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O consumo excessivo de antibióticos reduz sua eficácia e aumenta a resistência a estes medicamentos, um fenômeno que pode ser responsável por 10 milhões de mortes anuais no mundo até 2050, advertiu nesta quinta-feira o braço europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Embora a RAM, a resistência aos antimicrobianos [uma categoria que inclui os antibióticos], seja um fenômeno natural, o desenvolvimento e a propagação das superbactérias são acelerados pelo uso abusivo de antimicrobianos, o que complica o tratamento eficaz das infecções", indica a OMS Europa, que engloba 53 países e se estende até a Ásia Central.

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"Todos os países de nossa região tramitam normativas para prevenir o uso abusivo de antibióticos (...) A aplicação destas normas permitiria resolver a maioria dos problemas relacionados ao consumo abusivo de antibióticos", destacou Robb Butler, responsável pela divisão de doenças contagiosas.

A agência de saúde da ONU, com sede em Genebra, estima que se não houver uma intervenção imediata contra a resistência aos antimicrobianos poderá haver até 10 milhões de mortes por ano até 2050.

A principal preocupação das autoridades são as más práticas na hora de receitar antibióticos.

Um estudo realizado em 14 países da região, situados no leste da Europa e Ásia Central, mostra que as razões invocadas para o uso de antibióticos correspondem em 24% a casos de resfriado, seguidos de sintomas gripais (16%), dor de garganta (21%) e tosse (18%).

"Esta situação é preocupante, porque estes sintomas frequentemente são relacionados a vírus contra os quais os antibióticos não são eficazes", destaca o comunicado da OMS Europa.

O estudo foi realizado na Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Bósnia e Herzegovina, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Montenegro, Macedônia do Norte, Moldávia, Tajiquistão, Turquia e Uzbequistão.

Um terço das cerca de 8.200 pessoas entrevistadas disse ter usado antibióticos sem receita médica, de acordo com outra sondagem.

O número de crianças e adolescentes com excesso de peso aumentou no país entre 2019 e 2021, período que abrange a pandemia de covid-19. Segundo levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância - Fiocruz/Unifase), houve crescimento de 6,08% no grupo das crianças de até 5 anos de idade. Entre aqueles com 10 a 18 anos, o crescimento foi de 17,2%. O excesso de peso inclui tanto os casos de sobrepeso como os de obesidade. 

Os dados do estudo são baseados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan-WEB), ferramenta que monitora indicadores de saúde e nutrição. Segundo os pesquisadores, a diminuição de exercícios físicos e o desajuste na alimentação são as principais explicações para os problemas de peso.

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“A obesidade infantil e de adolescentes no Brasil ainda é uma grande preocupação de saúde pública. Apesar de observarmos uma queda nos últimos anos, o Brasil ainda possui números acima da média global e da América Latina. Nos anos de pandemia, observamos um aumento nos índices de obesidade infantil, possivelmente como consequência do aumento no consumo de ultraprocessados durante o período de isolamento”, explica Cristiano Boccolini, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador do Observa Infância. 

Pós-pandemia

O cenário começa a melhorar no período seguinte, entre 2021 e 2022, mas ainda com percentuais altos. O número de crianças com excesso de peso teve um recuo de 9,5% e o de adolescentes queda de 4,8%. Em 2022, a taxa de crianças de até cinco anos com excesso de peso era de 14,2%. A de adolescentes estava em 31,2%.  

O último grupo é o que mais preocupa os pesquisadores do Observa Infância. Pelas análises das séries históricas, há uma tendência de queda do problema entre as crianças, principalmente depois do período de isolamento. Mas entre os adolescentes, a queda aconteceu apenas entre 2021 e 2022. No longo prazo, a tendência é de crescimento do excesso de peso. 

A comparação com outros países mostra que a situação no Brasil é mais crítica. Aqui, em 2022, há três vezes mais crianças com excesso de peso do que a média global (14,2% no Brasil e 5,6% na média global). Sobre os adolescentes, a média nacional é quase o dobro da global: 31,2% contra 18,2%. 

“Acreditamos que os altos números da obesidade infantil no Brasil devem muito à falta de regulação dos alimentos ultraprocessados no país. A partir de outubro de 2023 passa a vigorar plenamente a nova rotulagem frontal dos alimentos industrializados, indicando os excessos de sal, gorduras saturadas e açúcares na parte frontal das embalagens. As crianças são muito suscetíveis a esses produtos e acreditamos que a implementação dessa política terá algum impacto nos números de obesidade a partir deste ano”, diz Boccolini.

“Este estudo serve como um chamado à ação para políticas públicas, profissionais de saúde, escolas e famílias para redobrar os esforços na luta contra a obesidade infantil, garantindo um futuro mais saudável para as crianças do Brasil.” 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu que o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizasse o governo a não cumprir a aplicação do piso constitucional integral de recursos para a área da saúde em 2023.

Haddad havia feito uma consulta informal para não ter de fazer um aporte adicional, calculado inicialmente em R$ 20 bilhões ainda neste ano - valor que seria necessário para completar o piso cheio de gastos na saúde. A vitória dá alivio para a equipe econômica e evita um bloqueio maior de despesas no Orçamento.

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A decisão do plenário foi por unanimidade, com voto favorável também do relator do processo da Corte de Contas, ministro Augusto Nardes. Prevaleceu a opinião da área técnica e do Ministério Público junto ao TCU.

A incidência do piso mínimo constitucional só valerá para 2024. Nos bastidores, Haddad teve apoio do presidente do TCU, ministro Bruno Dantas. Se tivesse que cumprir o piso integral, o bloqueio anunciado nesta terça-feira, 21, pela equipe econômica nas despesas deste ano, um adicional de R$ 1,1 bilhão, teria que ser muito maior.

A área técnica do TCU havia emitido parecer com o entendimento de que a aplicação imediata ou retroativa de uma nova regra sobre mínimo constitucional poderia exigir um esforço "desproporcional" do governo federal, inclusive com impacto nas demais políticas sociais.

Na prática, o TCU desobriga o governo a fazer cumprir o piso, na direção do que desejava o ministro Haddad para não pressionar as contas públicas neste ano - o que exigiria um bloqueio maior de gastos.

Após a sanção do arcabouço fiscal - nova regra para controle das contas públicas -, o antigo teto de gastos, que limitava o crescimento das despesas à variação da inflação, deixou de valer. Com isso, volta a vigorar a regra de correção do piso da saúde prevista na Constituição. Ela determina que o governo federal tem que aplicar na área pelo menos 15% da sua Receita Corrente Líquida.

Na consulta, Haddad questionou ao TCU se a União deveria cumprir o piso apenas para o exercício financeiro seguinte ou esses limites deverão retroagir e serem aplicados ao exercício financeiro já em curso.

Na manhã desta terça-feira (21), Ana Hickmann acordou mais disposta e decidiu usar as redes sociais para compartilhar com os seguidores como está sendo sua vida após a polêmica com o marido. A apresentadora registrou um boletim de ocorrência contra Alexandre Correa o denunciando por violência doméstica.

A artista começou o dia mostrando um vídeo em que aparece recebendo um abraço do filho, Alezinho, de nove anos de idade. Logo depois, ela declarou: "Hoje posso dizer que começamos o dia um pouco melhor, com um bom dia assim. Fazia tempo que eu não via os olhos do meu filho felizes desse jeito. É bom ver isso de novo. Tinham alguns dias que isso não acontecia, então, isso significa que hoje será, sim, um grande dia".

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Ana ainda gravou seu café da manhã e explicou como a alimentação saudável e o uso de suplementos está sendo importante no seu cotidiano: "A suplementação tem me ajudado muito a manter a qualidade de vida, afinal de contas, tem sido tanto estresse, dias sem dormir, tanta coisa acontecendo, uma avalanche. Então, a coisa que eu mais preciso hoje é saúde. Saúde para cuidar do meu menino e dar continuidade na minha nova vida".

Um projeto de lei (PL) foi protocolado nesta segunda-feira (20) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que autoriza a entrada de recipientes com água em shows privados no estado. O texto é de autoria da deputada estadual Dani Portela (PSOL), e foi elaborado em caráter de urgência. Na última sexta-feira (17), uma jovem de 23 anos morreu durante o show da cantora norte americana Taylor Swift, no Rio de Janeiro, após passar mal devido ao calor excessivo na capital fluminense. 

O texto proposto pela parlamentar altera a Lei nº 14.133, de 30 de agosto de 2010, que estabelece a regulamentação para realização de shows e eventos artísticos acima de 1.000 pessoas em Pernambuco. A lei atual não versa acerca de permissão ou proibição de entrada de água pelo público geral de eventos privados, determinando apenas a proibição de recipientes ou copos de vidro. 

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A propositura pretende permitir que os espectadores destes shows possam levar até três recipientes de água mineral industrializada, de até 1,5L cada, para uso pessoal, por pessoa. A causa real da morte de Ana Clara Benevides não foi esclarecida ainda, podendo levar até 30 dias para que o laudo completo seja finalizado pela Polícia Civil. No entanto, as hipóteses levantam o fato de o Rio de Janeiro ter registrado sensação térmica de 60°C no dia da morte da garota. A produção do evento proibiu que o público entrasse com água, tornando compulsória a compra dentro do local do show. 

“Episódios como este do último sábado não podem virar um padrão. Esta não foi a primeira vez que um caso como esse veio a acontecer. É caráter de urgência estabelecer uma lei que vise garantir o bem-estar das pessoas nestes lugares de lazer e aglomeração. Vivemos ainda um agravante, uma ebulição global que vem aumentando as temperaturas em todo o país. O acesso à água não pode ser um direito negado, principalmente nestas condições. A vida desses espectadores vale muito!”, destacou a deputada Dani Portela. 

 

O apresentador Carlos Alberto de Nóbrega informou aos seguidores que deixou o hospital. A estrela do programa A Praça é Nossa sofreu um acidente doméstico no último fim de semana. Em sua postagem, no Instagram, Carlos agradeceu os cuidados da equipe médica.

"Como sempre essa equipe maravilhosa do doutor Roberto Kalil cuidou de mim com o maior carinho, responsabilidade e eficiência . Agradeço também a equipe de neurologia do Dr. Tuma! Estou de alta. Agradeço minha esposa, Renata, pelo amor e cuidado comigo, e não posso deixar de agradecer o carinho dos meu fãs e dos meus colegas de trabalho. Obrigado, Deus!", disse.

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A publicação do humorista reuniu mensagens de muitas pessoas. Carlos Alberto de Nóbrega estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

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Na tarde desta quinta-feira (16), no Instagram, Dulce Maria atualizou os fãs sobre o seu estado de saúde. Clicada com um nebulizador, a artista mexicana contou que está com bronquite. A cantora está no Brasil em turnê com o grupo RBD. "O médico disse que é um vírus (nem Covid, nem Influenza). Começou com uma gripe viral que se converteu em bronquite e por isso quase não tenho voz", disse.

"Nada me dá mais impotência, pois queria estar 100% para poder dar o melhor junto com meus companheiros depois de tanto tempo esperando este momento. Queria mantê-los informados para que saibam como está a situação. Estaremos com vocês esta noite, dando o meu melhor até onde meu corpo permitir. Obrigada por compreender se eu não puder me entregar 100%", emendou.

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De acordo com Dulce, desde a última segunda-feira que ela não se sente bem. O quadro resultou em febre, tosse e dor nas costas. A ruiva também afirmou que está bastante rouca. Nesta quinta, Dulce Maria, Anahí, Christian Chávez, Christopher von Uckermann e Maite Perroni sobem ao palco do Allianz Parque, em São Paulo, para uma série de shows. A banda se apresenta na capital paulista até o domingo (19).

Na gestação, a temperatura corporal da mulher aumenta aproximadamente meio grau e, em dias mais quentes, isso pode causar grande incômodo para a futura mamãe, pois o calor excessivo provoca inchaço e pode deixá-la mais cansada, principalmente no último trimestre da gravidez. O alerta é da médica Célia Regina Silva, vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro.

Em um quadro de temperaturas elevadas, como as que o Brasil vive no momento, Célia Regina disse que é essencial tomar bastante água e manter uma alimentação saudável, incluindo refeições  mais frias, como saladas e frutas.

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Geralmente, o inchaço é causado pela compressão do útero sobre os vasos responsáveis pelo retorno do sangue das pernas ao coração. A circulação é ainda mais prejudicada quando esses vasos são dilatados pelo calor. Para prevenir o problema, as gestantes precisam alterar as posições corporais durante o dia. Se as pernas estiverem muito inchadas, é recomendável deixá-las elevadas por um tempo.” Para a mulher que trabalha em pé ou sentada, a médica aconselha não ficar parada mais do que uma hora.

Também vice-presidente da associação, o obstetra Renato Sá ressaltou que, no caso da gestante de risco habitual, que não tem comorbidades, a preocupação é com a hidratação, que tem que ser a adequada, porque as mulheres grávidas têm dificuldade para controlar a pressão. "Todo mundo já viu grávidas desmaiando, especialmente em condições de calor", disse o médico. Por isso, é preciso que elas mantenham uma hidratação melhor.

No momento atual, em que os brasileiros enfrentam temperaturas muito elevadas, existem dois problemas: excesso de calor e baixa umidade do ar. A tendência é a pessoa desidratar bem mais. “E isso é para gestantes e para todo mundo.”

Comorbidades

Tem é preciso ter atenção as gestantes que têm comorbidades, entre as quais, a questão da pressão arterial e pré-eclampsia. “Porque aí não é só a questão da hidratação, mas como ela vai ser feita e qual repercussão que o calor pode ter na pressão arterial da grávida”, destacou Renato Sá. Esta pode ser uma situação em que a grávida precisa consultar o médico do pré-natal para saber se terá que mudar alguma coisa em sua conduta.

Segundo o médico, outro ponto nevrálgico é que mulheres grávidas têm tendência maior à infecção urinária. Ele advertiu que a baixa hidratação aumenta o rico de infecção urinária e que isso pode ser muito grave para uma gestante, levando até a uma infecção generalizada, ou septicemia. “A mulher precisa de um cuidado maior ainda em relação à hidratação, que todo mundo pode ter, mas por esse ponto específico da infecção urinária”, acrescentou.

As mulheres que já tiveram o bebê, as lactantes, precisam de mais hidratação ainda, porque 90% do leite materno é água. “Se ela não beber bastante líquido, não conseguirá produzir leite adequadamente”. No caso do bebê, percebe-se que o controle de temperatura é muito frágil e ele desidrata com muita facilidade. Basicamente, a nutrição e alimentação de um bebê é leite materno. Por isso, a lactante tem que ter uma produção bem adequada para suprir tanto as necessidades nutricionais quanto de hidratação da criança, explicou Renato Sá.

O médico não recomenda que se tome refrigerante em vez de água. “Isso não é interessante, porque, no caso da grávida, por exemplo, ela pode ter diabetes gestacional. E há a situação calórica, às vezes também de sucos. Não é o mais adequado. O mais adequado é água mesmo. A recomendação é hidratar, preferencialmente com água”.

As grávidas e lactantes devem evitar também bebidas com cafeína. “Não estão proibidas, mas devem ser evitadas”. A orientação do obstetra é hidratação, preferencialmente com água. Se ela quiser uma fruta, o ideal é que coma, em vez de fazer suco, que tem mais caloria.”

Crianças

De acordo com a médica Tania Sih, membro do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o principal problema que as temperaturas elevadas podem provocar nos bebês e crianças é a hipertermia, quando o corpo fica com temperatura mais elevada do que normal.

Quando a família não tem aparelho de ar condicionado, a orientação é manter janelas e portas abertas para que o ar circule, ou ventilador de teto. “Quanto mais o ar circula, melhor”. Em segundo lugar, crianças e adultos têm que se hidratar. Mesmo que o menor não peça, devem ser oferecidos a ele líquidos a cada 15 ou 20 minutos, recomendou a pediatra.

“Se for dar algum alimento à criança, de preferência, não dê nada seco, como galinha assada, por exemplo, porque seca a garganta. A comida deve ser mais molhada”. Segundo Tania, uma boa opção são frutas com bastante líquido, como melancia. “E vá alternando água e sucos com alimentos mais líquidos.”

Creme no corpo

Também é aconselhável hidratar a pele da criança. “Eu deixaria a criança, de preferência, só de fraldinha, de pé descalço, só de camiseta. E não esquecer de passar um creme hidratante. Importante também é a criança não ir para a rua, mas ficar dentro de casa, “com janela aberta, ar-condicionado ou ventilador de teto ligado.”

Para a médica, não há problema em tomar gelados, como sorvetes. Para evitar que o nariz seque muito, pelo menos quatro vezes por dia, os pais devem usar soro fisiológico ou borrifar um spray de higiene nasal sem corticoides no nariz da criança. Os lábios devem receber manteiga de cacau. E não se deve esquecer de quando for aplicar o creme hidratante, aplicar também na orelha, na parte externa que encontra o cabelo, para evitar rachaduras e infecções.

Tania Sih recomendou ainda que as mães passem a mão úmida na cabeça dos filhos, de modo a umedecer o couro cabeludo. “A criança tem que estar com creme hidratante no corpo, sem esquecer a orelha, com manteiga de cacau nos lábios e tomar líquidos para que a boca fique úmida por dentro, e o nariz tem que estar hidratado com qualquer sorinho fisiológico de conta-gotas ou de spray", reforçou.

A médica enfatizou que é bom a criança ficar só com a fralda, pezinhos descalços, correndo dentro de casa à vontade, sem sair lá fora, porque "ali o mormaço é muito mais forte”. Estes seriam os principais cuidados a serem tomados em situações de temperatura muito elevada, além dos alimentos que se transformam em água com facilidade, como melancia e frutas. “E bastante suco e água”. A temperatura dos líquidos pode ser gelada, sem problema nenhum, reiterou.

Profissionais residentes de diversos estados denunciaram, nesta sexta-feira (10), um atraso nos pagamentos das bolsas-salários. Segundo declaração do Colegiado do Fórum Nacional de Residentes em Saúde (FNRS), receberam a bolsa apenas os residentes com filiação ao banco Itaú, referenciados pelo Ministério da Educação, ou que recebem pelas instituições de ensino.

Os trabalhadores da residência deveriam receber a bolsa até o quinto dia útil do mês. Em uma lista feita feita pelo FNRS, mais de 40 programas constam com atraso de pagamento nos estados de Paraná, Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão e Distrito Federal.

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“Lembremos que o atraso nas bolsas é uma pauta histórica do movimento de residentes, tendo sido uma das principais pautas em paralisações e greves nos últimos anos, principalmente durante o período da pandemia da COVID-19. Nota-se que a instituição pagadora novamente reproduz o mesmo problema há anos, sem que seja solucionado”, declara o FNRS.

O coletivo diz que os residentes em área profissional de saúde contam apenas com as bolsas como fonte de renda e possuem uma carga horária semanal e exclusiva de 60h, sem nenhuma outra forma de benefícios como auxílio deslocamento, alimentação ou moradia. Programas de Residência em Saúde paralisaram suas atividades nesta sexta (10) para reivindicar os pagamentos e denunciar os atrasos. 

No relato do Coletivo Gaúcho de Residentes em Saúde (CGRS), aderiram à paralisação os programas de Atenção Básica e Saúde Mental da Unisinos; dos programas multiprofissionais do HCPA; de Saúde da Família da UNIJUÍ/FUMSSAR; dos programas de Atenção em Neurologia, Urgência e Emergência, Materno Infantil, Saúde Mental, Oncologia e Cardiologia do HC de Passo Fundo; e do programa de Saúde do Adulto e do Idoso e Saúde Comunitária da Ulbra Canoas.

O LeiaJá entrou em contato com o Ministério da Saúde (MS) sobre este caso. Em nota, a assessoria informa que “já deu início aos pagamentos das bolsas dos residentes nesta sexta-feira (10)” e que a situação está sendo regularizada.

“Vale ressaltar que, excepcionalmente, em virtude de um problema no sistema que faz a transferências para as instituições bancárias, alguns pagamentos não puderam ser realizados na data prevista. A situação já está sendo regularizada”, afirma o Ministério.

A lei que cria a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Sila e está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (9). Além do aumento no número de doadores e do crescimento da quantidade de transplantes, a nova legislação, que entra em vigor em fevereiro de 2024, tem como metas promover a discussão, o esclarecimento científico e enfrentar a desinformação sobre o tema.

Desde o início do ano, o governo federal vem adotando ações para o fortalecimento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que resultaram em crescimento de 106% dos serviços ofertados. Atualmente o Brasil mantém um total de 1.198 serviços de transplante oferecidos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

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O número de potenciais doadores também aumentou de 62,6 por milhão de pessoas, em 2022, para 67,6 por milhão de pessoas neste ano. Houve crescimento ainda de doadores efetivos que já somam 19 por milhão de pessoas, enquanto no ano passado eram 16,5 por milhão de pessoas.

Entre as medidas previstas na nova lei, a serem adotadas pela União, estados, Distrito Federal e municípios, estão a realização de campanhas de divulgação e conscientização, atividades educativas nas escolas, desenvolvimento profissional e capacitação de gestores e profissionais da saúde e da educação

Também está prevista a intensificação de campanhas sobre incentivo da doação e transplante de órgãos e tecidos na última semana do mês de setembro de cada ano.

Enquanto tramitou no Congresso Nacional, o texto ficou conhecido como proposta da Lei Tatiane, em homenagem à Tatiane Penhalosa que perdeu a vida, aos 32 anos, por não conseguir um transplante de coração.

Segundo o Ministério da Saúde, até agosto deste ano foram realizados 5.914 transplantes de órgãos, o que representa mais do que o dobro dos 2.435 mil procedimentos desse tipo realizados no mesmo período de 2022. Quando considerados os transplantes de córnea e medula óssea, até agosto deste ano foram feitos 18.461 procedimentos, enquanto no mesmo período do ano passado o total registrado foi de 16.848.

João Gomes usou seu perfil no Instagram para revelar que sua namorada, Ary Mirelle, vai passar por uma cirurgia delicada nesta quinta (9). A influenciadora está grávida do primeiro filho, que se chamará Jorge, e descobriu que tem o colo do útero curto, o que dificulta sustentar o peso da gestação. O artista adiou o lançamento de um álbum e outros compromissos profissionais

Nos vídeos, João Gomes desabafou: "Estou aqui pegando um voo, porque Ary vai precisar fazer uma cirurgia amanhã. Ela não demonstra, não posta nada, mas é tudo no tempo de Deus. Ela vai precisar fazer a cirurgia porque o colo [de útero] dela é baixo e o bebê é muito pesado. Corre o risco de nascer a qualquer momento. Essa cirurgia é amanhã e não quero que ela fique sozinha lá", contou João.

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O cantor disse que ele e Ary descobriram esse problema há algum tempo e estavam fazendo o acompanhamento médico para saber se a cirurgia seria necessária. Ele falou ainda que  o filho está bem de saúde e que pode nascer antes do tempo por conta da cirurgia. "Existe uma mulher muito forte, que não quer demonstrar preocupação, insegurança e os medos. Quero estar lá com ela para o que precisar nesse momento", concluiu João Gomes.

 

Após revisão do Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (Qualidot), o Ministério da Saúde liberou R$ 56.364.215,01 para melhoria da capacidade de atendimento dos centros transplantadores do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi publicada nesta segunda-feira (6), no Diário Oficial da União, com efeitos financeiros retroativos ao mês de setembro.

Os recursos vão ampliar o orçamento destinado a transplantes de órgãos e de medula óssea, de forma progressiva, podendo os centros transplantadores receberem acréscimo financeiro de 40% a 80%, conforme novos indicadores de volume, qualidade e segurança.

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Segundo o Ministério da Saúde, a revisão do programa, instituído em 2022, mostrou falhas nos indicadores, metodologias e métodos estabelecidos anteriormente, e “tais problemas poderiam impedir o aporte adequado de fundos aos serviços”, informou a Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes, por meio de nota.

Com a nova classificação, os centros transplantadores, que atuam pelo SUS há mais de dois anos consecutivos e ininterruptos, terão acesso ao aporte conforme a modalidade de transplante e os pontos adquiridos após a revisão do Qualidot.

A nova classificação dos estabelecimentos já havia sido divulgada em portaria, do dia 14 de setembro, quando também foram estabelecidos os percentuais financeiros de 40%, para classificação de nível E, até 80%, para os estabelecimentos classificados como nível A.

De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro a agosto de 2023, o Brasil avançou 9,5% no número de transplantes, com 18.461 órgãos transplantados, incluindo córnea e medula óssea, em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram realizados 16.848 procedimentos. O aporte financeiro deve melhorar a assistência aos pacientes antes e pós-transplante, além de impactar o tratamento de intercorrências após os procedimentos.

As Centrais Estaduais de Transplantes e a Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes serão os órgãos responsáveis por monitorar, a cada ano, os serviços dos centros transplantadores que atuam no SUS.

As avaliações dos procedimentos poderão ainda impactar na classificação dos centros de transplante, conforme os processos de assistência passem por melhorias e haja avanços tecnológicos que justifiquem novas revisões nos indicadores e metas.

A cantora Céline Dion encantou os fãs. Nesta semana, a artista canadense compartilhou registros de sua visita aos bastidores de um jogo de hóquei de gelo, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Céline conferiu a uma partida do seu time, o Montreal Canadiens, contra o Vegas Golden Knights.

Na postagem, a voz do clássico Because You Loved Me escreveu: "Meus filhos e eu nos divertimos muito visitando o Montreal Canadiens depois do jogo de hóquei com o Vegas Golden Knights, em Las Vegas, na noite de segunda-feira. Eles jogaram tão bem, que jogo! Obrigada por nos encontrar depois do jogo, pessoal! Isso foi memorável para todos nós. Tenham todos uma ótima temporada!".

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Os cliques divulgados nas redes sociais deixaram os admiradores da artista felizes. Muitas pessoas celebraram com a postagem dela. "Sem palavras para descrever o quanto eu fiquei feliz com esta publicação. Obrigada por nos dar essa alegria. Te amamos muito", disse uma internauta brasileira.

Céline Dion anunciou afastamento dos palcos em dezembro do ano passado. Em 2021, ela começou a sentir os sintomas da Síndrome da Pessoa Rígida. O problema de saúde implica uma rigidez progressiva ao nível muscular. A condição neurológica enfrentada por Céline afeta o cérebro e a medula espinhal.

A I Jornada Regional da Cannabis Medicinal Norte-Nordeste (JRCMed), que acontece nos dias 8 e 9 de dezembro, no Mar Hotel, na zona Sul do Recife, receberá pesquisadores, professores e profissionais da medicina para debater os tratamentos e usos da Cannabis Sativa, maconha, para fins de saúde. O evento é realizado por uma empresa paulista que busca aprofundar os estudos sobre a substância para tratamento de doenças e outros quadros clínicos.  

Além de palestras e debates, a JRCMed também irá promover um curso de formação para prescritores, ministrado por Hélio Mororó, médico e professor de Medicina da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que também fará a abertura do evento. Poderão participar dentistas, enfermeiros e médicos formados em todas as especialidades, inclusive veterinária. 

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A escolha pelo Recife para sediar a primeira edição da JRCMed se deu pelo aporte que a cidade possui em saúde e pesquisas na área médica, como comentou Breno Luz, advogado e diretor da EventMed, empresa responsável pelo evento, e coordenador-geral da Conferência Internacional da Cannabis Medicinal (CICMed) e da JRCMed. “Não temos dúvidas que a capital pernambucana irá atrair profissionais de todo o país para discutir o presente e o futuro da Cannabis medicinal. A cidade é reconhecida como polo de excelência em saúde, não só pela infraestrutura técnica, mas pela alta especialização dos seus profissionais”, afirma. 

Na JRCMed também estarão presentes representantes de associações nacionais que assumiram a missão de desmistificar os riscos da aplicação da Cannabis na medicina. Entre eles, o diretor científico da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide, Flávio Geraldes Alves; a diretora médica do Instituto Sativa, Rafaela Espósito Asfora, que é médica voluntária do Ambulatório Canábico da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); e o psiquiatra Wilson Lessa Jr., professor na pós-graduação de Cannabis Medicinal do Grupo Anima/Inspirali, We Cann Academy e Manole, e membro de várias instituições internacionais de pesquisa e aplicação da Cannabis Sativa na saúde. 

SERVIÇO 

I Jornada Regional da Cannabis Medicinal Norte-Nordeste (JRCMed) 

Data: 8 a 9 de dezembro de 2023. 

Abertura: 14h (dia 8) e das 8h30 às 18h (dia 9). 

Local: Mar Hotel, Boa Viagem, Recife. 

Com informações da assessoria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um vídeo em que aparece realizando chutando uma bola e realizando um treino de perna e braço. Na gravação, pouco mais de um mês após a cirurgia para tratar uma artrose no quadril, o petista garante que está com saúde para dar e vender.

“Quando fizer oito semanas vou estar intacto, perfeito para voltar a jogar bola, correr, voltar a andar e voltar a viajar pelo Brasil para me encontrar com o povo brasileiro. Estamos de volta e com muita saúde para dar e vender”, disse.

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No dia 29 de setembro, Lula passou por uma artroplastia para colocar uma prótese no encaixe do fêmur direito com o quadril. O presidente sofria com dores antes do procedimento.

Durante a recuperação, Lula não se afastou do comando do país. Seguiu cumprindo agendas no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e voltou a despachar no Palácio do Planalto na última semana. Nesta sexta-feira (3), o presidente deve realizar uma reunião ministerial. 

Na última segunda-feira (30), a prefeita em exercício do Recife, Isabella de Roldão (PDT), assinou a portaria de convocação de 116 profissionais de saúde para recomposição da rede municipal e ampliação da atenção básica. A normativa foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (31).

O objetivo da convocação, de acordo com a gestão municipal, é ampliar a atenção básica de saúde do Recife e, também, recompor a rede de saúde do município. Dentre os profissionais, estão Agentes Comunitários de Saúde (ACS's), Enfermeiros, Médicos, Técnicos de Enfermagem, Nutricionistas, Dentistas e outras especialidades.

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"Tenho muito orgulho em assinar essa portaria de nomeação chamando mais 116 profissionais que atuarão em nossa rede de saúde, quando será possível ampliar e melhorar o atendimento à população", afirmou Isabella de Roldão.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro do medicamento Adakveo (crizanlizumabe), indicado para reduzir a frequência de crises vaso-oclusivas em pacientes com 16 anos ou mais, diagnosticados com doença falciforme. Em nota, a Anvisa informou que o registro foi cancelado por falha na comprovação da eficácia do produto.  

“A falha foi observada no acompanhamento do TC [Termo de Compromisso], firmado entre a empresa e a Anvisa na época da concessão do registro sanitário. A decisão levou em consideração tanto a análise da documentação técnica apresentada, como reuniões com a empresa e consulta à Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular”, explicou a agência.  

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Acrescentou que “o processo foi realizado de forma transparente, sendo considerado o posicionamento de todos os atores envolvidos”. 

No comunicado, a Anvisa destacou que, de forma similar, o Comitê dos Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos, após avaliação do mesmo produto, concluiu que os benefícios do crizanlizumabe não superam seus riscos e recomendou a revogação da autorização condicional de comercialização de Adakveo.  

Em agosto, a Comissão Europeia endossou a decisão do comitê e revogou a autorização condicional de comercialização do medicamento na União Europeia. 

Orientações aos pacientes

A Anvisa informou que, para os pacientes que ainda estejam recebendo o medicamento fornecido gratuitamente pelo fabricante, a decisão sobre continuar ou não o tratamento deve ser tomada pelos médicos com o consentimento dos pacientes, a partir da avaliação da relação benefício-risco na indicação terapêutica para a qual o remédio está sendo utilizado. 

Os chamados programas assistenciais de uso compassivo e acesso expandido são regulamentados pela Anvisa e permitem o fornecimento gratuito de medicamento, ainda em fase de estudo clínico, pelas empresas patrocinadoras, para tratamento de pacientes com doenças debilitantes graves ou que ameacem a vida e sem alternativa terapêutica satisfatória com produtos registrados. 

“O cancelamento do registro não impede que a empresa, caso obtenha dados clínicos favoráveis que comprovem a eficácia, protocole novamente o pedido de registro para avaliação técnica da Anvisa”, concluiu a agência. 

O Ministério da Saúde investiga a morte de três crianças no município de São João del-Rei (MG) e um possível surto causado pela bactéria Streptococcus pyogenes. Uma equipe técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente está na cidade desde a última sexta-feira (27), a pedido da Secretaria de Saúde de Minas Gerais. 

“Até o momento, não há evidências que comprovem surto ou risco à saúde da população de São João del-Rei, bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique alteração na rotina das atividades da população local. Pelas informações recebidas até agora, também não há evidências que conectem o Streptococcus pyogenes aos óbitos”, informou o ministério. 

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Também estão sendo feitas investigações para busca de casos suspeitos; dadas orientações ao município para investigação epidemiológica; realizados exames laboratoriais para diagnóstico; e treinamento com a rede assistencial do município, com o objetivo de orientar na detecção e no tratamento oportuno de casos suspeitos de infecção”, completou a pasta. 

No último sábado (28), uma equipe técnica do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Minas Gerais esteve em São João del-Rei para realizar trabalho de campo a fim de verificar indícios sobre os casos de infecção, “de modo a identificar os agentes infecciosos e o tratamento que deve ser adotado”. 

Os técnicos se reuniram na semana passada com representantes do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde, para apresentar o cenário e traçar estratégias para a investigação epidemiológica a ser conduzida no município.  

As amostras coletadas relativas aos casos seguem em análise. Em nota, a Secretaria de Saúde de Minas informou não haver, até agora, critérios que comprovem surto ou risco à saúde da população de São João Del Rei, “bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique a alteração na rotina das atividades da população.” O órgão informou ainda não recomendar o fechamento de escolas. 

Na última quarta-feira (25), a secretaria capacitou, por meio de videoconferência, um grupo de 122 profissionais de saúde da Unidade Regional de São João Del Rei com o objetivo de orientar a rede local na detecção e no tratamento oportuno de casos suspeitos de infecção bacteriana, com a identificação dos devidos diagnósticos. 

Por fim, a secretaria alertou que o melhor meio de informação para a população são os canais oficiais. “A Secretaria de Saúde de Minas Gerais reforça que, em caso de sintomas como febre, garganta inflamada e descamação da pele, a orientação é procurar imediatamente uma unidade básica de saúde para diagnóstico correto e tratamento adequado.” 

Uma em cada quatro pessoas com mais de 35 anos vai sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, em algum momento da vida – e 90% desses derrames poderia ser prevenido por meio do cuidado com um pequeno número de fatores de risco, incluindo hipertensão ou pressão alta, tabagismo, dieta e atividade física. O alerta é da Organização Mundial do AVC. 

No Dia Mundial do AVC, lembrado neste domingo (29), a entidade destaca que a doença é uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo, pode acontecer com qualquer um em qualquer idade, e é algo que afeta a todos: sobreviventes, familiares e amigos, além de ambientes de trabalho e comunidades.  

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A estimativa é que mais de 12 milhões de pessoas no mundo tenham um AVC este ano e que 6,5 milhões morram como resultado. Os dados mostram ainda que mais de 110 milhões de pessoas vivem com sequelas de um AVC. A incidência aumenta significativamente com a idade – mais de 60% dos casos acontece em pessoas com menos de 70 anos e 16%, em pessoas com menos de 50 anos. 

“Mais da metade das pessoas que sofrem um derrame morrerão como resultado. Para os sobreviventes, o impacto pode ser devastador, afetando a mobilidade física, a alimentação, a fala e a linguagem, as emoções e os processos de pensamento. Essas necessidades complexas podem resultar em desafios financeiros e cuidados para o indivíduo e para os seus cuidadores”, alerta a organização. 

Entenda

De acordo com o neurologista e coordenador do serviço de AVC do Hospital Albert Einstein, Marco Túlio Araújo Pedatella, o AVC acontece quando há uma obstrução do fluxo de sangue pro cérebro. Ele pode ser isquêmico (quando há obstrução de vasos sanguíneos) ou hemorrágico (quando os vasos se rompem). Em ambos os casos, células do cérebro podem ser lesionadas ou morrer. 

“Os principais fatores de risco que temos hoje pro AVC são pressão alta, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo, fumo, uso excessivo de bebida alcoólica, além de outros fatores que a gente não consegue interferir muito, como idade, já que acaba sendo mais comum em pacientes mais idosos, sexo masculino, pessoas da raça negra e orientais e histórico familiar, que também é um fator de risco importante.” 

Jovens

Apesar de o AVC ser mais frequente entre a população acima de 60 anos, os relatos de casos entre jovens têm se tornado cada vez mais comuns. Pedatella lembra que, nesses casos, os impactos são enormes, uma vez que a doença pode gerar incapacidades importantes a depender do local e do tamanho da lesão no cérebro.  

“Acometendo um paciente jovem, uma pessoa que, muitas vezes, vai deixar de trabalhar, vai precisar fazer reabilitação, gerando enorme gastos. Em vários casos, dependendo da sequela, esse paciente precisa de ajuda até pra andar, então, vai tirar um familiar do trabalho pra poder auxiliar. Então acaba aumentando muitos os gastos de seguridade social, além dos gastos com tratamento e reabilitação.” 

“Infelizmente, a gente não tem um remédio que trate, que cure essas lesões. Os pacientes melhoram com a reabilitação, mas dependendo da lesão, do tamanho, da localização, podem ficar com alguma sequela mais incapacitantes.” 

Reconhecendo sinais

O especialista explica que reconhecer os sinais de um AVC e buscar tratamento rapidamente não apenas salva a vida do paciente, mas amplia suas chances de recuperação. “O AVC é um quadro repentino, súbito. Acontece de uma vez.” 

“A pessoa tem perda de força ou de sensibilidade de um ou de ambos os lados do corpo; perda da visão de um ou de ambos os olhos; visão dupla; desequilíbrio ou incoordenação motora; vertigem muito intensa; alteração na fala, seja uma dificuldade para falar, para articular palavras, para se fazer ser compreendido ou compreender; além de uma dor de cabeça muito intensa e diferente do padrão habitual”. 

“É recomendado que, na presença de qualquer um desses sinais, entre em contato com o serviço de urgência para que o paciente possa ser avaliado por um médico e afastar a possibilidade de um AVC. A gente tem uma janela muito estreita, no AVC isquêmico, pra poder tratar esse paciente e evitar sequelas incapacitantes – até quatro horas e meia com tratamento medicamentoso e até seis horas com procedimento endovascular."

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma lesão neurológica que ocorre quando uma veia ou artéria apresenta obstrução, que dificulta a circulação sanguínea, e pode levar à morte se não for tratada com a devida urgência. Lembrado neste domingo (29), o Dia Mundial do AVC foi cunhado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde que se deve ter para evitar a ocorrência. 

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), de janeiro de 2018 até agosto de 2023, cerca de 8,4 mil pessoas vieram a óbito devido a um AVC, uma média aproximada de 1,68 mil mortes por ano. 

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Existem dois tipos de AVC possíveis de acontecer, o isquêmico e o hemorrágico. O AVC do tipo isquêmico, que abrange de 80% a 85% dos casos, acontece quando falta sangue em alguma área do cérebro. O hemorrágico, por sua vez, acontece quando um vaso ou artéria rompe. 

Óbitos por AVC em Pernambuco: 

2018 – 1.533 óbitos 

2019 – 1.858 

2020 – 1.346 

2021 – 1.389 

2022 – 1.453 (dados sujeitos à alteração) 

2023 – 833 (de janeiro a agosto) 

Sintomas sutis exigem atenção

É preciso se manter em alerta quanto aos sintomas de um acidente vascular cerebral, pois podem ser facilmente confundidos com um lapso momentâneo da própria mente, tais como: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala ou da compreensão; alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação, no andar; e tontura e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. 

A lista pode parecer confusa, principalmente porque são sensações que podem acontecer a qualquer momento com qualquer um, mas é mais importante ainda perceber os sintomas quando se somados a fatores de risco que algumas pessoas já podem carregar consigo.  

De acordo com o médico neurologista Fernando Travassos, que atua no Hospital Pelópidas Silveira (HPS), algumas condições de saúde podem acarretar um AVC, se não houver o devido cuidado. "Fatores de risco podem contribuir para o aparecimento de um AVC, como a hipertensão arterial (a principal delas), arritmia cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e obesidade. Por isso, a necessidade de falarmos em prevenção com hábitos de vida saudáveis”, comenta. 

Travassos afirma ainda que é importante conhecer os principais sintomas. “Também é importante que as pessoas saibam reconhecer os sinais para que possam procurar, rapidamente, uma unidade de saúde de urgência em busca de atendimento médico. No AVC cada minuto vale a vida", ressalta o neurologista. 

 

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