Tópicos | secretário de educação

“Nós temos convicção, baseados em vários estudos, a escola é um ambiente seguro, desde que os protocolos sejam seguidos”. Foi dessa forma que o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Marcelo Barros, argumentou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (31), para justificar o fato de o Governo do Estado ter autorizado o retorno gradual às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas. Barros também defendeu a visão de que o aumento dos casos de jovens nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), vítimas da Covid-19, não tem relação com o ambiente educacional, mas sim, segundo ele, com festas clandestinas e aglomerações em praias.

O secretário de Educação garantiu que, a partir de estudos nacionais e internacionais, é possível entender que “a contaminação da Covid-19 no ambiente escolar é relativamente baixa”, além de reprovar quem se aglomerou e foi para festas não autorizadas. “Essa preocupação em relação ao medo dos casos de jovens em UTI... Com certeza não foram contaminados nas escolas, possivelmente foram contaminados em festas clandestinas, em aglomerações nas praias”, disse Barros.

##RECOMENDA##

Alertando para os diagnósticos do novo coronavírus, que em Pernambuco seguem com altos índices, o secretário reforçou que a autorização é para os jovens voltarem às aulas e não para aglomerações. “Então, pessoal, por favor, não aglomerem!. Os jovens vão retornar para as salas de aula, não é para ir para festa clandestina, não é para aglomerar na praia”, pediu.

O Governo do Estado definiu um cronograma de retorno às aulas para três grupos: rede privada, escolas estaduais e unidades de ensino municipais. Confira as datas.

Pernambuco registra 349.231 casos do novo coronavírus. Até o momento, foram documentadas mais de 12 mil mortes em decorrência da Covid-19.

A partir do dia 1 de janeiro de 2021, Fred Amancio desixará de ser secretário de Educação e Esportes do Governo de Pernambuco para ser secretário de Educação da Prefeitura do Recife. O anúncio foi feito neste domingo (27), pelo prefeito eleito João Campos em seu perfil no Twitter.

“Nosso time começa a ser montado. A partir de janeiro, Fred Amâncio será o nosso secretário da Educação - que foi a minha grande prioridade como deputado e seguirá assim à frente da Prefeitura do Recife.Nos últimos seis anos, Fred vem comandando com destaque a Secretaria Estadual de Educação, sendo apontado por especialistas de todo o país como um dos melhores gestores estaduais da área no Brasil. Conto com Fred para avançar na qualidade da Educação do Recife, ajudando a aumentar as vagas em creches e a pensar num robusto programa para alfabetização das nossas crianças na idade certa”, escreveu João Campos.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Confira o perfil de Fred Amancio no site do governo do estado de Pernambuco

Nascido em Paulo Afonso (BA), em 17 de julho de1969, Frederico da Costa Amancio é formado em Administração pela Universidade de Pernambuco e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, com pós graduação em Economia Aplicada à Gestão Fiscal, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e, tem MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás, pela FGV do Rio de Janeiro. Em 1995, foi aprovado em concurso para auditor fiscal do Tesouro Estadual, lotado na Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz).

Em 15 anos de atuação na Sefaz, exerceu diversas funções e cargos, como chefe de fiscalização de combustíveis, coordenador de planejamento e acompanhamento e, ainda, diretor de legislação e tributação. Em julho de 2008, Amancio integrou a equipe responsável pela aplicação de um novo modelo de gestão na saúde pública do Estado. Em dezembro daquele ano, assumiu o cargo de secretário-executivo de Coordenação-Geral. Em 31 de março de 2010, assumiu o comando da Secretaria Estadual de Saúde. Em 3 de janeiro de 2011 deixou o cargo de Secretário de Saúde para ocupar a vice-presidência do Porto de Suape. Fred Amancio também foi secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape. Antes de assumir a Secretaria de Educação, cargo que ocupa atualmente, exerceu a função de secretário de Planejamento e Gestão.

A pandemia de Covid-19 afastou os estudantes de todos os níveis de ensino das salas de aula, substituindo o ensino presencial pelas aulas remotas (a distância) e, consequentemente, criando defasagens de aprendizado e no conteúdo programático do ano letivo de 2020. Mesmo com o início do processo de retorno às escolas acontecendo aos poucos no estado, muitas são as dúvidas e incertezas de pais, alunos e educadores pernambucanos a respeito de como será 2021, que ainda nem chegou, e já traz expectativas em torno das aulas, vacinas, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da reposição dos conteúdos que não foram concluídos neste ano. 

Segundo o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, o próximo ano contará ainda com aulas remotas, ensino híbrido com rodízio de alunos e protocolos de segurança contra o vírus a serem seguidos nas escolas durante todo o período do ciclo de ensino 2020/2021, que se encerrará no final do próximo ano. O ciclo englobará conteúdos do ano letivo e buscará suprir lacunas de aprendizado até o final de 2021. 

##RECOMENDA##

Para esclarecer dúvidas a respeito do ensino nas escolas de Pernambuco no próximo ano, o LeiaJá entrevistou o secretário de Educação, abordando temas como rodízio de alunos, ensino híbrido, avaliações, ciclo de ensino e reposição de conteúdos, entre outros. Confira, a seguir, a entrevista completa: 

Atualmente, como está o calendário escolar no que se refere aos períodos de aulas, férias e retomada das aulas? 

Fred Amancio: Ainda não retomamos as aulas do fundamental, ainda não temos a autorização do Comitê de Enfrentamento à Covid. Na rede estadual a gente basicamente tem escolas de ensino médio e anos finais do ensino fundamental, a gente praticamente não tem escola de anos iniciais. Noronha foi uma exceção, nós retomamos primeiro inclusive a educação infantil, um caso específico.  

Não retomamos os anos finais, os estudantes continuam com aulas remotas, o que nós retomamos foi o ensino médio, mas dentro daquela filosofia que é uma decisão dos pais se deixa o menino menor de idade na retomada dos estudantes. Nós temos em média, no estado, 50% de retorno. Varia de escola para escola, turma para turma, ano para ano, mas em média a gente está estimando aí algo em torno de 50% dos estudantes que retomaram as suas atividades no sistema híbrido, variando um pouco de escola para escola por causa do cumprimento dos protocolos, e sistema de rodízio, enfim. 

O andamento dos conteúdos varia muitíssimo de escola para escola e até diria de estudante para estudante, porque algumas escolas conseguiram avançar mais, outras menos, e assim por diante. Nós trabalhamos com dois grandes sistemas, nós tivemos uma oferta de aulas na plataforma Educa PE, onde a gente tem todo dia aulas pela internet e pela TV, com um volume ‘x’ de aulas. Nem de longe é o que ele tem todo dia na escola, mas várias escolas nossas fizeram suas próprias plataformas de oferta de aula e essas conseguiram avançar bem mais. Dentro da rede têm situações que variam muito de escola para escola. Consequentemente as escolas têm estágios diferentes desse processo de retomada e reposição de aulas. Tem escolas que têm um número grande de estudantes da zona rural, aí teve que se adaptar melhor a isso e consequentemente teve menos oferta de aulas a distância, enfim, várias questões.

A gente tem grandes diretrizes, naturalmente a gente já sabia que isso ia acontecer,  ter situações diferentes entre escolas. A nossa diretriz dentro do processo é buscar trabalhar para ajudar a todos os estudantes para que eles possam ter o máximo possível de aulas, recuperar o máximo possível de conteúdos e reduzir os prejuízos de um momento tão complexo como esse. Não tem solução perfeita nem aqui e nem em nenhum lugar do mundo para esse contexto de pandemia, a gente teve que criar uma alternativa para poder atender a esse momento com todas as dificuldades aí envolvidas. 

A decisão que nós tomamos aqui no estado para o [ensino] público, entendendo essa diversidade e as dificuldades de vários estudantes, tomamos a decisão de adotar um sistema de ciclo, que é uma coisa prevista excepcionalmente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e também referendado recentemente por pareceres do Conselho Nacional da Educação (CNE). A gente não vai ter o final do ano de 2020, na realidade vai tratar os dois anos como sendo um ano só. Mesmo esse período de férias não é que acabou o ano de 2020 e vai começar o ano de 2021 na prática, falando do ponto de vista do calendário escolar. A gente vai tratar como se fosse um ano só, inclusive do ponto de vista de avaliações, variando com a situação e nível de avanço de cada escola. 

Os estudantes terão uma pausa, até porque os professores precisam também do seu período de férias, como os estudantes, depois retomamos as aulas normalmente, nesse ciclo único 2020/2021, dentro da filosofia que no ano de 2021 a gente não só avançar nos conteúdos que seriam do ano escolar 2021, mas cada escola de acordo com a realidade de cada uma,  ajudar os estudante a recuperar aprendizagens que eventualmente não foram consolidadas em 2020, que vai acontecer em vários casos, tanto para escolas como um todo como em situações específicas de estudantes. 

A gente passou orientações para as escolas para que elas realizem uma avaliação diagnóstica com seus estudantes. Nem tanto para dar nota, mas para os professores entenderem a situação e programar que iria poder avançar neste ano. No mês de março a gente está programado para fazer uma grande avaliação diagnóstica da rede como um todo, independentemente do planejamento individual da escola. 2021 é o ano em que a gente vai buscar avançar mas recuperar muitas aprendizagens. Novamente, isso vai variar muito de escola para escola. 

Neste final de 2020, estamos com as aulas liberadas em todos os níveis de ensino, mas nas escolas públicas, as aulas do ensino infantil e fundamental ainda não foram retomadas. Há previsão de retorno ainda em 2020 ou tudo ficará para 2021? As escolas estão sendo estruturalmente preparadas para receber os estudantes?

Fred Amancio: Quando no meio do ano a gente começou a se preparar para poder iniciar em julho, fazer aquisição de itens para as escolas, fizemos esse trabalho para todas, seja as do ensino médio, que já retomamos, seja para o ensino fundamental, apenas não saiu ainda a autorização. Elas já estão prontas. A gente sugere uma fase de preparação da escola de 15 dias, mas não tem nada a ver com o físico, tem a ver que primeiro a gente faz uma etapa de fase preparatória, que é receber primeiro as equipes de limpeza, para poderem fazer uma limpeza geral da escola, para a gente poder passar orientações para as equipes administrativas, gestão da escola e terceirizados. 

A gente passa orientações, na semana seguinte voltam os professores para fazer o planejamento da retomada das aulas e na semana seguinte voltam os estudantes. A gente só precisa de 15 dias para fazer esse passo a passo de orientação, mas do ponto de vista de estrutura física, elas estão preparadas já há alguns meses, como aconteceu nas escolas do ensino médio.

Estou falando da rede estadual. Vai ter um outro desafio das redes municipais, que não é conosco. Vai variar, tem o desafio da transição, maior dificuldade dos municípios mesmo, de estrutura, transição de gestões, aí é um outro nível de desafio. Tudo que estou contando é sobre a rede estadual, porque o estado não manda nas redes municipais, ele só autoriza [o retorno] e as redes municipais vão decidir quando retomam. 

O comitê de enfrentamento tinha estabelecido a retomada do ensino médio nas redes pública e privada. Tivemos debates, questões judiciais que acabaram retardando, criando uma diferença de 15 dias entre a retomada da rede pública e da rede privada. Fizemos o início da retomada, depois [o comitê] autorizou a retomada da rede privada e estávamos prestes a iniciar a retomada da rede pública. 

Como a maior parte dos municípios estavam em fim de gestão, acabaram sinalizando, pelo menos essa foi a posição do presidente da Amupe [Associação Municipalista de Pernambuco], que a posição dos municípios é de não mais retomar esse ano. No caso da rede estadual é uma quantidade bem menor de estudantes porque a gente não tem anos iniciais, não tem educação infantil. Agora as redes municipais, independentemente da autorização, já anunciaram que não vão mais retomar esse ano. 

Como será o calendário desse ciclo para o ensino médio? E para os demais níveis, a partir da autorização para retomada das aulas?

Fred Amancio: Como eu disse, pode variar de escola para escola, de rede para rede. Está tendo aula, bem ou mal. Para efeito de carga horária é feita a contagem. Sobre datas, cada rede tem autonomia para estabelecer suas datas, seja privada, municipal ou estadual. A gente deve ter férias em janeiro, ter a data de retomada e seguir até o final do ano complementando carga horária e principalmente aprendizagem para chegar ao fim de 2021 tendo avançado nos conteúdos de 2020 e 2021.

Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

As escolas avançaram, mas varia muito. A rede estadual tem diferença entre escolas, tem escolas particulares que avançaram quase integralmente. Dificuldade não tem a ver só com estrutura, tem gente com dificuldade. Na rede estadual, a gente só está observando o fator autorização, quando autorizar, no dia seguinte a gente retoma. 

Os municípios têm o desafio de estruturar as escolas, preparar as escolas e estão em final de gestão. Estamos com pouco mais de 100 prefeitos novos, então eu acho que tudo isso pesou no processo decisório dos municípios de deixar para o início do ano que vem. 

Quais são as maiores dificuldades a enfrentar na reposição dos conteúdos para você enquanto gestor, para estudantes e profissionais da educação nas redes pública e privada de ensino? 

Fred Amancio: Os professores tiveram que se reinventar, porque ninguém no mundo se preparou para ensino remoto em larga escala. Os primeiros meses foram muito difíceis, os professores foram se adaptando nesse processo. Nós demos cursos on-line sobre técnicas e ferramentas, e a gente percebe a evolução das escolas nas aulas a distância, mas ainda assim as melhores aulas para os estudantes são as aulas presenciais. 

Tem o desafio não apenas da preparação da escola, mas do dia a dia da escola no ponto de vista de manutenção dos protocolos. Você tem uma rotina diferente na escola, eu diria que durante um contexto de pandemia que vai perdurar durante todo o ano de 2021. É uma mudança cultural. A gente achou muito positivo ter começado o processo de retomada ainda em 2020, porque ela vai acontecer ao longo de 2021 inteiro. O próprio sistema híbrido com oferta de aulas presenciais e não-presenciais é um desafio para todas as escolas. É uma coisa muito nova, mas eu diria que tem avanços importantes de estrutura, do trabalho que é feito em si. 

Tanto professores como escolas evoluíram com relação a isso, mesmo a própria rede, além de ter criado plataformas a gente acabou criando estruturas diferenciadas. O local onde a gente transmite nossas aulas tem três estúdios diferentes permitindo diferentes configurações de aula, a gente tem agora um programa que não existia de oferta de internet gratuita para os estudantes, o Conecta Aí, muita coisa aconteceu, evoluímos muito, mas é um desafio muito grande. 

Os estudantes também estão se adaptando a mudar seu sistema de estudo e aprendizagem nesse processo. As pessoas diziam ‘ah, o grande desafio é a questão da estrutura das escolas’, estrutura é uma parte, talvez o maior desafio seja o dia a dia, a mudança cultural. Não é ter álcool em gel, é você usar. Não é você ter uma pia para lavar a mão, é você ter o hábito de lavar as mãos constantemente. Não é ser obrigatório o uso de máscara e dar máscara, como a gente deu a todos os estudantes, face shields e tudo o mais, e não ser utilizado. 

A mudança cultural no dia a dia da escola de utilizar isso, e que vai estar presente conosco, sem dúvida, durante muito tempo, é um desafio. Talvez a gente já ter começado e estar agora nesse trabalho de que isso faça parte do dia a dia das escolas sem dúvida é importante, mas um desafio sem dúvida alguma.

 Vamos viver esse contexto ao longo de todo o ano de 2021, acho que o estado tomou uma decisão acertada de iniciar o processo de retomada, porque muitos disseram “vamos começar o processo de retomada só no próximo ano com a vacina’. Nós aqui já saíamos disso, alguns talvez tivessem uma esperança que não tinha base científica, mas nós sabemos que não tem nem previsão de vacinação para os jovens e crianças, e não tem porque são o público menos atingido mesmo. Mas tem perspectiva de ao longo do primeiro semestre ter uma vacinação para os mais idosos, aqueles que têm comorbidades, mas as crianças não podem ficar tanto tempo fora da escola. Tem uma série de prejuízos, mesmo na Europa com a segunda onda, tem estabelecimentos que foram novamente fechados, mas a escola está aberta.

Atualmente, temos estudantes nas escolas e também alunos que seguem vendo aulas de casa. Como está sendo estruturado o ensino híbrido neste final de ano e como será no próximo ano? O modelo será utilizado durante todo o ciclo 2020/2021? 

Fred Amancio: Vai seguir até o final. É muito provável que no ano todo a gente não vai ter vacinação de crianças e jovens. As que são grupo de risco devem entrar em uma etapa anterior, mas para os demais é necessária essa oferta para dar tranquilidade aos pais. A tendência é ir crescendo o número de alunos em sala até ter todos os estudantes, mas minha expectativa é que isso vá ocorrer ao longo do ano. 

Variando de escola para escola, dependendo do número de estudantes no [ensino] presencial, pois vai precisar ter rodízio se voltarem muitos estudantes, para cumprir o protocolo. Para dar conta do conteúdo, tem que ter parte presencial e parte não presencial, mas isso varia muito de escola para escola.

LeiaJá também

--> PE: rede estadual não reprovará estudantes em 2020

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou nesta terça-feira (22) Miguel Cardona como secretário de Educação, batendo o recorde de latinos no gabinete.

"Em Miguel Cardona, os Estados Unidos terão um professor de escola pública experiente e dedicado", afirmou Biden, assinalando que o perfil do escolhido poderá ajudar a "abordar as desigualdades sistêmicas", lidar com a crise de saúde emocional entre os professores e garantir um ensino pré-escolar universal e de alta qualidade.

A Liga de Cidadãos Latinos Americanos (Lulac) comemorou a nomeação e cumprimentou Biden por cumprir a promessa de superar a cota de latinos dos governos de Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. "A escolha de Miguel A. Cardona significa que temos agora a possibilidade de, pela primeira vez na História, três latinos estarem no gabinete", assinalou a organização.

A Associação Nacional de Funcionários Latinos Eleitos e Designados (Naleo) destacou que, como originário de Porto Rico, Cardona enfrentou dificuldade para aprender inglês na pré-escola e passou a maior parte de sua carreira trabalhando para eliminar o abismo entre os estudantes de minorias e os demais.

Nesta sexta-feira (27), o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, entregou ao Conselho Estadual de Educação de Pernambuco (CEE), o Currículo de Pernambuco do Ensino Médio. O documento norteará as práticas pedagógicas em todas as etapas de ensino nas unidades de educação básica do Estado. 

A entrega foi realizada na sede do CEE, no Recife, com a presença do presidente do Conselho, Antônio Henrique Habib Carvalho, da vice-presidente do CEE e articuladora da construção base nacional da base curricular do novo Ensino Médio, Gisele Muniz. 

##RECOMENDA##

Segundo a Secretaria de Educação, o novo currículo “foi elaborado com a participação de toda a comunidade escolar por meio de formações em escolas públicas e privadas de todo o estado”, priorizando “o debate com os profissionais de educação e o respeito às identidades culturais, políticas, sociais e econômicas das diferentes regiões de Pernambuco”. 

Mudanças

Uma vez aprovado o novo texto, a jornada do ensino médio passará para 3 mil horas, sendo até 1.800 para vivência de competência e habilidades previstas na Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e outras 1.200 em Itinerários Formativos, promoção da integração, interdisciplinaridade e contextualização entre áreas do conhecimento. 

O presidente do CEE, Antônio Henrique Habib Carvalho, se comprometeu a trabalhar para uma rápida aprovação do novo currículo. “De imediato, criaremos uma comissão para que ela possa trabalhar o mais rápido possível e dar uma resposta para que esse documento ele seja implementado de acordo com a necessidade que o estado de Pernambuco precisa”, declarou o presidente.

Para a secretária executiva de Desenvolvimento da Educação, Ana Selva, o novo currículo coloca a educação como direito humano e busca fortalecer uma sociedade igualitária e democrática. “Estamos muito felizes de estar entregando neste momento o fruto de um longo período de discussão coletiva com os professores do estado de Pernambuco. Contamos com a participação de um time de professores que tiveram a oportunidade, além da consulta pública, de estar participando de forma online dos seminários durante o isolamento social”, comentou.

Já o secretário de Educação, Fred Amancio, se disse feliz com a apresentação do documento pois, para ele, o novo currículo “epresenta um passo importante na implementação do novo ensino médio, e foi um trabalho desenvolvido ao longo de todo o ano com a participação de muitas pessoas, várias instituições, professores e estudantes, que contribuíram em todo o processo. Ficamos muito contentes e satisfeitos”.

Com informações da assessoria da SEE

LeiaJá também

--> Sesi-PE prorroga inscrições para o Novo Ensino Médio

Estudantes do terceiro ano do ensino médio voltaram às aulas presenciais, nesta quarta-feira (21), na rede estadual de ensino de Pernambuco. Ao acompanhar a chegada dos alunos, o secretário de Educação e Esportes, Fred Amancio, garantiu que está sendo feito um planejamento para que os conteúdos pedagógicos sejam colocados em dia, com foco maior nas turmas terceiranistas. Em entrevista ao LeiaJá, Amancio descartou, porém, a adoção da aprovação automática.

As aulas estavam suspensas desde março, em virtude da pandemia da Covid-19. Segundo o secretário de Educação, o Governo de Pernambuco deve aderir a um sistema de ciclos, em que permite que parte dos assuntos de 2020 seja trabalhada em 2021. O secretario afirmou que o cronograma desse processo ainda não foi definido, mas soltou que existe uma tendência de intensificação pedagógica para alunos do terceiro ano do ensino médio concluírem a formação até o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cuja prova impressa está marcada para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021.

##RECOMENDA##

Pernambuco tem em torno de 81 mil alunos do terceiro ano. Se somados às turmas dos primeiro e segundo anos, o quantitativo passa de 300 mil, segundo a Secretaria de Educação e Esportes. Assista, a seguir, à entrevista de Fred Amancio ao LeiaJá, além de um depoimento do estudante Lucas Emanoel dos Santos, de 19 anos, que comentou, nesta manhã, o retorno às aulas presenciais na Escola Técnica Estadual Professor Agamemnom Magalhães (Etepam), no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife.

Em entrevista ao comunicador Geraldo Freire nesta quinta-feira (20), na Rádio Jornal, o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, admitiu que ainda não é o momento de retomar as atividades presenciais nas escolas do Estado. Mesmo preocupado com os impactos da pandemia do novo coronavírus, a exemplo dos riscos de evasão escolar, Amancio segue aguardando as orientações dos órgãos competentes; em Pernambuco, as aulas da educação básica seguem suspensas até o dia 31 deste mês, nas escolas públicas e privadas.

“É o momento de voltar? Não, não é o momento. Quando vai ser esse momento? Quando as autoridades de saúde entenderem que os números da pandemia melhoraram no Estado”, disse o secretário a Geraldo Freire. O gestor educacional revelou, no entanto, sua preocupação com pessoas que defendem um retorno das escolas apenas em 2021. “Alguns prejuízos poderão perdurar pelo resto da vida”, alertou Amancio.

##RECOMENDA##

Na visão do secretário, o retorno das escolas de Pernambuco precisa ser gradual e, até mesmo, em formato de rodízio. Fred Amancio adiantou que os alunos do terceiro ano do ensino médio devem voltar às aulas primeiro, uma vez que 2020 é o último ano deles na escola, bem como como são os mais velhos entre os estudantes.

Pernambuco tem cerca de 580 mil alunos na rede estadual de ensino. No que diz respeito ao impactos do novo coronavírus, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o Estado contabiliza 116.359 casos de Covid-19, enquanto que o número de mortes passa de 7,3 mil.

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que foi convidado pelo presidente da República Jair Messias Bolsonaro (sem partido) para ser ministro da Educação na anunciou, neste domingo (5), ter declinado o convite. O comunicado foi feito através do Twitter de Feder. 

“Recebi na noite da última quinta-feira uma ligação do presidente Jair Bolsonaro me convidando para ser ministro da Educação. Fiquei muito honrado com o convite, que coroa o bom trabalho feito por 90 mil profissionais da Educação do Paraná. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação”, escreveu o secretário.

##RECOMENDA##

Indicação ao cargo

Desde a exoneração de Abraham Weintraub, não houve posse de um novo titular no MEC. O primeiro nome indicado foi o de Carlos Alberto Decotelli, que pediu demissão por meio de carta cinco dias após ser escolhido pelo presidente, depois que seu currículo foi contestado inúmeras vezes. 

Renato Feder, que é secretário de Educação do estado do Paraná, foi convidado para ser ministro na última quinta-feira (2) e teve seu nome oficialmente anunciado na sexta (3). No entanto, seu nome enfrentou resistência.

Feder havia sido cotado ao cargo antes mesmo da escolha de Decotelli, mas foi preterido por Bolsonaro devido a uma doação de R$ 120 mil feita para a campanha de João Doria (PSDB), ex-aliado e desafeto do presidente, no ano de 2016 quando Feder era dono da empresa de tecnologia Multilaser.

Nas redes sociais, Feder também sofreu rejeição de apoiadores do presidente devido à doação feita a Doria no passado. Evangélicos como Silas Malafaia e deputados bolsonaristas como Bia Kicis (PSL-DF) também demonstraram descontentamento em relação ao nome de Feder, assim como alunos do guru do governo, o astrólogo Olavo de Carvalho.

LeiaJá também

--> Bolsonaro escolhe Renato Feder como novo ministro do MEC

--> Renato Feder vira alvo de rejeição ao cargo de ministro

A pandemia de Covid-19 gerou a necessidade de distanciamento social e uma das esferas da vida cotidiana afetadas pela prevenção ao contágio foi a educação presencial, que precisou ser suspensa ou passar ao regime remoto. Em um momento em que alguns estados iniciam planos de reabertura das atividades econômicas, surgem questionamentos sobre como será a retomada das aulas presenciais nas escolas e demais instituições de ensino de Pernambuco.

Em entrevista ao LeiaJá, o secretário de Educação e Esportes do Estado, Fred Amancio, explicou que a pasta está elaborando um plano de convivência com a Covid-19 específico para a educação básica, nível superior e também outras esferas, como cursos livres, profissionalizantes e cursos de idiomas. Até o momento, porém, não há data oficial para o retorno das aulas presenciais em Pernambuco.

##RECOMENDA##

“Específico no sentido de a gente inclusive ter um plano com detalhamento que também será em etapas, como é o plano de convivência geral, mas que leve em consideração essa diversidade que é a discussão sobre educação. Vai ter um protocolo setorial construído junto à Secretaria de Saúde e à Secretaria de Planejamento que tem uma série de aspectos que têm que ser observados por todos os setores, com três grandes eixos: higiene, monitoramento e comunicação”, afirmou o secretário. 

A ideia, segundo Fred, é elaborar um protocolo que atenda ao estado de Pernambuco de maneira geral. No entanto, ele esclarece que isso não acaba com a possibilidade de, em caso de necessidade, olhar para as necessidades específicas de uma determinada região ou município e agir de forma diferenciada de acordo com a realidade local. “A gente não vai ter um plano separado por município, ou separado por região, mas a gente vai, sim, prever a possibilidade de no âmbito das diversas regiões, de poder ter ações caso aconteça uma necessidade específica em uma determinada região”, contou o secretário de Educação. 

Para a elaboração do plano de convivência com a Covid-19 na educação e seus protocolos de segurança, distanciamento e higiene nas escolas, o secretário Fred Amancio conta que tem realizado estudos, baseado em experiências internacionais, e feito reuniões com entidades ligadas à educação, enquanto os números da pandemia são monitorados pelas autoridades estaduais de saúde. 

“Nosso plano de convivência também vai ser em etapas, mas as nossas etapas vão ser um pouco mais à frente. A gente não tomou nenhuma decisão e nem apresentou nada oficialmente, porque primeiro vai ser feita uma avaliação de como foram esses primeiros dias de junho, se verificar com todo o material que a gente vai produzir e apresentar para a área de saúde. Se eles entenderem que é possível a gente dar esse passo, fica a decisão final do governador”, afirmou o secretário. 

Prevenção na volta às aulas

Uma das entidades que têm estado presente nas discussões com o Governo de Pernambuco, no que diz respeito à elaboração de um plano de convivência com a Covid-19 especificamente para a educação, é o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), cujo presidente, Fernando Melo, contou ao LeiaJá que um documento com diversos aspectos considerados importantes pelos professores e técnicos foi entregue à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco no dia 1º de junho.

“A gente elenca uma série de itens que vão desde a estrutura da escola até a acolhida dos professores, dos funcionários, pessoal da área pedagógica, cuidado com o espaço, e distanciamento entre os estudantes”, disse o presidente do Sintepe.  

Fernando explicou que o canal de diálogo com a Secretaria para elaboração dos protocolos de segurança está aberto, o que ele considera importante, mas aponta que há problemas estruturais na maioria das escolas que tornará muito difícil o cumprimento das normas de higiene e distanciamento em muitas delas no momento do retorno das atividades. 

“Mais de 50% das escolas terão muita dificuldade para cumprir protocolos. Temos escolas com estrutura de razoável a boa, no caso mais de mil escolas no Estado, mas também temos escolas que enfrentam problemas de superlotação nas salas. Isso é um grande problema por conta do espaço mínimo entre os estudantes e os profissionais dentro de sala de aula. Colocamos essa dificuldade, a dificuldade de algumas escolas terem problemas nas instalações sanitárias, outras terem problemas na questão da água, abastecimento e reservatórios de água e problemas de rede de esgoto”, explicou Fernando. 

Tal situação gera grande preocupação pois, como salienta o presidente do Sindicato, o contingente de pessoas conectadas às escolas é enorme. “Somos 2,4 milhões de pernambucanos envolvidos diretamente com as escolas públicas ou privadas e qualquer situação mal elaborada faz estourar uma possibilidade de contágio”. 

Para enfrentar o problema, de acordo com Fernando Melo, a proposta do Sintepe é a elaboração de duas comissões para discussão dos temas ligados à educação no Estado durante a pandemia, com participação da Secretaria de Educação, do Sindicato, mas também de outros setores da sociedade interessados no assunto. 

Rede Municipal do Recife

A mesma situação de dificuldades estruturais é encontrada na rede municipal de ensino do Recife, segundo Carlos Elias, que faz parte da diretoria do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), na função de secretário de finanças. “As escolas continuam com estrutura precária, com salas pequenas, superlotadas. O calor também é uma queixa constante, mesmo depois da Prefeitura ter prometido que ia climatizar todas as salas de aula da rede municipal até 2019. No começo do ano também vimos unidades sem abastecimento de água”, disse ele. 

No entanto, se na gestão estadual o relato dos professores vai em um sentido de abertura ao diálogo com a classe, Carlos fez duras críticas à Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife em nome do Simpere.  “O Simpere, desde o dia 18 de março, não recebe nenhuma resposta da Secretaria de Educação sobre a discussão sobre o processo de educação a distância implementado na Prefeitura do Recife de forma autoritária e antidemocrática, através de uma concepção classista privada e excludente, com a compra de uma plataforma que custou quase R$ 4 milhões. (...) Agora fala em reabertura das escolas sem uma real discussão com as professoras, a comunidade escolar e sua entidade de classe? É de um autoritarismo e irresponsabilidade sem tamanho a forma como prefeito, Geraldo Julio, e a Secretaria de Educação, têm tratado a discussão sobre educação no Recife", declarou Carlos.

Em nota enviada ao LeiaJá, a Secretaria de Educação do Recife informou que “quanto a preparação da retomada das aulas presenciais, um protocolo de cuidados necessários está sendo construído para convivência nas escolas no retorno às aulas presenciais, que ainda não tem data definida para acontecer".

"De acordo com o secretário de Educação do Recife, Bernardo D’Almeida, o protocolo deverá seguir rigorosamente as orientações e determinações das autoridades de saúde e sanitárias do Estado e do Município do Recife”, acrescenta o posicionamento.

LeiaJá também

--> Paulista antecipa recesso escolar a partir de 15 de junho

--> Secretaria lança podcast para alunos do ensino médio

Na tarde desta quarta-feira (6), 40 estudantes da Escola Municipal Bola na Rede, no bairro da Guabiraba, tiveram um dia diferente, aprendendo fora da sala de aula. Eles participaram de um passeio no Barco Escola Águas do Capibaribe para tratar de temas ambientais. O roteiro teve início às 14h30 com saída do Marco Zero. 

O Secretário de Educação da Prefeitura do Recife, Bernardo D’Almeida, esteve presente na incursão pedagógica e disse que o passeio tem o objetivo de conscientizar as crianças sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e tomar cuidado com o impacto da ação humana sobre a natureza.

##RECOMENDA##

“A ação humana tem agredido tanto o meio ambiente que as mudanças climáticas estão se acelerando negativamente para as pessoas, principalmente para os mais pobres. A gente quer que as crianças tenham consciência da importância das mudanças climáticas que podem afetar não somente o Recifense, mas toda a humanidade”, disse ele. 

Sobre a educação ambiental das crianças nas escolas do município, o secretário afirmou que os temas são abordados de modo transversal pelos educadores no currículo escolar, tanto dentro de sala quanto em ações extra-classe. Bernardo citou como exemplo a “ecobarreira” feita por estudantes com garrafas pet para filtrar o lixo do Canal do ABC, junto à Escola Municipal Professor Antônio de Brito Alves, no bairro da Mustardinha.

[@#galeria#@]

Alfio Mascaro, Geógrafo com mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, foi o responsável por conduzir o passeio das crianças pela Bacia do Pina, apresentando pontos da cidade e levantando discussões ambientais e urbanas com os estudantes. 

“Vamos pensar sobre as mudanças climáticas que têm uma importância grande nas ações do nosso dia a dia. Por exemplo, temos uma subida grave do nível dos oceanos em comparação a séculos passados. Isso é preocupante, as populações de montanhas e ribeirinhas são muito impactadas, hoje já tem muitos migrantes, exilados do clima. É importante o Brasil ter uma política de preservação ambiental, respeito às florestas, às populações tradicionais, tudo que o governo não está fazendo”, afirmou ele. 

Joanna Correia da Cunha tem 10 anos, é aluna do 5º ano da Escola Municipal do Recife Bola na Rede e relatou a presença de lixo nas águas do rio. Para ela, um dos aprendizados do dia de passeio foi a necessidade de reciclar.     

Já Alana Beatriz Barbosa, que também está no 5º ano, conta que gostou de passar por baixo das pontes da cidade no barco, ver as árvores dos manguezais, aprender sobre a influência da lua nas marés e sobre o Rio Capibaribe. A estudante, que costumava jogar lixo nas ruas com frequência, afirma que mudará de atitude pensando nas águas da cidade e nos animais marinhos. “O lixo prejudica o rio, o mar e os animais marinhos. Vou parar de jogar lixo na rua porque ele faz mal aos animais marinhos e eu não queria estar no lugar deles”, disse a menina. 

[@#video#@]

A incursão pedagógica faz parte da programação da Conferência Brasileira do Clima, realizada no Recife desta quarta-feira (6) até a próxima sexta-feira (8). O evento reúne ONGs, movimentos sociais, a comunidade científica, o governo e o setor privado para debater experiências, tecnologias, negócios e políticas públicas do Brasil para combater o aquecimento global. 

LeiaJá também

-->  Óleo nas praias: as consequências que podem cair no Enem

--> Símbolo do Recife, Capibaribe pode ser atingido por óleo

Gestores públicos da educação de São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo e Pernambuco, bem como o Instituto Ayrton Senna, se reúnem hoje para discutir soluções para os desafios a serem enfrentados diante dos problemas que a educação no país enfrenta.

O encontro é promovido pelo Intituto Ayrton Senna e faz parte do Conselho Consultivo (formado por gestores públicos da educação) do eduLab21 - laboratório de ciências e inovação aplicadas à educação. O Secretário de Pernambuco, Fred Amâncio participa do encontro, bem como cientistas e especialistas da Educação.

##RECOMENDA##

A reunião propõe um laboratório de estudos, para entender sobre as demandas das redes públicas de ensino, e como pensar na construção das políticas públicas mais eficazes e melhorar a educação brasileira. Economistas como Ricardo Paes de Barros (Instituto Ayrton Senna/Insper) e Daniel Santos (Universidade de São Paulo) e os psicólogos Filip De Fruyt (Universidade de Ghent, Bélgica), Oliver John (Universidade da Califórnia) e Ricardo Primi (Universidade São Francisco), integram a mesa de discussões.

Também participante do encontro, a presidente do Instituto, Viviane Senna, ressalta a importância de pensar em novos projetos sobre as condições da educação pública: “Sabemos que a promoção de uma educação de qualidade para o século 21 depende da constituição de toda uma rede comprometida com a aprendizagem das nossas crianças e jovens. Por isso, essa troca de informações entre gestores e cientistas é tão fundamental”.

O debate ocorre nesta quinta-feira (7), em São Paulo, na Sede do Instituto Ayrton Senna.

O secretário de Educação do Paraná, Fernando Xavier, pediu nesta quarta-feira (6) demissão do cargo por motivos pessoais, informou em nota a secretaria. O pedido foi formalizado uma semana após a ação da Polícia Militar (PM) durante protesto dos professores da rede estadual de ensino, em Curitiba, resultando em mais de 200 feridos.

Os professores reuniram-se no último dia 29, no Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, contra projeto de lei que alterou o fundo previdenciário dos servidores públicos estaduais. Desde o dia 25 de abril, os professores estaduais estão em greve. A principal reivindicação da categoria é a revogação do projeto, aprovado na quarta-feira (29) e sancionado no dia seguinte (30) pelo governador Beto Richa (PSDB).

##RECOMENDA##

Ontem (5), os professores fizeram assembleia e, por unanimidade, decidiram pela manutenção da greve. Eles também reinvindicam reajuste de 13,1% retroativo à data-base, realização de concurso público e melhores condições de trabalho. Antes da assembleia, eles realizaram um ato de repúdio à repressão policial, reunindo, segundo os organizadores, 15 mil pessoas. A PM estimou em 10 mil o número de manifestantes.

De acordo com a assessoria de comunicação do governo, a professora Ana Seres Trento Comim substituirá Xavier no cargo. Formada em matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), ela ocupava o cargo de superintendente da Secretaria de Educação.

O Secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Fred Amâncio, em breve vai assumir outra pasta no Governo. A partir de janeiro de 2015, caberá a Amâncio o comando da Secretaria de Educação, que foi um dos pilares da Campanha do governador eleito, Paulo Câmara. 

A equipe do Portal LeiaJá conversou com o secretário, que comentou a expectativa em torno da nova pasta. “Será um grande desafio, teremos muito trabalho pela frente. O programa de governo de Paulo Câmara (PSB) já dá um norte dos diversos compromissos e tarefas que teremos pelos próximos quatro anos”, ressaltou.

##RECOMENDA##

Formado em administração e em Direito, com pós graduação em Economia Aplicada à Gestão Fiscal, Fred Amâncio está no Governo do Estado desde 2010, quando assumiu a Secretaria de Saúde do Estado. Só em 2012 ele foi nomeado Secretário de Planejamento e Gestão pelo então governador Eduardo Campos. 

Confira na íntegra a expectativa do futuro secretário de Educação de Pernambuco:

[@#video#@]

 

Em discurso na tribuna da Câmara Municipal do Recife o presidente da Comissão de Educação e Cultura daquela instituição, vereador André Régis (PSDB), fez uma indagação aos pais para que fizessem um balanço sobre a passagem do ex-secretário de Educação municipal, Valmar Corrêa, que segundo o parlamentar “chegou, saiu, e as escolas públicas continuam as mesmas, ou seja, com ambientes opressores, com salas quentes e inadequadas”. O tucano explicou que ele e sua equipe têm visitado constantemente essas escolas e, munidos de higrômetro, chegaram a constatar uma temperatura de 35 graus numa das salas inspecionadas.

“Verificamos também que a iluminação das salas cuja luminosidade deveria ser de pelo menos 200 lux, não passava de 40 lux. Ou seja, a nossa criança vai para a rede escolar e a sala que a recebe é quente e escura, os professores não têm condições para lecionar e essa escola é também cara, pois cada aluno custa 630 reais por mês aos cofres do Recife. Com esse valor o pai ou a mãe matricularia seu filho numa boa escola em qualquer parte da cidade”, disse o parlamentar. 

##RECOMENDA##

De acordo com André Régis, a gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) não melhorou as condições de aprendizado das crianças do município. “(...) temos que advertir que o que está em jogo é o futuro delas que estão indo para as escolas públicas e não estão aprendendo. Então, diante desse quadro, é preciso que venha alguém com visão de futuro para comandar a pasta da Educação. Que saiba o que fazer, que entenda sobre educação, que possa fazer com que a gente construa um futuro seguro para essas crianças. Uma ação dessa amplitude irá refletir seguramente em toda a sociedade”, relatou

“É lamentável que tenha ocorrido uma troca de secretário, da forma inclusive como aconteceu, refletindo de fato a má gestão da rede pública municipal que continua ruim. Quem entrar em qualquer escola, mesmo nas que foram anunciadas pelo então secretário como tendo sido reformadas, irá apenas encontrar uma pintura. A propalada reforma é apenas uma pintura, pois não se mudou a realidade. É preciso que haja um compromisso para o estabelecimento de uma nova rede pois se isso não for feito não iremos ofertar um futuro seguro para as nossas crianças”, finalizou André Régis.

Na última semana, Valmar Corrêa saiu da Secretária de Educação para ajudar na campanha do pré-candidato à Frente Popular ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB). Em seu lugar, entrou o auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), Jorge Vieira. 

Logo após Geraldo Julio (PSB) anunciar os secretários que irão administrar a cidade do Recife, o vereador eleito, Raul Jungmann (PPS), declarou que o ex-reitor da UFRPE, Valmar Correia de Andrade, que irá assumir a pasta de educação, é “ficha suja”.

De acordo com o texto publicado no facebook de Jungmann, Valmar não poderia tomar posse pois estaria infringindo o artigo 60 da Lei Orgânica do Município e solicitou que Geraldo reveja suas escolhas para alguns secretários. 

##RECOMENDA##

“Tudo seria apenas um problema administrativo futuro por uma equivocada indicação, se não fosse o fato de que o ex-reitor Valmar Correa ser um ficha-suja. Valmar Correa teve as contas rejeitadas e figura na lista do Tribunal de Contas da União como inelegível em 2012, por irregularidades praticadas na UFRPE”, comentou Jungmann.

O processo foi instaurado pelo Tribunal de Contas do União (TCU) em 2003, devido à irregularidades na dispensa de licitaççao de um contrato firmado entre UFRPE  e a Fundação Apolônio Sales de Desenvolvimento Educacional (Fadurpe). Na época, Valmar era vice-reitor e o TCU aplicou uma multa e determinou que os valores repassados e bens adquiridos fossem ressarcidos à Universidade.

Em sua defesa o ex-reitor divulgou um nota oficial declarando não ser “ficha-suja” e que a decisão do TCU não apresenta qualquer desvio de recursos. “Foi constatado uma tranferência de atividade à fundação de apoio a UFRPE, fato que não caracteriza irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa”.

Por fim, Valmar ressaltou que a relação de processo julgado que fora divulgada é meramente informativa e que, após 2002, foi eleito pela comunidade acadêmica reitor da UFRPE em 2004 e 2008.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando