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Após dois anos, a atriz Allison Mack deixou a prisão. Allison, que é conhecida por seu trabalho como Chloe Sullivan, melhor amiga de Clark Kent, na série ‘Smallville’, estava presa por envolvimento na seita de escravas sexuais NXIVM. Inicialmente, a pena da atriz, que foi condenada em 2021, era de três anos, no entanto, esse tempo foi reduzido após ela contribuir para a condenação de 120 anos do líder da seita, Keith Raniere.

Na época das investigações do caso, Allison se declarou culpada e afirmou que estava arrependida, assim como declarou que sofria de pressão psicológica realizada por Raniere. "Ao longo de todo o tempo, eu acreditei que as intenções de Keith Raniere eram de ajudar pessoas (...) Eu estava errada. Eu agora percebo que eu e outras pessoas engajamos em condutas criminosas", declarou na época da prisão. 

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A seita

As investigações apontaram que a entrada no grupo secreto NXIVM, as mulheres eram obrigadas a revelar segredos pessoais que pudessem comprometer as reputações. A seita também coletava fotos explícitas e vídeos dos participantes, além de tratá-los como propriedade. 

As autópsias realizadas sobre alguns corpos encontrados em uma floresta no sudeste do Quênia, onde membros de uma seita evangélica se reuniam, revelaram a ausência de alguns órgão, segundo um documento judicial consultado nesta terça-feira(9) pela AFP.

"Laudos de autópsia revelaram que faltavam órgãos em alguns corpos das vítimas que foram exumados até agora", indica o documento com data de segunda-feira. O texto também menciona "tráfico de órgãos humanos bem coordenado que envolve vários atores".

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Mais de cem corpos, em sua maioria de crianças, foram descobertos em abril na floresta de Shakahola, onde se concentravam os fiéis de uma seita que recomendava o jejum extremo para "conhecer Jesus".

A descoberta dos corpos provocou sentimentos de horror, indignação e incompreensão neste país da África Oriental, de cerca de 50 milhões de habitantes e mais de 4.000 igrejas registradas, segundo o governo.

Segundo as autópsias realizadas sobre 112 corpos, a maioria das vítimas morreram de fome, após ter supostamente seguido os conselhos de Paul Nthenge Mackenzie, um autoproclamado pastor da Igreja Internacional das Boas Novas.

O pastor, que se encontra detido, será processado por "terrorismo", anunciaram os promotores em 2 de maio.

Algumas das vítimas, no entanto, foram estranguladas, golpeadas e afogadas, indicou na semana passada o responsável pelas operações de autópsia, o médico Johansen Oduor.

No documento, a Direção de Investigações Criminais (DCI) pede o bloqueio das contas bancárias do pastor Ezekiel Odero, detido em 28 de abril por este caso e solto na quinta-feira, sob fiança.

Segundo o DCI, este influente religioso recebeu "enormes transações em espécie", procedentes das quantias entregues pelos fiéis a Mackenzie, que pediu a eles que vendessem suas propriedades.

Um ministro do governo japonês anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (24), após ter sido criticado por seus vínculos com a seita Moon, no olho do furacão desde o assassinato do ex-chefe de governo Shinzo Abe, em julho deste ano.

Daishiro Yamagiwa, ministro encarregado da Revitalização Econômica, declarou à imprensa que não quer que as acusações sobre seus vínculos com o citado grupo "afetem o debate parlamentar". Em sua fala, ele não mencionou o grupo diretamente.

Na semana passada, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ordenou a abertura de uma investigação do governo sobre a "Igreja da Unificação", como o grupo também é conhecido. O procedimento pode levar à dissolução dessa organização.

Nas últimas semanas, a imprensa local mencionou o nome de Yamagiwa em relação com o grupo religioso, especialmente porque o ministro aparece em uma foto tirada em 2019 na companhia de Hak Ja Han, viúva do fundador da Igreja da Unificação, Sun Myung Moon, e de outras pessoas.

Duramente criticado no Parlamento, o ministro declarou nesta segunda-feira (24) que suas memórias da foto eram "confusas", mas reconheceu que é ele na imagem. E já havia admitido que participou, em 2018, de um evento organizado pela seita.

"Lamento profundamente que minha participação em várias reuniões da organização tenha dado crédito à referida organização", disse, assegurando que continuará ocupando sua cadeira na Câmara.

Kishida declarou que aceitou a renúncia do ministro e que, na terça-feira (25), anunciará quem será seu sucessor.

A seita Moon veio à tona no Japão porque o suposto assassino de Abe odiava esse grupo, já que sua mãe teria lhe dado grandes doações que teriam arruinado sua família. O suspeito acreditava que o ex-primeiro-ministro era alguém próximo à seita.

O grupo negou qualquer ato condenável, mas muitos de seus ex-membros criticaram as práticas da organização, acusando-a de impor metas de doação a seus seguidores.

Leonardo DiCaprio estará de volta às telas do cinema na pele de Jim Jones, líder de seita que levou cerca de 900 pessoas a cometer suicídio na década de 70. O evento ficou conhecido como massacre de Jonestown.

Segundo o Hollywood Reporter, o filme ainda não tem diretor, mas o roteirista será Scott Rosenberg. Além de protagonizar a trama, DiCaprio irá mostrar todo seu talento na produção do longa.

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Entenda o contexto

Jim Jones ficou marcado na história por ser o líder da seita Templo dos Povos, que ficava em Jonestown - nome usado para identificar o espaço onde a sede era localizada. Na realidade, apesar de ser uma seita estadunidense, tudo acontecia no noroeste de Guiana.

Jones começou a reunir seus apoiadores em 1950. Em 1978, ele tinha mais de 900 seguidores, sendo 300 deles crianças. Em uma noite, todos foram forçados a cometer suicídio coletivo e ingerir cianeto.

O líder teria morrido não muito tempo depois com um tiro na cabeça, também visto como suicídio. O filme ainda não tem previsão para começar a ser filmado.

Keith Raniere, guru da seita de escravas sexuais NXIVM, que eram marcadas a fogo com as suas iniciais, foi sentenciado nesta terça-feira (27) a 120 anos de prisão por um juiz de Nova York. Raniere, de 60 anos, líder de um grupo de autoajuda exclusivo que atraiu ricos e famosos, foi considerado culpado no ano passado de obrigar mulheres a fazer sexo com ele.

Durante o processo, que durou seis semanas, o júri ouviu como os seguidores de Raniere faziam cursos de autoajuda de cinco dias, que custavam 5.000 dólares.

Algumas mulheres eram exploradas financeira e sexualmente, e obrigadas a se submeter a uma dieta baixíssima em calorias. Raniere e outras mulheres que trabalhavam para ele exigiam das vítimas documentos e fotos íntimas, que guardavam para depois chantageá-las caso quisessem deixar o grupo.

Durante anos, Raniere manteve um harém com 15 a 20 escravas sexuais, uma delas com 15 anos. Algumas de suas vítimas foram marcadas com um símbolo que representava suas iniciais, enquanto eram submetidas por outras seguidoras.

Após ser detido em uma vila luxuosa do balneário mexicano de Puerto Vallarta, em março de 2018, Raniere foi declarado culpado em junho de 2019 de tráfico sexual, extorsão, crime organizado, ameaças e abuso de menores por um júri de Nova York.

Estabelecida em Albany, capital do estado de Nova York, a NXIVM (se pronuncia Nexium) tinha centros em várias cidades dos Estados Unidos, no México - onde o sócio de Raniere era Emiliano Salinas, filho do ex-presidente Carlos Salinas de Gortari (1988-1994) -, Canadá e outros países.

Em mensagem publicada no Twitter durante o processo contra Raniere, Salinas disse ter se desligado da NXIVM "de forma imediata" no começo de 2018, quando uma conhecida envolvida na seita lhe contou sobre as "atrocidades" sofridas.

O escândalo com a NXIVM é tema de duas adaptações para a TV e o cinema: uma série documental, "The Vow" (A promessa, em tradução livre), na HBO, que insiste no lado sexual da organização, e um filme de Lisa Robinson, "Escaping the Nxivm Cult" (Escapando da seita Nxivm, também em tradução livre), de 2019, sobre o testemunho de uma mãe que tentou libertar uma filha da seita.

Outras cinco pessoas foram acusadas ligadas ao caso e todas se declararam culpadas. Uma delas, a herdeira do império de destilarias Seagram, a canadense Clare Bronfman, foi condenada em 30 de setembro a mais de seis anos de prisão.

Em 2019, a filha do bilionário Edgar Bronfman, de 41 anos, se declarou culpada de ter usado mais de 100 milhões de dólares de sua fortuna de 2,6 bilhões de dólares para ajudar a organização criada por Raniere.

A HBO divulgou na última quinta-feira (30) o primeiro teaser de "The Vow", série documental sobre o culto sexual NXIVM, que envolve a atriz Allison Mack, conhecida pela personagem Chloe Sullivan da série "Smallville" (2001-2011). A estreia será em 23 de agosto. Assista o trailer:

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O documentário produzido pelos cineastas Jehane Noujaim ("Control Room", 2004) e Karim Amer ("The Great Hack", 2019) terá 8 episódios e contará a história de pessoas que se juntaram ao grupo em busca de "crescimento pessoal".

As acusações do culto NXIVM vieram a público em 2018 por meio de uma reportagem do NY Post, que relatou uma seita que mantinha mulheres como escravas sexuais por meio de chantagens. As vítimas eram marcadas com ferro quente, próximo a região da virilha.

A reportagem citava Allison, que foi presa em 2018, mas foi solta pouco depois, após sua mãe pagar a fiança. A atriz Kristin Kreuk, que interpretou Lana Lang em "Smallville", também foi citada nas acusações, mas ela negou participar dos crimes.

O Ministério Público do Panamá acusou nesta quinta-feira membros de uma seita de torturar e sacrificar seis crianças e uma grávida, cujos corpos foram encontrados em uma fossa comum em área indígena.

"Nove cidadãos serão denunciados nas próximas horas como supostos responsáveis pela morte de sete pessoas, que foram torturadas e sacrificadas", informou o MP em comunicado.

O Ministério de Segurança Pública revelou que o grupo se chamava "La Nueva Luz de Dios".

Rafael Baloyes, promotor da província caribenha de Bocas del Toro, afirmou em comunicado que "ao que parece se trata de membros de uma seita religiosa que fazia rituais, e que supostamente praticaram isso".

Os restos pertencem a seis menores de idade com entre um e 17 anos, além de uma mulher, que estava grávida há entre quatro a seis meses, e que era mãe de cinco das crianças encontradas.

As autoridades tinham informado na última quarta-feira (15) a liberação de 15 pessoas que estavam amarradas em um cárcere da seita na comunidade de Terrón, na comarca de Ngäbe Buglé, uma zona indígena de difícil acesso no caribe panamenho, a cerca de 250 km da Cidade de Panamá.

O diretor-geral da Polícia Nacional, Alexis Muñoz, indicou que os resgatados apresentavam lesões corporais por golpes.

"Queriam doutriná-los", ressaltou Muñoz.

Na operação policial foram detidos 10 supostos membros da seita, um deles menor de idade.

"A intervenção das Forças Especiais da Polícia Nacional evitou que outras 15 pessoas fossem assassinadas", afirmou a promotoria.

O juiz americano Nicholas Garaufis, responsável pelo caso de Allison Mack, adiou a prisão da atriz - que estava programada para setembro. Ela confessou, em abril deste ano, sua participação em cultos de escravização sexual, em Nova York, e pode pegar até 40 anos de cadeia.

As informações foram obtidas pelo jornalista Frank Parlato, que investiga o caso desde o começo e diz ser um antigo porta-voz da NXIVM, a seita de sexo entre mulheres que realizava o culto criminoso, chamado de Dominus Obsequious Sororium (Mestre das Companheiras Femininas Obedientes, em tradução livre).

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De acordo com ele, Garaufis supostamente adiou a sentença para dar às autoridades federais mais tempo para entrevistar os condenados e, assim, prepararem relatórios da pré-sentença para o juiz. Os documentos determinarão se é possível rever as penas do processo.

Parlato conta que um oficial ainda precisa entrevistar o empresário e guia espiritual Keith Raniere. Ele é o fundador da seita, induziu Allison a participar e tem chances de ser condenado a prisão perpétua. "Serão discutidas várias alegações que ele fez no passado e no presente para determinar sua veracidade, seu perigo para a sociedade, seu remorso e a possibilidade de reincidência", afirma.

Após esse procedimento, o juiz terá material suficiente para impor sentenças maiores ou menores do que as diretrizes iniciais da condenação indicavam.

Frank Parlato explica que apesar de Raniere ser "um mentiroso bem conhecido que provavelmente será considerado perigoso demais para ficar solto", os relatos de Allison Mack e das outras integrantes da seita - as réus Nancy Salzman, Clare Bronfman e Kathy Russell - podem anular a condenação.

No entanto, cartas das vítimas e outros conteúdos a favor ou contra os condenados também podem influenciar nas decisões finais.

A polícia alemã investiga uma pista envolvendo uma seita para explicar a morte misteriosa de cinco pessoas, algumas delas vítimas de flechas disparadas por uma besta, que provavelmente se conheciam e eram fãs do mundo medieval e da alquimia.

Um dos falecidos, Torsten W, um homem de 53 anos encontrado morto com flechas no crânio e no corpo, tinha uma loja de objetos medievais em Hachenburg (Renânia Palatinado) chamada "Milites Conductius".

Na loja ele vendia punhais e espadas, capacetes de armadura e hidromel, uma das primeiras bebidas alcoólicas conhecidas. A vítima, que tinha uma longa barba branca, também organizava sessões de combate com espadas. Em um dos braços tinha tatuagens de símbolos de alquimia, uma prática medieval.

Os investigadores tentam determinar se os clientes habituais da loja estão envolvidos nas mortes e quais eram as relações entre as vítimas. O jornal Bild afirmou que todas as vítimas eram membros de uma liga de torneios de cavaleiros e de combates medievais.

A polícia realiza buscas em dois locais em particular, o primeiro deles um albergue em Passau (Baviera), onde foram encontrados três corpos no fim de semana com flechas nos corpos.

O segundo, a 600 km de distância, é o apartamento em Gifhorn (Baixa Saxônia) de um das três vítimas do albergue, onde os corpos de duas mulheres foram encontrados na segunda-feira.

Os resultados preliminares das necropsias de Passau, divulgados pela polícia da Baviera, mostram que duas das três vítimas do albergue morreram atingidas por flechas no coração.

Os dois mortos, segundo os exames, eram um homem de 53 anos e uma mulher de 33, que estavam com roupas pretas e tinham piercings. Ambos estavam na cama, de mãos dadas.

A autopsia determinou que depois da morte, os dois foram atingidos por mais flechas, lançadas provavelmente pela terceira vítima do albergue, uma mulher de 30 anos, Farina C, que em seguida teria cometido suicídio com uma flecha no pescoço.

As três pessoas pagaram a estadia de três noites em dinheiro e procediam da Áustria, de acordo com a Promotoria de Passau, onde teriam comprado as flechas. Os corpos foram encontrados por uma funcionária do hotel no sábado.

"Não há indícios que demonstrem que aconteceu uma briga entre as pessoas presentes no quarto", afirmou a polícia bávara. "Solicitamos exames para determinar a possível ingestão de medicamentos, álcool ou entorpecentes", completa um comunicado.

Os investigadores também examinam um carro com o desenho de um arqueiro, automóvel usado pelas três pessoas para chegar ao albergue. No quarto também foram encontrados os testamentos das vítimas que estavam na cama, de acordo com a imprensa local.

Até o momento são desconhecidos os resultados da autopsia das vítimas do apartamento em Gifhorn, que pertence a Farina C. Os corpos são de duas mulheres com idade por volta de 30 anos, mas que não foram mortas por flechas, segundos os investigadores.

Uma das mulheres seria a irmã da mulher de 30 anos de Passau, e não sua companheira, como os investigadores acreditaram em um primeiro momento.

Acusada de traficar mulheres que seriam usadas como escravas sexuais em uma seita, a atriz Allison Mack, conhecida pela série Smallville, pediu na Justiça americana que seu julgamento fosse separado do líder do grupo religioso, Keith Raniere. Allison teme que a presença de Keith prejudique sua imagem perante os jurados.

Allison foi presa em abril de 2018 mas pagou fiança de cinco milhões de dólares e foi liberada sob vigilância da polícia americana. Ela é acusada de tráfico sexual e extorsão, bem como o líder da seita NXIVM, Keith Raniere e outros membros. Segundo o site Radar Online, a atriz não quer ser julgada junto aos demais porque no começo de março, o culto foi acusado de posse de pornografia infantil e exploração sexual de crianças.

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Ainda de acordo com o site, Allisson estaria com medo de ser presa novamente e estaria tentando um acordo com a promotoria. Ela também teme que ao ser julgada junto com Keith, os jurados possam ter uma impressão errada sobre ela.

Quatro homens ligados a uma seita extremista judia, sediada na Guatemala, foram presos nos Estados Unidos por suspeita de sequestrar duas crianças, informou o procurador federal de Manhattan.

Segundo a fonte, os quatro suspeitos pertecem à seita judia Lev Tahor, que pratica uma forma ultraortodoxa do judaísmo, onde as mulheres usam túnicas negras que as cobrem da cabeça aos pés.

Um dos indivíduos, Aron Rosner, 45 anos e que morava no Brooklyn, foi preso em 23 de dezembro. Os outros três - Nachman Helbrans, 36, apresentado como líder da seita, e Mayer e Jacob Rosner, 42 e 20 anos respectivamente, todos vivendo na Guatemala - foram expulsos na quinta-feira do México, onde se escondiam, e detidos ao chegar a Nova Iorque, de acordo com a declaração do procurador.

Os quatro homens supostamente organizaram o sequestro, na noite de 8 de dezembro, de uma adolescente de 14 anos e seu irmão de 12 anos na cidade de Woodridge, 150 km ao norte de Nova York, depois que a mãe das crianças decidiu abandonar a seita seis semanas antes.

A mulher era membro voluntário da seita, que foi fundada por seu pai. Mas o grupo teria se tornado mais extremista sob as rédeas de seu irmão, Nachman Helbrans.

Os quatro homens teriam organizado o sequestro para levar os adolescentes de volta à Guatemala através do México, passando pelo aeroporto de Scranton, no estado da Pensilvânia.

As crianças foram encontradas na sexta-feira com a ajuda das autoridades mexicanas, na cidade de Tenango del Aire, no estado do México, antes de serem devolvidas à mãe.

Os quatro homens são acusados de sequestro, o que poderia levá-los à prisão perpétua.

Em 18 de novembro de 1978, 914 membros da seita americana "Templo do Povo" morreram na selva da Guiana, por vontade própria, ou vítimas de um dos mais dramáticos suicídios coletivos da História contemporânea.

Além da ação empreendida pelo "reverendo" Jim Jones sobre os fiéis, não houve nenhuma explicação deste salto para a morte cometido por centenas de homens, mulheres e crianças, a maioria americanos negros pobres, que deixaram a Califórnia para construir um mundo ideal na floresta.

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Cinco anos antes da tragédia, Jim Jones, um quarentão que se apresentava como a reencarnação de Lênin, Jesus Cristo e Buda, decidiu transferir "a igreja" que fundou em San Francisco na ex-colônia britânica situada entre Suriname, Venezuela e Brasil.

Em um terreno de 10.000 hectares, fundou em 1973 "Jonestown", uma "sociedade autenticamente socialista, por fim libertada de todo racismo, de todo machismo e de toda forma de discriminação contra os velhos".

Baseada em uma mistura de cultura hippie e de vago socialismo, sua autoridade sobre seus discípulos é incontestável. Os ex-adeptos da seita falaram de drogas, de fome e de submissão sexual.

Jim Jones exigia que trabalhassem do amanhecer até o anoitecer seis dias por semana. E os submetia semanalmente a um estranho exercício, no qual deveriam beber e fazer que seus filhos bebessem um veneno falso. Para o líder, o suicídio era a única saída para guerra declarada pelo governo americano contra ele.

Foi nessa atmosfera de suspeitas que um membro do Congresso americano, Leo Ryan, desembarcou em 17 de novembro de 1978, por causa das denúncias dos pais dos "fiéis". No dia seguinte, quando estava prestes a embarcar no avião, foi assassinado junto com três jornalistas por homens de Jim Jones.

- Seringas e veneno -

Jones convenceu seus fiéis de que Ryan era um agente da CIA e que "Jonestown" seria atacada por fuzileiros navais americanos. Um registro de 45 minutos encontrado perto de seu corpo revelou alguns detalhes noticiados pela AFP no dia 9 de dezembro de 1978.

"A fita magnética começa com a difusão de música religiosa e a reunião de fiéis [...] Jones declara que a seita foi 'traída' e que não se recuperará do que ocorreu no aeroporto".

"'Não proponho que cometamos um suicídio, e, sim, um ato revolucionário', afirmou, estimulando os adultos a administrar o veneno às crianças com seringas. 'Na minha opinião, é preciso ser bom pelas crianças e pelos velhos e tomar a poção como faziam na Grécia Antiga, partindo tranquilamente'".

"Uma mulher pede aos fiéis que formem fila. Começam a ser ouvidos choros de crianças. Jones demonstra, de repente, nervosismo: 'Morra com dignidade. Não se desfaça deles em lágrimas. Deixe de histeria! Isso não é forma de morrer para os socialistas-comunistas'".

"Muitas pessoas protestam. Uma mãe grita que aceita a morte, nas pede um indulto para seu filho".

"A hecatombe termina em uma cacofonia de uivos e dor, grunhidos, gritos de crianças morrendo e protestos, misturados com o aplauso de fãs de Jones".

Centenas de adeptos fugiram para a floresta. Alguns foram capturados e abatidos, ou obrigados a tomar o veneno.

Jones foi encontrado com uma bala na cabeça, sem que se saiba se alguém o matou, ou se ele se suicidou.

- Papagaios e gorila -

Enviado a "Jonestown" quatro dias depois, o jornalista da AFP Marc Hutten descreveu cenas dignas de um "filme de ficção científica, cujo tema seria o apocalipse, rodado em cenário exuberante, mas petrificado".

"Do helicóptero [...] via-se uma brusca eclosão de cores vivas, como um campo de flores. Eram as peças de algodão que as centenas de cadáveres vestiam".

"As flores se transformaram em cadáveres, e seu cheiro, primeiro insidioso, torna-se nauseante. Somente os coveiros profissionais do Exército dos EUA avançam entre os corpos inchados".

"De pé no meio dessa confusão de restos humanos, um poleiro, com dois papagaios que cantam como se nada tivesse acontecido. Além, uma imensa jaula de madeira em que jaz o cadáver de um gorila, o mascote do 'pastor' louco, com o crânio perfurado por uma bala. Outros animais morreram envenenados como seu dono, mas dois, ou três, cães ainda vagam pelos corredores do acampamento, com os rabos entre as pernas. [...]".

"Uma pequena ponte de madeira leva à casa que pertenceu ao líder espiritual. Dentro, dez corpos [...] estirados em algumas camas, ou pelo chão, entre pilhas de livros e dossiês. [...] O soldado guianense que nos acompanha diz: 'Havia negros e brancos. Agora eles são todos negros'".

Alisson Mack, atriz mais conhecida por ter atuado em Smallville, foi presa acusada de participar de uma seita que recrutava mulheres para que elas se tornassem escravas sexuais. Agora mais um capítulo dessa história foi divulgado: ela teria tentado recrutar Emma Watson para a seita.

Com essa história toda, ressurgiram mensagens que Mack havia postado em seu Twitter em 2016, escrevendo diretamente para a atriz de Harry Potter e também para Kelly Clarkson. Para Watson, ela mandou o seguinte:

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Eu sou uma atriz como você e estou envolvida em um incrível movimento de mulheres que eu acho que você vai gostar. Eu adoraria conversar se você estiver disponível.

Um mês depois ela voltou a mandar mensagem para a atriz:

Emma Watson, eu participo de um desenvolvimento humano único e movimento de mulheres que eu adoraria te contar. Como uma atriz, eu consigo me identificar muito bem com a sua visão e com o que você quer ver no mundo. Eu acho que nós podemos trabalhar juntas. Me diga se você quiser conversar.

Já para Kelly Clarkson, ela mandou que era fã dela e gostaria de conhecê-la um dia.

Após ser presa junto com o suposto líder da seita, Keith Raniere, a atriz pagou uma fiança de cinco milhões de dólares, ou seja, quase 17 milhões e 600 mil reais, segundo informações da Variety. No julgamento, que aconteceu nessa terça-feira, dia 24, a mãe da atriz esteve presente para anunciar que a casa dela serviria como parte da fiança, além de outras propriedades e a conta no banco que Alisson possui.

Durante a sessão no tribunal que durou 15 minutos, a atriz falou de forma calma e não fez contato visual com a mãe.

Ao ser liberada com a fiança, Allison ficará detida por meio de prisão domiciliar com monitoração eletrônica. Além disso, sua comunicação online está restrita e ela só poderá ter um telefone para conversar com os advogados por meio de e-mails.

Allison Mack, a atriz da série "Smallville", foi presa sob acusação de tráfico sexual por recrutar mulheres para um suposto grupo de autoajuda no qual eram forçadas a manter sexo com seu líder, segundo a justiça.

Mack, de 35 anos, foi presa na sexta-feira e é considerada mentora do grupo, segundo o promotor Richard Donoghue.

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O líder do grupo se chama Keith Raniere, também conhecido como "Vanguard", acrescentou.

"As vítimas eram exploradas, tanto sexualmente como trabalhando para os acusados", explicou o promotor.

As "escravas" eram tatuadas com um símbolo com as iniciais do líder do grupo, que se estabeleceu em Albany, capital do estado de Nova York.

Rainiere foi preso por tráfico sexual no México em março passado, depois de operar durante os últimos 20 anos uma série de supostos programas de auto-ajuda em uma organização chamada "Nxivm" (pronunciada NEX-i-um).

Além de centros nos Estados Unidos, tinha representações no México, Canadá e América do Sul.

Os cursos de cinco dias de duração custavam 5.000 dólares e as participantes com frequência ficavam endividadas e tinham de trabalhar para a organização.

Uma das tarefas das escravas era ter relações sexuais com o "mestre" e eram incentivadas a recrutar outras para subir na escala hierárquica.

Mack, que estava no segundo nível dessa pirâmide, é acusada de criar um programa paralelo do Nxivm para recrutar atores.

A atriz interpretava Chloe Sullivan em "Smallville", série que se centrava na adolescência de Clark Kent em sua cidade, Smallville, antes de virar o Superman.

A série teve 10 temporadas.

Seis crianças morreram durante um batizado organizado por uma seita cristã em um rio no leste do Zimbábue - informou a Polícia local nesta quarta-feira.

Os dois meninos e as quatro meninas faziam parte de um grupo de nove menores, com idades entre um e nove anos, que foram levados para ser batizados por dois membros de uma seita cristã.

"Seis crianças morreram na terça-feira (7) durante um batizado na cidade de Muriwo", na província de Mashonaland East, no leste do país, disse a porta-voz da Polícia, Charity Charamba, em um comunicado. "Recomendamos às pessoas não se prestarem a essas práticas perigosas", afirmou, acrescentando que um menino de quatro anos de idade conseguiu escapar do rio e alertou um transeunte.

"Após se dar conta de que as crianças estavam mortas, os culpados tentaram fugir, mas foram presos. Foram acusados de homicídio culposo", assinalou a Polícia. As circunstâncias da morte dos menores não são claras, mas eles podem ter sucumbido ao frio, segundo testemunhas citadas pela emissora pública ZBC.

Após investigação que durou quase cinco anos, a Polícia Federal de Varginha, em Minas Gerais, indiciou 43 pessoas ligadas à seita "Comunidade Evangélica Jesus, a Verdade que Marca". O grupo agia no sul de Minas Gerais e, entre outros crimes, responde a denúncias de fraude, lavagem de dinheiro e trabalho escravo.

Seis dos envolvidos foram presos em agosto do ano passado durante a Operação De Volta para Canaã. Contas bancárias do grupo e bens avaliados em R$ 100 milhões foram bloqueados. Alguns dos citados são líderes da seita, outros teriam sido usados como "laranjas" e há pessoas que foram acusadas por terem se beneficiado no esquema.

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O delegado João Carlos Girotto diz que a cúpula do grupo responderá por todos os crimes e os demais, de acordo com a participação individual. Foram apreendidos pela polícia mais de cem carros e confiscados 15 imóveis.

Os bens também serão usados para pagar direitos trabalhistas de fiéis que atuavam em fazendas sem registro em carteira e em condições de trabalho escravo. Segundo a investigação, essas pessoas eram recrutadas em uma igreja na capital paulista e convencidas a ir morar e trabalhar em fazendas em Minas, doando tudo o que tinham para a seita.

Trâmite

O inquérito foi encaminhado pela Polícia Federal nesta semana ao Ministério Público Federal de Belo Horizonte, que decidirá sobre a denúncia a ser enviada à Justiça. Os líderes chegaram a ficar presos, mas hoje aguardam em liberdade.

Os advogados de defesa negam a culpa de seus clientes. Alegam ainda que não foram notificados sobre o inquérito e, por isso, não vão comentar as denúncias.

As autoridades indonésias transladaram à força 1.500 membros de uma seita para sua "própria segurança", anunciou nesta quarta-feira (27) um porta-voz do governo. Na semana passada, o povoado de Kalimantan, na ilha de Bornéu, onde vivem 500 famílias da seita Light of Nusantara ou Gafatar, foi atacado por uma multidão e as autoridades decidiram retirar as 1.500 pessoas do lugar.

Elas foram levadas para refúgios temporários e depois para Java, a principal ilha da Indonésia, onde estão passando por "sessões de reabilitação sobre o Islã e devores civis", segundo o governo.

A Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, é considerado tolerante, mas, nos últimos anos, registrou vários ataques contra grupos religiosos minoritários. A Human Rights Watch (HRW) denunciou que outro grupo minoritário pode ser expulso de seu território a menos que se converta ao Islã majoritário.

O Conselho Indonésio dos Ulemás (MUI) vai examinar se a Gafatar pratica um islamismo herege, um delito castigado com até cinco anos de prisão.

Dez dias após um adolescente americano ser golpeado até a morte por seus pais e vários membros de uma seita no estado de Nova York, o testemunho do irmão da vítima trouxe algumas respostas para o crime bárbaro.

Lucas Leonard, de 19 anos, morreu em decorrência dos golpes que recebeu durante duas horas na noite de 11 de outubro. Foram presos seus pais, sua meia-irmã e outros três membros da "World Christian Church", uma pequena seita instalada em uma antiga escola de New Hartford, cidade de 22.000 habitantes e 400 Km ao noroeste de Nova York.

Seu irmão de 17 anos, Christopher, que também foi espancado e que precisou ser hospitalizado, relatou na quarta-feira ante a justiça como foi golpeado com um fio elétrico. Com um tom de voz quase inaudível, ele contou que o pastor pediu que os irmãos permanecessem no local depois de um longo culto.

Seus pais, Bruce e Deborah Leonard, de 65 e 59 anos, e sua meia irmã Sarah Ferguson - mãe de quatro filhos - estavam presentes, assim como outros três membros da seita. Os pais foram acusados de homicídio e as outras quatro pessoas de agressão. Todos se declararam inocentes.

O castigo, segundo a testemunha, ocorreu porque os irmãos se recusaram a responder as perguntas sobre o que "haviam feito". O jovem não deu detalhes sobre o que eram reprovados. O chefe da polícia de New Hartford, Michael Inserra, declarou na semana passada que Lucas havia sido morto porque tinha expressado seu desejo de abandonar a seita.

A cidade está de luto por este episódio e várias vozes se levantaram pedindo o desmantelamento desta "igreja" criada na década de 1960.

Nove pessoas foram presas na sexta-feira (16), em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, acusadas de integrar uma seita que promovia rituais de magia negra e teria matado um rapaz de 20 anos, durante um processo de "inicialização", em 6 de setembro.

Segundo a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Dener dos Santos Perez foi obrigado a vestir um capuz encharcado de bebida alcoólica e passou a ser agredido pelos demais integrantes da seita. Durante quatro horas, os acusados teriam batido em Perez com madeiras, correntes, facas, socos, chutes e joelhadas. A vítima também teria sido queimada com um charuto, embriagada e morta. O corpo foi abandonado em um terreno baldio próximo à sede da seita, em Xerém, em uma posição "ritualística".

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Na operação de sexta-feira, chamada de "Black Magic", foram presos Salvador Almeida Filho, de 49 anos, Marcília Nogueira da Silva, de 45 anos, Laís Cristina Silva de Almeida, conhecida como Lalá, de 25 anos, Evandro Garcia Mattos, de 38 anos, Ismael Santos de Souza, de 31 anos, Luiz Cláudio Gualberto dos Santos Ribeiro, de 43 anos, Luciano Duarte de Melo, de 39 anos, Jerson Rayanderson Nogueira Júnior e Juliane Pereira Machado Agostim, ambos de 24 anos.

Johannesburgo, 03/05/2015 - O principal partido de oposição da Angola, conhecido pela sigla UNITA, afirma que uma operação do governo contra a seita religiosa "Igreja Cristã do Sétimo Dia à Luz do Mundo" deixou 1.080 mortos. A polícia, porém, diz que o número de vítimas é bem menor: 13 civis e nove policiais. O líder da seita, José Julino Kalupeteka, foi preso.

De acordo com o comissário de polícia Paulo Gaspar de Almeida, os civis mortos eram guarda-costas de Kalupeteka. A operação contra a sede da igreja aconteceu no dia 16 de abril, na província de Huambo. "Eu não sei onde haveria espaço para enterrar tanta gente", comentou o comandante provincial da polícia, Elias Livulo, questionando os números apresentados pela UNITA.

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O líder da UNITA no Parlamento, Raul Danda, disse que um grupo do partido visitou a área durante três dias para investigar o incidente. Eles teriam chegado ao número de mortos após contatos com testemunhas, grupos civis e autoridades locais. O partido acusa a polícia de impedir a entrada de jornalistas e observadores independentes no local do incidente. De fato, na história recente muitas vezes jornalistas que trabalhavam em casos contrários aos interesses do governo foram presos.

A legislação da Angola não reconhece grupos religiosos com menos de 100 mil seguidores. O partido governista Movimento Popular para a Libertação da Angola acusa a Igreja Cristã do Sétimo Dia à Luz do Mundo de incitar atos de violência e promover instabilidade. O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, descreveu o grupo, que é uma dissidência da Igreja Adventista do Sétimo Dia, como "uma ameaça à paz". Ele teria ordenado que a Procuradoria Geral da República usasse, de acordo com a lei, "as medidas apropriadas para colocar um fim às atividades ilegais da seita".

A seita obrigava os seguidores a vender seus bens e morar nas montanhas da Angola, em preparação para o fim do mundo, que ocorreria no dia 31 de dezembro deste ano. Fonte: Associated Press.

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