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O ex-presidente e candidato do PT à Presidência na eleição de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira, 28, que tem se reunido com empresários e banqueiros e que sente falta de uma preocupação deles com os mais pobres. Ao participar de evento durante a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada este ano na Universidade de Brasília (UnB), o petista também reclamou do teto de gastos, regra que impede o crescimento das despesas públicas acima do nível de inflação do ano anterior.

"Eu tenho feito muitas reuniões com gente diversa, tenho feito reuniões com empresários, com banqueiros. É indescritível essas reuniões porque não existe a palavra pobre, não existe nenhuma palavra dita em relação à miséria que tomou conta desse País". Lula disse ainda que o teto de gastos prejudica os investimentos em ciência e tecnologia. "O chamado teto dos gastos, que tira dos pobres para dar aos ricos, aprofundou a agenda neoliberal na direção do estado mínimo", declarou.

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O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi alvo das críticas de Lula. "Ultrapassando as piores previsões, o atual governo colocou o Brasil numa máquina do tempo rumo ao passado. Fome, desemprego, destruição dos direitos trabalhistas, inflação, corrupção e ameaças à democracia são as marcas desse desgoverno que nega a ciência em todos os seus atos", completou.

O ex-presidente também disse que orçamento secreto "é a maior excrescência da política". "Fizeram o tremendo carnaval com o mensalão e hoje estão aprovando o orçamento secreto, que é a maior excrescência da política. O presidente não tem poder sobre o orçamento, é a Câmara dos Deputados que dirige o orçamento", criticou Lula.

O orçamento secreto é um esquema revelado pelo Estadão e consiste no uso, sem transparência, de emendas para beneficiar parlamentares que são favoráveis ao governo no Congresso. Na gestão de Lula na Presidência vieram a público escândalos de corrupção como o do mensalão, em que deputados recebiam dinheiro não declarado em troca de apoio ao governo, e o petrolão, descoberto a partir das investigações da Lava-Jato.

Lula dividiu o palco com o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o ex-ministro Aloizio Mercadante, que coordena o plano de governo da candidatura presidencial petista. Janja, a mulher de Lula, e o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa estavam na plateia.

A SBPC é presidida por Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação na gestão da ex-presidente Dilma Rouseff (PT). O grupo também irá ouvir o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. Bolsonaro foi convidado, mas recusou o convite.

O candidato petista citou outros escândalos de corrupção envolvendo Bolsonaro, como a acusação de "rachadinha" contra Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL), e a acusação de esquema de propina no processo de compra da Covaxin, vacina indiana contra o coronavírus.

"Vira e mexe, o presidente diz que não tem corrupção no governo dele. Parece que não sabe a família que tem, parece que esqueceu o Queiroz, parece que ele esqueceu a quadrilha da vacina. Para e toda qualquer denúncia perto dele, ele decreta sigilo de 100 anos", apontou.

Além do evento com a SBPC, o ex-presidente também vai participar em Brasília nesta quinta-feira, 28, de uma conversa com a Confederação Nacional dos Transportes. Na sexta-feira, 29, o petista vai estar na convenção nacional do PSB, que irá confirmar Geraldo Alckmin como candidato a vice de Lula.

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), organização sem fins lucrativos, promove a Marcha Virtual pela Ciência, nesta quinta-feira (7). O ato tem o objetivo de chamar atenção para a importância da ciência no enfrentamento da Covid-19 e exige recursos adequados para o desenvolvimento de pesquisas, tecnologia, saúde e educação no país.

O evento virtual será realizado em dois momentos: das 12h às 12h30, e a segunda à noite, das 18h às 18h30, por meio de ‘tuitaço’ com o uso das hatstags #MarchaVirtualpelaCiência, #paCTopelavida e #fiqueEMCASAcomaciencia.

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A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) aderiu ao movimento. Em nota, a instituição de ensino explica que “soma forças a entidades de todo o País ligadas à CT&I - Centro de Tecnologia e Inovação - para a realização da Marcha Virtual pela Ciência no Brasil -.” 

Assim como a UFRPE, outras universidades federais e entidades de pesquisa manifestam sua participação. Toda a programação está disponível por meio do site da SBPC.

Representantes de entidades que ocupavam uma das 31 vagas do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (Conad) reagiram à iniciativa do governo federal, que reduziu para 14 o total de integrantes do órgão, extinguindo a participação da sociedade civil no órgão criado em 2006.

Órgão superior do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, o Conad é responsável por, entre outras coisas, discutir e sugerir programas e projetos federais de enfrentamento ao uso de drogas, bem como ações de redução dos danos associados ao uso de substâncias psicoativas. Com as mudanças, passa a ser composto apenas por representantes do governo e dos conselhos estaduais antidrogas.

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Parte da política de redução já implementada em outros conselhos, como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e o Conselho Superior do Cinema, a reestruturação do Conad está detalhada no Decreto nº 9.926, publicado no Diário Oficial da União de hoje (22).

Diretor da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Sidarta Ribeiro lamentou a decisão do governo federal.

“Não chega a ser surpreendente, mas é lamentável, pois precisamos da pluralidade [de ideias] e de que a perspectiva científica norteie as discussões e decisões de conselhos como o Conad”, declarou Ribeiro à Agência Brasil. Para ele, a redução da participação da sociedade civil no conselho vai “homogeneizar” os debates, suprimindo o contraditório. “Isso servirá para fortalecer uma visão proibicionista e a tese de que há uma epidemia de drogas que justifica internações involuntárias e o superencarceramento."

Representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP) com mandato que vigoraria até 2020, o psicólogo Paulo José Barroso de Aguiar Pessoa considera que o conselho foi transformado em um grupo interministerial. Para Pessoa, as medidas visam a reduzir a participação da sociedade civil nas instâncias de discussão e elaboração de políticas públicas. “Está em curso um desmonte de vários conselhos nacionais, com base em argumentos falaciosos”, declarou o psicólogo. Ele destaca ainda que os custos com transporte e diárias são pequenos se for levado em conta a possibilidade do governo discutir soluções para temas complexos com especialistas. Considerada prestação de serviço público relevante, a participação no conselho não é remunerada.

“Não é possível tratar de questões complexas sem a participação de atores da sociedade civil. Uma discussão séria exige a participação de entidades e de especialistas que estudem o assunto a sério”, acrescentou Pessoa. Ainda de acordo com Pessoa, as entidades que tinham vaga no Conad ainda vão avaliar a constitucionalidade do decreto presidencial.

Em nota, o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, criticou a exclusão de representantes da sociedade civil e de especialistas. “Ampliar o debate sobre as drogas no Brasil é uma bandeira da UNE. É uma questão que deve ser tratada do ponto de vista da saúde pública e também do ponto de vista do problema social do tráfico. Excluir agentes que possam contribuir com esses conhecimentos é um retrocesso sem tamanho”, afirmou Montalvão.

Também em nota, o presidente da Comissão Especial de Segurança Pública da OAB, Breno Melaragno Costa, manifestou preocupação com a exclusão dos representantes da sociedade civil e especialistas da discussão e elaboração de políticas públicas formuladas pelo Conad. "O tema é de grande complexidade e gravidade, com um número elevado de brasileiros que sofrem com as drogas, principalmente os jovens. Essa situação demanda um esforço que só poderá ter resultados com o envolvimento da sociedade civil, estudiosos e especialistas para o enfrentamento do problema, com o aprofundamento do debate sobre ações e políticas efetivas sobre drogas", pontuou Costa.

Além da SBPC, do CFP, da OAB e da UNE, perderam assento no conselho outras cinco entidades que tinham direito a indicar um representante para o Conad: Conselho Federal de Medicina (CFM); Conselho Federal de Serviço Social (CFESS); Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e Conselho Federal de Educação (CFE).

Hoje, em Brasilia, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende reduzir ou extinguir outros conselhos existentes. “Como regra, a gente não pode ter conselho que não decide nada. Dada a quantidade de pessoas envolvidas, a decisão é quase impossível de ser tomada. Então queremos enxugar os conselhos, extinguir a grande maioria deles, para que o governo possa funcionar. Não podemos ficar refém de conselhos, muitos deles com pessoas indicadas por outros governos”, declarou o presidente.

 

Estão abertas até o dia 22 de abril as inscrições para a 39ª Edição do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica que, neste ano, será destinado à categoria “pesquisador e escritor”. O pesquisador e escritor será premiado como divulgador da ciência, tecnologia, inovação para o grande público.

O vencedor será premiado com R$ 20 mil, um diploma, passagem aérea e hospedagem para participar da 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorrerá em julho deste ano, em Campo Grande (MT).

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A premiação é realizada por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que tem como principal objetivo reconhecer pessoas que tenham contribuído significativamente para tornar a ciência, a tecnologia e a inovação conhecidas pela sociedade.

Os interessados, podem se inscrever diretamente na página do evento, preencher um formulário, com o currículo lattes atualizado, enviar portfólio, além de justificar a contribuição que demonstre à divulgação e popularização científica.

 

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, defendeu nesta terça-feira, 18, a escolha de Katia Abreu para a sua vice e atacou a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), entidade que a senadora já presidiu. Segundo o pedetista, a CNA virou hoje um grupo de fascistas e apoiadores de Jair Bolsonaro, candidato do PSL, à Presidência.

O presidenciável argumentou que a escolha de Katia Abreu complementa a sua candidatura, que precisa olhar para além do eleitorado e os parlamentares progressistas num eventual governo. "Como acham que vou conseguir revogar a PEC 95? Preciso de 308 votos em quatro votações. Estou preparado para ceder em algumas coisas. A Katia me completa", defendeu.

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Ciro disse ainda que a própria Katia viveu um descolamento em relação aos grupos mais conservadores que representava e deu como exemplo a CNA. "Hoje a Katia Abreu é persona non grata (na entidade). E eles são tudo Bolsonaro, tudo doente, tudo fascista", disse o ex-governador do Ceará, ressaltando que o convite dos ruralistas foi o único que recusou nesta campanha.

O presidenciável criticou ainda os que pensam que é possível fazer política sem abrir espaço para o contraditório e disse que não sofre da "síndrome de Freixo", em relação ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ). "Freixo é um cara tão puro, honesto, com essa intransigência maravilhosa, olha quem ele elegeu", comentou. Em 2016, Freixo perdeu a eleição para a Prefeitura do Rio para Marcelo Crivella (PSC).

Segundo Ciro, o candidato do PT e seu adversário, Fernando Haddad, teria o mesmo problema. "Haddad é um baita de um cara, bonitão, um FHC redivivo, e acabou de entregar São Paulo para Doria no primeiro turno."

O pedetista, no entanto, disse que tal comportamento não "desqualifica a pessoa". "Se a gente quer mexer no destino da pátria, eu tenho que me preparar para, ganhando a eleição, governar o País."

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, declarou nesta terça-feira, 18, que, apesar de terem um passado de proximidade e aliança, seu projeto de governo não é o mesmo do PT de Fernando Haddad. O pedetista também considera o apelo ao voto útil, pregado desde já por parte dos adversários, um "insulto à experiência popular".

Mais cedo, em entrevista à rádio CBN, Haddad havia dito que, pela relação histórica, ele e Ciro poderiam estar juntos em um possível segundo turno, independentemente de qual dos dois avance.

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Questionado por jornalistas sobre a declaração, o ex-governador do Ceará tentou se desvencilhar. "Sim, se olhar para os últimos 16 anos, estivemos juntos e tentei ajudar. Mas o projeto que eu advogo para o Brasil não é o mesmo do PT. Quero ajudar a população a por um fim nessa violência odienta, nesse sectarismo e radicalização política que infelizmente está levando nossa economia para o brejo", disse.

Ciro participa, nesta manhã, de um encontro na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na região central da capital paulista. Antes da reunião, o pedetista também rebateu qualquer estratégia para atrair o voto de Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) para evitar a vitória do PT ou de Jair Bolsonaro (PSL). "Para um democrata, a presunção é confiança no voto popular. Então, acredito que essa história de voto útil é um insulto à experiência popular", criticou.

"Eu não quero ser eleito por alguém que botou a mão no nariz e votou em mim porque não queria votar em outro. Quero ser eleito porque represento a saída para o Brasil, que precisa restaurar o diálogo e acabar com essa ameaça fascista que não é nem tanto o Bolsonaro, mas o vice dele, que está deixando clara essa posição", disse, enumerando as declarações dadas na véspera pelo General Hamilton Mourão.

Na segunda-feira, Mourão disse, por exemplo, que famílias pobres "onde não há pai e avô, mas, sim, mãe e avó" são "fábricas de desajustados" que fornecem mão de obra ao narcotráfico.

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, colocou o cargo à disposição do conselho da entidade em reunião na manhã de quinta-feira, 7. O conselho, porém, solicitou por unanimidade que ela permanecesse, e Helena aceitou. A decisão foi comemorada pelos 22 conselheiros presentes.

"Vou continuar, mas com muito sacrifício, pode ter certeza", disse Helena à reportagem após a reunião. O pedido de renúncia foi motivado por uma agressão verbal sofrida na quarta-feira, 6, durante um ato público na reunião anual da SBPC em Porto Seguro, no sul da Bahia. Helena foi chamada de "pelega" e "chapa branca" por pessoas que protestavam contra o governo interino de Michel Temer - entre elas, o químico Antonio Carlos Pavão, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que acusou a presidente da SBPC de ficar "em cima do muro" e "negociar com golpistas".

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"Eu tenho uma história muito clara de luta contra a ditadura", disse Helena, de 68 anos, ao Estado. "Eu não fui presa; o que é um buraco na minha formação. Mas eu lutei pela democracia; estive presente em todas as reuniões. Eu tive amigos que foram presos e torturados, tive professores que foram violentamente torturados. A palavra 'pelega' para mim é muito forte. E ela foi usada conscientemente, de propósito."

Fusão

O ato público havia sido convocado para criticar a fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o Ministério das Comunicações e pedir a recomposição do orçamento da pasta aos níveis de 2013, pelo menos. Mas acabou sendo dominado por manifestações contra o "golpe" e o governo interino.

"Fora Temer e seu bando", disse Pavão diversas vezes ao microfone. Helena Nader disse então que a SBPC era uma "entidade sem cor político-partidária" e não participava desse "segundo slogan" do ato - referindo-se ao coro de "Fora Temer".

Mesmo assim, uma proposta de apoio ao movimento Fora Temer será debatida. "O tema vai ser levado à assembleia para discutir se a SBPC deve ou não assumir essa ou aquela bandeira política", disse Glaucius Oliva, professor da Universidade de São Paulo (USP). "O que é inaceitável é essa agressão pessoal contra a Helena, totalmente desmedida e desnecessária", afirmou ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recebe até esta sexta-feira (26) um dos eventos mais importantes do setor educacional e científico do país. Com o tema “Ciência para o novo Brasil”, a 65ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) agrega, nesta edição, aproximadamente 23 mil inscritos – a maior de sua história.

Mais de 260 atividades gratuitas, contando com as presenças de estudantes, professores e pesquisadores do Brasil e do exterior, mostram as tendências da ciência. No total, serão 82 conferências, 87 mesas-redondas, 60 mini cursos, 16 encontros, nove seções especiais, seis encontros e seis assembléias.

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Em entrevista coletiva, nesta quinta (25), a presidente do SBPC, Helena Nader, fez o balanço parcial do evento. “A edição desse ano é diferente, pois as atividades iniciaram antes do domingo. Foram realizados cursos de qualificação com sete mil professores do estado, além da participação de cinco mil alunos do IFPE em mini cursos. Tudo isso antes de o evento começar. Tenho recebido muitos elogios pela qualidade dos temas. A SBPC é uma prestação científica a sociedade”, afirmou, ressaltando que o balanço completo será divulgado na próxima semana.

A satisfação foi compactuada pelo reitor da UFPE, Anísio Brasileiro. “Nós temos um sentimento de dever cumprido. Proporcionamos segurança adequada, mobilidade, alojamento e alimentação para todos os participantes. A logística respondeu como nós esperávamos. Quero expressar meu sentimento de gratidão e agradecimento a SBPC por confiar na UFPE”, disse.

No evento, a presidente Helena Nader ainda revelou a próxima data da reunião da SBPC. “Será no ano que vem, no dia 20 de julho, no Acre. Não posso ainda falar sobre a quantidade de inscritos, pois ainda vamos analisar a estrutura do local que receberá o encontro”, finalizou.

Dentro das atividades da 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada no Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), uma delegação de universidades e instituições de pesquisa alemãs está divulgando formas de intercâmbio no país europeu. Até a próxima sexta-feira (26), último dia do evento, estudantes, pesquisadores e professores podem visitar o estande da Alemanha e conhecer de perto as possibilidades intercambistas.

Segundo informações da instituição de ensino pernambucana, nessa terça-feira (23), a delegação europeia foi recebida pelo reitor da UFPE, Anísio Brasileiro. Em meio a conversa sobre a identificação de áreas estratégicas para a cooperação entre os dois países, o coordenador do Centro Alemão de Ciência e Inovação – São Paulo (DWIH-SP), Marcio Weichert, disse, conforme informações da assessoria de comunicação da UFPE, que a universidade está entre as cinco instituições de ensino superior brasileiras com mais interação com a Alemanha.

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Dados apontam que o país europeu está na quarta posição quando o assunto é o número da intercambista da UFPE que foi para terras alemãs, desde o ano de 1999. Ao todo, viajaram 288 estudantes. O Campus Recife da universidade fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital pernambucana.



A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara vai discutir, nesta quarta-feira (24), o cumprimento da sentença que condenou o Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), sobre o desaparecimento forçado de 70 guerrilheiros no caso conhecido por "Guerilha do Araguaia”, com destaque para os pernambucanos Miguel Pereira dos Santos (Cazuza) e Antonio Ferreira Pinto (Antonio Alfaiate).

A conversa vai acontecer no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, que recebe nesta semana a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento, em forma de debate, conta com a participação da diretora do Programa do Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) no Brasil, Beatriz Affonso, e Gilles Gomes, coordenador geral da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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De acordo com Manoel Moraes, à frente das duas relatorias, o momento é importante, pois trata-se da primeira sessão para coleta de informações sobre pernambucanos mortos ou desaparecidos na região amazônica brasileira do Araguaia. “As participações de Beatriz Affonso, como representante do CEJIL e Gilles Gomes são essenciais para preencher as lacunas históricas que ainda existem nesse período e, especialmente, no que diz respeito à guerrilha”, explica Moraes. “A militância de Cazuza e Alfaiate está inserida na relatoria do PCdoB. A história de resistência à ditadura civil-militar e as consequências deste envolvimento transformaram-se em uma das denúncias que levou o Brasil a responder perante à CIDH pelo desaparecimento dos corpos dos guerrilheiros do Araguaia”, atenta Moraes.

Guerrilha do Araguaia -  Movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 60 e a primeira metade da década de 70. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B) tinha como o objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseado nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa. O palco das operações de combate entre a guerrilha e o Exército se deu onde os estados de Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira.

Às 19h horas deste domingo (21), tem início a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A realização evento é no Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com atividades que seguem até o dia 26 deste mês. "Ciência para o novo Brasil" é tema do encontro, que oferece mais de 260 atividades, tendo como participantes pesquisadores renomados do Brasil e exterior, e gestores do sistema estadual e nacional de C&T.

Nesta edição, a reunião homenageia a arqueóloga Niéde Guidón, que atua como professora visitante da UFPE, e o linguista Luiz Antonio Marcuschi, um dos primeiros docentes do Programa de Pós-Graduação em Letras (linguística) da universidade. Dentro da programação da ação, serão realizadas 82 conferências, 87 mesas-redondas, 60 minicursos, 16 encontros, nove sessões especiais, seis simpósios e seis assembleias.

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De acordo com a UFPE, um dos principais objetivos do encontro é mostrar ao público um panorama amplo do que melhor se faz em ciência hoje no Brasil. Um dos participantes do evento é o pesquisador alemão UlrichGlasmacher, da Universidade de Heidelberg, uma instituição pública que é uma das mais importantes universidades da Alemanha. No dia 23, ele conduzirá a conferência “Climatechange: geologicaland social properties”.

Outras informações sobre a reunião devem ser obtidas em seu site. O Campus Recife da UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade.



A partir deste domingo (21), o Recife recebe a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que segue até a sexta-feira (26). Por conta disso, o acesso e a circulação de veículos no Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) serão alterados. 

A entrada principal do campus, a Avenida dos Reitores, será bloqueada, só podendo entrar veículos autorizados. Funcionários terão três acessos para entrar na UFPE e para os visitantes haverá uma entrada exclusiva.

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Quem vem de ônibus deverá descer nos pontos localizados ao lado do Hospital das Clínicas (HC) e da Casa do Estudante, na BR-101, pois não haverá circulação destes veículos na área interna do campus.

Professores, técnicos administrativos e alunos da Universidade podem entrar pela Editora Universitária, na Avenida Acadêmico Hélio Ramos, para chegar ao Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) e Centro de Informática (CIn), além dos prédios de Educação Física e Fisioterapia.

A outra entrada será ao lado da Escola de Química, na Avenida Professor Artur de Sá, para chegar no Corpo Discente e no prédio de Farmácia. E a terceira ficará ao lado do Hospital das Clínicas, na mesma avenida, para acesso ao Centro de Ciências da Saúde (CCS)e da Centro de Ciências Biológicas (CCB). Será aberto, pela Avenida Acadêmico Hélio Ramos, o acesso ao estacionamento que serve aos Centros de Artes e Comunicação (CAC) e de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).

Para os visitantes, haverá uma entrada exclusiva, na Avenida Luiz Freire, na altura do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), para o estacionamento ao lado do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG). A área externa ao campus receberá sinalização e apoio da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) para facilitar a chegada das pessoas ao evento.

Com informações da assessoria

O campus da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, sediará, a partir deste domingo (21), a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O encontro reunirá representantes de sociedades científicas, autoridades e gestores do sistema nacional de ciência e tecnologia e tem como tema principal "Ciência para o Novo Brasil". O evento segue até o dia 26.

Durante a programação científica, serão realizados simpósios, conferências, mesas-redondas, encontros, sessões especiais, minicursos e sessões de pôsteres. Estão previstos também, durante a Reunião Anual, eventos paralelos, como a SBPC Jovem (programação voltada para estudantes do ensino básico), a ExpoT&C (mostra de ciência e tecnologia) e a SBPC Cultural (apresentação de atividades artísticas regionais e discussões sobre temas relacionados à cultura).

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A cada ano, desde 1948, a Reunião Anual da SBPC é realizada em um estado brasileiro, sempre em uma universidade pública. Na última reunião, realizada em São Luís, mais de 11,9 mil pessoas se inscreveram.

Estão abertas, até o dia 9 de junho, as inscrições de trabalhos científicos de estudantes e professores do ensino Básico na SBPC Jovem, que tem como objetivo incentivar o interesse dos jovens pela ciência e tecnologia. O evento será realizado dos dias 21 a 26 de julho deste ano, simultaneamente, a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, no campus da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife. Além da apresentação de trabalhos, estão previstas, na programação, oficinas, salas temáticas, apresentações culturais.

Poderão se inscrever na Feira SBPC Jovem estudantes e professores do ensino básico de todo o Brasil no site da SBPC. No ato da inscrição, deve ser realizada através de um resumo contendo introdução, metodologia e resultados obtidos, segundo modelo disponível no site da SBPC, que deve ser enviado para o email: sbpcjovem2013@gmail.com. Cada trabalho deverá ser representado por dois alunos e um professor, que receberão certificados. O resultado da seleção será divulgado no dia 17 de junho. Os trabalhos serão expostos durante os 5 dias do evento. Serão selecionados 50 trabalhos científicos.

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OFICINAS - Professores e/ou estudantes de pós-graduação e de IC interessados em ministrar gratuitamente oficinas para estudantes do ensino básico e técnico durante a SBPC Jovem, têm até o dia 17 de junho para encaminhar suas propostas à Comissão Organizadora, seguindo o modelo disponível no site da SBPC e que deve ser enviado para o email: sbpcjovem2013@gmail.com. Serão selecionadas oficinas de 1h, 2h ou 4h de duração, programadas para mais de uma apresentação ou até mesmo para toda a semana. O público-alvo deverá ser alunos e professores do ensino básico. Cada oficina deverá indicar o número de participantes (mínimo de 10 e máximo de 30). O oficineiro terá à disposição uma sala de aula com bancas escolares e um projetor de vídeo quando solicitado na inscrição.

Com informações da assessoria

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entidade sem fins-lucrativos, capacitará cerca de 15 mil professores da rede estadual de ensino. Essa é uma das novidades da edição pernambucana da 65ª Reunião Anual da SBPC, que este ano acontecerá entre os dias 21 a 26 de julho, no Campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife.

A SBPC promoverá debates sobre questões que determinam os rumos das políticas de ciência e tecnologia e da educação no Brasil. “Estaremos discutindo temas que vão desde mudanças na grade curricular do ensino básico a formas de lançamento de foguetes. É a ciência de ponta, o que está acontecendo de melhor na ciência brasileira”, detalhou a presidenta da instituição, Helena Nader.

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Para qualificar o professorado do Estado, a entidade separou dois dias da semana que antecedem o evento principal para ofertar os cursos. Segundo informações da assessoria, nos dias 16 e 17 de julho, as qualificações serão executadas em parcerias com outras universidades com a finalidade de reforçar os conteúdos das atividades.

Ainda de acordo com a assessoria, a edição pernambucana espera atrair  mais de 20 mil inscritos. O encontro tem como público-alvo as famílias e pessoas das mais variadas faixas etárias interessadas em ciência. Os municípios do Interior contemplados serão Caruaru, Garanhuns, Petrolina e Serra Talhada.

Cerca de 15 mil professores da Rede Estadual de Ensino serão capacitados pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Essa será uma das novidades da edição pernambucana da 65ª Reunião Anual da SBPC, que este ano acontecerá entre os dias 21 a 26 de julho, no Campus da UFPE, no Recife. Outra inovação é que cinco polos do Interior do Estado também participarão do encontro via transmissão televisiva.

As decisões foram ajustadas entre o governador Eduardo Campos e membros da SBPC, durante audiência nesta sexta-feira (19/4), na Sede Provisória do Governo, no Centro de Convenções. Na ocasião, Eduardo foi convidado para abrir o evento, que é considerado o maior do segmento em toda a América do Sul.

“É uma honra muito grande que este evento seja realizado em Pernambuco. É um reconhecimento ao protagonismo do Estado na formação no nosso sistema de Ciência e Tecnologia. E é do nosso extremo interesse fomentar debates que vão ajudar ao País a resolver seus gargalos”, afirmou o governador ao sugerir temas relacionadas ao combate da seca para os pesquisadores. 

Entidade civil sem fins lucrativos, a SBPC promove debates sobre questões que determinam os rumos das políticas de Ciência e Tecnologia e da educação no Brasil. “Estaremos discutindo temas que vão desde mudanças na grade curricular do ensino básico a formas de lançamento de foguetes. É a ciência de ponta, o que está acontecendo de melhor na ciência brasileira”, detalhou a presidenta da instituição, Helena Nader.

A 65ª da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) abriu o período de inscrições. O evento será realizado de 21 a 26 de julho, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os interessados em inscrever resumos também poderão fazê-lo através do site.

Com o tema "Ciência para o novo Brasil", o fórum receberá representantes de sociedades científicas, autoridades e gestores do sistema nacional de ciência e tecnologia para discutir o avanço da ciência nas diversas áreas de conhecimento e as políticas públicas para a área.

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A programação é composta por conferências, simpósios, mesas-redondas, encontros, sessões especiais, minicursos e sessões de pôsteres. Acontecem também eventos paralelos, como a SBPC Jovem (programação voltada para estudantes do ensino básico), a ExpoT&C (mostra de ciência e tecnologia) e a SBPC Cultural (apresentação de atividades artísticas regionais e discussões sobre temas relacionados a cultura).

Em 2012, quase 12 mil pessoas participaram do evento.

Integrantes da equipe do Espaço Ciência irão a São Luiz (MA) para participar de um dos maiores eventos científicos do Brasil, a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento começou nesse domingo (22) e segue até 27 de julho, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O tema central é “Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar a Pobreza”.

O Espaço Ciência levará ao evento a Caravana Notáveis Cientistas Pernambucanos, um projeto que tem o objetivo de promover viagens de divulgação científica levando ao público diversos experimentos. A caravana foi criada entre a parceria do Espaço Ciência e Representação Regional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no Nordeste (ReNE/MCTI) para homenagear 18 notáveis cientistas pernambucanos. A programação para a SBPC contará com “experimentos de bolso” - atividades de interação com o público, réplicas dos cientistas, um jogo de tabuleiro sobre os 18 notáveis cientistas pernambucanos e distribuição de livretos sobre o projeto, de acordo com informações da assessoria de imprensa.

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Na sessão de pôsteres, a equipe do Espaço Ciência apresentará quatro trabalhos. São eles: Curso de Férias ”Saúde é o que interessa, doença não tem pressa - formando multiplicadores no combate à doença negligenciada esquistossomose”; A feira Ciência Jovem como incentivo para a  inovação; CLICinema: Uma Experiência em Mídias na Educação  e Experimento “pH do planeta” como estratégia atraente e útil para o ensino da química.

Antonio Carlos Pavão, professor e diretor do Espaço Ciência, coordenará a mesa-redonda “Desafios do ensino de ciência na realidade brasileira”, nesta quarta-feira (25), das 15h30 às 18h. Participarão também as professoras Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek (UFRJ) e Suely Druck (UFF).

SBPC

A SBPC é um importante meio de difusão dos avanços da ciência nas diversas áreas do conhecimento e um fórum de debate de políticas públicas em C&T e conta com a participação de autoridades, gestores do sistema nacional de ciência e tecnologia (C&T) e representantes de sociedades científicas.

A programação científica é composta por conferências, simpósios, mesas-redondas, encontros, sessões especiais, minicursos e sessões de pôsteres para apresentação de trabalhos científicos. Também são realizados diversos eventos paralelos, como a SBPC Jovem (programação voltada para estudantes do ensino básico), da ExpoT&C (mostra de ciência e tecnologia) e da SBPC Cultural (atividades artísticas regionais).

Brasília - Economia verde, sustentabilidade, mudanças climáticas e desastres naturais, energia, programa espacial brasileiro, medicina tropical, desigualdade social e direitos humanos e educação são os principais temas em pauta para 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O encontro será realizado de 22 a 27 de julho, em São Luís, no Maranhão. A reunião, que este ano tem como tema central Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar a Pobreza, acontecerá no campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Serão realizadas 61 conferências, 66 mesas redondas, 48 minicursos, além atividades como reuniões de trabalho, assembleias e encontros para a discussão sobre os avanços da ciência, e um fórum de debates de políticas públicas em ciência e tecnologia.

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Também faz parte da programação a Expot&C, considerada a maior mostra de ciência e tecnologia das Américas; a SBPC Jovem (para estudantes do ensino básico e profissionalizante), a SBPC Cultural, a Sessão de Pôsteres e a Jornada Nacional de Iniciação Científica.

Para a presidente da SBPC, Helena Nader, a reunião contribui com propostas para o desenvolvimento sustentável do país, “praticando O Futuro que Queremos, discutido na Conferência Rio+20, mas sem deixar de tratar também das políticas públicas de educação e de ciência, tecnologia e inovação”.

Entre os convidados está o israelense Daniel Shechtman, Prêmio Nobel de Química de 2011, além de vários dirigentes de sociedades científicas.

A íntegra da programação 64ª reunião da SBPC: http://www.sbpcnet.org.br/saoluis/home/

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgou nota “repudiando” o corte de R$ 1,486 bilhão do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), anunciado esta semana pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Segundo o documento, o corte “foi recebido com desagrado pela SBPC”.

Em entrevista à Agência Brasil, a presidenta da entidade, Helena Nader, disse que “a ciência brasileira está muito preocupada”. Ela lembrou que o ministério incorporou “inovação” ao nome, mas não recebeu reforço orçamentário. “O ministério ganhou mais um penduricalho e está com menos dinheiro. É uma incoerência”, ponderou.

Segundo Helena, o país vai perder competitividade porque o governo não preserva o orçamento do MCTI. “Vocês vão ver o efeito nefasto disso não é agora, vai levar um tempo”, previu. Ela lembra que os Estados Unidos, no epicentro da crise financeira internacional de 2008, anunciou aumento de gastos com ciência e tecnologia e não cortes. “O mundo não está parado, é só olhar o que os tigres asiáticos, a Índia e a China investem”, comparou.

A presidenta da SBPC salienta que a diminuição do orçamento do MCTI “não vai ao encontro do discurso da presidenta Dilma Rousseff”, se referindo às promessas de campanha, ao lançamento do programa Ciência sem Fronteira e à decisão do governo de tentar repatriar cientistas brasileiros que estejam no exterior e de atrair pesquisadores estrangeiros para trabalhar no Brasil. “Eu acho que a presidenta não está vendo o corte que estão fazendo”, comentou.

A SBPC mandou este ano duas cartas à presidenta Dilma alertando sobre a possibilidade de cortes. A última foi enviada uma semana antes do anúncio. A primeira, assinada em conjunto com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), no começo de janeiro.

Nas cartas, a entidade destaca “a necessidade de se manter os investimentos na área, de modo a alcançar as metas previstas na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação - 2012-2015, e assim alcançar ao final desse período investimentos em pesquisa e desenvolvimento da ordem de 1,8% do PIB [Produto Interno Bruto]”. Atualmente, o Estado e as empresas privadas investem juntos cerca de 1,1% do PIB nacional em ciência e tecnologia.

A Agência Brasil tentou ouvir o ministério e colher informações sobre as áreas e os programas que serão afetados com os cortes, mas não obteve retorno. Em discurso de posse, o ministro Marco Antonio Raupp (MCTI) defendeu que “a alocação de mais recursos deve estar atrelada a padrões de eficiência na sua utilização” e que “sem investimento, pesquisa e desenvolvimento, as empresas brasileiras não inovam, perdem competitividade e correm o risco de serem engolidas ou trucidadas pelas concorrentes de outros países”.

Como ocorreu em 2011, o corte no orçamento do MCTI poderá ser contrabalançado pelo aumento de crédito da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para empréstimos a empresas que façam inovação. De acordo com nota publicada no site da agência, a previsão para este ano é que a “Finep opere, em recursos reembolsáveis para empresas, R$ 6 bilhões, contra os R$ 3,75 bilhões aplicados em 2011, o que corresponde a um aumento de 62,5%”. Os recursos são do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que tem como fonte o Tesouro Nacional.

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