu, afirmando que tem "uma sólida equipe de gestão instalada" e que "o conselho de administração examinará a estrutura de gestão apropriada no futuro".

"Ficamos chocados e surpresos ao saber que Tigran foi incluído na lista de sanções da UE e lamentamos muito sua renúncia", declarou o presidente do conselho administrativo do grupo, John Boynton.

A China não quer ser afetada pelas sanções ocidentais contra a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, em meio à crescente pressão para que Pequim retire o apoio a Moscou.

"A China não é parte da crise (ucraniana) e menos ainda deseja ser afetada pelas sanções", declarou Wang em uma conversa por telefone com o colega espanhol, José Manuel Albares.

Ele acrescentou que seu país "sempre foi contrário ao uso de sanções para resolver problemas, muito menos sanções unilaterais que não têm respaldo no direito internacional".

"A China tem o direito de proteger seus direitos e interesses legítimos", disse Wang.

Quase três semanas depois do início da invasão das tropas russas à Ucrânia, as forças de Moscou bombardeiam e cercam várias cidades.

Os combates deixaram milhares de mortos e destruíram a infraestrutura do país. Milhões de pessoas fugiram da Ucrânia.

Os comentários de Wang foram publicados pela imprensa estatal após uma reunião de sete horas entre funcionários de alto escalão dos governos dos Estados Unidos e da China em Roma. Washington expressou preocupação com "alinhamento" entre Moscou e Pequim.

Rússia e China se aproximaram recentemente, o que para o governo dos Estados Unidos representa uma aliança crescentemente hostil de potências autoritárias.

Pequim se negou a condenar abertamente as ações de Moscou no território ucraniano. A imprensa americana afirmou que a Rússia pediu ajuda militar e econômica à China para enfrentar a campanha militar e as duras sanções ocidentais.

Na reunião de segunda-feira em Roma, o diplomata chinês Yang Jiechi reafirmou a postura de seu país de que Pequim "está comprometida com a promoção das negociações de paz", informou a agência oficial Xinhua.

A China pediu a todas as partes "máxima moderação" e proteção aos civis na crise ucraniana.

Washington espera que Pequim use sua influência sobre Putin.

Milhares de turistas russos ficaram retidos na Tailândia, com muitas complicações para retornar ao país devido a sanções internacionais adotadas contra a Rússia como resultado da guerra na Ucrânia, afirmaram autoridades tailandesas neste domingo (13).

A invasão russa da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, deu origem a uma ampla gama de medidas internacionais contra empresas e bancos, levando as companhias aéreas russas a cancelar voos e as empresas globais de pagamento a suspender seus serviços naquele país.

Muitos dos turistas que retornaram às costas da Tailândia desde que o país aliviou as restrições ligadas ao Covid-19 eram russos.

No total, 3.100 russos estão 'presos' em Phuket, enquanto em Samuy há pouco mais de 2.000. Há também turistas russos em Krabi, Phang Nga e Bangkok, disse Chattan Kunjara Na Ayudhya, chefe da administração que comanda o turismo na Tailândia.

As autoridades tailandesas tentam ajudar quem quer retornar para casa, disse o responsável, especialmente “discutindo voos de regresso que podem ser voos regulares ou especiais”.

A Tailândia não proibiu voos operados pela Rússia, mas, devido a restrições do espaço aéreo internacional, algumas empresas - como a companhia aérea russa Aeroflot - cancelaram suas conexões, descarregando nos turistas afetados a responsabilidade de encontrar rotas alternativas por conta própria, por exemplo, passando pelo Oriente Médio com diferentes empresas.

Muitos turistas também foram afetados pela suspensão das operações dos cartões Visa e Mastercard.

"Vimos russos tendo problemas para pagar com cartão em Phuket", disse Bhummikitti Ruktaengam, presidente da associação de turismo de Phuket.

Nesse contexto, as autoridades contemplam a adoção do sistema Mir - uma estrutura de transferência eletrônica de fundos russa - e moedas digitais, acrescentou o funcionário.

A Walt Disney anunciou nesta quinta-feira (10) que está tomando medidas para pausar todos os negócios na Rússia. "Na semana passada, após a invasão não provocada da Ucrânia pela Rússia, anunciamos que estávamos pausando o lançamento de filmes teatrais na Rússia e revisando o resto de nossos negócios lá", disse um porta-voz da empresa em comentários preparados.

A empresa afirmou que sua pausa inclui licenciamento de conteúdo e produtos, atividades da Disney Cruise Line, revista e passeios da National Geographic, produções de conteúdo local e canais lineares. A Disney disse que algumas atividades de negócios podem e serão pausadas imediatamente, enquanto outras, como canais lineares e algum conteúdo e licenciamento de produtos, levarão tempo devido a complexidades contratuais.

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A empresa disse que continua comprometida com seus colegas na Rússia, que permanecerão empregados, mesmo que interrompa esses negócios.

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